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BERWANGER, B.R. (2013). Modelo de Organigrama Integrado entre Setores.

Trabalho
apresentado a Universidade Vale do Rio dos Sinos para a obtenção de título de Especialista em
Gestão Empresarial.

Conceito de OrganIgrama

De modo geral, a definição encontrada na literatura voltada para a administração


descreve o organIgrama como sendo a representação gráfica dos cargos e das relações
hierárquicas travadas no ambiente organizacional. Ou, como afirma Chiavenato (2001, p.
251): “organigrama é o gráfico que representa estrutura formal da empresa”. E, apesar de não
revelar os relacionamentos informais, traduz de forma inequívoca a divisão do trabalho e as
posições existentes nas organizações, seu agrupamento em unidades e a autoridade formal
(MINTZBERG, 1995).

Origem do OrganIgrama

Morgan (1996, p. 24) escreve que raramente as organizações são propostas como um
fim em si mesmas. São instrumentos criados para se atingirem outros fins. Isso é reflectido
pelas origens da palavra organização que deriva do grego organon que significa uma
ferramenta ou instrumento. Não é de admirar, portanto, que as ideias sobre tarefas, metas,
propósitos e objectivos se tenham tornado conceitos organizacionais tão fundamentais. Com
efeito, ferramentas e instrumentos são dispositivos mecânicos inventados e aperfeiçoados para
facilitar no entendimento de actividades orientadas para um fim particular.

O mesmo autor (1996) também cita que da palavra de origem grega organon deriva a
palavra organigrama, ou seja, é uma ferramenta ou instrumento que serve para organizar a
estrutura empresarial. Através do organigrama das empresas dividimos responsabilidades,
habilidades e competências tanto dos seus gestores como dos demais funcionários e
colaboradores da empresa. É através do organigrama também que separamos a estrutura da
empresa por sectores, departamentos, locais de trabalho, filiais e outros pontos. É possível
inclusive que de um organigrama máster derivem outros pequenos organigramas sectoriais. O
organigrama, portanto, serve para organizar quantitativa e qualitativamente os pontos de uma
sociedade organizacional.

Finalidade dos Organigramas

Conforme Porter (1986), essencialmente os organigramas foram criados para dar


representação gráfica às relações entre cargos na organização. Actualmente o conceito de
organigrama evoluiu de maneira a incluir não somente a estrutura orgânica presente, mas
também a estrutura futura, conforme foi pensada e planificada pela empresa. Em resumo, em
seu uso mais genérico o organigrama funciona como uma “fotografia” da hierarquia e da
divisão de actividades da organização. Mostra quem é subordinado a quem ou que cargos são
superiores e que cargos são subordinados e a departamentalização orgânica existente.

O organigrama gera confiança e transmite informação que devem ser conhecidas por
todas as partes envolvidas no gráfico. O organigrama deve revelar com fidelidade os
movimentos reais de uma empresa. Para que se possam realizar trabalhos de forma
organizada, todas as instituições que querem crescer devem ter um organigrama. Um
organigrama transmite todos os passos que se dão para ter organizada uma empresa e em que
direcção caminha esses passos.

Modelos de Organigramas

O organigrama clássico também é


chamado de vertical. É o mais comum tipo
de organigrama, elaborado com
Clássicos
rectângulos que representam os órgãos e
linhas que fazem a ligação hierárquica e de
comunicação entre eles.
Não clássicos São todos os demais tipos.
Representados por intermédio de longos
rectângulos a partir de uma base vertical,
Em barras onde o tamanho do rectângulo é
directamente proporcional à importância
da autoridade que o representa.

Em sectores (sectorial, setograma) São elaborados por meio de círculos


concêntricos, o s q u a i s representam os
diversos níveis de autoridade a partir do
círculo central, onde se localiza a
autoridade maior da empresa. (Figura 5)
O seu objetivo é mostrar o macrossistema
Radial (solar, circular) das empresas componentes de um grande
grupo empresarial.
É parecido com o organigrama vertical,
mas ele representa não as relações
Organigrama funcional
hierárquicas, e sim as relações funcionais
da organização.
É usado para representar a estrutura das
organizações que não apresentam uma
definição clara das unidades funcionais,
Organigrama matricial
mas grupos de trabalhos por projectos que
podem ser temporários (estrutura
informal).
Também é criado com base na hierarquia
da empresa, mas tem essa característica
amenizada pelo fato dessa relação ser
representada horizontalmente, ou seja, o
Organigrama horizontal cargo mais baixo na hierarquia não está
numa posição abaixo dos outros (o que
pode ser interpretado como discriminação,
ou que ele tem menos importância), mas
ao lado;
Apresentam, apenas, grupos de órgãos que
Lambda
possuam características comuns.
Apresentam grupos de órgãos que
possuem uma missão específica e bem
Bandeira
definida na estrutura organizacional,
normalmente em quatro níveis.
Possui um diferenciador em relação aos
demais organigramas, pois a sua
preocupação não é apresentar o
Organigrama Linear de
posicionamento hierárquico, mas sim o
Responsabilidade (OLR)
inter-relacionamento entre diversas
atividades e os responsáveis por cada uma
delas.
Apresenta um máximo de informações de
Informativo diversas naturezas relacionadas com cada
unidade organizacional da empresa.
Na forma de um disco separado por
Dial de Wyllie círculos concêntricos conforme o grau
hierárquico e, dentro de tais sessões,
órgãos representados por círculos menores,
cuja posição relativa aos órgãos
representados em sessões mais próximas
ao centro indica sua subordinação
hierárquica. O organigrama Dial de Wyllie
tem por objectivo representar organizações
de hierarquia dinâmica, com vinculações
variando conforme o desenvolvimento de
novos projectos interdepartamentais.

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