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Educar para fazer boas escolhas, desenvolver a responsabilidade e o espírito empreendedor (treinar
o olhar para perceber as oportunidades e a iniciativa para “fazer acontecer”, transformando sonhos em
projetos que resultem em ações eficazes), incentivar a cooperação e a partilha das tarefas na
“equipe familiar”, administrar as agendas sobrecarregadas (dos adultos e das crianças) para criar tempo
significativo de convívio, ampliar a área de interesses comuns para a troca de ideias entre gerações
(inclusive de irmãos), estimular a flexibilidade para adaptar-se a diferentes contextos. Esses são alguns
dos desafios que as famílias do século XXI precisam encarar para fazer face à complexidade do mundo
pós-moderno.
A globalização e o aumento do fluxo migratório estão criando uma nova dinâmica familiar nas
diversas culturas, sociedades e religiões do nosso “mundo plano”, nessa era de incerteza e
imprevisibilidade. Nesses novos grupos sociais, os valores são plurais, multiétnicos e multiculturais.
A capacidade de captar e compreender outros pontos de vista, a rapidez do ajuste a cenários mais
desfavoráveis, a disposição de ser um eterno aprendiz que se atualiza constantemente são instrumentos
essenciais do “kit de sobrevivência” do novo milênio.
É na intimidade das famílias que começamos a alfabetização para aprender a conviver com a
diversidade e a resolver impasses e conflitos que surgem a partir das diferenças. É no cotidiano da vida
em família que aprendemos a prática da afetividade; a lidar com a raiva, a tristeza e a frustração;
a praticar a difícil arte da escuta respeitosa, tão essencial para a construção dos acordos de bom convívio.
Aí se encontram oportunidades e recursos inestimáveis para desenvolver as habilidades básicas de
relacionamento. É preciso acreditar na competência das famílias e na possibilidade de expandir o que
funciona bem, mesmo nas famílias ditas multiproblemáticas.
Em parceria com a escola, as famílias podem construir com mais eficácia os alicerces da educação
de cidadãos globais que poderão conviver bem com a diversidade, reconhecendo a semelhança essencial
entre todos os seres humanos. É na intimidade das famílias que germinam as sementes do amor.
Texto de: Maria Tereza Maldonado, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Rio
membro da American Family Therapy Academy e exerce a profissão desde 1971.
Duílio BF
Rev .: TM
22/4/2009
OSG.: 16379/09
SOP – SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
2 OSG.: 00000/08