Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESPECIALIZAÇÃO EM
ENGENHARIA NAVAL
2007
Especialização em Engenharia Naval 1
1 21/10/2007
Versão Data Observações
Apostila:
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA NAVAL
Módulo 8: TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO,
INSPEÇÃO E CONTROLE DE CORROSÃO
Dept./Unidade Data Autor
PNV/EPUSP 2007 Prof. Dr. Gerson Machado
Curso oferecido pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
na Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO AO CURSO..................................................................... 4
2.5 DELINEAMENTO............................................................................ 16
4. CONFORMAÇÃO .................................................................................. 31
5. REDES DO CASCO............................................................................... 37
7.2 A CORROSÃO................................................................................ 73
7.3 A PINTURA..................................................................................... 79
Introdução
1. INTRODUÇÃO AO CURSO
• Módulo 2: Hidrostática;
• Módulo 3: Hidrodinâmica;
19:20h – 20:10h
Noite
Exercícios e discussões
14:40h – 15:30h
2.1 SUMÁRIO
o Como o setor que ira operar o navio não foi consultado, ele pode requerer
alterações que irão resultar em “change order” com mais custo para o
armador.
o etc.
Para redução do tempo de projeto e também para se trazer para a fase inicial
discussões sobre a metodologia de fabricação, introduzir melhoras que possam
demandar menos horas de manutenção, se desenvolveu o conceito da
engenharia simultânea.
3. NAPA
4. FORAN
5. outros
1. Os recursos do estaleiro
O Plano não deve ser utilizado para definição de geometria das chapas para o
corte.
2.5 DELINEAMENTO
2.6 NESTING
Uma vez obtidas as geometrias das peças a serem fabricadas elas precisam ser
cortadas a partir da matéria prima (chapas) do estaleiro.
Alguns programas permitem que após a distribuição das peças pelo programa o
operador faça um ultimo ajuste para aumentar a eficiência.
3.1 INTRODUÇÃO
2. O projeto é avaliado pelo estaleiro que irá adaptar as suas instalações para
a fabricação daquele navio
5. O navio é fabricado
Para exemplificar como podem ser divididas as zonas do casco, a Figura 13 até a
Figura 16 mostram as principais características de cada zona de um navio
petroleiro.
Zona Primá
Primária dos Porões
Uma vez definidos os blocos do navio completo estes blocos são agrupados em
produtos semelhantes, vide a Figura 18. Estes blocos semelhantes devem ser
fabricados de acordo com a técnica do estaleiro desenvolvida pela engenharia de
produção visando a maior eficiência.
Uma vez conhecidos todos os produtos que devem ser fabricados no ano,
sabendo-se as características dos equipamentos que serão utilizados, deve-se
montar o banco de dados com todas as informações dos processos de fabricação
dos produtos no estaleiro.
executado), o que não deve ser construído (devido a não conformidade com a
capacidade de produção) e os produtos que compõe os navios daquele estaleiro.
4. CONFORMAÇÃO
4.1 SUMÁRIO
Os painéis ou chapas utilizados na indústria naval são classificados, segundo Kim (2006),
quanto à geometria, em quatro classes, como descrito na Tabela 1.
Onde:
5. REDES DO CASCO
5.1 SUMÁRIO
Essas redes podem ser construídas de aço, cobre, ligas de alumínio, tubos de plástico, etc.
6. VIBRAÇÃO E FADIGA
6.1 SUMÁRIO
Monotonic
STRESS
STRESS Cyclic
Cyclic
Monotonic
STRAIN STRAIN
Engineering
Stress - Strain
Curve
Fracture
Strain
O material quando submetido a uma tensão elevada pode alcançar o seu limite de
escoamento e este material começa a apresentar uma deformação plástica
permanente. A Figura 36 apresenta a curva tensãoxdeformação para um material,
cujo módulo de elasticidade é “E”, submetido a uma tensão de “A”. Verifica-se que
quando a tensão é reduzida o material irá apresentar uma deformação plástica
permanente de εP .
0.2% offset
yield stress (S y )
STRESS
A
Sy ε = εe + εp
εe = σ / E
E E
1 1 E
C
0.2 % STRAIN
plastic εp ε
elastic e
Total Strainε
σ F
A
E B
ε
B E
C
D
C
D
σ
Razão
∆ε = ∆ε e + ∆ε p
∆ε e = ∆σ / E
∆σ
Razão tensão,
Amplitude
ε
∆ε ∆ε e ∆ε p
= +
2 2 2
∆ε e ∆σ
=
∆εp ∆εe 2 2E
Razão Deformação, ∆ε
n'
∆σ ∆ε p
k’
= k'
Log(∆σ/2) 2 2
1
n’ ∆ε p ∆σ n'
=
2 2k'
Log(∆εp/2)
∆ε ∆ε e ∆ε p
= +
2 2 2
∆ε e ∆σ
σ =
2 2E
1
∆ε p ∆ σ n'
=
2 2k'
Hence ,
1
∆ ε ∆ σ ∆ σ n'
= +
2 2 E 2k'
ε
Algumas teorias foram desenvolvidas para explicar o comportamento dos materiais quando
submetidos a esforços cíclicos, algumas delas são apresentadas resumidamente a seguir:
Strain
Reversed Stress-Strain Curve
Stress-Strain Curve
∆σ, ∆σ/2
Curva
σ−ε reversa
1
2∆ε 2∆σ ∆σ n'
= + 2
2 2E 2k'
1
∆σ ∆σ n'
∆ε = + 2
Curva Cíclica E 2k'
σ−ε
1
∆ε ∆σ ∆σ n'
= +
2 2E 2k'
∆ε, ∆ε/2
Stress
Material Memory
time
Previous reversal Strain
point
Deformation
on previous
hysteresis loop
Uma embarcação, ou uma plataforma de exploração no mar, pode estar sujeita a esforços
cíclicos tais como:
6. Plataformas de Petróleo – problema de fadiga nos risers (tubos vindos das cabeças
dos poços) conectados na plataforma que se movimenta
7. etc
Uma vez a trinca estando presente no material, ela tem a tendência a propagar sob a
influencia de carregamento cíclico. A trinca pode se iniciar por fadiga, ou pode ser pré-
existente do processo de fabricação, causada por algum impacto, choque térmico, etc.
K1 = ασ√(πa)
Onde:
a = tamanho da trinca
Comprimento da Trinca, a
∆σ1 < ∆σ2 ∆σ1
ac1 X
∆σ2
ac2 X
da/dN2
da/dN1
ao
Ciclos, N
Lei de Paris
Fratura rápida
A
log(∆K)
Onde:
Co = constante
m= expoente da equação
∆KTH = valor de fronteira, para valores menores que este não ocorre a
propagação da trinca
O numero total de ciclos para alcançar o comprimento de trinca critico, aC, pode
ser escrito:
Onde:
A integração para obtenção da vida útil, pode ser simplificada para o caso de m
ser uma constante para:
NP = ao / ( Co ∆Km (m/2-1))
Sendo assim, a vida a fadiga de uma estrutura é a soma da vida para iniciar a
fratura e a vida para propagar:
NF = NI + NP
Uma solução mais geral para o problema envolve encontrar a vida útil também no
período antes de chegar na fase de crescimento estável (Lei de Paris). Se a trinca
inicial for pequena a parcela de vida nesta fase pode não ser desprezível. A vida
útil depois de alcançado o tamanho crítico da trinca é usualmente desprezada.
Para se melhorar a resistência à fadiga das juntas soldadas algumas técnicas são
descritas a seguir.
o Pintura;
Onde:
ni = número de ciclos que a estrutura esta sujeita na razão de tensão ∆σi
Ni = vida útil da estrutura na razão de tensão ∆σi
A somatória deve ser menor que 1 para garantir que a estrutura projetada irá
resistir à solicitação esperada durante a sua vida útil.
O eixo propulsor deve ser instalado sempre antes do lançamento do casco. Usualmente é
instalado de fora para dentro do casco. Entretanto, se existir interferência com o poste do
leme ou o eixo for dotado de flange de acoplamento, ele deverá ser instalado de dentro
para fora.
O eixo deve ser instalado com auxilio de carrinhos devido ao seu peso elevado, e assim
evitando-se distorções e empenamentos nesta peça, conforme esquema da Figura 63.
O hélice é usualmente instalado antes do lançamento, caso isto não ocorra uma docagem
do casco deverá ser providenciada para instalação desta peça levando a um custo elevado.
Deslocamento = a + b
2
Deflexão = e - d
D
Figura 65– Verificação do alinhamento dos eixos
7.1 SUMÁRIO
7.2 A CORROSÃO
A corrosão dos metais pode ser definida como um processo eletromecânico em que o metal
reage com seu ambiente para dar forma a um óxido, ou ao outro composto, similar ao
minério de que foi obtido originalmente.
Imagine uma barra de aço e uma de cobre ambas imersas em uma solução
iônica. Uma vez que o aço é menos nobre que o cobre, ele libera elétrons mais
facilmente do que o cobre, o contato metálico entre os dois causa a transferência
de alguns elétrons adicionais do aço para cobre criando uma corrente elétrica.
Este processo ira consumir o elemento menos nobre, neste caso o aço, e o
material mais nobre ficará protegido.
É um tipo similar de ataque àquele que ocorre corrosão de fenda. Onde quer que
a escória se junte, haverá um esgotamento em uma fenda. Conseqüentemente, o
ataque é localizado abaixo da escória ou do sedimento. Veja Figura 73
apresentando um esquema da corrosão por deposição
A reação dos micróbios e do aço não está muito clara, no entanto sabe-se
bastante sobre onde elas podem agir:
2. Destroem revestimentos
7.3 A PINTURA
A pintura pode ser descrita como um material líquido capaz de ser aplicado ou
espalhado sobre uma superfície contínua onde ele seca ou endurece para dar
forma a uma barreira de revestimento contínuo.
ANTI-CORROSIVOS
• Assegurar o contato metálico entre o aço e metais menos nobre, tal como o
zinco, permitindo a proteção catódica do aço por meio do efeito galvânico
EFEITO DE BARREIRA
• Betume
• Epoxi
EFEITO INIBIDOR
Efeitos inibidores de corrosão são alcançados com o uso demãos de tintas que
contenham inibidores. Estes inibidores são pigmentos solúveis ou básicos
• Cromato de zinco
• Fosfato de zinco
• Metaborato de zinco
• Chumbo
• Plumbato de Cálcio
Os inibidores são e devem ser um pouco solúveis em água. Para impedir que
sejam varridos dos revestimentos, camadas superiores sem os inibidores são
aplicadas para fornecer uma barreira necessária para que as camadas inibidoras
durem.
EFEITO GALVÂNICO
• Cola epoxy
• Silicato de Etila
• Silicato de Alkali
• Resina
• Pigmento
• Solvente
REVESTIMENTOS
SOLVENTES
• Solventes verdadeiros
• Solvente latente
• Solvente do Diluidor
Um líquido que não seja um solvente verdadeiro. Usado normalmente como uma
mistura com solvente verdadeiro/solvente latente mistura para reduzir o custo. A
tinta tolera somente uma quantidade limitada do diluidor.
SHOP PRIMERS
-Não deve produzir fumos tóxicos ou nocivos durante o processo de solda e corte.
-Deve formar uma base compatível com a maior variedade possível sistemas de
revestimento.
Anti-incrustante
INCRUSTAÇÃO
Tais anti-incrustantes têm, como constituinte de seu filme, uma resina solúvel em
água salgada. À medida em que o filme dissolve, o material que reage com o
Matriz insolúvel
Estes anti-incrustantes podem ser constituídos de uma película de vinil. Estes têm
um grande poder de coesão e não são afetados pela água do mar, portanto, a
quantidade de material reagente com o ambiente tem de ser suficientemente alto
para que as partículas deste material entrem em contato entre si.
Auto polidas
-Preparação da superfície.
-Métodos de aplicação.
Métodos de aplicação
- Brocha
- Rolo
- Spray convencional
- Spray não-aerado
Aplicação de brocha
Aplicação de rolo
Spray convencional
Airless
É uma técnica de aplicação de spray que não necessita da mistura de tinta com
ar. A tinta é forçada por um bico em grandes pressões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. Recommendatioins for fatigue design of welded joints and components –IIW Joint
Working Group XIII-XV –Julho de 2006
10. Guides Notes on the Application and Maintenance of Marine Coating Systems – ABS
Second Edition – 2004
12. Palestra sobre produção de navios proferida pelo “First Marine International Limited” na
Universidade de São Paulo.