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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

Docente: Eloá Losano de Abreu


Discente: Heráclito Cardoso de Oliveira

Questões extra – 2ª avaliação

1. Situem as características de comportamento de seu grupo de amigos


em determinado período do desenvolvimento e busquem estabelecer
as relações entre os diferentes aspectos do desenvolvimento (afetivo,
intelectual, físico-motor e social).

Hoje eu tenho 33 anos, a maioria dos meus amigos tem mais de 12 anos
de idade, uma faixa etária a partir da qual podemos localizar o Estágio
das Operações Formais (11 ou 12 anos em diante). A aparência física é
uma preocupação que começa a aparecer a partir da adolescência e
se estende para as outras fases da vida, bem como um maior cuidado
com as relações, com o meio social. A preocupação do sujeito com a boa
imagem não se limita apenas ao visual, ao físico, mas recai também sobre
o intelectual, o social e o afetivo. Há pessoas no meu ciclo de amizades
de se preocupam muito com a aparência, não saem de casa sem antes
verificar e garantir que visualmente estão bem arrumados. Evidentemente
há pessoas que se preocupam mais com isso do que outras, no entanto,
aqueles que têm pouca preocupação com a aparência física, se
dedicam a lustrar a imagem intelectual e assim por diante. O fato que, ao
longo da vida nós vamos encontrando estratégias de manutenção da
nossa personalidade e transitando entre os aspectos dos diversos estágios
do desenvolvimento humano.

2. Quais são os efeitos da miséria e da violência sobre o


desenvolvimento da criança e do adolescente? Levantem hipóteses.

As condições materiais de vida se refletem de forma muito direta na


saúde física, mental, emocional do sujeito. Desse modo, a miséria material
que se caracteriza pela fome, falta de habitação, desemprego,
analfabetismo, altas taxas de mortalidade infantil torna-se, configura uma
condição que compromete o desenvolvimento saudável do sujeito. A
violência, muitas vezes, anda junto à miséria e forma um triste conjunto. Um
exemplo, exposto nesse momento difícil de pandemia, são as famílias que
vivem em condições de extrema pobreza, não tem como seguir todas as
recomendações de distanciamento social, vivem em condições precárias
higiene, crianças e jovens nessa situação não conseguem acompanhar as
aulas online por falta de aparelhos e internet, dentre tantos outros
problemas deflagrados na atual crise sanitária global. O próprio ato de
viver numa condição de miséria, já implica em viver uma condição de
violência, onde o direto à vida do sujeito vai sendo violado pouco a
pouco. Sem dúvida, a extrema pobreza não favorece o desenvolvimento
saudável de crianças e adolescentes.

3. Leia os dois textos complementares. Ambos, um com referência em


Vigotski (n. 1) e outro com referência em Piaget (n. 2), falam e defendem
o brincar e o jogo como atividades promotoras de desenvolvimento.
Discutam esta importante questão para a educação.

O jogo, o brincar, o brinquedo. Desde tempos muito antigos o ser humano


brinca e a história da humanidade foi sendo escrita com esse pano de
fundo. O brinquedo evoca a suspensão do tempo, o descolamento da
realidade e o sujeito mergulha no universo do simbólico, do subjetivo, do
arquetípico. A realidade ganha ares de representação e o trânsito
simbólico contribui para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional do
sujeito brincante. O faz-de-contas é o lugar das coisas pequenas, é um
ensaio para o espetáculo da vida e ao mesmo tempo é uma necessidade
do ser humano. Os processos educativos que compreendem a
importância do lúdico, do brincar, conseguem acessar espaços de
construção de saberes, onde o aprendizado se dá no corpo, no
movimento, na metáfora, porque o brincar convoca para um
envolvimento sinestésico e espontâneo com o mundo.

4. Procurem na internet documentos que falem da inclusão como


proposta para a sociedade.
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 - Destinada a assegurar e a promover,
em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania.

RESOLUÇÃO MEC Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001 - Institui Diretrizes


Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
5. Conversem com seus colegas sobre pessoas idosas com as quais
convivem. Que características de comportamento elas apresentam? O
que é positivo? O que é limitação? O que é preciso fazer para que
nosso envelhecimento seja menos sofrido?

A pessoa idosa com a qual eu convivo é a minha avó Amélia, com quem
fui criado. Seu modo de viver, de ler o mundo, sua memória e estratégias
de sobrevivência acabaram virando tema da minha tese de doutorado.
Sua experiência de vida é um espelho para toda a família, isso implica em
dizer que o bem-estar e a saúde emocional de todos nós ligados a ela,
tem por base os seus conselhos, suas broncas e seus exemplos. Ela é uma
pessoa muito ativa em suas ocupações, é autônoma em suas atividades
diárias e busca meios funcionais para resolver as suas necessidades. Com
a idade, algumas limitações vão aparecendo; o tônus muscular diminui, o
equilíbrio também, a ossatura fica mais frágil e os reflexos mais lentos. No
entanto, minha avó Amélia consegue contornar essas “limitações” à
medida em que elas aparecem, adaptando o seu cotidiano e se
adaptando as condições do próprio corpo. Pensar em “como o
envelhecimento pode ser menos sofrido” não pode ser uma receita
pronta, cada sujeito vai envelhecer à sua maneira e lidar com a
senescência a partir dos próprios referenciais de vida. Contudo, cuidar de
si no momento presente (ter boa alimentação, fazer exercícios físicos, ter
bons momentos de lazer, bons hábitos, alimentar-se intelectualmente,
etc.) pode nos ajudar a envelhecer com mais tranquilidade.

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