ULHT - Escola de Psicologia e Ciências da Vida

RELATÓRIO CIENTÍFICO- 1

DISSECAÇÃO DE UM CORAÇÃO DE PORCO

Realizado no âmbito da disciplina Fisiologia Animal

Pereira, C.; Rosa, G; Garcia, M.; Van-Dumen, S. (2021)

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ÍNDICE

Capítulo l- Dissecação de um coração de porco

1. Resumo.............................................................................................................2
2. Introdução........................................................................................................3
3. Materiais e Métodos.........................................................................................6
4. Resultados........................................................................................................7
5. Discussão..........................................................................................................10
6. Conclusão..........................................................................................................10
7. Referências bibliográficas..................................................................................11

1. Resumo

O coração é um órgão musculoso, protegido pelo esterno e situado na cavidade torácica

entre os dois pulmões. Este é de extrema importância para garantir a circulação do sangue,
que leva nutrientes para todo o organismo e também liberta substâncias excretoras.

Assim, dissecaram-se corações de porco e galinha, porque são

anatomicamente semelhantes ao coração humano, observando se e localizando os grandes
vasos e as restantes estruturas do nosso coração e em consequência, perceber a circulação
do sangue.

Com o auxílio de um bisturi e de uma tesoura, abriu se a aurícula direita e o ventrículo

direito e para se tentar perceber os elementos constituintes destas duas cavidades e a
localização de cada um (por exemplo, a válvula atrioventricular, as cordas tendíneas e os
músculos palpitares), realizou se o mesmo procedimento do lado esquerdo do coração,
terminando com a artéria aorta. Após a dissecação do coração, tentou-se perceber a grande
e a pequena circulação: por onde o sangue entra nas aurículas, por onde o sangue sai e para
onde vai, usando o corante azul de metileno, de forma a reproduzir e a perceber a circulação
do sangue no coração.

Mediram se os valores da pressão arterial sistólica, o individuo obteve um valor de 130

mmHg, o que corresponde a uma pré-hipertensão (de 120-139 mmHg). No entanto, para

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a p.a. diastólica, atingiu um valor de 70 mmHg, o que equivale a uma pressão normal,
concedida a valores menores que 80 mmHg.

Conseguiu-se perceber o funcionamento do coração, observando todas as suas cavidades,

e todas as entradas e saídas das mesmas, que permitem a circulação do sangue.

2. Introdução

O coração é um órgão musculoso, protegido pelo esterno e situado na cavidade torácica

entre os dois pulmões. Este é de extrema importância vital para garantir a circulação do
sangue, que leva nutrientes para todo o organismo e também liberta substâncias excretoras.
Bombeia com movimentos ritmicos, mantendo todos os órgãos constantemente irrigados,
num circuito simultâneo.

Este importante órgão é constituído, no interior, por quatro cavidades: a auricula e

ventrículo esquerdos, que interligam através de uma válvula bicúspide, e a auricula e
ventrículo direitos, que comunicam por também uma válvula, mas com três camadas
(tricúspide). Os ventrículos são separados pelo septo interventricular.

Figura 1- Anatomia da secção frontal de um coração de mamífero.

As aurículas recebem o sangue das veias e possuem uma camada muito fina,
comparativamente aos ventrículos. As veias pulmonares levam à aurícula esquerda o sangue

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oxigenado, pelos pulmões; as veias cavas, inferiores e superiores, encarregues de transportar
o sangue com impurezas de todo o organismo, para a aurícula.

Os ventrículos são responsáveis por bombear o sangue do coração para as artérias.

O esquerdo bombeia para a aorta que, consequentemente, leva o sangue a todos os restantes
órgãos, tendo por isso, uma espessura maior, pois tem que exercer um maior esforço para
que o sangue chegue a todo o corpo- Grande circulação. O ventrículo direito, sendo a sua
parede menos consistente, alimenta a artéria pulmonar que envia o sangue até aos pulmões-
Pequena circulação.
Pequena circulação

Aurícula direita Ventrículo direito Pulmões

Restantes órgão do
Ventrículo esquerdo Aurícula esquerda
corpo

Grande circulação

As batidas do coração são feitas em três tempos, designados: Sístole auricular- ocorre
a contração das câmaras do coração (aurículas); Sístole ventricular- contração dos
ventrículos; e Diástole- período de relaxamento das câmaras do coração ou recuperação do
musculo cardíaco.

Assim, uma sístole é a contração do músculo cardíaco, que resulta do esvaziamento

dos ventrículos, pela saída do sangue pelos vasos. E consequentemente, dá-se a passagem do
sangue para a artéria pulmonar e aorta, através das válvulas semilunares (pulmonar e
aórtica). Deste modo, a sua principal função é bombear o sangue, quando o coração se
encontra contraído.

Uma diástole dá-se pelo relaxamento das paredes do coração ou entrada do sangue
para o coração, que ocorre quando existe uma pressão interna menor, para que os ventrículos
possam receber o sangue das veias pulmonares e veias cavas.

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 Figura 2- Fases do ciclo cardíaco: sístole e diástole.

Pressão arterial

A pressão alterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e está associada

precisamente às duas fases do ciclo cardíaco, representada por dois números.

No coração, a pressão sistólica está relacionada a uma pressão máxima exercida no

momento de contração, tendo sempre, números maiores. Por outro lado, a pressão diastólica
apresenta resultados mais baixos, pois associa-se ao momento de repouso do coração.

Esta medida varia conforme a faixa etária de cada indivíduo. Por norma, um adulto,
sem registo de doenças cardíacas, deve apresentar uma pressão sistólica de 120 mmHg e
uma pressão diastólica de 80 mmHg. Em crianças, por exemplo, devem corresponder a 100
mmHg e 65 mmHg, respetivamente.

Figura 3- Parâmetros de classificação da pressão arterial

O coração pode bater mais ou menos rápido (cronotropismo e inotropismo), o que

pode fazer variar a força a que o sangue circula. O Cronotropismo é um efeito que algumas
substâncias têm sobre o ritmo cardíaco, fazendo com que ele acelere. Inotropismo é um
termo que se refere à capacidade de contração do miocárdio. Deste, podem resultar um
efeito inotrópico positivo (que aumenta a força do coração) ou inotrópico negativo (que

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diminui a força de contração e consequentemente, o volume de sangue que é bombeado pelo
coração).

A pressão arterial pode ser diminuida através, por exemplo, da também redução do
volume de sangue, através da libertação da urina; do aumento da circulação venal; e da
dimuição do ritmo cardíaco.

Deste modo, os objetivos desta atividade experimental foram:

1. Observar e localizar os grandes vasos e as restantes estruturas do nosso

coração e em consequência, perceber a circulação do sangue;
2. Localizar anatomicamente no nosso corpo;
3. Medição dos valores da pressão arterial.

3. Materiais e Métodos

Materiais:

o Recipiente;
o Coração de porco;
o Coração de galinha;
o Papel de bancada;
o Pinças;
o Bisturi;
o Tesoura;
o Corante: azul de metileno;
o Luvas.

Métodos:

O coração de porco foi colocado num recipiente com papel de bancada. Com o auxílio
de uma pinça, tentou-se localizar as respetivas veias e artérias (veias cavas, artérias e veias
pulmonares, entre outras) e as diferentes cavidades (aurículas e ventrículos). Foi aberto a
aurícula direita e o ventrículo direito e tentou-se perceber os elementos constituintes destas

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duas cavidades e a localização de cada um (por exemplo, a válvula atrioventricular, as cordas
tendíneas e os músculos palpitares), com o auxílio do bisturi e da tesoura. Seguidamente, foi
realizado o mesmo procedimento do lado esquerdo do coração, terminando com a artéria
aorta. Após a dissecação do coração, tentou-se perceber a grande e a pequena circulação:
por onde o sangue entra nas aurículas, por onde o sangue sai e para onde vai. Foi usado o
corante azul de metileno, de forma a reproduzir e a perceber a circulação do sangue no
coração.

De seguida, foi feita uma comparação do coração de galinha com o de porco.

Em último, mediu-se a pressão arterial através de um esfigmomanômetro, um

aparelho utilizado por profissionais, sendo considerado um dos métodos mais confiávies para
avaliar esse valor fisiológico.

4. Resultados

Válvula tricúspide

Fig. 4– Representação da aorta e da Fig. 5 – Representação da válvula

artéria pulmonar. tricúspide.

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 Fig. 6 – Representação da veia cava Fig. 7– Representação da veia
superior. pulmonar.

aurícula
direita

cordas válvula
tendínea bicúspide
s ventrículo
direito

músculo
cardíaco

músculos
palpitares
Fig. 8– Representação da aurícula Fig. 9– Representação da válvula
direita, do ventrículo direito, das cordas mitral.
tendíneas, do músculo cardíaco e dos
músculos palpitares.

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 válvulas
aórticas
aurícula esquerda

ventrículo
esquerdo

Fig. 10– Representação das válvulas Fig. 11– Representação da aurícula

aórticas. esquerda e do ventrículo esquerdo.

Fig. 12– Representação do coração de Fig. 13– Coloração com azul de

galinha. metileno.

Posteriormente, mediu-se a pressão arterial de um membro do grupo, obtendo-

se os valores de 130 e 70 mmHg, para a sistólica e diastólica, respetivamente.

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 5. Discussão

Ao longo da realização desta atividade experimental, notou-se que o ventrículo

esquerdo apresenta uma maior espessura, relativamente ao miocárdio, do que o lado direito
do coração. Isto porque, este após receber o sangue dos pulmões pela veia pulmonar através
do átrio esquerdo, bombeia o sangue para todo o organismo. Já, o ventrículo direito, recebe
o sangue depositado no átrio direito pela veia cava, a qual traz o sangue venoso do corpo aos
pulmões (onde há descarga de CO2 e oxigenação deste). Posteriormente, é levado novamente
para o átrio esquerdo, completando o ciclo. Assim, este apresenta uma musculatura mais
espessa, porque utiliza um maior esforço, para que possa com sucesso, bombear o sangue
num circuito muito maior (grande circulação).

Ao observar o aspeto interno do coração, identificou-se as válvulas auriventriculares

direita e esquerda e os seus diferentes aspetos e funcionalidades. A aurícula esquerda está
ligada ao ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide/ mitral, constituída por duas
lâminas inseridas nas paredes do coração. A aurícula e ventrículo direito unem-se através da
válvula tricúspide, assim formada por três lâminas elásticas das paredes deste órgão. A
principal função de ambas, é fazer com que haja uma correta circulação do sangue dentro do
coração, sempre do sentido da aurícula para o ventrículo. As válvulas semilunares (pulmonar
e aórtica), também apresentam uma função de impedir o retrocesso do sangue, fazendo
mover-se somente num sentido.

A partir, da análise da pressão arterial sistólica, verifica-se que o indivíduo analisado,

obteve um valor de 130 mmHg, o que corresponde a uma pré-hipertensão (de 120-139
mmHg). No entanto, para a p.a. diastólica, atingiu um valor de 70 mmHg, o que equivale a
uma pressão normal, concedida a valores menores que 80 mmHg.

6. Conclusão

O sistema circulatório é um dos grandes e importantes constituintes de qualquer

animal. O grande motor deste sistema é o coração. Este órgão tem a capacidade de bombear
sangue para todo o corpo, permitindo que o oxigénio e os nutrientes necessários às células,

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cheguem ao seu destino final. Tem também como função ajudar a que o sangue venoso e
arterial não se misturem.

Esta atividade experimental permitiu perceber o funcionamento do coração de porco

(semelhante ao do humano) e o de galinha. Através do manuseamento de ambos os corações
conseguiu-se realizar a observação de todas as cavidades dos corações, bem como a
observação de todas as entradas e saídas das mesmas, que permitem a circulação do sangue.
De forma bastante bem observável estavam as válvulas bicúspide e tricúspide bem como as
cordas tendíneas.

Em suma, esta atividade serviu de aprendizagem e conhecimento acerca do coração

e das suas funcionalidades, bem como toda a sua anatomia interior e a forma como o nosso
sistema circulatório funciona.

7. Referências Bibliográficas

• SANTOS, Catarina. DISSECAÇÃO DO CORAÇÃO DE UM PORCO. [S. l.], 14 dez. 2019.

Disponível em: https://notapositiva.com/dissecacao-do-coracao-de-um-porco/#.
Acesso em: 6 dez. 2021

• DISSECAÇÃO de um coração de mamífero. [S. l.], 18 ago. 2011. Disponível em:

https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~rfcruz/relats/reltlb11.html. Acesso em: 2 dez.
202.

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