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Memória e história do Comitê Técnico de Saúde Integral da População Negra do Rio de Janeiro

Título trabalho bolsista/voluntário: A implantação do dado raça/cor na política de saúde do


município do Rio de Janeiro
Autor: Lucas Chaves Casanova Farias
Coautoras: Bianca Martins Chaves, Caroline dos Santos Soares Barboza, Vivian Machado
Pereira
Orientadora: Ana Paula Procopio da Silva
INTRODUÇÃO: Desde a diáspora africana forçada pelo tráfico para o trabalho compulsório sob
escravidão por 388 anos, e no pós-abolição, em função do racismo estrutural as populações
negras no Brasil tem sofrido ataques e perseguições que colocam a sua vida em risco e negam a
elas o estatuto de cidadania. A reivindicação por acesso integral à saúde integra um movimento
oriundo do século passado, tomando como exemplo a Marcha Zumbi contra o Racismo, pela
Cidadania e pela Vida, em 1995. No lastro desse movimento, a cidade do Rio de Janeiro tem um
Comitê Técnico de Saúde Integral da População Negra que articula e propõe ações para o
direito pleno e universal a saúde. OBJETIVO: Conceituar o dado raça/cor e a sua relação com as
políticas públicas no Estado brasileiro; Caracterizar a implantação e abrangência do dado
raça/cor na política municipal de saúde do Rio de Janeiro; Verificar a correlação entre as ações
do Comitê Técnico Municipal de Saúde Integral da População Negra no período 2006-2020 e a
implantação do dado raça/cor na política de saúde do município do Rio de Janeiro.
METODOLOGIA: Participação de reuniões mensais do Comitê Técnico de Saúde da População
Negra; Pesquisa bibliográfica; Pesquisa documental; Colaboração na organização de debates
acadêmicos e seminários sobre o tema; Elaboração de relatórios parciais e relatório final de
pesquisa. RESULTADO: O Comitê tem realizado a discussão e elaboração das submetas
relativas à saúde da população negra no plano municipal de saúde da cidade do Rio de Janeiro
o que nos reforça a importância de políticas públicas em saúde para a população negra na
perspectiva da equidade em saúde. Uma direção fundamentada pela pesquisa utilizando o
descritor “Política Nacional de Saúde Integral da População Negra” que sistematizou teses e
dissertações registradas no portal CAPES e observou um total de 28 registros nos anos de 2011
a 2019. E ainda, a pesquisa realizada no portal de Periódicos CAPES que encontrou 146
registros utilizando o descritor “Saúde da População Negra” sob o marco temporal de 2009 a
2020. CONCLUSÃO: É fundamental que o Estado brasileiro em função das reivindicações da
sociedade civil amplie os acessos em saúde para a população preta, afinal, quando o racismo
não mata ele adoece, e, que se fomente a produção científica sobre a temática.

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