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Aula 1 - Perspectiva vertical

Fixando os conceitos:

O acorde é composto por um grupo de notas que soam simultaneamente. É uma unidade
sonora, formada de, no mínimo 3 sons (certamente, podemos ter harmonias compostas por 2
notas, mas elas constituem uma versão incompleta de acordes de três ou mais notas).
Essa unidade sonora constitui uma unidade harmônica que, em sua relação com outros
acordes, gera uma sequência harmônica.

Densidade harmônica
A densidade harmônica de um acorde está diretamente relacionada ao número de notas que
o constituem:

As tríades
Criadas pela sobreposiçaõ de dois intervalos de terças, as triá des podem ser consideradas
como a menor unidade harmônica “completa” . A figura abaixo indica as quatro triá des
principais e suas possiv
́ eis indicações através das cifras (em destaque, as cifras utilizadas
nesse curso):

As cifras
A cifra é o sim
́ bolo com o qual indicamos o acorde , e inicia com uma letra do alfabeto,
que designa a fundamental do acorde:

À letra do alfabeto acrescentamos alguns sim


́ bolos para indicar a sua espécie (por
exemplo: “m” minúsculo se a triá de for menor , “m(b5)” se a triá de for diminuta , etc.).
Se a fundamental do acorde for uma nota alterada (por exemplo ré bemol ou fá
sustenido), o seu símbolo será indicado na cifra (respectivamente Db e F#).
Intervalos que compõem as triá des :

Outras tríades
Em algumas ocasiões é possível encontrar as seguintes cifras , referentes às tríades:

Enquanto no acorde sus naõ está presente o terceiro grau do acorde , o sim
́ bolo add indica
a adiçaõ de uma nota especif́ ica ao acorde .

Tríades: exercícios de identificação

Quero apresentar o aplicativo que usaremos para alguns treinamentos, ao longo das aulas.
Trata-se de um aplicativo online que se encontra no site www.musictheory.net.
O desenvolvedor do site oferece também uma versão paga para tablets (Android e IOS).

http://www.musictheory.net./
Nós programamos todas as atividades necessárias ao estudo e as organizamos nas aulas
que irá estudar. Portanto não precisa adquirir nada. Apenas se o quiser, poderá visitar o
site do fornecedor.

Vamos começar com um primeiro exercício de identificação de tríades:

Identifique as tríades dadas (maior, menor, diminuta e aumentada)


Por favor observe a simbologia utilizada pelo aplicativo:

http://www.musictheory.net./exercises/chord
Tríades: inversões

Inversões das tríades


Fixando os conceitos apresentados:

Cada tríade pode ser tocada em três posições: fundamental , primeira e segunda inversaõ .
Na posiçaõ fundamental , a nota mais grave da triá de é a fundamental do acorde , a nota do
meio é o terceiro grau, e a nota aguda o quinto grau.
Na primeira inversão, a nota mais grave é o terceiro grau, e a nota mais aguda a
fundamental do acorde (oitava acima).
Na segunda inversaõ , a nota mais grave é o quinto grau , e a nota mais aguda é a terça do
acorde (oitava acima).

Observe a figura abaixo:

Vamos realizar a seguir um exercício de identificação de tríades (maior, menor, diminuta


e aumentada) nas posições fundamental e invertidas

http://www.musictheory.net./exercises/chord

Exercícios

Exercício 1: Escrever as triá des pedidas e, ao seu lado, as duas inversões .


Exercício 2: Construir as tríades pedidas, em sua primeira inversaõ (a nota dada é a mais
grave):

Exercício 3: Construir as tríades pedidas, em sua segunda inversaõ (dessa vez, a nota
dada pode ser qualquer uma das três notas do acorde):

Tríades: treinamento auditivo

Exercícios de reconhecimento auditivo de tríades (maior, menor, dim, aum)


Quantos acordes consegue reconhecer?
http://www.musictheory.net./exercises/ear-chord

As Tétrades: suas estruturas e cifras

Tipologia de tétrades, suas estruturas e cifras.

Fixando os conceitos:
Adicionando um intervalo de 7ª às triá des principais (aqui colocamos também a
tríade sus4), obtemos acordes de 4 notas chamados tétrades. O intervalo de 7ª utilizado é
de três tipos:

Combinando cada uma das triá des, há pouco mencionadas , com os tipos de 7a obtemos:
Tendo como referência a fundamental C , por exemplo, a tabela anterior fica composta
assim:

Cifras e notação das tétrades


O sistema de cifras utilizado no âmbito da m úsica popular não é universalmente
padronizado. Existem algumas diferenças entre os diversos países , escolas ou editoras.
Em nosso dia-a-dia, temos que saber interpretar as cifras encontradas nas partituras . Em
seguida, mostro as principais indicaçõ es e cifras utilizadas em publicações nacionais e
internacionais. A única cifra indicada da mesma maneira por todos é a que indica o
assim chamado acorde de dominante, indicado aqui como C7.
Este acorde é chamado de”MEIO DIMINUTO” porque é compusto por uma tríade diminuta mais uma 7menor.

Este acorde é chamado de diminuto.


As Tríades: suas estruturas e cifras

Você conhece o jogo da velha aplicado aos acordes?

Trata-se de um jogo interessante


para aprender a formar qualquer
tipo de tríade de forma simples e
divertida.

Tétrades: exercícios de identificação


Vamos fazer um exercício de identificação de tétrades
(X7M, X7, Xm7, Xm7(b5), Xº):
http://www.musictheory.net/exercises/chord

Categoria das tétrades

Categoria das tétrades, ou acordes de 4 sons.

Um bom conhecimento da formação e das características de cada tétrade é indispensável.


Para simplificar seu estudo, vamos organizar esses acordes em categorias:
– Tétrades com a quinta justa;
– Acordes com a sexta;
– Tétrades com a quinta alterada;
– Tétrades derivadas do acorde de dominante
O reconhecimento auditivo das tétrades

O reconhecimento auditivo das tétrades

Ao longo de nossos estudos faremos exercícios de treinamento auditivo. É importante


reconhecer as unidades sonoras, isto é, os acordes com os quais trabalhamos. No entanto,
enquanto conhecer sua composição “no papel” é tarefa mais fácil, seu reconhecimento
auditivo pode ser um pouco mais difícil. Se isso acontecer, não se preocupe. Aos poucos,
vamos aprendendo a reconhecer seus sons.

Vamos fazer um primeiro treinamento de reconhecimento de tétrades:

http://www.musictheory.net/exercises/ear-chord

Tétrades: inversões
Inversões das tétrades
Cada tétrade pode ser tocada em quatro posições diferentes: Posição fundamental,
primeira, segunda e terceira inversão.
Na posição fundamental, a nota mais grave do acorde é a própria fundamental, isto é,
a primeira nota do acorde. Sucessivamente a terça, depois a quinta e por último a
sétima, como nota mais aguda.
Na primeira inversão, a terça do acorde é a nota mais grave, seguida pela quinta,
sétima e por último a fundamental.
Na segunda inversão, a quinta do acorde é a nota mais grave. A sétima se apresenta
em seguida, posteriormente a fundamental e por último a terça.
Na terceira inversão, a sétima do acorde aparece como nota mais grave, seguida pela
fundamental, depois pela terça e por último pela quinta.
Observe a figura a seguir:

Veja, no tópico a seguir, alguns exercícios de fixação.

Exercícios de fixação
Exercício 1

Dada a quinta dos acordes, construir as tétrades na primeira inversão:


Exercício 2
Dada a sétima de um acorde Xm7, construir as tétrades na segunda inversão e
escrever as cifras dos acordes obtidos:

Vamos fazer uma revisão final? O próximo exercício propõe o reconhecimento de


todos os tipos de tríades e tétrades, com ou sem inversão. Fique à vontade para
praticar o quanto quiser, o exercício é infinito.

http://www.musictheory.net/exercises/chord

As Tétrades: suas estruturas e cifras

Identificando acordes:
1) Esse é o exercício mais simples de todos:
http://www.musictheory.net/exercises/chord/bgtyryoxyynyyyy
2) Exercício 1: Tétrades Maiores, menores e dominantes:
http://www.musictheory.net/exercises/chord/bgtyryodybnyyyy
3) Exercício 2: Tétrades meio-diminutas e diminutas:
http://www.musictheory.net/exercises/chord/bgtyryycybnyyyy
4) Exercício 3: Juntando os dois exercício de cima:
http://www.musictheory.net/exercises/chord/bgtyryoxybnyyyy
A série harmônica

Série harmônica: o que é, para que serve? Tem relação com a harmonia? Com os
acordes que utilizamos e suas tensões? Com o timbre de um instrumento?
O som é a percepção auditiva de ondas sonoras, produzidas por objetos que vibram. As
vibrações são veiculadas pelo ar. Uma corda que vibra, como por exemplo uma corda de
violino, de um piano, assim como a coluna de ar movida por um saxofone, ou ainda a
membrana de um pandeiro ou de um tambor, por exemplo, ao vibrarem, geram uma onda
sonora. Cada som é a origem de um grande número de outros sons chamados
“harmônicos”, que, gradativamente, diminuem a própria intensidade de forma
proporcional à distância da nota que os originou.

Todas as considerações “verticais” da harmonia (estruturas de acordes, extensões de


acordes, escritura de acordes, notas dobradas ou omitidas) podem ser relacionadas á
estrutura da série dos sons harmônicos.
Para simplificarmos nosso estudo, vamos imaginar uma corda de um violão. O corpo
vibra, primeiramente, em toda a sua extensão, produzindo o 1º harmônico

A corda vibra, também, ao mesmo tempo, dividida em duas metades, produzindo o 2º


harmônico (1/2). Esse cria uma frequência 2 vezes mais alta, resultando na oitava
superior. Por exemplo, se a nota “real” for o Lá 3 (440 Hz), o segundo harmônico estará
vibrando numa frequência de 880 Hz, resultando no Lá 4.
O 3º harmônico (1/3) divide a vibração original em três partes, produzindo um intervalo
de quinta em relação ao 2º harmônico. Essas relações eram já conhecidas pelo filósofo e
matemático grego Pitágoras (570 a.C – 497 a.C).
Hoje, com a tecnologia moderna, conseguimos medir os harmônicos de forma precisa, e
assim descobrimos também que eles são infinitos! Para nossa prática, podemos analisar
apenas os primeiros 16 harmônicos, também porque o ouvido humano não consegue
perceber mais do que isso, aliás, são necessárias condições ideais para podermos perceber
até o décimo sexto harmônico!

A figura a seguir mostra a série harmônica até o 16º harmônico. Vamos observar:
A afinação das notas evidenciadas pelas molduras acima, difere um pouco da altura
correspondente na escala temperada (que é a escala gerada pela afinação que utilizamos
na música ocidental).
A partir do harmônico fundamental, que é a nota “real” que ouvimos e procedendo até o
16º, a intensidade das frequências fica sempre menor. O que conseguimos ouvir bem são
os primeiros harmônicos, muitas vezes até o 7º.

Estudando a figura acima podemos perceber que:


Os harmônicos 2, 4, 8 e 16 produzem intervalos de oitavas em relação ao som
fundamental;

Os harmônicos 3, 6 e 12 produzem intervalos de quintas, em relação ao som


fundamental;

Os harmônicos 7 e 14 produzem intervalos de 7ª menor em relação ao som fundamental;

Observe os harmônicos 9, 11 e 13 que produzem, respectivamente, os intervalos de 9ª,


#11 e 13 em relação ao som fundamental;

No harmônico 15 encontramos o intervalo de 7ª maior em relação ao som fundamental.

O que diferencia uma nota Lá de um piano da mesma nota tocada por outro
instrumento?

Distinguimos o som de um piano do de um violão por causa do TIMBRE, que é


constituído pela soma dos harmônicos parciais que se combinam com o som
fundamental enriquecendo-o.

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