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Procedimentos Administrativos

Disciplinares na PMDF

MAJ LUIS SILVA


Coordenador

Brasília – DF
Dezembro de 2023
Procedimentos Administrativos
Disciplinares na PMDF
1. Apresentação do docente e dos discentes;
2. Apresentação da estrutura do DCC;
3. Introdução aos PADs;
4. Descrição particularizada dos PADs;
5. Exercício prático;
6. Visita à Sede do DCC e acompanhamento
dos trabalhos do Conselho de Disciplina;
7. Revisão
APRESENTAÇÃO

1. Apresentação inicial do discente e dos


docentes;
2. Questão a ser debatida de forma inicial:
- O poder disciplinar em todas as suas esferas.
Qual deve ser o objetivo do poder disciplinar
no trato das questões criminais e
disciplinares da PMDF?
Procedimentos Administrativos
Disciplinares na PMDF
- O Departamento de Controle e Correição foi
criado por meio do Decreto GDF n.º 17.725,
de 01 de outubro 1996.
- Inicialmente chamava-se simplesmente de
Corregedoria.
- O Decreto nº 31.793, de 11 de junho de 2010
revogou o Decreto anterior e a transformou
em DCC
Procedimentos Administrativos
Disciplinares na PMDF
- O Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010 foi revogado pelo
Decreto nº 37.321, de 06 de maio de
2016, que foi revogado pelo Decreto
nº 41.167, de 1º de setembro de 2020,
cujo texto não manteve ou replicou as
atribuições do DCC
Decreto GDF n.º 17.725, de
01 de outubro 1996*
Art. 3º - À Corregedoria da Polícia Militar, compete:
I - Cumprir Cartas Precatórias, no âmbito da Polícia Militar,
atendendo ordem judicial ou solicitação de outras
Corporações relacionadas com Inquérito e Processos
Judiciais;
II - Proceder a correição de Processos Administrativos e
Inquéritos Policiais Militares a serem remetidos à Justiça;
III - Atender solicitações, relacionadas com diligências e
instrução em processos judiciais, oriundos do Poder
Judiciário, Procuradoria Geral do Distrito Federal e
Ministério Público;
Decreto GDF n.º 17.725, de
01 de outubro 1996*
IV - Apreciar por ordem expressa do Comando
Geral os procedimentos relacionados com
irregularidades ou infrações cometidas por
servidores civis e militares da Corporação;
V - Apreciar e instruir as solicitações de
apuração de Conselhos de Disciplina e
Justificação;
Decreto GDF n.º 17.725, de
01 de outubro 1996*
VI - Elaborar instruções normativas, orientadoras das
atividades de Polícia Judiciária Militar e Disciplinar;
VII - Solicitar informações de Órgãos Públicos ou
particulares, necessárias á instrução de procedimentos
disciplinares e judiciais;
VIII - Manter atualizado o registro de antecedentes
criminais e disciplinares dos servidores civis e
militares da Corporação;
Decreto GDF n.º 17.725, de
01 de outubro 1996*
IX - Apurar responsabilidade através de Tomada de
Contas Especial, relativo a danos, perda, extravio,
subtração e desvio de valores e bens patrimoniais
distribuídos a Corporação;
X - Exercer o controle interno da atividade policial da
Corporação
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 75. Ao Departamento de Controle e Correição compete, de forma
independente, exercer a coordenação geral, a orientação normativa e a
execução das atividades inerentes aos sistemas de controle interno,
correição, polícia judiciária militar, ouvidoria, ética policial militar e
transparência da Corporação, bem como realizar auditoria e fiscalização
nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, atuando
prioritariamente de forma preventiva com foco no desempenho da gestão
[...]
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 76. Ao Departamento de Controle e Correição
compete ainda:
I - exercer as atividades de polícia judiciária militar e o
controle interno da atividade policial da Corporação;
II - requisitar aos Comandantes de organização policial
militar a instauração de processo disciplinar ou
inquérito (IPM ou IT);
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 76. (...)
III - avocar, a qualquer tempo, o processo disciplinar/inquérito
ou o expediente noticiador do fato para determinar o
prosseguimento da apuração por outra autoridade a ser
designada, sempre que houver conveniência para a
administração policial militar ou o episódio analisado, por sua
natureza, gravidade, circunstâncias ou repercussão, seja hábil a
comprometer a imagem ou a credibilidade da instituição
policial, assim como para o fim de agravar a pena disciplinar
aplicada;
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 76. […]
IV - recomendar a transferência de policiais militares, a título
preventivo e enquanto perdurarem as investigações, sempre que
houver conveniência para a administração ou o episódio
analisado, por sua natureza, gravidade, circunstâncias ou
repercussão, seja hábil a comprometer a imagem ou a
credibilidade da instituição policial;
V - cumprir ou determinar o cumprimento de cartas precatórias,
no âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal, atendendo
ordem judicial ou solicitação de outras Corporações
relacionadas a inquérito e processos judiciais ou disciplinares;
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 76. […]
VI - proceder na correição de processo disciplinar ou
inquérito (IPM ou IT);
VII - apreciar, instruir e fundamentar as solicitações de
instauração de conselho de justificação ou disciplina e
processo administrativo de licenciamento;
VIII - fundamentar as decisões do Comandante-Geral
quanto à solução ou homologação de conselho de
disciplina e processo administrativo de licenciamento;
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 76. […]
IX - solicitar informações, exames, perícias e
documentos de órgãos públicos e particulares,
necessários à instrução de inquérito, processos
disciplinares e judiciais;
X - apurar responsabilidade, por meio de tomada de
contas especial, relativa a dano, perda, extravio,
subtração e desvio de armamento, munição, colete
balístico e material bélico distribuído à Corporação ou
de bens que sejam objeto de inquérito policial militar;
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 76. […]
XI - receber, examinar e encaminhar as manifestações
referentes a procedimentos e ações de integrantes e órgãos
da estrutura organizacional da Corporação;
XII - planejar e executar o policiamento ostensivo
disciplinar;
XIII - assessorar, orientar, acompanhar e avaliar os atos de
gestão administrativa, orçamentária, financeira, patrimonial
e de pessoal, objetivando a economicidade, a eficiência, a
eficácia, a efetividade e a eqüidade, assim como a
aderência regulatória;
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 76. […]
XIV - realizar levantamentos periciais
relacionados aos crimes militares;
XV - elaborar proposta orçamentária anual do
Departamento de Controle e Correição;
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 77. À Auditoria compete assessorar, orientar,
fiscalizar, avaliar e acompanhar os atos de gestão
administrativa, orçamentária, financeira, patrimonial e
de pessoal, assim como dar o devido tratamento aos
processos de auditoria e controle externo no âmbito da
Corporação, compreendendo as seguintes seções:
I - Seção Administrativa;
II - Seção de Auditoria Financeira;
III - Seção de Auditoria de Pessoal e Patrimônio;
IV - Seção de Tomada de Contas Especial;
Decreto nº 31.793, de 11 de
junho de 2010*
Art. 78. À Ouvidoria compete receber, examinar e
encaminhar as manifestações referentes à Polícia
Militar do Distrito Federal, dando ciência aos
interessados, sempre que necessário, quanto às
providências adotadas, compreendendo as seguintes
seções:
I - Seção Administrativa;
II - Seção de Atendimento ao Público;
III - Seção de Processamento;
REGULAMENTO
DISCIPLINAR DO EXÉRCITO

Decreto Federal nº 4.346, de


26/08/2002.
Decreto Distrital nº 23.317 de
25/10/2002 (manda aplicar na
PMDF e no CBMDF).
REGULAMENTO
DISCIPLINAR DO EXÉRCITO

O Regulamento Disciplinar do
Exército tem por finalidade
especificar as transgressões
disciplinares e estabelecer normas
relativas a punições disciplinares,
comportamento militar das praças,
recursos e recompensas.
RDE - Art. 14. Transgressão
disciplinar é toda ação praticada
pelo militar contrária aos preceitos
estatuídos no ordenamento jurídico
pátrio ofensiva à etica, aos deveres
e às obrigações militares, mesmo na
sua manifestação elementar e
simples, ou, ainda, que afete a
honra pessoal, o pundonor militar e
o decoro da classe
Ética militar

A atitude do militar é pautada pelos


compromissos solenes por si
assumidos e pode ser desdobrada em
duas situações: a de cidadão, para a
sociedade e a de militar, voltada para
a sua Instituição.
Honra Pessoal

Sentimento de dignidade própria,


como o apreço e o respeito de que é
objeto ou se torna merecedor o
militar, perante seus superiores,
pares e subordinados.
Pundonor Militar

Dever de o militar pautar a sua conduta


como a de um profissional correto. Exige
dele, em qualquer ocasião, alto padrão
de comportamento ético que refletirá no
seu desempenho perante a Instituição a
que serve e no grau de respeito que lhe é
devido.
Decoro da Classe

Valor moral e social da Instituição. Ele


representa o conceito social dos
militares que a compõem e não
subsiste sem esse.
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)

O sentimento do dever, o pundonor


policial-militar e o decoro da classe
impõem, a cada um dos integrantes
da Polícia Militar, conduta moral e
profissional irrepreensíveis, com
observância dos seguintes preceitos
da ética policial-militar:
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)
I - amar a verdade e a responsabilidade, como
fundamentos da dignidade pessoal;
II - exercer, com autoridade, eficiência e
probidade, as funções que lhe couberem em
decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)

IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos,


as instruções e as ordens das autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na
apreciação do mérito dos subordinados;
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e
físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em
vista o cumprimento da missão comum;
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)

VII - praticar a camaradagem e desenvolver,


permanentemente, o espírito de cooperação;
VIII - empregar todas as suas energias em benefício
do serviço;
IX - ser discreto em suas atitudes e maneiras e em sua
linguagem escrita e falada;
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)

X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de


matéria sigilosa de qualquer natureza;
XI - acatar as autoridades civis;
XII - cumprir seus deveres de cidadão;
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública, e
particular;
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)
XIV - garantir a assistência moral e material ao seu lar
e conduzir-se como chefe de família modelar;
XV - comportar-se mesmo fora do serviço ou na
inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro
policial-militar;
XVI - observar as normas de boa educação;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou graduação
para obter facilidades pessoais de qualquer natureza
ou para encaminhar negócios particulares ou de
terceiros;
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)
XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações
hierárquicas quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a
respeito de assuntos políticos ou policiais-militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se
devidamente autorizado; e
e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo
que seja da administração pública.
Da Ética Policial Militar (art. 29
do Estatuto)

XIX - zelar pelo bom nome da Polícia


Militar e de cada um de seus
integrantes, obedecendo e fazendo
obedecer aos preceitos da ética
policial-militar.
Caráter militar:

Tem como princípios: a


responsabilidade, a lealdade, a
disciplina, a integridade e a
coragem.
A carreira militar não é uma atividade
inespecífica e descartável, um simples
emprego, uma ocupação. É um ofício
absorvente e exclusivista, que nos condiciona e
autolimita até o fim. Ela não nos exige as horas
de trabalho da lei, mas todas as horas da vida,
nos impondo também nossos destinos. A farda
não é uma veste, que se despe com facilidade e
até com indiferença, mas uma outra pele, que
adere à própria alma, irreversivelmente, para
sempre. Gen Octávio Costa
São manifestações essenciais do valor
policial militar (art. 28 do Estatuto)

I - o patriotismo, traduzido pela vontade


inabalável de cumprir o dever policial-
militar e pelo solene juramento de
fidelidade à Pátria, até com o sacrifício da
própria vida;
II - o civismo e o culto das tradições
históricas;
III - a fé na missão elevada da Polícia
Militar;
São manifestações essenciais do valor
policial militar (art. 28 do Estatuto)

IV - o amor à profissão e o entusiasmo


com que a exerce;
V - o aprimoramento técnico-
profissional;
VI - o espírito de corpo e o orgulho pela
Corporação; e
VII - a dedicação na defesa da sociedade
Dos Deveres Policiais-Militares (art.
32 do Estatuto)

Art 32 - Os deveres policiais-militares emanam


de vínculos racionais e morais que ligam o
policial-militar à comunidade do Distrito
Federal e à sua segurança, compreendendo,
essencialmente.
Dos Deveres Policiais-Militares (art.
32 do Estatuto)

I - a dedicação integral ao serviço


policial-militar e a fidelidade à
instituição a que pertence, mesmo com o
sacrifício da própria vida;
II - a culto aos Símbolos Nacionais;
III - a probidade e a lealdade em todas as
circunstâncias;
Dos Deveres Policiais-Militares (art.
32 do Estatuto)

IV - a disciplina e o respeito à
hierarquia;
V - o rigoroso cumprimento das
obrigações e ordens;
VI - a obrigação de tratar o subordinado
dignamente e com urbanidade;
Dos Deveres Policiais-Militares (art.
32 do Estatuto)

VII - o trato urbano, cordial e


educado para com os cidadãos;
VIII - a manutenção da ordem
pública; e
IX - a segurança da comunidade.
Lei n 7.289, de 18 de
o

dezembro de 1984
(Estatuto dos
Policiais Militares da
PMDF)
Art 42 - A violação das obrigações ou
dos deveres policiais-militares
constituirá crime, contravenção ou
transgressão disciplinar, conforme
dispuser a legislação ou
regulamentação específica ou
peculiar.
§ 1º - A violação dos preceitos da
ética policial-militar é tão mais grave
quanto mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer.
Competência
- Comandante-Geral a todos os Policiais
Militares da ativa, reserva remunerada e
reformados;
- o Corregedor-Geral aos policiais da ativa e da
reserva, com exceção dos Coronéis;
- Comandantes; Chefes; Diretores;
Subcomandantes; Subchefes; Subdiretores;
Chefes de Seção, Serviços e Comandantes de
Subunidades aos que estiverem sob suas
ordens, ainda que eventualmente.
Tipicidade

- São transgressões disciplinares todas as


ações especificadas no Anexo I do RDE.
Independência das Esferas

• - As responsabilidades nas esferas cível,


criminal e administrativa são independentes
entre si e podem ser apuradas
concomitantemente.
• - As responsabilidades cível e administrativa
do militar serão afastadas no caso de
absolvição criminal, com sentença transitada
em julgado, que negue a existência do fato ou
da sua autoria.
Punições Disciplinares

• I - advertência;
• II - repreensão;
• III - detenção disciplinar;
• IV - prisão disciplinar; e
• V - o licenciamento e a exclusão a bem da
disciplina
• VI - Demissão
Comportamento Militar

- O comportamento militar da praça pode


ser classificado em:
- * Excepcional;
- * Ótimo;
- * Bom;
- * Insuficiente; e
- * Mau
Recursos

São recursos:
- Reconsideração de ato; e
- Recurso disciplinar.
Recompensas

As recompensas constituem
reconhecimento aos bons serviços
prestados. São recompensas:
- o elogio e a referência elogiosa; e
- as dispensas do serviço
Introdução ao PAD
Processo Administrativo Disciplinar.
Poderes da Administração Pública

- Poder Hierárquico;
- Poder Disciplinar;
- Poder-dever de apuração de ocorrências.
Introdução ao PAD

Processo Administrativo Disciplinar.


Garantias do acusado
- Ampla Defesa; e
- Contraditório
Poder Hierárquico

- É o de que dispõe o Poder Executivo para


organizar e distribuir as funções de seus
órgãos, estabelecendo a relação de
subordinação entre o servidores do seu
quadro de pessoal.
Poder Disciplinar

- Faculdade de punir internamente as


infrações funcionais dos servidores. O
poder disciplinar é exercido no âmbito
dos órgãos e serviços da Administração. É
considerado como supremacia especial do
Estado.
Poder-dever de apuração de
ocorrências
- O poder-dever de apurar representa uma
obrigação de oficio onde a autoridade
administrativa militar, sob a égide do
poder hierárquico e da disciplina, tem a
obrigação de apurar irregularidades no
serviço público, não cabendo qualquer
discricionariedade ou juízo de valor da
autoridade administrativa nessa apuração
Art. 12 do RDE

- Todo militar que tiver conhecimento de


fato contrário à disciplina, deverá
participá-lo ao seu chefe imediato, por
escrito
Ampla Defesa
- O Princípio da ampla defesa encontra-se
positivado no art. 5º, LV da CF e
representa uma garantia para o acusado.
Trata-se do direito de o cidadão acusado
introduzir no processo, diretamente ou
mediante atuação do seu procurador,
todos os argumentos ou teses defensivas
bem como os meios de prova admissíveis
e úteis à defesa.
Ampla Defesa

• Há duas formas de exercer a ampla


defesa:
- auto-defesa; e
- defesa técnica.
Portaria PMDF 1.023 de 2016
(revogada)
Art. 16 [...] (Manual de Sindicância)
• § 2º A defesa do sindicado poderá ser
realizada pelo próprio policial militar, por
advogado, ou por outro policial militar
possuidor do curso de bacharel em
direito, da sua livre escolha, devendo ser
indicado por procuração ou instrumento
próprio de designação de defensor
Portaria PMDF 1.211 de 2021
Art. 16 [...] (Manual de Sindicância)
• § 2º O sindicado poderá postular em
causa própria, bem como designar
advogado ou outro policial militar da
Corporação (praça ou oficial) da sua livre
escolha, formalizando-se este ato por
meio de procuração ou outro instrumento
de outorga, observando-se o teor dos §§
12 e 13 deste artigo
Contraditório

- Contém o enunciado de que todos os


procedimentos e termos processuais, ou
de natureza procedimental devem primar
pela ciência bilateral das partes, e pela
possibilidade de tais atos serem
contrariados com alegações e provas
Procedimentos Administrativos
Disciplinares na PMDF
• A violação aos preceitos éticos
disciplinares ou o não acatamento dos
princípios basilares, gera a
obrigatoriedade de apurar o fato por
meio de um dos procedimentos de
apuração disciplinar. Quais sejam:
Procedimentos Administrativos
Disciplinares na PMDF
1.Procedimento de Investigação Preliminar
(PIP)
2.Memorando Acusatório
3.Sindicância
4.Processo Adm. de Licenciamento (PAL)
5.Conselho de Disciplina/Justificação
6. PALE/PADC
Inquérito Policial Militar*
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• Portaria PMDF nº 784 de 22 de
junho de 2012
• Surgiu para solucionar a grande
quantidade de sindicâncias
instauradas para pequenas infrações
disciplinares ou para denúncias sem
muito fundamento
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• O PIP tem por objetivo avaliar,
previamente, a existência de infração
disciplinar ou penal militar, fornecendo
à Autoridade Administrativa elementos
necessários à instauração do
procedimento administrativo mais
adequado ao caso ou, até mesmo, o seu
arquivamento
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• visa complementar e/ou
confirmar dados que
justifiquem a instauração de
processo disciplinar ou
Inquérito (IPM ou IT).
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• O rito é célere e simples;
• Recomenda-se que o encarregado colha
o depoimento apenas do acusado;
• Não há contraditório e ampla defesa;
• Não deverá haver diligências que
demandem tempo e esforço
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• Serve para colher, completar ou
confirmar dados para a instauração
de processo disciplinar ou IPM;
• Regido pelos princípios da
celeridade, economia processual,
informalidade e simplicidade
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)

• Tem caráter sigiloso, inquisitivo e


investigatório;
• Não tem caráter punitivo, logo,
dispensa ampla defesa e
contraditório
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• Quem pode instaurar: Todo Comandante,
Chefe e Diretor, em face dos policiais
que servem sob suas ordens.
• Comandante Geral (a todos) Corregedor
e Corregedor Adjunto aos policiais
militares da ativa e da reserva.
• Prazo de 20 dias prorrogáveis por 10
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)

• Se o PIP não for encerrado no prazo


estabelecido, arquiva-se o PIP e
instaura-se uma sindicância ou um
IPM, a depender do objeto de
apuração.
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)

• Quem pode instaurar ser o


encarregado:
- Oficial, Aspirante-a-Oficial ou
Subtenente, respeitada a antiguidade
do Encarregado em relação ao
investigado.
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• Rito: Comandante, chefe ou diretor
instaura e nomeia o encarregado.
• Na portaria de instauração deverá ser
descrito o objeto e objetivo do PIP.
• O encarregado solicita a numeração
ao DCC, que manterá o controle
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• O encarregado adotará as medidas que
achar mais conveniente para colher as
informações que precisa.
• Se já houver apuração idêntica o PIP será
encerrado imediatamente e arquivado.
• Na portaria de instauração deverá ser
descrito o objeto e objetivo do PIP.
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)

- Concluidos os trabalhos, ou
alcançados os objetivos, o encarregado
produzirá relatório e encaminhará a
autoridade instauradora, sugerindo
arquivamento ou instauração de outro
processo apropriado.
Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP)
• A autoridade instauradora poderá
concordar ou discordar do encarregado,
adotando, fundamentadamente, a ação
mais adequada:
* Se for transformar em outra apuração, o
PIP deverá fazer parte do procedimento;
* Se for arquivar, deverá encaminhar os
autos ao DCC, que manterá seu controle
Memorando Acusatório
• Disciplinado pela Portaria PMDF n.º
496, de 23 de fevereiro de 2006;
• Procedimento administrativo sumário
que visa apurar a conduta de Policial
Militar que venha a afetar a ética e a
disciplina militares e que não demande
complexidade probatória.
Memorando Acusatório
• O fato a se apurar é abrangido
pelo termo “verdade sabida”,
dando à infração apurada o
caráter notório.
Memorando Acusatório
• São competentes para determinar
a instauração de Memorando
Acusatório:
- as autoridades com competência
para punir disciplinarmente;
- O Corregedor-Geral
Memorando Acusatório
• São apuráveis por meio do Memo.
Ac.:
- Falta de zelo com documento emitido
pela PMDF; e...
Memorando Acusatório
- Fato que não apresente complexidade ou
dilação probatória e, por sua natureza não
indique, de plano, a necessidade de oitiva
de mais de duas testemunhas, de
aguardar a produção ou envio de laudos
periciais e de realizar diligências para
elucidação dos fatos.
Memorando Acusatório
• Competência:
- Toda autoridade com competência para
punir, pode instaurar.
- O Corregedor-Geral
Memorando Acusatório
• O Comandante-Geral poderá delegar
competência ao Corregedor-Geral
para instaurar, homologar e solucionar
Memo Ac, para apurar a conduta de
policiais militares na ativa, na reserva,
reformados e aos que estejam
servindo em outros órgãos, exceto aos
da Secretaria de Segurança Pública,
da Casa Militar e situações que
envolvam Coronéis
Memorando Acusatório
• Rito:
- A autoridade, diante de notícia de
fato, instaura por meio de Portaria,
nomeando encarregado (oficial ou
aspirante a oficial);
Memorando Acusatório
- O Encarregado notifica o acusado,
com cópia da Portaria e demais
documentos, para que apresente
razões de defesa por escrito;
- É facultado ao defensor, antes de
apresentar a Defesa, arrolar até 02
(duas) testemunhas;
Memorando Acusatório
- O Encarregado notifica o acusado,
com cópia da Portaria e demais
documentos, para que apresente
razões de defesa por escrito em até 03
dias úteis;
Memorando Acusatório
- É facultado ao defensor, antes de
apresentar a Defesa, arrolar até 02
(duas) testemunhas, juntar
documentos, obter cópias de peças e
requerer o que entender necessário ao
pleno exercício da ampla defesa e do
contraditório;
Memorando Acusatório
- Ao Encarregado será concedido o
prazo de 15 (quinze) dias para a
conclusão dos trabalhos, prorrogáveis
por 15 (dias) dias pela autoridade
instauradora, uma única vez, desde
que devidamente justificado;
Memorando Acusatório
- Se no curso da instrução a apuração
vier a se tornar complexa, de acordo
com elementos que demonstrem essa
circunstância, a autoridade
instauradora poderá conceder
sobrestamento ou prorrogações de até
20 (vinte) dias;
Memorando Acusatório
- A entrega da defesa pode ser
prorrogada, se justificada;
- Caso não seja entregue na data
oportuna, sem justificativa, deverá ser
nomeado defensor dativo;
Memorando Acusatório
- Após a entrega da defesa, o
encarregado produzirá relatório
circunstanciado;
Memorando Acusatório
- Recebidos o relatório e demais peças
que o acompanham, a autoridade
instauradora emitirá solução
fundamentada e por escrito, quanto a
procedência ou não da acusação e das
razões de defesa, arquivando ou
aplicando punição disciplinar;
Memorando Acusatório
- De eventual punição, caberá recurso,
no prazo de 05 dias úteis;
Sindicância
• Disciplinada pela Portaria
PMDF n.º 250 de 10 de maio
de 1999.
Sindicância
• Prazo de conclusão: 30 dias,
prorrogáveis por 20 dias,
enquanto essencial ao
processo.
Sindicância
• Deverá ser instaurada para
apuração de fatos ou de atos,
praticados por integrantes da
Corporação e ou por quaisquer
pessoas que a tenham atingido,
que necessitem ser
esclarecidos.
Sindicância
• Estabelecer procedimentos de apuração e
julgamento, por meio de sindicância, sobre
notícia de fato ou acusação oficial de conduta
irregular ou ilícita, contrária à ética, aos
deveres e às obrigações, atribuída a policial
militar, da ativa ou inativo, bem como fatos
ou eventos que envolvam interesses ou a
imagem da Corporação, observados, dentre
outros, os princípios do devido processo
legal, ampla defesa e contraditório.
Sindicância
• A instauração de sindicância,
dentre outros requisitos
dispostos nesta Portaria,
somente será efetivada se
houver indícios mínimos de
autoria e materialidade que
justifiquem a medida.
Sindicância
• As provas produzidas em
sindicância poderão ser utilizadas
como prova emprestada para a
instauração ou instrução de outro
processo administrativo disciplinar
ou inquérito, mediante traslado das
peças, consistente na
disponibilização de cópia.
Sindicância
• Se no curso da apuração surgirem
indícios de crime comum ou militar,
suficientes para oferecimento de
denúncia, a autoridade instauradora
remeterá cópia dos autos à Corregedoria
a fim de ser encaminhado ao Ministério
Público, prosseguindo-se nos demais
termos da apuração de responsabilidade
disciplinar, até a sua conclusão.
Sindicância
• A Sindicância terá caráter
reservado, constituindo falta
grave, qualquer violação ao sigilo
imposto pelo sindicante, por parte
de qualquer que seja, quando sem
permissão tomar conhecimento do
teor dos seus autos.
Sindicância
São competentes para determinar a
instauração de Sindicância:
- as autoridades com competência
para punir disciplinarmente;
- o Corregedor-Geral.
Sindicância
Absolvição sumária:
Não existindo transgressão
disciplinar, crime militar ou comum
a serem apurados caberá ao
Corregedor-Geral determinar o
arquivamento da Sindicância nas
situações previstas no inciso IV e §1º
do artigo 5º.
Sindicância
- O Corregedor poderá requisitar aos
Comandantes a instauração ou avocação, a
qualquer tempo, para determinar o
prosseguimento da apuração por outra
autoridade a ser designada, sempre que
houver conveniência para a administração
policial militar ou o episódio analisado,
por sua natureza, gravidade, circunstâncias
ou repercussão, seja hábil a comprometer
a imagem ou a credibilidade da instituição
policial militar
Sindicância
- Será realizada por Oficial e,
excepcionalmente, por Aspirante a
Oficial, devendo ser observado a
hierarquia e antiguidade, quando o
sindicado for Oficial.
Sindicância
- Não poderá ser encarregado de
Sindicância o Oficial que
formulou a acusação, nem
parente, qualquer que seja o grau
ou afinidade da pessoa no evento
objeto de Sindicância.
Sindicância
- O Encarregado, conforme o
caso, poderá designar um
Sargento ou um Oficial, para
servir de Escrivão.
Sindicância
• Obrigação de ampla defesa e
contraditório. Sua inobservância leva à
nulidade do ato;
• O sindicado terá o direito de
acompanhar todos os atos da
apuração;
• A vítima ou testemunha pode optar por
depor na ausência do sindicado.
Rito
• Ao receber a Sindicância, o
encarregado deverá:
I - Oficiar ao comandante do sindicado
informando-o da instauração da
Sindicância, e pedindo a apresentação
deste, ao mesmo tempo que entrega o
termo de comunicação ao Sindicado
informando de todos os fatos relativos
ao processo;
Rito
II – Providenciar a juntada de
assentamentos disciplinares
atualizados do sindicado(s);
III - Convocar as pessoas envolvidas
no evento, objeto da Sindicância, bem
como as testemunhas;
IV - Qualificá-las e inquiri-las,
reduzindo a termo as declarações;
Rito
V - Realizar, determinar ou
autorizar diligências, vistorias,
juntadas de documentos e tomar
quaisquer outras providências
consideradas necessárias;
Rito
VI - Dar vistas dos autos ao
Sindicado e requerer dele, ou de
seu defensor, a apresentação de
defesa prévia, no prazo de 03
dias úteis;
Rito
VII – Qualificar e inquirir
eventuais testemunhas de defesa
(5), juntar provas apresentadas e
realizar diligências requeridas;
VIII - Interrogar o sindicado;
Rito
IX – Dar vista dos autos ao
sindicado e requerer dele, ou de
seu defensor, a apresentação das
razões finais de defesa no prazo
de 03 dias úteis;
Rito
X – Produzir relatório
circunstanciado de toda a
apuração, apontando a
existência ou não de indícios de
crime (comum ou militar) e/ou
transgressão da disciplina, e
quais teriam sido os dispositivos
infringidos;
SINDICÂNCIA
O encarregado não deve emitir
opiniões pessoais nos
documentos produzidos;
SINDICÂNCIA
O comparecimento do sindicado
nas oitivas não é obrigatório,
mas é obrigatória a ciência de
todos os atos do processo;
SINDICÂNCIA
É vedado o contato direto, entre
sindicado e testemunha ou
vítima se houver possibilidade
daquele influir no ânimo destas,
de modo que prejudique o
esclarecimento dos fatos
apurados;
SINDICÂNCIA
Se o Sindicado deixar de apresentar
Defesa Prévia ou Razões Finais de
Defesa nos prazos estipulados, o
Encarregado deverá, de imediato,
solicitar a Autoridade instauradora a
nomeação de um Oficial como
Defensor Dativo do Sindicado.
SINDICÂNCIA
Se o encarregado, ao analisar a defesa prévia,
concluir pela inocência do sindicado ou pela
impossibilidade legal de se punir,
confeccionará relatório e remeterá os autos
para a autoridade julgadora dentro do prazo
de 5 dias úteis que, concordando, solucionará
a sindicância para determinar o
arquivamento, caso contrário, restituirá ao
encarregado para que dê continuidade à
apuração
SINDICÂNCIA
O sindicado não encontrado deve ser
notificado por precatória, se estiver fora
do Distrito Federal, por hora certa, caso se
verifique que está se ocultando, ou por
edital publicado no DODF, quando estiver
em lugar incerto ou não sabido,
estabelecendo o prazo de 5 (cinco) dias,
contados a partir da publicação, para
comparecer na presença do encarregado
SINDICÂNCIA
Será considerada inepta as razões
finais de defesa insuficientes.
SINDICÂNCIA
Em caso de defesa inepta, o
encarregado a restituirá o prazo para
que seja apresentada efetiva defesa e,
em persistindo a inépcia, solicitará à
autoridade instauradora a nomeação de
defensor dativo
SINDICÂNCIA
Se uma pessoa convocada deixar de
atender a convocação, será feita
diligência para nova convocação.
SINDICÂNCIA
O prazo de conclusão da Sindicância é
de 30 dias, prorrogáveis por 20 dias
enquanto necessário ao processo.
SINDICÂNCIA
O sobrestamento dos trabalhos da
Sindicância somente poderão ocorrer
nos casos de impedimento legal dos
envolvidos.
SINDICÂNCIA
O Relatório é a peça final e deverá ser
apresentado dentro do prazo legal,
comprovada ou não a existência do
fato ou ato, da autoria e materialidade.
Sua elaboração será criteriosa e
objetiva, de caráter expositivo, e
conterá, exclusivamente, de modo
claro e ordenado:
SINDICÂNCIA
I - Objetivo com um breve relato do
fato ou ato;
II - Desenvolvimento, onde deverá
constar um resumo das apurações
efetuadas, nela incluídas as
providências tomadas para a
elucidação do fato ou ato;
SINDICÂNCIA
III - Conclusão, onde constará uma
indicação do provável autor do fato ou
ato, emitindo parecer fundamentado, e
submetendo-o à consideração superior
quanto a:
SINDICÂNCIA
a) Inexistência de crime ou
transgressão disciplinar;
b) Ocorrência de transgressão
disciplinar, declinando os dispositivos
legais infringidos;
SINDICÂNCIA
c) Existência de indícios de crime
comum, e sugestão de
encaminhamento ao Ministério
Público;
d) Recomendação de instauração de
IPM, em caso de indícios de crime
militar.
SINDICÂNCIA
A autoridade instauradora tem 08 dias
para solucionar a Sindicância. (prazo
impróprio).
Autoridade superior poderá avocar a
solução pra si, caso discorde da
solução.
SINDICÂNCIA
Caberá recurso em 05 dias úteis em
caso de evental punição disciplinar.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
- Disciplinado pela Portaria PMDF nº
1.073, de 28 de agosto de 2018;
- Procedimento administrativo de
natureza disciplinar que tem por
finalidade julgar a capacidade da
Praça, sem estabilidade assegurada,
em permanecer nas fileiras da
Corporação.
Hipóteses de instauração
Art. 9º Ficam sujeitos a Processo
Administrativo de Licenciamento – PAL,
as praças da PMDF sem estabilidade
assegurada que: I – ingressarem no
comportamento mau; II – praticarem ato
que por sua natureza venha a denegrir a
imagem da Corporação ou afete a honra
pessoal, o pundonor ou o decoro da classe
policial militar;
Hipóteses de instauração
III – forem acusadas de ter:
a) procedido incorretamente no
desempenho do cargo ou função
policial militar;
b) tido conduta irregular*;
Hipóteses de instauração
IV – forem afastadas do cargo, na forma
do Estatuto dos Policiais Militares da
Polícia Militar do Distrito Federal, por se
tornarem incompatíveis com o mesmo ou
demonstrarem incapacidade no exercício
de funções policiais militares a eles
inerentes, salvo se o afastamento for em
decorrência de fatos que motivem sua
submissão a processo;
Hipóteses de instauração
V – tenham contra si parecer
desfavorável à prorrogação de tempo
de serviço por engajamento ou
reengajamento, [...], em razão do
registro de sucessivas faltas
disciplinares; VI – incidirem em
alguma das hipóteses previstas na Lei
do Conselho de Disciplina
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Entende-se por conduta irregular:
a) cometer várias transgressões
disciplinares que impliquem na mudança
para o comportamento mau, para as praças,
demonstrando com sua conduta ser
insensível às sanções disciplinares, não
surtindo estas os efeitos reeducativos no
transgressor, constituindo-se numa afronta à
disciplina;
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
b) cometer transgressão da disciplina que
por sua gravidade ou natureza, a
permanência do acusado na Corporação
se constitua uma afronta à disciplina;
c) condenado por sentença penal
transitada em julgado à pena restritiva de
liberdade individual superior a dois anos,
conforme artigo 112 da Lei 7.289/84
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Art. 3º Não será objeto de processo
administrativo demissionário o fato que:
I – não configure infração ético-disciplinar de
natureza grave;
II – tenha sido objeto de julgamento no âmbito
do Poder Judiciário em sentença penal transitada
em julgado que reconheça a inexistência do fato
ou a negativa da autoria, salvo se existente
infração disciplinar residual de natureza grave.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
III - tiver sido apreciado em processo
judicial, no qual houver decisão
definitiva, transitada em julgado, pela
perda do cargo ou função pública,
salvo os casos em que o militar se
encontrar na inatividade
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
§ 1° O policial militar não será submetido
a processo administrativo demissório
quando for reconhecida a prescrição da
extinção da punibilidade disciplinar pelo:
I - Comandante-Geral, nos termos do art.
17 da Lei nº 6.477, de 1977;
II - Governador, na hipótese do art. 18 da
Lei nº 6.577, de 1978.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
§ 2º Nos casos de instauração em razão
de condenação penal, a prescrição terá
por marco inicial o trânsito em julgado,
e será de 06 (seis) anos.
§ 3º Os casos também previstos no
Código Penal Militar como crime,
prescrevem-se nos prazos nele
estabelecidos.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
§ 4º A extinção da punibilidade pela
prescrição ensejará, se for o caso, a
instauração de procedimento
disciplinar, destinada a apurar a
responsabilidade de quem lhe deu
causa.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
§ 5° Na hipótese do inciso III deste artigo,
cabe ao Departamento de Gestão de
Pessoal promover os atos necessário ao
cumprimento da decisão judicial
transitada em julgado, na forma da
legislação de regência, comunicando-se as
medidas adotadas ao Departamento de
Controle e Correição e à autoridade
judiciária competente
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
A instauração do Processo
Administrativo de Licenciamento é da
competência do Comandante-Geral da
PMDF
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)

- Transformação em Conselho de
Disciplina com a estabilidade
assegurada
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Os Comandantes, Chefes ou Diretores
que tiverem ciência de fato praticado
ou condição por policial militar que
seja motivador de instauração de PAL,
deverão encaminhar documentação
pertinente ao DCC para confecção de
juízo de admissibilidade.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Não serão instaurados processos
administrativos de exclusão em face
de denúncias anônimas sem que antes
tenham sido objeto de procedimentos
apuratórios preliminares
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Os processos administrativos de
exclusão disciplinados por esta
portaria poderão ser instaurados
imediatamente pela autoridade
competente, independentemente de
outro procedimento, quando a autoria
e materialidade o justifiquem.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Na solução de processos disciplinares que
indicarem conduta que viola a ética
policial militar, seja crime ou
contravenção, bem como transgressão
grave, que indique que o policial militar
seja incapaz de permanecer nas fileiras da
Corporação, a autoridade instauradora
deverá deixar de punir e encaminhar ao
DCC, para fins de análise.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Quando for suscitada dúvida sobre a
sanidade mental do acusado, o
encarregado ou presidente do conselho
submeterá à Junta Médica da PMDF
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
A realização de perícia médica e/ou
psicológica não acarretará o
sobrestamento do processo.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
O acusado que por motivo de doença
ou enfermidade não comparecer aos
atos do processo demissório terá sua
ausência suprida pela presença do
defensor (nomeado ou dativo) ou
curador.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Quando o policial militar estiver preso,
ele poderá participar dos atos do
processo, diretamente ou por meio de
defensor, e deverá ser ouvido em local
apropriado, mediante escolta.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
Ao ser cientificado formalmente da
Instauração de PAL, o licenciando será
afastado de sua função, permanecendo
à disposição do chefe da seção de
pessoal da sua Unidade.
Processo Administrativo de
Licenciamento (PAL)
O PAL será conduzido por oficial e,
excepcionalmente, por aspirante-à-
oficial, no prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogáveis por 20 dias, a contar do
recebimento, podendo designar um
escrivão com auxiliar.
Rito
Recebida a Portaria de Instauração,
com os anexos, o encarregado deverá
lavrar o Libelo Acusatório,
esclarecendo os motivos que levaram à
instauração do PAL, podendo arrolar
no máximo 05 (cinco) testemunhas*
Rito
Recebido o Libelo Acusatório, o
acusado, por intermédio de seu
advogado ou defensor dativo, terá 05
dias para apresentar defesa preliminar,
requerendo a produção de provas e
arrolando no máximo 05
testemunhas*.
Rito
Sendo necessário, o encarregado
solicitará captação de imagens, laudos
periciais, ficha de assentamentos,
reconhecimento de pessoas e lugares, e
outras provas que necessitem de um
prazo maior para a sua elaboração.
Rito
Na sequencia, ouvirá as testemunhas
constantes no libelo acusatório. E
depois as testemunhas de defesa*.
O interrogatório do licenciando será
feito por último.
Rito
Após a realização de todos os atos
instrutórios do PAL, deverá o
encarregado notificar o licenciando e
seu defensor para que apresentem por
escrito, no prazo de 05 (cinco) dias, as
Alegações Finais de Defesa.
Rito
Recebendo as Razões Finais de Defesa, o
encarregado terá 05 dias para elaborar o
relatório contendo, nesta ordem:
a) descrição dos fatos apurados;
b) relação dos atos praticados no PAL;
c) relação das testemunhas ouvidas;
Rito
d) enquadramento legal ou
regulamentar aplicado ao caso,
causas de justificação,
circunstâncias agravantes e/ou
atenuantes;
e) decisão sobre a culpa e a
capacidade ou não do licenciando
em permanecer na PMDF.
Rito
- Culpa: culpado ou não culpado
- Capacidade: capaz ou não capaz
Rito
- Ao receber os autos de PAL, caberá
ao DCC emitir despacho correcional,
concordando ou discordando da
opinião do encarregado, sendo, ao
final, encaminhado ao Comandante-
Geral, para decisão.
Rito
-Da decisão do Cmt Geral caberá
pedido de reconsideração de ato em 5
dias úteis.
- Caso indefira o pedido, caberá
recurso disciplinar ao Governador em
5 dias úteis.
Conselho de Disciplina
• A Lei 6.477 de 01 de dezembro de
1977 dispõe sobre o Conselho de
Disciplina na PMDF e no CBMDF;
• A Portaria PMDF nº 1.073, de 28 de
agosto de 2018 dispõe o
funcionamento do CD na
Corporação.
Conselho de Disciplina
Destinado a julgar da incapacidade do
Aspirante-a-Oficial PM ou BM e das
demais praças da PMDF e do CBMDF
com estabilidade assegurada, para
permanecerem na ativa, criando-lhes,
ao mesmo tempo, condições para se
defenderem.
Hipóteses de instauração
Art. 9º Ficam sujeitos a Conselho de
Disciplina, as praças da PMDF com
estabilidade assegurada:
I – acusada oficialmente ou por
qualquer meio lícito de comunicação
social de ter:
Hipóteses de instauração
I – acusada oficialmente ou por qualquer
meio lícito de comunicação social de ter:
a) procedido incorretamente no
desempenho do cargo;
b) tido conduta irregular; ou
c) praticado ato que afete a honra pessoal,
o pundonor ou o decoro da classe
Hipóteses de instauração
II - afastada do cargo, na forma da
legislação específica, por se tornar
incompatível com o mesmo ou
demonstrar incapacidade no exercício
de funções policiais-militares ou de
bombeiro-militar a ele inerentes, salvo
se o afastamento é decorrência de fatos
que motivem sua submissão a processo
Hipóteses de instauração
III - condenada por crime de natureza
dolosa, não previsto na legislação
especial concernente à Segurança
Nacional, em tribunal civil ou militar,
a pena restritiva de liberdade
individual até 2 (dois) anos, tão logo
transite em julgado a sentença; ou
Hipóteses de instauração
IV - pertencente a partido político ou
associação, suspensos ou dissolvidos
por força de disposição legal ou
decisão judicial, ou que exerça
atividades prejudiciais ou perigosas à
Segurança Nacional*
Conselho de Disciplina
Entende-se por conduta irregular:
a) cometer várias transgressões
disciplinares que impliquem na mudança
para o comportamento mau, para as praças,
demonstrando com sua conduta ser
insensível às sanções disciplinares, não
surtindo estas os efeitos reeducativos no
transgressor, constituindo-se numa afronta à
disciplina;
Conselho de Disciplina
b) cometer transgressão da disciplina que
por sua gravidade ou natureza, a
permanência do acusado na Corporação
se constitua uma afronta à disciplina;
c) condenado por sentença penal
transitada em julgado à pena restritiva de
liberdade individual superior a dois anos,
conforme artigo 112 da Lei 7.289/84
Conselho de Disciplina
-Afastamento obrigatório;
- Comandante-Geral instaura o CD,
escolhe os 3 integrantes titulares, 3
suplentes, o oficial acusador e o oficial
defensor dativo, ouvido o DCC;
Conselho de Disciplina
- O membro mais antigo do Conselho
de Disciplina, no mínimo um oficial
intermediário, é o presidente; o que se
lhe segue em antiguidade é o
interrogante e relator e, o mais
moderno, o escrivão;
Impedimento e suspeição
- Não podem fazer parte do Conselho de
Disciplina:
•o oficial que formulou a acusação;
•os oficiais que tenham entre si, com o acusador
ou com o acusado, parentesco na linha reta ou
até o quarto grau de consanguinidade colateral
ou de natureza civil; e
•os oficiais que tenham particular interesse na
decisão do Conselho de Disciplina
Causa extintiva de
punibilidade
Art. 3º Não será objeto de processo
administrativo demissionário o fato que:
I – não configure infração ético-disciplinar de
natureza grave;
II – tenha sido objeto de julgamento no âmbito
do Poder Judiciário em sentença penal transitada
em julgado que reconheça a inexistência do fato
ou a negativa da autoria, salvo se existente
infração disciplinar residual de natureza grave
Causa extintiva de
punibilidade
III - tiver sido apreciado em processo
judicial, no qual houver decisão
definitiva, transitada em julgado, pela
perda do cargo ou função pública,
salvo os casos em que o militar se
encontrar na inatividade.
Causa extintiva de
punibilidade
§ 1° O policial militar não será
submetido a processo administrativo
demissório quando for reconhecida a
prescrição da extinção da punibilidade
disciplinar pelo:
I - Comandante-Geral, nos termos do
art. 17 da Lei nº 6.477, de 1977;
Causa extintiva de
punibilidade
§ 2º Nos casos de instauração em razão
de condenação penal, a prescrição terá
por marco inicial o trânsito em julgado,
e será de 06 (seis) anos.
§ 3º Os casos também previstos no
Código Penal Militar como crime,
prescrevem-se nos prazos nele
estabelecidos;
Causa extintiva de
punibilidade
§ 4º A extinção da punibilidade pela
prescrição ensejará, se for o caso, a
instauração de procedimento
disciplinar, destinada a apurar a
responsabilidade de quem lhe deu
causa;
Causa extintiva de
punibilidade
§ 5° Na hipótese do inciso III deste artigo,
cabe ao Departamento de Gestão de
Pessoal promover os atos necessário ao
cumprimento da decisão judicial
transitada em julgado, na forma da
legislação de regência, comunicando-se as
medidas adotadas ao Departamento de
Controle e Correição e à autoridade
judiciária competente;
Conselho de Disciplina
Os Comandantes, Chefes ou Diretores
que tiverem ciência de fato praticado
ou condição por policial militar que
seja motivador de instauração de CD
deverão encaminhar documentação
pertinente ao DCC para confecção de
juízo de admissibilidade;
Conselho de Disciplina
Não serão instaurados processos
administrativos de exclusão em face
de denúncias anônimas sem que antes
tenham sido objeto de procedimentos
apuratórios preliminares;
Conselho de Disciplina
Os processos administrativos de
exclusão disciplinados por esta
portaria poderão ser instaurados
imediatamente pela autoridade
competente, independentemente de
outro procedimento, quando a autoria
e materialidade o justifiquem;
Conselho de Disciplina
Na solução de processos disciplinares que
indicarem conduta que viola a ética
policial militar, seja crime ou
contravenção, bem como transgressão
grave, que indique que o policial militar
seja incapaz de permanecer nas fileiras da
Corporação, a autoridade instauradora
deverá deixar de punir e encaminhar ao
DCC, para fins de análise;
Conselho de Disciplina
Quando for suscitada dúvida sobre a
sanidade mental do acusado, o
encarregado ou presidente do conselho
submeterá à Junta Médica da PMDF. A
realização de perícia médica e/ou
psicológica não acarretará o
sobrestamento do processo;
Conselho de Disciplina
O acusado que por motivo de doença
ou enfermidade não comparecer aos
atos do processo demissório terá sua
ausência suprida pela presença do
defensor (nomeado ou dativo) ou
curador;
Conselho de Disciplina
Quando o policial militar estiver preso,
ele poderá participar dos atos do
processo, diretamente ou por meio de
defensor, e deverá ser ouvido em local
apropriado, mediante escolta;
Conselho de Disciplina
A praça da ativa, ao ser submetida a
Conselho de Disciplina, é afastada do
exercício de suas funções, ficando à
disposição do presidente do Conselho;
Conselho de Disciplina
A praça da ativa, ao ser submetida a
Conselho de Disciplina, é afastada do
exercício de suas funções, ficando à
disposição do presidente do Conselho;
Conselho de Disciplina
O prazo de conclusão é de 30
(trinta) dias, prorrogáveis por 20
dias, a contar do recebimento;
Rito
Formado o Conselho e recebido os
autos, aquele convocará o acusado
para tomar ciência da instauração
do processo administrativo
demissionário;
Rito
No ato da ciência, o acusado
receberá uma via do Libelo
Acusatório e terá o prazo de 02
(dois) dias para constituir um
Advogado ou indicar um oficial
para promover a sua defesa;
Rito
Não sendo constituído um
Advogado ou indicado um oficial
defensor, o presidente do CD
convocará o defensor dativo,
designado na Portaria de
Instauração;
Rito
Apresentado o defensor, será dada
carga dos autos, onde começará o
prazo de 05 dias para apresentação
da defesa prévia, com até 05
testemunhas;
Rito
Na primeira audiência, o Conselho
fará a leitura da Portaria e dos
demais anexos, lavrando o Termo
de Compromisso.
Rito
Serão ouvidas as testemunhas
arroladas no Libelo. Após isso
serão ouvidas as testemunhas de
defesa. O acusado será interrogado
por último.
Rito
Após o interrogatório do acusado, o
presidente do Conselho de Disciplina
indagará aos membros e ao defensor se
há requerimento de diligências ou da
necessidade de consignação de
informações relevantes, as quais
ficarão registradas em ata, sob pena de
preclusão
Rito
Não havendo novas providências, será
marcada audiência de instrução e
julgamento.
Rito
Concluídos os trabalhos de instrução, a
defesa será intimada, sempre que
possível ao final da audiência do
interrogatório do acusado, para
apresentar as Alegações Finais, por
escrito, no prazo de 05 (cinco) dias
Rito
A decisão do Conselho de Disciplina
será tomada por maioria de votos, sendo
concluso os autos ao relator para a
elaboração do relatório, mencionando a
existência de voto divergente e suas
razões, sendo possibilitada a elaboração
de voto em documento apartado, em
caso de haver discordância
Rito
Após a confecção do relatório e nada
mais havendo a ser realizado, o
presidente do Conselho de Disciplina
encaminhará o processo ao
Corregedor-Geral, para análise acerca
da formalidade, do cumprimento da lei
e da obediência à ampla defesa e ao
contraditório
Rito
Da decisão do Comandante-Geral,
cabe recurso ao Governador do
Distrito Federal, interposto no
Gabinete do Comandante-Geral,
dentro do prazo de 10 (dez) dias, a
contar da ciência formal da publicação
pelo acusado.
Rito
Não cabe reconsideração de ato da
decisão do Comandante-Geral.
Rito
Recebido o recurso, os autos serão
encaminhados ao Governador do
Distrito Federal, com manifestação
acerca da sua tempestividade, para
decisão.
Conselho de Justificação
• Disciplinado pela Lei nº 6.577 de 30
de setembro de 1978 e pela Portaria
PMDF nº 1073, de 28 de agosto de
2018.
• Vitaliciedade.
• Prazo 30 dias, prorrogáveis por
mais 20.
Conselho de Justificação
• É destinado a julgar a (in)capacidade
do Oficial (da ativa, reserva ou
reformado), para permanecer nas
fileiras da corporação.
• É um procedimento misto, que
envolve decisão administrativa e
judicial.
Conselho de Justificação
• - Não será objeto de processo
administrativo demissionário o fato
que não configure infração ético-
disciplinar de natureza grave ou cujo
militar tenha sido absolvido por
negativa de autoria ou inexistência do
fato (art. 439, alíneas a e c do CPPM
ou incisos I e IV do art. 386 do CPP).
Conselho de Justificação
Serão submetidos ao CJ:
• aqueles acusados de procederem
incorretamente no desempenho do cargo;
• de terem conduta irregular; ou
• que tenham praticado ato que afete a
honra pessoal, o pundonor militar ou o
decoro da classe.
Conselho de Justificação
Serão ainda submetidos ao CJ:
• Considerado não habilitado para o
acesso, em caráter provisório, no
momento em que venha a ser objeto
de apreciação para o ingresso em
Quadro de Acesso.
Conselho de Justificação
Serão ainda submetidos ao CJ:
• os oficiais afastados do cargo por se
tornar incompatíveis com o mesmo ou
demonstrar incapacidade no exercício
de funções policiais-militares a ele
inerentes, salvo se o afastamento é
decorrência de fatos que motivem sua
submissão a processo..
Conselho de Justificação
Serão ainda submetidos ao CJ:
• condenado por crime de natureza
dolosa, não previsto na Lei de
Segurança Nacional, em tribunal
civil ou militar, a pena restritiva de
liberdade individual até 2 (dois)
anos, tão logo transite em julgado a
sentença.
Conselho de Justificação
Serão ainda submetidos ao CJ:
• pertencente a partido político ou
associação, suspensos ou dissolvidos
por força de disposição legal ou
decisão judicial, ou que exerça
atividades prejudiciais ou perigosas à
Segurança Nacional.* (não recepção
pela CF/88)
Conselho de Justificação
Considera‑se que o acusado procedeu
incorretamente no desempenho do
cargo quando:
• aproveitar‑se do cargo ou função para
cometer infração penal; e
• praticar ato que afete a moral e os bons
costumes, o pundonor ou o decoro da
classe, no desempenho do cargo ou
função.
Conselho de Justificação
Considera‑se que o acusado teve
conduta irregular quando:
- cometer transgressão da disciplina
que por sua gravidade ou natureza, a
permanência do acusado na
Corporação se constitua uma afronta
à disciplina;
Conselho de Justificação
• Considera‑se que o acusado teve conduta
irregular quando:
- condenado por sentença penal
transitada em julgado à pena
restritiva de liberdade individual
superior a 2 anos, conforme
artigo 112 da Lei 7.289/84;
Conselho de Justificação
• O acusado poderá ser afastado de suas
atividades.
• Em caso de condenação criminal de até 2
anos ou se ele pertencer a partido político
ou associação, suspensos ou dissolvidos,
ou que exerça atividades prejudiciais ou
perigosas à segurança nacional, o acusado
será automaticamente afastado de suas
funções;
Conselho de Justificação
• Somente o Governador do DF
poderá instaurar e nomear o
Conselho, que será formado por três
oficiais mais antigos (o Presidente, o
Relator e o Escrivão);
Absolvição Sumária
• O Governador poderá indeferir o
pedido de instauração do
Conselho considerando a
natureza da ação e os
antecedentes do justificando.
Conselho de Justificação
• - Se o justificante for do posto de
Coronel poderão ser chamados
oficiais da inatividade. Se não
houver oficial mais antigo, o
Governador solicita ao Ministro
do Exército a apresentação de
oficiais para compor o Conselho
Não podem fazer parte do CJ
• o oficial que formulou a acusação;
• os oficiais que tenham entre si, com o
acusador ou com o acusado,
parentesco consanguíneo ou afim, na
linha reta ou até o quarto grau de
consanguinidade colateral ou de
natureza civil; e
• os oficiais subalternos e/ou que
tenham particular interesse na decisão
Conselho de Justificação
• No caso de oficial da reserva
remunerada ou reformado e esse
não for localizado ou não atender
à intimação para comparecer
perante o Conselho de
Justificação, o processo corre à
revelia, caso ele não atenda à
publicação
Conselho de Justificação
• Compete ao oficial acusador a
confecção do Libelo Acusatório,
contendo a exposição dos fatos, com
todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado, as
argumentações técnico-jurídicas,
podendo arrolar no máximo 05
(cinco) testemunhas, no prazo de 05
(cinco) dias, a contar do recebimento
Conselho de Justificação
• O Conselho convocará o justificando
para tomar ciência da instauração do
processo administrativo
demissionário, entregará uma via do
Libelo e dará o prazo de 02 dias para
apresentar um advogado ou um
oficial para promover sua defesa.
Conselho de Justificação
• Apresentado o advogado ou o
defensor, nomeado ou dativo, será
disponibilizada carga dos autos,
sendo concedido o prazo de 05 dias
para apresentação da defesa prévia,
por escrito, com até 05 testemunhas
e eventuais providências ou
diligências a serem efetivadas
Conselho de Justificação
• Após apresentação da defesa prévia,
será marcada a primeira audiência,
onde:
• Será lavrado o termo de
compromisso do escrivão; procedida
a leitura da portaria de instauração e
demais peças
Conselho de Justificação
• Em seguida serão marcadas as
oitivas das testemunhas arroladas
no Libelo Acusatório; as oitivas
das testemunhas de defesa e as
eventuais diligências;
Conselho de Justificação
• o presidente do conselho ocupa a
cadeira ao centro da mesa, ficando à
sua direita o relator e à sua esquerda o
escrivão.
• o defensor ocupará uma mesa em
separado à esquerda do colegiado,
acompanhado do acusado;
• o depoente ocupará a cadeira ao centro
e à frente da mesa do colegiado;
Conselho de Justificação
• O Conselho poderá, entre outros,
tomar depoimento do ofendido; de
testemunhas; fazer acareações;
colher provas documentais; colher
provas emprestadas de processos
administrativos ou judiciais; solicitar
parecer médico acerca da saúde
mental do acusado; proceder ao
interrogatório do acusado;
Conselho de Justificação
• Após instrução da acusação,
serão realizadas as providências
elencadas na defesa prévia,
incluindo oitiva de testemunhas e
eventuais juntadas ou diligências
a serem efetivadas.
Conselho de Justificação
• Após isso, será realizado o
interrogatório do acusado.
• Em seguida, será aberta a
possibilidade de novas diligências,
tanto para a defesa, quanto para a
acusação
Conselho de Justificação
• O Conselho fará deliberação
acerca de eventual abuso de
defesa ou pedido meramente
protelatório, negando ou dando
seguimento ao pedido.
Conselho de Justificação
• Concluídos os trabalhos de
instrução, a defesa será intimada,
sempre que possível ao final da
audiência do interrogatório do
acusado, para apresentar as
Alegações Finais, por escrito, no
prazo de 05 (cinco) dias;
Conselho de Justificação
• Recebidas as alegações
finais, o Conselho terá 5
dias para a exposição
pública dos votos dos
membros;
Conselho de Justificação
• A decisão será sempre por maioria. E
o presidente anuncia a decisão final,
dizendo se o acusado é ou não
culpado. Se for culpado, se é capaz
ou incapaz de permanecer nas
fileiras da Corporação
Conselho de Justificação
• Não cabe recurso da
manifestação final do
Conselho de
Justificação;
Conselho de Justificação
• Após o parecer opinativo,
os autos serão remetidos ao
Governador do DF, por
meio do Comandante
Geral.
Conselho de Justificação
• O Governador poderá:
- arquivar;
- aplicar punição disciplinar;
- incluir na reserva remunerada;
- ou…
Conselho de Justificação
•remeter para o Tribunal de Justiça,
caso:
- se a razão pela qual o oficial foi
julgado culpado está prevista nos itens
I, III e V do artigo 2º da Lei nº
6.577/78; ou
Conselho de Justificação
- se, pelo crime cometido, previsto no
item IV, do artigo 2º, da Lei nº
6.577/78, o oficial foi julgado incapaz
de permanecer na ativa ou na
inatividade.
R.I.O.
No TJ o processo é remetido ao MP,
que fará ou não a representação. Após,
é recebido e distribuído ao relator que
abre prazo de 5 dias para a defesa se
manifestar sobre a decisão do
Conselho. Em seguida, o processo é
incluído na pauta de julgamento..
R.I.O.
• Os autos relatados serão submetidos a
julgamento na Câmara Criminal. Sendo
considerado culpado, o TJ poderá
declará-lo indigno do oficialato ou com
ele incompatível, determinando a perda
de seu posto e patente ou determinar sua
reforma.
• A reforma do oficial é efetuada no
posto que possui na ativa, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
R.I.O.
• A decisão da Câmara Criminal do TJ
é irrecorrível*
• A reforma do oficial ou sua
demissão ex-officio, consequente da
perda de posto e patente, conforme o
caso, é efetuada por ato do
Governador do DF, tão logo seja
publicado o acórdão do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal.
PALE e PADC
• O processo de licenciamento escolar e
o processo de desligamento de curso
estão previstos na Portaria PMDF nº
1.109, de 31 de dezembro de 2019
(Regulamento Geral de Educação).
• São destinados a julgar a permanência,
trancamento ou desligamento de
discentes de cursos na Corporação.
PALE e PADC
• Destinado a julgar a permanência, o
desligamento de curso ou a exclusão da
Corporação;
• É aplicado aos alunos dos Cursos
Iniciais de Carreira;
• Quando o aluno tiver estabilidade
assegurada, a exclusão da Corporação só
se dará por Conselho de Disciplina
PALE e PADC
• A conclusão ou formatura no curso
fica proibida para o aluno.
• Praças sem estabilidade não
respondem a PAL quando
matriculados nos cursos iniciais de
carreira.
Hipóteses de instauração
• I – ingressar no comportamento mau;
• II - praticar ato que por sua natureza
venha a denegrir a imagem da
Corporação ou afete a honra pessoal,
o pundonor ou o decoro da classe
policial militar;
Hipóteses de instauração
• III – for acusado de ter:
• a) procedido incorretamente no
desempenho do cargo ou função
policial militar;
• b) tido conduta irregular;
Hipóteses de instauração
• IV - for afastado do cargo, na forma
do Estatuto dos Policiais Militares da
Polícia Militar do Distrito Federal, por
se tornar incompatível com o mesmo
ou demonstrar incapacidade no
exercício de funções policiais militares
a ele inerente, salvo se o afastamento
for em decorrência de fatos que
motivem sua submissão a processo.
Conduta Irregular
• Entende-se por conduta irregular:
• a) incorrer em transgressão
disciplinar que possa repercutir
negativamente na disciplina dos
demais discentes e que, por sua
gravidade ou natureza, a permanência
do acusado na Corporação constitua
uma afronta à disciplina;
Conduta Irregular
• b) cometer reiteradas transgressões
disciplinares ou infrações às normas de
conduta do EE que indique
inadaptabilidade ou recalcitrância à
disciplina policial militar;
• c) cometer ou ter cometido transgressão
disciplinar de natureza grave que
contraindique a sua permanência no
curso;
Conduta Irregular
• d) cometer ato que atente contra o
Código de Honra do Cadete, no caso
de alunos do Curso de Formação de
Oficiais;
• e) utilizar-se ou tentar utilizar de
meios ilícitos ou desonestos para a
realização de atividades, avaliações
ou qualquer trabalho acadêmico;
Conduta Irregular
• f) ser condenado pelo cometimento
de crime de qualquer natureza.
PALE
• O discente submetido ao PALE, como
medida cautelar, poderá ser afastado da
atividade operacional, mas continuará
as atividades acadêmicas normais.
• A instauração do PALE é obrigatória
quando a conduta for grave, violar a
ética ou for tipificada como crime ou
contravenção penal.
PADC
• Processo destinado a julgar a
permanência ou o desligamento de
discente de Curso Sequencial de
Carreira ou de Curso de
Especialização.
Hipóteses de instauração
a) cometer reiteradas transgressões
disciplinares ou infrações às normas
de conduta do EE ou da UEE que
indique inadaptabilidade às
exigências do curso;
Hipóteses de instauração
• b) utilizar-se ou tentar utilizar de
meios ilícitos ou desonestos para a
realização de atividades, avaliações
ou qualquer trabalho acadêmico; ou
Hipóteses de instauração
• c) cometer ou ter cometido
transgressão disciplinar ou ato que
contraindique a sua permanência no
curso.
PADC
• Não será instaurado PADC quando a
conduta for grave, violar a ética ou
for tipificada como crime ou
contravenção penal, devendo ser
avaliada a instauração de PAL,
Conselho de Disciplina ou de
Justificação.
RITO
• O PALE e o PADC seguirão o mesmo
rito, e deverão adotar a seguinte
dinâmica:
1. Portaria de instauração;
2. Libelo acusatório;
3. Defesa preliminar e requerimento
de provas;
RITO
• 4. Oitiva de testemunhas;
• 5. Interrogatório do acusado;
• 6. Diligências;
• 7. Razões Finais de Defesa;
• 8. Relatório e Solução.
RITO
• Prazo: 20 dias, prorrogáveis por mais
20 dias.
• Tanto o oficial encarregado quanto o
escrivão deverão ser mais antigos que
o discente.
• Testemunhas: 03
RITO
1.O oficial encarregado produz e
entrega o libelo ao acusado;
2.Em 03 dias o acusado apresenta o
defensor (oficial ou advogado), a
defesa preliminar, o rol de
testemunhas e as diligências que
pretende que sejam realizadas;
RITO
• 3.Primeiro serão ouvidas as
testemunhas de acusação e
posteriormente as defesa e, por
último, o acusado;
• 4. Não havendo novas diligências, o
acusado terá 03 dias para a
apresentação das razões finais de
defesa.
RITO
5. Recebida a defesa, o encarregado
produz relatório opinando pelo
arquivamento; pelo desligamento do
curso e pelo licenciamento ou não do
discente das fileiras da corporação (no
caso de praça sem estabilidade). No
último caso, a decisão é exclusiva do
Comandante Geral;
RITO
• 6. No caso do PALE, o Comandante
Geral pode aplicar diretamente a
sanção de licenciamento da
corporação à praça sem estabilidade.
No caso do PADC, deve-se instaurar
o processo demissionário específico
caso haja violação da ética e da
disciplina;
RITO
• 7. No caso de praça com estabilidade
assegurada, o encarregado pode
sugerir a instauração de Conselho de
Disciplina;
• 8. A decisão de instaurar ou não será
do Comandante Geral.
RITO
9. Caso a solução no PALE ou no
Conselho de Disciplina seja pela
capacidade para permanecer na
corporação, pela não instauração de
CD, a medida a ser aplicada é o
desligamento com direito à
rematrícula.
RECURSOS
• Caberá pedido de reconsideração de
ato e recurso próprio ao Chefe do
DEC, no prazo de 05 dias úteis, das
decisões em sede de PADC;
• Da decisão do Comandante Geral no
PALE, cabe apenas pedido de
reconsideração de ato.
FIM

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