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Bom dias, o livro que eu escolhi para a minha apresentação foi “As mil e uma noites”, esta obra

é uma das mais famosas obras da Literatura árabe, especificamente da Pérsia (atual irã). É Uma
das obras literárias mais sedutoras e mágicas já produzidas pela Humanidade, reúne em si
vários contos de procedência oriental, coletados possivelmente entre os séculos XIII e XVI.

Como se trata de uma coletânea de fascinantes histórias inventadas e preservadas na tradição


oral, não tem um só autor e sim uma legião de narradores anónimos cujas histórias foram
reunidas durante seculos ate formarem a coletânea.

No entanto a sua divulgação no Ocidente deve-se a Antoine Galland que, nas suas viagens aos
países árabes, recolheu e traduziu não só uma série de contos orientais que foram publicados,
em francês, em 1704, sob o título que hoje conhecemos, como também uma série de versões
que nunca foram completadas, para além disso o árabe, de nacionalidade francesa, Joseph
Charles Mardrus, médico sírio, que viajou muito pelo Egito, foi o responsável pela versão final
de As Mil e Uma Noites, publicada em 1889.

Alguns estudiosos acreditam que boa parte desses contos teria surgido na Índia por volta do
século III – o que explicaria a presença de tantas metamorfoses animais, semideuses e gênios.
Dessa origem indiana, as histórias viajaram até a Pérsia (atual Irã), transmitidas pelas conversas
entre mercadores que viajavam de um lugar para outro. Na Pérsia, então, uma obra intitulada
Hezar Afsaneh (“Os Mil Contos”) teria constituído a primeira compilação dessas lendas, já
apresentando personagens importantes da versão definitiva de As Mil e Uma Noites.

O que deixa o leitor interessado em ler todos os contos é o fato deles serem interligados, isto é,
estas histórias foram organizadas de tal forma que cada uma delas é concluída com um elo que
a liga à narrativa seguinte, o que envolve o leitor em uma teia sem fim, e o leva do começo ao
fim da obra até que o suspense que paira no ar se esgote.

A obra conta a história do rei Schahriar, da Pérsia, que descobre a infidelidade da sua mulher,
que e o trai com um escravo cada vez que ele viaja, perante isto o rei manda matar a mulher e
o escravo, convencendo-se por este e outros casos de infidelidade que nenhuma mulher do
mundo é digna de confiança. Desse momento em diante decidiu casar se com uma mulher
diferente todos os dias, que era executada na manhã seguinte, garantindo assim que nunca
mais seria traído. E isto decorreu-se durante 3 anos. Após inúmeros casamentos e
decapitações; a filha do primeiro-ministro do Sultão, o vizir responsável pelas execuções dos
decretos matrimoniais, se candidatara irredutivelmente a vez; e ao casamento com a realeza,
pois sabia de uma maneira que ia impedir a sua e a morte de mais mulheres do reino.
Sherazade iniciou então um conto que de que despertou o interesse do rei em ouvir a
continuação da história na noite seguinte. Assim, com a sue esperteza, Sherazade conseguiu
escapar á morte e as suas histórias foram escritas dando origem ao livro “As Mil e Uma Noites”.

Aqui estão os diversos contos presentes nas obras, e dentre essas histórias estão presentes
também “História de Ali Baba e dos 40 ladroes” (e a famosa frase “Abre-te Sésamo), “ A
História de Sindbad, o marinheiro” e “História de Aladim e da lâmpada magica”.

A história de “As Mil e Uma Noites” não seria a mesma se a mulher do rei Schahriar não tivesse
cometido adultério. Adultério é a prática da infidelidade conjugal. E o mesmo pode ser dito
sobre o enredo de “Os maias”, o tema do adultério está presente em ambas as obras e é
atribuído às personagens femininas. No caso de “ as mil e uma noites “ é atribuído a rainha da
Percia enquanto nos Maias aparece em mais do que uma situação, como podem ver aqui, mas
sempre atribuído as personagens femininas.

No caso de “as mil e uma noites” o rei perante o caso de infidelidade da sua e da mulher do
seu irmão acredita que todas as mulheres são assim, perdendo a fé nelas. Mas a morte da
Rainha da Pérsia não era algo incomum pois em Portugal até 31 de dezembro de 1982 —
esteve em vigor uma norma, segundo a qual o marido que encontrasse o cônjuge a praticar
adultério e não estivesse impedido de o acusar, por, eventualmente, ter contribuído
voluntariamente para o ato ou o ter incitado a tal, e nesse ato matasse esta ou o adúltero, ou
ambos, se encontrava sujeito apenas a uma pena de desterro por seis meses, e que o mesmo
regime se aplicava aos pais de filhas menores enquanto estas se encontrassem sob o seu pátrio
poder sendo certo que, até alguns anos antes, tal poder de matar era apenas concedido ao
marido e aos pais, em idênticas circunstâncias.

Por outro lado Eça de queirós, o autor de “Os maias” diz que é a falta de ocupação das
mulheres da época que as leva ao adultério.

Para além disso ambas se tratam de obras extensas, enquanto uma esta divida em capítulos
outra esta dividida por contos

Mas “Os Maias” não é a única obra com semelhanças a “As Mil e Uma Noites “, como referida
anteriormente esta obra aborda alargadamente a mitologia grega, os deuses, génios,
semideuses,etc, sendo este um dos principais temas abordados não só na história principal
mas também na maioria dos seus conto, inclusive aquele que eu selecionei que a maioria de
vocês já deve de conhecer, pois é um conto que nos é introduzido na nossa infância “Aladim e a
Lâmpada Magica”.

O mesmo acontece em “Os Lusíadas”, um poema camoniano onde encontramos um ecletismo


religioso. Nele a questão da mitologia ora funde-se, ora opõe-se á fé cristã do povo lusitano.

Mais especificamente no episódio da ilhados amores nos Cantos IX e X d'Os Lusíadas. Nestes
cantos, é relatada a vontade da deusa Vénus em premiar os heróis lusitanos, com um merecido
descanso e com prazeres divinos, numa ilha paradisíaca, no meio do oceano, a Ilha dos
Amores. O mesmo acontece em “O Aladim e a lâmpada magica” onde o génio premeia Aladim
com três desejos.

A referência às mil e uma histórias indica sempre uma solução de continuidade e infinitas
possibilidades narrativas, enquanto a alternativa de uso do número mil pode transmitir a
sensação de algo concluído, totalmente encerrado, o que descaracterizaria o propósito do livro,
que pretende ser uma obra aberta

Nota se ainda que nas coletâneas de as mil e uma noites só aparecem 291historias e não 1001
há quem defenda que se trata de um numero simbólico ou de um exagero literário outros
consideram de um numero simbólico que cada historia se divide em vários capítulos cada um
equivalendo a uma noite o que perfaria no total o numero 101

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