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A regência verbal ou nominal determina se os seus complementos são acompanhados por preposição.

Os nomes pedem complemento nominal; e os verbos, objetos diretos ou indiretos.


Exemplo:

- Ela tem necessidade de roupa.

Quem tem necessidade, tem necessidade “de” alguma coisa.


De roupa: complemento nominal.

- Fiz uma referência a um escritor famoso.

Quem faz referência faz referência “a” alguma coisa.


A um escritor famoso: complemento nominal

Na verdade, não existem regras. Cada palavra exige um complemento e rege uma preposição.

Muitas regências nós aprendemos de tanto escutá-las, porém não significa que todas estejam corretas.

“Prefiro mais cinema do que teatro.”

Escutamos esta frase quase todos os dias.

Preferir mais, não existe, pois ninguém prefere menos. É, portanto, uma redundância.

Quem prefere prefere alguma coisa “a” outra. A frase ficaria correta desta forma: “Prefiro cinema a teatro”.

O verbo preferir é transitivo direto e indireto e o objeto indireto deve vir com a preposição. “a”.

“Prefiro isso do que aquilo.”

Do que é uma regência popular e deve ser evitada em provas, redações e concursos.

“Prefiro ir à praia a estudar.” (Preferir a + a praia: a + a: à – veja Crase).

Regência Nominal é o nome da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo
complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, deve-
se levar em conta que muitos nomes seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes.

Exemplos:

1)Está alheio a tudo. - a


2)Está apto ao trabalho. - ao
3)Gente ávida por dominar. - por
4)Contemporâneo da Revolução Francesa. - da
5)É coisa curiosa de ver. - de
6)Homem inepto para a matemática. - para
7)Era propenso ao magistério - ao
8)"A taxa caiu dez pontos percentuais, mas o crédito continua caro." - mas
9)Ela tem necessidade de roupa. – de

REGÊNCIA DE ALGUNS NOMES:


abundância - de, em alheio -a, de anterior- a
abrigado - a, com, de, em. sob amante - de aparentado - a, com
acessível - a,, para, por amigo - de apto -a, para
adequado -a. com, para amoroso -com, para, para com atento -a, em, para
afável -a, com, para com análogo - a avaro -a, de
agradável -a. de, para ansioso - de, para, por avesso -a, de em
ávido - de, por hábil - em, para prestes - a, em, para
bacharel -em .por habituado -a, com, sobre pródigo - a. com, de, em, para com
banhado -de, em, por furioso - com, contra, por pronto - a. em, para
capaz - de, para hábil - em, para propicio - a, para
caritativo - com, para com habituado - a, com, em próprio - a. de, para
caro - a, de horror - a, de, diante de, por proveitoso - a, para
certo - com, de, em, para hostil - a, contra, para com querido - a, de, em, por
cheio - com, de ida - a, para rente - a, com, de, por
cheiro - a, de idêntico - a, em ' »* residente - em
cobiçoso - de imediato - a respeito - a, com, de, em, entre, para,
compatível - a, com impaciente - com, de, por com, por
comum - a. com. de, em, entre, para impotente - a, ante, contra, diante de, sábio - em, para
conforme- a, com. em, para em, para sito - em. entre
convivente - com, em impróprio - a, de, para situado - a, em, entre
constante - de, em imune - a, de solicito - com, de. para, para com, por
contemporâneo - a, de inábil - em, para suspeito - a. de
contíguo - a, com inacessível - a temeroso - a, de. em
contrário - a, de, em, por incapaz - de. em, para temível - a, para
cruel - a, com, em, para, para com incompatível - com triste - com, de. em, por
cuidadoso - com, de, em incompreensível - a, para união -a, com. de. entre
cúmplice - de, em, para inconstante - em único - a, em, entre, sobre
curioso - a, de incrível - a. para usual - entre
desagradável - a, de, para indeciso - em, entre, quanto a. sobre útil - a, em, para
desatento - a indigno - de utilidade - a, em. para
descontente - com, de indulgente - com, para, para com utilizado - em
desejoso - de inerente - a, em vacilante - em
desfavorável - a, para insensível - a vagaroso - em
desleal - a, com. para com intolerante - a, com, em, para vaidade - de
devoto - a, de leal - com, em, para com vaidoso - de, em
diferente - com, de, em, entre, por lento - de, em vário - de
digno - de liberal - com. de, em, para vedado- a, por
diverso - de, em maior - de velado - a. de, por
dócil - a, para mau - com, para, para com vencido - de, em. por
doutor - de, em menor - de vendido - a. por
empenho - de, em, por morador - de, em veneração - a. de, para, com, por
emulo - de, em natural - a, de. em venerado - por
entendido - em, por necessário - a. em, para venerável - a, por
erudito - em negligente - em venturoso - com. Por
escasso - de nocivo - a verdade - de, em, sobre
essencial - a, de, em, para obediente - a vergonha - de, para
estranho - a, de odioso - a, para, por versado - em
exalo - em oneroso - a, para vestido - a, com, de, para, por
fácil - a, de, em, para orgulhoso- com. de. em, por veto - a. contra
falho - de, em parco - com, de, em viagem - a. através, de, em, por
falto - de parecido - a, com. em vinculado - a, com, por
favorável - a peculiar - a, de visível - a
feliz - com, de, em, por perito - em vizinho - a, com. de
fértil - de, em pernicioso - a vulgar - a, em, entre
firme - em pertinaz - em vulgarizado - em. por
forte - de, em, para piedade - com, de, para, para com, vazio – de
franco - a, com. e, sobre por
furioso - com, contra, por posterior- a

A sintaxe de regência cuida especialmente das relações de dependência em que se encontram os termos na oração ou as orações
entre si no período composto. Os termos, quando exigem a presença de outro, chamam-se regentes ou subordinantes; os que
completam a significação dos anteriores chamam–se regidos ou subordinados. Quando o termo regente é um nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio), ocorre a regência nominal.

Veja:
Agora note:

Quando um termo REGENTE é um VERBO, ocorre a REGÊNCIA VERBAL.

Voltemos:

Agora veja:
Como você deve ter notado, quando o termo REGENTE é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a REGÊNCIA
NOMINAL, tanto no período simples quanto no composto por subordinação.

Nota: Na regência verbal, o termo regido pode ser ou não preposicionado: na regência nominal, ele é obrigatoriamente
preposicionado.

A palavra REGÊNCIA vem do verbo reger (reger = -ência), e este do latim Regere = dirigir, guiar, conduzir, governar.

Dessa forma, regente é aquele que DIRIGE, CONDUZ, GOVERNA, e regido é aquele que é DIRIGIDO, CONDUZIDO,
GOVERNADO.

Fique atento a isto:

O termo que completa o sentido de um verbo é chamado OBJETO. O objeto (termo regido) pode estar ligado (ao termo regente) por
meio da preposição ou não. Se completar o verbo sem preposição obrigatória, recebe o nome de objeto direto, e pode ocorrer em
período simples ou composto por subordinação.

Veja o exemplo:

Notou no exemplo que este verbo CHAMAR não pede a preposição para ter significação no seu complemento? Temos aqui um
período simples, (oração que apresenta apenas um verbo ou locução verbal).

No caso de dúvida(s) se o “a” é preposição ou artigo, tente substituí-lo pela preposição para. Se não der é porque não é preposição.
Caso permaneça em dúvida consulte em nosso site a aula sobre Crase.

Outra dica para saber também se o complemento verbal é objeto direto ou indireto é só você fazer a pergunta depois do verbo, por
exemplo, chama quem? Resposta: A atenção.

Troque o complemento “a resposta” pelo pronome isto, assim: chama quem? Resposta: isto. O pronome "isto" pediu preposição?
Não, então o complemento do verbo é objeto direto.

Se o termo completar o sentido do verbo por meio da preposição obrigatória, então, o complemento verbal é objeto indireto. Veja o
exemplo:

Notou que o verbo pede a preposição para que o complemento verbal tenha sentido?

Agora troque o complemento verbal pelo pronome NISTO. Acredita em quê? Resposta: Nisto (contração da preposição "em" + o
pronome "isto" = nisto). Fácil, não é?

No período composto por subordinação o processo é o mesmo.

Veja o exemplo:

Que é que o público exigia? Resposta: que os ingressos fossem devolvidos.

Trocando a oração subordinada pelo pronome ISTO, temos como resposta: O público exigia isto.

Notou que o verbo EXIGIR não pediu a preposição? É por isto que a oração exemplificada é classificada como oração subordinada
substantiva objetiva direta.

Note agora:

Substituindo a oração subordinada pelo pronome NISTO, temos: Meus pais insistiam nisto.

NISTO é a contração da preposição em + o pronome isto.

Espero que você tenha entendido e gostado da explicação!

Para lembrar, veja o quadro abaixo:

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO


VTD verbo transitivo direto (não exige preposição)
OD objeto direto (completa o sentido de um verbo transitivo direto)
VTI verbo transitivo indireto (exige a preposição)
OI objeto indireto (completa o sentido de um verbo transitivo indireto)
VTDI verbo transitivo direto e indireto
CN complemento nominal (completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio)
VV vozes verbais
VA voz ativa: sujeito agente
VPA voz passiva analítica (verbo ser + particípio)
VPS voz passiva sintética (com o pronome “se”)
VPR voz passiva reflexiva (sujeito agente e paciente)
REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS

ASPIRAR

• No sentido de 'almejar', 'pretender', pede complemento com a preposição 'a' (objeto indireto):

• No sentido de 'cheirar', 'sorver', 'inalar', pede complemento sem preposição (objeto direto):

ASSISTIR

• No sentido de 'prestar assistência', 'dar ajuda', é normalmente empregado com complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'ver', 'presenciar como espectador', pede complemento com a preposição 'a' (objeto indireto):
• No sentido de ‘caber’, ‘pertencer’ pede complemento com a preposição 'a' (objeto indireto):

CHAMAR
• No sentido de ‘convocar’, ‘mandar vir’, exige complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'cognominar', 'dar nome', pode ser tanto transitivo direto como indireto (com o objeto indireto regido pela preposição 'a'
seguido de predicativo do objeto introduzido ou não pela preposição 'de'. Há, portanto, quatro construções possíveis:

Caso o complemento (objeto direto ou indireto) esteja representado por um pronome oblíquo átono, teremos as seguintes
construções:

Chamei-o de covarde. Chamei-lhe de covarde.

Chamei-o covarde. Chamei-lhe covarde.

ESQUECER,
LEMBRAR
• Quando não forem acompanhados de pronome oblíquo átono, pedem complemento sem preposição (objeto direto).
• Quando forem acompanhados de pronome oblíquo átono, pedem complemento com preposição 'de' (objeto indireto):

CUSTAR
Empregado no sentido de 'ser custoso', 'ser difícil', pede complemento introduzido pela preposição 'a' (objeto indireto) e tem seu
sujeito representado por uma oração com verbo no infinitivo:

IMPLICAR
• No sentido de 'trazer como conseqüência', 'acarretar', exige complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'mostrar-se impaciente', 'demonstrar antipatia', exige complemento com a preposição 'com' (objeto indireto):

INFORMAR
Normalmente é usado com dois complementos: um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Admite
duas construções: informar alguma coisa a alguém ou informar alguém de (ou sobre) alguma coisa.

Esta regra a respeito do verbo INFORMAR aplicar-se também aos verbos AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, NOTIFICAR e
PREVENIR.

OBEDECER
Na linguagem culta deve ser empregado como transitivo indireto, com o complemento introduzido pela preposição 'a':

NAMORAR
Quando usado com complemento, é transitivo direto; portanto o complemento não deve vir introduzido por preposição:

PAGAR /
PERDOAR
Se o complemento denota coisa, deve ir sem preposição (objeto direto); mas se o complemento denota pessoa, deve vir regido pela
preposição 'a' (objeto indireto).

PREFERIR
Na linguagem culta, o verbo preferir deve ser empregado com dois complementos: um sem preposição (objeto direto) e outro com a
preposição 'a' (objeto indireto)

PROCEDER
• No sentido de 'ter fundamento', 'mostrar-se verdadeiro', é empregado sem complemento (verbo intransitivo):

• No sentido de 'originar-se', 'provir', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'de':
• No sentido de 'levar a efeito', 'executar', 'realizar', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'a':

QUERER
• No sentido de 'desejar', 'ter vontade de', pede complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'estimar', 'ter afeto', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'a':

SIMPATIZAR
Pede complemento com a preposição 'com' (objeto indireto).

VISAR

• No sentido de 'mirar' e de 'dar visto', pede complemento sem preposição (objeto direto):

• No sentido de 'ter vista', 'objetivar', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição 'a':
Quer uma mesa nova.
—> Quero-a.
Quero a meus pais.
—> Quero-lhes.

Paguei o empréstimo.
—> Paguei-o.
Paguei ao gerente.
—> Paguei-lhe.

Convidei meus pais.


—> Convidei-os.
Obedeço a meu pai.
—> Obedeço-lhe.

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários
nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos,
conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.


Obediente a algo/ a alguém.
REGÊNCIA VERBAL Defesa de princípios.
Na regência verbal, os verbos são os termos Conhecer a natureza./
regentes e seus complementos são os termos Conhecimento da natureza.
regidos. Agora, na regência nominal, são os Eleger o presidente./
nomes Eleição do presidente.
(substantivos, adjetivos e advérbios) que regem,
que exigem determinados complementos. REGÊNCIA NOMINAL
Os nomes sempre pedem preposição para se Regência Nominal é a relação existente entre
relacionarem com os seus complementos. Em um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os
"Obediência ao pai", por exemplo, o nome termos regidos por esse nome. A Regência
obediência rege a preposição 3. . Também é essa Nominal
a determina qual é a preposição que devemos usar.
regência do verbo obedecer . Em muitos casos, em Observe que não há regras específicas, pois a
palavras com a mesma raiz (como "obedecer", regência de uma palavra é um caso particular.
"obediência", "desobedecer", desobediência"), a Cada
regência do verbo a mesma do nome. Veja: palavra pede seu complemento e rege sua
Obedecer ao pai/ preposição.
Obediência ao pai Exemplos:
Responder ao jornalista./ Ela fez referência (substantivo) a este evento
Resposta ao jornalista. (complemento nominal).
Antipatizar com ele./ (Quem faz referência faz referência a alguma
Antipático com ele coisa)
Consistir em direitos./ Eles tem necessidade (substantivo) de dinheiro
Consistente em direitos (complemento nominal).
Agradecer a todos./ (Quem tem necessidade tem necessidade de
Agradecido a todos./ alguma coisa)
Agradecimento a todos. A seguir, você terá vários nomes
Perdoar ao pecador./ acompanhados da preposição ou preposições que
Perdão ao pecador. regem. Procure associar esses nomes entre si ou
Anote outra tendência que pode auxiliá-lo na aos verbos de que derivam.
regência dos nomes. Quando o verbo pede - SUBSTANTIVOS:
complemento direto, é comum a que o nome admiração a, por;
correspondente exija a preposição “de”. Confira: aversão a, para, por;
Abandonar os estudos./ atentado a, contra;
Abandono dos estudos. bacharel em;
Defender princípios./ capacidade de, para;
devoção a, para com, por;
doutor em;
dúvida acerca de, em, sobre;
horror a;
impaciência com;
medo a, de;
obediência a;
ojeriza a, por;
proeminência sobre;
respeito a, com, para com, por.
Observação: O substantivo medo rege também a
preposição “a”, mas surge mais freqüentemente
acompanhado da preposição “de”.

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