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Resumo
Este artigo introduz os conceitos de ícone, hipo-ícone, imagem, diagrama e
metáfora conforme definidos pela semiótica de Charles S. Peirce, tendo em
vista a possibilidade de aplicação destes conceitos na análise dos sistemas
de informação visual conhecidos como sistemas de pictogramas, ícones ou
símbolos gráficos em design da informação. Ele apresenta um breve
exemplo deste tipo de análise, e algumas considerações a respeito da
possibilidade de aplicar estes conceitos no processo de criacão de tais
sistemas.
Images, diagrams and metaphors: a contribution from
semiotics to information design
Priscila L. Farias
Abstract
This paper introduces the concepts of icon, hipoicon, image, diagram, and
metaphor as defined within Charles S. Peirce’s semiotics, and discusses the
possibilities of applying those concepts to the analysis of the visual
information systems known as pictograms, icons or graphic symbols
systems in information design literature. It presents a brief example of this
kind of analysis, and considers the possibilities of applying those concepts in
the process of creation of such systems.
Introdução
Em “On a new list of categories” (CP 1.558, W2: 56) Peirce define três tipos
signos, a partir do tipo de relação que mantêm com seus objetos. Sempre
de acordo com sua doutrina das categorias, ele chama os primeiros, cuja
relação está baseada em simples qualidades que ambos têm em comum,
de ‘likenesses;’ os segundos, cuja relação é uma correspondência factual
de índices; e os terceiros, aqueles cuja relação está baseada em alguma
característica imputada, de símbolos.
A divisão proposta por Peirce parte de uma análise do signo, que pode ser
traduzida nos seguintes grupos de perguntas e respostas:
Um Primeiro pode ser qualificado apenas por um Primeiro; um Segundo pode ser
qualificado por um Primeiro e por um Segundo; e um Terceiro pode ser
qualificado por um Primeiro, Segundo, e Terceiro. (Savan 1987-1988: 14)
Considerando o teor das ‘respostas’, isso significa, por exemplo, que quali-
signos, ou signos que são da natureza das aparências, não podem se
relacionar com seu objeto em virtude de algo além de suas características
próprias, nem se apresentar como algo além de uma possibilidade. Legi-
signos, por outro lado, enquanto signos de tipo geral, podem se relacionar
com seu objeto tanto em virtude de suas características (neste caso sendo,
necessariamente, apresentados como signos de possibilidade), quanto em
virtude de alguma relação existente (e assim apresentarem-se como signos
atuais, ou de possibilidade), ou em virtude de algum tipo de convenção (e,
somente neste caso, apresentarem-se como signos de lei, atualidade ou
possibilidade).
[…] em um sentido mais estrito, nem mesmo uma idéia, exceto no sentido de
uma possibilidade, ou Primeiridade, pode ser um Ícone. […] Mas um signo pode
ser icônico, isto é, pode representar seu objeto principalmente por sua
similaridade, não importando seu modo de ser. Se o que se quer é um
substantivo, um representamen icônico pode ser denominado hipoícone. (CP
2.276, EP2: 273)
Conclusão
Agradecimento
Referências
McLAREN, Ian (2000). “Some pictorial symbol systems for public places”. In:
Masoud Yazdani & Philip Barker (eds.) Iconic communication, pp. 42-50.
Bristol: Intellect.
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