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Dados e Estatísticas
No sentido de ratificar os dados ora coletados expressos no Gráfico CWIF,
realizou-se uma estimativa. Para isso, foram utilizados os dados divulgados pela
Previdência Social (Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho) e pelo
Ministério de Minas e Energia (Relatório Final de Balanço Energético Nacional)
também entre os anos de 2007 e 2015.
A estimativa baseou-se na quantidade de acidentes registrados segundo a
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) que engloba todos os
tipos de fontes geradoras de energia em uma mesma classe, conforme a
categorização mostrada na Tabela AEAT e na porcentagem de energia eólica na
matriz energética nacional no ano específico. Desta forma, haja vista que no ano
de 2015 por exemplo, foram registrados 699 acidentes, e como neste ano a
porcentagem de energia eólica na matriz nacional foi de 3,5% estima-se que
tenham ocorrido 24 acidentes neste segmento.
Assim, a nível de Brasil, temos que apesar de não termos números elevados
quando comparado a outros setores, como por exemplo a construção civil,
precisamos levar em consideração que por se tratar de um setor novo, e que não
possui legislação aplicável, mas apenas análogas, é suficiente para se acender o
alerta vermelho no sentido de se verificar e elaborar relatórios técnicos que
demonstrem o porquê e como ocorreram os acidentes, evitando assim perdas
futuras.
Figura 14: Número de Acidentes e Incêndios em Parques Eólicos por País de janeiro/2008 a
dezembro/2017
1 - NR 10 - RISCOS ELÉTRICOS
2 - NR 15 - RUÍDOS ACÚSTICOS
• 85 dB: 8 horas;
• 86 dB: 7 horas;
• 87 dB: 6 horas;
• 88 dB: 5 horas;
• 90 dB: 4 horas;
• 92 dB: 3 horas;
• 95 dB: 2 horas;
• 100 dB: 1 hora;
• 105 dB: 30 minutos;
• 110 dB: 15 minutos;
• 112 dB: 10 minutos;
• 114 dB: 8 minutos; 115 dB: 7 minutos.
Por este motivo, temos que na maioria dos casos, os parques eólicos são
implantados em áreas rurais, nas quais o ruído ambiente é significativamente
baixo. De acordo com a NBR 10.151 3 norma utilizada para avaliação da
paisagem sonora de acordo com o zoneamento 3 estas áreas podem ser
enquadradas como áreas de sítios e fazendas, nas quais o nível de pressão
sonora ponderado não deve ultrapassar 40dB durante o dia e 35dB durante a
noite.
Assim, para evitar o impacto sonoro na vizinhança e conflitos sociais,
previamente à instalação do parque, ou fazenda, eólica; medidas preventivas ao
ruído devem ser consideradas. No Brasil, os instrumentos de licenciamento
ambiental exigidos pelos órgãos ambientais brasileiros são importantes para
isentar os parques eólicos e resguardar as comunidades vizinhas dos impactos
ambientais negativos associados às atividades eólicas. Os processos de
licenciamento ambiental devem ser acompanhados de estudos de predição do
ruído, realizados a partir de medições inloco e através de modelagens
computacionais capazes de simular a propagação do ruído e a sua influência nas
comunidades vizinhas ao parque. Os resultados são expressos em formas
tabeladas ou gráficas em mapas de ruído, possibilitando estudar estratégias para
adequação da operação dos parques aos critérios regulamentares.
Fonte: http://ontario-wind-resistance.org/category/noise/
No caso do Brasil, deve-se observar ainda, que somos um dos países que
possuem um dos mais altos índices de incidência de raios no mundo, e por este
motivo, torna-se tão importante e imprescindível a proteção contra descargas
atmosféricas nas turbinas. Existem alguns parâmetros que servem para avaliar a
frequência com que os raios ocorrem em determinado ponto: densidade de 64
descargas à Terra e a superfície de captação da estrutura (BONFIM, YAMANISHI,
2017). A densidade de descargas é o número de descargas à Terra por
quilometro quadrado no ano, sendo um parâmetro ceráunico para quantificar os
raios em uma zona (QENERGIA, 2018). Já a superfície de captação é a área do
terreno que possui a mesma frequência anual de descargas que as estruturas
instaladas.
Além disso, a proteção dos sistemas elétricos, bem como as medidas para
identificar falhas no sistema de potência e outras condições operacionais
anormais em turbinas eólicas e nos sistemas periféricos associados, devem ser de
última geração e estar em conformidade com os padrões nacionais atuais. Sua
principal tarefa é identificar as falhas seletivamente e desligar imediatamente
partes defeituosas do sistema de energia ou equipamentos elétricos individuais.
Como citado anteriormente, existem diversos materiais combustíveis
espalhados por diferentes pontos da estrutura, para minimizar os riscos estes
materiais devem ser escolhidos de acordo com as características técnicas
exigidas além de serem preferencialmente não combustíveis ou terem um ponto
de inflamação alto que esteja significativamente acima das temperaturas de
operação dos sistemas.
Toda a área da turbina eólica deve ser declarada área para não fumantes
(CFPAE, 2012). A fim de garantir o cumprimento desta proibição, os funcionários
e empresas externas, se for o caso, devem ser instruídos e sanções devem ser
impostas em caso de violação. Sinalizações de <Não fumar= devem ser
colocadas de forma clara e permanente nas áreas de entrada da turbina eólica.
Fonte: Abeeolica
4 - NR 33 - ESPAÇO CONFINADO
Por tal, para evitar ou mitigar os riscos de acidentes nessas áreas, a NR33
recomenda algumas medidas de segurança que incluem: uso de equipamentos
de proteção, entrada em espaços confinados apenas de pessoas autorizadas e
treinadas, monitoramento da atmosfera antes e durante os trabalhos, além de
cadastramento atualizado de todas as áreas confinadas e seus respectivos riscos
para o trabalhador. A todas essas medidas, soma-se, então, a necessidade da
instalação de equipamentos e sistemas de ventilação, para exaustão e/ou
insuflamento (absorver o ar atmosférico por um ventilador, para que ele seja
introduzido ao ambiente, por meio de dutos, grelhas, grades e fendas) de ar no
ambiente confinado.
5- NR 35 - TRABALHO EM ALTURA