Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Modo de Resolver
1 Modo de Resolver
1
TÓPICOS SUGESTIVOS DE RESOLUÇÃO DE CASOS
PRÁTICOS
2
EFEITO EXTERNO DAS OBRIGAÇÕES
3
Cláusulas Contratuais Gerais
1º Identificação do problema
Em causa está o estabelecimento de uma relação contratual com base
em Cláusulas contratuais gerais.
Em 1º lugar é necessário saber se estão preenchidas as características
deste fenómeno contratual para determinar a legislação aplicável,
designadamente, o DLnº 446/85
o Falar da questão terminológica entre CCG e Contratos de Adesão
o Falar da questão do âmbito de aplicação da lei nacional e da
directiva
o Falar da evolução legislativa e das alterações subsequentes
No conteúdo
Perigo: cláusulas abusivas
Controlo: Boa fé e listas de cláusulas proibidas
Âmbito subjectivo (entre empresários; empresários/consumidores)
Âmbito objectivo ( relativamente proibidas; absolutamente proibidas)
- Processualmente:
Perigos
Controlo
o Controlo incidental
o Controlo abstracto (A acção inibitória)
4
CASO 1
A Associação de Restauração do Norte celebrou com a Orangin S.A.
um contrato com as seguintes cláusulas constantes dos contratos de
fornecimento de sumos, que utiliza sempre contrata com algum cliente:
1ª – O contrato é válido por dois anos, findos os quais se renovará
sucessivamente por um ano, salvo quando a Orangin exerça o seu direito
exclusivo de denúncia imediata do contrato;
2ª – Em caso de ruptura temporária do stock, a Orangin reserva-se o
direito de fornecer sumo Torange;
3ª – Em caso de litigio as partes recorrerão a um tribunal Arbitral, que
será constituído por Advogados da Secção de Contencioso da Oragin, que
decidirão com total independência e imparcialidade.
Quid iuris?
TÓPICOS DE RESOLUÇÃO
- Identificação do problema
Em causa está o estabelecimento de uma relação contratual com base
em Cláusulas contratuais gerais.
Em 1º lugar é necessário saber se estão preenchidas as características
deste fenómeno contratual para determinar a legislação aplicável,
designadamente, o DLnº 446/85
o Falar da questão terminológica entre CCG e Contratos de Adesão
o Falar da questão do âmbito de aplicação da lei nacional e da
directiva
o Falar da evolução legislativa e das alterações subsequentes
5
A) Em relação à formação do contrato nenhuma questão é levantada
presumindo-se que foram cumpridos os deveres de comunicação e informação
6
CONTRATO PROMESSA
1º ENQUADRAMENTO
- Estamos perante um caso prático relativo ao contrato –promessa deL.
- Definição de contrato promessa – identificação do contrato promessa e
do contrato prometido
- Classificação do contrato promessa (bilateral ou unilateral)
2º REGIME
- Princípio da equiparação – verificar a sua validade tendo em conta as
suas excepções:
• Quanto à forma
– Explicar em que consiste a excepção
- Ver se falta algum dos requisitos exigidos pela lei e falar nas notas da
nulidade
• Quanto à substância
- Dizer em que consiste e critério de aferição
- Ver se no caso está em causa alguma das normas referidas nas aulas
7
3º EFICÁCIA REAL (eventual)
- Ver se as partes quiseram atribuir eficácia real ao CP e quais as
consequências e requisitos
5º INCUMPRIMENTO
Havendo incumprimento, o promitente fiel (dizer o que é) tem 2 meios de
tutela ao seu dispor, meios estes que se lhe apresentam em alternativa:
- execução especifica
- garantias indemnizatórias
8
2 - Havendo sinal
Havendo sinal temos de distinguir várias hipóteses:
9
Caso prático – Contrato Promessa de arrendamento
RESOLUÇÃO
ENQUADRAMENTO
- Estamos perante um caso prático relativo ao contrato –promessa de
arrendamento de um armazém
- Definição de contrato promessa – identificação do contrato promessa e
do contrato prometido
- Classificação do contrato promessa ⇒ bilateral uma vez que ambas as
partes se comprometem.
REGIME
- Princípio da equiparação – verificar a sua validade tendo em conta as
suas excepções:
• Quanto à forma – explicar em que consiste a excepção
- Aplica-se o regime geral porque mesmo que estivesse em causa
um edifício ou fracção autónoma o nº3 do art. 410 só se aplica a
contratos de constituição de direitos reais e o contrato de
arrendamento constitui direitos pessoais de gozo.
10
- Assim, o contrato seria válido se constasse de documento
escrito assinado por ambas as partes não havendo verdadeira
excepção porque o contrato prometido de arrendamento não tem
de ser realizado por escritura pública.
- Estando em causa o regime geral também não tinha de ser
realizado perante o notário como foi.
- Não se verifica no caso nenhum problema quanto à falta de
assinatura de um dos contraentes.
- Relativamente à eficácia real também não poderia aplicar-se o
art. 413º porque o contrato de arrendamento não constitui direitos
reais
- INCUMPRIMENTO CONTRATUAL
Tendo Carlos vendido o bem a Exequiel o contrato prometido deixa de
ser possível havendo incumprimento do mesmo.
11
O art.830/3 que proíbe o afastamento da execução específica só
se aplica aos CP do regime especial do art.410/3.
Por outro lado também não podia haver execução especifica uma
vez que estava em causa um CP que incidia sobre um bem comum do casal
não havendo autorização de um dos cônjuges (Maria) logo a execução
especifica a existir levaria à violação do art.1682-A que exige esse
consentimento.
Conclusão
Não havendo sinal aplicam-se as regras da responsabilidade contratual
devendo David ser ressarcido dos danos sofridos, designadamente da perda
dos €1000.
12
PACTO DE PREFERÊNCIA
1) Noção
- definição do art. 414º do CC
- criticas à noção legal
- distinção de figuras próximas
2) Regime Jurídico
A) Quanto à forma
- O (art.415º) que remete para o art.410/2:
- Não há princípio da equiparação, só aplicação analógica
- Nunca se aplica o nº3 do art.410 porque não se verificam
as mesmas razões existentes no CP
3) Situações especiais
- art.417º - venda da coisa conjuntamente com outras
- art. 418º - prestações acessórias
- art.419º - pluralidade de preferentes
13
Enriquecimento sem causa
14
Responsabilidade civil
A é proprietário de uma fracção autónoma, designada pela letra B,
destinada a habitação.
Em Julho de 2007 verificou-se uma rotura numa conduta de abastecimento
de água, situada na proximidade da residência de A, tendo-se a água infiltrado
na sua habitação, provocando humidade visível.
A rotura foi reparada no próprio dia mas as infiltrações na casa de A
continuaram a aparecer tendo-se provado que a conduta sofria de constantes
roturas por deficiência de conservação da responsabilidade da empresa de
Águas Livres, SA. Diga se A poderá responsabilizar a empresa de Águas
Livres pelas referidas infiltrações e em que termos?
No nosso casoL
Nresponsabilidade civil extracontratual uma vez que não estamos no âmbito de
um contrato nem das suas negociações e por factos ilícitos na medida em que
se invoca negligência da Empresa de Aguas Livres na conservação da conduta
de água.
3. Pressupostos:
FACTO:
- conduta humana – facto imputável aos responsáveis pela pessoa colectiva
Aguas Livres cuja conduta negligente foi causadora de danos.
- voluntário – sim, foi uma conduta dominada pela vontade;
15
- por acção ou omissão - no nosso caso por omissão uma vez que nos termos do
art. 492º quem tem a seu cargo uma obra deve proceder à sua conservação e a
empresa não agiu convenientemente na conservação das suas condutas – não
artº 486º+ 492º CC
ILICITUDE:
Referir as modalidades e se há causa de exclusão da ilicitude
No nosso caso na modalidade de violação de direitos subjectivos de outrem,
designadamente direito propriedade de A.
Também aceitava que referissem o art. 486º
NEXO DE IMPUTAÇÃO:
- Imputabilidade (Presunção do art. 488º/2 CC)
As pessoas colectivas regularmente constituídas têm personalidade jurídica
podendo ser responsabilizadas – art. 165º CC
- Culpa (artº 487º CC): modalidades
No nosso caso, haveria dolo eventual uma vez que os representantes da
empresa de Águas Livres representam que a falta de conservação das condutas
pode levar a roturas e a danos, como até já tinha acontecido, mas ainda assim
aceitam o resultado.
DANO:
- Prejuízo num bem ou interesse juridicamente protegido
- Modalidades: dano patrimonial e não patrimonial.
No nosso caso dano patrimonial emergente, relativo aos prejuízos causados na
habitação de A -artºs 562º e 564º ss CC.
NEXO DE CAUSALIDADE:
- Teoria da causalidade adequada, na formulação negativa – explicar
No nosso caso seria fácil estabelecer a causalidade entre a ausência de
conservação e os danos sofridos uma vez que estes se devem exclusivamente
às roturas da conduta que a deficiente conservação originou (artº 563º CC).
16