Você está na página 1de 10

 

INTRODUÇÃO[pic 5]

Segundo Winter e Segalovich (2018, p. 12), “energias renováveis já são uma


realidade e seu crescimento tem sido cada vez mais expressivo no mundo nos
últimos anos”. Quer seja pela disponibilidade de recursos encontrados em cada
país, pelas vantagens que as energias renováveis apresentam para o meio
ambiente, ou até mesmo pelo custo benefício que este tipo de energia representa
para a economia global.

No Brasil, o tipo de energia renovável que vem recebendo maior destaque é


a energia eólica, tendo como principal vantagem, “a qualidade nos níveis de
radiação solar e ventos fortes, principalmente na costa nordestina, sendo ponto
estratégico para a entrada de novas tecnologias para a América Latina” (ALVES,
2010 apud KASPARY e JUNG, 2015, p. 6).

Com a crescente demanda dos parques eólicos no país, um fator que vem
preocupando o Ministério do Trabalho, diz respeito à segurança dos
trabalhadores que atuam neste segmento. Por ser uma área relativamente nova,
a falta de mão de obra qualificada ainda é um tema bastante discutido entre
estudantes e profissionais da área de segurança no trabalho.

Neste sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de estudos que


possibilitem maior conhecimento a respeito dos acidentes pertinentes à este
segmento do mercado, bem como em quais NRs eles se enquadram, para então,
possibilitar o desenvolvimento de medidas preventivas que assegurem a saúde
do trabalhador reduzindo todo e qualquer tipo de acidente do trabalho que
possa ocorrer.

Tendo em vista a relevância do tema para o meio acadêmico e profissional,


este relatório tem como principal objetivo apresentar dados estatísticos dos 5
(cinco) principais tipos de acidentes de trabalho existentes no segmento de
produção de energia eólica no Brasil, mais precisamente, em aerogeradores, o
principal componente responsável pela geração de energia elétrica nos parques
eólicos.

Para atender ao objetivo proposto, utilizou-se como metodologia uma


pesquisa bibliográfica em artigos científicos e outros estudos já desenvolvidos,
possibilitando maior entendimento sobre o assunto. Ao concluir este trabalho,
foi possível compreender a complexidade existente neste segmento no que diz
respeito à prevenção de acidentes do trabalho, bem como quais acidentes
apresentam maior incidência e quais as NRs (Normas Regulamentadoras)
regem cada acidente apresentado.

2 DESENVOLVIMENTO [pic 6]
“A energia eólica é uma das mais limpas e ecologicamente corretas fontes
de energia” (WINTER e SEGALOVICH, 2018, p. 14). Este tipo de energia “vem
crescendo muito rápido em âmbito mundial e principalmente no setor
energético brasileiro. Hoje, o Brasil está na 5ª posição no ranking mundial e o
maior da América Latina de capacidade instalada no setor eólico” (AZEVEDO,
2017, p. 5).

No entanto, por se tratar de um segmento considerado novo no mercado


de trabalho brasileiro, a falta de mão de obra qualificada tem trazido grandes
preocupações para profissionais da área de segurança do trabalho, no que diz
respeito às medidas de prevenção que possam ser adotadas, assegurando a
saúde e a integridade física dos profissionais que atuam neste segmento.

“Ainda que considerada uma energia limpa e boa para o meio ambiente,
não significa dizer que a mesma seja saudável e segura para os trabalhadores”
(WINTER e SEGALOVICH, 2018, p. 15). No entanto, “os dados estatísticos
sobre acidentes e doenças relacionadas com o trabalho no setor da energia
eólica não só são muito escassas como as informações disponíveis são
insuficientes” (COLUNA, 2015, p. 2).

Alguns dados estatísticos disponibilizados para pesquisa trata-se de


estudos mais antigos, o que dificulta maiores conclusões a respeito dos reais
riscos atuais enfrentados por trabalhadores deste segmento. Porém, atualmente,
a energia eólica, além de contribuir com a geração de energia mais limpa,
colabora com o desenvolvimento regional gerando empregos desde a construção
das turbinas e demais componentes até as atividades de manutenção após o
inicio da produção (SIMAS, 2013 apud KASPARY e JUNG, 2015).

Dentro deste contexto, surge a necessidade de qualificar a mão de obra


necessária para atuar nos parques eólicos. Neste sentido, “a formação e
treinamento dos trabalhadores são considerados elementos críticos para
garantir a segurança no ambiente de trabalho, buscando competência, instrução
e segurança” (EWEA, 2016 apud WINTER e SEGALOVICH, 2018, p. 14).

“As turbinas são projetadas com padrões internacionais de modo a atender


a padrões de segurança e saúde, incluindo segurança contra incêndios”
(PORTAL ENERGIA, 2016). Principalmente, por ser um problema para a
indústria, tendo impacto na produção de energia, na economia e na emissão de
gases tóxicos. Isto coloca uma nuvem de sombra nestas indústrias de energias
verdes, segundo os autores supracitados.

No entanto, “ser capaz de manter o design e a produção confiáveis e


propícios ao uso duradouro de turbinas eólicas, de modo que possam
permanecer confiáveis em serviço durante o período de tempo planejado é ainda
um dos grandes desafios a serem superados” (WINTER e SEGALOVICH, 2018,
p. 16).

2.1 TRABALHO EM ALTURA


A NR-35, publicada em 23 de março de 2012 dispõe sobre os requisitos
mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo
planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade
(NR-35, 2012).

Segundo esta NR (2012), “considera-se trabalho em altura toda atividade


executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior”. “No caso do setor
eólico, os profissionais são submetidos à altura de até 130 metros” (AZEVEDO,
2017, p. 5). Sendo assim, “cabe ao empregador garantir a implementação das
medidas de proteção estabelecidas nesta norma” (NR-35, 2012).

Este tipo de trabalho é bastante comum nos parques eólicos,


principalmente pelo fato de que as instalações destes parques se encontram em
áreas remotas e de difícil acesso, se tornando um agravante que muitas vezes
pode custar a vida do trabalhador, pelo difícil acesso de uma equipe de socorro,
em caso de acidentes (STEEL, 2016 apud WINTER e SEGALOVICH, 2018).

Segundo a Inovarum (2017), “um dos principais riscos de acidentes


envolvendo trabalho nos parques eólicos está relacionado com o trabalho em
altura, tratado pela NR 10 como risco adicional, também denominado trabalho
vertical e, na língua inglesa, work of height”.

Como medida de controle de risco de queda de altura, segundo a Inovarum


(2017), “é a instalação de dispositivos de segurança, como a linha de vida de
acordo com a NR-35 e norma ensaios de dispositivos de ancoragem ABNT NBR
16235-1 e ABNT NBR 16325-2”.

Para Azevedo (2017, p. 4), “o trabalho em altura causa em média 600


mortes no Brasil, quando não tão grave causam sequelas irreversíveis”. Mesmo
se tratando de profissionais devidamente treinados e capacitados para o
trabalho em altura, o risco deste tipo de acidente ainda é um desafio para os
profissionais da área de segurança do trabalho das empresas.

“De acordo com o Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), 20% a 40%


dos acidentes de trabalho no Brasil estão relacionados ao trabalho em altura,
sendo a principal causa de mortes na indústria no país” (AZEVEDO, 2017, p. 7).

Embora informações sobre dados estatísticos de acidentes em parques


eólicos ainda seja bastante escasso, “além dos perigos inerentes à altura,
movimentação de cargas, espaço confinado, há ainda desafios encontrados
apenas neste tipo de trabalho” (CARDOSO, 2016). Mais adiante, este mesmo
autor ainda destaca que “para driblar as dificuldades deste cenário
relativamente novo é preciso reforçar os treinamentos, planejar o trabalho e
acompanhar de perto as atividades”.

2.2 RUÍDOS

        
“Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de limites de
tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto” (NR-15, 1978). Publicada em
08 de Junho de 1978, a NR-15 é a norma regulamentadora que dispões sobre a
normatização e procedimentos de segurança para todas as atividades
consideradas insalubres, cuja constatação é comprovada através de laudo de
inspeção do local de trabalho (NR-15. 1978).

Embora a energia eólica apresente inúmeras vantagens, uma das maiores


desvantagens é o ruído provocado pelos geradores eólicos (MARQUES, 2016).
Segundo Maia (2010, p. 1), “os impactos criados pelos aerogeradores a nível
visual e sobretudo o acréscimo de ruído provocado, lideram as queixas das
populações afetadas e dos grupos que se opõe à instalação destes
equipamentos”.

“A origem do ruído é mecânica, mas tecnologias avançadas conseguem


diminuir esse problema ao se preocuparem com vibrações e também com
melhorias técnicas” (MARQUES, 2016, p. 2). “Em diversas operações, o ruído
mecânico é originado pelo atrito dos rolamentos e diversas engrenagens
produzindo um som” (MAIA, 2010, p. 29). Um ruído que não oferece muitas
opções de ser amenizado ou reduzido, cabendo à empresa responsável, o
fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), assegurando a
integridade física e emocional dos trabalhadores.

“A segunda e, principal origem do ruído, é a aerodinâmica em que o som é


gerado no momento em que as pás do rotor atravessam o vento, mas um
melhoramento no desenho de pás tem diminuído os níveis” (MARQUES, 2016,
p. 2). “Para os aerogeradores esta fonte de ruído pode ou não ser relevante, pois
a velocidade de ponta da lâmina é diferente da velocidade do rotor” (MAIA
2010, p. 31).

“Para os seres humanos, o ruído compromete, não só o aparelho auditivo


como também o funcionamento de todo o corpo” (MARQUES, 2016, p. 2).
Ainda segundo este mesmo autor, o ruído intermitente pode “causar
modificações em diversas funções fisiológicas no sistema cardiovascular,
neuroendócrino, digestivo, respiratório, ocular e, também, insônia, alteração de
humor e alteração de comportamento”, o que torna um risco de alta
complexidade para o trabalhador.

Embora seja um risco de alta complexidade, não somente para o


trabalhador mas também para os moradores que residam próximo a parques
eólicos, os dados estatísticos referentes a este tipo de acidente ocupacional,
ainda é escasso, o que dificulta maior analise a respeito.

2.3 INCÊNDIO

A NR que dispõe sobre a proteção do trabalhador contra incêndios foi


publicada em 08 de junho de 1978. Ela destaca que todos os empregados devem
adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação
estadual e normas técnicas aplicáveis (NR-23, 1978).
Quanto ao empregador, o mesmo deve providenciar para todos os
trabalhadores informações sobre utilização dos equipamentos de combate ao
incêndio, procedimentos para evacuação dos locais de trabalho em segurança e
dispositivos de alarmes existentes (NR-23. 1978).

No demais, ainda segundo a NR-23 (1978), para garantir a segurança do


trabalhador, os locais de trabalho deverão dispor de saídas em número
suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais
possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.

 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas


por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. Nenhuma
saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de
trabalho e as saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de
travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento

“A geração de energia por turbinas eólicas difere dos tradicionais sistemas


de geração em termos do risco de perda total do sistema como resultado de um
incêndio inicial devido a baixa concentração de pessoas trabalhando
diariamente no parque” (WINTER e SEGALOVICH, 2018, p. 55). Em caso de
incêndio em um aerogerador, todo sistema de geração pode ter perda total, pela
dificuldade em combater qualquer princípio de incêndio que possa ocorrer.

No entanto, “os incêndios em aerogeradores são muito menos comuns que


os incêndios que ocorrem em outros setores energéticos, como por exemplo, nos
setores de petróleo e do gás em que existem milhares de incêndio por ano”
(PORTAL ENERGIA, 2016). “Em casos de incêndios na subestação central de
um parque eólico, há a desconexão do abastecimento de energia em todas as
plantas da rede” (WINTER e SEGALOVICH, 2018, p. 56). Isso faz com que a
proporção de um incêndio seja pequena.

Quanto a classificação dos incêndios que pode ocorrer em parques eólicos,


podem ser conhecidos através da Figura 1.

[pic 7]

Figura 1 – Classificação dos Incêndios

Fonte: (WINTER e SEGALOVICH, 2018).

Conforme Figura 2, os acidentes em parques eólicos são classificados em


internos e externos, onde os internos são causados por falha, negligência
humana ou avarias próprias dos materiais e equipamentos. Já, os acidentes
externos são aqueles causados por fenômenos naturais e outras causas externas,
que possam ocorrer durante ou após a instalação de aerogeradores.

[pic 8]

Figura 2 – Acidentes por País entre 2008 e 2017


Fonte: (WINTER e SEGALOVICH, 2018).

Conforme dados estatísticos apresentados na figura acima, entre os anos


2008 a 2017, no Brasil foram registrados apenas 10 acidentes, onde apenas 20%
destes foram por incêndio, podendo ser considerado um acidente de baixa
incidência.

2.4 CHOQUE ELÉTRICO

Publicada em 07 de dezembro de 2014, a NR-10 “estabelece os requisitos e


condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade” (NR-10, 2014).

Segundo a NR-10 (2014), todo tipo de serviços elétricos, quer seja em fase
de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas do projeto,
construção, montagem, operação e manutenção de instalações elétricas, é regida
por esta norma. Dentro deste contexto, as atividades exercidas em parques
eólicos e produção de aerogeradores, são atividades que devem seguir toda
regulamentação dita pela NR-10.

“Devido à sua altura e localização (áreas isoladas), os aerogeradores estão


vulneráveis à descargas atmosféricas” (YAMANISHI e BONFIM, 2017, p. 16).
Desta forma, o risco de acidentes causados por descargas atmosféricas é alto,
podendo provocar sérios acidentes por choque elétrico em trabalhadores que
estejam no local, no momento que estas descargas ocorrerem. Neste sentido, “é,
portanto, crucial anexar aos aerogeradores um sistema de proteção contra
descargas atmosféricas, desde sua concepção na forma de projeto, até sua
execução” (YAMANISHI e BONFIM, 2017, p. 16).

Segundo a revista O Setor Elétrico (2018, p. 1), “a não desenergização de


equipamentos e a falta de prontuários de instalações elétricas nos
estabelecimentos são fatores que contribuem para acidentes elétricos no país”.
Embora seja um tipo de acidente de maior incidência no país, quando se trata
de registros destes acidentes em parques eólicos, não se encontra muitos
registros que possam retratar a gravidade destes acidentes.

No entanto, mesmo diante da escassez de informação a respeito de


acidentes com choque elétrico em usinas eólicas, pode-se afirmar que além dos
acidentes causados por descargas atmosféricas, assim como em qualquer
atividade elétrica, a maioria dos acidentes é causado pelo descuido ou falta de
prevenção por parte da empresa ou do trabalhador.

Neste sentido, segundo a revista O Setor Elétrico (2018, p. 2), “o trabalho


com eletricidade requer um planejamento minucioso e cuidados extremos. A
ativação ou operação não intencional de equipamentos durante o serviço,
instalação ou manutenção pode resultar em ferimentos graves ou morte” (O
SETOR ELÉTRICO, 2018, p. 2).
2.5 TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO

A NR-33 tem como objetivo, “estabelecer os requisitos mínimos para a


identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta
ou indiretamente nestes espaços” (NR-33, 2006).

Publicada em 22 de dezembro de 2006, a NR-33 dita as responsabilidades


cabíveis ao empregador e ao trabalhador, sobre a segurança para trabalhados
em espaços confinados, detalhando sobre o planejamento da gestão de
segurança e saúde, a fim de evitar possíveis acidentes dentro de espaços
confinados.

“O espaço confinado pode ser definido como um volume fechado por


paredes e obstruções, que apresenta restrições para: o acesso, a movimentação,
o resgate de pessoas, a ventilação natural” (SERRÃO; QUELHAS; LIMA, 1998,
p. 1).

Segundo Teixeira e Costa (2014, p. 27), “a insuficiência de oxigênio é


sempre uma preocupação quando se trabalha em espaços confinados”. E dentro
do setor eólico, estes mesmos autores destacam os principais problemas que o
trabalhador pode ter, dentro de um espaço confinado:

-Fumos tóxicos podem surgir da irradiação de calor ou faíscas elétricas que


inflamam as resinas a base de solventes ou outros compostos orgânicos voláteis
utilizados para lubrificação;

-Inspeção dos bueiros, espaços semelhantes estreitos de uma lâmina para


inspecionar a iluminação ou para reparar as pás ou a pele de fibra de vidro,
podendo ter baixo nível de oxigênio no local;

-A decomposição de aves mortas ou roedoras que podem ter ficado no


espaço confinado podem consumir o oxigênio a partir do ambiente para
provocar níveis de oxigênio ainda mais inseguros (TEIXEIRA e COSTA, 2014, p.
27).

Segundo Winter e Segalovich (2018, p. 80), “uma turbina conta com


diversos espaços considerados confinados: a nacele, as pás, o cubo do rotor, a
tore, a base da torre. Estes possuem poucos meios de acesso e saída e não estão
concebidos para longas permanências”. Mais adiante, estes mesmos autores
destacam que:

“Técnicos de manutenção que executam trabalhos dentro destes espaços


devem carregar consigo monitores de gás e verificar amostras de ar a fim de se
prevenir detectando gases tóxicos e inflamáveis no interior destes
compartimentos” (WINTER e SEGALOVICH, 2018, p. 81).
Assim como os diversos tipos de acidentes dentro do segmento de energia
eólica e produção de aerogeradores no Brasil, a escassez de informações e
estudos a respeito de acidentes em espaços confinados impossibilita o
desenvolvimento de qualquer tipo de estudo, que visem o desenvolvimento de
medidas de prevenção de acidentes do trabalho neste segmento.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS[pic 9]

O objetivo deste relatório técnico foi apresentar dados estatísticos dos 5


(cinco) principais tipos de acidentes do trabalho existentes no segmento de
produção de energia eólica no Brasil, mais precisamente, em aerogeradores. No
entanto, a escassez de informações a respeito de acidentes do trabalho neste
segmento de mercado, impossibilitou o alcance do objetivo principal deste
trabalho.

Embora a energia eólica ainda seja considerada uma realidade nova no


mercado de trabalho brasileiro, através da pesquisa desenvolvida para este
relatório, foi possível compreender que são inúmeras as empresas de
consultoria e treinamento voltadas para este ramo, o que permite maior
qualificação dos profissionais destas atividades, uma das maiores formas de
prevenção de acidentes do trabalho em parques eólicos.

Dentre os 5 (cinco) principais tipos de acidentes alvos deste estudo, foi


possível compreender que os dois tipos de acidentes com maior reincidência são
os acidentes por incêndio, considerado 20% dos acidentes ocorridos entre os
anos de 2008 e 2017 e o acidente por trabalho em altura, tendo em vista a
localização remota dos parques eólicos e a altura das torres.

No que diz respeito aos ruídos produzidos, ficou evidente o


descontentamento por parte dos moradores próximos às instalações de parques
eólicos, pelo incomodo e desconforto que estes ruídos causam. No entanto, a
proteção dos trabalhadores que atuam nesta área, pode ser assegurada com o
uso de Equipamentos de Proteção Individual, fornecida pelo empregador.

Mesmo que o principal objetivo deste trabalho não tenha sido alcançado,
por falta de dados estatísticos a respeito dos acidentes aqui mencionados, todo
conhecimento adquirido através desta pesquisa, foi válido. Neste sentido,
através das informações aqui mencionadas, é possível que outros estudos sejam
desenvolvidos, principalmente aqueles que busquem maiores conhecimentos a
respeito de parques eólicos e os principais riscos que esta atividade apresenta
para o trabalhador e moradores que residam próximo a estas instalações.

REFERÊNCIAS[pic 10][pic 11]

AZEVEDO, Pedro Henrique Medeiros de. Segurança nos Trabalhos em


Altura em Conformidade com a NR-35 na Construção e Manutenção das Torres
Eólicas na Região de João Câmara/RN. Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, 2017. Disponível
em: https://monografias.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/5154/1/Seguran
%C3%A7a-trabalhos-altura-Azevedo-Artigo.pdf. Acesso em: 25 mai. 2020.

CARDOSO, Raira. Segurança e Saúde no Trabalho em Parques Eólicos –


Reflexões sobre o Cenário Atual. 2016. Disponível
em: https://wp.ufpel.edu.br/labserg/seguranca-e-saude-no-trabalho-em-
parques-eolicos-reflexoes-sobre-o-cenario-atual/. Acesso em 26 mai. 2020.

COLUNA, Consultoria Desenvolvimento & Treinamento. Gestão Integrada:


Qualidade – Meio Ambiente e Segurança Ocupacional. 2015. Disponível
em: https://irp-
cdn.multiscreensite.com/3e619e2f//files/uploaded/RISCOSDEDESCARGASAT
MOSFERICASNASTORRESE%C3%93LICAS.pdf. Acesso em: 25 mai. 2020.

INOVARUM, Gestão e Treinamento. A Segurança nos Parques


Eólicos. 2017. Disponível em: https://inovarum.net/energia-eolica/seguranca-
nos-parques-eolicos/. Acesso em: 26 mai. 2020.

KASPARY, Rosane Maria; JUNG, Carlos Fernando. Energia Eólica no


Brasil: uma análise das vantagens e desvantagens. XI Congresso Nacional de
Excelência em Gestão, ago. 2015. Disponível
em: http://www.inovarse.org/sites/default/files/T_15_430.pdf. Acesso em: 22
mai. 2020.

MAIA, Daniel Sérgio Névoa. Ruído de Parques Eólicos: análise e


caracterização. FEUP – Faculdade de Engenharia Universidade do Porto, 2010.
Disponível em: https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/61503/1/000147708.pdf. Acesso em: 26 mai.
2020.

MARQUES, Isabel de Oliveira. Estudos e Métodos de Simulação do Ruído


de Geradores Eólicos. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016. Disponível
em: http://www.monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10018491.pdf.
Acesso em: 26 mai. 2020.

NR10. Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Disponível


em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr10.htm. Acesso em: 27
mai. 2020.

NR15. Atividades e Operações Insalubres. Disponível


em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
15-atualizada-2019.pdf. Acesso em 26 mai. 2020.

NR23. Proteção contra Incêndio. Disponível


em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR23.pdf. Acesso
em: 25 mai. 2020.
NR33. Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados. Disponível
em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR33.pdf. Acesso
em 27 mai. 2020.

NR35. Trabalho em Altura. Disponível
em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR35.pdf. Acesso
em 26 mai. 2020.

O SETOR ELÉTRICO. Tipologia dos Acidentes Elétricos no Brasil. 2018.


Disponível em: https://www.osetoreletrico.com.br/tipologia-dos-acidentes-
eletricos-no-brasil/. Acesso em: 27 mai. 2020.

PORTAL ENERGIA, Energias Renováveis. Acidentes em Energia


Eólica. Disponível em: https://www.portal-
energia.com/category/eolica/acidentesaerogeradores/. Acesso em 25 mai.
2020.

SERRÃO, Luiz Carlos Saraiva; QUELHAS, Osvaldo Luiz Gonçalves; LIMA,


Gilson Brito Alves. Os Riscos dos Trabalhos em Espaços
Confinados. Universidade Federal Fluminense, 1998. Disponível
em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART368.pdf. Acesso
em: 27 mai. 2020.

TEIXEIRA, Ana; COSTA, Silvia. Segurança e Saúde no Setor de Energia


Eólica. Universidade Fernando Pessoa, 2014. Disponível
em: https://pt.slideshare.net/Luafonso/seguranca-e-saude-no-setor-da-
energia-eolica. Acesso em: 27 mai. 2020.

WINTER, Anne Caroline; SEGALOVICH Raísa Nocetti. Análise das


Condições de Segurança em Usinas Eólicas. Universidade Tecnológica Federal
do Paraná, 2018. Disponível
em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/11893/1/CT_COEL
E_2018_1_17.pdf. Acesso em: 22 mai. 2020.

Você também pode gostar