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EDUCADOR SOCIAL NA EDUCAÇÃO COMO UM ARTEFATO EM CIÊNCIA

TÉCNOLOGIA E SOCIEDADE.

Karina Rodrigues Policarpo / karina.rpolicarpo@gmail.com / IFPR

INTRODUÇÃO

Este artigo trabalho tem como objetivo principal demonstrar apresentar a relevância
do Educador Social no contexto educacional destacando o trabalho realizado pelo
profissional desta área frente aos inúmeros desafios já existentes quando abordamos o
sistema educacional brasileiro.
O acesso a educação está previsto na Carta Magna no Art. 6º do Capítulo II dos
Direitos Sociais e no Art. 205 do capítulo III da Educação, da Cultura e do Desporto: “A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988, p.
123).
A escola é um espaço de aprendizagem que deve respeitar a realidade social e
individual de cada aluno e, desse modo, deve estar atenta e saber lidar com as diversas
realidades e problemas que podem trazer consigo, como por exemplo, sociais, culturais e
econômicos.
A Educação Social, por sua vez, pode atuar no campo educacional visando
encontrar “respostas e amenizar tensões sociais, intervindo junto aos alunos com ações-
sócio educativas, palestras informando sobre os seus direitos sociais, bem como a frente de
programas e projetos sociais” (BARROS E SILVA, 2017, p. 129).
Desse modo, a educação social tem o objetivo de propor ações que possam incluir
na educação práticas de inclusão social visando uma formação mais cidadã e
emancipadora, bem como identificar fatores que possam ser fonte de conflito no âmbito
escolar ou possam ser consequência desses, tais como: evasão escolar, violência familiar,
rendimento escolar insuficiente, problemas de ordem sexual ou psicológica, entre outros; e
que necessitam de uma ação mais efetiva através de equipes multidisciplinares a fim de
garantir todo suporte necessário aos educandos.

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Nesse sentido, Martins (2007 apud Barros e Silva, 2017, p. 134) afirma que:
O papel educativo do assistente social é no sentido de elucidar, desvelar a
realidade social em todos os seus meandros, socializando informações
ações que possibilitem a população ter uma visão crítica que contribua com
a sua mobilização social visando à conquista dos seus direitos.

Dentro do espaço escolar muitas realidades estão presentes e as interrelações


pessoais podem ser fonte de conflitos, pois expõem questões sociais, culturais e
econômicas, como: desemprego, drogas, pobreza, fome, violência doméstica, exclusão
social, falta de moradia, religiosidade, sexualidade entre outras.

Educador Social no âmbito escolar.


O Educador Social apesar de não ser um trabalhador docente, haja vista que que a
docência exige escolarização e certificação, a atuação do Educador Social estaria mais
vinculado ao social do que ao educacional. A atuação do Educador Social nas escolas não
significa que esse profissional seja um professor contratado para lecionar determinada
matéria, seu papel é educar ou ensinar o comportamento social.
Um exemplo disso é o Programa Escola Aberta (PEA). O Programa Escola Aberta:
educação, cultura, esporte e trabalho para a juventude se propõe a promover a
ressignificação da escola como espaço alternativo para o desenvolvimento de atividades de
formação, cultura, esporte, lazer para os alunos da educação básica das escolas públicas e
suas comunidades nos finais de semana (MEC, 2007, p. 4).
O educador social tem papel de extrema importância no ambiente escolar,
interagindo diretamente com discentes, docentes e demais membros com conselho
pedagógico trabalhando de maneira interdisciplinar tendo uma visão holística sobre as
situações e sujeitos envolvidos nos mais diversos processos que podem ocorrer no dia-a-
dia nas instituições de ensino.
Caliman (2009) ilustra o contexto italiano na perspectiva teórica e metodológica
orientadas ao bem-estar social. Caliman (2009, p. 53) define Pedagogia Social “Como uma
ciência prática, social e educativa, não-formal, que justifica e compreende em termos mais
amplos, a tarefa da socialização, e, de modo particular, a prevenção e a recuperação no
âmbito das deficiências da socialização e da falta de satisfação das necessidades
fundamentais”. (esta citação tem que ser recuada pois ultrapassa três linhas)

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É inegável que a educação brasileira encontra dificuldades para possibilitar um real
aprendizado aos seus educandos, bem como a impedem de desenvolver com eficiência seu
papel. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) “a Educação abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade
civil e nas manifestações culturais” (BRASIL, 1996). (recuar essa citação)
No atual cenário pandêmico podemos observar o desdobramento dos atores da
educação para dar continuidade ao trabalho, todavia com distanciamento social, recorrendo
as plataformas tecnológicas.
Cumpre observar que a educação a distância sofreu esse receio de pertencimento
institucional, e Feeberg nos relata isso, e mais nos retrata ou reafirma a importância da
educação social, ou seja como devemos nos comportar diante do novo?
FEEBERG (2015, p.41) nos ensina que;
Ao criar o primeiro programa de educação online quando os computadores
eram considerados como ferramentas de cálculo e de organização de
dados, estávamos a contribuir para a reinvenção da tecnologia de
computadores como um meio de comunicação. Mas havia muitos
problemas. A maneira normal pela qual se aprende a ensinar é sendo
ensinado. Muita gente que estudou numa sala de aula não tem dificuldade
em executar os rituais básicos do ensino, tal como falar para uma turma,
reconhecer quem levanta o braço, usar um quadro, etc. Mas nenhum dos
nossos docentes tinha antes estado numa sessão online, e portanto não
faziam ideia do que eram supostos fazer.

O educador social traz em seu papel a inserção social de qualquer indivíduo que
dele necessite, tendo em vista que está dentro do rol de trabalhadores do Sistema Único de
Assistência Social – SUAS, entretanto o trabalho árduo é com os que estão em
vulnerabilidade social, o que faz ainda mais distante da tecnologia, trazendo assim
fundamento para um olhar a este profissional como um artefato em CTS. (esta frase está
confusa. Você menciona a palavra artefato sem explicar o que é. Tem que explicar melhor
esse paragrafo. O SUAS que é um artefato e não o profissional.
O autor nos mostra em curtas palavras que a tecnologia esta muito mais próxima da
sociedade do que da ciência propriamente dita, contudo necessita do mediador para ensinar
esse comportamento social e o acesso a ele. FEEBERG (2015, p.70);

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A tecnologia sempre esteve muito mais integrada com a sociedade do que
a ciência, tanto através de instituições, como as corporações, ou através do
emprego direto na indústria. Os critérios sociais e económicos são
relevantes para as escolhas tecnológicas e intervêm através da mediação
das empresas ou agências governamentais, que empregam os
trabalhadores técnicos.

Dessa maneira, é possível inferir que somente através da educação será possível
oferecer as pessoas a possibilidade de alcançarem oportunidades e se reintegrarem a
sociedade através do conhecimento, participação e luta pelos seus direitos de forma
democrática e cidadã.

METODOLOGIA

O presente artigo trabalho foi desenvolvido por meio da análise qualitativa de dados
através da busca de referencial teórico em revistas especializadas, sites, Leis e artigos de
autores que versam sobre a temática, utilizando como marcadores de dados utilizaram as
seguintes palavras para busca: educação – educador social – serviço social; sendo
analisados somente artigos em português que atendessem o objeto de estudo.
Primeiramente foram armazenados em um computador de acordo com a importância
e relevância para o estudo, posteriormente foi utilizado o programa Word para a confecção
do artigo, o qual se encontra dividido em 05 partes. Iniciando com a Introdução onde foram
explanados seus objetivos, finalidade e importância do estudo. Na segunda parte foi feito
uma análise do papel do educador social face a educação escolar. Na terceira parte foi
realizada a metodologia aplicada. Posteriormente foram apresentados os resultados
esperados com o desenvolvimento do artigo e por fim, foram relatadas as considerações
finais.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base no estudo desenvolvido pretendemos demonstrar a importância do


trabalho realizado pelo Serviço Social no âmbito escolar, trazendo suas contribuições para
um melhor desenvolvimento do ensino, das relações interpessoais entre discentes (e suas
famílias), docentes, demais profissionais de ensino, bem como toda a comunidade escolar.

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Esse estudo buscou identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos
educadores no âmbito escolar e como os profissionais do Serviço Social podem contribuir
para mitigar e/ou possíveis soluções acabar com tais problemas, que em sua maioria são
recorrentes e são reflexos da falta de políticas públicas consistentes e eficazes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo trabalho abordou o tema “Educador Social na educação como


artefato em Ciência, Tecnologia e Sociedade” através das análises teóricas de dados,
buscando trazer informações sobre a realidade do sistema educacional face as enormes
dificuldades vivenciadas no cotidiano das escolas brasileiras.

Foi possível perceber que a educador social hoje contribui substancialmente para a
melhora na qualidade do ensino, pois seus profissionais atuam de forma socioeducativa,
visando uma educação social relacionando-se com os usuários, suas ações e interações
sociais.
Este estudo pretende dar uma maior visibilidade sobre esse tema trazendo analises,
inquietações e discussões que possam subsidiar estudos futuros dada a relevância que a
educação tem na formação do cidadão e de toda a sociedade.

REFERÊNCIAS

BARROS, Jaqueline de Melo; SILVA, Elaine Pereira da. Desafios e possibilidades de


atuação do serviço social na educação do município de Duque de Caxias (RJ). Revista
Ciência Contemporânea. jun./dez. 2017, v.2, n.1, p. 127 – 147. Disponível em:
<http://uniesp.edu.br/sites/guaratingueta/revista.php?id_revista=31>. Acesso em: 13 set.
2021.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional


promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas
Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a
91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. – Brasília: Senado Federal, Coordenação
de Edições Técnicas, 2016. 496 p.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>.
Acesso em: 13 set. 2021.

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MEC/FNDE/UNESCO. Programa Escola Aberta: proposta pedagógica. Brasília, 2007. O
Programa Escola Aberta foi criado pela RESOLUÇÃO/CD/FNDE/Nº 052, de 25 de outubro
de 2004.

CALIMAN, Geraldo. A Pedagogia Social na Itália. In: SILVA, R. da; SOUZA NETO, J. C. de;
MOURA, R. A. de. (orgs.). Pedagogia Social. São Paulo: Expressão e Arte Editora, 2009.

FEENBERG, Andrew. Tecnologia Modernidade Democracia. Organização e Tradução


Eduardo Beira, Senior Research Fellow IN+ Center for Innovation, Technology and Public
Policy (IST, Lisboa) 2015.

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