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RESUMO
O presente artigo tem por objetivo analisar segundo a visão do Superior Tribunal de
Justiça o reconhecimento dos direitos do nascituro como detentor dos direitos da
personalidade jurídica e na ordem civil, sendo reconhecido como pessoa, mesmo que
ainda não tenha nascido com vida, preservando o Princípio da Dignidade da Pessoa
Humana que é norteador do nosso sistema jurídico, destacando decisões favoráveis do
STJ que reforçam esse entendimento contido na legislação e na doutrina, cumprindo
destacar que segundo a visão do Tribunal o nascituro não tem mera expectativa de
direitos, mas tem a personalidade jurídica desde a concepção, seguindo o entendimento
da teoria concepcionista que vem sendo adotada na doutrina e nas decisões do STJ, vale
ressaltar que há pretensão no reconhecimento dos julgados deste Tribunal em favorecer
o embrião e o nascituro como detentores dos direitos inerentes a personalidade jurídica
e as suas consequentes implicações
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Apesar de ainda não ter nascido, foi reconhecido o direito de indenização por
dano moral ao nascituro, pois trata-se de dano que repercutirá na vida do nascituro após
o período intrauterino.
Resta clara a interpretação dada por parte da doutrina, bem como, do STJ ao
nascituro, tratando-o como pessoa, mesmo que em sua condição intrauterina são ,
assegurados seus direitos na ordem civil e principalmente garantindo-lhe o arcabouço
necessário até o nascimento, respeitando o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e
demais legislações brasileiras que visam preservar seus direitos.
CONCLUSÃO
Apesar de não existir um limite para os direitos do nascituro, fica evidente que
este tem garantidos diversos direitos desde a sua concepção, ainda que parte da doutrina
adote a teoria natalista, considerando o nascituro como expectador de direitos, existem
doutrinadores que sustentam ser o nascituro pessoa e portanto detentor de personalidade
jurídica.
Mesmo que existam teorias distintas quanto ao início da personalidade do
nascituro, inegável que todas visem preservar o seu desenvolvimento, sendo a teoria
natalista condicionada ao nascimento com vida, ela defende o nascituro como futuro
detentor de direitos, devendo ter condições para se desenvolver de forma que possa estar
apto com o nascimento a ter a sua personalidade jurídica e ser considerado pessoa.
A República Federativa do Brasil tem por alicerce o princípio da dignidade da
pessoa humana, devendo tratar com respeito à vida em todos os seus estágios, inclusive
no início da vida humana em sua fase intrauterina, garantido os meios necessários para
um desenvolvimento saudável.
Com essa visão de respeito à vida, o STJ tem tomado decisões que garantem os
direitos daqueles que ainda não vieram a nascer, reconhecendo seus direitos como
pessoa, adotando a teoria concepcionista em seus julgados, criando jurisprudência sobre
esse tema em específico, dando a interpretação do Tribunal sobre o assunto e
adequando as normas a realidade.
Conclui-se que pelo que foi pesquisado, analisado e observado em estudos de
doutrinadores e entendimento do STJ, verifica-se que o tema é extensivo e requer um
maior aprofundamento sobre o assunto, mas que é cristalino o reconhecimento atual do
STJ de que desde a sua concepção o nascituro é detentor de pesonalidade jurídica.
REFERÊNCIAS
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