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É regulamentada
pela Lei nº 9296/96.
Antes da lei não havia interceptação telefônica? Havia, mas era baseada no Código
Brasileiro de Telecomunicações, no entanto, o STF diz que não poderiam ser feitas
interceptações com base no CBT.
A Lei 9293/96 não diz quando será admissível. Ela não diz quando cabe e sim quando
não cabe. Para facilitar, tais situações serão transformadas em ações positivas.
Qualificativo razoável- jogo retórico, pois, não permite a qualificação, mas para fins de
prova precisa decorar.
Se puder fazer a prova por outro meio, NÃO CABE INTERCEPTAÇÃO
TELEFÔNICA.
É tão grave uma pessoa gravar as conversas telefônicas de outra que o legislador diz
assim: “Quando o delegado e o promotor pedirem a interceptação, eles têm que dizer
qual é a finalidade daquela prova. Se o juiz puder colher a prova por outro meio, NÃO
CABERÁ INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA.
Ex.: Pedem ao juiz uma interceptação porque querem descobrir o número da conta de
alguém. Ora, o juiz tem acesso ao Banco Central, basta que digite o CPF as pesoa e
descobrirá o número da conta.
Uma mulher está em litígio com o marido e essa mulher precisa de provas de quanto o
marido ganha para poder receber uma pensão correta.
PERGUNTA: Pode haver a interceptação do telefone do marido para saber o valor que
ele ganha?
NÃO.
A interceptação será concedida por até 15 dias, renovável por igual prazo, comprovada
a indispensabilidade da medida (Lei nº 9296/96).
PERGUNTA: Quantas vezes pode haver essa prorrogação? Pode chegar até 1 ano?
De acordo com o STF, na mais recente posição, é possível a prorrogação por quantas
vezes forem necessárias. Basta que se demonstre a indispensabilidade dos meios de
prova. No limite, em tese, desde que se demonstre a indispensabilidade da medida o juiz
pode ter uma interceptação que dure 1 ano, 2,3… (Em tese…!)
O STF, STJ, admitem que se possa fazer essa transposição – Uso da PROVA
EMPRESTADA.
Se não admitir, dificilmente conseguirá punir os maus funcionários públicos.
Quando a interceptação é requerida, seja pelo promotor, seja pelo delegado, eles tem
que dizer para quê querem a interceptação e em qual âmbito de investigação é feita
aquela interceptação. Digamos que seja um caso de corupção, para fins de investigação
de um crime de corrupção. Descoberto um homocídio na interceptação, poderá ser
usada essa prova? Pela posição majoritária, só poderá haver o uso da prova, da chamada
descoberta fortuita, do crime fortuitamente descoberto, se ele tiver conexão com o crime
originário.
Sim. Pode haver pedido oral . No entanto, para o juiz deferir o pedido oral de
interceptação telefônica, este deve ser reduzido a termo.
Quando você grava a sua conversa, sem o conhecimento da outra parte, isto não é
interceptação telefônica, mas, GRAVAÇÃO/ESCUTA CLANDESTINA.
O SFT diz que sim. Por exemplo, uma pessoa liga para outra a extorquindo,
ameaçando. Como ela faraá prova? Ao invés de pedir interceptação do próprio telefone,
basta simplesmente gravá-la. A GRAVAÇÃO/ESCUTA CLANDESTINA é permitida
pelo STF.
Qual a consequência de uma interceptação que não foi admitida ou que não foi deferida
nas hipóteses previstas em lei?
- Princípio da proporcionalidade
Ex.: Interceptação telefônica que passou o prazo de 15 dias. No 17º dia o sujeito
confessa o crime no telefone. O juiz havia indeferido a prorrogação e a polícia
continuava fazendo a interceptação. Neste caso, a maioria da jurisprudência vai dizer
que depende. Se o crime investigado for de uma gravidade sem tamanho, então, poderá
sim ser utilizada a prova ilícita no Processo Penal, pelo PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE.
Ex.: Serial killer no Brasil que matou 100 crianças. No 17º dia confessa. Para a maioria
da doutrina a prova pode ser utilizada, pelo princípio da proporcionalidade.
Em caso de interceptação feita sem autorização ou fora das hipóteses previstas em lei,
então trata-se de prova ilícita e tudo aquilo que dela decorre será PROVA ILÍCITA
POR DERIVAÇÃO.
X da questão
Questão 1
(D) A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no curso
da
Questão 2
(A) É permitida a juntada de documentos no plenário do tribunal do júri, desde que trate
de prova relativa ao fato imputado e esclareça a verdade real.
(C) As provas periciais, ainda que produzidas durante o inquérito policial, têm valor
probatório, visto que se submetem a contraditório diferido.
(D) A confissão feita durante o interrogatório judicial pode suprir a ausência do laudo
de exame cadavérico.
Respostas e comentários
Questão 1
(D) A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no curso
da
investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais.
Questão 2
(A) É permitida a juntada de documentos no plenário do tribunal do júri, desde que trate
de prova relativa ao fato imputado e esclareça a verdade real.
Não há este tipo de limitação de que a prova seja relativa ao fato imputado e esclareça
a verdade real. A limitação é que a juntada seja feita com três dias de antecedência.
(C) As provas periciais, ainda que produzidas durante o inquérito policial, têm valor
probatório, visto que se submetem a contraditório diferido.
A interceptação telefônica é produzida no inquérito e ela vai ter valor, pois a parte não
vai se manifestar durante a interceptação telefônica, e sim, depois, naquilo que se
chama de CONTRADITÓRIO DIFERIDO.
(D) A confissão feita durante o interrogatório judicial pode suprir a ausência do laudo
de exame cadavérico.