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Disciplina: Avaliação e Análise Funcional

do Comportamento I

Professor: Stéfanie B. R. Fornasier


Psicóloga – CRP 08/23944
BREVE APRESENTAÇÃO
Graduada em Psicologia pelo Centro 04 Psicóloga de inclusão escolar – Escola setor
01 Universitário Filadélfia – UNIFIL (2016) privado em Londrina (2019-2021)

Especialista em Análise do Mestranda em Psicologia do


05
02 Comportamento Aplicada (ABA) pela USP- Desenvolvimento e Aprendizagem pela
SP (2018) Unesp-SP (atual)

Psicóloga clínica – utilização de estratégias


Supervisora de casos clínico da Unimed 06
03 Pelotas – RS (2019-2021)
lúdicas na atuação de adolescentes e jovens
adultos (atual)
Roteiro 01
O que são repertórios comportamentais

02
Déficits e Excessos comportamentais

03
Como identificar perdas e ganhos na história de
vida da criança
04
Elencando aspectos para a Avaliação Funcional

A prática da Avaliação04Funcional
Durante a aula...

• Contar com a participação para que possamos trocar experiências

• Fazer pausas para iniciar atividades

• Aprender e se divertir!

• Vale falar de experiências pessoais, só não vale falar de politica e religião


O que são repertórios
comportamentais?
AQUECENDO OS MOTORES

Análise funcional

x
Avaliação funcional
Av. F.
Indireta
Análise funcional
Av. F.
Descritiva
Avaliação funcional
Quebrando alguns
mitos......
O que seria um método?

Siga todos os passos deste protocolo

Realize de acordo com o tutorial

Isso funcionará para todos que se enquadrem neste perfil

Comumente visto em modelos de emagreciment


Vocês já se deparam com Porque meu aluno faz esse Parece que esses
comportamentos tipo de comportamento? comportamentos começam
desafiadores? “do nada”!
“ Os homens agem sobre o mundo, modificando-o e são, por sua vez


modificados pelas consequências de sua ação.

(Skinner, 1957, p. 1)
Comportamento operante

“É aquele que altera o ambiente, sofrendo das alterações ambientais


por ele promovidas. Esse efeito é basicamente a alteração na
probabilidade de ocorrência futura da classe de respostas que integram
o dado operante” (BARROS, 2003).
Aprendizado e
desenvolvimento

Relação functional e
desempenho
Afinal, o que avaliar
funcionalmente?
Déficits e excessos
comportamentais
Déficits e excessos
comportamentais

“O retraimento excessivo ou a iniciativa social deficiente,


por exemplo, ou a reação excessiva à estimulação
emocional e o comportamento deficiente em autocontrole,
podem ser complementares.”
(Kanfer; Saslow, 1976)
“No entanto, é necessária uma decisão sobre o
ponto inicial do tratamento, comprometendo-se o
clínico com um conjunto de prioridades de
intervenção que, posteriormente, podem ser
revistas e modificadas.”
(Kanfer; Saslow, 1976)
“A preferência de se enfocar o comportamento como excessivo
ou deficiente é, muitas vezes, determinada pela avaliação
cultural do comportamento, baseada nas consequências deste
para outras pessoas.”

(Kanfer; Saslow, 1976)


• Reservas comportamentais: O que a criança faz bem? Quais
são suas maiores qualidades e talentos? Em que ambientes
sociais ela se mostra socialmente adequada? O que ela faz
em alguns ambientes, que pode ser considerado como bom,
mesmo que não seja manifestado nos demais?
Atenção aos detalhes
ea
Análise Funcional
Como identificar perdas e
ganhos na história de
vida da criança
Como identificar perdas e ganhos na história
de vida da criança

• Entrevistas com os pais, direcionada:


• Déficits e excessos: Frequência, Intensidade, Duração,
Ocorrência em que, para ambientes sociais o
comportamentos foi problemático.

Exemplos?
Esclarecimento da situação-problema

• Com quem os repertórios acontecem e com quem não acontecem;

• Quais as consequências dos comportamentos alvo de avaliação para a


criança e as pessoas que a cercam, e como seria sem os presentes
comportamentos. Além disso, que tipo de mudança espera-se dessa
criança?

(Kanfer; Saslow, 1976)


Esclarecimento da situação-problema

• Qual a possível função do comportamento problemático e


quais comportamentos seriam melhor utilizados para tal
função?
• Lembrando que muitas vezes a criança tem apenas essa forma de
expressão, como mais a mesma poderia fazê-lo em substituição
ao presente comportamento?

(Kanfer; Saslow, 1976)


Vídeo

• Observação das funções;

• O que fazer frente ao inadequados?

• Percepções gerais mais comuns sobre o inadequado.

(Lopes, Gestão de comportamentos


inapropriados - Parte #1 – AUTISMO.
Youtube, maio de 2021)
Análise Motivacional

• A quais situações motivacionais a criança mais age?

• Sobre quais consequências ela fica mais sensível quando está


executando uma ação?

• Que pessoas ou meios tem maior índice de boas respostas da


criança?

• Quais são os principais itens aversivos na vida dessa criança?


Análise Motivacional

• Vamos dar um passo a trás...

DEFINAMOS ENTÃO: MOTIVAÇÃO


SERÁ QUE....
....E QUE...???
“Não se coloque no rótulo
E.... que lhe dão. Não se coloque
no lugar que lhe dão. Se
coloque no lugar que você
é.”

“O amor ultrapassa
qualquer preconceito,
qualquer cultura, tudo! O
amor é maior do que
qualquer padrão.”

DICAS DE JULIETE – BBB 2021


NADA DISSO...
MOTIVAÇÃO É:
O conceito de motivação na Análise do
Comportamento O tema motivação foi
amplamente discutido e analisado por
Skinner (1938), em seu primeiro livro “O
comportamento dos organismos”.
Nessa obra, o tema é tratado ao serem
discutidos os conceitos de privação, de
saciação, de estimulação aversiva e da
emoção.
(continuando...)

De acordo com essa análise, os organismos privados de


estímulos necessários à sua sobrevivência estão mais
motivados a apresentar comportamentos que resultam
na produção desses estímulos e os organismos saciados
estariam menos motivados a apresentar esses mesmos
comportamentos.
A motivação é reconhecida como um aspecto importante para o
estabelecimento de contingências de reforço, conforme sugeriu
Skinner (1968), em seu livro Tecnologia do Ensino. Nesse livro, Skinner
dedicou um capítulo à motivação do estudante, no qual conclui que
para que as contingências de reforço possam ser compreendidas é
necessário fazer com que “os estudantes sejam impetuosos e
esforçados” (p. 168).
Skinner pode ter
suas falas
complicadas,
mas vamos
aplicar à nossa
prática diária...
A motivação é reconhecida como um aspecto
importante para o estabelecimento de
contingências de reforço, conforme sugeriu
Skinner (1968),

Contingências de reforçamento:

Probabilidade
Elencando aspectos para a
Avaliação Funcional
Trata-se de um processo pontual, mas...

• É necessário saber o motivo por estar desenvolvendo uma


avaliação funcional, e em que situação ou contexto essa
pessoa se encontra, como os pontos elencados a seguir.
Modificações biológicas:

• De que forma as condições biológicas podem afetar a


criança, ou potencializar suas qualidades?
• Ex.: Sensibilidades, memória fotográfica, etc.
Modificações sociológicas:

• Que impactos sociais estão relacionados à criança?


• Houveram mudanças no ambiente social recentes ou marcantes?
• Quais demandas de atendimento estão relacionadas à questões
sociais?

Adaptado de (Kanfer; Saslow, 1976)


Modificações comportamentais:
• Quais aspectos (ambientais, medicamentosos, biológicos),
estão mais relacionados à questões comportamentais da
criança?
• Se olharmos para as normas sociais do meio, que
comportamentos da criança, têm se destoado de
comportamentos “esperados”?
Modificações comportamentais:

• Necessário fazer um rastreio sobre período inicial de mudanças


comportamentais.
• Há modelos no ambiente que possam indicar cópias de
repertórios, feitas pela criança?
Análise do autocontrole

• Em que situações a pessoa consegue controlar comportamentos


problemáticos?

• Pessoas são impactadas negativamente com o comportamento


problemático? Se sim, esse impacto causa mudanças na criança?
Análise dos
relacionamentos
sociais
• Quais as pessoas mais
significativas no ambiente atual
da criança?
• De que maneira as pessoas que
podem influenciar o paciente
podem participar da
intervenção?
Análise do Ambiente Sócio-Físico-Cultural

• Quais questões presentes no ambiente diário podem ser favoráveis


ou limitantes para as possibilidades de desenvolvimento da criança?

• Em que parte do ambiente o comportamento problemático do


paciente é mais aparente, mais perturbador ou mais aceito?

• O ambiente pode ser um facilitador no processo terapêutico, sendo


esse, passível de mudança?
Adaptado de (Kanfer; Saslow,
1976)
A prática da Avaliação
Funcional
BREVE CONTEXTO HISTÓRICO DA
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Análise do Comportamento como ciência
• Essa ênfase no comportamento dos indivíduos tem suas raízes em
processos básicos de pesquisa com sujeitos animais e humanos,
com ênfase nos estudos experimentais pioneiros sistematizados
por I. Pavlov (1849-1936) e B. F. Skinner (1904-1990) (Madden,
2013).
• Watson (1913) – Experimento do “Pequeno Albert”
• Experimentos de condicionamento operante (seleção pelas
consequências, B.F SKINNER).
BREVE CONTEXTO HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO
FUNCIONAL

• Durante as décadas de 1950 e 1960, muitos pesquisadores


começaram a avançar no desenvolvimento de experimentos de
mudança comportamental com seres humanos.

• No final dos anos 1960, Sidney Bijou começou a usar estratégias


desenvolvidas por Skinner. Ele concentrou seu trabalho na área de
desenvolvimento infantil. Como resultado, Bijou foi um dos vários
que formalizou técnicas, como o modelo antecedente-
comportamento-consequência (ABC).
• Embora tenha havido grande progresso no
campo, um formato real para a realização
de uma Avaliação Funcional Experimental
não foi introduzido até 1982, quando foi
publicado o influente artigo de Iwata,
Dorsey, Slifer, Bauman e Richman.

• Dixon et al. (2012) escrevem: “O artigo de


1982 de Iwata et al. ofereceu um formato
elegante e poderoso para conduzir
avaliações experimentais da função de
comportamentos-problema, e as três
décadas que se passaram desde sua
publicação viram o formato básico usado
em uma variedade de outras populações,
configurações e comportamentos.” O
formato descrito nesse artigo ainda está BRIAN IWATA

em uso hoje.
Uma avaliação funcional do comportamento pode ser
usada para ajudar a equipe de um aluno a desenvolver
uma hipótese sobre o motivo do comportamento-
problema, selecionar e desenvolver planos
comportamentais eficazes para lidar com os
comportamentos desafiadores.
Conversa frequente:

O que eu Qual a função do


faço agora? comportamento?

Tudo depende
disso...
A Avaliação Funcional é uma prática baseada em evidência
científica

Com base em uma revisão recente do NPDC (2014), a Avaliação


Funcional do Comportamento é eficiente para redução de
comportamentos problema com alunos de “intervenção preoce” (0-2
anos) até adolescentes (15-22 anos).
Definição do NPDC (The National Professional Development Center
on Autism Spectrum Disorders, 2014):

“A FBA consiste em descrever o comportamento interferente ou


problemático, identificar eventos antecedentes e conseqüentes que
controlam o comportamento, desenvolvendo uma hipótese da
função do comportamento e testando a hipótese. A coleta de dados
é uma parte importante do processo do FBA.
O FBA é normalmente usado para identificar as causas de
comportamentos interferentes, como automutilação, agressão em
relação a outras pessoas ou comportamentos destrutivos e
geralmente é seguido pela criação e implementação de estratégias
para modificar o comportamento-problema.”.
Análise Funcional x Avaliação Funcional

Moreira e Medeiros (2007) afirmam que a análise funcional é a


busca dos determinantes de um comportamento, de sua função e
não de sua forma, ou seja, busca identificar
relações funcionais entre o comportamento e o
ambiente, em que comportamentos iguais podem ter funções
diferentes e comportamentos distintos podem ter a mesma função.

Já avaliação funcional refere-se a toda a gama de estratégias


utilizadas para identificar os antecedentes e consequentes que
controlam o comportamento-problema.
Topografia (forma) x Função

-O mentalismo costuma se ater apenas às descrições topográficas


dos comportamentos. “Ele faz isso porque é ansioso.”
-Diagnósticos médicos descritos no DSM, são comumente
topográfico: a classificação é baseada no número de sintomas
apresentados, frequência e duração. Não considera as variáveis
ambientais em que o comportamento ocorre.
-Utiliza-se de “rótulos”
-Negligencia as diferenças entre os indivíduos, busca compará-los
com outros indivíduos dentro ou fora da “média”.
-O diagnóstico é visto como explicação (redundância)
Nas descrições topográficas: o transtorno é visto como a causa do
comportamento e portanto, a explicação para o transtorno é o nome dado
ao conjunto de sintomas e também é o que define o nome a categoria.
Explicações baseadas na Função

-Interações entre o Organismo e o Ambiente


-Considera a individualidade – Vê cada individuo como único
-Busca-se relações entre as variáveis ambientais que controlam o
ambiente.
-Constatação de relações entre as respostas dos organismos e suas
consequências (e.g., Sidman, 2001; Skinner, 1938).
-Permite Analisar nos três níveis de seleção (Filogênese, Ontogênese e
Cultura)
“Ao nos voltarmos para as condições externas que modelam e mantém o
comportamento dos homens, ao mesmo tempo que questionamos a
realidade de faculdades e qualidades internas às quais os êxitos humanos
foram atribuídos, nós passamos daquilo que é pobremente definido e vago
para aquilo que é observável e manipulável” (Skinner, 1955/1999).
Funções do Comportamento
Hanley et. Al (2003) realizaram uma revisão de 790 estudos publicados referentes a comportamentos-problema e
avaliação funcional.
Encontraram descrições topográficas do comportamento, como:

Auto- Agressão a Destruição de


PICA Disrupção
agressão outros propriedade

Não
Vocalizações Estereotipia Birras
cooperação
Atenção social

Esta pesquisa
identificou Acesso a Itens Tangíveis/Atividades
basicamente 4
principais funções
de
comportamento- Escapar/Fugir da demanda
problema:
Estimulação Sensorial (Reforçamento
Automático)
Vamos caminhar por exemplos
Análise de vídeos

• Análise do contexto;
• Análise do comportamento operante
Funções do
Comportamento
Primeiro,
vamos
desmistificar
sobre vídeos
de aplicação
em ABA...
https://www.youtube.com/watch?v=7
pN6ydLE4EQ
A ABA utiliza observação direta, a medição do comportamento e o estudo das relações
entre variáveis ​ambientais e comportamento;

Os implementadores de estratégias ABA geralmente usam estratégias antecedentes e


consequentes para efetuar mudanças, com base no resultados de observação cuidadosa e
análise de uma situação, para produzir mudanças comportamentais;

Crianças com TEA tem dificuldades de comunicação e até mesmo crianças neurotípicas
tem dificuldades em usar “suas palavras”.

Expressões de frustrações e raiva são comuns em crianças que tem dificuldade de


comunicação – O comportamento-problema possuem uma função “comunicativa”.
Como tem dificuldade de comunicação, crianças com TEA aprendem que os
comportamentos disruptivos são um modo efetivo de comunicação;

Por exemplo, embora um comportamento possa parecer agressivo (como bater), isto
não significa necessariamente que a intenção ou função do comportamento também
seja agressiva. Bater em alguém poderia ser um modo inadequado de comunicar-se e
dizer “oi!”. Para outra criança, bater pode ser usado para dizer “não”.

Quando um comportamento disruptivos está ocorrendo, deveríamos nos perguntar:


“O que essa criança está tentando me comunicar com este comportamento?”
Este reforçamento é proporcionado por outra
pessoa. (Reforço Social Positivo)

Uma pessoa presta atenção a uma criança quando


esta exibe um comportamento específico ou um
Atenção conjunto de comportamentos. ;

Social Isto pode ser prestar atenção a uma criança


porque ela está fazendo birra ou batendo em
alguém.

Frequentemente chamado COMPORTAMENTO DE


BUSCA DE ATENÇÃO.
vídeo
Este reforçamento é mediado por outra pessoa.

A pessoa interrompe uma interação aversiva, tarefa ou


atividade, quando a criança exibe certos
Fuga/Esquiva comportamentos.

de demanda Quando a criança apresenta uma crise de birra e alguém a


deixa escapar de fazer a tarefa, como resultado desta
birra, isso também é reforçamento social negativo.

Comportamento frequentemente chamado


COMPORTAMENTO DE FUGA DE DEMANDA.
Behavior - escape - follow through, choice
of self or help, use of schedule (3 years
old) - YouTube
A pessoa entrega um item (tablet,
comida, etc), tarefa ou atividade,
quando a criança exibe certos
comportamentos-problema.
Acesso a
tangíveis/atividades
Quando a criança apresenta uma
crise de birra a pessoa dá o que a
criança “quer”!
https://www.youtube.com/
watch?v=-wwljKoFPZE
Reforçamento Positivo Automático

Função Fazer algo para satisfazer sua própria “necessidade”, isto é


os efeitos sensoriais do próprio comportamento aumenta
Sensorial/Auto- a probabilidade deste comportamento ocorrer.
estimulação
(Reforçamento Comportamento auto-estimulatório (“stims”) que provê
estimulação sensorial,
Automático)
tal como se balançar, “agitar mãos”, repetir frases
continuamente, são exemplos de Reforçamento Positivo
Automático.
Reforçamento Negativo Automático

Função Apresentar este comportamento tem o efeito de remover


ou reduzir uma condição aversiva.
Sensorial/Auto-
estimulação Exemplo: você fecha a janela quando está com frio.

(Reforçamento “Agitar as mãos” ou balançar-se para reduzir a ansiedade


é um exemplo de reforçamento negativo automático.
Automático)
Isto também pode caracterizar COMPORTAMENTO
AUTOESTIMULATÓRIO.
A criança que tira a roupa pode
estar tentando reduzir o
desconforto por estar quente ou
molhada.

.
A criança que deita a cabeça na mesa pode estar
tentando aliviar o cansaço ou ter dor de cabeça.
A criança que puxa sua orelha para
tentar reduzir a dor (Reforçamento Negativo
Automático) pode ter uma infecção de
ouvido.
https://www.youtube.com/wa
tch?time_continue=2&v=4ALy
6I1J1uo&feature=emb_logo
Passo 1: Definir o
Passos para Comportamento a ser avaliado;
conduzir uma
Passo 2 : Avaliar a ocorrência do
Avaliação comportamento;
Funcional do
Comportamento Passo 3: Conduzir uma
avaliação funcional indireta;
Passo 4: Conduzir uma avaliação
Passos para se funcional com observação direta;
Conduzir uma
Passo 5: Conduzir análise
Avaliação funcional experimental;
Funcional do
Comportamento Passo 6: Desenvolver um plano
de tratamento.
• Identificando o comportamento-alvo

- Um comportamento é uma ação ou ato mensurável.


Passo 1: Não é um sentimento. Não é uma emoção. Isto é o
que uma pessoa está fazendo. Como qualquer
professor de português pode explicar, é um verbo.

Definir o - Desta forma, o comportamento-alvo é a ação ou ato


comportamento que está interferindo no sucesso do aluno para
aprender novas habilidades.
a ser avaliado
- “Barreiras Comportamentais” – Pode se fazer
algumas perguntas para ajudar a definir:
• O comportamento é atípico?
Passo 1: • O comportamento é inadequado?
• O comportamento interfere ele(a) ou os outros?
Definir o • O comportamento é incontrolável?
comportamento • O comportamento é periogoso para ele(a) ou
para os outros?
a ser avaliado
• O comportamento deve ser considerado do que
seria o comportamento típico aceitável para um

Passo 1: aluno que participa de um ambiente de


aprendizado regular. Por exemplo, esse

Definir o comportamento seria notado, chamaria a


atenção de outras pessoas ou seria considerado
comportamento incomum, estranho e / ou perturbador em um
a ser avaliado ambiente comunitário ou em um ambiente de
educação em geral?
• Qual é a intensidade deste comportamento?

• Leve: comportamento demonstrado é interferente,


desafiador, atípico e / ou perturbador, como bater
em uma mesa ou cantarolar alto.
Passo 1: O comportamento não é agressivo ou perigoso.

• Moderado: O comportamento demonstrado é


Definir o ameaçador; destrutivo para objetos e / ou itens,
fisicamente agressivo, como um pequeno empurrão.
comportamento O comportamento pode envolver empurrar uma
mesa ou rasgar uma tarefa.
a ser avaliado
• Grave: o comportamento demonstrado é agressivo a
ponto de realmente causar danos a outras pessoas.
O comportamento emitido pode levar um soco na
cara de um aluno ou jogar uma mesa no professor.
Sendo assim, para determinar se um
comportamento aumenta ou diminui a
frequência é necessário definir o
comportamento-alvo;
Passo 1:
O comportamento deve ser definido
operacionalmente de forma que as respostas
Definir o possam ser mensuráveis;

comportamento Ex. A criança demonstra raiva e frustração


a ser avaliado (Frustração e raiva não podem ser medidas)

Ex. Comportamento de Bater: A criança bate


no colega com os punhos fechados;
• Para determinar o progresso de qualquer
tratamento é importante coletar informações
da ocorrência do comportamento (se ele
aumenta ou diminui);
Passo 2: • A Coleta de dados é de extrema importância
importância e deve começar antes da
implementação do tratamento (Linha de base).
• O terapeuta tem de decidir em qual dimensão
Avaliar a do comportamento ele quer mudar; (duração /
ocorrência do frequência)
• Definir uma metodologia de coleta de dados;
comportamento • Por exemplo, se o foco está na frequência com
que o comportamento ocorre diariamente, o
sistema de coleta de dados deve ser uma
contagem de frequências, e a equipe deve ser
ensinada a rastrear o número de ocorrências
por dia;
Exemplo de
um Gráfico
com Linha de
Base
• Dimensões do Comportamento

- Repetibilidade: frequência de
Passo 2: ocorrência do comportamento.

Avaliar a - Extensão temporal: duração do


ocorrência do comportamento.
comportamento
- Locus Temporal: onde e quando o
comportamento ocorre.
• Medidas de Repetibilidade

Frequência: número de respostas emitidas pelo

Passo 2: sujeito durante um período de observação.

Taxa de Resposta: frequência dividida pelo


Avaliar a período de observação.
ocorrência do Ex. João exibiu 17 comportamentos de autolesão
comportamento
em 1 hora: taxa de resposta = 1 comportamento
a cada 3 min e 53 seg.
Sugestão de folha de registro
A importância
do registro

Oportunidades em sala de
aula
Passo 2:
• Medidas de baseadas em extensão
temporal
Avaliar a Duração: é o período de tempo no qual o
ocorrência do comportamento ocorre.
comportament A birra de João durou 20 min. e 30 segundos.
o
• Uma avaliação funcional indireta não precisa
de observação direta.

Passo 3: • É uma coleta de informações que partem da


perspectiva de outras pessoas, normalmente
os pais. (não é a melhor forma de coleta de
Conduzir uma dados, porém se é interessante para se
formular as primeiras hipoteses e conhecer
avaliação melhor o caso;)

funcional • São utilizados questionários, check-list,


indireta escalas, entrevistas, etc, para coletar
informações de pessoas que já estão
familiarizadas com o comportamento
problema;
Passo 3:
Conduzir uma
avaliação
funcional
indireta
Passo 3:
Conduzir
uma
avaliação
funcional
indireta
Continuando…
• À medida que nos afastamos dos métodos indiretos
Passo 4: de coleta de dados, iniciaremos nossa observação
direta.

Conduzir uma • A observação direta não se trata apenas de observar


um aluno; requer conhecimento dos métodos de
coleta de dados e entendimento de quando usar esses
análise métodos.

funcional com • Este passo envolve uma observação direta do


observação indivíduo e coleta de informações em tempo real,
dados sobre a ocorrência do comportamento-

direta problema e os antecedentes e consequências no


ambiente do indivíduo em que o comportamento
problemático ocorre.
• 5 recomendações para a sua conduta na hora
Passo 4: de observar:

- Preparação
Conduzir uma - Profissionalismo
análise - Foco!

funcional com -
-
Posicionamento
Confidencialidade
observação
direta
• 4 recomendações para uma observação direta
Passo 4: de SUCESSO!

Conduzir uma -
-
Objetividade
Acurácia
análise - Significância
funcional com - Eficácia (oportunidade)

observação
direta
Passo 4: • Análise Funcional Descritiva – Coleta de dados ABC.

• Este é um método de análise descritiva que permite ao

Conduzir uma
observador documentar as variáveis ambientais relacionadas
ao comportamento-alvo.
análise • Para usar esse método, o observador preenche um

funcional com formulário de três colunas que identifica o comportamento

observação alvo e os fatores contextuais que ocorrem no ambiente.


Esses fatores contextuais incluem o antecedente (o que vem
direta antes) e o consequente (o que vem depois).
Passo 4: • O comportamento, que aparece na coluna do
meio, é o ato ou ação que o indivíduo exibe.

Conduzir uma Existem muitas variações dessa forma, mas

análise todas terão o formato ABC em comum. O


benefício de usar a coleta de dados ABC é que
funcional com ele identifica os eventos e acontecimentos que
observação ocorrem ao redor do comportamento do
direta estudante/cliente.
Passo 4:

Conduzir uma • Observação ABC

análise • (Antecedente
Consequência)
- Comportamento -

funcional com
observação
direta
ANÁLISE Com a ficha ABC em mãos, descreva as
variáveis ambientais que mantem o
FUNCIONAL comportamento inadequado de “João”.
DESCRITIVA
Caso “João”

https://www.youtube.com/watch?v=ZBHp5eOo6UU&t=48s
ANÁLISE
FUNCIONAL
DESCRITIVA Agora, assistiremos outra vez, aqui foi
Caso “João” definido a classe de comportamentos
“BIRRA” em que vamos mensurar por
duração;

A classe de comportamentos AGRESSIVOS


vamos mensurar por ocorrência.
• Método com a maior validade de predição;

Passo 5:
• Para conduzir esse tipo de análise, tem de haver um
ambiente controlado e o analista do comportamento
Conduzir colocará o indivíduo em uma série de condições
Análise controladas, manipulando variáveis;

Funcional
Experimental • O indivíduo então é exposto a breves sessões (de 5 a
15 minutos cada sessão), nas seguintes condições:
Atenção, Demanda, Tangível, Sozinho e Controle.
• Atenção: Dentro da sessão o terapeuta ignora (não dá
atenção) para o sujeito até que o comportamento-problema
Passo 5: ocorra. Quando o comportamento problema ocorrer, o
terapeuta se vira para o cliente e pode emitir uma resposta
de repressão (“não pode fazer isso”), a idéia é que se dê
Conduzir atenção para o comportamento;

Análise
Funcional • Demanda: Durante essa condição, um terapeuta apresenta
vários tipos de demanda instrucional para o sujeito e

Experimental observa a ocorrência do comportamento-problema. Se


ocorrer, o terapeuta remove a demanda rapidamente;
• Sozinho: o participante é colocado em uma sala sozinho,
Passo 5: sem brinquedos atividades preferidas e é observado
através de uma janela. Condição para estabelecimento de
reforçamento automático (Função sensorial);

Conduzir • Controle: Nesta condição, o participante tem os


brinquedos favoritos disponíveis e nenhuma demanda é
Análise dada;

Funcional • Tangível: Durante está condição, é permitido o acesso

Experimental aos itens preferidos do sujeito, porém é retirado este


item de 20 a 30s e entregue se o comportamento-
problema ocorrer;
Passo 5:
Conduzir
Análise
Funcional
Experimental
• O ponto principal da Avaliação Funcional é a
Passo 6: determinação da FUNÇÃO do comportamento-problema.
• Desta forma, depois de todos os processos realizados, o
Analista do Comportamento poderia se perguntar... “Para

Desenvolver
que esse comportamento serve?” Na resposta,
normalmente vem a descrição da sua hipótese.

uma Hipótese e • Quando ___________ ocorre, o aluno emite o


um plano de comportamento de ______________________, para
______________________________.

tratamento
• Exemplo: Carol empurra outros alunos ao fazer fila para
ganhar atenção do professor.
• Plano de Suporte Comportamental

- Tem o objetivo de ensinar estratégias que são uteis para

Passo 6: melhorar o comportamento da criança e promover aquisição


de novas habilidades.

Desenvolver
- As estratégias que serão incluídas nos planos tem de ter base
nas práticas baseadas em evidências.
uma Hipótese e - O principal objetivo é reduzir a ocorrência de

um plano de comportamentos desafiadores e melhorar as habilidades

tratamento adaptativas da criança com TEA.

- É importante que o plano seja escrito passo a passo e o que


fazer em determinadas situações, de forma clara e que pais,
professores e profissionais de outras áreas possam entender.
• Plano de Suporte Comportamento.
Passo 6: Os dados são usados ​para criar o documento. Pode incluir:

Descrição do Comportamentos-alvo
Desenvolver Descrição da intervenção de como será feito

uma Hipótese e Quando a intervenção começa e com que frequência será


feita

um plano de Método de avaliação


Pessoas responsáveis ​por cada parte da intervenção e
tratamento avaliação
Dados da avaliação
• Os dados são usados ​para criar o documento
BIP. Pode incluir:
Passo 6:
- Definição Operacional do Comportamento-
Problema
Desenvolver - Função (causas do comportamento)
uma Hipótese e - Gatilhos para o comportamento-problema:
situações que podem “disparar” o início do
um plano de comportamento problema

tratamento - Coleta de dados: como monitorar o


comportamento-problema
• Os dados são usados ​para criar o documento BIP.
Pode incluir:

Passo 6: - Estratégias de reforçamento: maneiras de prover


“recompensas” para o bom comportamento

Desenvolver - Estratégias de Ensino: o que vai ser ensinado para a


criança fazer para que ela não venha a emitir o
uma Hipótese e comportamento inadequado.
- Estratégias para manejo: o que fazer depois do
um plano de comportamento ocorrer

tratamento
- Manuntenção/Generalização: Como manter uma
baixa frequência de problemas de comportamento em
todos os ambientes;
• Os dados são usados ​para criar o documento
Passo 6: BIP. Pode incluir:

- Definição Operacional do Comportamento-


Desenvolver Problema
- Função (causas do comportamento)
uma Hipótese e - Gatilhos para o comportamento-problema:
um plano de situações que podem “disparar” o início do
comportamento problema
tratamento - Coleta de dados: como monitorar o
comportamento-problema
• Os dados são usados ​para criar o documento BIP.
Pode incluir:

Passo 6: - Estratégias de reforçamento: maneiras de prover


“recompensas” para o bom comportamento

Desenvolver - Estratégias de Ensino: o que vai ser ensinado para a


criança fazer para que ela não venha a emitir o
uma Hipótese e comportamento inadequado.
- Estratégias para manejo: o que fazer depois do
um plano de comportamento ocorrer

tratamento
- Manuntenção/Generalização: Como manter uma
baixa frequência de problemas de comportamento em
todos os ambientes;
Prática:

ELABORE UMA HIPÓTESE E UM


PLANO DE SUPORTE
COMPORTAMENTAL PARA O
“CASO xxxx”
Muito obrigada pessoal

Tchau
Tchau

Qualquer dúvida, manda para a profe:

stefaniepsicologa@gmail.com

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