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“ Mecanismos causadores de
pressão e impacto ambiental
sobre os ecossistemas e
florestas nativas

Gustavo Belchior de Barros Allaiane Fiama Vieira da Silva


UFAL UFAL

Lucas Teles Bezerra Aldo Luiz Maximino Romeiro


UFAL UFAL

Déborah Monteiro Barbosa Edja Santos de Araújo


UFAL UFAL

10.37885/201102102
RESUMO

Sabe-se que todas as atividades antrópicas de forma direta ou indireta resultam em


consequências para as diversas formações vegetais, estas consequências podem ser
positivas ou negativas em vários níveis de intensidade. Esses impactos ocorrem em sua
ampla maioria por meio de atividades do setor agropecuário e através dos efeitos cau-
sados pela industrialização e urbanização. É possível considerar um impacto ambiental
como ações antrópicas que alteram qualquer uma das propriedades biológicas, químicas
e físicas do meio ambiente, resultando na ampla maioria das vezes em modificações
negativas que permanecerão prejudicando o meio ambiente por anos. O objetivo to-
mando por esta pesquisa, foi analisar por meio de revisão de literatura as atividades e
mecanismos de desmatamento e degradação ambiental que exercem pressão sobre os
ecossistemas naturais. Desta forma, podendo analisar e discorrer as principais conse-
quências que essas atividades e operações têm efetuado no meio ambiente. Para efetuar
a proposta deste trabalho, foram feitas pesquisas e levantamentos bibliográficos durante
6 meses acerca de atividades que tem gerado impactos ambientais nos ecossistemas
naturais. As pesquisas bibliográficas foram executadas nas seguintes bases de dados
eletrônicas: Periódico CAPES, Web of Science, Scientific Eletronic Library Online-Scielo
e Scholar Google. Foram incluídos nesta revisão, artigos em idioma português e inglês,
publicados entre os anos de 2010 a 2020 e que respondessem à questão norteadora do
estudo. Após a aplicação dos critérios de inclusão, restaram 38 artigos dos quais, sete
discorriam acerca dos impactos da atividade agropecuária, sete do crescimento popula-
cional, oito da exploração ilegal de madeira, nove da mineração e sete das hidrelétricas.
Foi possível afirmar que de fato as pressões e impactos sobre matas e florestas têm sido
consideravelmente prejudiciais, tendo em vista que são diversas as fontes causadoras
destes transtornos e pressões para o meio ambiente. Sendo importante ressaltar que as
considerações aqui apresentadas acerca dos mecanismos responsáveis por desmata-
mento e pressão ambiental, de forma alguma se dão por encerradas, sendo necessário
ainda mais pesquisas e reflexões cabíveis a essa temática de suma importância para a
conscientização da necessidade de preservação dos ecossistemas naturais.

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza
Palavras-chave: Atividades Antrópicas, Degradação Ambiental, Desmatamento.

INTRODUÇÃO

Impactos ambientais são aqueles que causam perdas, danos e prejuízos ambientais
como a alteração e destruição da fauna e flora pelo desmatamento (GOTARDI et al., 2012).
Impactos ambientais podem ser considerados, como toda e qualquer alteração nas proprie-
dades físicas, químicas e biológicas do ambiente provocado na maioria dos casos pela ação
dos seres humanos sobre a biota e a qualidade dos recursos ambientais (PEREREIRA &
CURI, 2012). Ao longo da história, o ser humano tem sempre se beneficiado da remoção
de árvores e alteração do meio ambiente para os mais diversos fins. A redução dos tama-
nhos das florestas e ambientais naturais em todo o mundo tem ocorrido como resultado,
principalmente, de incêndios, corte de árvores para propósitos comerciais e produção de
energia e devastação de terras para utilização da agropecuária de forma não sustentável e
inapropriada (ARRAES et al., 2012).
Atualmente todas as formações vegetais, em maior ou menor grau, encontram-se
modificadas pela ação humana (NASCIMENTO et al., 2018). Dessa forma, os impactos am-
bientais atingem não só o meio natural de forma direta ou indiretamente, mas também afetam
a saúde, a segurança e o bem-estar da população (PEREREIRA & CURI, 2012). O desma-
tamento, também, sacrifica a oportunidade de capturar o valor dos serviços ambientais da
floresta. A natureza não sustentável de praticamente todos os usos de terra implantados,
numa escala significante em áreas desmatadas, faz com que as oportunidades perdidas
de manter a floresta de pé sejam significativas a longo prazo (FEARNSIDE, 2006). O des-
matamento está entro os mais graves problemas ambientais da atualidade, pois além de
devastar florestais inteiras e promover escassez de recursos, compromete o equilíbrio do
planeta em seus diversos aspectos, incluindo ecossistemas naturais e construídos, afetando
grandemente a economia, a sociedade e trazendo consequências irremediáveis em virtude
de perda da biodiversidade e efeitos climáticos adversos (ARRAES et al., 2012).
As rápidas modificações da paisagem e as mudanças sem planejamento nas últimas
décadas, induzidas principalmente pela expansão urbana, provocaram uma série de al-
terações, destruições e fragmentação dos espaços naturais, ocasionando isolamento de
habitats naturais e resultando em prejuízo para a biodiversidade de fauna e flora (MACIEL
& BARBOSA, 2015). Além da forte expansão urbana, o avanço das fronteiras da pecuária,
queimadas, poluição de rios, dizimação de florestas para o aumento das áreas de pastagem
ou formação de área de cultivo, ligados ao uso de herbicidas e agrotóxicos, que envenenam

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a terra apresentam uma ameaça severa a todos os ecossistemas, matando animais pela
degradação ou perda de habitat (GARCIA, 2014).
O cultivo continuado, com a retirada dos produtos agrícolas e sem reposição dos nu-
trientes retirados, leva à perda da fertilidade. O uso de equipamentos pesados, como os
utilizados para construção de estradas em solos de textura pesada e com teores de água
inadequados pode dar lugar à compactação dos solos (SAMPAIO, 2017). Além desses
entraves a agricultura correlacionando-se com outros prejuízos ao meio ambiente além da
compactação do solo, tais como: mudanças no regime hidrológico, aquecimento global e a
desertificação (FEARNSIDE, 2005).
Além da problemática gerada pelo o avanço da agricultura, os impactos ambientais
ocasionados pela exploração ilegal de madeira, produzem consequências complexas para
o equilíbrio do ambiente (VIEIRA et al., 2005). Esforços recentes de regulamentação me-
lhoraram a detecção de algumas formas de exploração ilegal de madeira, mas são vulne-
ráveis a métodos mais sutis que mascaram a origem da madeira ilegal (RICHARDSON &
PERES, 2016), e como resultado disso, em biomas como a Amazônia, os futuros estoques
de madeira estão seriamente ameaçados pela má gestão governamental que continua ten-
do um desempenho ruim no planejamento, aplicação e monitoramento efetivo da produção
sustentável de madeira (BRANCALION et al., 2018).
Há ainda, a pressão gerada pelo desmatamento para obtenção de energia (INATOMI,
2005). A inundação de terras por reservatórios elimina os ecossistemas do local, sendo
áreas protegidas frequentemente afetadas. Um exemplo é fornecido pela redução de áreas
de unidades de conservação existentes para abrir caminho para as seis primeiras barragens
propostas na bacia do rio Tapajós (FEARNSIDE, 2015). Além da perda das florestas a serem
inundadas, as represas estimulam o desmatamento nas áreas circundantes (BARRETO et al.,
2011; JIANG et al., 2018). A exemplo, a barragem de Belo Monte, que atraiu uma grande
população na área de Altamira - Pará (BARRETO et al., 2011). Esta área tornou-se um dos
dois pontos de maior desmatamento da região, o outro exemplo é a área em torno das bar-
ragens de Santo Antônio e Jirau no rio Madeira, em Rondônia (ANGELO & MAGALHÃES,
2011; HAYASHI et al., 2011; ESCADA et al., 2013).
Como já salientado acima, entre os muitos impactos causados pela construção de
hidrelétricas, um deles é o estimulo ao desmatamento. Isto é devido parcialmente às estra-
das que são construídas para dar acesso a cada barragem, uma vez que estradas são bem
conhecidas como um dos motores mais poderosos do desmatamento (SOARES FILHO
et al., 2004). Além dos danos já citados, as barragens construídas para hidrelétricas emitem
gases de efeito estufa. O dióxido de carbono é emitido pela decomposição de árvores mortas

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por inundação e o óxido nitroso, e especialmente, o metano são emitidos pela água nos
reservatórios e da água que passa através das turbinas e vertedouros (FEARNSIDE, 2015).
Outra atividade que causa sérios agravos e perturbações ambientais, é a mineração.
Apesar de ser um dos setores básicos da economia de vários países, em muitos casos ain-
da são utilizadas técnicas ultrapassadas, executadas sem nenhum planejamento técnico e
ambiental, promovendo, desta forma, impactos naturais irreversíveis na região explorada
(IBRAM, 2012). O ato de minerar é uma das atividades mais primitivas exercidas pelo ho-
mem como fonte de sobrevivência e produção, através da manipulação de rochas e minerais
para a produção de artefatos que facilitassem a vida em sociedade, especialmente, pela
possibilidade da produção de bens e acumulação de capital. A atividade extrativa mineral,
causa alterações no ambiente, tornando-se fonte de degradação, quando empreendida sem
as medidas de controle adequadas (GONÇALVES et al., 2017). Neste sentido, a atividade
extrativa decorrente da mineração, têm causado por suas práticas sem técnicas adequadas
e sem controle um visível quadro de degradação no ambiente (FERNANDES et al., 2014).
Apesar das atividades e agentes causadores do desmatamento serem bastante co-
nhecidos, é fato que ainda é necessário o aprofundamento desse tema, buscando entender
como os diferentes fatores interferem nos comportamentos de uso da terra e, consequente-
mente, no desmatamento da região (FARIAS et al., 2018). Estudos de revisão sistemática
são importantes devido ao seu significativo auxilio na análise de pesquisas desenvolvidas
dentro de uma área especifica de conhecimento. As revisões sistemáticas de boa qualidade
geralmente são consideradas como o melhor grau de indicação para tomadas de decisão,
facilitando desta forma, o acesso de pesquisadores que tenham a necessidade de realizar
uma rápida revisão, podendo também direcionar futuras pesquisas (ARAUJO et al., 2008).

OBJETIVO

Analisar por meio de revisão de literatura as atividades e mecanismos de desmatamento


e degradação ambiental que exercem pressão sobre os ecossistemas naturais.

METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática com material co-
lhido de quatro diferentes bases de dados eletrônicas científicas, os quais tratam acerca
das atividades antrópicas que geram desmatamento e impactos ambientais. A metodologia
do presente trabalho, portanto, baseia-se em uma abordagem qualitativa de investigação
baseada na análise de conteúdo de documentos na literatura (BARDIN, 2011). A pesquisa

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bibliográfica foi executada nas seguintes bases de dados eletrônicas: Periódico CAPES,
Web of Science, Scientific Eletronic Library Online-Scielo e Scholar Google.
Para efetuar a proposta deste trabalho foram feitas pesquisas e levantamentos bi-
bliográficos durante 6 meses sobre atividades que tem gerado impactos ambientais nos
ecossistemas naturais. Foram inicialmente selecionados 55 artigos que traziam consigo in-
formações acerca do tema proposto. Tratando-se do material analisados na literatura, foram
tomados então os seguintes critérios de inclusão; foram incluídos nesta revisão artigos em
idioma português e inglês, publicados entre os anos de 2010 a 2020 e que respondessem à
questão norteadora do estudo. Após a aplicação dos critérios, restaram 38 artigos dos quais
sete discorriam acerca da atividade agropecuária, sete do crescimento populacional, oito
da exploração ilegal de madeira, nove da mineração e sete das hidrelétricas. Analisando o
conteúdo das pesquisas selecionadas, foram elaborados índices de pressão e impacto que
as atividades antrópicas estudas nesta pesquisa efetuam sobre o meio ambiente. Os ní-
veis de impactos adotados foram, Positivo, Regular, Grave e Severo. Com base nisto, foi
elaborada uma tabela para melhor retratar o grau de impacto causado por cada atividade
avaliada, nos ecossistemas segundo apontado na literatura estudada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Da agropecuária

Com a aplicação dos critérios de inclusão estabelecidos para a seleção de trabalhos


achados na literatura, foram estudados sete artigos que consideravam os impactos gerados
pela agropecuária nas florestas nativas. Destes, um apontava os impactos como regulares,
três trabalhos indicavam que esta prática gera consequências graves para os biomas e
três artigos descreviam os impactos como severos para o meio ambiente, como pode ser
verificado na Tabela 1.
Segundo Cunha et al. (2008), sabe-se que a exploração da agropecuária, de forma
inadequada, gera impactos adversos no meio ambiente, com sérios riscos comprometedores
a biodiversidade. Um sistema de produção agrícola por si só já reduz a diversidade biológica
do ambiente a partir da transformação de um ecossistema em um agrossistema. Esse de-
sequilíbrio é quase que completo quando se trata de monoculturas que são agrossistemas
extremamente simplificados e, portanto, mais suscetíveis ao aparecimento de espécies
nocivas à cultura plantada (SOARES, 2010). Firmino & Fonseca (2020), afirmam que além
dos problemas gerados devido as monoculturas, as áreas que são submetidas ao cultivo ou
pastoreio intensivo por longos períodos geram diversas danificações no solo. Em que este
se degrada rapidamente devido às práticas que empregam o fogo na abertura de áreas,

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desta forma, ocorre a perda dos agregados de matéria orgânica e argila causando sérios
danos a qualidade do solo. Outro fator agravante desse sistema é a larga utilização de
agrotóxicos. Na última década, o Brasil expandiu em 190% o mercado de agrotóxicos, o que
colocou o País em primeiro lugar no ranking mundial de consumo (RIGOTTO et al., 2014).
De acordo com Lopes & Albuquerque (2018), diversas publicações afirmam o severo
impacto dos agrotóxicos no meio ambiente, evidenciam os prejuízos causados onde as
perturbações ambientais vão desde a alteração da composição do solo, passando pela
contaminação da água afetando os recursos hídricos de forma geral como reservatórios de
água, lagos, rios, bacias hidrográficas e fluviais. Consequentemente a fauna será afeta pelo
uso dessas substancias por alterarem seu habitat natural.
Erthal & Berticilli (2018), enfatizam que o fornecimento da quantidade de água ne-
cessária às monoculturas de maneira a atender suas exigências hídricas durante todo seu
ciclo ocorre por meio da irrigação, possibilitando altas produtividades para a cultura cultiva-
da. No entanto, a irrigação traz consigo algumas desvantagens, principalmente para o solo
do ecossistema. Já que a deterioração do solo está diretamente ligada ao manejo da água,
uma vez que o manejo inadequado desta, origina danos ao ambiente, erosão e redução do
ar no solo (PENTEADO, 2010).
Na maioria das vezes, a escassez de recursos hídricos de boa qualidade para a agri-
cultura, leva muitos produtores a utilizar águas impróprias para a irrigação, contendo con-
centração de sais e outras substancias acima do ideal (DIAS et al., 2016). A contaminação
dos recursos hídricos surge com mais frequência, pelo escoamento superficial: a água da
irrigação escoa superficialmente, carregando agroquímicos dissolvidos ou absorvidos em
partículas de solo, ocorrendo poluição de corpos de água, comprometendo a vida aquática,
intoxicação de pessoas ou possivelmente comprometendo processos industriais causando
ainda percolação profunda: onde a água percolada ao longo do perfil do solo, carrega agro-
químicos que podem atingir lençóis subterrâneos, ocorrendo mais comumente quando se
utiliza irrigação por superfície (REBOUÇAS et al., 2006).
Todas essas alterações levam a extinção da fauna e flora da região afetada. Garcia
(2014), resume algumas das causas principais, sendo elas fragmentação e destruição do
“habitat” ou do local onde naturalmente vivem ou estão adaptadas a desenvolver-se no
caso das espécies vegetais. Diniz (2017), afirma que realmente, degradação do habitat pelo
desmatamento para dar espaço, à pecuária e à agricultura, resultam em severos danos a
flora e a fauna silvestre, podendo ameaçá-las de extinção, ou deslocá-las de seu habitat,
causando forte impacto sócio ambiental.

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Da Exploração ilegal de madeira

Após a aplicação dos critérios inclusivos para as pesquisas na literatura, foram ava-
liados oito artigos que discutiam acerca dos impactos gerados pela exploração ilegal da
madeira. Em que nestes, um, apontava os impactos como regulares, três, indicavam que
esta prática gera consequências graves para os biomas e quatro artigos, descreviam os
impactos como severos, (Tabela 1). Nos últimos três séculos, a atividade de exploração de
madeiras tropicais brasileiras esteve restrita às florestas de várzea ao longo dos principais
rios da região amazônica, sendo que essa exploração era extremamente seletiva e seus
impactos eram mínimos. Entretanto, a abertura da BR010 e da BR230, fez com que a explo-
ração madeireira aumentasse em quantidade (SILVA et al., 2012). Para o setor madeireiro,
a construção civil tem grande importância na comercialização de produtos acabados, pois
o mercado concentra suas vendas em linhas de esquadrias, pisos e estruturas de telhados,
porém, os produtos estruturais ainda têm uma participação pequena no volume total de
vendas para a indústria da construção. No Brasil ainda se valorizam mais os imóveis de
alvenaria, devido principalmente às raízes culturais diretamente ligadas à nossa colonização
(DI MAURO & DEMARZO, 2012).
Incentivada pela elevada demanda por produtos madeireiros, a extração legal e ilegal
de madeira é uma causa importante da destruição da floresta amazônica. A floresta tropical
é objeto da exploração econômica pela possibilidade de extração de madeira, caça e maté-
ria prima para materiais de construção. A derrubada de árvores está intimamente ligada à
construção de rodovias e a movimentos migratórios. O acesso rodoviário facilita a entrada
na mata e a extração seletiva de madeira. As áreas que foram objeto de extração seletiva
têm maior chance de serem ocupadas por novos moradores e de sofrerem corte raso para
o cultivo de pasto ou grãos (WWF, 2020).
Em um cenário não tão diferente, existe o bioma Caatinga, segundo dados do Ministério
do Meio Ambiente (MMA) o bioma Caatinga ocupa por volta de 11% da área total do país
(844.453 km²) e abarca 27 milhões de pessoas, que sobrevivem diretamente dos recursos da
caatinga. O MMA aponta acerca deste bioma o crescente desmatamento nos últimos anos,
sendo um dos fatores que intensifica esse quadro, o consumo de lenha nativa, explorada
de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e industriais (LIMA, 2019). De acordo
com França (2015), o bioma Caatinga sofre grandes desmatamentos com a finalidade de
produzir carvão vegetal, sua produção ainda possui características rústicas, mesmo que
algumas práticas tenham recebido modificações pelo avanço da tecnologia.
O autor também mostra que mesmo com o uso de madeiras de reflorestamento para a
produção de carvão, uma parcela grande dessa madeira ainda advém de florestas nativas
e derrubadas ilegalmente no bioma. Algumas indústrias situadas na região nordeste, no

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bioma Caatinga, necessitam da lenha como matéria prima para seu funcionamento, como
panificadoras, casas de farinhas, industrias têxtil, a indústria ceramista localizada no Rio
Grande do Norte, além do polo gesseiro do Araripe, PE. A lenha que essas indústrias utilizam
provêm de 11,75% dos planos de manejo florestal, 0,1% de reflorestamentos energéticos
com eucalipto e 88,24 % de desmatamentos ilegais (SILVEIRA, 2019). Para o mesmo autor,
essas práticas são insustentáveis nos processos produtivos associados a necessidade de
lenha e promovem uma grave degradação ambiental.
A Caatinga assim como outros ecossistemas brasileiros está sendo afetada drastica-
mente pelas ações antrópicas que alteram não somente a florística do bioma, mas também
a fauna que dela depende, resultante da extração dos recursos naturais. À exploração e
utilização da madeira como matéria prima para diversos fins, está relacionada diretamen-
te com o processo de degradação dos biomas brasileiros em geral ao longo dos tempos
(SOUZA et al., 2018), e acima de tudo, com a crescente urbanização e aumento da densi-
dade populacional. No setor primário, por exemplo, tem-se a exploração para subsistência
de lenha, estacas para cercado, produção de carvão vegetal bem como a comercialização
(ALBUQUERQUE et al., 2017).
Segundo Ferronato & Nunes (2010), do ponto de vista biológico, a pressão exercida
pela exploração florestal descomprometida com os fatores ambientais a serem respeita-
dos, associado à retirada de árvores produtoras de alimentos para as espécies da fauna,
possivelmente afeta a população faunística, e suas relações inter e intra-específicas, este
impacto ocasiona ainda uma redução no número de indivíduos dispersores de sementes e
consequentemente o repovoamento das espécies madeireiras extraídas. Tal fato, ainda é
afetado devido à falta de procedimentos que visam à sustentabilidade, ou seja, a exploração
dos recursos até seu esgotamento. Todos estes fatores associados, causam uma nítida
redução da qualidade ambiental da área e dificultam a recuperação da floresta. As conse-
quências são túmulos: perda de biodiversidade, aumento do risco de extinção de animais
silvestres e perda dos serviços ecológicos prestados pela floresta, como a manutenção do
clima e do ciclo hidrológico (WWF, 2020).
A população que se beneficia dos recursos naturais com a retirada da madeira para
fins econômicos não tem se preocupado com a preservação de tais recursos, mostrando
uma necessidade urgente de sensibilização para a conservação do meio ambiente. Há ain-
da a falta de fiscalização pelos órgãos ambientais e a falta de conscientização ambiental
quanto aos danos que a extração predatória causa a vegetação, ações estas, vistas como
dificultadoras quando se busca inibir a ação antrópica que traz resultados negativos sobre
os biomas (SOUZA et al., 2018).

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Deste modo, compreende-se que o futuro depende de atitudes imediatas, onde se
faz necessária a criação e o comprimento de projetos de educação ambiental que aliem
teoria e prática, priorizando atender as emergências cada vez mais acentuadas sobre a
preservação da biodiversidade dos biomas, associadas a políticas públicas para mitigar os
efeitos da degradação ambiental nos biomas brasileiros, direcionadas a áreas prioritárias de
conservação desses ambientes. A proteção de áreas remanescentes estratégicas, aliadas a
conservação florestal pelo uso consciente dos recursos naturais, pode ser também uma fer-
ramenta importante no desenvolvimento sustentável desses biomas. Essas estratégias para
minimizar os impactos ambientais nesses ecossistemas, podem ser fortalecidas através de
criação de programas para o monitoramento do desmatamento, e também, na reformulação
as mudanças instituídas pelo código florestal brasileiro (Lei nº 12.651, 2012).

Do Crescimento populacional e Avanço das cidades

Transcorrendo a aplicação dos critérios inclusivos determinados para a avaliação de


trabalhos e pesquisas na literatura, foram estudados sete artigos que abordavam os impactos
gerados pelo o crescimento populacional e avanço das cidades. Destes, dois apontavam os
impactos como regulares, dois trabalhos, indicavam que este fenômeno acarreta consequên-
cias graves para os biomas nativos, e três, relatavam os impactos como severos, (Tabela
1). Fontoura (2013), relata que a cidade é uma forma de organização espacial, e o uso e
ocupação do solo são os termos determinantes do adensamento demográfico. O espaço
urbano transforma e modifica o meio físico, a paisagem e até mesmo o ciclo hidrológico pelo
intenso processo de urbanização, desequilibrando de forma geral o ecossistema. A relação
sociedade e meio ambiente e as interferências antrópicas no meio configuram o espaço
geográfico, a ocupação e uso do solo precisam ser gerenciados com muito cuidado para
não se agravarem as pressões e impactos ambientais negativos ao meio ambiente.
Segundo Stanganini & Lollo (2018), os problemas relacionados ao desmatamento e
à degradação ambiental são relativamente associados com alterações do ecossistema por
causa do crescimento desordenado das cidades, mas, principalmente, da mudança de uma
sociedade rural para uma sociedade urbana em um curto período de tempo, sobretudo em
países cujo processo de desenvolvimento foi tardio. Parte dos problemas é relacionada ao
ritmo de crescimento das cidades médias brasileiras ao longo dos anos, o que mostra cla-
ramente a aceleração do processo de urbanização que teve início nas décadas de 1950 e
1960. Atualmente, em torno de 300 municípios têm população acima de 100 mil habitantes,
dos quais 69 são de médio porte localizados no Estado de São Paulo.
Um dos grandes desafios dos centros urbanos é equilibrar o crescimento com desen-
volvimento socioambiental. Nos últimos 70 anos, a urbanização intensificou principalmente

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza
pelo fato do aumento da migração do campo para a cidade. A urbanização acelerada, pode
ser explicada pelo fato das cidades apresentarem condições de trabalho, lazer e moradia
melhores que às condições do campo. Não que nas cidades as condições sejam excelen-
tes, o ponto é que, comparativamente, a qualidade de vida no campo pode ser muito pior
(GLAESER, 2011). Um dos principais efeitos da rápida urbanização é o aumento do número
de invasões de lotes públicos e privados. Muitas destas invasões acabam se desenvolvendo
em áreas verdes, próximas a mananciais, que se caracterizam legalmente como Áreas de
Preservação Ambiental (APA). Consequentemente, as invasões em APAs podem gerar além
da deterioração do bem-estar das famílias residentes nestas áreas, impactos socioambientais
negativos tais como desmatamento, extinção de biodiversidade, poluição dos cursos d’água,
entre outros (FERREIRA et al., 2004; ALVIM et al., 2008).
Tendo em vista que as cidades são o palco de grande parte dos problemas ambientais
globais (GOMES, 2009), e é no contexto urbano onde a dimensão social, econômica e am-
biental se convergem mais intensamente (EUROPEAN COMMISSION, 2007), as cidades
se tornam foco de ações na elaboração de soluções. Pois não se atingirá a sustentabilidade
global sem uma transformação no modelo de pensar, gerir e planejar os espaços urbanos.
Frente a esses desafios, concepções e soluções de cidades vêm sendo crescentemente
estudadas na academia, essas muitas vezes rotuladas como: smart city, sustainable city,
cognitive city, knowledge-based city, entre outros (ABDALA et al., 2014).
Uma cidade inteligente se forma quando investimentos em capital humano, social,
tradicional (transporte) e modernas infraestruturas tecnológicas de comunicação (TICs)
alimentam um crescimento econômico sustentável e qualidade de vida, com uma gestão
sábia dos recursos naturais por meio de uma governança participativa (CARAGLIU; DEL BO;
NIJKAMP, 2011). O grande avanço no conceito de cidades inteligentes é a consideração
da criatividade de todos os públicos das cidades para o desenvolvimento do planejamento
urbano, e consequente, escolhas coletivas para as cidades. Para conseguirmos aplicar os
princípios e objetivos do desenvolvimento sustentável, e das cidades sustentáveis, são ne-
cessárias ações conjuntas que envolvem uma mobilização social, integrando a sociedade
como um todo na luta por um ambiente urbano adequado (CLARO, 2018).

Da Mineração

No que diz respeito a mineração, foram estudados nove artigos selecionados após a
aplicação dos critérios inclusivos, dos quais, 4 discutiam os impactos como graves para os
ecossistemas, e cinco apontavam esta atividade como de consequências severas para as
florestas nativas, Tabela 1. A mineração é um dos setores básicos da economia nacional e
contribui para o desenvolvimento social e econômico do país. Tendo em vista que o Brasil

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza
é detentor de uma das maiores reservas mundiais de minerais metálicos e não-metálicos
(BARRETO, 2001; RIBEIRO, 2018). De modo geral, a mineração é responsável tanto por
ocupar grandes áreas para realizar a extração mineral, como por exigir intervenção em ex-
tensas superfícies, resultando em abrangentes impactos ambientais negativos, como por
exemplo, o rompimento do equilíbrio de biomas e ecossistemas (VIEIRA, 2011). Em suma,
pode-se afirmar que a mineração é uma das atividades que mais causam desmatamento e
poluição ambiental (MKPUMA et al., 2015).
Praticamente, toda atividade de mineração implica supressão de vegetação ou impe-
dimento de sua regeneração. Em muitas situações, o solo superficial de maior fertilidade é
também removido, e os solos remanescentes ficam expostos aos processos erosivos que
podem acarretar em assoreamento dos corpos d’água do entorno. A qualidade das águas
dos rios e reservatórios da mesma bacia devido ao empreendimento, podem ser prejudicadas
em razão da turbidez provocada pelos sedimentos finos em suspensão, assim como pela
poluição causada por substâncias lixiviadas e carreadas ou contidas nos efluentes das áreas
de mineração, tais como óleos, graxa e metais pesados. Estes últimos podendo também
atingir as águas subterrâneas (MECHI & SANCHES, 2010).
Os impactos ambientais da mineração estão diretamente ligados ao conteúdo metálico
e a sua disponibilidade. Os minérios comuns possuem conteúdo metálico mais elevado e de
fácil acesso, sendo explorados primeiros. Essa fase inicial demanda menos custos e também
causa menores danos. Após o esgotamento dos minérios comuns, inicia-se a exploração do
minério com menor conteúdo metálico, com maiores custos e danos ambientais (CEREZA,
2018). Quanto a poluição das águas, Pontes et al. (2013) , comenta que a maioria das mi-
nerações no Brasil (ferro, calcário, granito, areia, argila, bauxita, manganês, cassiterita, dia-
mante entre outras) contaminam as águas através da lama; sendo necessário construção de
barragens para o controle da contaminação. Ocorre também a poluição química provocada
pelo tratamento do minério ou pela passagem da água pela área de mineração. Ainda assim,
importantes iniciativas têm procurado compatibilizar as atividades produtivas que desgas-
tam os recursos naturais, buscando alcançar a chamada sustentabilidade, o que significa
também, considerar os conflitos socioambientais envolvidos no processo de apropriação do
espaço. Para tanto, é importante conhecer a percepção dos atores sociais sobre os agravos
ambientais que lhes são impostos, partindo do princípio de que são desiguais as condições
de acesso dos diferentes setores da população à proteção ambiental (DIAS, 2007).
A atividade de mineração no Brasil, apresenta ainda conflitos que envolvem: Invasão de
territórios imemoriais de comunidades tradicionais indígenas e quilombolas, para realizar não
só extração mineral como também dos recursos da floresta; afetam ainda, populações que
habitam territórios na área de influência da mineração urbana e rural, populações ribeirinhas,

244
Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza
produtores tradicionais como extrativistas e agricultores familiar; além de causar conflitos em
áreas com grande patrimônio natural, ou atividade turística (FERNANDES & ARAUJO, 2016).
A potência dos impactos ambientais negativos causados pela mineração, mudam con-
forme avançam-se as etapas, elas podem ser diagnosticadas desde seu planejamento, e
é essencial que esses impactos sejam reconhecidos no início da implementação para que
seja possível a mitigação da extensão desse impacto futuramente. Os impactos vêm desde
a degradação da paisagem até efeitos danosos ao equilíbrio do ecossistema como redução
ou destruição de habitat, morte de espécies de fauna e flora, chegando até a extinção de
alguns indivíduos (SILVA & ANDRADE, 2017) ­.
O desenvolvimento das atividades de mineração precisa ser analisado então, com
base em uma visão pautada em planejamento que envolva os aspectos sociais, econômicos
e principalmente os ambientais, para que dessa forma, possa alguma sustentabilidade ser
garantida. A mineração é uma atividade econômica imprescindível ao desenvolvimento da
sociedade, todavia seus efeitos e consequências devem ser analisados de forma minuciosa
e ressalvando o bem-estar socioambiental. Nesta perspectiva, deve-se propor mecanismos
práticos que possibilitem a mitigação dos impactos negativos da mineração, visando um
desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente correto (PONTES et al., 2013).

Das Hidrelétricas

Em se tratando das hidrelétricas, foram selecionados sete artigos após aplicação dos
critérios inclusivos para as pesquisas encontradas na literatura. Dos quais, três apontavam os
impactos como graves, e quatro descreviam esta atividade como geradora de consequências
severas para os biomas, (Tabela 1). O aumento da demanda pela geração de energia no
brasil foi motivado pelo seu acelerado crescimento. A importância da energia para a sociedade
moderna é fator incontestável. Das fontes de energia utilizadas no brasil, a energia hidráulica
destaca-se, mesmo havendo uma utilização de combustíveis fósseis. As hidroelétricas são
utilizadas fortemente no país em razão da dimensão continental, a disponibilidade hídrica
do território e a topografia favorável à transformação da força da água em energia elétrica
(LIMA & PINTO, 2017).
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que elaborou o Balanço Energético
Nacional, em relação ao ano de 2017, afirma-se que a fonte de maior expressividade na
geração elétrica é a hidráulica, correspondente à 65,2% do total nacional (CLAUBERG et al.,
2020). De acordo com a Aneel (2019), estão presentes 1.347 barragens de usinas hidrelétricas
em operação e outras 145 encontram-se em construção ou estão previstas. A produção de
energia em hidrelétrica no Brasil é realizada por três categorias: Usinas Hidrelétricas (UHEs),
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras de Hidroeletricidade (CGHs).

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza
Cada um deles tem um potencial diferenciado de produção de energia e consequen-
temente impacta diferentes extensões de área em seu entorno (SERRA & OLIVEIRA,
2020). A sua produção e disponibilidade é o grande desafio para a continuidade do desen-
volvimento e a ampliação da produção industrial. A necessidade cada vez maior de produção
de energia é uma realidade. Sendo a instalação de diversas hidrelétricas um fato necessário,
e seus impactos socioambientais devem ser discutidos e analisados (LIMA & PINTO, 2017).
Por não emitirem gases do efeito estufa na atmosfera, ao longo dos anos a energia
gerada nas usinas hidrelétricas foi considerada energia limpa. Entretanto, pesquisas cienti-
ficas mostram que os custos ambientais e sociais da implantação desses empreendimentos
são consideravelmente altos e apesar da eficiência energética, esse sistema está longe de
gerar uma energia socioambientalmente responsável. Dados científicos mostram que as
barragens geram quantidades excessivas de gases poluentes (especialmente em florestas
tropicais), dependendo da sua localização geográfica, do tempo de funcionamento e das
características hidrológicas e morfológicas do reservatório, tais como, a capacidade de arma-
zenamento, o fluxo de vazão direcionado aos canais de drenagem entre outas característica
do reservatório e do potencial da usina (FEARNSIDE, 2015).
Conforme visto no trabalho de Serra & Oliveira (2020), os principais problemas causa-
dos por esses empreendimentos no aspecto ambiental são: alteração do regime hidrológico
dos rios, assoreamento dos reservatórios devido aos processos de desmatamento e reti-
rada da mata ciliar, emissão de gases de efeito estufa, além de contribuir para supressão
de fitofisionomias nativas e descaracterização da ictiofauna presente. Em consequência da
construção de usinas hidrelétricas, de maior ou menor produção energética, os impactos
mais comuns são: alteração na paisagem; desmatamentos e supressão vegetal com prejuízo
para a fauna e flora local; inundação de áreas verdes sem a retirada dos materiais orgânicos
que se decompõem debaixo d’água proliferando mosquitos e doenças em razão da baixa
oxigenação da água; desapropriações e retirada da população local de suas residências;
entre outros (LIMA & PINTO, 2017).
Para que a alteração ambiental possa ser considerada um impacto, é imprescindível
que exista uma avaliação da alteração da qualidade ambiental. Por este motivo, é neces-
sária a elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA), a realização de procedimento
de licenciamento e a convocação de Audiências Públicas. Por isto, a instalação de uma hi-
drelétrica ou a implantação de qualquer empreendimento que gere significativas alterações
no ambiente necessita de um Estudo de Impacto Ambiental (LIMA & PINTO, 2017).
O planejamento e estudo ambiental no Brasil ancora-se sobre o procedimento ad-
ministrativo de Licenciamento Ambiental e na Avaliação de Impactos Ambientais (AIA),
devidamente aconselhado pela legislação nacional. A Avaliação Ambiental Integrada (AAI),

246
Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza
insere-se no contexto como uma ferramenta auxiliar à AIA e ao licenciamento ambiental das
centrais hidrelétricas, visando à predição das condições futuras da bacia e a consideração
dos três meios: físico, ecológico e socioeconômico (CLAUBERG et al., 2020). Gallardo et al.
(2017), mostram que, no que se refere ao licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas,
a previsão de impactos passa a ser indefinível, tendo em vista efeitos cumulativos e sinérgi-
cos, provocados pela complexidade de características e aproveitamentos inseridos em uma
bacia. Por esse motivo, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) vem sendo complementado
pela Avaliação Ambiental Integrada (AAI).
Scabin et al. (2015), entretanto, afirmam que o licenciamento ambiental tem sido defici-
tário no controle e mitigação de impactos ambientais, decorrentes da implantação de usinas
hidrelétricas. A maior parte das demandas judiciais está relacionada às irregularidades do
procedimento do licenciamento, principalmente, em relação à participação das populações
impactadas, à qualidade e abrangência dos estudos de impacto ambiental e de viabilidade
ambiental, e ao cumprimento de condicionantes das licenças afetando de várias formas
populações vulneráveis.

Tabela 1. Número de artigos (NA) e intensidade de impacto (positivo, regular, grave e severo) considerados para cada
umas das atividades antrópicas avaliadas que exercem pressão sobre os ecossistemas.
Intensidade do impacto/NA
Atividades antrópicas
Positivo Regular Grave Severo
Agropecuária 0 1 3 3
Crescimento populacional 0 2 2 3
Exploração ilegal de madeira 0 1 3 4
Mineração 0 0 4 5
Hidrelétricas 0 0 3 4
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

CONCLUSÃO

Esta revisão sistemática de literatura foi elaborada em busca de uma melhor compreen-
são acerca dos principais mecanismos responsáveis por desmatamento e pressão ambiental
sobre os ecossistemas naturais do Brasil. Com base em tudo que foi apresentado nesta
revisão, é possível afirmar que de fato as pressões e impactos sobre matas e florestas tem
sido consideravelmente intensa, tendo em vista que são diversas as fontes causadoras destes
transtornos e pressões para o meio ambiente. Já que os crescentes avanços nos setores
industrial e metropolitano, devido à grande necessidade de desenvolvimento econômico do
atual sistema, tem contribuído severamente para os mais variados agravos e pressões para
o meio ambiente, sobretudo em relação aos recursos naturais.
Nessa perspectiva, o desenvolvimento urbano e econômico tem significado degradação
ambiental crescente. Sendo necessário desta forma, o incremento de políticas públicas de

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza
conscientização, incentivo de fiscalização e um maior rigor na aplicação das leis que tratam
das causas ambientais. Porém, é importante ressaltar que as considerações e reflexões
aqui apresentadas e atentas aos mecanismos responsáveis por desmatamento e pressão
ambiental, direcionados aos sistemas ambientais diante da exploração ilegal madeireira,
mineração, crescimento populacional, agropecuária e instalação de reservatórios de usinas
hidrelétricas, de forma alguma dão por encerradas as reflexões cabíveis a essa temática.

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