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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL-SESI/SENAI- SC

Vitória Ferreira de Aquino

Santa Catarina-SC
29/03/2023
Análise Preliminar de Riscos para solucionar problemas encontrados no
hospital Nossa Senhora das Aflições para a empresa Compact Metalúrgica.

Trabalho apresentado à Unidade


Curricular de Rotinas de Saúde e
Segurança do Trabalho como
requisito parcial para conclusão da
disciplina.
Professor: Raphael Meneghelli
SUMÁRIO
1-Introdução---------------------------------------------- 04
2-Relatório------------------------------------------------ 05
3-Conclusões finais-------------------------------------- 18
4-Referências--------------------------------------------- 18
1.Introdução
A segurança do trabalho em hospitais precisa ser uma prioridade de seus
gestores. Afinal, é imprescindível garantir um ambiente adequado,
preservando a integridade de funcionários, pacientes e acompanhantes.
Isso porque, devido aos riscos envolvidos na própria natureza dos
serviços, o setor hospitalar está entre aqueles onde mais há registros de
acidentes de trabalho.
Segurança do trabalho é um conjunto de medidas adotadas
para preservar a integridade física dos trabalhadores. Mapeamento de
riscos, treinamento e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
são algumas práticas dessa área.
O hospital é um local onde existem pessoas doentes, em tratamento para
uma enfermidade ou buscando auxílio para recuperar a saúde. Nesse
sentido, ele concentra alguns riscos para a segurança tanto da equipe,
quanto para quem usufrui dos serviços, necessitando de segurança do
trabalho em hospitais. Nos hospitais, existem agentes contaminantes,
produtos químicos, agentes biológicos e situações mais recorrentes
para acidentes de trabalho com proporções físicas.
Cabe às equipes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e
dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho (SESMT) identificarem e mapearem as áreas de risco,
indicando os locais com maior periculosidade. A norma mais importante é
a NR 32, a qual se dedica a Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de
Saúde. Ele determina as bases para a implementação das medidas de
proteção, visando a segurança e a saúde dos funcionários. Além do mais, a
partir dela sabemos quais os principais riscos, os mesmos definidos acima.
Ela também cita ações necessárias e procedimentos corretos para limpeza
e manutenção e o protocolo para a fiscalização do ambiente de trabalho.
2. Relatório
Setor de manutenção
O primeiro setor a realizar reparos no hospital é Setor de Manutenção

As extensões elétricas usadas para as máquinas manuais como furadeiras e lixadeiras estão em
péssimas condições de uso, conforme pode ser observado na foto 1.

Foto 1: Extensões

Riscos que possa ter ao usar uma extensão sem as regras de


segurança:
Risco de choque: Uma vez que, a extensão possua cabos descascados, mal
dimensionados, tomadas com furos mais largos, ou até mesmo caixas de tomadas com
materiais que possam conduzir corrente elétrica, os choques podem vir a acontecer,
colocando em riscos a vida das pessoas.
Riscos de incêndio: Isso pode acontecer quando o material que envolve o cabo não
aguenta o aumento de temperatura, causado pela passagem de corrente. A
consequência desse processo é um curto circuito. Isso pode piorar ainda mais,
principalmente quando o material que compõe a extensão tem características que
facilitam a propagação de fogo.
NR10- Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos e condições mínimas
objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade .
O uso de uma extensão elétrica requer alguns cuidados para que seja garantida a
segurança do usuário. Confira abaixo cinco cuidados básicos que devem ser tomados
ao usar uma extensão:
1) Utilize produtos de qualidade: a boa qualidade dos produtos que compõem a
extensão (cabos, plugues e tomadas) é fundamental para a segurança, evitando
incêndios e choques elétricos;
2) Não esqueça o DR: Uma extensão deve sempre ser ligada em uma tomada protegida
por um dispositivo de segurança (DR) de 30 mA. Esta é garantia da proteção contra
choques elétricos quando a isolação do cabo é danificada e o usuário não percebe;
3) Inspecione periodicamente: a extensão deve ser inspecionada periodicamente para
verificar a integridade da isolação e dos plugues e tomadas;
4) Se atente à capacidade da extensão: A capacidade de corrente do cabo deve ser
compatível com a corrente da carga, o plugue compatível com a tomada onde a
extensão será ligada e vice-versa;
5) Faça uso de produtos certificados: a extensão deve ter a certificação do INMETRO,
que comprova a garantia mínima de segurança e qualidade do produto. Nunca
comprar produtos no comércio informal.

Setor de almoxarifado

Segundo setor a ser realizados reparos.

A Instalação elétrica do almoxarifado se encontra em condições precárias.

Foto 2: Instalação elétrica do almoxarifado

Quando se ouve falar de explosões ou incêndios em indústrias, por exemplo, na maioria dos
casos, a origem está nas instalações, feitas de forma errada ou já muito velhas. O fato é que
são alguns riscos que essas instalações podem oferecer. São 3 riscos mais comuns em
instalações elétricas:
1)Choques elétricos

Trabalhar com eletricidade pode não representar somente esse tipo de risco, mas é um dos

mais comuns. Aparelhos elétricos defeituosos e instalações elétricas de má qualidade podem

levar a choques elétricos em funcionários em uma indústria, por exemplo. O choque elétrico

ocorre devido ao efeito físico da corrente elétrica passando pelo corpo humano, se for exposto

a uma tensão elétrica.

Um exemplo são fios desencapados em uma instalação em local de fácil acesso. As


pessoas que tiverem acesso estarão sujeitas a terem contato com a fonte de tensão,
podendo provocar o acidente.

2)Quedas
Choques elétricos de equipamentos com defeito também podem levar a consequências,
incluindo quedas de escadas, andaimes ou outras plataformas de trabalho em altura. Ao
contrário do choque elétrico, que é um risco direto, há os riscos indiretos oriundos de reações
que a vítima apresenta. Em razão do choque, acontecem reações bruscas que causam
acidentes como quedas e batidas, gerando traumas físicos, como fraturas, perdas de membros
do corpo, lesões e traumatismos. Trabalhos realizados em locais mais altos sem a devida
proteção são os que mais representam perigo, embora alguns acidentes domésticos também
sejam responsáveis por causar graves lesões, principalmente em pessoas idosas, em razão da
maior vulnerabilidade.

3)Incêndios

Falhas com origem em instalações elétricas são umas das principais causas de incêndios em

indústrias, em virtude de curtos-circuitos ou sobrecargas. Esse tipo de incêndio está

geralmente ligado à falta de determinados cuidados com instalações internas. Alguns fatores

que o desencadeiam são:

 fiação antiga;

 gambiarras;
 falta de manutenção;

 circuitos elétricos sobrecarregados;

 falta de dispositivos de proteção, como disjuntores;

4)Queimadura
Choques têm grande chance de causar graves queimaduras na pele, em tecidos internos e de
afetar o coração, de acordo com a intensidade e a duração do choque. Dependendo da
intensidade, uma corrente elétrica pode aquecer o meio condutor e chegar a temperaturas
muito elevadas em pouco tempo. Caso esse meio condutor seja uma pessoa, podem ocorrer
queimaduras. Devido à sua gravidade, queimaduras causadas por instalações elétricas podem
causar lesões internas que chegam a dificultar o tratamento. Lembrando que quanto mais
tempo o indivíduo ficar exposto à descarga elétrica, mais as lesões podem evoluir para graves
queimaduras. Esses são apenas alguns dos elementos responsáveis por causar incêndios em
instalações. Inclusive, muitos pensam que o maior perigo está nas chamas do incêndio, mas,
na verdade, está em inalar a fumaça. Isso se deve ao fato de ela se espalhar com muita
rapidez, preenchendo todo o ambiente.

NR10- Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos e condições mínimas


objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade.
Medidas de Controle:
Desenergização: A desenergização de um sistema é o resultado fi nal a parti r da
realização de um conjunto de ações coordenadas. Além disso, são sequenciadas e
controladas, desti nadas a garanti r a efeti va ausência de  tensão no circuito, trecho
ou ponto de trabalho.
Aterramento: O aterramento IT é utilizado em locais críticos (grupo 2) por ter muitas
vantagens em relação aos demais sistemas de aterramento, como TN e TT, já que possui maior
segurança operacional e, consequentemente, maior prevenção de acidentes. Além disso, ele
evita uma possível fuga ou falta de energia, o que em situações que, por exemplo, o paciente
respira por aparelhos, não pode ocorrer. Vem daí o conceito Sistema IT Médico, que é um tipo
de instalação elétrica que utiliza um transformador de separação e também um dispositivo de
supervisão de isolamento, para monitorar o aterramento e indicar uma primeira falha. Em uma
instalação com IT Médico, o transformador de separação isola o circuito secundário de um
circuito primário, por isso, uma pessoa não recebe choque elétrico ao tocar um condutor
energizado e não há caminho direto de retorno para uma corrente fluindo através de uma
pessoa que está tocando o condutor. É segurança total! O Sistema IT Médico é composto
basicamente por um transformador de separação para garantir o aterramento IT;
um Dispositivo Supervisor de Isolamento (DSI) para supervisionar permanentemente as
condições da instalação quanto à sua segurança e  um sistema de sinalização composto por
anunciador sonoro/luminoso para comunicar a falha.
Barreiras e Invólucros: São dispositivos que impedem qualquer contato com partes
energizadas das instalações elétricas. São componentes que possam impedir que pessoas ou
animais toquem acidentalmente as partes energizadas, garantindo assim que as pessoas sejam
advertidas de que as partes acessíveis através das aberturas estão energizadas e não devem
ser tocadas.

Local do gerador de energia elétrica

Terceiro setor a ser feito reparos

Verificou-se que no local há um tambor (foto 3) usado para armazenar aproximadamente 300
litros de combustível inflamável, que é utilizado para abastecer o gerador de energia elétrica.
Esse tambor apresenta sinais avançados de corrosão, com possibilidade de vazamento de
combustível no local próximo ao gerador.

Foto 3: Tambor de combustível com corrosão

Os tanques que armazenam líquidos inflamáveis e combustíveis devem possuir sistemas de


contenção de vazamentos ou derramamentos, dimensionados e construídos de acordo com as
normas técnicas nacionais.

NR20- que estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho
contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção,
armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos
combustíveis.
Medidas de controle:

Os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis serão constituídos de aço ou concreto,


a menos que a característica do líquido requeira material especial, segundo normas técnicas
oficiais vigentes no País. Não fumar dentro da área de risco. Manter o extintor no ambiente,
adequado para combate de incêndio Classe B, em quantidade compatível com o volume total
de combustível presente; Não utilizar a área do gerador como depósito para guarda de
materiais e inservíveis; Deverá estar devidamente sinalizado quanto à restrição de acesso,
presença de inflamáveis, risco de incêndio, proibição quanto ao fumo e uso de fontes de
ignição; Deve ser garantido o aterramento do tanque, a fim de evitar acumulo de eletricidade
estática; Deve haver um dique de contenção destinada a conter os resíduos provenientes de
eventuais vazamentos de tanques e suas tubulações;

Setor de cirurgias

Esse é o quinto setor a ser feito reparos, no caso os colaboradores terem orientações de como
se portar com cada instrumento de saúde.

Constatou-se o descarte incorreto de perfurocortantes, sendo que esses resíduos (foto 3)


ficam expostos ao contato acidental de trabalhadores que passam pelo local.

Foto 4: Descarte de perfurocortantes


Antes de iniciar qualquer procedimento com perfurocortantes observe a sua volta, pessoas
não autorizadas no recinto podem desencadear um acidente. Em laboratórios, sempre oriente
seu paciente para se manter quieto durante a injeção ou coleta de sangue, movimentos
bruscos durante procedimentos com perfurocortantes podem causar acidentes. Portanto,
muita atenção! Para manutenção em equipamentos com perfurocortantes, certifique-se que
todos os procedimentos de segurança foram seguidos antes de iniciar os procedimentos de
manutenção. Os perfurocortantes são materiais utilizados na assistência à saúde que tem
ponta ou gume, ou que possam perfurar ou cortar. A preocupação com estes materiais é a
possibilidade de infecção. O mesmo ocorre ao utilizar materiais que não são utilizados na
assistência à saúde, mas que tem ponta ou gume próximo a material biológicos, como tesouras
e estiletes.
NR 32- tem como finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de
medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem
como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
Medidas de controle:

Verifique o equipamento
Antes de iniciar seu trabalho verifique o estado do equipamento. Principalmente a qualidade e
conservação da lâmina, da trava de segurança e se a pegada do equipamento está firme.
Substitua o equipamento caso identifique uma não conformidade.
Organize seu ambiente de trabalho
jamais deixe sobre a bancada de trabalho ou pelo ambiente sobras de materiais, ferramentas
que não esteja utilizando, objetos aleatórios, lâminas e outras ferramentas cortantes.
Utilize uma base de corte.
Na hora de cortar, utilize uma superfície sólida e plana para amparar o material a ser cortado.
Jamais utilize a mão como apoio.
Nunca corte no improviso
Planeje o corte antes de executá-lo, entendendo como se deve empunhar o estilete, como
funciona a sua lâmina, como apoiar o material, etc.
Utilize os EPI’s indicados para a sua atividade
Muitas vezes a luva inadequada ou a falta de um óculos de segurança pode levar um simples
descuido, a um acidente com consequências graves.
Manuseie o equipamento da forma correta
Faça todo o procedimento com cuidado até o momento de guardar o equipamento,
recolhendo a lâmina quando possível e ative o sistema de segurança, quando disponível.

Outro aspecto observado foi na movimentação de pacientes das macas para as camas e vice-
versa (foto 4). Quando é necessário realizar essa ação, os funcionários deste setor o fazem de
maneira incorreta, com postura corporal inadequada aliada ao esforço excessivo,
considerando suas compleições físicas, Biológico e ergonomia

Foto 5: Movimentação de paciente


Riscos biológicos: Os riscos biológicos são frequentes no ambiente de trabalho, no sangue e
em outros fluidos corpóreos, como na manipulação de pacientes com doenças infecto
contagiosas, feridas, cirurgias contaminadas e demais secreções humanas. Barbosa Filho
(2011) relata que os riscos biológicos estão relacionados à capacidade de organismos vivos,
como bactérias, fungos, protozoários e vírus, causarem doenças no organismo humano. A
classe 1 é composta por agentes não perigosos ou que representam um perigo mínimo e não
exigem equipamentos especializados para a sua manipulação. Na classe 2 encontram-se os
agentes de perigo potencial, incluindo aqueles agentes que podem provocar enfermidades
com graus variados de gravidade, como consequência de inoculações acidentais, infecções ou
outro tipo de penetração cutânea, mas que geralmente podem ser controladas de forma
segura. A classe 3 inclui patógenos que necessitam condições restritivas especiais e, por isso,
exigemse profissionais especialmente habilitados e treinados para essa finalidade. As
condições restritivas incluem instalações de acesso controlado, com recirculação de ar
somente após a descontaminação do ambiente por filtros de alta eficiência. Na classe 4 estão
os agentes que requerem as condições restritivas mais severas, devido a sua extrema
periculosidade. A classe 4 exige áreas e edificações isoladas das demais e um sistema próprio
de respiração.

Riscos físicos: Os riscos físicos compreendem os danos causados por ruídos, vibração,
temperaturas extremas, pressões anormais, radiações ionizantes e não ionizantes. Na área da
saúde, os riscos físicos ocorrem predominantemente onde há a exposição ao choque elétrico
no manejo de aspiradores, desfibriladores, tomadas e bisturis elétricos, especialmente em
equipamentos sem manutenção constante; em algumas unidades os trabalhadores estão
expostos a ruídos dos equipamentos, à alta temperatura das autoclaves e a choque térmicos;
há risco de radiação no auxílio de exames diagnósticos ou pela proximidade ao equipamento.
Na exposição a cargas fisiológicas, destaca-se o sobrepeso no transporte de pacientes, o
trabalhar longamente na posição de pé, postura inadequada e/ou esforços demasiados na
realização das tarefas, que podem causar doenças osteomusculares com limitações físicas.
Coury e Sato (2010) destacaram que entre os fatores associados à lesão de estruturas
musculoesquelética figuram a idade, o gênero, doenças prévias, alterações hormonais,
habilidades motoras, fatores organizacionais como ritmo de trabalho, possibilidade de pausas
durante as atividades e rotação de atividades.

Risco ergonômico: Com relação ao transporte de pacientes, vários fatores oferecem riscos


ergonômicos: falta de equipamentos auxiliares para transportar pacientes, desníveis entre a
altura da cama e maca, cadeiras e macas de difícil movimentação, falta de travas em macas e
camas, entre outros.

Medidas de controle:

Biológica: evitar ter contato das mãos com o rosto; não passar cosméticos, não comer e
nem beber na área do laboratório; usar avental, luvas descartáveis e outros Equipamentos
de Proteção Individual necessários.
Físicos: No caso dos hospitais, cada área ou departamento exige o uso de um ou mais EPI, pois
é difícil proteger os trabalhadores simultaneamente de todos os riscos químicos, físicos,
biológicos e de acidentes. Luvas, aventais, máscaras e calçados de proteção são alguns itens
utilizados por quem trabalha em hospitais.

Ergonômico: É recomentado fazer pausas periódicas, e se possível ginástica laboral para evitar


possíveis problemas, como a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

NR32- tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas
de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

Material utilizado em cirurgias é descartado de forma inadequada

Foto 6: Descarte de material contaminado


Lixo contaminado é aquele capaz de causar doenças e comprometer a saúde pública tanto
pelo contato direto quanto pelo meio ambiente. 
Quando tem origem hospitalar, o lixo contaminado pode ter caráter tóxico, infeccioso ou
radioativo. No entanto, o lixo infectante é o que tem maior poder de contaminar pessoas e
ambientes, causando doenças sérias. Ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos dentro e
fora do ambiente de saúde, desde a geração até a disposição final, passando pelas etapas de
segregação (separação dos resíduos no momento e local de sua geração) e acondicionamento
(embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam
às ações de punctura e ruptura). O lixo hospitalar é representado pelo chamado lixo
infectante. Caracteriza-se pela presença de agentes biológicos como sangue e derivados,
secreções e excreções humanas, tecidos, partes de órgãos, peças anatômicas; além de
resíduos de laboratórios de análises e de microbiologia, de áreas de isolamento, de terapias
intensivas, de unidades de internação, assim como materiais perfurocortantes.
Riscos químicos: Os riscos químicos envolvem todas as substâncias presentes nos processos de
trabalho e são provenientes de procedimentos de esterilização, desinfecção, tratamento
medicamentoso dos pacientes, quimioterápicos, gases analgésicos, ácidos para tratamento
dermatológico e látex. As substâncias referidas merecem atenção, pois como cargas de
trabalho podem gerar desgastes à saúde dos trabalhadores como tontura, cefaléia, urticária,
reações alérgicas, infertilidade, alterações celulares e intoxicação. Barbosa Filho (2011) indica
que os riscos químicos representam os elementos da área de toxicologia, cuja finalidade é
estudar os efeitos nocivos das interações químicas com o organismo humano, destacando-se
as névoas, os fumos, as poeiras, os gases e os vapores.
Medidas de controle:
Para isso, deve estar nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e
externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, com
a etiqueta equivalente ao tipo de lixo acondicionado.
Todos os resíduos considerados infectantes tem de ser alocados em sacos plásticos de cor
branca, contendo identificação indelével do laboratório/biotério; Salienta-se ainda que esse
mesmo saco plástico branco deve conter também a identificação do símbolo infectante de
forma visível;
 Os sacos plásticos, para maior segurança, deverão conter não mais do que 2/3 de sua
capacidade total, evitando-se assim que os mesmos rasguem ou transbordem;
 Os sacos plásticos que contém lixo infectante não podem, em hipótese alguma, ficar
em contato com o chão;
 Não é permitido o depósito de sacos de lixo contendo resíduos infectantes em locais
como elevadores, corredores ou demais dependências que não sejam a lixeira externa,
voltada para esta finalidade;
 Ressalta-se que somente deverão ser recolhidos pela equipe de limpeza os resíduos
infectantes que estiverem estritamente em consonância com as normas acima
estabelecidas.

Sistema de combate a incêndio

Quarto setor a ser feito reparos

Rede de hidrantes em precárias condições de conservação.


Foto 7: Má condição da rede de hidrantes

Os incêndios em hospitais podem ser ainda mais desafiadores e difíceis de combater, em


função de suas característica, por isso rede de hidrantes deve estar com manutenção em dia e
em bom estado. A principal diferença é a vulnerabilidade do público atendido. A capacidade de
zelar pela autopreservação e de se deslocar em caso de emergência pode estar comprometida
em função da idade, incapacidade física ou mental.

NBR 13714- Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para dimensionamento,
instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características, dos componentes
de sistemas de hidrantes e de mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio.

Medidas de controle: Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que
qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um (sistema tipo 1) ou dois
(sistemas tipos 2 e 3) esguichos, considerando-se o comprimento da(s) mangueira(s) e seu
trajeto real e desconsiderando-se o alcance do jato de água. 5. Para o dimensionamento, deve
ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis hidraulicamente,
para qualquer tipo de sistema especificado. Após a instalação do sistema, toda a tubulação
deve receber uma lavagem interna, para remoção de detritos e, em seguida, devem ser
levados a efeito os procedimentos para aceitação do sistema, conforme o anexo C, que é
preenchido, executado e assinado por profissional legalmente habilitado. É obrigatório
submeter o sistema da edificação à manutenção preventiva periódica, de modo a assegurar
que o sistema esteja constantemente em condições ideais de funcionamento. Um plano de
manutenção deve ser elaborado pelo projetista, de forma a garantir a preservação de todos os
componentes do sistema,

Extintores de incêndio descarregados dispostos para uso nos ambientes do hospital.


Figura 8: Extintores de incêndio descarregados

É sempre importante saber a origem do incêndio e qual o tipo dele. Cada extintor tem
propriedades específicas de acordo com a natureza do fogo. Localização dos extintores
tão importante quanto ter os equipamentos, é garantir que eles estejam armazenados
corretamente e, principalmente, de uma forma que seja de fácil acesso em emergências.

Medidas de controle:

Quando forem fixados em paredes ou colunas, utilize os suportes fornecidos com o extintor e
verifique a firme fixação;
Para extintores portáteis, fixados em parede, devem ser observadas as seguintes exigências do
Corpo de Bombeiros: posição da alça de manuseio não deve exceder a 1,60 m do piso e a parte
inferior deve guardar distância de no mínimo 0,20 m do piso acabado. Esta é a posição
mais segura, pois diminuirá o risco de acidentes em caso de queda do aparelho;
Não deve ser instalado nas paredes das escadas;
Os extintores portáteis não devem ficar em contato direto com o piso;
Seu acesso não pode ser bloqueado;
Localização e visualização devem ser fáceis;
O extintor deve ficar protegido contra intempéries e possíveis danos físicos;
Se ficar encoberto, deve ter sua posição devidamente sinalizada;
Seja fácil sua remoção do suporte;
Haja menor probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.
NR 23- estabelece medidas de prevenção contra incêndios nos ambientes de trabalho.

Em diversos locais foram observados problemas na iluminação devido à falta de manutenção


nas luminárias.
Figura: Ambiente mal iluminado

NBR 5413- estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação
artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e
outras.

A inadequação da iluminação, por exemplo, pode causar baixo rendimento, problemas de


visão, cansaço e acidentes de trabalho. As consequências de uma iluminação precária nos
locais de trabalho englobam problemas físicos e psicológicos, além de tornar o ambiente mais
suscetível a acidentes. Algumas das consequências de um ambiente de trabalho mal iluminado
são: 

 Desconforto visual;
 Estresse psicológico;
 Aumento do número de acidentes;
 Retrabalho elevador, dentre outros.

Medidas de controle:

Com tantos prejuízos que podem ser causados pela iluminação deficiente no ambiente de
trabalho, é fundamental atentar-se a alguns pontos:

 Verifique se no local há lâmpadas de cores quentes e, se for o caso, avalie a troca delas
por opções frias e de LED.
 Substitua lâmpadas que possam estar funcionando incorretamente.
 Aproveite a iluminação natural de janelas, evitando o uso de cortinas e persianas.
 Ao colaborador, cabe diminuir a luminosidade do computador e posicioná-lo com
distância de 70 cm dos olhos para que a luz não seja prejudicial.
3. Conclusões finais
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em
atendimento ao disposto na NR 6. A rotina de trabalho dos profissionais da área de saúde
torna-os expostos a diversos fatores de riscos ocupacionais. Além das dificuldades
relacionadas ao desgaste físico, o trabalho desses profissionais é estressante em função da
forte carga psicoemocional decorrente da relação profissional-paciente, das exigências físicas,
do déficit de trabalhadores, dos turnos prolongados, das condições inadequadas de trabalho,
da baixa remuneração, do desprestígio social e do limitado poder de decisão, que refletem
negativamente na qualidade da assistência prestada. Na operação com inflamáveis e líquidos
combustíveis, em instalações de processo contínuo de produção e de Classe III, o empregador
deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das tarefas
operacionais com segurança.

4.Referências
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/seguranca-do-trabalho-em-
hospitais
https://blog.medicinatrabalhosp.com.br/seguranca-do-trabalho-em-
hospitais/
https://eletrojr.com.br/2021/03/04/como-usar-uma-extensao-eletrica-de-
forma-adequada/#:~:text=Risco%20de%20choque%3A%20Uma
%20vez,riscos%20a%20vida%20das%20pessoas.
https://www.rdibender.com.br/noticias/2022/06/esquema-de-
aterramento-it-em-hospitais
https://abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_229_339_28741.pdf
https://viverbem.unimedbh.com.br/saude-no-trabalho/risco-ergonomico/

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