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TEXTO BÍBLICO
HERMENÊUTICA
EXEGESE
HOMILETICA
Por
RIO BONITO-2018
2
PROPOSITO:
OBJETIVO:
RAZÃO:
SOBRE O AUTOR:
SUMARIO
2 DEFINIÇOES.................................................................................................................10
1.1 Exegese..................................................................................................................10
1.3 Homilética.......................................................................................................10 .
2 FAZER EXEGESE.........................................................................................................11
3 O REFERENCIAL METODOLOGICO.............................................................................13
4 TRADUÇÕES..................................................................................................................17
5 CRITICA TEXTUAL........................................................................................................18
5.1 Manuscritos..............................................................................................................18
4
5.2 Textos.....................................................................................................................19
5.2.1 Alexandrino.....................................................................................................19
5.2.2 Ocidental........................................................................................................19
5.2.3 Cesareense.....................................................................................................19
5.2.4 Bizantino ( koiné).............................................................................................19
6 ANALISE LITERARIA....................................................................................................19
6.2.1 Paralelismo.....................................................................................................20
6.4 Quiasmos..........................................................................................................20
6.5.2 Antagônico....................................................................................................21
ANALISE TEOLOGICA.....................................................................................................21
8 FIGURAS DE LINGUAGEM............................................................................................23
8.1 Metáfora....................................................................................................................23
8.2 Sinédoque.................................................................................................................24
8.3 Metonímia.................................................................................................................24
8.4 Prosopopéia.............................................................................................................24
8.5 Ironia.........................................................................................................................25
8.6 Hipérbole..................................................................................................................25
5
8.7
Alegoria............................................................................................................................25
8.8 Fábula.....................................................................................................................25
8.9 Enigma...................................................................................................................26
8.10 Tipo.......................................................................................................................26
8.11 Símbolo.................................................................................................................26
8.12 Parábola................................................................................................................27
8.13 Símile.....................................................................................................................27
8.14 Interrogação..........................................................................................................27
8.15 Apóstrofe...............................................................................................................28
8.16 Antítese..................................................................................................................28
8.18 Provérbio...............................................................................................................30
8.19 Acróstico...............................................................................................................30
8.20 Paradoxo................................................................................................................31
8.21 Hebraismo.............................................................................................................33
8.23 Apocalíptica...........................................................................................................38
8.23.3 Universalismo................................................................................................39
9 DINAMICA DO ESTUDO.................................................................................................39
9.1 Leitura.......................................................................................................................39
9.1.2 Sublinhar..........................................................................................................40
9.1.3 Resumo............................................................................................................41
9.1.4 Esquema..........................................................................................................41
10 A DINAMICA DA COMUNICAÇÃO..............................................................................46
10.4 A Oratória..................................................................................................................47
11 A HISTORIA DA PREGAÇAO......................................................................................55
12.3.2 Calvino.....................................................................................................89
14.5.1 Confessionalismo......................................................................................128
14.5.2 Pietismo....................................................................................................128
14.5.3 Racionalismo............................................................................................128
9
14.6 Exegese Moderna ...............................................................................................129
14.6.1 Liberalismo...................................................................................................129
14.6.2 Neo-ortodoxia.............................................................................................130
15 ESTRUTURA DO SERMÃO......................................................................................131
15.6 Ilustração.............................................................................................................135
15.9.1 Temático...................................................................................................139
15.9.2 Textual......................................................................................................140
15.9.3 Expositivo.................................................................................................142
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................144
1 DEFINIÇOES.
1.1 Exegese.
1.2 Hermenêutica.
1.3 Homilética.
2 FAZER EXEGESE
Exegese por exigir instrumentos científicos não é acessível a todos. Por outro lado,
o povo embora não tenha formação acadêmica, tem SABER teológico, ou seja, interpreta
os textos bíblicos a partir de sua experiência de fé dentro de sua vida diária.
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2ª- A exegese pastoral embora também seja cientifica, está ligada e ordenada a
vida da igreja. (pastoral)
1ª- Estuda o texto sob todos os aspectos que possam ser objeto do conhecimento.
2ª- Sua meta é saber do texto em si e por si mesmo.
3ª- Utiliza-se para atingir essa meta,de todos os meios disponíveis ao saber
humano, excluindo-se qualquer saber não racional.
1ª- Limita-se aos aspectos do texto cujo conhecimento se revela necessário para
compreender o conteúdo e permitir a atualização da mensagem.
A exegese é a disciplina que nos leva as realidades humanas que, uma vez
conhecidas, se abrem a outras realidades, perceptíveis, mas mediante exegese
desenvolvida na experiência de fé pessoal e comunitária, expressa depois
sistematicamente na teologia.
Pregador Ouvinte/comunidade
3 O REFERENCIAL METODOLOGICO.
Outra dificuldade é o seu desinteresse pela evolução histórica do texto, o que torna
o método reducionista ao fazer a abstração da vida do texto, sua historia, seu contexto.
Assim ignora a realidade cotidiana, priorizando a estrutura.
É um método critico porque necessita emitir uma serie de juízos sobre as fontes
que tem por objeto de estudo. A “critica” usada neste método foi iniciado na critica dirigida
contra a interpretação alegórica na idade media.
(A) a dimensão histórica propugnada pelo método trás uma serie de vantagens,
por exemplo, ela leva a sério que os textos bíblicos são expressão da revelação divina a
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(B) o fato de o método não ser só de cunho histórico, mas também critico oferece
algumas vantagens, por exemplo, a leitura critica dos textos pode significar um corretivo
sadio para o enquadramento unilateral dos mesmos em certos dogmas ou em doutrinas
fechadas. Uma atitude critica na interpretação evita falsas harmonizações de posições ou
correntes teológicas em tensão ou conflito dentro do cristianismo das origens.
A crítica aos autores bíblicos leva a serio a sua condição de testemunhas humanas
da revelação de Deus. Critica significa fazer uso de um juízo sadio que busca realmente
as raízes dos textos, seja como eventos históricos que, de fato, ocorreram, seja como
expressão de crenças e esperanças que caiba proclamar. Crítica não é algo que deva ser
associado a uma disposição negativa nas pessoas. É exatamente o contrário.
A exegese inicia com um primeiro contato entre o texto e seu ou sua interprete.
Este primeiro contato será uma mescla de meditação e interrogação. Aproximação ao
texto se realiza através de uma leitura atenta do texto em uma tradução portuguesa de
uso cotidiano. Podem seguir também leituras de outras versões disponíveis.
Por fim, uma aproximação ao texto engloba também reflexões sobre a sua
mensagem e seu significado, pessoal, eclesial e social. O leitor poderá perguntar-se: que
mensagem quer o texto comunicar para mim pessoalmente, para minha Igreja e para a
sociedade em que atuo? Que ideias ou práticas defendem? Quais critica e por quê? Que
implicações traz a mensagem do texto para a vivência de minha espiritualidade pessoal,
eclesial e sócio-política?
Essa primeira aproximação vai iniciar nosso dialogo com o texto, expondo como o
entendemos, as perguntas que levanta, as duvidas que suscite e a mensagem que
encerra num contato inicial. É importante que essas primeiras interrogações, dúvidas e
mensagens do texto sejam anotadas por escrito, para que possam ser comparadas com a
interpretação posterior.
Uma boa exegese levará tais perguntas a sério e procurará ser sensível a elas. A
anotação das dúvidas também favorece o processo de controle e revisão no final da
exegese. Esse processo procurará responder a questões como: quais as dúvidas e
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"Seu conteúdo é a verdade, sem qualquer mescla de erro, e por isso é um perfeito
tesouro de instrução divina”. A Bíblia não tem erros, portanto. Mas uma questão deve ser
levantada: em que sentido seu conteúdo é a verdade? A Bíblia é toda a verdade? Isto é
diferente de perguntar se toda ela é verdade. Cremos que tudo o que ela diz é verdade.
Mas só existe verdade nela? Ela é toda a verdade? Ela está sempre certa, mesmo
quando faz declarações que não podem ser sustentadas e são até refutadas?
Diz que o propósito da Bíblia não é prestar informações científicas e históricas, mas
quando o faz, está correta. As discrepâncias devem ser entendidas como "referências
fenomenais", ou seja, como se apresentam aos olhos humanos. Não são exatas
rigorosamente falando, mas como se apresentam aos olhos humanos. como os
homens captaram o fenômeno.
Ela também aceita a Bíblia como infalível e inerrante, mas em suas doutrinas, no
seu discurso sobre Deus. Não a considera como anti-intelectual ou obscurantista, mas
reconhece que há assuntos empíricos (provados e não de fé), naturais, e assuntos não-
empíricos, os revelados. A Bíblia deve ser entendida como um livro de assuntos não
empíricos, isto é, assuntos espirituais, e não um manual de ciência ou de história.
consequências. A Bíblia não se propõe a ensinar ciência nem história. Mas dentro dos
objetivos para os quais foi dada, a Bíblia é plenamente verdadeira e inerrante.
4 TRADUÇOES.
É um dos processos mais difíceis: (1) Envolve duas línguas (pelo menos). (2) -
Uma mensagem. O que chamamos de: FORMA e SIGNIFICADO.
(1) Ela nos familiariza com o texto grego que serve de base para a exegese,
levando a serio o fato de que o texto a ser interpretado foi escrito originalmente em língua
diferente.
(2) Ela mostra que tradução implica sempre também interpretação. Isto ficará claro
principalmente em relação aqueles termos ou expressões para quais os dicionários
apresentam diversas opções de tradução.
(3) Ela aguça a nossa sensibilidade para o exame de outras traduções disponíveis,
seja em comentários, ou em modernas versões portugueses do NT. Tradução segundo o
significado primário. Ex. SARXES. Carne. ( primário). Traduzido também por corpo,
pecado.
Ela não visa apresentar o texto num “bom português”, mas num português que
consiga reproduzir, da melhor maneira possível as construções gramáticas, a ordem das
palavras e a forma da língua original.
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A tradução chamada de idiomática. Busca fazer com que o impacto que o texto
conseguiu produzir nos primeiros leitores possa ser experimentado também pelos leitores
de hoje. Ou seja, é preciso que a tradução comunique não apenas o conteúdo mas
também a dinâmica linguística. Significa literalmente colocar o texto dentro do idioma do
leitor. Ex. Linguagem de Hoje (NBLH), tem como publico prioritário o povo não
acostumado com os termos religiosos.
COMO DEVE SER UMA BOA TRADUÇAO: CORRETA, Deve dar o sentido mais
exato possível da mensagem original. CLARA, Deve produzir um texto bem
compreensível. Não deve ter expressões confusas ou que possam ser entendidas
erradamente. NATURAL, A linguagem da tradução deve ser completamente natural. Não
deve parecer uma tradução.
5 CRITICA TEXTUAL
Comparando as copias entre si, constata-se que o texto reproduzido nem sempre é
igual. São exatamente as diferenças existentes entre essas varias copias que perfazem o
objeto de estudo da CT.
A CT mostra que não é mais possível ter absoluta certeza quanto ao teor original
de todos os versículos que perfazem a bíblia como palavra de Deus. Porem não nega que
o conteúdo genuíno do evangelho de Cristo é perfeitamente audível e perceptível através
do texto de nossa bíblia.
5.1 Manuscritos
PAPIRO- escrito sobre material feito de papiro (junco). UNCIAIS. Escritos nos
pergaminhos com letras maiúsculas. CURSIVOS. Escritos com letras minúsculas.
LECIONARIOS- manuscritos usados para leitura no calendário litúrgico. (contem partes
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selecionadas) VERSOES- tradução dos manuscritos para outros idiomas ( siríaca, latina,
copta). CITAÇOES DOS PAIS DA IGREJA- citações patrísticas feita em latim e grego.
5.2 Textos
5.2.1 Alexandrino.
É tido como o mais fiel aos escritos originais, sobretudo por apresentar-se.
Quando comparado com outros,
5.2.2. Ocidental.
5.2.3 Cesareense.
É o texto representado pela maioria dos unciais posteriores e pela grande maioria
dos minúsculos. Caracteriza-se, principalmente, pela harmonização de passagens entre
os evangelhos e pelo polimento da linguagem.
6 ANALISE LITERARIA.
Falta de consenso no inicio e no termino de textos. Ex. Mc. 2. 15-17; 3.20-30; 4.10-
20; 8.31-9.1; 10.35-45. Rm .8.1. Fp.3.1
6.2.1 Paralelismo.
Apresenta a mesma ideia repetida com outras palavras. Ex. Nada há encoberto
que não seja manifestado; E nada em segredo, que não seja descoberto.
6.3.1 Quiasmos.
- e os primeiros os últimos.
Um termo que perpassa como fio condutor e amarra suas diferentes partes num
todo orgânico e coerente. A regra costuma ser que o termo ou assunto que amarra o texto
evidencia-se pela sua repetitividade. Ex. Mt.25. Mc. 2. 23-28;
6.4.1 convergência.
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A) Não tem necessidade de medico os que são fortes (b), mas os que estão
doentes. a) Não vim chamar justos (b) mas pecadores.
Cautela que precisamos: Nem tudo o que representa uma aparente contradição
para o nosso moderno senso de lógica representava necessariamente uma contradição
para os antigos autores e leitores do texto. Certas contradições dentro dos textos podem
ter sido intencionais, mesmo que não mais compreendamos o seu sentido.
7 ANALISE TEOLOGICA
A teologia do texto pode ser avaliada na medida em que procuramos nos inteirar
das suas consequências praticas. Perguntas: Quais as consequências praticas para a fé ?
Que compromisso requer esta fé?
Jesus revela uma nova imagem de Deus como “pai”, que não tem prazer em que
os pecadores se percam, e, sim, que seja reencontrados e reintegrados a fraternidade
dos demais irmãos e irmãs.
O Jesus da inclusão. (se os justos excluem alguém, Deus busca os que tinham
sido excluídos.) Os que não têm lugar na sociedade descobrem que no projeto de Deus,
feito visível em Jesus, há lugar para eles.
A comunidade que Jesus cria é uma comunidade aberta, cuja força integradora não
admitia barreiras, nem mesmo para com as pessoas mais degradas e moralmente
estigmatizadas na sociedade.
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O Jesus solidário. O amor que conclama não se limita aos semelhantes ou iguais,
mas quer incluir exatamente também aqueles e aquelas que são desiguais e diferentes,
seja em seu status social, moral ou religioso.
O Jesus da compaixão. Ler. Oseias 6.6. Para Mateus comer com pecadores é a
expressão da compaixão divina pelas suas criaturas. Só a compaixão pode ensinar a um
homem o que significa solidariedade com outro homem.
DIMENSÕES:
(3) SOCIAL. Sociedade da época com muitas barreiras separava pela raça,
religião, moral, sexo. A pratica de Jesus significa, diante disso, uma ruptura com os
valores que regulavam a convivência social. Também a sociedade , quando segrega, não
une o povo de Deus, mas o fraciona em grupos antagônicos.
8 FIGURAS DE LINGUAGEM
8.1 Metáfora
Esta figura tem por base alguma semelhança entre dois objetos ou fatos,
caracterizando-se um com o que é próprio do outro.
Exemplos: Ao dizer Jesus: "Eu sou a videira verdadeira", Jesus se caracteriza com
o que é próprio e essencial da videira; e ao dizer aos discípulos: "Vós sois as varas",
caracteriza-os com o que é próprio das varas. Para a boa interpretação desta figura,
perguntamos, pois: que caracteriza a videira? ou, para que serve principalmente? Na
resposta a tais perguntas está a explicação da figura. Para que serve uma videira? Para
transmitir seiva e vida às varas, a fim de produzirem uvas. Pois isto é o que, em sentido
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espiritual, caracteriza a Cristo: qual uma videira ou tronco verdadeiro, comunica vida e
força aos crentes, para que, como as varas produzem uvas, eles produzam os frutos do
Cristianismo.
8.2 Sinédoque
Faz-se uso desta figura quando se toma a parte pelo todo ou o todo pela parte, o
plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos: Toma a parte pelo todo o Salmista ao dizer: "Minha carne repousará
segura" (versão revista e corrigida), em lugar de dizer: meu corpo ou meu ser, que seria o
todo, sendo a carne só parte de seu ser (Sal. 16:9).
Toma o todo pela parte o Apóstolo quando diz da ceia do Senhor: "todas as vezes
que . . . beberdes o cálice", em lugar de dizer beberdes do cálice, isto é, parte do que há
no cálice. (1 Cor. 11:26).
8.3 Metonímia
Emprega-se esta figura quando se emprega a causa pelo efeito, ou o sinal ou
símbolo pela realidade que indica o símbolo.
Exemplos: Vale-se Jesus desta figura empregando a causa pelo efeito ao dizer:
"Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos", em lugar de dizer que têm os escritos de
Moisés e dos profetas, ou seja o Antigo Testamento. (Luc. 16:29.)
Emprega também o sinal ou símbolo pela realidade que indica o sinal quando disse
a Pedro: "Se eu não te lavar, não tens parte comigo". Aqui Jesus emprega o sinal de
lavar os pés pela realidade de purificar a alma, porque faz saber ele mesmo que o ter
parte com ele não depende da lavagem dos pés, mas da purificação da alma. (João 13:8).
Do mesmo modo João faz uso desta figura pondo o sinal pela realidade que indica
o sinal, ao dizer: "O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado", pois é
evidente que aqui a palavra sangue indica toda a paixão e morte expiatória de Jesus,
única coisa eficaz para satisfazer pelo pecado e dele purificar o homem. (1 João 1:7.)
8.4 Prosopopéia
Usa-se esta figura quando se personificam as coisas inanimadas, atribuindo-lhes
os feitos e ações das pessoas.
Exemplos: O apóstolo fala da morte como de pessoa que pode ganhar vitória ou
sofrer derrota, ao perguntar: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (1 Cor. 15:55).
Emprega o apóstolo Pedro a mesma figura, falando do amor, e referindo-se à pessoa que
ama, quando diz: "o amor cobre multidão de pecados" (1 Ped. 4:8). Como é natural,
ocorrem com freqüência estas figuras na linguagem poética do Antigo Testamento,
dando-lhe assim uma formosura, vivacidade e animação extraordinárias, como por
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8.5 Ironia
Faz-se uso desta figura quando se expressa o contrário do que se quer dizer, porém
sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro.
Exemplos: Paulo emprega esta figura quando chama aos falsos mestres de os tais
apóstolos, dando a entender ao mesmo tempo que de nenhum modo são apóstolos. (2
Cor. 11:5; 12:11; veja-se 11:13.) Vale-se da mesma figura o profeta Elias quando no
Carmelo disse aos sacerdotes do falso deus Baal: "Clamai em altas vozes . e despertará",
dando-lhes a compreender, por sua vez, que era de todo inútil gritarem. (1 Reis 18:27.)
8.6 Hipérbole
É a figura pela qual se representa uma coisa como muito maior ou menor do que em
realidade é, para apresentá-la viva à imaginação. Tanto a ironia como a hipérbole são
pouco usadas nas Escrituras, porém, alguma ou outra vez ocorrem.
Exemplos: João faz uso desta figura ao dizer: "Há, porém, ainda muitas outras
coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no
mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos."
8.7 Alegoria
A alegoria é uma figura retórica que geralmente consta de várias metáforas unidas,
representando cada uma delas realidades correspondentes. Costuma ser tão palpável a
natureza figurativa da alegoria, que uma interpretação ao pé da letra quase que se faz
impossível. Às vezes a alegoria está acompanhada, como a parábola, da interpretação
que exige.
Exemplos: Tal exposição alegórica nos faz Jesus ao dizer: "Eu sou o pão vivo que
desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida
do mundo, é a minha carne... Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a
vida eterna", etc. Esta alegoria tem sua interpretação na mesma passagem da Escritura.
(João 6:51-65.)
8.8 Fábula
A fábula é uma alegoria histórica, pouco usada na Escritura, na qual um fato ou
alguma circunstância se expõe em forma de narração mediante a personificação de
coisas ou de animais.
Exemplos: Lemos em 2 Reis 14:9: "O cardo que está no Líbano, mandou dizer ao
cedro que lê está: Dá tua filha por mulher a meu filho; mas os animais do campo, que
estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo." Com esta fábula Jeoás, rei de Israel,
responde ao repto de guerra que lhe havia feito Amazias, rei de Judá. Jeoás compara-se
a si mesmo ao robusto cedro do Líbano e humilha a seu orgulhoso contendor, igualando-o
a um débil cardo, desfazendo toda aliança entre os dois e predizendo a ruína de Amazias
com a expressão de que "os animais do campo pisaram o cardo".
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8.9 Enigma
O enigma também é um tipo de alegoria, porém sua solução é difícil e abstrusa.
Exemplos: Sansão propôs aos filisteus o seguinte: "Do comedor saiu comida e do
forte saiu doçura" (Juízes 14:14). A solução se encontra no sobredito trecho bíblico. Entre
outros ditos de Agur, encontramos em Prov. 30:24 o enigma seguinte: "Há quatro coisas
mui pequenas na terra, que, porém, são mais sábias que os sábios." Este enigma tem
também sua solução na mesma passagem em que se encontra.
8.10 Tipo
O tipo é uma classe de metáfora que não consiste meramente em palavras, mas
em fatos, pessoas ou objetos que designam fatos semelhantes, pessoas ou objetos no
porvir. Estas figuras são numerosas e chamam-se na Escritura sombra dos bens
vindouros, e se encontram, portanto, no Antigo Testamento.
Paulo nos apresenta o primeiro Adão como tipo, prefigurando o segundo Adão,
Cristo Jesus; e também o cordeiro pascoal como o tipo do Redentor. (Rom. 5:14; 1 Cor.
5:7.) Sobretudo, a carta aos Hebreus faz referência aos tipos do Antigo Testamento,
como, por exemplo, ao sumo sacerdote que prefigurava a Jesus; aos sacrifícios que
prefiguravam o sacrifício de Cristo; ao santuário do templo que prefigurava o céu, etc.
(Heb. 9:11-28; 10:6-10).
Muitos abusos têm sido cometidos na interpretação de muitas coisas que parecem
típicas no Antigo Testamento. Assim é que folgamos em aconselhar: 1° – Aceite-se como
tipo o que como tal é aceito no Novo Testamento; 2° – recorde-se que o tipo é inferior ao
seu correspondente real e que, por conseguinte, todos os detalhes do tipo não têm
aplicação à dita realidade; 3° – tenha-se presente que às vezes um tipo pode prefigurar
coisas diferentes, e 4° – que os tipos, como as demais figuras, não nos foram dados para
servir de base e fundamento das doutrinas cristãs, mas para confirmar-nos na fé e para
ilustrar e apresentar as doutrinas vivas à mente.
8.11Símbolo
O símbolo é uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum
fato por meio de outra coisa ou fato familiar que se considera a propósito para servir de
semelhança ou representação.
8.12 Parábola
A parábola é uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração,
relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar
ou ilustrar uma ou várias verdades importantes.
Exemplos: Uma parábola que tem por objetivo ilustrar várias verdades, temo-la no
Semeador (Mat. 13:3-8), cuja semente cai na terra em quatro pontos diferentes;
necessitando cada um sua interpretação. (Vejam-se versos 18-25.) Várias verdades são
aclaradas também pelas parábolas da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho
pródigo (Luc. 15). Outro tanto sucede com a do fariseu e o publicano e outras (Luc. 18:10-
14).
8.13 Símile
A figura de retórica denominada símile procede da palavra latina "similis" que
significa semelhante ou parecido a outro. No símile se emprega para a comparação a
palavra como ou outra similar, enquanto na metáfora se prescinde dela.
Exemplos: "Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua
misericórdia para com os que o temem." (Símile.) "Como o pai se compadece de seus
filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem." (Símile.) "Pois ele conhece a
nossa estrutura, e sabe que somos pó." (Metáfora).
"Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim
ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá daí em diante o
seu lugar." (Símile.) (Salmo 103:11-16.)
Os símiles da Bíblia são quais gravações formosas e de grande valor artístico, que
acompanham as verdades, que sem este auxílio seriam captadas fracamente e
esquecidas com facilidade.
8.14 Interrogação
A palavra interrogação procede de um vocábulo latino que significa pergunta. Mas
nem todas as perguntas são figuras de retórica. Somente quando a pergunta encerra uma
conclusão evidente é que é uma figura literária. A Enciclopédia Brasileira Mérito define a
interrogação da seguinte maneira: "Figura pela qual o orador se dirige ao seu interlocutor,
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Exemplos: "Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" (Gên. 18:25). Isso equivale a
dizer que o Juiz de toda a terra fará o que é justo. As interrogações que se encontram em
Rom. 8: 33-35 constituem formosos exemplos do poder e do uso desta figura literária. A
mente, em forma instintiva, vai da pergunta à resposta em atitude triunfal. "Quem intentará
acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É
Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e
também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou
fome, ou nudez, ou perigo ou espada?"
8.15 Apóstrofe
A apóstrofe se assemelha muito à personificação ou prosopopéia. A palavra
apóstrofe procede do latim apostrophe e esta do grego apo, que significa de, e strepho,
que quer dizer volver-se. O vocábulo indica que o orador se volve de seus ouvintes
imediatos para dirigir-se a uma pessoa ou coisa ausente ou imaginária.
8.16 Antítese
Este vocábulo procede da palavra latina antithesis e esta de palavras gregas que
significam colocar uma coisa contra a outra. Trata-se de uma figura de retórica muito
eficaz que se encontra em muitas partes das Escrituras. O mau e o falso servem de
contraste ou fundo que di realce ao bom e o verdadeiro.
A gradação pode consistir em umas poucas palavras ou pode estender-se por todo
o discurso ou livro. Pode consistir em palavras soltas, preparadas de tal maneira que
levem a mente em progressão gradual ascendente, ou pode consistir em uma série de
argumentos que explodem em triunfal culminação, como o argumento incontrovertível da
ressurreição em 1 Cor., capítulo 15. O grande capitulo dá fé, Hebreus 11, d um exemplo
de um longo e poderoso clímax ou gradação.
Depois de haver alcançado este plano, o apóstolo se detém o suficiente para poder citar o
Salmo 44:22, para demonstrar que em época remota o povo escolhido sofreu o martírio
por amor de Deus, insinuando assim que estamos preparados para a mesma prova. Sim,
nestes conflitos fazemos mais que vencer. Logo, nos versículos 38 e 39 se eleva a
alturas que produzem vertigens, chegando logo a uma das gradações mais grandiosas de
toda a literatura.
8.18 Provérbio
Este vocábulo procede das palavras latinas pro que significa antes e verbum que
quer dizer palavra. Trata-se de um dito comum ou adágio. O provérbio tem sido definido
como uma afirmação extraordinária e paradoxal. Os Provérbios do Antigo Testamento
estão redigidos em sua maior parte em forma poética, consistentes em dois paralelismos,
que geralmente são sinônimos, antitéticos ou sintéticos.
Exemplos: "Médico cura-te a ti mesmo" (Lucas 4:23). Este deve ter sido um dito
comum em Nazaré. Aplicava-se a princípio, a médicos atacados de enfermidades físicas,
os quais tratavam de curar delas a outros. Jesus compreendeu que seus antigos
conhecidos da cidade de Nazaré, motivados pela incredulidade, empregariam essas
palavras contra ele, se não realizasse em Nazaré milagres tão maravilhosos como os que
havia efetuado em Cafarnaum. O Senhor respondeu aos seus pensamentos que ainda
não se haviam transformado em palavras, com outro provérbio, que constitui uma defesa
própria: "Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra." Esta parece ser a
interpretação condensada do provérbio que diz: "Não há profeta sem honra senão na sua
terra, entre os seus parentes, e na sua casa." (Marcos 6:4; Mateus 13:57.) Jesus
demonstra a verdade de sua declaração ao referir-se à história de Elias (1 Reis capítulos
17 e 18) e de Eliseu (2 Reis, 5:1-14).
8.19 Acróstico
A palavra acróstico procede dos vocábulos gregos que significam extremidade ou
verso. Temos vários exemplos de acrósticos no Antigo Testamento. O mais notável é o
Salmo 119, com seus 176 versos. Contam 22 estrofes, e cada uma delas corresponde a
uma letra do alfabeto hebraico. Há oito linhas duplas em cada estrofe.
31
Cada uma das oito linhas na primeira estrofe começa com uma palavra cuja
primeira letra é Aleph, a primeira do alfabeto hebreu. A primeira palavra de cada uma das
oito linhas duplas na segunda estrofe começa com Beth, a segunda letra do alfabeto, e
assim sucessivamente, até o fim. Canta-se em louvor da Palavra de Deus e de seu Autor.
No idioma hebraico esta forma constitui uma verdadeira ajuda para a memória. Dado que
os salmos eram escritos para serem cantados sem livros, e posto que se aprendiam e
recitavam de memória na escola, esta disposição alfabética constituía uma grande ajuda
para aprender este capitulo, o mais longo da Bíblia.
I Iesous Jesus
Ch Christos Cristo
Th Theou de Deus
U Uios Filho
S Soter Salvador
8.20 Paradoxo
Denomina-se paradoxo a uma proposição ou declaração oposta à opinião comum; a
uma afirmação contrária a todas as aparências e à primeira vista absurda, impossível, ou
em contraposição ao sentido comum, porém que, se estudada detidamente, ou meditando
nela, torna-se correta e bem fundamentada. A palavra procede do grego e chega a nós
por intermédio do latim.
Está formada de dois vocábulos, para, que significa contra e doxa, opinião ou
crença. Soa ao ouvido como algo incrível, ou impossível, se não absurdo. Nosso Salvador
empregou com freqüência esta figura entre seus ouvintes, com o objetivo de sacudi-los de
sua letargia e despertar seu interesse.
32
(b) "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos." (Mat. 8:22; Luc.
9:60.) Esta foi a extraordinária resposta que nosso Senhor deu a um dos candidatos ao
discipulado, que não compreendia o que significava seguir ao Senhor, e se propunha
primeiro sepultar seu pai. Aqueles que estão mortos no sentido espiritual da palavra,
podem assistir aos funerais dos que têm falecido no aspecto físico. Outro desejava seguir
ao Senhor Jesus, mas queria primeiro despedir-se dos de sua casa. Nosso Senhor
compreendeu que a consagração tinha algum defeito, igual ao primeiro caso citado, e
portanto replicou por meio da parábola: "Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha
para trás, é apto para o reino de Deus" (Lucas 9:61,62). Desta maneira o Senhor Jesus
fez que as pessoas compreendessem a importância que tinha o ser seu discípulo e o
pregar o evangelho.
(c) "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E estendendo sua mão para
seus discípulos, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a
vontade de meu Pai, esse é meu irmão, irmã e mãe." (Mateus 12:4650; Marcos 3:31-35;
Lucas 8:19-21.) Mediante este procedimento notável nosso Senhor inculcou a doutrina da
relação espiritual mais elevada.
(d) "Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos,
e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo" (Mateus
14:26). Este paradoxo constitui um hebraísmo, tal como foi explicado na página 29. Se
esta declaração fosse tomada em forma literal, constituiria uma completa contradição com
outras Escrituras que nos ensinam que devemos amar a nossos familiares. (Efésios 5:28,
29 e outras.)
(e) "Quem quiser, pois, salvar a sua vida, perdoará; e quem perder a sua vida
por causa de mim e do evangelho, salvará." (Marcos 8:35; Mateus 16:25j Lucas 9:24.)
Mediante este paradoxo extraordinário, o Senhor faz que seus seguidores compreendam
o valor da alma, e a perda terrível que experimentam aqueles que morrem sem
esperança. Ao mesmo tempo o Mestre ensina que a melhor maneira de empregar a vida
é servindo a Deus. As páginas da história missionária estão cheias de exemplos que
ilustram o grande princípio que o Senhor Jesus enunciou neste paradoxo. Em outro
paradoxo (Marcos 9:43-48), o Senhor demonstra que é melhor sofrer a perda de um dos
membros de nosso corpo do que nos rendermos à tentação e ficarmos perdidos para
sempre.
(f) "Coais o mosquito e engolis o camelo!" (Mateus 23:24). A peça mais notável
de invectiva da literatura é a lançada pelo Senhor contra os escribas e fariseus hipócritas
de seu tempo. Consiste em uma série de oito amargos presságios pronunciados contra
eles, pouco antes de sua morte (Mateus 23:13-33). O Senhor Jesus os denomina "guias
cegos" que cuidadosamente coam o mosquito, mas engolem o camelo. O versículo
33
precedente nos mostra as diferenças sutis que faziam no que respeita à interpretação da
lei, e quão escrupulosos eram para dar dízimos da hortelã, do endro e do cominho que
cresciam em suas hortas e logo omitiam os assuntos mais importantes "da lei: a justiça, a
misericórdia e a fé".
8.21 hebraismo
Por hebraísmos entendemos certas expressões e maneiras peculiares do idioma
hebreu que ocorrem em nossas traduções da Bíblia, que originalmente foi escrita em
hebraico e em grego. Como já dissemos, alguns conhecimentos destes hebraísmos são
necessários para poder fazer uso devido de nossa primeira regra de interpretação.
Exemplos: 1° - Era costume entre os hebreus chamar a uma pessoa filho da coisa
que de um modo especial a caracterizava, de modo que ao pacífico e bem disposto se
chamava filho da paz; ao iluminado e entendido, filho da luz; aos desobedientes, filhos
da desobediência, etc. (Veja-se Luc. 10:6; Efés. 2:2; 5:6 e 5:8.)
3° - Às vezes faz-se uso peculiar das palavras que expressam ação, dizendo-se de
vez em quando que uma pessoa faz uma coisa, quando só a declara feita; quando
profetiza que se fará, se supõe que se fará ou considera feita. Às vezes manda-se
também fazer uma coisa quando só se permite que se faça. Em Lev. 13:13 (no original),
por exemplo, diz-se que o sacerdote limpa o leproso, quando apenas o declara limpo. Em
2 Cor. 3:6 lemos que "a letra (significando, a lei) mata", quando na realidade só declara
que o transgressor deve morrer.
34
Em João 4:1,2, diz-se que "Jesus" batizava mais discípulos que João, quando só
ordenava que fossem batizados, pois em seguida lemos: "(se bem que Jesus mesmo não
batizava, e, sim, os seus discípulos.)
Abelha, símbolo dos reis da Assíria (Isaías 7:18), os quais em seus escritos
profanos (hieróglifos) também são representados por esta figura; às vezes simboliza
também, de um modo geral, um poder invasor e cruel. (Deut. 1:44; Salmo 118:12.)
Alfarroba, palha, nulidade, juízo do mal. Âncora, esperança (Heb. 6:19.) Arca,
Cristo. (1 Ped. 3:20, 21; Heb. 11:7.) Arco, símbolo de batalha e de vitória (Apoc. 6:2); às
vezes também de engano, porquanto se pode quebrar ou atirar o falso. (Os. 7:16; Jer.
9:3.) Árvores, as altas, símbolo de governantes. (Ezeq. 31:5-9); as baixas, símbolo do
povo comum. (Apoc. 7:1; 8:7.)
Azeite, fortaleza pela unção, dai a vida e força que infunde o Espírito de Deus
(Tiago 5:14.) Azul, o celeste, o céu. (Ester 8:15.) Babilônia, símbolo de um poder idólatra
que persegue as igrejas de Cristo, referindo-se de um modo particular ao poder romano,
pagão e papal. (Isaías 47:12; Apoc. 17:13; 18:24.)
Cão, símbolo de impureza e apostasia. (Prov, 26:11; Fil. 3:2; Apoc. 22:15); também
de vigilância. (Isa. 56:10.) Carneiro, símbolo dos reis em geral e especialmente do rei
persa. (Dan. 8:3-7, 20.) Carro, símbolo do governo ou proteção. (2 Reis 2:12.) Crê-se que
Isaías 21:7 se refere a Ciro e Dario, e Zac. 6:1 a quatro grandes monarquias, enquanto os
carros de Deus no Salmo 68:17 e Isaías 66:15 designam as hostes do céu.
35
Cair do céu é perder a dignidade ou autoridade; céu aberto indica uma nova ordem no
mundo político; uma porta aberta no céu indica o princípio de um novo governo. (Hab. 2:6-
22.) O sol, a lua e as estrelas simbolizam as autoridades superiores e secundárias. (Isa.
24:21,23; Joel 2:10; Apoc. 12:1.)
Cores, preto, símbolo de angústia e aflição (Jó 30:30; Apoc. 6:5-12); amarelado,
símbolo de enfermidade mortal (Apoc. 6:8); vermelho, de derramamento de sangue ou de
vitória (Zac. 6:2; Apoc. 12:3), ou do que não se pode apagar (Isa. 1:18); branco, de
formosura e santidade (Ecl. 9:8; Apoc. 3:4); branco e resplandecente era a cor real e
sacerdotal entre os judeus, como a púrpura entre os ramons.
Chifre, símbolo de poder. (Deut. 33:17; 1 Reis 22:11; Miq. 4:13); símbolo também
de dignidade real (Dan 8:9; Apoc. 13.1.) Os cornos do altar constituíam um refúgio
seguro. (Êxodo 21:14.) Coroa (diadema), símbolo de autoridade conferida (Lev. 8:9)
também de autoridade imperial e de vitória. (Apoc. 19:12.) Crisólito, glória manifesta.
Crisópraso, paz que sobrepuja todo entendimento. (Apoc. 21:20.)
Fogo, símbolo da Palavra de Deus (Jer. 23:29; Hab. 3:5); símbolo também de
destruição (Isa. 42:25; Zac. 13:9); de purificação (Mal. 3:2); de perseguição (1 Pedro 1:7);
de castigo e sofrimento (Mar. 9:44.) Fronte, denota, segundo a inscrição ou sinal que
leva, um sacerdote (Lev. 8:9); um servo ou um soldado (Apoc. 22:4). Os servidores dos
ídolos levavam igualmente, como hoje, um sinal, um nome ou um numero em sua testa.
(Apoc. 13:16).
Leão, símbolo de um poder enérgico e dominador. (2 Reis 23:33; Am6s 3:8; Dan.
7:.4; Apoc. 5:5.) Leopardo (tigre), símbolo de um inimigo cruel e enganoso. (Apoc. 13:2;
Daniel 7:6; Isa. 11:6; Jer. 5:6; Hab, 1:8.) Lepra, pecado asqueroso. (Isa, 1:6.) Lírio,
formosura, pureza.
Luz, conhecimento, gozo. (João 12:35.) Macho caprino (bode), símbolo dos reis
macedônios, especialmente de Alexandre (Dan. 8:5-7). Mãe, símbolo do produtor de
alguma coisa (Apoc. 17:5, como por exemplo, de uma cidade cujos habitantes se
chamam seus filhos (2 Sam. 20:19; Isa. 49:23); de uma cidade central, cujos povoados
satélites se consideram suas filhas (Isa. 50:1; Os. 2:2,5); símbolo também da Igreja do
Novo Testamento. (Gil. 4:26.) Maná, símbolo de alimento espiritual e imortal. (Apoc. 2:17;
veja-se Êxodo 16:33,34.)
Mãos, símbolo de atividade. Dai mãos limpas, mãos cheias de sangue indicam
feitos correspondentes, puros ou sangrentos. (1 Tim. 2:8; Isa. 1:15.) Lavar as mãos,
significa expiação de culpa ou protesto de inocência de culpa. (1 Cor. 6:11; 1 Tim. 2:8.)
Mão direita, símbolo de posto de honra. (Mar. 16:19.) Dar as destras, símbolo de
participação de direitos e bênçãos. (Gál. 2:9.) Dar a mão, equivale a render-se. (Salmo
68:31; 2 Crôn. 30:8.) Levantar a destra, era sinal de juramento. (Gên. 14:22; Dan. 12:17.)
Marcas nas mãos, símbolo de servidão e idolatria. (Zac. 13:6.) As mãos postas sobre a
cabeça de alguém, símbolo de submissão de bênção, de autoridade ou de culpa. (Gên
48:14-20; Dan. 10:10.) Mãos de Deus, postas sobre um profeta, indica influência
37
espiritual (1 Reis 18:46; Ezeq. 1:3; 3:22); o dedo indica influência menor; o braço,
influência maior.
Medir (partir, dividir), símbolo de conquista e possessão. (Isa. 53.12; Zac. 2:2;
Am6s 7:17.) Montanha, símbolo de grandeza e estabilidade. (Isa. 2:2; Dan. 2:35.) Morte,
separação, separação de Deus, insensibilidade espiritual. (Gál. 3:3; Rom. 5:6; Mat. 8:22;
Apoc. 3:1.)
Púrpura, o real, o romano. (Dan. 5:7; Apoc. 17:4.) Querubins, símbolo, crêem
alguns, da glória soberana de Deus; no Apocalipse, dos redimidos; segundo outros, das
perfeições de Deus, manifestas sob suas diversas formas. (Veja-se Gên. 3:24; Êxodo
25:18, 22; 37:7, 9; Lev.16:2; Núm. 7:8, 9; 1 Reis 6:23; 8:7; 2 Crôn. 3:10, 13; Ezeq. 1:10.)
Sete, número, por assim dizer, divino; a soma de três que simboliza a Trindade e
quatro que simboliza o Reino de Deus na terra, e portanto, a união do finito e o infinito. O
Deus-Homem, por exemplo, se representa pelos sete candelabros de ouro. Este número
ocorre com muita freqüência na Escritura. (Apoc. 4:5.)
8.23 Apocalíptica.
Esta foi a literatura mais distintiva produzida pelo judaísmo. Ela reflete os ideais e
esperança mais altos do judaísmo; intensamente messiânica e profundamente profética.
O período foi adaptado para a produção do gênero apocalíptico por causa de intensa
perseguição e sujeição aos poderes estrangeiros.
Comumente olhada como "tratados para tempos difíceis", essa literatura tentou
responder a perguntas sobre por que o povo de Deus sofre. Com ensino ético geralmente
omitido, a relação especial de Israel com Deus é ressaltada. Deus vindicará Israel, porque
assim terá que fazer. Completamente futurísticas em seu ponto-de-vista, as visões e
profecias são gerais, ao invés de específicas. Para proteger tanto o autor como os
leitores, a obra era geralmente escrita no nome de um dos homens famosos do Velho
Testamento.
39
Por exemplo, uma analise literal da profecia muitas vezes concebe a besta do
apocalipse como uma pessoa; uma analise simbólica vê-a como personificação da ânsia
do poder. Uma analise literal concebe Babilônia como uma cidade real ( muitas vezes
como Roma), ao passo que uma analise simbólica vê Babilônia como o desejo de lucro
econômico.
8.23.3 Universalidade.
9 A DINÂMICA DE ESTUDO
9.1 Leitura.
Devemos recordar que não se estuda um texto como quem lê um romance, por
puro entretenimento. Os textos de estudo, mormente aqueles de cunho científico ou
filosófico, requerem sempre o emprego da razão reflexiva por parte de quem estuda. E
isso pressupõe certa disciplina intelectual, um método de abordagem para o objeto do
estudo.
Assim, o estudo do texto deve ser realizado em várias etapas, sendo necessários
para o desenvolvimento deste, o domínio de algumas técnicas que vão contribuir para o
entendimento do autor e da obra, quais sejam: sublinhar, resumir e esquematizar.
9.1.2 Sublinhar
9.1.3 Resumo
Não pretender resumir antes de ler o texto todo. Esclarecer os pontos obscuros.
Sublinhar as palavras desconhecidas. É preciso ser breve, porém compreensível.
Percorrer especialmente as palavras sublinhadas e anotações à margem do texto.
9.1.4 O esquema
Para auxiliar a transposição da leitura, é necessário que o leitor faça uma análise
do texto. O estudo e a interpretação do texto vão depender dos objetivos do leitor e do fim
a que se destina.
42
Onde o leitor vai processar a leitura para apreender o conteúdo, sem discutir com o
texto, sem debater os conceitos ou ideias; a intenção é a descoberta e a reflexão da ideia
central.
Método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o
conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta os princípios
preestabelecidos. No raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos
da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de
generalizações.
A indução pode ser caracterizada da seguinte forma: o fato de que algo é verdade,
relativamente a certo número de elementos de uma dada classe, permite concluir que o
mesmo será verdade, relativamente a elementos desconhecidos da mesma classe. Se em
especial, a conclusão se aplica a um número ilimitado de elementos não examinados, diz-
se que a indução leva a uma generalização.
O método indutivo propõe que, em primeiro lugar, está a observação dos fatos
particulares e depois a hipótese a confirmar. Há, portanto, uma inversão de
procedimentos em relação ao método dedutivo.
10 A DINAMICA DA COMUNICAÇAO
A maioria das pessoas tem fortes preferências para o sistema a qual tem maior
tendência. Uma vez, se você descobrir qual sistema e mais desenvolvido, na pessoa que
você está tentando se comunicar, você estará simplificando radicalmente o caminho para
ter uma boa sintonia com ela.
Pessoas visuais compreende melhor o mundo através daquilo que vê, através de
imagens, e usam frases assim: ”É assim que vejo isto”, “Eu vejo o seu ponto de vista”. A
fala é sempre rápida em tom alto e agudo as vezes forçada, porque elas tentam por
47
palavras a imagem, tem tendência a falar por metáforas, usam bastante os dedos para
indicar.
As pessoas sinestésicas não veem e nem ouve o mundo apenas sentem o mundo.
Reagem a sensações. Suas frases características são: “Eu senti bastante o que você
disse”. Não senti firmeza naquelas palavras. Essas pessoas falam num tempo lento, às
vezes com longas pausas e num tom baixo e profundo. Seu gesto característico e o tato
com as coisas ou pessoas.
Existem inúmeras sugestões, e isto variam de pessoas para pessoas, por isso e
preciso fazer uma observação minuciosa, e se você conhecer o principal sistema
representativo de alguém estará no caminho certo para entrar no mundo dela.
Agora imagine você tentando convencer a alguém a fazer alguma coisa e ela está
num sistema representativo auditivo e você diz a ela: Veja como isso é muito belo, e você
fala muito rápido e estridente. É bem provável que você não consiga convencê-la.
.
O sucesso da oratória consiste na eficácia da persuasão. Envolver o
publico. Algumas pessoas acreditam que é inconveniente ter o controle da
persuasão. Mas no mundo em que vivemos a persuasão e um fato pertinente.
Há sempre alguém persuadindo alguém. Ou você persuade ou é persuadido.
Nos dias de hoje, são muitos os mecanismos poderosos para persuasão
em massa. Isto significa mais pessoas bebendo Coca Cola mais pessoas
comprando carro novo, mais dona de casa usando Bom Bril, porque tem “mil e
uma utilidades.”
Estamos constantemente rodeados por pessoas com tecnologia de
ponta para nos persuadir a fazer ou comprar alguma coisa. Muitas dessas
pessoas gastam bastante dinheiro para persuadir através da propaganda.
Observe que uma boa propaganda, campanha política, ou apelo, usam
de imagens e sons que atraiam e afetam nossos três sistemas representativos
que são o auditivo, visual e sinestésico.
10.4.3 Insegurança
O medo de se expressar e não Ter o resultado desejado pode estar "minando"
o seu potencial criativo.
COMO CONTROLAR O MEDO? Certo orador famoso falou que "nenhum
curso ensina como perder o medo de se falar em público. O que pode ser
aprendido é como dominar o nosso medo". O que passaremos agora são
recomendações úteis para se controlar o medo.
Controle seu nervosismo - não alimente a chama do seu nervosismo.
Roer unhas, colocar as mãos no bolso, mexer os dedos, etc. - são atos que
alimentam o nosso nervosismo. Evite-os.
Quando o medo aparecer encare-o normalmente - quando os
sintomas do medo aparecer em você (suor, empalidecimento, tremores, etc.)
encare-os como algo comum.
Todos os grandes oradores que você admira passam pelas mesmas
situações que você; só que com uma diferença: eles aprenderam a controlar o
medo.
Tenha uma atitude correta - os psicólogos falam que o "corpo fala";
geralmente esta linguagem é estampada em nossos corpos através de gestos.
Normalmente os nossos gestos são inconscientes e as pessoas observam isto.
Nossos gestos mostram o que se passa em nosso íntimo. Portanto, quando for
dar uma aula, ou preleção, apresente-se de uma maneira que passe segurança
a quem lhe ver. Tenha passos firmes e tranquilos. Isto passará para o auditório
uma imagem positiva ao seu respeito.
Saiba o que falar - faça um propósito de sempre falar do que você tem
certeza ou domina bem. Como vimos anteriormente, o desconhecimento da
matéria é uma das causas do medo. Portanto, negue-se a falar o que você não
sabe.
Adquira "vícios de orador" - Mãos no bolso, segurar canetas, segurar
revistas, segurar livros, etc. Estes são algum “alivia-medo" mais comuns nos
meios pedagógicos. Estes "vícios" em nada ajudam em controlar o nervosismo.
Por isso, evite-os; pois poderá cansar o auditório.
Cuidado com os vícios de linguagem (né, ta, viu, etc.)
Chame a sua voz com a respiração – Antes de falar é ideal fazer um
relaxamento dos ombros, cabeça e pescoço.
50
Não toque no fio; não bata nem limpe o microfone diante do público; não
comente nada, com ninguém, próximo ao microfone; antes de começar a falar
regule bem o microfone;
Analise qual à distância que você deve falar do microfone.
Aconselhamos uns 30 centímetros; deixe o auditório ver o seu rosto. Deixe o
microfone uns dois centímetros abaixo do queixo; ao falar não segure no
pedestal e fale sempre olhando sobre o microfone; não grite; se precisar
segurar o microfone na mão evite gritar. Segure o microfone com a mesma
distância que começou a aula.
Quando houver uma pergunta da qual não sei a resposta? Se a pessoa
que perguntou "tem cara" de que sabe a resposta, devolva a pergunta para ele.
Pode-se "jogar" a pergunta para o grupo; Evite dizer que não sabe a
resposta. Isto enfraquece a sua reputação.
52
forte, e confiante com muita fé, no que estiver transmitindo, a fim de contagiar o
publico e conquistar o Carisma.
Coragem – “Irei e enfrentarei a situação.” “Se Deus é por nós quem será
contra nós?”
Medo – “Estão nos perseguindo”
Orgulho – “Consegui uma promoção por bons serviços prestados”
Humildade – “Quem sou eu, meu caro amigo”
Surpresa – “Tirei em primeiro lugar no concurso”
Importante:
1. Não fale com muita intensidade, reserve forças para o ponto culminante.
2. Não deixe que a voz caia nas últimas sentenças das palavras.
3. Respire de forma disciplinada
4. Varie a força, a velocidade e o ritmo da voz para não cansar a plateia.
5. Leitura do sermão somente em solenidade ou formaturas especiais.
Dicas gerais
1) Seja positivo
2) Se prepare.
3) Chegue cedo, antes dos ouvintes, para recepcioná-los;
4) Conheça o lugar onde você vai falar. é importante se movimentar antes da
fala no local , para evitar futuros "micos".
5) Sorria.
6) Cumprimente a todos.
7) Trate as pessoas pelo nome quando possível.
8) Olhe sempre nos olhos quando ele lhe fizer uma pergunta
9) Gesticule (sem exagero)
10) Movimente-se (sem exagero)
11) Fale de maneira modulada
12) Evite apoiar-se em uma perna
13) Estimule a participação ativa dos ouvintes.
14) Estimule perguntas
15) Estimule discussões
16) Use linguagem coerente com o seu grupo
17) Aprenda a perguntar
18) Saiba ouvir
19) Cronometre o seu tempo.
20) Evite interrupções quando o ouvinte estiver falando
21) Em uma discussão não se envolva emocionalmente
22) Tenha contato frequente com o seu publico
11 A HISTORIA DA PREGAÇAO.
A palavra hebraica para profeta é nabi, que vem da raiz verbal naba.
Essa palavra significa “anunciador”, “declarador”, e, por extensão, aquele
56
mais forte és do que eu, prevaleceste (...) Se eu disser: Não farei menção
dEle, nem falarei mais em Seu nome, há no meu coração um como fogo
ardente, encerrado nos meus ossos, e estou cansado de sofrer, e não posso
conter-me” (Jr 20.7,9).
O constrangimento do profeta era ético e espiritual, e não violava a sua
própria vontade. Certamente, todos os profetas sentiram o peso da sua
responsabilidade, mas motivados pela vontade e pela escolha divina, estava
o reconhecimento do profeta de que tinha sido apartado dos outros homens
e consagrado a uma tarefa de que não poderia escapar, e observa-se que
alguns desempenharam sua missão com mais prazer e satisfação.
Deus escolhia homens idôneos e capazes de fazer o seu serviço. Ele
não mudava os característicos naturais do profeta. Não se pode deixar de
reconhecer como Deus usou as aptidões, os dons naturais, o preparo e as
sensibilidades de homens como Amós e Oséias, Isaías e Miquéias, Sofonias
e Jeremias.
Há uma grande variedade no estilo literário, e até no ponto de vista dos
profetas. Na escolha de homens idôneos de diversos dons e várias
qualidades de experiências, Deus enriqueceu e aperfeiçoou a Sua
mensagem para satisfazer as necessidades do povo.
4
COELHO FILHO, Isaltino Gomes, op. cit. , p. 31.
58
7BAKER, David W. & ALEXANDER, T. Desmond & STURZ Richard J. Obadias, Jonas,
Miquéias, Habacuque e Sofonias: introdução e comentário. São Paulo: vida nova, 2001, p. 158.
61
8LOPES, Hernandes Dias. Malaquias: a Igreja no tribunal de Deus. São Paulo: Hagnos, 2006,
p. 20.
62
9 BAKER, David W. & ALEXANDER, T. Desmond & STURZ, Richard J, op. cit., p. 30.
63
Testamento, João veio para declarar a Palavra de Deus. Sua mensagem, como
a dos profetas que o antecederam, é explicada deste modo: “veio à Palavra de
Deus a João, filho de Zacarias, no deserto” (Lc3: 2). João Batista pregou numa
época difícil. Havia uma crise moral (Lc3: 1), social (Lc3: 11), econômica (Lc
3:10-14), política ( Lc1:1,14) e espiritual ( Lc3:2,8) naqueles dias.
A Bíblia diz que o povo saiu para vê-lo de Jerusalém e de toda região
da Judéia (Mt. 3:5). A poderosa mensagem de João produziu enormes
resultados. “E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus
pecados (Mt3: 6). João Batista não pregava no templo, nem em lugares
sofisticados, mas no deserto. Mesmo assim, grandes multidões iam ouvi-lo e
muitos foram transformados por meio da sua mensagem (Lc 3:10-14;Mt3:5-6).
“Quando a Palavra de Deus é proclamada e explicada fielmente, sob unção do
Espírito Santo, vidas serão sempre transformadas.”15
A pregação de João concentrava-se no arrependimento e no Reino
dos céus. João não se contentava com remorso ou pesar. Desejava ver “frutos
dignos de arrependimento” (Mt3: 8). Era preciso provas de que a vida e a forma
de pensar do indivíduo haviam sido transformadas.
João proclamava uma mensagem de julgamento. Israel havia pecado e
precisava arrepender-se, e cabia aos líderes religiosos dar o exemplo ao
restante do povo. O machado estava posto à raiz da árvore, e se esta (Israel)
não desse bons frutos, seria cortada ( Lc 13:6-10). Se a nação se
arrependesse, o caminho estaria preparado para a vinda do Messias.
HENDRIKSEN comenta:
O que se destaca em relação a João é que ele
não somente foi o pregador do deserto, mas,
também, o “batizador” ou batista. O que era novo
e surpreendente em seu ministério não era o fato
de que ele batizava, porque o povo já estava
familiarizado com o batismo de prosélitos, mas
sim que esse rito, sendo o sinal e selo de uma
transformação fundamental da mente, coração e
vida, estava sendo requerido também dos filhos
de Abrão! Eles precisavam se converter. 16
15
LOPES, Hernandes Dias, op. cit. , p. 29.
16
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento, Exposição do Evangelho de
Marcos. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 54.
67
Em sua apologia, o que ele fez não foi apenas enumerar os principais
acontecimentos da história do Antigo Testamento, com que o Sinédrio estava
tão familiarizado quanto ele, mas, sim, fazê-lo de tal forma que lhe permitisse
tirar lições nunca apreendidas ou percebidas por eles. A preocupação de
Estêvão era demonstrar que sua posição, longe de ser uma blasfêmia por
desrespeito à Palavra de Deus, a honrava e glorificava. “O discurso de Estêvão
começa com o Deus da glória e termina com a glória de Deus.”25 .
assevera a Bíblia, quando quase três mil almas se converteram, seguida pela
mesma resposta na casa do oficial romano.
É improvável que Lucas tenha registrado as palavras exatas de Pedro,
mas, certamente, registrou a essência do sermão pregado pelo apóstolo. Tal
sermão visou provar, tanto pela profecia de Joel como pelo salmo de Davi, que
Jesus era verdadeiramente o Messias, e que Este ressuscitara dentre os
mortos.
Tão bem sucedido foi o pregador que os ouvintes o inquiriram acerca
de que atitudes deveriam tomar. “Esta pregação expositiva, cuja essência era
Jesus, pregada sob a unção e o poder do Espírito Santo, produziu grande
resultado para a glória de Deus e a expansão da sua Igreja.” 30
Pedro utilizou-se exatamente das ferramentas adequadas para tratar
com israelitas de diversas naturalidades: ele os chama “israelitas” e não
judeus, justamente porque a segunda forma de tratamento pressupunha que
habitavam em Judá; além disso, utiliza argumentação puramente
veterotestamentária para persuadi-los. “Pedro era o pregador que dominava a
cena.” 31
O caráter apologético nos sermões de Pedro, no dia de Pentecoste,
refuta a acusação de que os cristãos estivessem embriagados. Em atos 3, teve
que refutar a ideia de que ele e João haviam curado o homem com o próprio
poder.
Chama-nos a atenção, analisando as pregações de Pedro (Atos, 2,3 e
4), a forma como ele apresenta Cristo à multidão “de acordo com as
Escrituras”, organizando cronologicamente, de acordo com os acontecimentos,
a sua carreira salvífica.
Mostra que Ele é descendente de Davi (Sl132: 11 = 2:30); que Ele
sofreu e morreu por nós como servo de Deus ( Is 53 = 2:23;3:18); que a pedra
que os construtores rejeitaram, ainda assim se tornou a pedra angular (
Sl118:22 = 4:11); pois Deus O ressuscitou dentre os mortos (Is 52:13 = 2:25),
já que a morte não podia segurá-lO e Deus não permitiria que Ele se
deteriorasse ( Sl 16:8 = 2:24,27,31); que Deus então O exaltou a sua
destra,para esperar seu triunfo final ( Sl 110:1 = 2:34-35); que nesse ínterim,
através dEle seria derramado o Espírito Santo ( Jl2:28 = 2:16,33); que agora o
Evangelho deve ser pregado no mundo inteiro, até os confins da terra ( Is 57:19
= 2:39), apesar de ter sido profetizada uma oposição a Ele ( Sl 2:1 = 4:25-26);
que as pessoas devem ouvi-lO ou receber o castigo pela sua desobediência (
Dt 18:18-19 = 3:22-23); e que aqueles que ouvirem e atenderem herdarão a
bênção prometida a Abraão ( Gn 12:3;22:18=3:25-26).
Vemos que Pedro ia citando, explicando e aplicando as Escrituras.
Com isso, sua pregação foi eficaz em seus propósitos, foi clara em suas
exigências, foi especifica em sua promessa e teve um resultado vitorioso. “Ao
introduzir o seu sermão no Pentecoste, Pedro faz uma longa citação de Joel e
fez ainda uma outra longa citação dos salmos para mostrar a promessa
Messiânica da ressurreição.” 32
32
TENNEY, Merrill C, loc. cit.
74
membro do Sinédrio, tribunal supremo dos judeus, e para provar que estava
preparado, tornou-se um violento perseguidor do cristianismo (At 22.4; Gl 1.13-
14; At 26.9-10). “O zelo, de que nesta ocasião deu provas, levantou Paulo em
proeminência no conceito das autoridades. Assegurou-lhe, provavelmente, uma
cadeira no Sinédrio, onde o encontramos logo depois de dar voto contra os
cristãos” 33 .
A violência cometida por esse homem é paradoxal, até se encontrar o
registro de sua conversão em Atos 9.1-4. Neste encontro, Paulo descobriu que
não estava perseguindo os seguidores de Jesus, mas o próprio Jesus.
Em Atos 9.15, “Este é para Mim um instrumento escolhido para levar o
Meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel”. No
relato de sua conversão diante do Rei Agripa, Paulo afirma que foi
comissionado, por Cristo, para ser apóstolo aos gentios.
Ao estudar Atos 26. 13-17, observa-se que este homem foi chamado à
semelhança de Ezequiel, que também em seu comissionamento da parte do
Senhor caiu com o rosto em terra, quando viu “a glória do Senhor (Ezequiel
1.28; 2. 1-10)”.
STOTT comentando o comissionamento de Paulo ressalta que:
De fato, o comissionamento de Saulo como
apóstolo de Cristo foi moldado deliberadamente
para lembrar os chamados de Isaías, Ezequiel,
Jeremias e outros para serem profetas de Deus.
Em todos eles foi empregado o termo “enviar”.
Assim como Deus “enviou” os seus profetas
para anunciarem a sua palavra ao seu povo,
Cristo também “enviou” os seus apóstolos para
pregarem e ensinarem o seu nome, incluindo
Paulo que fora “enviado” para ser apóstolo dos
gentios. 34
33 STALKER, James. O Apostolo Paulo. São Paulo: Imprensa Metodista, 1948, p. 39.
34 STOTT, John R. W. A mensagem de Atos. Santa Catarina: ABU, 1990, p. 421.
75
35BRUCE, F.F. Paulo: o apóstolo da graça, sua vida, cartas e teologia. São Paulo: SHEDD
Publicações, 2003, p. 14.
76
Paulo que foi uma personalidade altamente enriquecida, tanto dos dons
literários como de educação aprimorada. Nos seus discursos, às vezes, a
veemência da natureza corre como o rio, avolumado por chuvas torrenciais; às
vezes, aparece tão terna e mansa a sua palavra como o amor de mãe. O seu
fim no trabalho foi a edificação do caráter cristão.
A sua habilidade de adaptar-se às circunstâncias do seu ministério
parecia infinita. Os seus sermões eram a lógica personificada, uma correnteza
de argumento e apelo que levava tudo de vencido, na sua força irresistível.
Majestoso pelo seu intelecto estupendo, versatilíssimo, poderoso no
uso da palavra, incansável, infinito em adaptabilidade, esse gênio natural,
reforçado pelo preparo mais completo, entregue nas mãos de Deus,
representa, nas cenas da história, o papel de verdadeiro gigante espiritual
proeminente na lista dos heróis da fé.
Percebe-se, ainda, com relação à pregação apostólica registrada no
Novo Testamento, que era essencialmente bíblica, referindo-se fartamente a
textos do Antigo Testamento, que era cristocêntrica, pois a cruz de Cristo era o
ponto central, além de flexível em sua forma.
Paulo tinha profunda convicção de que existe um só Evangelho a ser
pregado (Gl 1:8). “Ele definiu o seu evangelho como a mensagem da cruz e
seu ministério como a pregação de Cristo crucificado”. 36.
Ele cria que a mensagem da cruz era de fato a própria essência da
sabedoria e do poder de Deus, embora parecesse loucura ou pedra de tropeço
aos que confiam em si mesmos. Os grandes temas da pregação de Paulo
eram: a cruz de Cristo, a ressurreição de Cristo e o senhorio de Cristo.
Paulo tinha um conceito elevado das Escrituras como a Palavra
inspirada de Deus. Ele disse: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para
o ensino, para a repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra” (II Tm 3.16-17).
Todo pregador deve seguir o exemplo de Paulo, tendo um
conhecimento sólido da inerrância, infalibilidade e supremacia da Escritura.
Paulo tinha, também, um elevado conceito da pregação, ele se dedicou
exclusivamente à pregação.
LOPES assim comenta sobre como a pregação tomou conta da vida de
Paulo:
O apóstolo Paulo foi indiscutivelmente o maior
pregador na historia da cristandade. Pregou a
Palavra de Deus em muitas cidades, povoados,
templos, sinagogas, praças, ilhas, praias,
escolas, tribunais e prisões. Pregou às grandes
multidões, a pessoas livres e escravas, a
vassalos e reis, a sábios e a iletrados, a judeus e
12.1.3 Agostinho
12.3.1 Lutero
62
MARCATHUR, John Jr, op. cit., p. 64.
88
12.3.2 Calvino
Com relação a João Calvino (1509-1564), que foi pastor da Église St.
Pierre, em Genebra, na Suíça, pode-se destacar sua obra literária que foi
amplamente distribuída e lida em todas as partes da Europa e que influenciou
grandemente o movimento reformador.
Como teólogo e pastor, Calvino deu prioridade ao ensino das
Escrituras, tendo escrito comentários sobre 23 livros do Antigo Testamento e
sobre todos os livros do Novo Testamento, menos Apocalipse. Suas Institutas,
obra composta de 79 capítulos e completada em 1559, é o principal de seus
escritos. “Toda sua tarefa está limitada ao ministério da Palavra de Deus, toda
sua sabedoria ao conhecimento de sua Palavra. Toda sua eloquência a sua
proclamação”. 66
Como Homilético, Calvino considerava a pregação como a explicação
das Escrituras. As palavras das Escrituras são a fonte do conteúdo da
pregação. “O expositor mais importante da Reforma foi João Calvino.” 67 .
Segundo Calvino, as Escrituras não precisam conformar-se à pregação; a
pregação é que deve conformar-se às Escrituras.
Como intérprete, Calvino explicava o texto, buscando o seu sentido
natural, verdadeiro e bíblico. Calvino considerava que a principal tarefa do
pregador era expor as Escrituras Sagradas, as quais são, por assim dizer, a
voz do próprio Deus.
Como exegeta, ele abandonou a semelhança de Lutero, a
hermenêutica medieval e suplicou: “não usem alegorias fantasiosas, o
pregador é o servo da mensagem”. Conhecia os idiomas originais das
Escrituras. Quando pregava sobre o Antigo Testamento, traduzia seu texto
diretamente do hebraico. Quando pregava sobre o Novo Testamento, pregava
com base no grego original. Tinha um Antigo Testamento hebraico ou um Novo
Testamento grego a sua frente e pregava sem quaisquer anotações.
Calvino não só explicou as Escrituras, como também as aplicou.
Enquanto explicava a Escritura palavra por palavra, ele a aplicava sentença por
sentença à vida e experiência da sua congregação. Cada um dos seus
sermões durava cerca de uma hora. Ele usava linguagem simples e direta.
Apreciava o estudo de palavras, mas nunca citava o hebraico ou o grego no
sermão.
era seu ministério característico. Nas igrejas e nos seus respectivos cemitérios,
nas áreas verdes públicas das aldeias, nos campos e nos anfiteatros naturais,
proclamava o Evangelho e oferecia Cristo às vastas multidões que se reuniam
para escutá-lo.
RAVENHILL comenta:
“Um dos seus críticos disse que ele e seus tolos
pregadores leigos, esses grupos de funileiros,
garis, carroceiros e limpadores de chaminés
estão saindo por aí a envenenar a mente das
pessoas”. 80
80 RAVENHILL, Leonard. Por que tarda o pleno Avivamento? Belo Horizonte: Betânia,1989, p.
55.
81 FERREIRA, Franklin, op. cit. , p. 356.
82 FERREIRA, Franklin, op. cit. , p. 357.
96
12.4.4 Séc. XX
enfrentá-la e os desafios que ela tem a oferecer. Este tipo de pregação não
confronta o ouvinte com o pecado, e não pode, portanto, trazê-los a fé no Deus
que salva dos pecados.
Prega-se hoje que vitória cristã se mede por quanto tenho na conta
bancária, se gozo de perfeita saúde, se tenho carro zero ou importado. Não se
prega sobre um conceito mais abrangente de uma prosperidade espiritual de
dentro para fora, que começa com uma verdadeira conversão a Cristo, que
passa por uma vida emocional saudável, que consiste em viver feliz mesmo em
circunstâncias contrárias.
Para alguns pregadores da teologia da prosperidade como Miguel
Ângelo e R.R. Soares, pelo sacrifício vicário de Cristo, a humanidade foi
libertada do pecado original e das maldiçoes da lei de Moisés: enfermidade,
pobreza e morte espiritual. Desse modo, as bênçãos destinadas por Deus a
Abraão e sua descendência, saúde física e riqueza material tornaram-se
disponíveis a todos nesta vida.
Para esses pregadores, além do sacrifício de Jesus, os direitos divinos
do cristão derivam do fato de que o homem possui a mesma natureza de Deus
e, portanto, igualmente a Ele goza de autoridade ou poder de, pela Palavra,
chamar coisas a existências. Afirmam que quando o homem nasce de novo,
ele adquire a própria natureza Divina. Logo, torna-se um deus.
106
CALEB, Anderson. Os 10 hábitos dos pregadores altamente eficazes. Rio de janeiro: [s.e.]
2006 p. 64.
105
Este tipo de pregação enfatiza que, pela fé, os cristãos podem possuir
tudo o que determinarem verbalmente em nome de Jesus. Pedir ou suplicar a
Deus são atitudes reprováveis, demonstração de pouca fé, sinais de ignorância
do modo correto de como se relacionar com Deus.
Os cristãos, em vez de implorar, devem decretar, determinar, exigir,
reivindicar, em nome de Jesus, como Deus prescrevera, para tomar posse das
bênçãos a que têm direito. Mais que isso: eles devem crer, a priori, que já
118 LOPES, Hernandes Dias. Não desista dos seus sonhos. São Paulo: Candeia, 1999, p. 25.
119 WIERSBE, Warren W, op. cit., p 561.
110
120 MACARTHUR, John. Com Vergonha do Evangelho. São Jose dos Campos- SP: Fiel.
1997.p.182
121 MACARTHUR, Jhon. op. cit. , p. 198.
122 MACARTHUR, Jhon. op. cit. , p. 199
111
123
AZEVEDO, Marcos Antonio Farias de. A liberdade cristã em Calvino: uma resposta ao
mundo contemporâneo. Santo André: Academia cristã, 2009. p. 190
124
AZEVEDO, Marcos Antonio Farias de. op. cit., p. 191
125
AZEVEDO, Marcos Antonio Farias de. loc. cit.,
126 Institutas, livro II, PP.53,54.
112
Podemos dizer, então, que Deus como rei ordena e dirige todas as
coisas, mas como juiz todo ser humano é responsável por suas ações. Por
exemplo, as reações do homem diante da voz do evangelho que lhe chegou ao
coração são de sua responsabilidade, caso as Boas Novas sejam rejeitadas.
127 BAYER, Oswaldo. A teologia de Martim Lutero: uma atualização. São Leopoldo: Sinodal.
2007. p. 138
128
BAYER, Oswaldo. loc. cit.,
129 MACARTHUR, Jhon. Com vergonha do Evangelho. Fiel: São Jose dos Campos, 2010, p.
181
113
Nos capítulos cinco e seis de Efésios, ele deseja que os seus leitores
sejam encontrados procurando "compreender qual a vontade do Senhor" (5.17)
e "fazendo, de coração, a vontade de Deus" (6.6). Esta é a vontade de Deus
como Legislador, a vontade de Deus que o homem deve conhecer e obedecer.
Neste mesmo sentido, Paulo escreve aos tessalonicenses: "Pois esta é a
vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição.
"Entretanto, no primeiro capítulo de Efésios, Paulo diz que Deus o elegeu e aos
seus irmãos cristãos em Cristo, antes mesmo do começo do mundo "segundo o
beneplácito da sua vontade" (v.5).
SELPH afirma:
132 SELPH, Robert B. Os Batistas e a Doutrina da Eleição. São Jose dos Campos: Fiel, 2005.
p. 110
133
SELPH, Robert B.. op. cit., p. 112
117
134 CHANTRY, Walter J. O evangelho de Hoje: Autêntico ou Sintético? São Jose dos Campos:
Fiel, 2001. p. 22
135
CHANTRY, Walter J. loc.cit
118
afirmada nas escrituras. “os seres humanos são considerados como nada
diante da ação soberana de Deus em suas vidas”.136
138
VIRKLER, Henry A. Hermenêutica Avançada. Vida. São Paulo: 1987. p.35
139
VIRKLER, Henry A.op. cit.,p. 36
120
142
VIRKLER, Henry A. op. cit.,p. 40
143
VIRKLER, Henry A. op. cit.,p. 43
123
144
VIRKLER, Henry A. loc. cit.;
124
145
FERREIRA, Franklin. História da Igreja. Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Rio de
Janeiro: 2002 p.44
146
VIRKLER, Henry A. op. cit.; p.44
147
FERREIRA, Franklin. loc.cit,;
148
VIRKLER, Henry A. op. cit.; p.45
125
149
VIRKLER, Henry A. op. cit.; p.46
126
150
VIRKLER, Henry A. op. cit.; p. 47
151
VIRKLER, Henry A. loc. cit.;
152
VIRKLER, Henry A. loc. cit.;
127
Ao abandonar o método alegórico que por tanto tempo servira para fazer
do Antigo Testamento um livro cristão, Lutero viu-se forçado a encontrar outro
meio de explica aos crentes como o Antigo se aplicava ao Novo. Isto ele fez
sustentando que o Antigo e o Novo Testamento apontam para Cristo.
153
VIRKLER, Henry A. op. cit.p. 49
154
VIRKLER, Henry A. loc.cit.;
128
14.5.1 Confessionalismo
14.5.2 Pietismo
14.5.3 Racionalismo
155
VIRKLER, Henry A. op. cit.p. 50
156
VIRKLER, Henry A. loc.cit.;
129
14.6.1 Liberalismo
é que Deus diz no texto”? , e sim que é que o texto me diz a respeito do
desenvolvimento da consciência religiosa deste primitivo culto hebraico”? 157
14.6.2 Neo-Ortodoxia
157
VIRKLER, Henry A. op. cit.p. 52
158
VIRKLER, Henry A. op. cit.p. 53
131
Durante os ultimo 200 anos continuou a haver interpretes que criam que
a Escritura representa a revelação que Deus faz de si próprio, de suas palavras
e de suas ações a humanidade. A tarefa do interprete, no entender deste
grupo, tem sido procurar compreender mais plenamente o significado
intencional do primeiro autor. Empreenderam-se estudos da historia, da cultura,
da língua e da compreensão teológica que cercam os primitivos beneficiários, a
fim de que se entenda o que a revelação bíblica significava para esses
beneficiários.
15 ESTRUTURA DO SERMÃO
TIPOS DE TEMAS:
Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma arma o que fazer com ela?
Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja
bem explorada na introdução. Observe que, se estamos falando sobre morte
ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve
levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto
de Lucas 12:20 “Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua
alma; e o que tens preparado, para quem será?”
CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO
Uma introdução bem estruturada deve apresentar algumas
características como, clareza e simplicidade, deve ser um elo com o corpo do
sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e,
não deve prometer mais do que se pode dar. É preciso estar atento para o
tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão.
Evitar desculpas que possam trazer uma má impressão.
15.6 Ilustração
Use no máximo duas ilustrações por sermão. Toda ilustração deve Ter uma
aplicação e devem ser comentadas com simplicidade e naturalidade.
15.7 Conclusão.
2 – Clara e específica;
5 – Pequena;
15.8 Apelo.
a frente; Ficar em pé; Procurar uma igreja próxima; Conversar com o pastor em
momento oportuno.
CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES
Você pode falar sobre: “Como o cristão pode Ter uma vida frutífera” ,
“Por que o cristão deve Ter uma vida frutífera?” ou até mesmo , “Os frutos da
videira na vida do cristão”, utilizando outros textos e inserindo um subtema.
15.9.1 Temático.
ATIVIDADES
1 – Crie três argumentos (divisões) que expliquem o seguinte tema:
1 - ___________________________________________________ Textos: I
Cor 8:3 I João 4:20.1
2--------------- - ---_____________________________________________
Rom 8:39 I João 4:9
3 - ___________________________________________________
João 3:16
15.9.2 Textual
ATIVIDADES:
2 –
_______________________________________________________________
__3 –
_______________________________________________________________
142
15.9.3 Expositivo
16 ÉTICA NO PÚLPITO
Obs. (A) Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite.
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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D’ARAÚJO FILHO, Caio Fábio. Novos líderes para uma nova realidade.
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________. Lições aos meus alunos. São Paulo: Ed. PES, Vol. 2, 1990.
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