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Abudo Adamo

Ana Carina

Docarmen Armando Brites

Leonardo Júlio Jorge Mucuanda

Mateus Cícero

Michael Simão

Imposto de Selo e Imposto sobre Sucessões e Doações

Licenciatura em gestão de empresas e com habilidades em finanças

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Abudo Adamo

Ana Carina

Docarmen Armando Brites

Leonardo Júlio Jorge Mucuanda

Mateus Cícero

Michael Simão

Imposto de Selo e Imposto sobre Sucessões e Doações

Licenciatura em gestão de empresas com habilidades em finanças

1º Trabalho de caracter avaliativo


da cadeira de Fiscalidade, 3º ano,
IIo semestre, do 7º grupo, cadeira
leccionada pelo Docente: Herminio
Torres Manuel

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Índice
Introdução ............................................................................................................................................... 1
CASO 1- aplicável ao imposto de Selo: .................................................................................................... 1
CASO 2- Aplicável ao Imposto de Sucessão e Doação ............................................................................ 1
APRECIACÃO do CASO 1: ......................................................................................................................... 2
Apreciação do Caso 2: ............................................................................................................................. 4
Conclusão ................................................................................................................................................ 5
Referencias Bibliograficas ....................................................................................................................... 6
Anexo. Questões e Respostas referentes a tematica ............................................................................. 7
Introdução

No Referente trabalho apresentar-se-á casos práticos demostrativos da aplicação dos impostos


de selo e sobre sucessões e doações. Para o primeiro enquadramento fiscal será um caso
celebração de um contrato de distrate de doação da metade indivisa de um imóvel aplicado ao
imposto de Selo observado o disposto do código de imposto de selo do artigo: 1.º, 6.º e verbas
1.1 e 1.2. referente ao Caso 1. Para Caso 2, será de enquadramento fiscal de caso de aplicação
do imposto sobre sucessão e doação

CASO 1- aplicável ao imposto de Selo:

A mandatária dos sujeitos passivos X e Y, ambos divorciados, solicita que lhe seja prestada
informação vinculativa acerca do enquadramento fiscal da celebração de um contrato de
distrate de doação da metade indivisa de um imóvel.

No caso apresentado, os sujeitos passivos eram comproprietários de um prédio. Em 2015-04-


06, o ex-cônjuge, sujeito passivo X, doou, em comum e partes iguais, aos seus dois filhos
menores, a metade indivisa do referido prédio. Pretende, agora, o referido sujeito passivo,
celebrar um contrato de distrate de doação da metade indivisa do referido prédio e,
posteriormente, transferir (através de contrato de compra e venda ou doação) a metade
indivisa do mesmo prédio para a ex-cônjuge Y. Após renegociação do crédito bancário junto
da CGD, por Y, esta irá doar a metade indivisa do prédio a favor dos seus dois filhos
menores.

Pretenda, assim, saber o seguinte se o distrate/ resolução de uma doação está sujeito a algum
imposto e, em caso afirmativo, qual imposto/o seu montante/como é liquidado e quando é
devido;

CASO 2- Aplicável ao Imposto de Sucessão e Doação

Supondo M tenha morrido, e tenha deixado 3 herdeiros: A, B e C – o herdeiro A abre mão de


sua parte sem exigir nada em troca, de forma que a sua parte será dividida em partes iguais
entre os herdeiro B e C. E caso o herdeiro A abra mão da sua parte em favor exclusivamente
do herdeiro C, não se tem uma renúncia pura e simples. Pretende-se, assim, saber o seguinte
como será efeito a partilha, sobre quem recai a incidência do impostos sobre sucessão e
doação, em caso afirmativo, qual imposto?

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APRECIACÃO do CASO 1:

Segundo o disposto no n.º 1 do art.º 1.º do CIS, “[o] imposto do selo incide sobre todos os
atos, contratos, documentos, títulos, papéis e outros factos ou situações jurídicas previstos na
Tabela Geral, incluindo as transmissões gratuitas de bens.”.

Para efeitos de Imposto do Selo (IS), a tributação da aquisição de bens encontra-se prevista
nas verbas 1.1 e 1.2 da Tabela Geral do Imposto de Processo: 2019001379 – IVE 16368 2
Selo (TGIS):

Verba 1.1 – Aquisição onerosa ou por doação do direito de propriedade ou de figuras


parcelares desse direito sobre imóveis, bem como a resolução, invalidade ou extinção, por
mútuo consenso, dos respectivos contractos – sobre o valor 0,8%;

Verba 1.2 – Aquisição gratuita de bens, incluindo por usucapião, a acrescer, sendo caso disso,
à da verba 1.1 - sobre o valor 10%.

A aquisição derivada de invalidade, distrate, renúncia ou desistência, resolução, ou


revogação da doação entre vivos, configura uma transmissão gratuita, conforme estabelece
a al. g) do n.º 3 do art.º 1.º do CIS.

Por conseguinte, o distrate da doação, nos moldes descritos no pedido, estará sujeito às verbas
1.1 e 1.2 da TGIS.

Relativamente à verba 1.1 da TGIS, refere o n.º 3 do art.º 2.º do CIS que, nos atos ou
contratos da verba 1.1 da TGIS, são sujeitos passivos do imposto os adquirentes dos bens
imóveis, sendo que, a obrigação tributária, considera-se constituída no momento da assinatura
pelos outorgantes [al. a) do n.º 1 do art.º 5.º do CIS].

E, o valor tributável dos bens imóveis, é o que resulta do disposto no n.º 4 do art.º 9.º do CIS,
que refere que “[à] tributação dos negócios jurídicos sobre bens imóveis, prevista na tabela
geral, aplicam-se as regras de determinação da matéria tributável do Código do Imposto
Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (CIMT)”.

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Ora, o n.º 1 do art.º 12.º do CIMT estabelece que: “[o] IMT incidirá sobre o valor constante
do ato ou do contrato ou sobre o valor patrimonial tributário dos imóveis, consoante o que
for maior.”.

Nos termos do art.º 405.º do Código Civil, dentro dos limites da lei, as partes têm a faculdade
de fixar livremente o conteúdo dos contratos, pelo que, o valor do contrato é o assumido pelas
partes contratantes.

Assim, o valor tributável será o valor declarado pelas partes, caso exista e seja superior ao
valor patrimonial tributário. Caso contrário, será o valor patrimonial tributário, considerando a
quota parte transmitida (neste caso, a metade).

No que diz respeito à verba 1.2 da TGIS, importa referir que, nas transmissões gratuitas de
bens, são sujeitos passivos do imposto as pessoas singulares para quem se transmitam os bens
(cf. n.º 2 do art.º 2.º do CIS), sendo que, a obrigação tributária, considera-se constituída no
momento da assinatura pelos outorgantes [cf. al. a) do n.º 1 do art.º 5.º do CIS].

Nos termos do n.º 1 do art.º 13.º do CIS, o valor tributável dos bens imóveis, nas transmissões
gratuitas, corresponderá ao valor patrimonial tributário constante da respectiva matriz predial,
determinado pelas regras do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, à data da
transmissão.

Processo: 2019001379 – IVE 16368 3

Não obstante, de acordo com a al. e) do art.º 6.º do CIS, são isentos de imposto do selo,
quando este constitua seu encargo “o cônjuge ou unido de facto, descendentes e ascendentes,
nas transmissões gratuitas sujeita à verba 1.2 da tabela geral de que são beneficiários”. O que
se verifica no presente caso de distrate/resolução da doação, uma vez que, o primitivo doador
(beneficiário desta aquisição derivada de distrate) é pai dos primitivos donatários.

Relativamente à competência para a liquidação do imposto, o n.º 5 do art.º 23.º do CIS,


determina que havendo simultaneamente sujeição ao imposto das verbas 1.1 e 1.2 da TGIS, à
liquidação do imposto são aplicáveis as regras do art.º 25.º do CIS.

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Quer isto dizer que a liquidação do imposto decorre da apresentação da participação da
transmissão de bens, nos termos do disposto nos art.ºs 25.º e 26.º do CIS, que deve ocorrer até
ao final do 3.º mês seguinte ao do nascimento da obrigação tributária.

Apreciação do Caso 2:

Segundo o disposto no n.º 1 do art.º 1.º do ISD, “ [O] imposto sobre sucessões e doações
incide sobre as transmissões a título gratuito do direito de propriedade sobre bens móveis e
imóveis, qualquer que seja a denominação ou forma do título e é devido pelas pessoas
singulares para quem se transmite o referido direito, mesmo que tenha sido constituído
direito de usufruto, uso ou habitação a favor de outrem”.

Para efeitos de Imposto Sobre Sucessão e Doação, as taxas liquidação são as constantes da
tabela abaixo definidas no art. 16 do CISD, a quando da transmissão dos bens:

Adquirente (sujeito passivo) Taxas

Descendentes 2%

Irmãos e colaterais até ao 3° grau 5%

Quaisquer outras pessoas 10%

Nos termos da lei do art.2139º/1 do código civil, a partilha entre os filhos faz-se por cabeça,
dividindo-se a herança em tantas partes quanto forem os herdeiros. No caso da recusa do
herdeiro A, e quanto herdeiro legal (2137º/2), se não quiserem aceitar, a sua parte acrescerá à
dos outros sucessíveis da mesma classe no caso B e C que concorrem à herança. Nesse caso,
temos uma renúncia pura e simples, de modo que não haverá incidência do ISD sobre a
doação feita pelo A e que beneficiou B e C, será devido apenas o imposto em razão da
transmissão dos bens em razão do óbito do M.

Agora, caso o herdeiro A abra mão da sua parte em favor exclusivamente do herdeiro C, não
se tem uma renúncia pura e simples. Assim, além de ser devido imposto em razão da
transmissão dos bens em razão do óbito M, haverá incidência do imposto em razão da doação
realizada pelo herdeiro A em favor do herdeiro C.

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Conclusão

Ao findar temática passamos a compreender aplicação do imposto de Selo e Imposto sobre


Sucessões e doações. Sendo que o imposto de selo recai sobre duas formas, respectivamente
objectiva quanto ela incide sobre todos os actos, contractos, documentos, títulos, papéis,
outros factos ou situações jurídicas que estejam previstos na Tabela Geral do Imposto do Selo
(TGIS) e ainda as transmissões gratuitas de bens e subjectiva quanto ela incide sobre sujeitos
passivos do imposto, designadamente: notários, conservadores do registo civil, comercial e
predial, entre outros. E quanto ao impostos sobre sucessão e doação recai sobre as
transmissões a título gratuito do direito de propriedade sobre bens móveis e imóveis,
qualquer que seja a denominação ou forma do título e é devido pelas pessoas singulares ou
colectivas para quem se transmite o referido direito, mesmo que tenha sido constituído direito
de usufruto, uso ou habitação a favor de outrem. Comparativamente os dois impostos
integram imposto patrimonial subjaz característico aspecto de transmissões de títulos gratuitos
bens envolvente.

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Referencias Bibliográficas

Constituição da República de Moçambique

Aprovada em 16 de Novembro de 2004 e publicada na I Série, BR nº 51, de 22 de Dezembro


de 2004.

Decreto-lei nº 47344, de 25 de Novembro de 1966

Aprova o Código Civil.

Legislações aplicáveis

Decreto nº 6/2004, de 1 de Abril

Aprova o Código do Imposto do Selo e respectiva Tabela, e revoga o Regulamento do


Imposto do Selo e a respectiva Tabela Geral, aprovado pelo Diploma Legislativo n° 763, de
11 de Agosto de 1941.

Decreto nº 38/2005, de 29 de Agosto

Altera os artigos nos 2, 6, 9 e 13 do Código do Imposto de Selo, aprovado pelo Decreto n°


6/2004, de 1 de Abril.

Lei nº 28/2007, de 4 de Dezembro

Aprova o Código do Imposto sobre Sucessões e Doações.

Decreto nº 6/2004, de 1 de Abril

Aprova o Regulamento do Código do Imposto sobre Sucessões e Doações, aprovado pela Lei
n° 28/2007, de 4 de Dezembro.

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Anexo. Questões e Respostas referentes a temática

1. Como se caracteriza o tipo de imposto de selo e sobre sucessão e doação?

Resposta: O imposto de selo e sobre sucessão e doação caracteriza-se por serem da mesma
família de classificação patrimonial.

2. Sobre que incide o imposto de selo e sobre sucessão e doação?

Resposta: Sobre a incidência o imposto de selo recai sobre duas formas, respectivamente
objectiva quanto ela incide sobre todos os actos, contractos, documentos, títulos, papéis,
outros factos ou situações jurídicas que estejam previstos na Tabela Geral do Imposto do Selo
(TGIS) e ainda as transmissões gratuitas de bens e subjectiva quanto ela incide sobre sujeitos
passivos do imposto, designadamente: notários, conservadores do registo civil, comercial e
predial, entre outros. E quanto ao impostos sobre sucessão e doação recai sobre as
transmissões a título gratuito do direito de propriedade sobre bens móveis e imóveis, qualquer
que seja a denominação ou forma do título e é devido pelas pessoas singulares ou colectivas
para quem se transmite o referido direito, mesmo que tenha sido constituído direito de
usufruto, uso ou habitação a favor de outrem.

3. O que há de comum entre os impostos de selo e sobre sucessão e doação?

Resposta: Comparativamente os dois impostos integram imposto patrimonial subjaz


característico aspecto de transmissões de títulos gratuitos bens envolvente.

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