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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO

GRUPO I

1. A resposta do aluno deverá contemplar os seguintes tópicos de resposta:

 A experiência marítima na navegação(6)


 Herança de técnicas e conhecimentos de instrumentos náuticos derivados do
contacto com os Muçulmanos(6)
 Novas técnicas de navegar --- A Volta da guiné (6)
 O aparecimento de novos instrumentos técnicos --- a bússola, os portulanos e
cartas de marear e a invenção da caravela (6)
 A navegação com recurso aos instrumentos de observação dos astros --- o
astrolábio, as tábuas solares, o quadrante náutico e a balestilha (6)

2. Cenário de resposta:

 A navegação á vista, por rumo e estima, correspondeu á navegação que as


embarcações no século XV faziam, ao longo da costa, com base em cálculos e
distâncias aproximados, tendo apenas como referência a bússola, as cartas de
marear e os portulanos. A navegação astronómica corresponde á navegação
posta em prática pelos portugueses, posteriormente á navegação á vista, e que
tinha como suporte a orientação pelos astros que permitia medir latitudes e,
assim, estabelecer rotas de locais.

3. Cenário de resposta:

 No século XV, Lisboa e Sevilha, cidades peninsulares, viram a sua importância


crescer, tornando-se verdadeiros polos comercias europeus.
Lisboa beneficiou da sua posição geográfica, pois desta cidade litoral, partiam
as embarcações para as viagens.
O intenso tráfego, no Porto de Lisboa, de diferentes origens e envergaduras, o
afluxo de produtos e de metais preciosos ás Casas da Mina e da India, atraia
mercadores e banqueiros europeus para estabelecer comércio. Nesta altura,
lisboa era a verdadeira “capital das especiarias”, uma vez que a ela chegavam
açúcar, dos Açores, cravinho, tecidos de seda, madeiras exóticas e escravos,
Os produtos eram procurados pelas várias praças europeias. Lisboa assumia-
se como o ponto de contacto com o Norte Europeu, mais concretamente com a
Antuérpia que detinha importante papel na redistribuição de mercadorias, e
investimentos capitais com o rei português. A própria riqueza em contributos
geográficos, astronómicos e cartográficos distinguiam Lisboa.
A expansão urbana, nomeadamente as novas ruas ligadas ao comércio e da
valorização da zona da ribeirinha e do Terreiro do Paço como entrada da
cidade, foi outro fator explicativo. A afirmação de Lisboa enquanto metrópole
política, pois a Corte itinerante da origem á fixação de D. Manuel I, atraído pelo
comércio ultramarino e pela facilidades de comunicação, cuja nova morada
alberga, no rés de chão, os armazéns das Casas da Mina e da India, que se
assumiam como verdadeiros armazéns da Coroa. Assim Lisboa torna-se um
verdadeiro retrato de cosmopolitismo no século XVI.
Sevilha, no século XVI, era a capital económica de Espanha, pois a ela afluíam
metais preciosos como a prata e o ouro oriundos do México e do Perú. Desde
que entrara no comércio ultramarino, que Sevilha detinha o tráfego comercial
das Índias ocidentais, assumindo-se como o ponto de contacto entre as
riquezas das Américas e a Coroa Espanhola. Além dos metais preciosos,
também chegavam especiarias e produtos exóticos das Índias.
Em 1503 é criada a Casa da Contratação, pois o comércio ultramarino
necessitava de um organismo capaz de o controlar, fiscalizar e administrar.
Esta instituição, serviu de instrumento de centralização da Coroa, atraída pela
riqueza da cidade. Sevilha é, deste modo, um exemplo de riqueza no século XVI,
permitindo a construção de fortunas e o aumento do comércio. Banqueiros,
homens de negócios e mercadores de diversas zonas europeias, procuram esta
cidade para estabelecer comércio e partilhar conhecimento técnico
A internacionalização destas duas cidades, conferiu-lhes o estatuto de centros
comercias Europeus.

GRUPO II

1. De facto, a arte Renascentista, teve a sua inspiração na Antiguidade


Clássica. A presença de vestígios e obras literárias do passado, eram uma
constante lembrança da grandeza da Grécia e de Roma que inspirou
artistas um pouco por toda a Europa. Muitas das suas características
foram aplicadas na arte renascentista: a perfeição e a técnica, o rigor
matemático e as proporções e a própria decoração. Assim, este gosto pela
arte antiga, proporcionou a inspiração para reprodução dos seus valores,
mas também para uma inovação: a aplicação de novas técnicas baseadas
nas formas geométricas e mediante modelos matemáticos que
possibilitavam a harmonia e a racionalidades às construções para que
“imitassem” as da Antiguidade.

2. Cenário de resposta:

 O Classicismo corresponde a um movimento cultural que valoriza elementos da


cultura greco-romana. Tem uma influência humanista, portanto valoriza o
Homem elemento central das obras produzidas, inspirando-se na Antiguidade
na busca do rigor e equilíbrio.

3. Cenário de resposta:

 O urbanismo renascentista ficou caracterizado pela forma organizada dos


espaços e pela sua harmonia, pela utilidade e beleza da cidade.
As novas ruas figuravam uma regularidade segundo a racionalidade e os
princípios matemáticos, ordenadores dos espaços. Assim, a organização
obedecia a critérios como:
A linha reta; os arcos de volta perfeita; a repetição der elementos decorativos
e de formas. Esta nova organização estabeleceu uma uniformização que
conferia á rua e aos edifícios uma coerência. Seguindo a estética da cidade
antiga, deveria a cidade ser símbolo de beleza (estátuas, chafarizes,
escadarias), as ruas e praças tomaram uma nova orientação segundo um ideal
geométrico e embelezado.
A criação de novos núcleos urbanos eram desenhados com esquema radial
(configuração em forma de estrela) e com a conceção reticular ortogonal.
As inovações urbanas abandonaram, então, a desordem da cidade antiga,
ganhando a clareza, a regularidade e a simetria.

----- O aluno deve focar:


 A nova harmonia, clareza e simetria do espaço urbanos
 Elementos introduzidos
4.1. Cenário de resposta:

 Entende-se por Naturalismo as novas ideias artísticas associadas ao


Renascimento, a preocupação com aproximar as obras de arte (esculturas,
pinturas, retratos etc.) o mais possível da realidade ao mesmo tempo que se
alia a reprodução e o gosto pela natureza. Um novo valor artístico que aliava a
representação do ser humano de forma autêntica e a valorização da
representação de elementos naturais (rios, árvores, rochas) na composição de
um tema artístico. Através do documento podemos depreender estes aspectos:
a representação pormenorizada, rigorosa e anatómica do Homem em contacto
com a natureza.

5.1. Cenário de resposta:

 A “nova forma de arte portuguesa” referida no documento III, trata-se da arte


manuelina, desenvolvida no reinado de D. Manuel I.

5.1.2. Cenário de resposta

 O estilo manuelino tratou-se de uma nova forma de arte que se caracterizou


por aliar elementos decorativos que se ligavam ao contexto dos
Descobrimentos e da afirmação do país com a arte gótica e os elementos
naturalistas. Foi uma arte de síntese por conciliar o gótico e as novas
tendências artísticas.

5.2. Cenário de resposta:

 Cenário de resposta:

A nova arte manuelina fez uso de novos elementos arquitectónicos ( coruchéus


cónicos, as colunas torsas e abóbodas com nervuras ) ,de novos elementos
decorativos naturalistas ( folhas de loureiro, alcachofras, espigas de milho,
troncos de árvores), marítimos ( redes, conchas, barcos, algas, corais ) e
elementos nacionais/régios ( esfera armilar, Cruz da ordem de Cristo, divisas
do rei, escudo real).
5.3. Cenário de resposta:

 Alguns dos monumentos mais representativos desta nova ordem manuelina


são: Mosteiro da Batalha; Mosteiro de Santa Maria de Belém; Torre de Belém;
Claustros do Convento de Cristo (Tomar); igreja da Graça (Évora); Claustros do
Convento da Assunção (Faro).

---- Aceitam-se outras possíveis respostas

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