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b) subordinante/principal - se dela depende outra (subordinante) ou outras que lhe completam o sentido
Principal). Ex.: «Ele não queria que eu viesse.»; «0 juiz, que leu a sentença hoje de manhã, foi pouco
correto.»; «Ainda que quisesse, não o conseguiria.» ; «Vê que horas são.»
c) coordenada - se está ligada a outra oração por qualquer conjunção coordenativa ou locução conjuncional
coordenativa, expressa ou oculta, mas não depende dessa oração. Ex.: «Ele é teu pai; portanto,
respeita-o.» ; «Ontem chovia e fazia vento.»; «Castiga-o a ele, não a mim » (conjunção oculta: mas).
d) subordinada - se depende de outra, sua subordinante, sem a qual não tem sentido. Ex.: «Não saio enquanto
chover .»; «É necessário que estudes com mais aplicação.»; «Diz-me se o comboio já partiu.»;
«Vim mais cedo para teres tempo de ir ao mercado.»; «Findo o exame, fui dar um passeio.»
I. Orações coordenadas
1. - As orações coordenadas dizem-se sindéticas quando a conjunção que as liga vem expressa. Caso contrário,
assindéticas (quando é ligada ou justaposta através de pontuação)..
Exemplos de coordenação assindética :
«Ela afadigava-se, (e) não perdia um só momento.» (copulativa assindética); «Não vi o José, (mas) vi o pai.»
(adversativa assindética); «Procedeste incorretamente; (portanto) serás castigado.» (conclusiva assindética);
«Mais uma vez te revelaste bom colega: (isto é) deste uma prova de lealdade.» (explicativa assindética)
2. - Há tantas espécies de orações coordenadas, quantas as espécies de conjunções coordenativas que lhes dão o
nome. Consulte o que está dito na adenda acerca destas conjunções. Assim. uma oração coordenada é:
1) copulativa - quando apenas junta uma declaração a outra feita anteriormente. Ex.:
«Não só o vi, como também o abracei.»; «Ninguém tugiu nem mugiu.»
1. - Orações substantivas: são as orações que exercem no período funções próprias do substantivo - função de
sujeito, complemento direto, complemento indireto, aposto, predicativo ou complemento determinativo.
Podem ser:
2. – As orações adjetivas são todas as orações relativas que equivalem a adjetivos (ou seja, que têm o valor de
atributos).
Todas as orações adjetivas são relativas, quer sejam introduzidas por pronomes relativos, quer por advérbios
relativos. Não significa que todas estas orações possam ser convertidas em adjetivos, nem isso interessa. Interessa,
sim, que elas modificam verdadeiramente os substantivos, atribuindo-lhes determinadas qualidades ou estados ou
definindo-os, como verdadeiros adjetivos. Ex. :
«Era podre a maçã que me deste.» ; «O pintor cujos quadros apreciei estava quase cego.» ; «Faleceu o
médico por quem foi tratado o nosso pai.»; «Não conheço a aldeia onde vives.» ; Dirigi-me a um
homem corpulento e atencioso, o qual me indicou o caminho.» ; «Encontrei aquele que procurava.» ;
«Fez tudo quanto pôde.»
São explicativas se exprimem uma qualidade acessória, podendo ser eliminadas sem prejudicar o sentido da
oração subordinante. Devem vir sempre separadas por vírgulas. Ex.:
«Abracei o meu pai, que já não via há anos.» ;
«A nossa pátria, que é uma espécie de segunda mãe, tudo merece.»
São restritivas se restringem a significação do antecedente. A sua eliminação prejudicaria, por isso, o sentido
da oração subordinante. Não se separam por vírgulas. Ex.:
«Uma pessoa que seja honesta não procede assim.» ; «A casa onde nasci foi
demolida.» «Vou a casa do homem de quem te falei.»
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3. - As orações adverbiais são orações que exprimem circunstâncias várias em relação às afirmações contidas
nas suas subordinantes - circunstância de tempo, de fim, de causa, etc. Exercem, assim, uma função adverbial.
Podem ser:
1) Condicional :
«Só não irei à praia / se chover.» ; «Caso não apanhe o comboio, / regressarei à base.» ; «Vem a minha casa,
/ se é que queres o livro.» ; «Irei falar ao diretor, / salvo se ele me não atender.» ; «Desde que queiras, /
conseguí-lo-ás.»; «Estudando (=se estudares) / o exame parecer-te-á fácil.» ; «A trabalhares assim (=se
trabalhares assim) / a obra não ficará concluída hoje.» ; «Não teremos férias / no caso de ficares reprovado
(=se ficares reprovado)
2) Causal :
«Fui / porque quis.» ; «Descobri-lhe o segredo, / tanto mais que ele era meu filho.»
«Uma vez que foste desobediente, / castigar-te-ei.» ; «Como não vou ao teatro, / posso ajudar-te.»
«Vou cortar aquela árvore / porquanto nunca produziu fruto.» ; «Não saias, / que está a chover.»; «Por
seres indolente (=porque és indolente) / somos todos castigados.» ; «Não vim mais cedo / em virtude de
estar a chover (=porque estava a chover).» ; «Vendo que ele demorava (=como via que ele demorava), / fui
ao seu encontro.»
3) Final :
«Para que ele me não apanhasse, / segui por atalhos.» ; «Estuda, meu filho, / a fim de que venhas a ser
alguém.» ; «Tem cautela, / que não tropeces nas pedras.» ; «Manter-nos-emos em silêncio / porque todos
sintam o nosso desagrado.» ; «Saí mais cedo / para ele não me ver (=para que ele não me visse).», «A fim
de poderes estudar (=para que possas estudar) / quantos sacrifícios não faço !»
4) Temporal :
«Quando aqui passares, / bate-me à porta.» ; «Apenas acordei, / ouvi cantar os melros.»; «Hoje, / que tenho
de sair, / é que chove.» ; «Lembro-me desse episódio / todas as vezes que passo na ponte.»; «Depois que
partiste, / senti uma saudade imensa.» ; «Estarei aqui / até que batam as 9 horas.» ; «Ao soar o tiro
(=quando soou o tiro) / todos fugiram.»; «Ficarei aqui / até completares o exercício (=até que completes o
exercício).»; «Em chegando o comboio (=logo que chegue o comboio) /, vai ter com o tio.»; «Ditas estas
palavras (=depois que estas palavras foram ditas) / todos foram abraçá-lo.»
5) Concessiva:
«Não irei ao cinema, / ainda que vão todos.» ; «Por muito bons que sejamos, / podemos sempre ser
melhores.»; «O ministro não compareceu, / se bem que tenha sido convidado.»; «Conquanto me tivesse
preparado, / não consegui vencê-lo.» ; «Se não estive presente, / ao menos fiz-me representar.» ; «Não
quiseste seguir os meus conselhos,/ sendo eu tão experiente (=embora eu seja tão experiente).»; «Apesar de
todos o escarnecerem (=embora todos o escarnecessem) / ele não desistiu.»; «0 meu irmão. / sem eu lho ter
revelado (=embora eu lho não tivesse revelado), / descobriu-o.»
6) Consecutiva :
«Tanto pedi, / que acabou por me atender.» ; «A velhinha chorava tanto / que metia pena.»; «Respondeu de tal
maneira / que lhe concederam uma distinção,»; «O José comeu tantos pêssegos / que se sentiu Indisposto.»;
«Ele era inteligente / a ponto de os colegas o considerarem um prodígio (=era tão inteligente / que...).»; «A
mala é demasiado pequena / para nela caberem todos os livros.» ( =tão pequena / que não cabem nela...)
7) Comparativa :
«Sou mais amigo dele / do que tu (és).» ; «Temos de proceder / como mandam as normas.»
«Quanto mais praticares / tanto menos dificuldades acharás.»
«Assim como vemos / assim faremos.« (provérbio) ; «Qual é o cão / tal é o dono.» (provérbio)
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(quadro das) CONJUNÇÕES ou Locuções conjuncionais
As conjunções são palavras invariáveis que servem para unir frases ou partes de frases.
As conjunções coordenadas ligam proposições da mesma natureza ou palavras que, na proposição,
desempenham iguais funções. As conjunções subordinadas estabelecem uma relação de dependência entre
proposições.
CONJUNÇÕES COORDENADAS
Explicativa pois
CONJUNÇÕES SUBORDINADAS
Final para, que (= para que) para que, a fim de que, por que
Completiva que
(Integrante)
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EXERCÍCIO (1)
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EXERCÍCIO (2) EXERCÍCIO (3)
Alto mar
praia de uma vila alemã, não me lembro qual. Como a baleia, também a
tinham fome. Os habitantes da vila foram à praia para ver aquele mastodôntico
Passaram alguns dias, mas a baleia não morreu. Todos os dias as pessoas iam
ver a baleia. Naquela vila, ninguém sabia como se mata um animal que não é
um animal, mas um enorme cilindro escuro e brilhante que até então tinham
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PORTUGUÊS – 10º ANO - A oração e os seus elementos
Até que alguém, um dia, pegou num machado, aproximou-se da baleia, arrancou um
cone daquela carne gordurosa e levou-o apressadamente para casa. Toda a população começou
a arrancar pedaços de baleia. Iam lá de noite, às escondidas, porque tinham vergonha uns dos
outros1, apesar de saberem2 que todos faziam a mesma coisa3. Ninguém sabia exatamente
quem ia lá4. A baleia continuou ainda a viver por muitos dias, embora apresentasse feridas
horrendas5.
Esta história contou-ma uma vez o meu amigo Christoph Meckel, que a testemunhou6.
Pensava tê-la banido da memória mas voltei a recordá-la de repente quando embarquei na ilha
do Pico7 e vi uma baleia a flutuar morta junto aos rochedos. Fiquei tão estupefacto que ali
permaneci largos minutos8.
Quando as baleias flutuam no meio do oceano parecem submarinos à deriva atingidos
por um torpedo9. E na sua barriga imaginamos uma tripulação de muitos pequenos Jonas cujo
radar já não serve para nada10, que desistiram de se pôr em contacto com outros Jonas e que
esperam com resignação a morte.
Li numa revista científica que as baleias comunicam entre si por meio de ultra-sons11.
Têm um ouvido apuradíssimo e conseguem captar os seus apelos a centenas de quilómetros de
distância. Em tempos os bandos comunicavam entre eles das mais distantes posições do globo;
normalmente eram chamamentos amorosos12 ou outro tipo de mensagens cujo significado para
nós é desconhecido13. Agora que os mares estão cheios de ruídos mecânicos e de ultra-sons
artificiais14, as mensagens entre as baleias sofrem demasiadas interferências para que elas
possam captá-las e decifrá-las15. Elas continuam a mandar inutilmente sinais e apelos que
vagueiam perdidos pelos abismos16.
António Tabucchi, A mulher do Porto Pim
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EXERCÍCIO (4)
1. Construa uma frase complexa com as duas frases simples, mas que contenha uma oração subordinada concessiva.
Consegui acabar o trabalho dentro do prazo. Isso custou-me um grande esforço.
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2. Construa uma frase complexa com as duas frases simples, mas que contenha uma oração subordinada temporal.
A Clara dançava na areia. O Sol escondia-se no horizonte.
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3. Construa uma frase complexa com as duas frases simples, mas que contenha uma oração subordinada causal e
outra concessiva.
Ele contribuiu para aquela causa. Ele vive com dificuldades. Ele tem um coração bom e nobre.
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4. Construa uma frase complexa que contenha uma oração relativa e que integre o conteúdo das duas frases simples
que se seguem:
Este poema de Camões revela a expressão de uma grande sensualidade. A sensualidade é uma
característica da Lírica deste autor.
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5. Considere as duas frases que se seguem. Construa uma frase complexa que indique uma hipótese ou condição
necessária.
Vou a Lisboa este fim-de-semana. Não chove muito este fim-de-semana.
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7. Construa uma frase complexa com as duas frases simples, mas que contenha uma oração subordinada concessiva.
A Olga não está interessada em voltar à praia. A Olga está disposta a ir a tua casa.
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A Patrícia caiu da bicicleta. A Patrícia circulava devagar. A Patrícia não reparou num buraco. O
buraco estava no meio da estrada.
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11. Construa uma frase complexa e subordinada com as duas frases simples:
A Jornalista conseguiu filmar tudo para a reportagem. A jornalista teve dificuldades em filmar na
Palestina. O País está a atravessar um período difícil de rebelião nas ruas.
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14. Considere as frases que se seguem. Transforme-as num único período complexo, estabelecendo entre elas
relações de sentido articulados, coerentes e subordinados:
(causal; temporal, relativa/integrante)
O pássaro tentava apanhar uma lesma. Uma fila de automóveis chocou em cadeia esta manhã na autoestrada
do Norte. Um pássaro voou rente ao chão. A lesma arrastava-se lentamente à beira da estrada.
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15. Considere as frases que se seguem. Transforme-as num único período complexo, estabelecendo entre elas
relações de sentido articulados, coerentes e subordinados:
(temporal; integrante/relativa)
A arte do cinema consiste em colocar imagens fotográficas em movimento. O Cinema aparece no início
do século XX. O Cinema torna-se numa arte.
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16. Considere as frases que se seguem. Transforme-as num único período complexo, subordinado, estabelecendo
entre elas relações de sentido articulados, coerentes e subordinados:
(temporal; final, causal; concessiva)
A Maria pensava que há mais no mundo do que roupas e cosmética. A Maria juntou-se a uma associação
humanitária. A Maria fez vinte e dois anos e terminou o curso. A Maria queria conhecer o mundo e
ajudar pessoas mais carenciadas. A Maria pertencia a uma família de grandes posses.
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17. Considere as frases que se seguem. Transforme-as num único período complexo, estabelecendo entre elas
relações de sentido articulados, coerentes e subordinados:
(causal; concessiva; relativa/integrante)
O Manuel tem boas perspetivas de entrar na faculdade. O Curso que o Manuel quer seguir não exige
notas muito altas e há em muitas faculdades privadas. O Manuel tem uma média baixa. A mensalidade
das propinas nas faculdades privadas é acessível à família do Manuel.
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