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PLANO DA OPERAÇÃO

ENERGÉTICA 2013/2017
PEN 2013

VOLUME I

CONDIÇÕES DE
ATENDIMENTO

Operador Nacional do Sistema Elétrico


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ONS RE-3-0066/2013

PLANO DA OPERAÇÃO
ENERGÉTICA 2013/2017
PEN 2013

VOLUME I

CONDIÇÕES DE
ATENDIMENTO

JUNHO 2013

PEN 2013 - Vol 1 - Condições de Atendimento.doc


Sumário

1 Apresentação 5
2 Conclusões e Recomendações 10
2.1 Conclusões 10
2.2 Recomendações 14
3 Premissas Básicas 16
3.1 Previsões de Carga 16
3.2 Oferta Existente e em Expansão 19
3.2.1 Oferta Existente em dezembro de 2012 19
3.2.2 Cronologia da Expansão da Oferta de 2012 a 2017 20
3.2.3 Geografia da Expansão da Oferta de 2013 a 2017 25
3.2.4 Características da oferta em expansão entre 2013 e 2017 30
3.2.4.1 Redução do Grau de Regularização 30
3.2.4.2 Sazonalidade da Oferta 33
3.2.4.3 Complementaridade da Oferta 34
3.2.4.4 Custo e relevância da oferta térmica 36
3.3 Impactos da Oferta até 2017 na segurança operativa do
SIN 39
3.4 Expansão das Interligações Inter-regionais entre 2013 e
2017 41
3.5 Subsistemas Elétricos 43
3.5.1 Acre – Rondônia e Sistema de Transmissão do Madeira 43
3.5.2 Manaus-Macapá (TMM) 47
3.6 Outras Premissas 49
3.6.1 CAR5 50
3.6.2 Custo do Déficit 50
3.6.3 Níveis de Armazenamento 50
4 Cenários Avaliados 52
4.1 Cenário de Referência (CR) 52
4.2 Cenário de Sensibilidade 53
5 Síntese dos Resultados das Avaliações Energéticas 54
5.1 Resultados do Cenário de Referência – CR 54
5.1.1 Riscos de déficit de energia 55
5.1.2 Custos Marginais de Operação 56
5.1.3 Análise com séries históricas de energias naturais - Cenário
CR 57
5.2 Balanço Estático de Energia 61
5.2.1 Balanço Estático de Garantia Física 61
5.2.2 Balanço Estático Complementar para o Subsistema Sul 67
5.3 Balanço Estático Complementar para o Subsistema
Nordeste 69
5.4 Balanço de Energia Firme 71
5.5 Balanço Estático de Demanda Máxima 73
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DE ATENDIMENTO
5.5.1 Premissas 74
5.5.2 Avaliação das condições de atendimento à demanda máxima
do SIN 77
5.5.3 Avaliação das condições de atendimento à demanda máxima
dos subsistemas Sudeste/C.Oeste e Sul 80
5.5.4 Avaliação das condições de atendimento à demanda máxima
dos subsistemas Norte e Nordeste 84
5.5.5 Expectativa de Geração Térmica para atendimento à
Demanda Máxima 86
5.6 Cenário de Sensibilidade – CS – Sensibilidade à carga do
Cenário de Referência 89
6 Aplicação dos Indicadores de Segurança Energética 93
7 ANEXOS 97
7.1 Anexo I – Evolução dos CMOs mensais e Análise das
Interligações 97
7.2 Anexo II – Projeções de Carga 120
7.3 Anexo III – Evolução da Capacidade Instalada por
Subsistema 124
7.4 Anexo IV – Carta Compromisso da Petrobras com ANEEL133
Lista de figuras e tabelas 134

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DE ATENDIMENTO
1 Apresentação

O Plano da Operação Energética - PEN tem como objetivo apresentar as


avaliações das condições de atendimento ao mercado previsto de energia
elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN para o horizonte do planejamento
da operação energética, cinco anos à frente.

Visando garantir e/ou aumentar a margem de segurança da operação do SIN,


este horizonte é necessário para que, com base nos critérios de segurança da
operação utilizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, possa
ser avaliada a necessidade de se tomar decisões e/ou estudos de antecipação
e/ou implantação de reforços de geração/transmissão pelo Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE/Empresa de Pesquisa Energética -
EPE, órgãos coordenados pelo Ministério de Minas e Energia – MME.

Neste contexto, este Plano da Operação Energética 2013/2017 - PEN 2013


avalia as condições de atendimento ao SIN para o horizonte de maio de 2013 a
dezembro de 2017.

As análises tomam por base o Programa Mensal de Operação – PMO de maio


de 2013 no que diz respeito à oferta existente, às interligações inter-regionais, às
expansões previstas de transmissão, aos condicionantes referentes à segurança
operativa e as restrições ambientais e de uso múltiplo da água existentes e
previstas nas bacias hidrográficas. A carga prevista corresponde à 1ª Revisão
Quadrimestral e a expansão da oferta prevista de geração tem como referência
os cronogramas de obras definidos pelo MME/CMSE/DMSE para o PMO de maio
de 2013.

A elaboração do PEN ao final da estação chuvosa do SIN permite mitigar as


incertezas inerentes às condições de armazenamento inicial e ao comportamento
das vazões ao longo do período úmido. Desta forma, foram considerados os
estoques armazenados no início de maio/2013.

Cabe destacar que as condições iniciais dos armazenamentos vêm assumindo


importância crescente nas avaliações das condições de atendimento no SIN,
tendo em vista a perda gradual da regularização plurianual dos reservatórios.
Esta perda se deve ao crescimento da carga sem a equivalente incorporação de
novos projetos de oferta hidroelétrica com reservatórios de regularização de
porte significativo.

Com relação à geração de cenários sintéticos de energia natural afluente (ENA),


foi observado, nas avaliações recentes que antecederam este PEN, que os
índices de desempenho do sistema, tais como os riscos de déficit, valor
esperado da energia não suprida e custos marginais de operação, ficaram
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fortemente influenciados pela adoção da geração de cenários condicionada ao
passado recente (uso da tendência hidrológica), não só no primeiro ano, mas em
todos os demais anos do horizonte de planejamento. Considerando a
característica estrutural deste Plano, a persistência dessa influência não é
adequada. Logo, a partir do PEN 2013 será adotada a geração de cenários não
condicionada ao passado recente, considerando a característica estrutural do
PEN.

Uma premissa adotada nesse PEN 2013 foi a consideração da geração térmica
na base no período entre maio e novembro de 2013, representando a aplicação
dos Procedimentos Operativos de Curto Prazo - POCP no primeiro ano.

As principais diretrizes para execução das avaliações energéticas estão contidas


nos Procedimentos de Rede, Submódulo 7.2 – Planejamento anual da operação
energética, aprovado pela Resolução Normativa ANEEL nº 372/09 de
05/08/2009, e Submódulo 23.4 – Diretrizes e critérios para estudos energéticos,
aprovado pela Resolução Normativa ANEEL nº 461/2011 de 11/11/2011.

Destaca-se que, nos cenários de oferta formulados no PEN 2013, foram


consideradas somente as obras já contratadas para entrega de energia até 2017,
incluindo o último leilão de energia nova realizado em 2012: 14º LEN A-5
(14/12/2012).

Não obstante, estão previstos leilões para 2013: o 5º LER, exclusivo para
eólicas, com entrega de produto em 2015, o que poderá justificar uma
reavaliação das condições de atendimento apresentadas neste Relatório, na
medida em que uma oferta maior poderá ser disponibilizada; e o 15º LEN (A-5),
que, no entanto, poderá apresentar contribuições para a matriz de energia
elétrica somente a partir de 2018.

Destaca-se também que para 2017 a oferta de energia ainda poderá ser
aumentada através de um LEN A-3 e/ou outros leilões de reserva para fontes
alternativas a serem realizados em 2014.

Assim como no PEN 2012, nos estudos do PEN 2013 os subsistemas elétricos
Acre/Rondônia – AC/RO e Tucuruí/Manaus/Macapá – TMM foram considerados
em separado, de forma que as condições de atendimento às suas cargas
possam ser avaliadas com base numa configuração energética mais
representativa da prática operativa. Foram, também, considerados mais três
subsistemas em separado: Madeira, Belo Monte e Teles Pires, visando melhor
representação das usinas hidráulicas a fio d’água programadas para esses
subsistemas, proporcionando uma melhor estimativa dos recursos hidráulicos e,
consequentemente, em toda a otimização do SIN.

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DE ATENDIMENTO
O PEN 2013 é apresentado nos seguintes volumes:

• Sumário Executivo, que apresenta um resumo das principais premissas, dos


principais resultados e das conclusões e recomendações.

• Volume I – Condições de Atendimento, que apresenta, além das


conclusões e das recomendações, uma análise mais detalhada dos principais
resultados das avaliações energéticas para o horizonte 2013/2017; e

• Volume II - Relatório Complementar, que, além de resultados de avaliações


complementares não apresentados no Volume I, traz ainda conceitos básicos
necessários à interpretação dos resultados, um resumo da metodologia
adotada e um conjunto de Anexos detalhando as informações e os dados
considerados nestes estudos.

O presente Relatório, correspondente ao Volume I – Condições de


Atendimento, está estruturado como descrito a seguir.

O Item 2 – Conclusões e Recomendações apresenta as conclusões e


recomendações que o ONS julga relevantes para garantir a margem adequada
de segurança da operação do SIN no horizonte 2013/2017.

No Item 3 – Premissas Básicas são apresentadas as principais premissas


adotadas, destacando-se:

• As previsões de carga de acordo com o cenário de projeção de crescimento


do PIB a uma taxa de 4,5% ao ano entre 2013 e 2017;

• A composição dos cenários de oferta de geração e transmissão, que tem por


base as informações do MME/CMSE/DMSE para o PMO de maio de 2013;

• A consideração da Carta Compromisso da Petrobras com a ANEEL para


recuperação da disponibilidade de geração termoelétrica com base em gás
natural;

• A consideração das Curvas Quinquenais de Aversão ao Risco – CAR 5; e

• A adoção da mesma curva de custo de déficit de um patamar utilizada nos


estudos de planejamento da expansão da geração desenvolvidos pela
EPE/MME.

Além de outras premissas, que correspondem às práticas operativas adotadas


pelo ONS.

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DE ATENDIMENTO
No Item 4 – Cenários Avaliados são descritos os cenários configurados para
avaliação das condições de atendimento ao mercado:

• Cenário de Referência – Cenário CR, que toma por base as premissas de


oferta do PMO de maio/2013 e o mercado referente à 1ª Revisão
Quadrimestral;

• Cenário de Sensibilidade: CS, que contempla um crescimento da carga mais


acelerado que no Cenário de Referência, visando avaliar o impacto de uma
antecipação do crescimento da demanda de energia elétrica no horizonte
2013/2017;

No Item 5 – Síntese dos Resultados das Avaliações Energéticas são


apresentados os principais indicadores das avaliações energéticas de médio
prazo para os cenários formulados, obtidos com base em simulações com o
Modelo NEWAVE (versão 17), utilizando-se tanto 2.000 séries sintéticas de
energias naturais afluentes como a repetição das séries históricas, destacando-
se os riscos de déficit de energia, os custos marginais de operação – valores
esperados anuais e mensais.

Também neste item são apresentados os resultados dos Balanços Estáticos de


Energia, com detalhamentos específicos para os Subsistemas Nordeste e Sul,
função, respectivamente, dos excedentes e dos déficits de garantia física
previstos para esses subsistemas; dos Balanços de Energia Firme e dos
Balanços Estáticos de Demanda Máxima, análise que se torna cada vez mais
importante, função do perfil de expansão da geração previsto para o horizonte de
análise, com forte participação de usinas térmicas, eólicas e hidroelétricas a fio
d’água ou com baixo grau de regularização.

No Item 6 são apresentados os resultados de uma aplicação experimental da


metodologia dos Indicadores de Segurança Energética - ISEN para o Cenário
de Referência do PEN 2013. Essa abordagem de avaliação das condições de
atendimento, através da valorização dos estoques de segurança, servirá para
dar maior robustez às decisões de curto e médio prazos calcadas nas métricas
usuais, como riscos de déficit de energia e custos marginais de operação -
CMOs.

No Anexo I deste relatório são apresentadas, apenas para o Cenário de


Referência, a evolução mensal dos CMOs por subsistema e uma análise das
interligações regionais, no Anexo II são detalhadas as projeções de carga de
energia consideradas nas análises e no Anexo III a evolução da capacidade
instalada por subsistema considerado no período 2013/2017. Finalmente, o
Anexo IV apresenta a Carta Compromisso da Petrobras com ANEEL.

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Cabe ressaltar que são apresentadas no Volume II – Relatório Complementar
do PEN 2013, análises adicionais do atendimento ao SIN no período 2013/2017,
contemplando: evolução dos níveis de armazenamento dos subsistemas;
estimativas dos montantes de geração termoelétrica requeridos; e um maior
detalhamento do atendimento à demanda máxima.

Também constam do Volume II um resumo dos conceitos básicos necessários à


melhor compreensão das análises e resultados publicados no PEN 2013, bem
como a metodologia e um conjunto de Anexos que detalham as informações
básicas do SIN e das usinas consideradas nos estudos realizados.

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2 Conclusões e Recomendações

2.1 Conclusões

1. Considerando-se a premissa de crescimento do PIB de 4,5% no período


2013/2017, a carga de energia do SIN deverá evoluir de 60.608 MWmed em
2012 para 75.569 MWmed em 2017 (já com a incorporação dos sistemas
isolados de Manaus e Macapá), o que representa um aumento médio de 4,4%
a.a.;

2. A capacidade instalada do SIN deverá elevar-se de 114.951 MW, existentes


em 31/12/2012, para 146.574 MW, em 31/12/2017. A hidroeletricidade
continuará como a principal fonte de geração de energia, embora sua
participação sofra uma redução nos próximos cinco anos, passando de
89.521 MW (77,9% do SIN) para 107.495 MW (73,3% do SIN);

3. Destaca-se o significativo incremento da capacidade instalada das usinas


eólicas, que passará de 1,5% da Matriz de Energia Elétrica (1.762 MW) para
5,8%, equivalente a 8.477 MW instalados ao final de 2017, sem considerar os
próximos leilões de energia nova que ainda poderão ocorrer em 2013 e 2014;

4. A necessidade de mudança de paradigma no planejamento e na programação


da operação do SIN permanece como ponto de destaque com relação à
expansão da oferta programada até 2017. Esta expansão está calcada em
usinas hidroelétricas com baixa ou nenhuma regularização plurianual e usinas
termoelétricas com Custos Variáveis Unitários – CVUs elevados, o que leva,
pelo critério usual de mínimo custo total de operação, a um retardo no
despacho térmico, submetendo cada subsistema a acentuados
deplecionamentos ao final de cada estação seca;

5. Desta forma, continua sendo fundamental, de modo a se evitar a dependência


das estações chuvosas subsequentes e garantir a segurança energética do
SIN o uso, a cada ano, dos Procedimentos Operativos de Curto Prazo –
POCP, o que resultará num custo de operação mais elevado para garantir os
estoques de segurança;

6. Na medida em que volumes crescentes de geração térmica poderão ser


necessários a cada ano para fazer frente à aplicação dos POCP, faz-se
necessário o equacionamento das eventuais restrições de logística de entrega
de combustível às usinas térmicas;

7. Em termos de evolução da Matriz de Energia Elétrica, ao se manter a atual


tendência da expansão da hidroeletricidade com baixa ou nenhuma
regularização plurianual e a entrada crescente de fontes intermitentes, como

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as usinas eólicas, o papel das termoelétricas flexíveis ou de baixa
inflexibilidade com custos de operação moderados e com menores incertezas
de suprimento de combustível (GN/GNL/Carvão) e com maior rapidez de
tomada e retomada de carga, passa a ser fundamental na seleção dos
projetos a serem ofertados nos próximos leilões de energia nova. Não
obstante, pequenas centrais e as fontes alternativas complementares no
período seco, como eólicas e biomassa, embora com perfis de ofertas
intermitentes, também apresentam papel importante na segurança operativa
do SIN, na medida em que funcionam como “reservatórios virtuais”,
complementando a geração hidráulica nas estações secas de cada ano;

8. Sob o enfoque da análise das condições de atendimento à carga, as


avaliações probabilísticas com base nos riscos de déficit de energia para o
Cenário de Referência indicam adequabilidade ao critério de suprimento
preconizado pelo Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, na
medida em que os riscos de déficit são inferiores a 5% em todos os
subsistemas no horizonte 2013/2017. Os riscos de déficit atingem valores de
no máximo 4,2% nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste e inferiores a
1,0% nos subsistemas Norte e Nordeste, em todo horizonte de estudo;

9. A análise dos custos marginais de operação indica a necessidade de estudos


de viabilidade de reforços na capacidade de exportação dos Subsistemas
Norte/Nordeste, na medida em que estes apresentam custos sempre
inferiores aos demais subsistemas;

10. Avaliações do atendimento à carga com base nas séries históricas de vazões
naturais afluentes (1932 a 2011) indicam que eventuais déficits estariam
associados à repetição de séries hidrológicas do período crítico do SIN:
1953/1955. Os montantes médios de energia não suprida foram pouco
significativos, podendo ser evitados por despacho antecipado de geração
térmica ou por políticas operativas específicas de intercâmbio, tal como
previsto nos Procedimentos Operativos de Curto Prazo - POCP aprovados
pelo CMSE. Porém, uma atenção especial deve ser dispensada para o caso
de repetição de sequências críticas de afluências nos próximos anos,
coincidentes com o período crítico do SIN. Na situação em que a série
histórica de 1955 coincida com os anos de 2016 ou 2017, o subsistema
Sudeste/Centro-Oeste apresentaria déficits superiores a 8% da sua carga;

11. Considerando que as condições de atendimento à carga são adequadas ao


critério de garantia do CNPE no horizonte 2013/2017, e considerando ainda
que existem sobras de garantia física no SIN nesse período, foi realizada
avaliação de sensibilidade com relação ao crescimento do mercado, podendo-
se concluir que a expansão prevista até 2017, mantidos os cronogramas

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programados neste PEN 2013, é capaz de suportar um crescimento médio
anual da carga de até 4,9 % a.a., atingindo 77,0 GWmed em 2017, contra os
4,4% a.a. do Cenário de Referência, cerca de 75,5 GWmed no mesmo ano, o
que significa que mesmo com uma antecipação da ordem de seis meses no
crescimento da carga ainda seria possível manter as condições de
atendimento ao mercado dentro do critério de garantia postulado pelo CNPE
(riscos de déficit não superior a 5%);

12. O balanço estático de energia do SIN com base nas garantias físicas das
usinas existentes e programadas indica sobras de energia ao longo de todo o
horizonte. Estas sobras anuais se encontram, a partir de 2014, no intervalo
entre 3,5 GWmed e 4,0 GWmed;

13. Considerando que a maior parte das sobras de energia e de garantia física
do SIN está localizada no subsistema Nordeste, com valores significativos
durante todo o horizonte do estudo e considerando ainda que neste
subsistema existe geração hidráulica mínima obrigatória, em razão de
restrições de uso múltiplo da água no rio São Francisco, especificamente no
reservatório de Sobradinho – defluência mínima de 1.300 m³/s, foram feitas
avaliações de eventuais restrições de alocação na curva de carga do SIN da
geração total contratada nos leilões. Os resultados obtidos indicam que ao
longo de todo horizonte de análise não há restrição para alocação da geração
disponível no subsistema Nordeste em nenhum dos patamares de carga,
considerando-se restrição de vazão mínima de 1.100 m³/s ou 1.300 m³/s;

14. No entanto, observa-se que a menor folga foi da ordem de 900 MWmed no
ano de 2015, no patamar de carga leve com restrição de vazão mínima
1.300 m3/s em Sobradinho. No patamar de carga média a folga é sempre
superior a 2.300 MWmed e no patamar de carga pesada superior a
3.200 MWmed. Porém, como o 5º LER, exclusivo para eólicas, está previsto
para acontecer no presente ano com entrega de produto em 2015, uma
reavaliação do congestionamento da geração disponível no subsistema
Nordeste poderá ser justificada;

15. Com relação ao subsistema Sul, devido a forte dependência de importação


de grandes blocos de energia de outras regiões do SIN, o que sempre envolve
riscos associados ao sistema de transmissão, as avaliações para situações
operativas em secas severas nesse subsistema, concomitantes com eventuais
indisponibilidades prolongadas no sistema elétrico de importação, poderão
resultar em insuficiência de oferta local para o pleno atendimento da carga. A
ampliação da capacidade de recebimento pelo Sul vem a contribuir para evitar
esta situação;

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16. Não obstante, a localização da nova oferta decorrente dos próximos LEN
e/ou LER deveria priorizar o subsistema Sul;

17. Com relação ao atendimento da demanda máxima do SIN, o balanço estático


de ponta indica que a capacidade líquida disponível prevista no horizonte do
PEN 2013 é sempre superior à demanda instantânea projetada, incluindo a
reserva operativa necessária. Entretanto, a tendência é de que seja
necessário o despacho de geração térmica acima das inflexibilidades
declaradas pelos agentes de geração térmica, dependendo da severidade das
perdas por deplecionamento dos reservatórios e/ou restrições internas na
malha de transmissão. Soma-se a esses eventos o progressivo aumento da
participação da geração térmica na oferta e da expansão hidráulica calcada
em usinas com baixa e/ou nenhuma regularização, o que reduz a
disponibilidade hidráulica no horário de demanda máxima;

18. Vale destacar que a potência posta à disposição por decorrência do


despacho esperado por ordem de mérito poderá evitar a maior parte das
necessidades de geração térmica adicional indicadas nas avaliações quando
se considera apenas as inflexibilidades declaradas, de forma a atender a
demanda máxima, levando em conta a reserva operativa;

19. Não obstante, análises de sensibilidade apontam que os despachos térmicos


adicionais às inflexibilidades poderão ser substituídos, no todo ou em parte,
por maior disponibilidade de geração hidroelétrica, associada a
armazenamentos mais elevados nos reservatórios do SIN (menores perdas
por deplecionamento). Esses armazenamentos poderão ser obtidos por
afluências mais favoráveis e/ou da aplicação de políticas de segurança
operativa – POCP;

20. Na análise dos subsistemas Sudeste/C.Oeste/Sul, observa-se que a partir do


2º semestre de 2016 poderá ser necessário o uso da geração térmica a óleo
desses subsistemas e que no 2º semestre de 2017 poderão ser necessários
intercâmbios de potência provenientes dos subsistemas Norte/Nordeste,
quando existirem folgas na interligação;

21. A disponibilidade de potência hidráulica poderá ser aumentada com a


implantação de novas unidades geradoras em poços provisionados em
algumas usinas hidroelétricas existentes (em torno de 5 GW, segundo
inventário da ABRAGE);

22. Cabe destacar a aplicação, ainda preliminar, da metodologia dos Indicadores


de Segurança Energética – ISEN mostrou resultados bastante aderentes ao
diagnóstico das condições de atendimento utilizando-se as métricas usuais,
como Riscos de Déficit, ou seja, o SIN apresenta situação adequada de
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garantia de suprimento no período 2014/2017, dentro dos critérios atuais
preconizados pelo CNPE; e

23. Finalmente, com relação às interligações regionais, uma análise mais


detalhada deve considerar os resultados dos estudos de congestionamentos
para cada patamar da curva de carga e em situações operativas com secas
severas, que indicam a necessidade de avaliações custo/benefício de
reforços, em especial na interligação Norte/Sul e Sul-SE/CO.

2.2 Recomendações

1. Considerando que os resultados de um estudo dessa natureza estão


intrinsecamente relacionados com as premissas de carga e, principalmente,
da expansão da oferta prevista, é recomendação relevante que o MME/CMSE
e a ANEEL mantenham o estrito acompanhamento dos cronogramas de
expansão da oferta, com destaque para as seguintes instalações: usinas
hidroelétricas Belo Monte (11.233 MW), Jirau (3.750 MW), Santo Antônio
(3.150 MW), Teles Pires (1.820 MW), Santo Antônio do Jari (373 MW), Baixo
Iguaçu (350 MW), Simplício (334 MW), Colíder (300 MW), usinas
termoelétricas Baixada Fluminense (530 MW) e Maranhão III (499 MW), além
da UTN Angra III (1.405 MW);

2. Os resultados das avaliações energéticas deste PEN 2013 recomendam a


necessidade do desenvolvimento de estudos de viabilidade econômica de
ampliação da capacidade da interligação Norte-Sul e Sul-Sudeste/Centro-
Oeste;

3. Avaliar a viabilidade de realização de leilões especiais de energia por fonte e


região, em particular para o subsistema Sul;

4. Considerando o perfil atual de expansão da oferta, com parcela significativa


de termoelétricas, recomenda-se que nos estudos de planejamento da
expansão da oferta no âmbito do MME sejam também consideradas as
necessidades de atendimento à demanda máxima do SIN, de forma que o
dimensionamento da capacidade instalada para o atendimento à ponta seja o
mais econômico possível;

5. Neste sentido, é recomendável ao MME e ANEEL a manutenção e avanço nos


estudos de criação de incentivos econômicos e regulatórios para motorização
dos poços existentes em algumas usinas já em operação (da ordem de
5 GW), o aumento de potência hidráulica no SIN, como, por exemplo, através
de repotenciação de usinas existentes e/ou previsão da instalação de potência
adicional em novos projetos hidrelétricos;

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DE ATENDIMENTO
6. Avaliar também a possibilidade de criação de mecanismos regulatórios para
contratação de potência e/ou encargos de capacidade;

7. Que o MME/EPE avaliem junto a fabricantes de usinas térmicas novas


tecnologias de projetos que possam ter maior flexibilidade na variação de
tomada e retomada de carga de forma a fazer frente à participação de fontes
intermitentes na matriz de energia elétrica brasileira.

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DE ATENDIMENTO
3 Premissas Básicas

3.1 Previsões de Carga

As previsões de carga adotadas foram elaboradas em conjunto pela EPE/MME e


ONS, e serão consubstanciadas em Nota Técnica conjunta – “1ª Revisão
Quadrimestral das Projeções da Demanda de Energia Elétrica do Sistema
Interligado Nacional”.

Nesta 1ª Revisão Quadrimestral de 2013, utilizada então no PEN 2013, EPE e


ONS levaram em consideração uma avaliação da conjuntura no período de
janeiro a março deste ano, postergação da interligação dos sistemas isolados de
Manaus e Macapá para setembro/13 e a redução temporária da carga sinalizada
por algumas indústrias do setor de metalurgia. Estas reduções já vêm sendo
observadas, como consequência da conjuntura econômica mundial
principalmente em setores da indústria nacional voltados para a exportação.

Além disso, não houve alterações nas previsões dos indicadores de crescimento
econômico, resultando em um crescimento médio de 4,5% para o período 2013-
2017. As premissas macroeconômicas foram mantidas.

Desta forma, para a atualização da base de dados do Planejamento da


Operação Energética, as previsões para o período de maio/13 a dezembro/17,
consideraram uma taxa média de crescimento prevista para o período 2013-2017
de 4,4% ao ano.

O crescimento da carga de energia do SIN, no período de janeiro a maio de


2013, considerando os valores verificados até março, preliminar para abril e
previsto no PMO para maio, registrou uma taxa média de crescimento em torno
de 3,6% sobre igual período de 2012. Merece destaque o crescimento da carga
do Nordeste, cuja expansão se situa em 9,1%.

O subsistema Norte apresentou a menor taxa de crescimento em relação ao


mesmo período do ano anterior, 0,4%, essencialmente como resultado da
redução de carga de importantes plantas industriais dos segmentos de cobre e
de ferro-níquel e da redução de carga de um grande consumidor da rede básica
do setor de alumínio.

As alterações conjunturais levaram a uma revisão das projeções de previsão de


carga elaboradas em dezembro/12 para o Planejamento Anual da Operação
Energética e utilizada nos Programas Mensais de Operação de janeiro a abril de
2013. As linhas gerais do cenário macroeconômico e as premissas setoriais
adotadas não foram alteradas para esse horizonte.

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DE ATENDIMENTO
As altas temperaturas e o tempo seco que persistiu sobre as áreas litorâneas do
Nordeste associados à incorporação de eletrodomésticos às residências e o
crescimento do comércio, proporcionados incremento da renda e do avanço do
emprego refletiu diretamente no desempenho da carga dessa Região no período
de janeiro a março/13.

A redução temporária da carga de energia de grandes consumidores industriais


da rede básica no Norte, a ocorrência de temperaturas amenas para essa época
do ano no Sul e o menor dinamismo da indústria, principalmente no Subsistema
Sudeste/Centro-Oeste onde está concentrada cerca de 60% da carga industrial
do país, foram alguns dos fatores que influenciaram o desempenho da carga do
SIN no primeiro trimestre de 2013.

Nessas condições, a taxa de crescimento da carga de energia prevista para o


ano de 2013 é de 4,8%, devendo situar-se 165 MW médios superiores aos
valores previstos para a o Planejamento Anual da Operação Energética do
Sistema Interligado Nacional (2013-2017), elaborada em dezembro/12.

A interligação dos sistemas isolados de Manaus e Macapá ao SIN a partir de


setembro de 2013 e Boa Vista no início de 2015 apresenta acréscimos elevados
de carga nos anos de 2013, 2014 e 2015. No SIN, nesses anos, haverá um
acréscimo de carga de 2.920, 3.664 e 2.844 MW médios respectivamente.

Em relação às previsões adotadas para o PEN 2012, os valores da atual


projeção da carga de energia do SIN situam-se acima das previsões utilizadas
para aquele estudo. O resultado é uma diferença, a maior, de 45 MWmed em
2013, 503 MWmed, em 2014, 575 MWmed em 2015 e 580 MWmed em 2016,
conforme pode ser visualizado na Figura 3-1, a seguir:

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-1: Previsão de Carga de Energia do SIN 2013 - 2017 (MWmed)

Em resumo, as principais hipóteses básicas consideradas na previsão de carga


para o PEN 2013 foram:

• Crescimento econômico 2013/2017: taxa de crescimento do PIB de 4,5 % ao


ano, para o período 2013 a 2017.

• Mercado e Carga do SIN verificados em 2012: aumento da carga de energia


de 4,2%.

• Mercado e Carga do SIN verificados/previstos em 2013: aumento da carga de


energia de 4,8%.

• No subsistema Norte, menor taxa de crescimento em relação ao mesmo


período do ano anterior, decorrente da redução de carga de importantes
plantas industriais dos segmentos de cobre e de ferro-níquel e da redução de
carga de um grande consumidor da rede básica do setor de alumínio.

• Previsão da Interligação dos sistemas isolados de Manaus e Macapá ao SIN a


partir de setembro de 2013 e Boa Vista a partir de fevereiro de 2015.

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DE ATENDIMENTO
Considerando-se a premissa de crescimento do PIB de 4,5 % no período
2013/2017, a carga de energia do SIN deverá evoluir de 63.528 MWmed em
2013 para 75.569 MWmed em 2017 (já com a incorporação dos sistemas
isolados de Manaus, Macapá e Boa Vista), o que representa o equivalente a um
aumento médio de 4,4% a.a. da carga a ser atendida no SIN. A Tabela 3-1, a
seguir, apresenta a projeção de carga anual considerada neste PEN 2013,
destacando-se o crescimento anual da carga do SIN em MWmed e em %.

Tabela 3-1: Previsão de Carga de Energia do SIN 2013 - 2017 (MWmed)

TMM Cresc. Cresc.


Ano SE/CO Sul Nordeste Norte AC/RO SIN
(3) (MWmed) (%)

2012(1) 36.721 10.256 9.042 4.118 471 - 60.608 - -


2013(2) 37.898 10.629 9.728 4.253 498 523 63.528 2.920 4,8
2014 39.852 11.019 10.076 4.562 518 1.166 67.192 3.664 5,8
2015 41.531 11.423 10.494 4.728 544 1.316 70.037 2.844 4,2
2016 43.073 11.843 10.948 4.829 571 1.383 72.646 2.610 3,7
2017 44.794 12.290 11.476 4.956 602 1.451 75.569 2.922 4,0
Crescimento Médio de 2013 a 2017 2.992 4,4

(1) Valor verificado. (2) Valores verificados até março; abril e maio coincidentes com previsão de curto prazo para o modelo
DECOMP. (3) TMM – Sistema Tucuruí-Manaus-Macapá + Boa Vista.

Destaca-se que a carga do sistema isolado de Boa Vista (RR) está contemplada
na Tabela 3-1, anterior, no subsistema Manaus-Macapá, em função da
integração deste sistema isolado ao SIN nos estudos do PEN 2013, a partir de
fevereiro de 2015.

A Tabela II-1 e a Figura II-1 do Anexo II apresentam a previsão de carga e o


gráfico de crescimento anual detalhado por subsistemas, incluindo os sistemas
Acre-Rondônia e Manaus-Macapá.

3.2 Oferta Existente e em Expansão

3.2.1 Oferta Existente em dezembro de 2012

A Figura 3-2, a seguir, apresenta a capacidade instalada no SIN em 31/12/2012,


totalizando 114.951 MW, dos quais 84.721 MW (73,7%) em usinas hidroelétricas,
incluindo a parcela de Itaipu disponível para o Brasil, 18.720 MW (16,3%) em
usinas termoelétricas convencionais e nucleares e 11.510 MW (10,0%) em
PCHs, Usinas a Biomassa e Eólicas.

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-2: Capacidade Instalada do SIN (MW) – 31/12/2012

7.000 6.200
1.762 5,4%
1,5% 6,1%
4.948 71.521
4,3% 62,2%
4.800
4,2%

18.720
16,3%

Total Disponível: 114.951 MW

Hidráulica Térmica PCHs


Biomassa Eólicas Itaipu 60 Hz (Brasil)
Compras Itaipu

No total, o ONS representa individualmente a operação de 135 usinas


hidroelétricas e 83 usinas termoelétricas, além do conjunto das 556 pequenas
centrais hidroelétricas, 204 usinas a biomassa, 112 usinas eólicas e 1 usina
solar, cujas gerações são consideradas como abatimento da carga, de acordo
com as Resoluções Normativas ANEEL 440/2011 e 476/2012.

3.2.2 Cronologia da Expansão da Oferta de 2012 a 2017

O programa de expansão da oferta de geração considerado como base para a


formulação dos Cenários Avaliados – Item 4 – teve como referência os
cronogramas de obras definidos pelo MME/CMSE/DMSE para o PMO de maio de
2013. A expansão da oferta de energia elétrica a ser incorporada ao SIN no
horizonte 2013/2017 é composta de 3 conjuntos de projetos:

• Conjunto 1 – neste conjunto estão incluídas as usinas cujas concessões


foram outorgadas no modelo institucional anterior, pelo processo de licitação
pela maior oferta pela concessão. Atualmente, fazem parte desse conjunto,
apenas a UTE Canoas, as usinas existentes nos sistemas isolados de Manaus
e Macapá que se integrarão ao SIN através da interligação Tucuruí-Manaus-
Macapá (TMM) e a UTN Angra III que, conforme o art. 3º-A, § 2º da Lei
nº 10.848, de 15 de março de 2004, declara que na hipótese de a energia de
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DE ATENDIMENTO
reserva ser proveniente de fonte nuclear, sua contratação será realizada
diretamente com a Eletrobrás Termonuclear S.A. – ELETRONUCLEAR;

• Conjunto 2 – usinas cujas concessões foram obtidas através de leilões de


menor preço da energia a ser disponibilizada ao SIN (LEN A-3, LEN A-5, LFA,
LER e outros), conforme modelo institucional vigente, cujos cronogramas são
acompanhados mensalmente pelo CMSE/DMSE; e

• Conjunto 3 – usinas cujas concessões são apenas autorizadas, sem


processo licitatório, cujos cronogramas são acompanhados apenas pela
ANEEL, composto de PCHs e PCTs ou outras fontes.

A Figura 3-3, a seguir, apresenta a cronologia dos leilões realizados entre 2005 e
2012 com os respectivos resultados de oferta. Para 2013 estão previstos, pelo
MME, o 5º LER com entrega de produto em 2015 e o 15º LEN (A-5), que, no
entanto, não apresentará contribuições o horizonte 2013/2017, pois os produtos
deverão ser entregues apenas a partir de 2018.

Figura 3-3: Cronologia dos Leilões

14º LEN - A-5 2012 501 MW 1 UHEs e 10 UEEs (2017)

13º LEN - A-5 2011 1.212 MW 1 UHE, 39 UEEs e 2 BIOs (2016)

4º LER - 2011 1.188 MW 34 UEEs e 7 BIOs (2014)

12º LEN - A-3 2011 2.715 MW 1 UHE, 2 UTEs, 44 UEEs e 3 BIOs (2014)

11° LEN - A-5 2010 2.120 MW 2 UHEs (2015)

2° LFA - 2010 1.686 MW 49 UEEs, 1 BIO e 5 PCHs (2013)

3° LER - 2010 1.009 MW 20 UEEs, 9 BIOs 2 PCHs (2011)

10° LEN - A-5 2010 809 MW 3 UHEs e 5 PCHs (2015)

3° LPE (BM) - A-5 2010 11.233 MW 1 UHE (2015)

2° LER - 2009 (Eólica) 1.807 MW 71 UEEs (2012)

8° LEN - A-3 2009 50 MW 1 BIO e 1 PCH (2012)

1° LER - A-3 2008 2.379 MW 31 BIOs (2010)

7° LEN - A-5 2008 5.453 MW 1UHE e 22 UTEs (2013)

6° LEN - A-3 2008 1.944 MW 10 UTEs (2011)

2° LPE (JI) - A-5 2008 3.300 MW 1 UHE (2013)

1° LPE (St.Ant) - A-5 2007 3.151 MW 1 UHE (2012)

1° LFA - A-3 2007 619 MW 6 BIOs e 11 PCHs (2010)

5° LEN - A-5 2007 4.109 MW 4 UHEs e 5 UTEs (2012)

4° LEN - A-3 2007 1.823 MW 12 UTEs (2010)

3° LEN - A-5 2006 1.552 MW 2 UHEs, 3 UTEs, 5 BIOs e 1 PCH (2011)

2° LEN - A-3 2006 1.137 MW 9 UTEs, 4 BIOs e 7 PCHs (2009)

1° LEN - A-5 2005 2.637 MW 7 UHEs, 19 UTEs, 5 BIOs e 3 PCHs (2009)

Hidráulica PCH Eólica Biomassa Óleo Diesel Gás de Processo Gás Natural GNL Carvão Mineral Óleo Combustível
Cronologia da Entrega () e Potência Contratada (ano) de entrega (a partir de)

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DE ATENDIMENTO
Ao todo já foram realizados 22 leilões de energia nova, tendo sido outorgados
52.434 MW de capacidade instalada em 483 novas usinas, sendo 25 usinas
hidroelétricas, 35 PCHs, 82 usinas térmicas convencionais, 74 usinas a
biomassa e 267 usinas eólicas.

A Tabela 3-2, a seguir, resume a evolução da oferta elétrica entre 2012 e 2017,
por tipo de fonte, destacando-se os crescimentos percentuais para a expansão
das usinas eólicas (381%) e das usinas nucleares (71%), pela consideração de
Angra III.

Tabela 3-2: Resumo da Evolução da Matriz de Energia Elétrica (MW) - 31/dez

Crescimento
2012 2017
TIPO 2012-2017
MW % MW % MW %
Hidráulica (1) 89.521 77,9 107.495 73,3 17.974 20,1
Nuclear 1.990 1,7 3.395 2,3 1.405 70,6
Gás/GNL 9.808 8,5 12.706 8,7 2.898 29,5
Carvão 2.125 1,9 3.205 2,2 1.080 50,8
Biomassa 4.948 4,3 5.875 4,0 927 18,7
Outros (2) 749 0,7 749 0,5 0 0,0
Óleo Combustível/Diesel 4.048 3,5 4.672 3,2 624 15,4
Eólica 1.762 1,5 8.477 5,8 6.715 381,1
Total 114.951 100,0 146.574 100,0 31.623 27,5

OBS: (1) A contribuição das PCHs e da UHE Itaipu está considerada na parcela “Hidráulica”. (2) A parcela “Outros” se
refere a outras usinas térmicas com CVU.

Considerando a redução das compras de Itaipu, devido ao acréscimo da carga


da ANDE, a Tabela 3-3, a seguir, apresenta os acréscimos de potência instalada
do SIN por fonte de geração em cada ano do horizonte 2013/2017.

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DE ATENDIMENTO
Tabela 3-3: Acréscimo Anual da Potência Instalada no SIN (MW) – 31/dez

Total
TIPO 2013 2014 2015 2016 2017
2013/2017
Reservatório 545 0 0 135 0 680
Hidráulicas Fio d’água 871 4.663 4.293 3.095 4.235 17.157
Total 1.416 4.663 4.293 3.230 4.235 17.837
Nuclear 0 0 0 0 1.405 1.405
GN 2.116 782 0 0 0 2.898
GNL 0 0 0 0 0 0
Carvão 1.080 0 0 0 0 1.080
Térmicas
Óleo 317 201 0 0 0 518
Diesel 106 0 0 0 0 106
Outros (1) 0 0 0 0 0 0
Total 3.619 983 0 0 1.405 6.007
PCHs 393 168 61 0 3 625
Biomassa 753 84 40 50 0 927
Eólicas 1.431 3.171 1.146 686 281 6.715
Itaipu 60 Hz (Brasil) 0 0 0 0 0 0
Capacidade Instalada 7.612 9.069 5.540 3.966 5.924 32.111
Compras Itaipu (2) -80 -88 -97 -106 -117 -488
Total 7.532 8.981 5.443 3.860 5.807 31.623

OBS: (1) Outros se refere a Cocal, PIE-RP, Cisframa, Sol e UTE Do Atlântico. (2) Valores negativos se referem à redução
das compras de Itaipu devido ao acréscimo da carga da ANDE.

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DE ATENDIMENTO
Conforme Tabela 3-4, a seguir, a capacidade instalada do SIN deverá evoluir de
114.951 MW, existentes em 31/12/2012, para 146.574 MW, em 31/12/2017 -
aumento de 31.623 MW, aproximadamente 27,5% em 5 anos.

Tabela 3-4: Evolução da Potência Instalada no SIN (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório 42.778 37,2 43.323 43.323 43.323 43.458 43.458 29,6
Hidráulicas Fio d’água 28.743 25,0 29.614 34.277 38.570 41.665 45.900 31,3
Total 71.521 62,2 72.937 77.600 81.893 85.123 89.358 60,9
Nuclear 1.990 1,7 1.990 1.990 1.990 1.990 3.395 2,3
GN 9.104 7,9 11.220 12.002 12.002 12.002 12.002 8,2
GNL 704 0,6 704 704 704 704 704 0,5
Carvão 2.125 1,9 3.205 3.205 3.205 3.205 3.205 2,2
Térmicas
Óleo 3.144 2,7 3.461 3.662 3.662 3.662 3.662 2,5
Diesel 904 0,8 1.010 1.010 1.010 1.010 1.010 0,7
Outros (*) 749 0,7 749 749 749 749 749 0,5
Total 18.720 16,3 22.339 23.322 23.322 23.322 24.727 16,9
PCHs 4.800 4,2 5.193 5.361 5.422 5.422 5.425 3,7
Biomassa 4.948 4,3 5.701 5.785 5.825 5.875 5.875 4,0
Eólicas 1.762 1,5 3.193 6.364 7.510 8.196 8.477 5,8
Itaipu 60 Hz (Brasil) 7.000 6,1 7000 7.000 7.000 7.000 7.000 4,8
Capacidade Instalada 108.751 94,6 116.363 125.432 130.972 134.938 140.862 96,1
Itaipu 50 Hz (Paraguai) 6.200 5,4 6.120 6.032 5.935 5.829 5.712 3,9
Total disponível 114.951 100,0 122.483 131.464 136.907 140.767 146.574 100,0

OBS: (*) Outros se refere a Cocal, PIE-RP, Cisframa, Sol e Do Atlântico.

De forma complementar, no Anexo III é detalhada a evolução da capacidade


instalada por subsistema considerado.

A Tabela 3-5, a seguir, apresenta um resumo da expansão da capacidade


instalada no SIN distribuída conforme os conjuntos de oferta definidos
anteriormente, inclusive com a integração das usinas dos Sistemas Manaus e
Macapá (Interligação TMM).

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DE ATENDIMENTO
Tabela 3-5: Expansão da Potência Instalada com Novos Projetos e TMM (MW)

SIN 2013 2014 2015 2016 2017 Total


Oferta anterior aos Leilões (1) 101 (2) 88 0 0 1405 1594
Outras PCH, PCT e EOL (3) 594 154 0 0 0 748
Integração de TMM ao SIN 1384 0 0 0 0 1384
1º LEN 386 0 0 0 0 386
2º LEN (A-3) -22 (4) 0 0 0 0 -22
3º LEN (A-5) 13 0 0 0 0 13
1º LFA 35 15 0 0 0 50
4º LEN (A-3) 0 0 0 0 0 0
5º LEN (A-5) 1285 0 0 0 0 1285
UHE Sto Antônio 429 1301 795 0 0 2525
UHE Jirau 0 3000 750 0 0 3750
1º LER 467 0 40 0 0 507
6º LEN (A-3) 0 0 0 0 0 0
7º LEN (A-5) 1211 201 0 0 350 1762
8º LEN (A-3) 0 0 0 0 0 0
2º LER 653 696 0 0 0 1349
UHE Belo Monte 0 0 194 3096 3665 6955
10º LEN (A-5) 0 138 671 0 0 809
2º LFA 428 389 602 0 0 1419
3º LER 118 341 150 0 0 609
11º LEN (A-5) 0 247 1943 0 3 2193
12º LEN (A-3) 500 1671 0 0 0 2171
4º LER 30 740 190 0 0 960
13º LEN (A-5) 0 88 205 870 0 1163
14º LEN (A-5) 0 0 0 0 501 501
Total SIN 7612 9069 5540 3966 5924 32111 (5)

Observações: (1) Usinas com concessão outorgadas antes da sistemática dos leilões (inclui a UTN Angra 3).
(2) Repotenciação da UHE Tucuruí e desativação da UTE Termonorte I. (3) PCH e PCT autorizadas pela ANEEL com datas
informadas ao CMSE/DMSE (inclui expansão do Acre-Rondônia). (4) Repotenciação de Pau Ferro I e Termomanaus
(5) Total não inclui compras Itaipu.

3.2.3 Geografia da Expansão da Oferta de 2013 a 2017

Da Figura 3-4 a Figura 3-11, a seguir, ilustra-se a distribuição geográfica da


expansão contratada até 2017 através dos diversos leilões de energia nova
realizados entre 2005 e 2012, além da oferta anterior aos leilões e da
UTN Angra 3.
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DE ATENDIMENTO
Figura 3-4: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – UHEs

Figura 3-5: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – UTEs a Óleo
Combustível e Diesel

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-6: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – UTEs a GN e GNL

Figura 3-7: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – UTEs a Carvão

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-8: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – UTEs Nucleares

Figura 3-9: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – UTEs a Biomassa

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-10: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – PCHs

Figura 3-11: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica – UEEs

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DE ATENDIMENTO
3.2.4 Características da oferta em expansão entre 2013 e 2017

Do Item 3.2.2 (Tabela 3-2), observa-se que a hidroeletricidade continuará como a


principal fonte de geração de energia, embora sua participação no total da
potência instalada do SIN deva ser reduzida de 78% em dezembro de 2012 para
73% em dezembro de 2017.

A participação da fonte eólica, todavia, aumentará, nos próximos 5 anos, com um


aumento de 381%, passando de 1.762 MW (1,5%) para 8.477 MW (5,8%), assim
como a fonte biomassa, com um aumento de 19%, passando de 4.948 MW
(4,3%) para 5.875 MW (4,0%). A fonte termoelétrica praticamente manterá seu
percentual de participação, evoluindo de 18.720 MW (16,3%) para 24.727 MW
(16,9%), conforme observado na Tabela 3-4. Atente-se ao fato de que estas
ofertas ainda deverão sofrer os acréscimos decorrentes do próximo LER,
previsto para agosto do corrente ano.

De acordo com o programa de obras considerado no PEN 2013, entre maio de


2013 e dezembro de 2017 estão previstas a entrada em operação de 332 novas
usinas, das quais 14 hidroelétricas, 21 termoelétricas, 243 usinas eólicas e 6
pequenas centrais hidroelétricas – PCHs, e outras 48 pequenas centrais
autorizadas pela ANEEL. O detalhamento dos cronogramas de motorizações
encontra-se no Volume II – Relatório Complementar, em seu Anexo V -
Expansão da Oferta de Geração.

A seguir são destacadas, como nas últimas edições do PEN, quatro


características importantes desse programa de obras que exigem mudanças de
paradigma no planejamento, na programação e na operação do SIN.

3.2.4.1 Redução do Grau de Regularização

Embora a hidroeletricidade continue sendo predominante até 2017, o acréscimo


desse tipo de fonte (17.837 MW, em 14 UHEs), incluindo a incorporação ao SIN
das UHEs Balbina e Coaracy Nunes, já em operação, através da interligação
Tucuruí-Manaus-Macapá-TMM, se dará por usinas com baixo ou nenhum grau
de regularização anual ou plurianual (usinas com pequeno ou nenhum
reservatório de regularização).

Desse total de 17.837 MW, apenas 680 MW estão associados a usinas com
reservatório de regularização. Esse fato se deve às restrições de ordem
ambiental, com requisitos de ações mitigadoras cada vez mais rigorosos, o que
acaba por inviabilizar a construção de reservatórios de regularização e/ou a
inviabilidade econômica de formação de grandes reservatórios em regiões como
a Amazônia, por exemplo, caracterizada por potenciais hidroelétricos de baixa

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 30 / 137

DE ATENDIMENTO
queda e altas vazões no período chuvoso, o que exigiria investimentos
antieconômicos para o represamento das vazões nas estações úmidas.

A Figura 3-12, a seguir, ilustra essa característica, comparando a evolução da


energia armazenada máxima do SIN – EARmax, entre dezembro de 2013
(291.196 MWmês) e dezembro de 2017 (292.498 MWmês) com o grau de
regularização do SIN – GR, definido como sendo a quantidade de meses de
estoque de energia e calculado como a relação entre a EARmax e a carga a ser
atendida, esta abatida da geração térmica inflexível, da geração à biomassa, da
geração das pequenas centrais – PCHs e PCTs e da geração das usinas eólicas,
por serem fontes cuja representação nos estudos de planejamento da operação
se faz através do abatimento sobre a carga projetada.

A energia armazenável máxima aumenta em torno de 1.300 MWmed no


quinquênio (0,4%), enquanto a carga do SIN apresenta uma previsão de
acréscimo da ordem de 12.000 MWmed no mesmo período, em torno de 20%.

Figura 3-12: Evolução da Energia Armazenada Máxima e Grau de Regularização do SIN

320.000 6,0

310.000 5,4 5,5


5,2

EARMAX/CARGA (meses de estoque)*


5,0
300.000 4,9 5,0
EARMAX (MWmês)

4,7

290.000 4,5

280.000 4,0

270.000 3,5

260.000 3,0
2013 2014 2015 2016 2017
*Estão abatidas a inflexibilidade térmica e a geração das usinas não simuladas.

Observa-se que a expansão da capacidade de armazenamento do SIN nesse


quinquênio ocorre apenas em 2016 (820 MWmês) e 2017 (480 MWmês),
decorrente da entrada em operação das UHEs São Roque e Baixo Iguaçu,
ambas localizas no subsistema Sul.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 31 / 137

DE ATENDIMENTO
Em função dessa característica, o GR do SIN deverá evoluir de 5,4 meses de
estoque em 2013 para 4,7 meses em 2017, valor este com tendência de redução
gradativa para os próximos 10 anos, segundo estudos de planejamento da
expansão da EPE/MME, na medida em que o crescimento da carga não seja
acompanhado pela agregação de novas usinas com reservatório de
regularização e/ou por montantes equivalentes proporcionados por outras fontes
complementares inflexíveis. No passado, a GR do SIN já tingiu valores de até
6,5 meses, em 2002.

Cabe comentar que quanto menor o GR de um sistema como o SIN, com


acentuada sazonalidade das vazões naturais afluentes aos reservatórios, maior
será a dependência de períodos chuvosos para o seu reenchimento a cada ciclo
hidrológico anual e maior será o seu esvaziamento a cada final de estação seca,
aumentando a necessidade de fontes complementares nesses períodos e/ou
mecanismos operativos de segurança específicos para a garantia de
atendimento ao mercado, tais como os Procedimentos Operativos de Curto
Prazo- POCP e as Curvas de Aversão ao Risco - CAR, todos com impactos
diretos no custo final da energia produzida, em favor da segurança operativa.

A título apenas de exemplo, avaliou-se então qual seria o montante de energia a


ser agregado ao SIN no quinquênio 2013/2017 de tal modo que fosse mantido,
ao longo dos próximos cinco anos, o mesmo GR de 2013 (5,4 meses). Os
montantes necessários estão apresentados na Figura 3-13, a seguir.

Figura 3-13: Expansão adicional para manter o mesmo GR do SIN de 2013

350.000 6,0

340.000
5,4 5,4 5,4 5,4 5,4 5,5
330.000
+2,1 GWmed
5,4
EARMAX/CARGA (meses de estoque)*

inflex +4,2 GWmed


Inflex +6,3 GWmed
320.000 5,2 inflex
+8,8 GWmed
inflex 5,0
5,0
EARMAX (MWmês)

310.000
4,9
300.000 4,7 4,5

290.000

4,0
280.000

270.000
3,5

260.000
EARmáx adicional
EARmáx
250.000 3,0
2013 2014 2015 2016 2017
*Estão abatidas a inflexibilidade térmica e a geração das usinas não simuladas.

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DE ATENDIMENTO
Da Figura 3-13, anterior, observa-se que para manutenção deste GR de
5,4 meses através de uma expansão inflexível (abatida diretamente da carga,
por não serem simuladas) seria necessário a instalação de 2,1 GWmed em 2014
a 8,8 GWmed em 2017. Caso o GR (5,4 meses) fosse mantido pelo acréscimo
de energia armazenável (barra vermelha do gráfico), seria exigida a instalação
de 11,8 GWmed em 2014 (4% EARmax), atingindo o montante 47,7 GWmed
(16% EARmax) em 2017.

A Tabela 3-6, a seguir, apresenta a necessidade de capacidade instalada


adicional caso esta expansão fosse feita com fontes eólicas ou usinas térmicas
convencionais inflexíveis, respectivamente, podendo-se observar diferenças
significativas de necessidade de capacidade instalada nova dependendo da fonte
(entre 2,4 GW em 2014 e 29,3 GMW em 2017).

Tabela 3-6: Capacidade adicional para manter o mesmo GR do SIN de 2013

2014 2015 2016 2017


Adicional de Energia Inflexível (MWmed) 2.178 4.153 6.261 8.802
Se fosse com Usina Eólica (MW) 7.260 13.846 20.871 29.342
Se fosse com Térmica Inflexível Convencional (MW) 2.420 4.615 6.957 9.781

OBS: energia inflexível é aquela que se abate diretamente da carga (térmicas inflexíveis e/ou usinas não simuladas
individualmente). Considerado um fator de capacidade de 90% para as térmicas convencionais e 30% para as
eólicas.

Ressalta-se, no entanto, que a retomada, nos próximos 5 anos, aos níveis de


regularização de 2002 (6,5 meses de estoque), exigiriam a instalação de
19.750 MWmed inflexíveis adicionais até 2017, ou a incorporação de
115.500 MWmed de energia armazenada através de usinas hidroelétricas com
reservatórios, equivalente a um aumento de 39,5% EARmax em 2017.

Esse exercício serve para ratificar a tese de que as restrições à construções de


reservatórios de regularização tornam as fontes complementares cada vez mais
importantes para atenuar a redução gradativa do GR do SIN.

3.2.4.2 Sazonalidade da Oferta

A expansão da hidroeletricidade na Amazônia, com o Complexo do rio Madeira


(Santo Antônio já iniciou motorização em 2012 e Jirau está prevista de iniciar
ainda em 2013), com as usinas do rio Teles Pires (Teles Pires e Colíder têm
previsão para iniciar a operação em 2015) e com a UHE Belo Monte (cuja casa
de força complementar inicia motorização em 2015 e a principal em 2016), além
das usinas previstas, nos estudos do MME/EPE – PDE 2021, para mais longo
prazo no rio Tapajós, entre outras usinas da Amazônia, todas com

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 33 / 137

DE ATENDIMENTO
características semelhantes, de grande capacidade de produção no período
chuvoso, sem reservatório de acumulação, e baixa produção no período seco,
imputando assim uma acentuada sazonalidade da oferta, à semelhança da usina
de Tucuruí, em operação, no rio Tocantins.

Além disso, esses projetos estão localizados longe dos grandes centros de
carga, exigindo extensos sistemas de transmissão para o transporte de grandes
blocos de energia nas estações chuvosas e pequenos montantes durante as
estações secas, aumentando, sobremaneira, a complexidade operativa do SIN
em termos de segurança eletroenergética.

Conforme análise desenvolvida pelo ONS em estudos específicos da integração


dessas usinas da região Norte observa-se que no segundo semestre da cada
ano, quando a geração das usinas a fio d’água da região Amazônica encontra-se
em patamares bastante reduzidos, a geração térmica flexível e a geração de
usinas não simuladas individualmente (inflexíveis) apresentam-se em patamares
mais elevados, compensando, juntamente com o deplecionamento dos
reservatórios do SIN, a redução da geração hidráulica. Essa operação confirma o
papel importante das fontes alternativas complementares na segurança operativa
do SIN, na medida em que funcionam como verdadeiros reservatórios virtuais no
período seco de cada ano.

Cabe destacar que a oferta significativa de energia elétrica de origem hidráulica


com perfil altamente sazonal e abundante proveniente das usinas da região
Amazônica resulta também em modificações dos perfis atuais da operação do
SIN, com uma tendência de se atingir níveis cada vez mais baixos de
armazenamento ao final de cada estação seca.

Interessante também destacar que nos estudos sobreditos, que compreenderam


o período 2012/2016, não se identificam variações significativas nas expectativas
de vertimentos turbináveis, decorrente do fato de que como o maior crescimento
da carga de energia se dá exatamente no primeiro semestre de cada ano, há
uma absorção dessa geração a fio d´água abundante, podendo-se recuperar os
reservatórios nesse período para uso concomitante com as fontes
complementares nas estações secas subsequentes.

3.2.4.3 Complementaridade da Oferta

Fato importante diz respeito ao perfil de geração das fontes alternativas, como
biomassa e eólicas, que apresentam maior disponibilidade exatamente nas
estações secas do SIN, sendo, portanto, complementares à oferta hídrica, ou
seja, fontes que desempenham o papel de verdadeiros “reservatórios virtuais”.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 34 / 137

DE ATENDIMENTO
A Figura 3-14, a seguir, ilustra a complementaridade anual das diversas fontes,
ou seja, a diversidade de produção ao longo de um mesmo ano permite mitigar o
efeito da sazonalidade da oferta hídrica, compensando a perda gradual de
regularização, desde que suas ofertas sejam firmes e em montantes
equivalentes à redução da oferta hídrica, ou seja, é extremamente importante a
avaliação dessas disponibilidades para efeito de planejamento da operação.

Este fato explica as recentes resoluções normativas da ANEEL (440/2011 e


476/2012) que buscam uma melhor representação dessas fontes através da
previsão com base no histórico de performance de cada fonte não simulável,
para cada subsistema.

Cabe destacar que as usinas térmicas convencionais, flexíveis ou não, também


desempenham papel importante na segurança operativa do SIN, na medida em
que possam ser acionadas para garantir os estoques de segurança durante
período seco, no contexto dos Procedimentos Operativos de Curto prazo -
POCP.

Vale também lembrar que o período seco do SIN é coincidente com períodos de
temperaturas mais altas no hemisfério Norte, o que permite uma
complementaridade de oferta de geração com o GNL, e vice-versa.

Figura 3-14: Complementaridade Anual das Diversas Fontes de Geração

1,80

1,60
Safra da cana-de-açucar
1,40

1,20
p.u. (MWmês/MWano)

1,00

0,80

0,60

0,40

0,20
Período seco do SIN
-
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
PCT EOL UHEs [ENA Bruta]

As fontes eólicas, embora estas sejam representadas de forma “inflexível”,


abatidas diretamente da carga segundo suas garantias físicas, é sabido que

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 35 / 137

DE ATENDIMENTO
apresentam características marcantes de intermitência, em função do perfil dos
ventos, o que traz desafios importantes, em termos operativos, sendo necessário
o provisionamento de energias de back-up quando das suas indisponibilidades
e/ou reserva operativa suficiente.

Com relação às fontes a biomassa, embora, em geral, não estejam disponíveis


durante o ano inteiro, ficam sujeitas às safras agrícolas (principalmente bagaço
de cana), sendo, no entanto, influenciados pelas condições climáticas a cada
estação. Uma usina a biomassa movida a bagaço de cana de açúcar tem
disponibilidade de combustível em aproximadamente sete meses do ano,
durante o período de safra, de maio a novembro na região Sudeste.

3.2.4.4 Custo e relevância da oferta térmica

O montante de geração térmica disponível e seu custo para despacho são


fatores determinantes no novo perfil da oferta no SIN. A Figura 3-15, a seguir,
apresenta a distribuição por fonte dos Custos Variáveis Unitários – CVUs do
parque termoelétrico previsto para entrar em operação até 2017. Pode-se
observar, além da grande interseção entre os custos das diversas fontes, uma
elevada dispersão - UTEs com custos para despacho 9, 15, 31 e até 48 vezes
superiores ao da mais barata (nuclear).

Figura 3-15: Distribuição dos Custos Variáveis Unitários por fonte [R$/MWh]

23,29
Nuclear (N)
19,28
208,62
Outros (9xN)
43,02
732,99
Gás/GNL (31xN)
37,80
352,10
Carvão (15xN)
58,15

1.116,69
Óleo (48xN)
310,41

CVU [R$/MWh]

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 36 / 137

DE ATENDIMENTO
A Figura 3-16 e a Figura 3-17, a seguir, apresentam a distribuição por fonte e por
CVU da disponibilidade máxima de geração térmica, para os anos de 2013 e
2017, respectivamente.

Figura 3-16: Distribuição das disponibilidades máximas por CVU e fonte – 2013

8.000
7.500 8.620 48%
7.000
6.500
6.000
Geração Térmica máxima [MWmed]

5.500
5.000
4.500
9.459 52% 4.912
4.000
3.500
3.000 267
2.500
2.054
2.000 13
448
1.500 2.923
1.000 2.063
760 1.032 1.473 93
500 849
689
271 204 27
0 0
1-50 51-100 101-150 151-200 201-250 251-300 > 300
Faixas de CVUs (R$/MWh)

Nuclear Outros Gás natural Carvão Óleo

OBS: Térmica mais cara = 1116,69 R$/MWh

Figura 3-17: Distribuição das disponibilidades máximas por CVU e fonte – 2017

8.000
8.643 40%
7.000

6.000
Geração Térmica máxima [MWmed]

5.000
12.825 60%
290 5.276
4.000

3.000
1.030
2.071
2.000 261 4.161 10
398

1.000 1.897 81
1.488 1.748
998
707 818
204 27
0
1-50 51-100 101-150 151-200 201-250 251-300 > 300
Faixas de CVUs (R$/MWh)

Nuclear Outros Gás natural Carvão Óleo

OBS: Térmica mais cara = 1116,69 R$/MWh

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DE ATENDIMENTO
Pode-se observar, nos gráficos anteriores, um aumento na participação de
usinas termoelétricas com CVU inferior a 200,00 R$/MWh. As usinas de Angra III
(1.405 MW e CVU 23,23 R$/MWh) e Baixada Fluminense (530 MW e CVU 85,76
R$/MWh são as que mais contribuem para esta mudança de perfil no período
2013/2017.

Outra característica relevante do parque térmico previsto é sua inflexibilidade


para despacho. A Figura 3-18, a seguir, apresenta a distribuição por fonte da
geração térmica inflexível no período 2013/2017, bem como os percentuais da
disponibilidade máxima utilizados para atender a essa inflexibilidade.
Tipicamente, as fontes mais flexíveis são as de CVU mais elevado: GNL, óleo
combustível e óleo diesel.

Figura 3-18: Distribuição das inflexibilidades por fonte [MWmed e % de GTmáx]


(MWmed e % de GTmax)
6.000

2,7% 3,0%
6,4% 2,9%
5.000 0,1% 0,1%
2,7% 1,8% 2,2% 38,5%
34,4% 34,2% 35,8%
1,5%
Inflexibilidade (MWmed)

7,0%
8,1%
36,5%
4.000 25,1%
26,5% 25,1% 24,8%

19,8%
3.000

2.000 93,5%
93,5%
93,9% 93,4% 93,5%

89,4% 90,0%
89,4% 89,4%
82,3%
1.000

0
2013 2014 2015 2016 2017
Nuclear Biomassa e Outros Gás Natural Carvão GNL Óleo Combustível Óleo Diesel

Todas as características apontadas anteriormente influenciam as expectativas de


utilização do parque térmico. A título de ilustração, a Figura 3-19, a seguir,
apresenta uma expectativa de geração térmica média anual no período
2013/2017, obtida a partir de simulações para o Cenário de Referência
empregando 2.000 séries sintéticas de energias afluentes. Também são
apresentados, para cada ano e cada fonte, os percentuais da disponibilidade
máxima utilizados.

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-19: Distribuição das expectativas de geração por fonte - 2013/2017 – Média dos 2.000
cenários simulados [MWmed e % de GTmáx]
(percentual de GTmáx por classe térmica)
18.000
Geração Térmica Média por Fonte (MWmed)

16.000 87,9%

14.000 89,0%

12.000 96,8%
95,1%
10.000
13,5% 11,2% 8,3%
94,7% 5,9% 5,0% 8,2% 7,7%
8.000 56,2% 7,3%
50,2% 50,2%
62,4% 44,6%
60,4% 59,2% 56,9%
6.000
52,4% 50,0% 48,3% 44,7%

4.000

2.000 99,7% 95,7% 95,6% 95,5% 95,1%


99,5% 97,5% 97,3% 97,1% 97,3%

0
2013 2014 2015 2016 2017
Nuclear Biomassa e Outros Gás Natural Carvão GNL Óleo Combustível Óleo Diesel

Observa-se, no ano de 2013, a geração termoelétrica mais elevada pela


consideração do despacho térmico na base no período de maio a novembro,
premissa adotada no Cenário de Referência. Posteriormente, a partir de 2014,
verifica-se que a expectativa de geração térmica vai se reduzindo ao longo do
horizonte. A fonte gás natural, por exemplo, apresenta um despacho médio de
52,4% GTmax em 2014, reduzindo-se para 50,0% GTmax em 2015, atingido
valores da ordem de 44,7% GTmax em 2017.

Todavia, cabe ressaltar que na Figura 3-19, anterior, na geração térmica média
por fonte estão incluídas as parcelas de inflexibilidade apresentadas na
Figura 3-18. Assim sendo, dos 52,4% GTmax despachados na fonte gás natural
em 2014, 26,5% GTmax são associados à inflexibilidade, ou seja, 27,21%
GTmax correspondem à parcela flexível, evidenciando-se o papel das fontes
flexíveis na complementaridade da oferta.

3.3 Impactos da Oferta até 2017 na segurança operativa do SIN

A necessidade de atendimento a uma carga crescente, associada à redução


gradativa da capacidade de armazenamento no SIN e à tendência de oferta
hidroelétrica abundante apenas no período chuvoso (como, por exemplo, a oferta

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DE ATENDIMENTO
da Amazônia, com sazonalidade acentuada), obriga a complementação da
geração hidroelétrica no período seco de cada ano, seja por usinas térmicas
convencionais e/ou pelas fontes alternativas (eólicas/biomassa). Assim, o parque
térmico e as fontes alternativas passam a ter, cada vez mais, o papel de
“reservatório virtual” do SIN.

Com o critério econômico usual de mínimo custo total de operação, o aumento


da concentração de disponibilidade térmica com CVUs mais elevados leva a um
atraso no despacho térmico, submetendo os subsistemas a acentuados
deplecionamentos ao final de cada estação seca. Para se evitar a dependência
das estações chuvosas subsequentes e garantir a segurança energética do SIN,
passou a ser fundamental, a cada ano, o uso dos Procedimentos Operativos de
Curto Prazo – POCP, aprovados pelo CMSE e pela ANEEL, em Audiência
Pública. Isto pode elevar de fato o custo de operação, na medida em que as
usinas térmicas mais caras poderão ser despachadas fora da ordem de mérito
para garantir a manutenção de armazenamentos durante o período seco (níveis
de segurança mensais) suficientes para se atingir, em novembro de cada ano, o
estoque de segurança necessário – Níveis Meta.

Sob esse aspecto, passa a ser fundamental o equacionamento das eventuais


restrições de logística de entrega de combustível às usinas térmicas, na medida
em que volumes crescentes de geração térmica poderão ser necessários a cada
ano para fazer frente à aplicação dos POCP.

Em termos de evolução da Matriz de Energia Elétrica, ao se manter a atual


tendência da expansão hidroelétrica, calcada em usinas com baixa ou nenhuma
regularização plurianual, o papel das termoelétricas flexíveis ou de baixa
inflexibilidade, com custos de operação moderados e com menores incertezas de
suprimento de combustível (GN/GNL/Carvão) passa a ser fundamental na
seleção dos projetos a serem ofertados nos próximos leilões de energia nova.
Não obstante, as fontes alternativas complementares no período seco, como
pequenas centrais, eólicas e biomassa, também apresentam papel importante na
segurança operativa do SIN, como já mencionado.

Destaca-se, como já comentado, a questão da intermitência das fontes eólicas,


acarretando em desafios importantes em termos operacionais.

Essa é, portanto, a mudança importante de paradigma no planejamento e


programação da operação, ou seja, o estoque de energia nos reservatórios tem
se tornado mais relevante, progressivamente, como a variável de estado
determinante para a indicação da segurança do atendimento energético, fato que
justifica, além da aplicação no curto prazo, o uso dos Indicadores de Segurança
Energética - ISEN no horizonte de médio prazo do ONS, o que irá permitir uma

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DE ATENDIMENTO
maior robustez nas conclusões das análises das condições de atendimento à
carga do SIN.

3.4 Expansão das Interligações Inter-regionais entre 2013 e 2017

Nos estudos do PEN 2013, objetivando avaliar as condições de atendimento ao


SIN com base em uma configuração representativa da prática operativa, foram
representados como subsistemas independentes, além do Sudeste/Centro-
Oeste, Sul, Nordeste e Norte, os sistemas elétricos Acre-Rondônia (AC/RO),
Manaus Macapá (TMM), as UHEs do Complexo do rio Madeira, do Teles Pires e
a UHE Belo Monte.

A Figura 3-20, a seguir, esquematiza a configuração eletroenergética adotada no


PEN 2013, incluindo os nós fictícios Imperatriz e Xingu. Esses nós não possuem
geração ou carga associados e modelam, respectivamente, os troncos de
interligação entre as subestações de Imperatriz e Colinas, e o ponto de conexão
ao SIN da UHE Belo Monte (subestação Xingu).

Figura 3-20: Configuração eletroenergética para o PEN 2013

XINGU IMPERATRIZ
TMM N N

T. PIRES
B. MONTE

AC/RO SE/CO

MADEIRA

As interligações inter-regionais propiciam a transferência de grandes blocos de


energia entre os subsistemas, permitindo que o ONS, através da operação
integrada do SIN, explore a diversidade hidrológica entre regiões, o que resulta
em ganhos sinérgicos consideráveis e aumento da segurança do atendimento ao
mercado. A integração entre subsistemas contribui para a expansão da oferta de
energia e para a otimização dos recursos energéticos, através da
complementaridade energética existente entre os referidos subsistemas.

Não obstante, grandes interligações com transferências de grandes blocos de


energia aumentam sobremodo a complexidade do planejamento, da
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DE ATENDIMENTO
programação e da operação elétrica do SIN, no que diz respeito à segurança
operativa.

A Figura 3-21 e a Figura 3-22, a seguir, indicam os limites de transferência e


recebimento de energia através das interligações inter-regionais Sul –
Sudeste/Centro-Oeste – Acre/Rondônia – Nordeste – Norte - Manaus/Macapá,
bem como as principais obras associadas aos incrementos destes limites.

No Volume II – Relatório Complementar do PEN 2013 são apresentados os


valores de limites de intercâmbio considerados para efeito de simulação com o
modelo NEWAVE e o detalhamento da modelagem adotada para representação
destes limites.

Figura 3-21: Limites de Transferência das Interligações S-SE/CO-AC/RO (MWmed)

Acre-Rondônia
Exportador (FACRO) / Recebimento (RACRO)/BtB Elo CC
ACRO
UHE Lajeado Mai/13-Jun/13: 200/ 250/420
Configuração atual: 2 circuito de 230 kV de -
Vilhena até Samuel

Jul/13:-Ago/13 200 / 250/0


700
Entrada do 1 º Bipolo (operação monopolar)

Exportação do Sul (FSUL)


SE Set/13-Dez/13: 200 / 250/400 700

Mai/13-Dez/16: 5740 Jan/14-Abr/14: 200 / 250/600


Configuração atual 3150
Entrada em operação do 1° Bipolo
Jul/17-Dez/17: 6560 SE Ivaiporã
LT 500 kV Bateias - Itatiba Mai/14-Dez/17: 270 / 400/700
UHE Itaipu
Entrada em operação do 2° Bipolo
6300
Configuração com 3 circuitos de 230 kV de
Jauru até Samuel
Recebimento pelo Sul (RSUL)

Mai/13-Abr/14: 7600 Recebimento pelo Sudeste (RSE)


Configuração Atual S Mai/13-Dez/16: 9580
1º Bipolo Madeira
Mai/14-Dez/16: 7730
LT 525 kV Itá – S.Santiago e SE LEGENDA Jan/17-Dez/17: 10390
Curitiba Leste 525/230 kV – 600 LT 500 kV Bateias - Itatiba
Cenário A: Representa a busca do máximo recebimento Nordeste,
MVA CA obtido através da Exportação do Sudeste (EXPSE) sem contribuição da
Exportação do Norte (EXPN=0).
Jul/17-Dez/17: 8700 Cenário B: Representa a busca da máxima Exportação Sudeste, com
LT 500 kV Bateias - Itatiba exploração plena das interligações Norte – Sul e Sudeste – Nordeste,
CB ainda com entrega elevada ao Nordeste, porém inferior àquela obtida
no Cenário A.

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-22: Limites de Transferência das Interligações SE/CO-NE-N-TMM (MWmed)

Recebimento pelo Nordeste (RNE)


NORTE EXPORTADOR
Mai/13-Jul/13: 4200
Importação/Exportação Manaus Configuração Atual

Exportação do Norte (EXPN) Ago/13-Jun/16: 4900


Jun/13: 2500
2º circuito 230 kV Banabuiú – Mossoró 2
Mai/13 –Jun/13: 5300 LT 500 kV Tucuruí – Xingu – Jurupari –
Oriximiná – Silves – Lechuga (Manaus) CD Jul/16-Dez/17: 6500
UHE Estreito e GT Maranhão
Expansão da Interligação NNE e SENE
Jul/13-/Dez/17:
SUDESTE EXPORTADOR
Geração menos Demanda
(interligação Tucuruí - Manaus) Manaus Mai/13-Jun/16: CA 4200 – CB 3700
Nota: O Limite de Exp. Norte é função da (Jun/13) Jul/16-Dez/17: CA 5560 – CB 3250
disponibilidade da geração da região Norte. SE Imperatriz Expansão da Interligação NNE e SENE

Importação Norte (RECN)


N
Mai/13-Dez/17: SE Colinas NE
Carga do Norte menos a geração de 5
unidades da UHE Tucuruí
ACRO
UHE Lajeado Exportação do Nordeste
(EXPNE)
Fluxo na Norte - Sul (FMCCO)
Mai/13-Jun/13: 3400
Mai/13-Dez/17: 4000 UTEs Porto Pecém I e II

Jul/13-Jun/16: 4000
Fluxo na Norte - Sul (FNS) Maior disponib. de geração térmica e

Mai/13-Dez/17: 4100 *
SE eólica
Jul/16-Dez/17: 7000
LEGENDA Expansão da Interligação NNE e SENE
Cenário A: Representa a busca do máximo recebimento Nordeste, obtido através da Exportação
CA do Sudeste (EXPSE) sem contribuição da Exportação do Norte (EXPN=0).

Cenário B: Representa a busca da máxima Exportação Sudeste, com exploração plena das SE Ivaiporã
CB interligações Norte – Sul e Sudeste – Nordeste, ainda com entrega elevada ao Nordeste, porém Exportação do Sudeste (EXPSE)
inferior àquela obtida no Cenário A.

Considerando-se as perdas duplas de 765 kV, limitar o fluxo FNS em 3900, 3800 e 3400 MW em
Mai/13-Jun/16: CA 4200 – CB 5000

* carga pesada, média e leve, respectivamente, estando o CLP de Itaipu setado para corte de 4
máquinas e limitar o fluxo FNS em 3900 apenas em carga leve, estando o CLP de Itaipu setado Jul/16-Dez/17: CA 5560 – CB 5980
para corte de 3 máquinas. Expansão da Interligação NNE e SENE

3.5 Subsistemas Elétricos

3.5.1 Acre – Rondônia e Sistema de Transmissão do Madeira

No PEN, para efeito de avaliação das condições de atendimento ao mercado do


Cenário de Referência, as simulações realizadas representam a oferta e a carga
do sistema Acre/Rondônia (AC/RO) em um subsistema independente, interligado
ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste.

A interligação dos estados do Acre e Rondônia ao Sistema Interligado Nacional -


SIN possibilitou a otimização do sistema através da transferência do excedente
de energia para o sistema Acre - Rondônia (ACRO), contribuindo para reduzir a
dependência da geração térmica local existente.

Entretanto, mesmo após a interligação, os estados do Acre e Rondônia


continuaram dependentes de geração térmica local, dado que os recursos
envolvendo a geração hidráulica local e a máxima capacidade de importação

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DE ATENDIMENTO
através do sistema de Interligação do ACRO não eram suficientes para
atendimento às demandas máximas previstas, que ocorrem concomitantemente
com os períodos de menores vazões. Além disso, a usina hidroelétrica de
Samuel possui um pequeno reservatório, estando sujeita a acentuada
sazonalidade da região, alternando períodos de elevadas e baixas
disponibilidades de energia.

Com a duplicação do tronco de suprimento ao sistema Acre – Rondônia, desde a


subestação de 230 kV de Vilhena até a subestação de Rio Branco, finalizada no
início de 2013, com a entrada das unidades geradoras da UHE Santo Antônio
conectadas através da estação conversora Back-to-Back e do transformador
provisório 525/230 kV – 465 MVA, o sistema Acre - Rondônia passou a ter uma
característica predominantemente exportadora.

Neste novo cenário, as situações de perda de sincronismo em contingências de


blocos de geração foram reduzidas significativamente, permitindo operar com
despachos elevados por ilha de geração da UHE Santo Antônio.

Outro benefício resultante da duplicação dos circuitos entre Vilhena e Rio Branco
é a maior robustez tanto para contingências internas, como para grandes
distúrbios no SIN, reduzindo a necessidade de abertura da interligação por perda
de perda de sincronismo.

Para compor o sistema de transmissão planejado para o Acre – Rondônia é


necessário a entrada em operação do 3° circuito de 230 kV entre Jauru e Porto
Velho, previsto atualmente para maio de 2014, conforme Acompanhamento de
Obras de Linhas de Transmissão e Subestações elaborado pelo Departamento
de Monitoramento do Setor Elétrico – DMSE, referência março de 2013.

Com relação ao sistema de transmissão em corrente contínua (CCAT) de


integração das usinas do Rio Madeira (UHE Santo Antônio – 3150 MW e UHE
Jirau – 3300 MW), está previsto para julho de 2013 o início da integração do 1º
Bipolo (3150 MW ± 600 kV), entre as subestações Coletora Porto Velho (RO) e
Araraquara (SP), com uma extensão aproximada de 2.375 km.

A localização geográfica da interligação do Acre/Rondônia com o Sudeste em


conjunto com o sistema de transmissão previsto para o horizonte analisado é
apresentada na Figura 3-23, a seguir.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 44 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 3-23: Localização geográfica da interligação Acre/Rondônia

A primeira etapa de integração do 1° Bipolo é caracterizada por um número


reduzido de unidades geradoras nas UHEs de Santo Antônio e Jirau, permitindo
somente a operação monopolar com retorno metálico, com apenas um filtro de
263 Mvar na subestação de 500 kV Coletora Porto Velho.

Nessa etapa também não será possível contar com o Controle Mestre, devido ao
atraso na implantação dos Generator Station Coordinators (GSC), impondo a
necessidade de desligar também Back-to-Back desligado devido ao risco de
autoexcitação nas máquinas de Santo Antônio e Jirau. Assim, a injeção máxima
pelo Bipolo será limitada em 700 MW.

A operação considerando a presença do transformador provisório 525/230 kV na


subestação de Coletora Porto Velho só será possível com a implantação de
diversos Sistema Especiais de Proteção (SEP). Esses esquemas são
necessários para evitar que perturbações no sistema de corrente contínua
ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 45 / 137

DE ATENDIMENTO
(bloqueio de polo, falha de comutação, perda de linha de corrente contínua) ou
perda de ilha de geração no Complexo do Madeira afetem o sistema de
atendimento ao Acre – Rondônia. Dessa forma, dependendo das condições do
sistema Acre – Rondônia, o fluxo transformador provisório poderá alcançar
valores da ordem de 400 MW. Na Figura 3-24 é apresentado o diagrama
esquemático da operação conjunta do transformador provisório com o 1° Bipolo.

Figura 3-24: Operação Interligada Sistema ACRO e Sistema CCAT

Coletora Jauru
Porto Velho 230 kV
500/230 kV Samuel Ariquemes JParaná P.Bueno Vilhena

UHE Jirau 400 MW Araraquara 2


500 kV

Bipolo 1
Operação
Monopolar

700 MW
UHE S.Antônio

É importante ressaltar a necessidade de operar com o sistema Acre – Rondônia


isolado do Complexo do Madeira e do sistema de transmissão em corrente
contínua, principalmente na fase de comissionamento, conforme mostrado na
Figura 3-25.

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-25: Operação Isolada do Sistema ACRO e Sistema CCAT

Coletora
Porto Velho
500/230 kV Jauru
230 kV
Back-to-Back
Samuel Ariquemes JParaná P.Bueno Vilhena

UHE Jirau Araraquara 2


500 kV

Bipolo 1
Operação
Monopolar

700 MW
UHE S.Antônio

A partir de dezembro de 2014 já será possível contar com o Controle Mestre e os


Generator Station Coordinators (GSC) das usinas de Santo Antônio e Jirau.
Assim é esperada a operação do 1º Bipolo na condição bipolar e com os dois
blocos do Back-to-Back em operação. Para essa situação, o 1º Bipolo está
limitado em função da sua capacidade nominal (3150 MW) e a injeção máxima
pelos dois blocos do Back-to-Back será de 600 MW em função das condições do
sistema Acre – Rondônia.

Com a entrada do terceiro circuito de 230 kV entre as subestações de Jauru e


Porto Velho, previsto para maio de 2014, a máxima injeção pelo Back-to-Back
poderá alcançar 700 MW.

Após a entrada do 2° bipolo, também prevista para maio de 2014, a capacidade


para escoar a energia das usinas do Complexo do Rio Madeira diretamente para
a Região Sudeste passa a ser limitada apenas pela capacidade nominal dos dois
bipolos, ou seja, 6300 MW.

3.5.2 Manaus-Macapá (TMM)

A integração dos sistemas isolados de Manaus e Macapá ao SIN se dá através


da interligação Tucuruí-Manaus-Macapá (TMM), formando um "Y" entre Tucuruí
(PA), Manaus (AM) e Macapá (AP), conforme apresentado na Figura 3-26. Esta
interligação será fundamental para levar energia elétrica de origem hídrica a
Manaus e Macapá, substituindo a energia gerada por térmicas de óleo
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DE ATENDIMENTO
combustível, atualmente pago por todos os consumidores de energia do país, e
garantir o atendimento à carga de energia das capitais dos estados de
Amazonas e Amapá. Destaca-se que o sistema Manaus é o maior entre os
sistemas isolados brasileiros, representando cerca de 50% do total do mercado
de energia elétrica desses sistemas e que a cidade de Manaus, no estado do
Amazonas, será uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol a ser realizada,
em 2014, no Brasil.

Figura 3-26: Interligação Tucuruí - Manaus – Macapá (TMM)

Os lotes A e B da interligação Tucurui – Macapá – Manaus (TMM) que abrangem


o trecho de circuito duplo em 500 kV de mesma torre Tucurui – Xingu - Jurupari –
Oriximiná, com compensação série de 70% em cada trecho de linha, com suas
respectivas subestações estão previstos para entrar em operação no mês de
maio, após a realização dos testes previstos para o final de mês de abril.
Ressalta-se que os CEs das SEs Jurupari e Oriximiná estão previstos para entrar
em operação em junho.

O lote C que abrange o trecho de circuito duplo em 500 kV de mesma torre


Oriximiná – Silves - Lechuga, com compensação série de 70% em cada trecho
de linha, com suas respectivas subestações realizará testes de energização
após os testes dos lotes A e B e estará disponível para operação no mês de
maio. O CE da SE Silves está previsto para entrar em operação em agosto.

O sistema elétrico do Amapá se interligará ao SIN a partir de outubro de 2013,


pois o sistema em 230 kV do lote B, que permitirá a conexão desse sistema ao
SIN a partir da SE Jurupari, através de um transformador 500/230 kV –
ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 48 / 137

DE ATENDIMENTO
2x450 MVA e da LT 230 kV Jurupari – Laranjal – Macapá, em circuito duplo de
mesma torre esta previsto para agosto e as obras de responsabilidade da CEA
que permitirão a integração desse sistema estão previstas para setembro.

A interligação do sistema de Manaus ao SIN será na subestação de Lechuga


(antiga Cariri) através de uma transformação 500 / 230 kV – 3 x 600 MVA.

O parque térmico existente em Manaus é composto de usinas térmicas movidas


a óleo combustível com cerca de 830 MW, onde 470 MW são de máquinas
alugadas pela Amazonas Energia, e de outras usinas recentemente convertidas
para gás natural, num montante de cerca de 780 MW de potência instalada e
totalmente inflexíveis em 560 MW.

Com a entrada em operação dessa interligação estava prevista a desativação de


grande parte desse parque térmico movido a óleo combustível, mas em virtude
do atraso nas obras de 230 kV e 138 kV de responsabilidade da Amazonas
Energia, o sistema Manaus será integrado ao SIN através de um configuração
provisória o que implicará em operar esta interligação praticamente zerada e em
manter em operação o parque térmico existente.

Ressalta-se que os despachos de geração térmica poderão ser reduzidos


gradativamente à medida que a configuração do sistema receptor de Manaus for
evoluindo.

Não existe um limite dinâmico para a interligação Tucurui - Macapá - Manaus


para contingências simples na mesma e nas interligações Norte - Nordeste,
Norte – Sul e Sudeste – Nordeste, uma vez que para os cenários analisados os
intercâmbios máximos representam fluxos muito abaixo da capacidade de
2500 MW para a qual a mesma foi planejada.

O fluxo máximo na interligação TMM no trecho entre as subestações de Tucurui


e Xingu (FTCXG) deverá ser da ordem de 50% da carga dos sistemas de
Macapá e Manaus, o que garante que na perda dupla dos circuitos C1 e C2 da
LT 500 kV Tucurui – Xingu não haverá colapso de frequência, uma vez que a
geração térmica em conjunto com a geração hidráulica atenderá os outros 50%
da carga. Este valor de fluxo máximo esta associado a atuação de um Esquema
Regional de Alivio de Carga por subfrequencia (ERAC) que foi dimensionado
para cortar cerca de 50% da carga quando da perda da interligação TMM.

3.6 Outras Premissas

Para as usinas a gás natural e bicombustível, não contempladas na Carta


Compromisso Petrobras-ANEEL (Anexo IV), foram consideradas as Resoluções
Normativas ANEEL nº 231/2006, de 16 de setembro de 2006, e nº 237/2006, de

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 49 / 137

DE ATENDIMENTO
28 de novembro de 2006, que estabelecem critérios para consideração das
usinas térmicas na elaboração do PMO em função da indisponibilidade por falta
de combustível (DispO).

3.6.1 CAR5

• Foram consideradas nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e


Norte as Curvas de Aversão ao Risco para os cinco anos do horizonte de
estudo – CAR5.

• No Volume II – Relatório Complementar são apresentadas todas as Curvas


de Aversão ao Risco consideradas nas diversas análises do PEN 2013.

3.6.2 Custo do Déficit

• Para a avaliação das condições de atendimento foi utilizada a curva de custo


do déficit de apenas um patamar (3.100 R$/MWh), conforme relatório
EPE-DEE-RE-007/2013-r0, de 18/01/2013, coerente com os estudos de
planejamento da expansão da geração desenvolvidos pela EPE/MME.

• No Volume II – Relatório Complementar, são apresentadas, no item


Conceitos Básicos de Avaliações Energéticas, as razões conceituais de se
adotar tais premissas para o planejamento de médio prazo da operação do
SIN.

3.6.3 Níveis de Armazenamento

Nos estudos do PEN 2013 foram adotados, como condição inicial de


armazenamento, os níveis dos reservatórios em 27/04/2013 (níveis iniciais
enviados pelos agentes para a 1ª semana operativa do PMO de maio/2013). A
energia armazenada nos subsistemas do SIN correspondente aos
armazenamentos iniciais é apresentada na Tabela 3-7, a seguir.

Tabela 3-7: Energia Armazenada Inicial do SIN (27/04/2013) – % EARmax

Energia Armazenada Inicial Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte AC/RO


% EARmax 61,6 64,2 48,4 96,5 92,7

A Figura 3-27, a seguir, permite visualizar os armazenamentos verificados nos


últimos cinco anos em cada subsistema, com destaque para os valores ao final
de abril de cada ano, início dos estudos dos Planos de Operação.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 50 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 3-27: Armazenamentos Verificados nos Últimos 5 anos

Evolução Energia Armazenada - SE/CO Evolução Energia Armazenada - SUL


100% 100%

90% 90%

80% 80%

70% 70%
%EARmáx

%EARmáx
60% 60%

50% 50%

40% 40%

30% 30%

20% 20%
jan/09
abr/09

jul/09
out/09
jan/10
abr/10

jul/10
out/10
jan/11
abr/11

jul/11
out/11
jan/12
abr/12
jul/12

out/12
jan/13
abr/13

jan/09
abr/09

jul/09
out/09
jan/10
abr/10

jul/10
out/10
jan/11
abr/11

jul/11
out/11
jan/12
abr/12
jul/12

out/12
jan/13
abr/13
Evolução Energia Armazenada - NE Evolução Energia Armazenada - NORTE
100% 100%

90% 90%

80% 80%

70% 70%
%EARmáx

%EARmáx
60% 60%

50% 50%

40% 40%

30% 30%

20% 20%
jan/09
abr/09

jul/09
out/09
jan/10
abr/10

jul/10
out/10
jan/11
abr/11

jul/11
out/11
jan/12
abr/12
jul/12

out/12
jan/13
abr/13

jan/09
abr/09

jul/09
out/09
jan/10
abr/10

jul/10
out/10
jan/11
abr/11

jul/11
out/11
jan/12
abr/12
jul/12

out/12
jan/13
abr/13
Observa-se na Figura 3-27, anterior, que os armazenamentos ao início de maio
de 2013 (final de abril) são bastante inferiores aos verificados no mesmo período
do ano anterior nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste.
Complementando, a Figura 3-28, a seguir, apresenta os armazenamentos
verificados nos últimos cinco anos para o SIN.

Figura 3-28: Armazenamentos Verificados nos Últimos 5 anos - SIN

100%

90%

80%

70%
%EARmáx

60%

50%

40%

30%

20%
abr/09

out/09

abr/10

out/10

abr/11

out/11

abr/12

out/12

abr/13
jan/09

jul/09

jan/10

jul/10

jan/11

jul/11

jan/12

jul/12

jan/13

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DE ATENDIMENTO
4 Cenários Avaliados

No PEN 2013 foram considerados, para avaliação das condições de atendimento


à carga, um cenário de referência e um cenário de sensibilidade, resumidos na
Figura 4-1, a seguir.

Figura 4-1: Cenários analisados no PEN 2013

Cenário de Referência

CR
PMO de maio 13
sem tendência hidrológica
GT na base mai-nov/13

Cenário de Sensibilidade

CS
Avaliação com relação ao
crescimento do mercado
“Mercado de Oferta”

O detalhamento desses cenários é apresentado nos itens subsequentes.

4.1 Cenário de Referência (CR)

O Cenário de Referência CR tem por base o mesmo cenário dos estudos de


médio prazo que deram suporte ao PMO de maio de 2013, que considera a
integração dos sistemas isolados Manaus e Macapá a partir de setembro de
2013, com utilização de algumas premissas básicas diferenciadas, como, por
exemplo:

• Custo de Déficit em patamar único;

• Geração de cenários de energias naturais afluentes – ENA não condicionada


ao passado recente ou sem tendência;

• Consideração da geração térmica na base no período entre maio e novembro


de 2013;

• Curva Quinquenal de Aversão ao Risco – CAR 5, em todos os subsistemas.


Inclusive no subsistema Norte;

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DE ATENDIMENTO
• Consideração do subsistema Acre-Rondônia separado do subsistema
Sudeste/Centro-Oeste e do subsistema Manaus/Macapá separado do
subsistema Norte, de tal forma que as condições de atendimento dessas
áreas possam ser avaliadas ao longo do horizonte de médio prazo; e

• Consideração dos subsistemas Madeira, Belo Monte e Teles Pires em


separado, para melhor representação das usinas hidráulicas a fio d’água
previstas nesses subsistemas, proporcionando uma melhor estimativa dos
recursos hidráulicos em toda a otimização do SIN.

A elaboração do PEN ao final da estação chuvosa do SIN permite mitigar as


incertezas inerentes às condições de armazenamento e ao comportamento das
vazões ao longo do período úmido, desta forma foram considerados os estoques
armazenados em início de maio de 2013.

Em avaliações recentes que antecederam este PEN, observou-se que os índices


de desempenho do sistema, tais como os riscos de déficit, valor esperado da
energia não suprida e custos marginais de operação, ficaram fortemente
influenciados pela adoção da geração de cenários condicionada ao passado
recente (com tendência), não só no primeiro ano, mas em todos os demais anos
do horizonte de planejamento. Considerando-se a característica estrutural deste
Plano, a persistência dessa influência não é adequada. Logo, a partir deste PEN
de 2013 adotou-se a geração de cenários não condicionada ao passado recente
(sem tendência).

O CR está em conformidade com o item 6.2.2 do Submódulo 7.2 – que


estabelece que o caso de referência deva refletir as condições mais
representativas da evolução do SIN.

4.2 Cenário de Sensibilidade

Como sensibilidade ao Cenário CR foi elaborado o Cenário de Sensibilidade,


descritos a seguir, considerando como base as mesmas premissas do Cenário
de Referência:

• O Cenário CS: contempla um crescimento da carga maior que no Cenário de


Referência, através da definição do “Mercado de Oferta” - a maior carga
possível de ser atendida, com o mesmo cronograma de obras do CR,
mantendo-se os critérios usuais de garantia de atendimento, ou seja, riscos de
déficit de energia no SIN não superiores a 5%. Este cenário permite avaliar o
impacto de uma antecipação do crescimento da demanda de energia elétrica
no horizonte 2013/2017;

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DE ATENDIMENTO
5 Síntese dos Resultados das Avaliações Energéticas

A avaliação das condições de atendimento pode ser dividida em dois períodos.


Nos dois primeiros anos do horizonte de estudo, 2013/2014, a oferta está
definida e, em geral, não é mais possível a incorporação/antecipação de novos
empreendimentos. Neste período o atendimento ao mercado depende
basicamente dos níveis de armazenamento dos reservatórios, das afluências às
usinas hidroelétricas e da disponibilidade de geração térmica complementar.

Destaca-se que com a aplicação dos Procedimentos Operativos de Curto Prazo


– POCP, considerando a disponibilidade térmica instalada no SIN, fica
assegurado o atendimento à carga em situações de desequilíbrio oferta x
demanda.

Nos três anos restantes - 2015/2017 - a expansão da geração e da transmissão


é preponderante para aumentar a segurança do atendimento ao mercado de
forma estrutural. Mesmo com equilíbrio entre a oferta de garantia física e a carga
prevista, premissa do modelo setorial, situações desfavoráveis de suprimento
energético podem ocorrer, em grande parte devido à gradativa redução da
capacidade de regularização do sistema hidroelétrico.

A análise deste período permite ao ONS encaminhar propostas para a tomada


de decisões estratégicas, tais como antecipações de obras; necessidade de
avaliação, pelo MME/CMSE - EPE, da implantação de oferta adicional ao
programa de expansão definido para os primeiros cinco anos; ou mesmo a
constituição de Reserva de Geração e/ou Energia de Reserva, nos termos da Lei
nº 10.848, de 15/03/2004 e do Decreto nº 6353, de 16/01/2008.

As avaliações energéticas foram realizadas para o período 2013/2017 com base


no Modelo NEWAVE Versão 17 Linux, considerando tanto 2.000 séries sintéticas
de energias naturais afluentes como o histórico de energias naturais afluentes.

Como complementação, foram realizados balanços estáticos de energia


garantida (garantia física) e ponta para o Cenário de Referência, de modo a se
obter um indicativo das possíveis sobras ou déficits no SIN.

Os resultados são apresentados para os centros de carga do SIN, representados


neste PEN pelos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste, Norte,
Acre/Rondônia e Manaus/Macapá.

5.1 Resultados do Cenário de Referência – CR

Para o Cenário CR, além dos resultados de risco de déficit e custos marginais de
operação – valores médios anuais obtidos com simulações com 2.000 séries

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DE ATENDIMENTO
sintéticas de energias afluentes e com séries históricas, é apresentada, no
Anexo I, a evolução temporal dos CMOs mensais, visualizando-se as dispersões
das estimativas em termos de média, mediana e percentil e uma avaliação do
congestionamento nas interligações e das diferenças de CMOs entre
subsistemas.

5.1.1 Riscos de déficit de energia

A Tabela 5-1, a seguir, apresenta os riscos de déficit de energia para o período


2013/2017. Todos os valores observados são inferiores a 5% ao longo de todo
horizonte de análise, estando, dessa forma, em acordo com o critério de garantia
postulado pelo CNPE (risco máximo de 5%).

Destaca-se que os subsistemas Norte e Nordeste apresentam riscos de déficit de


qualquer profundidade próximos a zero, o que indica a existência de excedentes
energéticos não exportáveis nesses subsistemas.

Tabela 5-1: Riscos de Déficit de Energia (%) – Cenário de Referência

Subsistema 2013 2014 2015 2016 2017


SUDESTE/CENTRO-OESTE
PROB(QualquerDéficit) 0,9 3,8 3,1 2,8 4,2
PROB(Déficit>1%Carga) 0,6 3,2 2,5 2,3 3,7
SUL
PROB(QualquerDéficit) 0,4 3,9 3,0 3,2 3,6
PROB(Déficit>1%Carga) 0,4 3,1 2,3 2,2 3,1
NORDESTE
PROB(QualquerDéficit) 0,3 0,8 0,5 0,5 0,9
PROB(Déficit>1%Carga) 0,1 0,1 0,2 0,1 0,3
NORTE
PROB(QualquerDéficit) 0,3 0,8 0,6 0,4 0,4
PROB(Déficit>1%Carga) 0,2 0,6 0,5 0,1 0,3
ACRE/RONDONIA
PROB(QualquerDéficit) 0,0 0,9 1,2 1,7 3,8
PROB(Déficit>1%Carga) 0,0 0,2 0,2 0,3 2,5
MANAUS/MACAPÁ
PROB(QualquerDéficit) 0,5 1,0 0,7 0,3 0,4
PROB(Déficit>1%Carga) 0,3 0,9 0,6 0,1 0,4

É importante observar que estes resultados refletem as simulações com a curva


de custo do déficit de um patamar, a CAR 5 para todos os subsistemas,
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DE ATENDIMENTO
despacho na base de todas as térmicas no período entre maio e novembro de
2013 e não consideração da tendência hidrológica. O Volume II – Relatório
Complementar, dedica um Item à justificativa para o uso dessas premissas nas
avaliações energéticas no enfoque do Planejamento da Operação Energética do
SIN.

5.1.2 Custos Marginais de Operação

A Tabela 5-2, a seguir, apresenta os custos marginais médios anuais de


operação - CMOs para o Cenário de Referência.

Tabela 5-2: Custos Marginais de Operação (R$/MWh) – Cenário de Referência

Subsistema 2014 2015 2016 2017


SUDESTE/CENTRO-OESTE 285,74 239,59 231,44 220,83
SUL 281,46 237,45 230,83 220,74
NORDESTE 183,54 149,13 143,87 118,74
NORTE 183,42 149,58 143,37 111,46
ACRE/RONDÔNIA 232,84 239,59 231,44 220,83
MANAUS/MACAPÁ 183,42 149,58 143,37 111,45

OBS: - Custo Marginal de Expansão utilizado pela EPE no PDE 2021 = 102,00 R$/MWh.
- Os resultados para o ano de 2013 não foram apresentados porque, por premissa, foi considerada a geração
térmica na base no período entre maio e novembro de 2013.

Observa-se que em todo o horizonte os CMOs médios anuais são superiores aos
102,00 R$/MWh utilizados pela EPE no Plano Decenal de Energia 2021 como
indicativo do Custo Marginal de Expansão – CME para todos os subsistemas.

A situação de elevados CMOs médios anuais é reflexo dos baixos níveis de


armazenamento verificados no SIN ao final da estação úmida de 2013, além da
consideração de restrições operativas que não consideradas nos estudos de
planejamento da expansão, como, por exemplo, Curvas Quinquenais de Aversão
ao Risco – CAR5 e volumes de espera para controle de cheias.

Não obstante, ao longo do ano, os estudos prospectivos realizados nos


Programas Mensais de Operação – PMO conduzem a uma visão determinística
dos valores do CMO, considerando-se a atualização deste parâmetro em relação
à evolução das condições hidroenergéticas conjunturais do SIN, com base nos
valores esperados da previsão de afluências.

Os subsistemas Norte e Nordeste têm, em geral, CMOs inferiores aos demais


subsistemas, indicando a necessidade de se avaliar a viabilidade econômica de
ampliação da capacidade de exportação do Norte/Nordeste para o
Sudeste/Centro-Oeste e Sul.
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DE ATENDIMENTO
5.1.3 Análise com séries históricas de energias naturais - Cenário CR

As condições de atendimento ao SIN no horizonte de 2014 a 2017 foram


avaliadas também se utilizando as séries históricas de energias naturais
afluentes no período de 1932 a 2011 (80 séries), considerando-se as mesmas
condições conjunturais de armazenamentos nos reservatórios utilizadas nas
avaliações probabilísticas apresentadas anteriormente.

A Tabela 5-3, a seguir, apresenta a frequência relativa de séries do histórico em


que ocorreriam déficits de qualquer profundidade e déficits superiores a 1% da
carga, para cada um dos subsistemas. Na Tabela 5-4 é feita a identificação
dessas séries.

Tabela 5-3: Riscos de Déficit de Energia (%), séries históricas – Cenário de Referência

Subsistema 2013 2014 2015 2016 2017


SUDESTE/CENTRO-OESTE
PROB (Qualquer Déficit) 0,0 1,3 3,8 3,8 3,8
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,0 1,3 2,5 2,5 2,5
SUL
PROB (Qualquer Déficit) 0,0 1,3 0,0 1,3 1,3
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,0 1,3 0,0 1,3 1,3
NORDESTE
PROB (Qualquer Déficit) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
NORTE
PROB (Qualquer Déficit) 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0
ACRE/RONDONIA
PROB (Qualquer Déficit) 0,0 0,0 2,5 0,0 3,8
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,0 0,0 0,0 0,0 2,5
MANAUS/MACAPÁ
PROB (Qualquer Déficit) 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0
PROB (Déficit > 1% Carga) 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0

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DE ATENDIMENTO
Tabela 5-4: Séries Históricas com Déficits de Energia – 2013/2017

Séries com déficit 2013 2014 2015 2016 2017


1953 1954 1954
SUDESTE/CENTRO-OESTE - 1934 1954 1955 1955
1955 1956 1956
SUL - 1934 - 1956 1956
NORDESTE - - - - -
NORTE - - 1953 - -
1954
1954
AC/RO - - - 1955
1955
1956
TMM - - 1953 - -

Da Tabela 5-5 até a Tabela 5-8, a seguir, são apresentados, para cada ano em
que houve a ocorrência de déficit na simulação com séries históricas e para cada
subsistema, as seguintes informações:

• Maior déficit anual observado para o histórico analisado (MWmed e


% da carga);

• A série em que ocorreu esse déficit; e

• O valor esperado dos déficits, considerando-se todo o histórico e seu % em


relação à carga.

Tabela 5-5: Déficits com Séries Históricas – Ano 2014

OCORRÊNCIA SE/CO SUL NORDESTE NORTE AC/RO TMM


Média dos Déficits (MWmed) 10,1 3,8 - - - -
Média dos Déficits (% da Carga) 0,03% 0,03% - - - -
Maior Déficit Anual (MWmed) 804,1 301,6 - - - -
Maior Déficit Anual (% da Carga) 2,02% 2,74% - - - -
Série de Maior Déficit 1934 1934 - - - -

Em 2014, observa-se déficit para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul,


na hipótese de repetição das afluências do ano de 1934. Esse déficit, no entanto,
corresponderia a um valor máximo de 804,1 MWmed, ou seja, 2,02% da carga
do Sudeste/Centro-Oeste.
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DE ATENDIMENTO
Tabela 5-6: Déficits com Séries Históricas – Ano 2015

OCORRÊNCIA SE/CO SUL NORDESTE NORTE AC/RO TMM


Média dos Déficits (MWmed) 23,1 - - 0,9 0,0 0,4
Média dos Déficits (% da Carga) 0,06% - - 0,02% 0,00% 0,03%
Maior Déficit Anual (MWmed) 1.254,3 - - 73,7 1,6 34,4
Maior Déficit Anual (% da Carga) 3,02% - - 1,56% 0,29% 2,61%
Série de Maior Déficit 1954 - - 1953 1954 1953

Para o ano de 2015, os subsistemas Sul e Nordeste não apresentariam déficit


em nenhuma série do histórico; o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou
montantes de déficits anuais máximos de 1.254,3 MWmed (3,02% da carga do
Sudeste/Centro-Oeste).

Tabela 5-7: Déficits com Séries Históricas – Ano 2016

OCORRÊNCIA SE/CO SUL NORDESTE NORTE AC/RO TMM


Média dos Déficits (MWmed) 63,7 2,6 - - - -
Média dos Déficits (% da Carga) 0,15% 0,02% - - - -
Maior Déficit Anual (MWmed) 3.503,5 209,8 - - - -
Maior Déficit Anual (% da Carga) 8,13% 1,77% - - - -
Série de Maior Déficit 1955 1956 - - - -

Em 2016, os subsistemas Nordeste, Norte, Acre/Rondônia e Manaus/Macapá


não apresentam déficit em nenhuma série do histórico; o subsistema
Sudeste/Centro-Oeste apresentou montantes de déficits anuais máximos de
3.503,5 MWmed (8,13% da carga do Sudeste/Centro-Oeste), no caso de
repetição da série histórica de 1955.

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DE ATENDIMENTO
Tabela 5-8: Déficits com Séries Históricas – Ano 2017

OCORRÊNCIA SE/CO SUL NORDESTE NORTE AC/RO TMM


Média dos Déficits (MWmed) 67,3 6,8 - - 0,4 -
Média dos Déficits (% da Carga) 0,15% 0,06% - - 0,07% -
Maior Déficit Anual (MWmed) 4.364,4 545,1 - - 18,4 -
Maior Déficit Anual (% da Carga) 9,74% 4,43% - - 3,06% -
Série de Maior Déficit 1955 1956 - - 1955 -

Para o ano de 2017, os subsistemas Nordeste, Norte e Manaus/Macapá não


apresentam déficit em nenhuma série do histórico; o subsistema Sudeste/Centro-
Oeste apresentou montantes de déficits anuais máximos de 4.364,4 MWmed
(9,74% da carga do Sudeste/Centro-Oeste), no caso de repetição da série
histórica de 1955.

Em resumo, as análises indicam que os montantes médios de energia não


suprida foram pouco significativos, podendo ser evitados por despacho
antecipado de geração térmica ou por políticas operativas específicas de
intercâmbio, tal como previsto nos Procedimentos Operativos de Curto Prazo -
POCP aprovados pelo CMSE.

Porém, uma atenção especial deve ser dispensada para o caso de repetição de
sequências críticas de afluências nos próximos anos, coincidentes com o período
crítico do SIN. Em uma situação como essa, em que a série histórica de 1955
coincida com os anos de 2016 ou 2017, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste
apresentaria déficits superiores a 8% da sua carga.

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DE ATENDIMENTO
5.2 Balanço Estático de Energia

Os itens seguintes apresentam balanços estáticos de energia para o Cenário de


Referência, além de balanços complementares para as regiões Sul e Nordeste.

5.2.1 Balanço Estático de Garantia Física

O balanço estático de energia tem significado apenas indicativo da oferta


estrutural de energia elétrica do SIN, na medida em que não considera as
transferências de energia entre os subsistemas ao longo do ano e a redução de
disponibilidade de energia das usinas hidráulicas em situações hidrológicas
desfavoráveis.

Balanços estáticos de energia não são, por si só, métricas suficientes para
avaliar as condições de atendimento à carga de sistemas elétricos como o
brasileiro, mas permitem qualificar e/ou quantificar algumas situações
estruturais, como a plena contratação da carga prevista pelos agentes
distribuidores, segundo as regras do atual modelo institucional (100% de
contratação), ou situações típicas de condições extremas de atendimento,
podendo orientar decisões mitigadoras de planejamento.

O balanço estático apresentado a seguir compara, com a carga projetada no


horizonte do PEN 2013, a oferta de energia do SIN utilizada como lastro físico
nos contratos de comercialização de energia, as garantias físicas dos leilões de
reserva e as disponibilidades de energia de usinas eventualmente ainda não
contratadas.

Adota-se como premissa para as usinas em expansão as datas de tendência do


cronograma de motorização utilizado no PMO de maio/2013, conforme reunião
do DMSE realizada no dia 17/04/2013. Da mesma forma, as usinas que possuem
disponibilidade nula neste PMO, conforme regulamentação vigente, têm sua
garantia física zerada no balanço estático, caso das UTE Uruguaiana, Cuiabá,
Carioba, Nutepa, Brasília, Roberto Silveira, santa Cruz 34, William Arjona e PIE-
RP.

A Figura 5-1, a seguir, permite visualizar que existem sobras de energia no SIN
ao longo do período 2013/2017, uma vez que a oferta estática de energia é
superior à carga própria projetada em todo horizonte de análise.

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DE ATENDIMENTO
Figura 5-1: Evolução da Oferta Estática e da Carga 2013/2017 (MWmed)

85.000
Oferta de geração Carga
80.000

75.000

70.000

65.000
MWméd

60.000

55.000

50.000

45.000

40.000
2013 2014 2015 2016 2017

Obs.: A oferta considera a interligação do Sistema Manaus/Macapá ao SIN a partir de setembro/2013.

A Figura 5-2, a seguir, permite visualizar o resultado do balanço estático de


garantia física para o SIN e para cada subsistema, considerando a
disponibilidade de energia dos leilões ocorridos até 2012, para o CR.

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DE ATENDIMENTO
Figura 5-2: Balanço de Energia (MWmed) – Cenário de Referência

7.000
N
6.000

5.000
AC/RO AC/RO AC/RO
SIN AC/RO SIN SIN
4.000 SIN
N
NE
3.000 NE
NE
NE
SIN N
2.000 N N
NE

1.000 AC/RO
(MWmed)

0
M/M M/M M/M M/M
M/M
-1.000 SE/CO
SUL
SUL
-2.000 SUL
SUL
SE/CO SUL
-3.000
SE/CO
-4.000
SE/CO
-5.000

-6.000
SE/CO

-7.000
2013 2014 2015 2016 2017

Obs; (1) O Sistema Manaus/Macapá é integrado ao SIN a partir de setembro/2013; (2): O Subsistema Sudeste/Centro-
Oeste inclui as usinas do rio Teles Pires; (3): O Subsistema Acre/Rondônia inclui as usinas do rio Madeira; e (4) O
Subsistema Norte inclui as usinas Belo Monte e Belo Monte Complementar.

Os subsistemas Nordeste, Norte e Acre/Rondônia apresentam balanço positivo


todos os anos e os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Manaus/Macapá
balanço negativo ao longo de todo horizonte.

A Tabela 5-9, a seguir, apresenta os detalhes do balanço estático para o SIN,


considerando o Cenário de Referência. Como já comentado, existem sobras,
entre 1.800 MWmed e 4.000 MWmed, em todo o horizonte.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 63 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 5-9: Balanço Estático de Energia para o SIN (MWmed) - CR

SIN - OFERTA PEN 2013 - (MWmed) 2013 2014 2015 2016 2017

UHE TOTAL 42.191 45.784 47.251 49.166 52.282

UTE TOTAL 14.335 15.398 15.647 15.647 15.748

PCHs, PCTs e UEEs 4.410 5.145 5.887 6.330 6.491

IMPORTAÇÃO DE ENERGIA 3.469 3.407 3.338 3.263 3.180

OFERTA TOTAL 64.405 69.734 72.123 74.406 77.701

CARGA 63.350 67.192 70.037 72.650 75.565

BALANÇO 1.055 2.542 2.086 1.756 2.136

LER (1º, 2º, 3º e 4º) 754 1.424 1.874 1.899 1.899

BALANÇO COM LER 1.809 3.966 3.960 3.655 4.035

Obs.: Oferta = Soma das Garantias Físicas das usinas simuladas. As usinas sem garantia física foram consideradas pela
sua disponibilidade máxima para UTE. A importação de energia se refere a parcela de 50 Hz da UHE Itaipu.

A Tabela 5-10, a seguir, detalha o balanço estático de energia do subsistema


Sudeste/Centro-Oeste, que indica déficits a partir de 2013, atingindo valores da
ordem de 6.000 MWmed em 2017.

Tabela 5-10: Balanço Estático de Energia para o SE/CO (MWmed) - CR

SE/CO - OFERTA PEN 2013 - (MWmed) 2013 2014 2015 2016 2017

UHE TOTAL 23.283 23.383 24.004 24.494 24.494

UTE TOTAL 7.067 7.325 7.497 7.497 7.598

PCHs, PCTs e UEEs 2.840 2.946 2.962 2.972 2.972

IMPORTAÇÃO DE ENERGIA 3.469 3.407 3.338 3.263 3.180

OFERTA TOTAL 36.659 37.061 37.801 38.226 38.244

CARGA 37.895 39.852 41.531 43.074 44.792

BALANÇO (1.236) (2.791) (3.731) (4.848) (6.549)

LER (1º, 2º, 3º e 4º) 444 463 476 479 479

BALANÇO COM LER (792) (2.328) (3.255) (4.369) (6.070)

Obs.: Oferta = Soma das Garantias Físicas das usinas simuladas. As usinas sem garantia física foram consideradas pela
sua disponibilidade máxima para UTE. A importação de energia se refere a parcela de 50 Hz da UHE Itaipu.

Destaca-se que a oferta disponível no subsistema Madeira (UHE Santo Antônio e


Jirau, vendidas nos leilões estruturantes ocorridos em 2007 e 2008,

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DE ATENDIMENTO
respectivamente) está considerada no balanço estático de energia do subsistema
Acre/Rondônia, apresentado na Tabela 5-11, a seguir.

Tabela 5-11: Balanço Estático de Energia para o AC/RO (MWmed) - CR

AC/RO - OFERTA PEN 2013 - (MWmed) 2013 2014 2015 2016 2017

UHE TOTAL 820 4.141 4.507 4.534 4.534

UTE TOTAL 289 289 289 289 289

PCHs, PCTs e UEEs 67 68 94 95 95

OFERTA TOTAL 1.176 4.498 4.890 4.918 4.918

CARGA 498 518 544 571 602

BALANÇO 678 3.980 4.346 4.347 4.316

LER (1º, 2º, 3º e 4º) - - - - -

BALANÇO COM LER 678 3.980 4.346 4.347 4.316

Obs.: Oferta = Soma das Garantias Físicas das usinas simuladas. As usinas sem garantia física foram consideradas pela
sua disponibilidade máxima para UTE.

No caso de balanço estático conjunto dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e


Acre/Rondônia, seriam indicadas sobras de energia contratada até 2015. Em
2016, seria atingido um equilíbrio entre oferta e carga. Em 2017, seriam
indicados déficits da ordem de 1.700 MWmed.

Para o subsistema Sul a Tabela 5-12, a seguir, mostra, como já comentado, que
existem déficits de energia contratada em todos os anos do horizonte.

Tabela 5-12: Balanço Estático de Energia para o Sul (MWmed) - Cenário de Referência

SUL - OFERTA PEN 2013 - (MWmed) 2013 2014 2015 2016 2017

UHE TOTAL 6.961 6.971 7.041 7.119 7.247

UTE TOTAL 1.739 1.293 1.293 1.293 1.293

PCHs, PCTs e UEEs 982 1.138 1.279 1.319 1.330

OFERTA TOTAL 9.682 9.402 9.613 9.731 9.870

CARGA 10.627 11.019 11.423 11.845 12.288

BALANÇO (945) (1.617) (1.810) (2.114) (2.418)

LER (1º, 2º, 3º e 4º) 52 86 115 115 115

BALANÇO COM LER (893) (1.531) (1.695) (1.999) (2.303)

Obs.: Oferta = Soma das Garantias Físicas das usinas simuladas. As usinas sem garantia física foram consideradas pela
sua disponibilidade máxima para UTE.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 65 / 137

DE ATENDIMENTO
A Tabela 5-13, a seguir, detalha o balanço estático de energia do subsistema
Nordeste. Observam-se sobras em todos os anos do horizonte, sendo que a
partir de 2014 é da ordem de 2.500 MWmed.

Tabela 5-13: Balanço Estático de Energia para o NE (MWmed) - CR

NE - OFERTA PEN 2013 - (MWmed) 2013 2014 2015 2016 2017

UHE TOTAL 6.266 6.266 6.266 6.266 6.266

UTE TOTAL 3.940 4.346 4.346 4.346 4.346

PCHs, PCTs e UEEs 493 964 1.407 1.758 1.783

OFERTA TOTAL 10.699 11.576 12.019 12.370 12.395

CARGA 9.728 10.076 10.494 10.948 11.476

BALANÇO 971 1.499 1.525 1.422 919

LER (1º, 2º, 3º e 4º) 257 871 1.279 1.301 1.301

BALANÇO COM LER 1.228 2.370 2.804 2.723 2.220

Obs.: Oferta = Soma das Garantias Físicas das usinas simuladas. As usinas sem garantia física foram consideradas pela
sua disponibilidade máxima para UTE.

Para o subsistema Norte a Tabela 5-14, a seguir, mostra, como já comentado,


que existem sobras de energia em todos os anos do horizonte.

Tabela 5-14: Balanço Estático de Energia para o Norte (MWmed) - CR

NORTE - OFERTA PEN 2013 - (MWmed) 2013 2014 2015 2016 2017

UHE TOTAL 4.801 4.805 4.891 6.193 9.067

UTE TOTAL 1.100 1.537 1.614 1.614 1.614

PCHs, PCTs e UEEs 28 30 145 186 311

OFERTA TOTAL 5.929 6.372 6.650 7.993 10.992

CARGA 4.252 4.562 4.817 4.932 5.063

BALANÇO 1.677 1.811 1.834 3.062 5.929

LER (1º, 2º, 3º e 4º) 1 4 4 4 4

BALANÇO COM LER 1.678 1.815 1.838 3.066 5.933

Obs.: Oferta = Soma das Garantias Físicas das usinas simuladas. As usinas sem garantia física foram consideradas pela
sua disponibilidade máxima para UTE.

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DE ATENDIMENTO
Destaca-se que a oferta disponível com a interligação Tucuruí-Manaus-Macapá
(UHE Balbina e Coaracy Nunes, Ferreira Gomes, Santo Antônio do Jari e
Cachoeira Caldeirão, além das UTE Aparecida B1 e B2, Jaraqui, Manauara,
Mauá B3, Mauá B4, Ponta Negra, Santana W, Santana LM e Tambaqui) está
considerada no balanço estático de energia no subsistema Manaus-Macapá,
apresentado na Tabela 5-15, a seguir.

Tabela 5-15: Balanço Estático de Energia para Manaus-Macapá (MWmed) - CR

TMM - OFERTA PEN 2013 - (MWmed) 2013 2014 2015 2016 2017

UHE TOTAL 60 218 542 560 674

UTE TOTAL 200 608 608 608 608

PCHs, PCTs e UEEs - - - - -

OFERTA TOTAL 260 826 1.150 1.168 1.282

CARGA 350 1.166 1.227 1.280 1.343

BALANÇO (90) (340) (77) (112) (61)

LER (1º, 2º, 3º e 4º) - - - - -

BALANÇO COM LER (90) (340) (77) (112) (61)

Obs.: Oferta = Soma das Garantias Físicas das usinas simuladas. As usinas sem garantia física foram consideradas pela
sua disponibilidade máxima para UTE.

Ao se avaliar os subsistemas Norte e Manaus-Macapá em conjunto, seriam


indicadas sobras de energia contratada em todo o período 2013/2017.

5.2.2 Balanço Estático Complementar para o Subsistema Sul

Considerando os resultados do balanço estático de energia do subsistema Sul


apresentados anteriormente, com déficits estruturais entre 2014 e 2017, e ainda
a forte dependência deste subsistema da importação de energia dos demais
subsistemas do SIN, principalmente através da SE Ivaiporã, foi elaborado um
balanço estático simplificado para o Sul. O objetivo foi o de avaliar o impacto da
ocorrência concomitante de uma seca severa (semelhante ao pior trimestre do
período seco do ano de 1945, por exemplo) com restrições elétricas prolongadas
na malha de recebimento pela região Sul.

A Figura 5-3, a seguir, apresenta um balanço estático para o subsistema Sul,


agora considerando essa nova situação extrema. Admite-se uma rede alterada,
em função de uma eventual indisponibilidade de um elemento do sistema de
transmissão, o que poderia limitar a capacidade de recebimento de energia pelo
subsistema Sul e, concomitantemente, uma condição hidrológica desfavorável

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 67 / 137

DE ATENDIMENTO
em período sazonal que requer intenso deplecionamento dos reservatórios desse
subsistema.

Figura 5-3: Balanço Estático de Energia do Subsistema Sul (MWmed)

(MWmed) 2014 2015 2016 2017


Importação
~ Gernão simuladas Carga
GTmax
11.019 11.423 11.843 12.290
1.460 1.460 1.460 1.460
~ GT Intercâmbio
Não simuladas
5.300
1.224
5.800
1.394
5.800
1.434
7.700
1.445
Carga ENA necessária* 3.035 2.769 3.149 1.685
~ GH % MLT 33% 30% 34% 18%

* Necessária para fechar o balanço (MWmed/%MLT)

Obs.1: Pior ENA do histórico = 34% MLT.


Obs.2: Cerca de 21% MLT no período abr - junho em 2006 e 2009.
Obs.3: Considera-se a LT 500 kV Itatiba – Bateias a partir do primeiro semestre de 2017.

Observa-se que, em uma situação extrema, em que se tenha a rede alterada por
indisponibilidade de linha de transmissão de 500 kV concomitante com
afluências críticas na região Sul, poderá haver dificuldades no atendimento à
carga dessa região até 2016. As ENAs necessárias indicadas apontam para o
uso intenso da capacidade de armazenamento dos reservatórios da Região, pois
o comportamento hidrológico para a condição do mínimo histórico (34% MLT)
corresponde a valores de ENA mensais, bimensais, trimestrais etc.
significativamente inferiores à média anual. Desta forma, serão exigidos o forte
uso de estoque regulador sazonal e a observância de níveis iniciais de
armazenamento elevados. Outro fator desfavorável a ser considerado é que a
geração térmica máxima durante o ano inteiro é uma hipótese otimista, pois há
sempre um retardo para essa decisão em função da aplicação do procedimento
baseado no despacho econômico.

Importa destacar que o subsistema Sul apresenta alta variabilidade das


afluências, mesmo para intervalos mensais, pouca capacidade de
armazenamento de energia e forte dependência de importação de grandes
blocos de energia do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, podendo envolver
riscos associados em situações de secas severas concomitantes com restrições
no sistema elétrico de importação, tornando-o vulnerável para o atendimento
energético. Nessa condição, os mecanismos de segurança usualmente aplicados

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DE ATENDIMENTO
aos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste podem assumir papel mais
relevante no despacho termelétrico do subsistema Sul.

Considerando esses fatores, torna-se recomendável a realização de leilões


regionais e por tipo de fonte com vistas ao atendimento desse subsistema.
Nessa hipótese, dada a vulnerabilidade do subsistema Sul em relação ao
comportamento hidrológico de suas bacias, é desejável que a geração das novas
fontes seja complementar à geração hidrelétrica, porém com característica
flexível, o que aponta para a oferta de novas usinas termoelétricas nesse
subsistema. Nesse caso, devem ser consideradas as potencialidades de
energéticos nessa região como o carvão com o uso de novas tecnologias mais
limpas, por exemplo, e as restrições logísticas para a oferta e o suprimento de
combustíveis, além dos possíveis reforços nos sistemas de interligação.

5.3 Balanço Estático Complementar para o Subsistema Nordeste

Como já comentado, o balanço estático de energia indica sobras significativas no


subsistema Nordeste durante todo o horizonte do estudo, decorrentes, em parte,
das ofertas das usinas térmicas a óleo e eólicas contratadas via leilões de
energia nova.

Dado que existem restrições de geração hidroelétrica mínima na


UHE Sobradinho, para garantir captações de água para uso urbano, agrícola e
industrial e para a navegação no trecho entre a UHE Sobradinho e a
UHE Itaparica (inflexibilidade hidráulica), como nos PEN anteriores, foi feita uma
avaliação complementar visando verificar se toda a geração térmica disponível
no Nordeste poderia ser alocada na curva de carga do SIN e qual o impacto da
concorrência da geração eólica, prioritária no balanço “Carga x Geração”.

A avaliação tem por base um balanço estático de energia para o subsistema


Nordeste, em cada patamar de carga, considerando as premissas de carga e
oferta do Cenário de Referência. O diagrama apresentado na Figura 5-4, a
seguir, resume as premissas e considerações adotadas.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 69 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 5-4: Cálculo da Máxima Alocação de Energia Térmica do NE no SIN

GT
Exportação
~
~ GHpequenas Exportação

~ GHmin Sobradinho

Carga

Se GT – ( Carga – GHpequenas - GHmin Sobradinho ) > Exportação


Então existem restrições de alocação no SIN

A máxima energia térmica alocável na curva de carga do SIN, para cada patamar
de carga, foi determinada com a consideração do limite de exportação do
Nordeste, acrescido da carga local a ser atendida, abatida da geração
compulsória no Nordeste, correspondente à geração das usinas não simuladas
individualmente e à geração hidroelétrica associada às seguintes hipóteses de
restrição de vazão mínima em Sobradinho:

• 1.300 m3/s (restrição vigente, que equivale à geração mínima de


aproximadamente 3.600 MWmed na bacia do São Francisco); e

• 1.100 m3/s (restrição de excepcionalidade aprovada pela ANA, que equivale à


geração mínima de aproximadamente 3.000 MWmed na bacia do São
Francisco).

Os resultados obtidos indicam que ao longo de todo horizonte de análise não há


restrição para alocação da geração disponível no subsistema Nordeste em
nenhum dos patamares de carga, considerando-se restrição de vazão mínima de
1.100 m3/s ou 1.300 m3/s. A menor folga observada foi da ordem de 900 MWmed
no ano de 2015 no patamar de carga leve com restrição de vazão mínima
1.300 m3/s em Sobradinho. No patamar de carga média a folga é sempre
superior a 2.300 MWmed e no patamar de carga pesada superior a
3.200 MWmed.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 70 / 137

DE ATENDIMENTO
Como o 5º LER, exclusivo para eólicas, está previsto para acontecer no presente
ano com entrega de produto em 2015, uma reavaliação do congestionamento da
geração disponível no subsistema Nordeste poderá ser justificada, embora as
folgas observadas sejam relativamente confortáveis.

5.4 Balanço de Energia Firme

A energia firme de um sistema é definida como o maior mercado que um sistema


pode atender sem déficits no caso de repetição do histórico de vazões.

A duração do período crítico obtido de modelos que calculam a energia firme das
usinas hidrelétricas é comumente utilizado como uma medida para a capacidade
de regularização do sistema. Entretanto, nos modelos utilizados, como SUISHI e
MSUI, não é representada a complementaridade entre as usinas hidrelétricas e
as outras fontes. Nesses modelos, a energia firme é calculada para uma
configuração puramente hidráulica.

Uma premissa que se utilizava no passado era a de que todas as térmicas


estariam na base ao longo de todo período crítico. Todavia, as características do
SIN vem se modificando, tanto na redução da participação da fonte hidroelétrica
na matriz de energia elétrica (com crescente participação de usinas a fio d’água),
quanto na alteração das características das termoelétricas, com a agregação de
unidades geradoras com CVUs elevados.

Essas mudanças de característica do parque termoelétrico dificultam o cálculo


da sua contribuição na energia firme do sistema, uma vez que muitas dessas
térmicas não estariam despachadas no início do período crítico quando o
sistema ainda apresenta níveis elevados de armazenamento.

No balanço de energia firme apresentado na Tabela 5-16, a seguir, é avaliada a


necessidade de geração térmica para atendimento a carga do SIN, admitindo-se
que a contribuição das usinas hidroelétricas corresponde à energia firme do
sistema.

A energia firme do SIN foi calculada com a utilização do modelo SUISHI para as
configurações de dezembro de 2013, dezembro de 2014, dezembro de 2015,
dezembro de 2016 e dezembro de 2017 e o período crítico de 6/1949 a 11/1956.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 71 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 5-16: Balanço de Energia Firme (MWmed)

2013 2014 2015 2016 2017

Carga (A) 63.350 67.192 70.037 72.650 75.565

Energia Firme (EFH) (B) 44.836 47.583 49.515 51.369 53.534

Não Simuladas (NS) (C) 5.164 6.569 7.761 8.229 8.390

EFH + NS (D) = (B) + (C) 50.000 54.152 57.276 59.598 61.924

Necessidade de GT (E) = (A) – (D) 13.350 13.040 12.761 13.052 13.641

GTMAX (F) 16.754 17.299 17.598 17.590 17.593

Necessidade de GT (%) (E) / (F) 80% 75% 73% 74% 78%

GTMIN (G) 4.424 5.081 4.942 5.019 5.146

(%) (G) / (F) 26% 29% 28% 29% 29%

Os resultados apresentados na Tabela 5-16, anterior, indicam que caso um alto


percentual de geração térmica não seja despachado logo no início do período
crítico (esta necessidade varia de 73% a 80% GTMAX no período 2013/2017), os
reservatórios seriam deplecionados mais rapidamente e ainda assim não
evitariam déficits no atendimento à carga.

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DE ATENDIMENTO
5.5 Balanço Estático de Demanda Máxima

O Balanço Estático de Demanda Máxima do SIN apresentado neste PEN 2013


tem como objetivo avaliar às condições de atendimento à demanda máxima,
considerando condições eletroenergéticas conjunturais e aspectos estruturais
relevantes, permitindo assim uma análise de cunho estratégico.

Destaca-se que foi considerada a demanda máxima instantânea prevista em


cada mês do horizonte de estudo, independente do horário/patamar de carga de
ocorrência.

A composição de demandas agregadas por conjuntos de subsistemas - Dx (SIN,


Sudeste/C.Oeste/Sul e Norte/Nordeste) pressupõe a consideração da demanda
máxima instantânea não coincidente, utilizada como fator adicional de segurança
para eventuais flutuações não previstas no planejamento. Desta forma, tem-se:

DSE/CO-S = DSE/CO + DS + DAC/RO

DNE-N = DNE + DN + DM/M

DSIN = DSE/CO-S + DNE-N

De forma simplificada, as avaliações efetuam comparações entre a demanda


máxima instantânea (com reserva operativa de 2,5%) e as disponibilidades de
oferta de ponta.

As simulações consideram um cenário onde a disponibilidade de geração térmica


é limitada aos valores de inflexibilidades declarados pelos geradores térmicos e
aqueles necessários por razões elétricas (da ordem de 5.000 MW), configurando
uma situação conservadora.

As avaliações consideram também comparações com a hipótese de


disponibilidade associada ao valor esperado de geração térmica por ordem de
mérito e a influência do aumento da disponibilidade hidráulica através da
implantação de novas unidades geradoras em usinas hidroelétricas existentes a
partir de 2016.

Destaca-se que foi considerada geração térmica na base no período entre maio
e novembro de 2013, conforme política energética determinada pelo CMSE.

No Item 5.5.1 são apresentadas as premissas consideradas nas avaliações. O


Item 5.5.2 apresenta as avaliações realizadas para o SIN. Adicionalmente, foram
realizadas avaliações complementares, para os subsistemas Sudeste/C.Oeste–
Sul e Norte/Nordeste, em função do esgotamento de capacidade de
transferência de ponta pela interligação Norte/Sul no período chuvoso (janeiro a
ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 73 / 137

DE ATENDIMENTO
maio), que estão apresentadas nos Itens 5.5.3 e 5.5.4. Finalmente no item 5.5.5
é apresentada a expectativa de geração térmica para atendimento à demanda
máxima.

No Volume II – Relatório Complementar do PEN 2013 são apresentadas em


detalhes as diretrizes operacionais do Balanço Estático de Demanda Máxima.

5.5.1 Premissas

As premissas gerais consideradas para a realização do Balanço Estático de


Demanda Máxima estão relacionadas a seguir:

• Requisitos de demanda máxima instantânea previstos pelo ONS em conjunto


com a EPE/MME (maiores detalhes no Anexo II – Projeções de Carga);

• Consideração de reserva operativa de potência (2,5%, acrescidos sobre a


demanda), para mitigação dos riscos de não-atendimento e garantia de
margem para atuação eficaz do controle automático de geração;

• Programa de expansão da oferta de geração do Cenário de Referência;

• Disponibilidade de geração térmica limitada à inflexibilidade;

• Consideração de índices de indisponibilidade forçada (TEIF) para as usinas


hidroelétricas;

• Consideração de índice típico de indisponibilidade programada (TEIP) para as


usinas hidroelétricas igual a 10%;

• Consideração de restrição elétrica para emular eventuais restrições de


geração devido a limitações na malha de transmissão do SE/CO, sendo
800 MW de maio a setembro de 2013 e 500 MW de outubro a dezembro/2013;

• Consideração de restrições operativas da UHE Xingó, que em situações


críticas, por motivos ambientais, apresentam uma redução de
aproximadamente 500 MW de geração no período novembro/abril de todos os
anos, ocasionada pela restrição de variação de defluência diária;

• Recebimento da potência contratada da UHE Itaipu para o SIN conforme


declaração do Agente Eletrobras, injetada no subsistema Sudeste/Centro-
Oeste; e

• Disponibilidade hidráulica das usinas dos subsistemas Teles Pires, Madeira e


Belo Monte determinada em função da vazão média mensal do ano crítico do
SIN – 1955.

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DE ATENDIMENTO
Como ilustração da influência da sazonalidade das vazões sobre a
disponibilidade citada anteriormente, a Figura 5-5 e a Figura 5-6, a seguir,
apresentam a evolução da capacidade instalada e a disponibilidade hidráulica
para as UHE Jirau e Santo Antônio, onde se observa a forte influência das
baixas vazões do período seco (2º semestre de cada ano) sobre a capacidade
instalada dessas usinas, cujos valores foram considerados no atendimento à
demanda máxima. A Tabela 5-17 apresenta um resumo com os valores médios
semestrais de disponibilidade hidráulica utilizados nos estudos.

Figura 5-5: Evolução da capacidade instalada x disponibilidade hidráulica - UHE Jirau

5000
4800 UHE Jirau
4600
4400 Evolução da Capacidade Instalada Disponibilidade Hidráulica
4200
4000
3800
3600
3400
3200
3000
2800
2600
MW
2400
2200
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 75 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 5-6: Evolução da capacidade instalada x disponibilidade hidráulica - UHE Santo
Antônio
Comparação da Capacidade Instalada e Disponibilidade Hidráulica
3400
UHE Santo Antônio
3200

3000

2800

2600

2400

2200

2000

1800
MW
1600

1400

1200

1000

800

600

400
Evolução da Capacidade Instalada Disponibilidade Hidráulica
200

Tabela 5-17: Valores médios semestrais de disponibilidade hidráulica das UHE Jirau e Santo
Antônio (MW)

Média da Disponibilidade Hidráulica (MW)


Ano/Semestre
UHE Jirau UHE Santo Antônio
1º sem - 420
2013
2º sem 408 538
1º sem 2.063 1.959
2014
2º sem 1.038 1.103
1º sem 3.225 2.476
2015
2º sem 1.038 1.198
1º sem 3.225 2.934
2016
2º sem 1.038 1.211
1º sem 3.225 2.934
2017
2º sem 1.038 1.211

Obs: Os valores semestrais respeitam os cronogramas de entrada em operação previstos para cada UHE.

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DE ATENDIMENTO
• Perdas por deplecionamento por subsistema estimadas a partir da aplicação
da função de deplecionamento nos níveis de armazenamento oriundos de
uma avaliação prospectiva com despacho térmico pleno de maio a
novembro/2013, na aplicação de uma simulação dos Procedimentos
Operativos de Curto Prazo - POCP em 2014 e na consideração das curvas
plurianuais de aversão ao risco - CAR 5 no período 2015-2017. Para os
subsistemas Acre/Rondônia e Manaus/Macapá foram utilizados os mesmos
níveis de armazenamento dos subsistemas SE/CO e Norte, respectivamente.

Em relação às perdas por deplecionamento, estas são estimadas através de


funções Armazenamento X Perda de Potência, ajustadas com base nos
valores verificados em 2001/2002, época do racionamento, quando os
reservatórios experimentaram deplecionamentos acentuados.

• A disponibilidade de potência para o SIN das usinas não simuladas


individualmente foi atualizada neste PEN 2013 com base no histórico
2008/2012.

Desta forma, para as usinas em operação comercial utiliza-se a máxima


potência injetada no SIN, por mês, nos 5 últimos anos de contabilização da
CCEE (2008/2012). Para as usinas que não iniciaram a operação comercial
sua modelagem levou em consideração o tipo de fonte:

− Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH) e usinas a biomassa (BIO): fator


calculado com base nos dados enviados pela CCEE das usinas em
operação (Máxima potência injetada/Potência);

− Usinas Eólicas (UEE): garantia física, já que para essa fonte ainda não
se conta com um histórico suficiente para representação de seu
comportamento.

5.5.2 Avaliação das condições de atendimento à demanda máxima do SIN

A Figura 5-7 e a Figura 5-8, a seguir, apresentam as avaliações do atendimento


à demanda máxima instantânea do SIN. Em cada uma das figuras são
explicitadas as seguintes curvas de evolução:

• da disponibilidade de potência das usinas hidroelétricas, inclusive das PCHs,


considerando a hipótese de perdas por deplecionamentos das usinas com
reservatórios de regularização, segundo a experiência operativa de
2001/2002, quando do racionamento;

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 77 / 137

DE ATENDIMENTO
• da disponibilidade total considerando apenas a disponibilidade da potência
inflexível das usinas termoelétricas declaradas pelos Agentes (hidráulicas +
PCHs + eólicas + biomassa + as inflexibilidades das térmicas);

• da demanda máxima instantânea, já incorporando a reserva operativa;

• da disponibilidade total sem considerar as usinas térmicas a óleo (hidráulicas


+ PCHs + eólicas + biomassa + térmicas); e

• da disponibilidade total, incluindo as usinas térmicas a óleo.

A análise das condições de atendimento à demanda máxima do SIN indica,


conforme Figura 5-7, a seguir, que existe disponibilidade de potência no SIN
para o pleno atendimento à demanda máxima instantânea em todo o período
2013/2017, sem necessidade de uso da reserva operativa.

Figura 5-7: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima do SIN (MW)

120.000
(*) Folga para atender
à ponta com térmica
110.000

100.000
(*)
90.000

80.000
MW

70.000
GT Complementar p/
60.000 atendimento à ponta – aumento
Disponibilidade de Potência com GT Máxima do custo de operação
Disponibilidade de Potência sem GT a Óleo
50.000
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa)
Disponibilidade de Potência com GT Inflexível
40.000 Oferta Hidráulica

30.000

MESES

Pode-se observar, da figura anterior, que em alguns meses do período


2013/2017 os requisitos de demanda máxima, incluindo a reserva operativa,
superam a disponibilidade de potência total limitada à inflexibilidade declarada
das usinas térmicas, o que poderá levar a necessidade de despachos acima
desses montantes (área hachurada), dependendo da real disponibilidade

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 78 / 137

DE ATENDIMENTO
hidráulica nesses meses. Até o final do horizonte existe a expectativa de não ser
necessário o uso da geração térmica a óleo.

Vale comentar que entre os meses de maio e novembro de 2013 foram


considerados despachos plenos de potência disponível em função da decisão do
CMSE de manter ligadas todas as térmicas nesse período.

Adicionalmente, de forma a se efetuar uma análise dos benefícios da adoção de


medidas operativas estruturais, foi realizada uma avaliação, considerando a
utilização de poços nas UHEs existentes, a partir de informações da ABRAGE e
da ANEEL, conforme NT SRG/ANEEL nº 26/2011. Nesta análise foi considerado
um recurso adicional de 2.500 MW em 2016, que evolui a 5.200 MW a partir de
2017, sendo esta geração hidráulica considerada como oferta hidráulica
adicional. A Figura 5-8 e a Figura 5-9, a seguir, apresentam os resultados dessa
análise.

Figura 5-8: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima (MW) – SIN 2016/2017 – análise
adicional com poços

130.000
(*) Folga para atender
120.000 à ponta com térmica

110.000
(*)
100.000

90.000
MW

80.000

70.000
GT Complementar p/
60.000 atendimento à ponta – aumento
Disponibilidade de Potência com GT Máxima do custo de operação
50.000 Demanda Máxima (Com Reserva Operativa)
Disponibilidade de Potência com GT Inflexível
40.000 Oferta Hidráulica com injeção de Poços

30.000

MESES

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 79 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 5-9: Geração Térmica Adicional (MW) – SIN 2016/2017 – análise adicional com poços

10.000

9.000

8.000

7.000

6.000

MW 5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0
out-16

nov-16

out-17

nov-17
jun-16

jun-17
ago-16

set-16

ago-17

set-17
jan-16

fev-16

mar-16

abr-16

jul-16

jan-17

fev-17

mar-17

abr-17

jul-17
mai-16

dez-16

mai-17

dez-17
Geração Térmica Adicional - Sem a contribuição dos Poços Geração Térmica Adicional - Com a contribuição dos Poços

Observa-se, portanto, que a utilização de poços em UHEs existentes, no período


2016/2017, reduziria grande parte da necessidade de geração térmica além das
inflexibilidades. Em 2016, a geração térmica adicional máxima, acima da
inflexibilidade, atingiria montantes da ordem de 1.000 MW em novembro. Em
2017 apenas os meses de outubro e novembro apresentariam necessidade de
geração térmica além das inflexibilidades, que atingiria um máximo de
aproximadamente 2.300 MW em novembro.

É importante destacar que estas situações de atendimento estão associadas aos


níveis de armazenamento considerados. Condições desfavoráveis de
armazenamento ou restrições adicionais, superiores às consideradas neste
estudo, afetarão diretamente os resultados apresentados.

5.5.3 Avaliação das condições de atendimento à demanda máxima dos


subsistemas Sudeste/C.Oeste e Sul

Neste item apresenta-se uma análise das condições de atendimento aos


subsistemas Sudeste/C.Oeste/Sul, com ênfase no verão de cada ano (período
janeiro a maio), representando, desta forma, as condições extremas de
atendimento que normalmente ocorrem nessa época. Após o esgotamento do
suprimento de potência a estas regiões pela interligação Norte/Sul com o valor
ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 80 / 137

DE ATENDIMENTO
de 5.100 MW, estas passam a se comportar como um sistema isolado,
atendendo a seus requisitos com recursos próprios. Para o período de junho a
dezembro foi considerado intercâmbio nulo na interligação Norte/Sul.

A Figura 5-10, a seguir, apresenta um diagrama básico que representa a análise


realizada, onde a capacidade de transferência de ponta pela interligação Norte-
Sul encontra-se totalmente explorada no período de janeiro a maio de cada ano.

Figura 5-10: Atendimento à Demanda Máxima dos subsistemas-Sudeste/C.Oeste/Sul (MW)

Período Chuvoso
(Jan/mai)
5.100 MW (*)

(*) Con sidera gera ção de La jeado + P. Angical + Cana Brav a + Serra da Mesa + São Sa lv ador

A Figura 5-11, a seguir, apresenta a avaliação do atendimento dos subsistemas


Sudeste/C. Oeste/Sul considerando-se o recebimento de intercâmbios de
potência dos subsistemas Norte/Nordeste somente entre janeiro e maio –
período chuvoso, limitados a 2.500 MW pela interligação Norte-Sul.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 81 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 5-11: Atendimento à Demanda Máxima– SE/CO/SUL 2013/2017 (MW)

90.000
(*) Folga para atender
Importação do N/NE à ponta com térmica

80.000

(*)
70.000
MW

60.000

50.000 Disponibilidade de Potência com GT Máxima


Disponibilidade de Potência sem GT a Óleo GT Complementar p/
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa) atendimento à ponta –
aumento do custo de operação
40.000 Disponibilidade Total com GT Inflexível e Intercâmbio
Disponibilidade de Potência com GT Inflexível
Oferta Hidráulica
30.000

MESES

OBS: Para avaliação das condições de atendimento, é realizada uma comparação entre a Disponibilidade Total e a
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa). A Disponibilidade Total dos subsistemas Sudeste-Sul considera a importação
de intercâmbios de janeiro a maio de todos os anos, proveniente dos subsistemas Norte/Nordeste (diferença entre as duas
curvas azuis).

Da figura anterior, observa-se que para o subsistemas Sudeste/C.Oeste/Sul, em


alguns meses do período 2013/2017, os requisitos de demanda máxima,
incluindo a reserva operativa, superam a disponibilidade de potência total
disponível limitada à inflexibilidade declarada das usinas térmicas locais, o que
poderá levar a necessidade de importação adicional de potência dos
subsistemas Norte/Nordeste durante o período chuvoso e de despachos acima
dos montantes de inflexibilidades nas estações secas (área hachurada),
dependendo da real disponibilidade hidráulica nesses meses. Destaca-se que ao
final de 2016 e 2017, caso não haja a importação de geração térmica dos
subsistemas Norte/Nordeste durante o período seco, poderá ser necessária a
geração térmica a óleo nesses subsistemas.

A situação verificada no 2º semestre de cada ano é em parte influenciada pela


redução de disponibilidade das usinas a fio d´água, em especial no rio madeira
(UHEs Jirau e Santo Antônio). Neste caso, poderá ser necessária uma análise
mais detalhada dos cronogramas de manutenção de unidades geradoras visando

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 82 / 137

DE ATENDIMENTO
uma eventual otimização ou postergação de paradas programadas, num
horizonte mais próximo de avaliação.

A utilização de poços em UHEs existentes, com recurso adicional de


2.100 MW em 2016, que evolui a 4.200 MW a partir de 2017, reduziria parte da
necessidade de geração térmica além das inflexibilidades no período 2016/2017,
conforme pode ser observado na Figura 5-12 e na Figura 5-13, a seguir.

Figura 5-12: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima (MW) – SE/CO-SUL 2016/2017 –


análise adicional com poços

90.000
(*) Folga para atender Importação do N/NE
à ponta com térmica
80.000
(*)

70.000
MW

60.000

50.000 GT Complementar p/
Disponibilidade de Potência com GT Máxima atendimento à ponta –
aumento do custo de operação
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa)
40.000
Disponibilidade Total com GT Inflexível e Intercâmbio
Disponibilidade de Potência com GT Inflexível
Oferta Hidráulica com injeção de Poços
30.000

MESES

OBS: Para avaliação das condições de atendimento, é realizada uma comparação entre a Disponibilidade Total e a
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa). A Disponibilidade Total dos subsistemas Sudeste-Sul considera a importação
de intercâmbios de janeiro a maio de todos os anos, proveniente dos subsistemas Norte/Nordeste (diferença entre as duas
curvas azuis).

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 83 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 5-13: Geração Térmica Adicional (MW) – SE/CO/SUL 2016/2017 – análise adicional com
poços

12.000

11.000

10.000

9.000

8.000

7.000

MW 6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0
abr-16

ago-16

abr-17

ago-17
jan-16

fev-16

mar-16

jul-16

out-16

nov-16

jan-17

fev-17

mar-17

jul-17

out-17

nov-17
mai-16

jun-16

dez-16

mai-17

jun-17

dez-17
set-16

set-17
Geração Térmica Adicional - Sem a contribuição dos Poços Geração Térmica Adicional - Com a Contribuição dos Poços

Mesmo com a utilização de poços em UHEs existentes, no período 2016/2017,


ainda seria necessária a geração térmica adicional, acima da inflexibilidade, que
atingiria montantes da ordem de 3.800 MW e 4.800 MW, em novembro de 2016 e
2017, respectivamente.

É importante destacar que estas situações de atendimento estão associadas aos


níveis de armazenamento considerados. Condições desfavoráveis de
armazenamento ou restrições adicionais, superiores às consideradas neste
estudo, afetarão diretamente os resultados apresentados.

5.5.4 Avaliação das condições de atendimento à demanda máxima dos


subsistemas Norte e Nordeste

Neste Item apresenta-se uma análise das condições de atendimento aos


subsistemas Norte/Nordeste, adotando-se as mesmas premissas gerais
consideradas na avaliação dos subsistemas Sudeste/C. Oeste/Sul descritas no
item 5.5.3, destacando-se a seguinte consideração de intercâmbios:

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 84 / 137

DE ATENDIMENTO
− Janeiro a maio: Norte/Nordeste exportando 2.500 MW para o
Sudeste/Centro-Oeste/Sul (já abatidas as gerações das UHE Lajeado,
P. Angical, Cana Brava, Serra da Mesa e São Salvador);

− Junho a dezembro: intercâmbios nulos.

A Figura 5-14, a seguir, apresenta a avaliação do atendimento dos subsistemas


Norte/Nordeste considerando-se a exportação de intercâmbios de potência para
os subsistemas Sudeste/C. Oeste/Sul somente entre janeiro e maio – período
chuvoso, limitados a 2.500 MW pela interligação Norte-Sul.

Figura 5-14: Atendimento à Demanda Máxima – NORTE/NORDESTE 2013/2017 (MW)

40.000
(*) Folga para atender
à ponta com térmica
35.000
Exportação para o S/SE

30.000

25.000 (*)
MW

20.000

15.000
GT Complementar p/
atendimento à ponta –
10.000 Disponibilidade de Potência com GT Máxima aumento do custo de operação
Disponibilidade de Potência sem GT a Óleo
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa)
5.000 Disponibilidade Total com GT Inflexível e Intercâmbio
Disponibilidade de Potência com GT Inflexível
Oferta Hidráulica
0

MESES

OBS: Para avaliação das condições de atendimento, é realizada uma comparação entre a Disponibilidade Total e a
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa). A Disponibilidade Total dos subsistemas Norte/Nordeste considera a
exportação de intercâmbios de janeiro a maio de todos os anos para os subsistemas Sudeste-Sul (diferença entre as duas
curvas azuis).

Conforme mostrado na Figura 5-14, anterior, para os subsistemas


Norte/Nordeste, dependendo da real disponibilidade hidráulica, existe
disponibilidade de potência durante todo o horizonte 2013/2017 suficiente para
atender os requisitos de demanda máxima, incluindo a reserva operativa, quando
se considera apenas a disponibilidade correspondente a inflexibilidade declarada
das usinas térmicas acrescida da disponibilidade de potência das outras fontes
de geração (exceto a geração a óleo), o que permitirá trocas de potência com as

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 85 / 137

DE ATENDIMENTO
demais regiões, podendo ou não resultar em despachos de geração térmica
acima dos montantes de inflexibilidade.

A utilização de poços em UHE existentes, com recurso adicional de 400 MW em


2016, que evolui a 1.000 MW a partir de 2017, evitaria grande parte da
necessidade de geração térmica além das inflexibilidades no período 2016/2017,
conforme pode ser observado na Figura 5-15, a seguir.

Figura 5-15: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima (MW) – NORTE-NORTE 2016/2017


– análise adicional com poços

40.000
(*) Folga para atender
à ponta com térmica
35.000
Exportação para o S/SE

30.000
(*)

25.000
MW

20.000

15.000

GT Complementar p/
atendimento à ponta – Disponibilidade de Potência com GT Máxima
10.000
aumento do custo de operação Demanda Máxima (Com Reserva Operativa)
Disponibilidade de Potência com GT Inflexível
5.000 Disponibilidade Total com GT Inflexível e Intercâmbio
Oferta Hidráulica com injeção de Poços
0

MESES

OBS: Para avaliação das condições de atendimento, é realizada uma comparação entre a Disponibilidade Total e a
Demanda Máxima (Com Reserva Operativa). A Disponibilidade Total dos subsistemas Norte/Nordeste considera a
exportação de intercâmbios de janeiro a maio de todos os anos para os subsistemas Sudeste-Sul (diferença entre as duas
curvas azuis).

É importante destacar que estas situações de atendimento estão associadas aos


níveis de armazenamento considerados. Condições desfavoráveis de
armazenamento ou restrições adicionais, superiores às consideradas neste
estudo, afetarão diretamente os resultados apresentados.

5.5.5 Expectativa de Geração Térmica para atendimento à Demanda Máxima

A Figura 5-16 e a Figura 5-17, a seguir, apresentam um detalhamento da


expectativa de geração térmica para atendimento à demanda máxima dos
subsistemas Sudeste/C. Oeste/Sul e Norte/Nordeste, respectivamente,
apresentadas no item anterior.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 86 / 137

DE ATENDIMENTO
Para cada par de subsistemas foram explicitadas:

• a geração compulsória total em 2013, de acordo com as decisões do CMSE


quanto a operação de base das térmicas até novembro de 2013, por razões
energéticas, como já comentado;

• a geração térmica associada às inflexibilidades declaradas pelos Agentes;

• a geração térmica de ponta associada à hipótese de valor esperado de


geração térmica por ordem de mérito, calculada com base no balanço
dinâmico de atendimento à carga de energia com o Modelo NEWAVE; e

• a parcela de geração adicional a estas inflexibilidades, necessária para


atender os requisitos de demanda máxima, incluindo a reserva operativa, na
hipótese de não haver despacho por ordem de mérito associado ou quando
este não for suficiente para o equilíbrio oferta/demanda.

Figura 5-16: Expectativa de Geração Térmica no SE/CO/SUL 2013/2017 (MW)

14.000
(*) Despacho complementar médio acima do despacho por ordem de mérito - MW
13.000
(*) 3.707 MW
12.000

11.000
(*) 1.848 MW
10.000

9.000

8.000
(*) 969 MW

MW 7.000
6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0
jul-13

nov-13
jan-14
mar-14

jul-14

nov-14
jan-15
mar-15

jul-15

nov-15
jan-16
mar-16

jul-16

nov-16
jan-17
mar-17

jul-17

nov-17
mai-13

mai-14

mai-15

mai-16

mai-17
set-13

set-14

set-15

set-16

set-17

Inflexibilidade Despacho por Ordem de Mérito GT para atendimento à ponta GT sem óleo GT Total

Obs: No ano de 2013 foi considerado despacho térmico na base (maio a novembro).

Observa-se que para os subsistemas Sudeste/C. Oeste/Sul existem meses entre


dezembro de 2013 e dezembro de 2017 em que a geração térmica associada ao
despacho esperado por ordem de mérito poderá ser suficiente, juntamente com
outras fontes de geração, para atender os requisitos de demanda máxima,

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 87 / 137

DE ATENDIMENTO
incluindo a reserva operativa. Em alguns meses, a partir de agosto de 2016,
poderão ocorrer situações onde a necessidade de geração térmica para atender
o balanço de demanda será superior à geração por ordem de mérito, sendo que
ao final de 2017, dependendo da real disponibilidade hidráulica nesse período,
será necessário importar potência dos subsistemas Norte/Nordeste, da ordem de
3.700 MW, na medida em que os requisitos de demanda, incluindo a reserva
operativa, exigem geração local que supera a capacidade térmica instalada nos
subsistemas Sudeste/C. Oeste/Sul.

A condição de atendimento mostrada para 2016 e 2017 é fortemente influenciada


pela redução da oferta de geração, quando comparada ao PEN 2012, pois cerca
de 2.200 MW saíram da configuração de expansão (UTEs à óleo e Angra 3), o
que reduziu significativamente a geração térmica disponível para atendimento à
demanda máxima neste período. Em função do descrito anteriormente, nestes
subsistemas observa-se situações próximas ao esgotamento da capacidade de
geração térmica, especialmente em 2016 e 2017.

Para os subsistemas Norte/Nordeste, conforme Figura 5-17, a seguir, existe


disponibilidade de potência térmica instalada local para o pleno atendimento aos
requisitos de demanda, incluindo a reserva operativa, durante todo o horizonte
2013/2017.

Figura 5-17: Geração Térmica (MW) – NORTE/NORDESTE 2013/2017

9.000
(*) Despacho complementar médio acima do despacho por ordem de mérito - MW

8.000

7.000

6.000
(*) 248 MW (*) 200 MW
5.000
MW
4.000

3.000

2.000

1.000

0
mai-13
jul-13

nov-13
jan-14
mar-14
mai-14
jul-14

nov-14
jan-15
mar-15
mai-15
jul-15

nov-15
jan-16
mar-16
mai-16
jul-16

nov-16
jan-17
mar-17
mai-17
jul-17

nov-17
set-13

set-14

set-15

set-16

set-17

Inflexibilidade Despacho por Ordem de Mérito GT para atendimento à ponta GT sem óleo GT Total

Obs: No ano de 2013 foi considerado despacho térmico na base (maio a novembro).

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 88 / 137

DE ATENDIMENTO
Também nesses subsistemas observa-se que existem meses em que a geração
térmica associada ao despacho esperado por ordem de mérito poderá ser
suficiente, juntamente com outras fontes de geração, para atender os requisitos
de geração térmica que garantem o atendimento da demanda máxima, incluindo
a reserva operativa.

Em apenas alguns meses, a partir de fevereiro de 2015, poderão ocorrer


situações onde a necessidade de geração térmica para atender o balanço de
demanda poderá ser superior à geração por ordem de mérito, sendo que a partir
de maio de 2016, dependendo da real disponibilidade hidráulica nesse período,
os requisitos de geração térmica para atendimento da demanda local se
restringem à geração por inflexibilidade. As folgas existentes nesse período
poderão ser utilizadas para atender as necessidades de importação dos
subsistemas Sudeste/C.Oeste/Sul, da ordem de 3.700 MW, conforme apontado
anteriormente.

É importante destacar que estas situações de atendimento à demanda máxima


estão associadas aos níveis de armazenamento considerados para estimar as
perdas por deplecionamentos das usinas hidroelétricas com reservatório de
regularização. Condições desfavoráveis de armazenamento ou restrições
adicionais, superiores às consideradas neste estudo, afetarão diretamente os
resultados apresentados.

5.6 Cenário de Sensibilidade – CS – Sensibilidade à carga do Cenário de


Referência

Considerando que existem sobras de garantia física no SIN no período


2014/2017, como visto no Item 5.2 – Balanço Estático de Energia e que as
condições de atendimento a carga, no mesmo período, são satisfatórias, o
objetivo deste Cenário de Sensibilidade CS é avaliar qual seria a maior carga
possível de ser atendida – “Mercado de Oferta”, mantido o critério usual de
garantia de atendimento: riscos de déficit de energia não superiores a 5% em
cada ano, em cada subsistema.

A avaliação do “Mercado de Oferta” foi realizada aplicando-se um acréscimo de


carga superior aos 4,4% previstos para o período 2013/2017 e observando-se o
critério usual de garantia de atendimento ao longo do horizonte de estudo.

A Figura 5-18, a seguir, apresenta uma comparação entre a projeção de carga


do Cenário de Referência - CR (Item 3.1 - crescimento de 4,4% no período
2013/2017) e a projeção de carga ajustada (crescimento de 4,9% ao ano) a partir
da oferta de energia do programa de obras considerado no PEN 2013.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 89 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 5-18: Carga do SIN - CR x CS

80.000

78.000

76.000

74.000

72.000
Carga [MWmédio]

70.000

68.000

66.000

64.000

62.000

60.000
2013 2014 2015 2016 2017
PEN 2013 - Cenário de Referência Mercado de Oferta

Observa-se que a trajetória alternativa de crescimento da carga própria permitiria


evoluir aproximadamente 60,6 GWmed, verificados em 2012 a cerca de
77,0 GWmed em 2017, contra a previsão referencial de 75,5 GWmed para esse
ano, o equivalente a uma antecipação da ordem de 6 meses no crescimento da
demanda de energia elétrica do SIN.

A Tabela 5-18, a seguir, apresenta uma comparação dos riscos de déficit de


energia entre o CR e a projeção de carga ajustada ao crescimento médio de
4,9% a.a.. Observa-se que a expansão prevista até 2017, mantidos os
cronogramas programados neste PEN 2013, é capaz de suportar um
crescimento médio anual acima dos 4,4% a.a. do CR, uma vez que os riscos de
déficit de energia se mantêm abaixo de 5% em todos os subsistemas no período
2014/2017.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 90 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 5-18: Riscos de Déficit de Energia – Cenário CS X Cenário CR (%)

Sensibilidade à Carga – CS Cenário de Referência - CR


Subsistema
2014 2015 2016 2017 2014 2015 2016 2017

SUDESTE/CENTRO-OESTE

PROB(QualquerDéficit) 4,1 3,5 3,6 4,9 3,8 3,1 2,8 4,2


PROB(Déficit>1%Carga) 3,6 3,1 2,8 4,3 3,2 2,5 2,3 3,7
SUL

PROB(QualquerDéficit) 4,0 3,9 3,7 4,5 3,9 3,0 3,2 3,6


PROB(Déficit>1%Carga) 3,3 2,7 2,8 3,6 3,1 2,3 2,2 3,1
NORDESTE

PROB(QualquerDéficit) 0,8 0,8 0,6 1,2 0,8 0,5 0,5 0,9


PROB(Déficit>1%Carga) 0,2 0,2 0,2 0,5 0,1 0,2 0,1 0,3
NORTE

PROB(QualquerDéficit) 1,1 0,7 0,6 0,7 0,8 0,6 0,4 0,4


PROB(Déficit>1%Carga) 0,9 0,5 0,4 0,5 0,6 0,5 0,1 0,3
ACRE/RONDÔNIA

PROB(QualquerDéficit) 1,4 1,0 2,4 3,8 0,9 1,2 1,7 3,8


PROB(Déficit>1%Carga) 0,4 0,4 1,4 2,2 0,2 0,2 0,3 2,5
MANAUS/MACAPÁ

PROB(QualquerDéficit) 1,2 0,9 0,5 0,5 1,0 0,7 0,3 0,4


PROB(Déficit>1%Carga) 1,1 0,8 0,3 0,3 0,9 0,6 0,1 0,4

OBS: Foi admitida uma tolerância de 0,1% na convergência.

Não obstante, a Figura 5-19, a seguir, mostra que os custos marginais de


operação se elevam significativamente, com acréscimo de até 35% ao final do
período, distanciando-se sobremaneira do Custo Marginal de Expansão - CME
utilizado pelo MME/EPE no PDE 2021 (102 R$/MWh).

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DE ATENDIMENTO
Figura 5-19: Diferença Percentual de CMO – CS x CR

40%
Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte ACRO TMM

35%

30%

25%
Dif CMO [%]

20%

15%

10%

5%

0%
2014 2015 2016 2017

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DE ATENDIMENTO
6 Aplicação dos Indicadores de Segurança Energética

O racionamento em 2001/2002 levantou dúvidas quanto à suficiência e eficácia


da política de minimização de custos de operação para a segurança do
atendimento dos requisitos de energia elétrica e o atual modelo institucional,
estabelecido pela Lei 10.848/2004, deu destaque à preservação da segurança
eletroenergética do SIN e à modicidade tarifária, ambas garantidas,
respectivamente, pela otimização da operação do SIN na forma de despacho
centralizado e pela competição na expansão da oferta, via leilões de geração e
transmissão pelo menor preço.

No contexto da segurança eletroenergética do SIN, o estoque de energia


armazenada nos reservatórios tem se tornado mais relevante, progressivamente,
como a variável de estado determinante para a indicação da segurança do
atendimento à carga. Os fatores que causam essa característica são: a
dificuldade de se quantificar a oferta futura de água no SIN, devido à sua
natureza aleatória, a gradual perda da capacidade de regularização plurianual do
sistema de reservatórios do SIN e ainda a intensificação do uso da geração
hidroelétrica em substituição à maior oferta de geração termoelétrica de custo
variável de operação elevado.

Neste contexto, a medida da segurança do atendimento pode se traduzir pelo


posicionamento do estoque de energia em relação a curvas de requisitos de
armazenamento definidas para condições hidroenergéticas de segurança do
atendimento, previamente fixadas.

Essa nova abordagem de avaliação das condições de atendimento, através da


valorização dos estoques de segurança no curto e médio prazos, define os
chamados Indicadores de Segurança Energética - ISEN, que servirão para dar
maior robustez às decisões de curto e médio prazos calcadas nas métricas
usuais, como riscos de déficit de energia, cujo patamar máximo preconizado pela
Resolução 01 do CNPE é de 5% em cada ano, em cada subsistema, e os custos
marginais de operação - CMOs, que na condição da expansão ótima, definida
nos estudos de longo prazo, pelo MME/EPE, devem estar igualados ao custo
marginal de expansão – CME.

Assim sendo, as condições de atendimento do SIN, avaliadas para cada


subsistema por meio de simulações da operação, podem ser adequadamente
caracterizadas pelas estimativas das probabilidades de ocorrência dos estoques
de energia do reservatório equivalente de cada subsistema, em relação a
elementos de referência estabelecidos como metas ou restrições de segurança
do atendimento, quais sejam:

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DE ATENDIMENTO
• Curva Quinquenal de Aversão ao Risco – CAR5, que corresponde,
atualmente, ao critério operativo de segurança de atendimento energético
previsto nos estudos de planejamento da operação energética; e a

• Curva Anual Crítica de Operação – CCO, caracterizada como uma condição


de barreira para o armazenamento mínimo, definido para cada mês de cada
ciclo anual, a partir da qual, entre outras, medidas de gerenciamento da
demanda deverão obrigatoriamente estar implantadas, de forma a se evitar
que sejam atingidos níveis de estoques que ocasionem cortes de carga não
controlados e de magnitudes inaceitáveis.

As duas curvas assim definidas delimitam, no reservatório equivalente de cada


subsistema, ao longo de cada ano, três distintas regiões: a primeira, superior,
situada acima da CAR, caracterizada como favorável e simbolizada como
“Região Verde”; a segunda, intermediária, situada entre as duas curvas de
referência, caracterizada como de atenção ou “Região Amarela”; a terceira,
inferior, situada abaixo da CCO, caracterizada como crítica ou “Região
Vermelha”, conforme pode ser visualizado na Figura 6-1, a seguir.

Figura 6-1: Faixas de Armazenamento

Risco de cruzar a CAR é inferior a 25%

O risco de cruzar a CAR é superior a 25%


e de cruzar a CCO é inferior a 10%

O risco de cruzar a CCO é superior a 10%

Delimitadas as áreas Verde, Amarela e Vermelha, os indicadores de segurança


energética são definidos como:

• INDICADOR VERMELHO probabilidade de violação da CCO durante o


período compreendido entre março e novembro.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 94 / 137

DE ATENDIMENTO
• INDICADOR AMARELO probabilidade de violar a CAR, sem violação da
CCO, durante o período compreendido entre março e novembro.

• INDICADOR VERDE probabilidade de estar acima da CAR durante o


período compreendido entre março e novembro ou mesmo no caso de
violação da CAR nos meses de dezembro a fevereiro.

Na Tabela 6-1 e na Tabela 6-2, a seguir, são mostradas as probabilidades dos


níveis de armazenamento se situarem nas regiões delimitadas pelas duas curvas
– CAR e CCO, para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste para os
anos de 2014 a 2017.

Não são apresentados os indicadores para o ano de 2013, pois para o primeiro
ano do horizonte de estudo, a metodologia prevê uma abordagem diferenciada,
na qual deverá ser obtido o nível de armazenamento ao final da estação seca
por meio da simulação determinística, com vazões associadas ao Cenário
Hidrológico de Referência definido segundo metodologia dos Procedimentos
Operativos de Curto Prazo - POCP. Ressalta-se, todavia, que foi considerada a
aplicação simplificada dos Procedimentos Operativos de Curto Prazo - POCP no
primeiro ano para a obtenção dos Indicadores de Segurança no demais anos.

Após a definição dos Indicadores de Segurança, definem-se os Sinais das


Condições de Atendimento, para cada subsistema, em cada ano com a seguintes
métricas, definidas preliminarmente com base em simulações da operação do
SIN para períodos históricos em que essas condições de atendimento se
apresentaram críticas (1999/2001), favoráveis (2004) e ajustadas (2008),
aplicando-se as metodologias e as definições descritas:

• SINAL VERMELHO  INDICADOR VERMELHO > 10%.

• SINAL AMARELO INDICADOR AMARELO > 25% e INDICADOR


VERMELHO < 10%.

• SINAL VERDE  INDICADOR VERDE > 75%.

Tabela 6-1: Indicadores de Segurança – SE/CO

SE/CO 2014 2015 2016 2017


Probabilidade Não Cruzar a CAR 84,2% 85,9% 88,9% 89,9%
Probabilidade Cruzar a CAR e não cruzar a CCO 8,9% 7,6% 5,5% 2,6%
Probabilidade Cruzar a CCO 6,8% 6,5% 5,6% 7,5%

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DE ATENDIMENTO
Considerando os níveis alcançados em 2014 pela aplicação dos Procedimentos
Operativos de Curto Prazo - POCP de forma simplificada em 2013 (Nível Meta
de 47% em novembro/2013), as probabilidades de armazenamentos acima da
CAR resultaram superiores a 75%, enquanto as probabilidades de
armazenamento abaixo da CCO atingiram valores inferiores a 10%, podendo ser
considerado o sinal verde para o período 2014/2017 no Subsistema
Sudeste/Centro-Oeste.

Tabela 6-2: Indicadores de Segurança – NE

NE 2014 2015 2016 2017


Probabilidade Não Cruzar a CAR 76,1% 83,6% 84,8% 87,5%
Probabilidade Cruzar a CAR e não cruzar a CCO 18,8% 12,4% 12,5% 5,5%
Probabilidade Cruzar a CCO 5,1% 4,0% 2,7% 7,0%

Considerando os níveis alcançados em 2014 pela aplicação dos Procedimentos


Operativos de Curto Prazo (POCP) de forma simplificada em 2013 (Nível Meta
de 35% em novembro/2013), as probabilidades de armazenamentos acima da
CAR resultaram superiores a 75%, enquanto as probabilidades de
armazenamentos abaixo da CCO atingiram valores inferiores a 10%,
caracterizando-se também o sinal verde para todo esse período no subsistema
Nordeste.

Esta aplicação dos Indicadores de Segurança Energética – ISEN mostra


resultados bastante aderentes ao diagnóstico de condições de atendimento
utilizando-se as métricas usuais, como Riscos de Déficit e CMOs.

Considerando-se os resultados da aplicação experimental dos Indicadores de


Segurança Energética - ISEN não foi identificada a necessidade de antecipação
nos cronogramas de obras de geração e de interligações inter-regionais para
atendimento ao mercado no horizonte 2014/2017. Porém, para uma análise mais
detalhada, deve-se considerar também os resultados das análises de
congestionamentos nas interligações para cada patamar da curva de carga e em
situações de secas severas, que indicam a necessidade de eventuais reforços
nas interligações, em especial para o subsistema Nordeste.

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DE ATENDIMENTO
7 ANEXOS

7.1 Anexo I – Evolução dos CMOs mensais e Análise das Interligações

Evolução mensal dos Custos Marginais de Operação

Em função da variabilidade hidrológica, é significativa a incerteza em relação aos


valores médios apresentados na Tabela 5-2, anterior. Esta característica é
ilustrada nas Figuras 7-1 a 7-6, a seguir, onde são apresentados, para cada
subsistema, os valores de custos marginais de operação – CMOs mensais no
período 2013/2017, em termos de valor esperado, medianas - que representam o
valor central da amostra de 2.000 resultados de CMOs - e dos percentis de 10%
e 90%. O valor de percentil de 10%, em um determinado mês, indica que para
somente 10% das séries sintéticas simuladas os resultados de CMO foram iguais
ou inferiores àquele valor. O percentil de 90% de um determinado mês indica
que somente em 10% das séries ocorreram CMOs superiores àquele valor. A
região entre as duas curvas representa, portanto, 80% dos valores obtidos nas
simulações, desprezando os 10% valores maiores e os 10% valores menores,
dando assim uma dimensão da dispersão destes custos em decorrência da
variabilidade hidrológica, característica natural das bacias hidrográficas
brasileiras.

Figura 7-1: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação – SE/CO (R$/MWh)

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-2: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação – Sul (R$/MWh)

Figura 7-3: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação – Nordeste (R$/MWh)

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-4: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação - Norte (R$/MWh)

Figura 7-5: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação – Acre/Rondônia (R$/MWh)

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-6: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação – Manaus/Macapá (R$/MWh)

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DE ATENDIMENTO
Análise das Interligações – Cenário de Referência

A Figura 7-7, a seguir, ilustra a topologia das interligações entre os subsistemas


considerados no PEN 2013.

Figura 7-7: Topologia das Interligações entre Subsistemas

Manaus-Macapá

XINGU IMPERATRIZ
MM N NE

T.PIRES
B.MONTE

Acre-Rondônia AC/RO SE/CO

MADEIRA

A análise dessas interligações é feita com base nos resultados de simulações


com 2.000 séries sintéticas de energias naturais afluentes, empregando
modelagem a subsistemas equivalentes.

A seguir, é apresentada a análise do congestionamento das interligações,


avaliado pela contabilização da frequência com que o intercâmbio de energia
entre subsistemas diretamente conectados atinge o limite da interligação –
frequência de intercâmbios máximos. Essa avaliação é complementada pela
análise das diferenças entre os CMOs dos subsistemas adjacentes, apresentada
anteriormente neste Anexo I.

Frequências de intercâmbios máximos elevadas, combinadas a diferenças


significativas e duradouras dos CMOs entre subsistemas diretamente
conectados, indicam a necessidade de estudos detalhados para avaliação
técnico-econômica, por parte da EPE/MME, de reforços nas interligações. Essas
ocorrências podem estar diretamente associadas ao tronco de interligação ou ser
consequência de condições operativas estruturais que reduzem a capacidade de
escoamento de energia.

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DE ATENDIMENTO
Congestionamento das Interligações

A Figura 7-8 e a Figura 7-9, a seguir, apresentam a frequência de intercâmbios


máximos na interligação entre os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste. No
sentido SE/COS, não há congestionamento no patamar de carga leve e, nos
demais patamares, os percentuais não ultrapassam 40%.

Figura 7-8: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação SE/CO->S

No sentido inverso, SulSE/CO, não há congestionamento nos patamares de


carga pesada e média. No patamar de carga leve, a frequência de intercâmbios
máximos atinge valores significativos no segundo semestre de todos os anos do
horizonte de estudo, isto se deve à ocorrência de sobras de energia no
subsistema Sul neste patamar de carga durante o período seco no subsistema
Sudeste/Centro-Oeste.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-9: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação S -> SE/CO

A Figura 7-10, a seguir, apresenta a frequência de intercâmbios máximos entre


os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Acre/Rondônia. No sentido
Acre/RondôniaSudeste/Centro-Oeste há congestionamentos até abril/2014,
atingindo um percentual máximo de 99% em junho/2013. Esta alta incidência se
deve à operação simultânea das unidades geradoras da UHE Santo Antônio com
as primeiras unidades de UHE Jirau; no entanto, a partir da entrada do 3° circuito
em 230 kV no sistema Acre e Rondônia, entre as subestações de Jauru e Porto
Velho e a entrada em operação do 2° Bipolo do Madeira, previstos atualmente
para maio de 2014, não é mais verificado congestionamento nesta interligação
em nenhum dos patamares de carga. Esta interligação não atinge seu limite no
sentido oposto.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-10: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação AC/RO -> SE/CO

A Figura 7-11, a seguir, apresenta a frequência de intercâmbios máximos para a


interligação Norte-Sul, no sentido IPZSE/CO. Os valores indicam uma
tendência de congestionamento da interligação maiores no período úmido, época
de afluências elevadas e grandes vertimentos no subsistema Norte. A partir de
2014, os valores de congestionamento estão na faixa de 20% a 64% em todos os
patamares de carga. No sentido SE/CO  IPZ, a interligação não atinge seu
limite em nenhum mês do horizonte de estudo.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-11: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação IPZ->SE/CO

A Figura 7-12, a seguir, apresenta a frequência de intercâmbios máximos na


exportação do Sudeste/Centro-Oeste para o Norte/Nordeste. É observada uma
frequência maior nos períodos correspondentes às estações secas dos
subsistemas Norte e Nordeste, atingindo valores máximos, em torno de 23%, no
ano de 2014. A partir desse ano, observa-se uma redução destes valores,
principalmente devido ao aumento da oferta termoelétrica e eólioelétrica
disponível, em sua grande parte, no subsistema Nordeste.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-12: Frequência de Intercâmbios Máximos na Exportação do SE/CO - > N/NE

A Figura 7-13 e a Figura 7-14, a seguir, indicam a frequência com que a


importação e exportação do subsistema Nordeste atingiu seu limite máximo
(intercâmbio via Norte-Sul e/ou Sudeste-Nordeste). A análise aponta que no
patamar de carga leve não há ocorrência de atingimento do limite em nenhum
mês do horizonte. No ano de 2014, ocorrem os percentuais mais elevados de
importação no patamar de carga pesada (33%) e média (25%), mas a frequência
reduz ao longo do horizonte de estudo, devido à entrada de grandes montantes
de energia proveniente de geração descentralizada, usinas não simuladas
individualmente.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-13: Frequência de Intercâmbios Máximos na Importação pelo NE

Nota-se na figura abaixo, que a exportação do Nordeste atinge o limite apenas


nos meses de junho a novembro de 2014 e 2015.
Figura 7-14: Frequência de Intercâmbios Máximos na Exportação do NE

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DE ATENDIMENTO
A Figura 7-15 e Figura 7-16: Frequência de Intercâmbios Máximos da
Interligação SE/CO-> NE, a seguir, apresentam as frequências de intercâmbios
máximos para a interligação Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste, nos sentidos
NESE/CO e SE/CONE, respectivamente. No sentido NESE/CO observa-
se grande frequência de intercâmbios máximos em todos os patamares de carga,
com valores de até 67% em mai/2013 e 63% em jun/2017. A alta frequência se
deve, em grande parte, ao aumento da oferta termoelétrica e eólioelétrica
disponível no subsistema Nordeste.

Figura 7-15: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação NE->SE/CO

No sentido SE/CONE, a interligação, nos patamares de carga média e leve,


não atingiu seu limite em todo o horizonte de estudo, conforme ilustrado na
figura a seguir. No patamar de carga pesado, nos anos de 2014, 2015 e 2016, o
valor máximo da frequência de intercâmbios máximos foi de 32% em mai/2016.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-16: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação SE/CO-> NE

Não foram identificadas restrições ao intercâmbio do subsistema Norte, cuja


capacidade de importação no horizonte do PEN 2013 é limitada por sua carga e
cuja exportação é limitada pela capacidade de recebimento dos subsistemas
importadores. Este quadro não se altera com a entrada da interligação Tucuruí-
Manaus-Macapá, cujo limite de intercâmbio previsto é superior à carga do
sistema Manaus e Macapá.

Diferença de CMOs entre subsistemas

A Figura 7-17, a seguir, resume as diferenças entre os CMOs mensais dos


subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul para o período 2013/2017,
apresentando média, mediana, percentil 10% e percentil 90%.
Complementarmente a Figura 7-18 apresenta, para cada ano, a curva de
permanência dessas diferenças de CMO.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-17: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e Sul

Figura 7-18: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e Sul

Os gráficos indicam diferenças médias na ordem de R$15/MWh entre os custos


marginais dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, com diferenças de no
ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 110 / 137

DE ATENDIMENTO
máximo R$55/MWh no intervalo entre 10% e 90% de probabilidade de
ocorrência. Entretanto, em situações extremas, embora com probabilidade baixa,
0,02%, as diferenças de CMO podem atingir valores significativamente altos
(máximo de aproximadamente R$1.200/MWh, em 2017).

A Figura 7-19 e a Figura 7-20, a seguir, apresentam, respectivamente, o


comportamento das diferenças entre os CMOs mensais dos subsistemas
Sudeste/Centro-Oeste e Acre/Rondônia e a curva de permanência dessas
diferenças. Observam-se diferenças de CMO significativas no período maio/2013
a abril de 2014, período no qual o escoamento da geração das UHEs do
Complexo do Rio Madeira é realizado através do subsistema Acre/Rondônia, por
meio de do, 1º bipolo do Madeira (operação bipolar) operando em paralelo com 1
bloco da estação conversora Back-to-Back. Em maio/2014, a entrada em
operação do 3° circuito de 230 kV entre Jauru e Porto Velho e a entrada em
operação do 2° Bipolo do Madeira, aumentam os limites de intercâmbio para o
Sudeste/Centro-Oeste, eliminando as diferenças de CMO entre esses
subsistemas.

Figura 7-19: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e AC/RO

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-20: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e AC/RO

A Figura 7-21 e a Figura 7-22, a seguir, apresentam, respectivamente, o


comportamento das diferenças entre os CMOs mensais dos subsistemas
Sudeste/Centro-Oeste e Norte e a curva de permanência dessas diferenças.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 112 / 137

DE ATENDIMENTO
Figura 7-21: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e N

Figura 7-22: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e N

Observa-se que a diferença entre os custos marginais médios dos subsistemas


Sudeste/Centro-Oeste e Norte a partir de 2014 fica entre 100 R$/MWh e
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DE ATENDIMENTO
150 R$/MWh. As diferenças médias anuais são de 37 R$/MWh em 2013,
102 R$/MWh em 2014, 90 R$/MWh em 2015, 88 R$/MWh em 2016 e
109 R$/MWh em 2017. Os maiores descolamento dos custos marginais ocorrem
no período úmido de cada ano, em especial no mês de abril, quando as
afluências elevadas, e o consequente excedente de geração hidroelétrica no
subsistema Norte, tendem a reduzir seu CMO. A diferença máxima foi de
429 R$/MWh em abril/2014, considerando percentil 90%.

Não ocorreram diferenças de CMOs entre os subsistemas Norte e


Manaus-Macapá; a partir de sua integração ao SIN, devido à consideração de
limites de intercâmbio não restritivos entre estes dois subsistemas.

A Figura 7-23 e a Figura 7-24, a seguir, apresentam o comportamento das


diferenças entre os CMOs mensais dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e
Nordeste e a curva de permanência dessas diferenças. A Figura 7-25 e a Figura
7-26 apresentam as mesmas informações referentes às diferenças entre os
CMOs dos subsistemas Nordeste e Norte.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-23: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e NE

Figura 7-24: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e NE

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-25: Evolução das Diferenças de CMO entre NE e N

Figura 7-26: Permanência das Diferenças de CMO entre NE e N

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DE ATENDIMENTO
A média da diferença de CMOs dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e
Nordeste situa-se na faixa de 100 R$/MWh. No final do horizonte, o CMO médio
do SE/CO supera o do Nordeste em 71 R$/MWh. As maiores diferenças entre
CMO médios ocorrem em abril de 2014 (138 R$/MWh) e abril de 2017
(121 R$/MWh). No período seco de todos os anos, as diferenças com
permanência de 90% são inferiores à média, indicando haver diferenças com
baixa probabilidade de ocorrência.

As diferenças de CMO entre os subsistemas Nordeste e Norte são mais


significativas em 2017 (diferença máxima de 101 R$/MWh, no percentil 90%). O
valor médio máximo ocorreu em maio de 2017, 30 R$/MWh. As diferenças com
permanência de 90% são na maioria do período inferiores 15 R$/MWh, com
exceção do ano de 2017, como corroborado pelo gráfico de permanência das
diferenças.

O descolamento do CMO do Nordeste em relação ao restante do SIN pode ser


atribuído à expressiva entrada de oferta térmica local e às restrições à
exportação pela região. Isto aponta para a necessidade de estudos voltados para
ampliação da capacidade de exportação pelo subsistema Nordeste e/ou da
atenuação da vazão mínima obrigatória na Bacia do São Francisco.

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DE ATENDIMENTO
Análise da Interligação Tucuruí-Manaus-Macapá - TMM

A Figura 7-27 apresenta a evolução mensal do recebimento de energia, média


das 2.000 séries de energia afluentes, por parte do subsistema Manaus/Macapá,
entre 2013 e 2017 resultante da simulação com o modelo Newave para o
Cenário de Referência do PEN 2013.

Figura 7-27: Importação de Energia Manaus-Macapá (MWmed) – simulação Newave

Observa-se na Figura 7-27 anterior, que a simulação com o modelo NEWAVE


indica uma sazonalidade mais acentuada na importação de energia por parte de
Manaus/Macapá, a partir do ano de 2015. Os valores de importação variam de
50 MWmed em maio/2017 até 700 MWmed em novembro/2017. Destaca-se que
esses valores de importação são bem inferiores ao limite da linha, que é de
2500.

A Figura 7-28, a seguir, ilustra os valores médios anuais de importação do


sistema Manaus/Macapá obtidos da simulação com o modelo Newave para o
caso de referência do PEN 2013, no período 2013/2017. O maior valor médio
anual ocorre em 2014, 334 MWmed.

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-28: Importação de Energia Manaus – Macapá (MWmed)

Ressaltando-se que o gráfico anterior apresenta valores médios anuais, ou seja,


sem destacar o perfil sazonal do intercâmbio e a distribuição dos mesmos pelos
patamares de carga, pode-se concluir que a exportação de energia do SIN para
Manaus/Macapá fica na faixa de 7 a 14%, devido à entrada de usinas
hidroelétricas de Ferreira Gomes e Santo Antônio do Jari, ambas no Amapá,
fazendo com que o fator médio de utilização da interligação seja da ordem de 7%
em 2013, 13% em 2014 e 2016, 12% em 2015 e 11% em 2017, considerando a
capacidade máxima de transferência de 2.500 MWmed.

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DE ATENDIMENTO
7.2 Anexo II – Projeções de Carga

Tabela 7-1: Projeções de carga de energia (MWmed)

Carga Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2013 - - - - 37.615 38.599 38.335 38.902 39.083 39.407 39.293 38.869
2014 39.456 41.293 41.754 40.936 40.168 39.881 39.997 40.587 40.777 41.123 40.694 40.047
SE/CO 2015 41.926 43.008 43.484 42.624 41.824 41.523 41.645 42.258 42.457 42.825 42.382 41.713
2016 43.535 44.660 45.152 44.248 43.417 43.102 43.230 43.864 44.071 44.463 44.008 43.320
2017 45.329 46.501 47.010 46.059 45.193 44.862 44.998 45.656 45.873 46.290 45.821 45.111
2013 - - - - 10.482 10.458 10.423 10.484 10.319 10.559 10.880 10.999
2014 11.200 11.681 11.007 10.683 10.866 10.841 10.805 10.868 10.697 10.946 11.278 11.402
Sul 2015 11.611 12.109 11.411 11.075 11.265 11.239 11.201 11.267 11.089 11.347 11.692 11.821
2016 12.037 12.554 11.830 11.481 11.678 11.651 11.613 11.680 11.496 11.764 12.121 12.255
2017 12.490 13.026 12.275 11.913 12.118 12.090 12.050 12.120 11.929 12.207 12.577 12.716
2013 - - - - 9.659 9.370 9.136 9.326 9.595 9.824 10.036 9.956
2014 10.188 10.217 10.515 10.224 10.054 9.483 9.508 9.708 9.988 10.227 10.448 10.365
Nordeste 2015 10.611 10.641 10.951 10.648 10.471 9.876 9.903 10.110 10.402 10.652 10.882 10.794
2016 11.070 11.101 11.424 11.108 10.923 10.303 10.331 10.547 10.851 11.112 11.352 11.261
2017 11.604 11.636 11.975 11.644 11.450 10.800 10.829 11.056 11.375 11.648 11.899 11.804
2013 - - - - 4.290 4.280 4.248 4.294 4.300 4.300 4.298 4.262
2014 4.531 4.526 4.515 4.516 4.588 4.577 4.543 4.591 4.598 4.598 4.596 4.558
Norte 2015 4.695 4.691 4.679 4.681 4.755 4.743 4.708 4.758 4.766 4.765 4.763 4.724
2016 4.797 4.792 4.780 4.781 4.857 4.846 4.809 4.861 4.868 4.868 4.866 4.825
2017 4.922 4.917 4.905 4.907 4.984 4.972 4.935 4.988 4.996 4.995 4.993 4.952
2013 - - - - 511 501 493 511 511 508 515 487
2014 490 521 513 513 499 499 518 537 537 533 541 512
Acre –
Rondônia 2015 515 547 539 539 524 524 544 564 564 560 568 538
(AC/RO)
2016 540 574 566 566 550 550 571 592 593 588 596 564
2017 569 605 596 596 579 580 602 623 624 620 628 595
2013 - - - - 0 0 0 0 934 1.084 1.134 1.033
Manaus 2014 1.047 1.104 1.063 1.108 1.111 1.145 1.144 1.224 1.281 1.256 1.309 1.195

2015 1.102 1.254 1.207 1.258 1.262 1.300 1.299 1.389 1.454 1.426 1.487 1.357
Macapá
(TMM) 2016 1.281 1.296 1.277 1.340 1.335 1.377 1.351 1.437 1.504 1.465 1.523 1.405
2017 1.304 1.374 1.323 1.379 1.384 1.425 1.424 1.523 1.594 1.564 1.630 1.488
2013 - - - - 62.557 63.208 62.635 63.516 64.742 65.682 66.156 65.607
2014 66.912 69.342 69.367 67.980 67.286 66.426 66.515 67.514 67.878 68.683 68.867 68.079
SIN 2015 70.460 72.250 72.272 70.825 70.101 69.206 69.300 70.347 70.733 71.576 71.774 70.947
2016 73.260 74.977 75.029 73.525 72.761 71.829 71.905 72.980 73.384 74.259 74.467 73.630
2017 76.218 78.061 78.085 76.499 75.708 74.730 74.838 75.966 76.391 77.322 77.550 76.665

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 120 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-2: Projeções de carga de energia (MWmed – continuação)

Carga Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2013 - - - - 908 901 530 509 523 650 707 777
2014 778 816 778 622 598 552 583 560 575 715 778 855
ANDE 2015 855 898 855 684 658 607 641 616 633 787 855 940
2016 941 988 941 752 724 668 705 677 696 865 941 1.034
2017 1.035 1.086 1.035 827 796 735 776 745 766 952 1.035 1.138
2013 - - - - 18 18 18 18 18 18 18 18
2014 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18
Consumo
Itaipu 2015 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18
(50 Hz) 2016
18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18
2017 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18

Figura 7-29: Crescimento Percentual da Carga por Subsistema

Fonte: EPE/MME e ONS

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 121 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-3: Projeções de demanda máxima (MW)

Carga Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013 - - - - 48.694 48.460 48.227 48.561 48.498 48.535 49.128 47.999

2014 48.976 50.217 51.005 50.696 50.767 50.522 50.278 50.628 49.953 49.601 50.209 49.280

SE/CO 2015 52.007 52.244 53.063 52.742 52.816 52.560 52.306 52.670 51.968 51.601 52.234 51.268

2016 53.936 54.181 55.031 54.699 54.775 54.509 54.246 54.623 53.894 53.514 54.172 53.169

2017 56.088 56.344 57.227 56.882 56.961 56.684 56.410 56.803 56.044 55.649 56.333 55.290

2013 - - - - 13.984 13.982 13.785 13.802 13.933 14.709 15.104 15.450


2014 15.602 15.969 15.046 14.549 14.497 14.495 14.290 14.308 14.444 15.248 15.658 16.217

Sul 2015 16.174 16.555 15.598 15.083 15.029 15.026 14.814 14.833 14.974 15.807 16.232 16.604

2016 16.768 17.162 16.171 15.636 15.580 15.578 15.358 15.378 15.523 16.387 16.828 17.213

2017 17.399 17.808 16.779 16.225 16.167 16.164 15.936 15.956 16.107 17.004 17.462 17.861

2013 - - - - 11.735 11.173 11.296 11.376 11.727 12.244 12.045 12.048

2014 12.253 12.425 12.592 12.344 12.214 11.629 11.757 11.841 12.207 12.747 12.539 12.543

Nordeste 2015 12.762 12.940 13.115 12.856 12.721 12.111 12.245 12.332 12.714 13.276 13.059 13.063

2016 13.313 13.500 13.682 13.412 13.271 12.635 12.774 12.865 13.263 13.850 13.624 13.627

2017 13.955 14.151 14.342 14.059 13.911 13.244 13.390 13.485 13.903 14.518 14.281 14.285

2013 - - - - 4.731 4.829 4.807 4.817 4.655 4.704 4.730 4.707

2014 4.913 4.962 4.881 4.907 4.909 5.072 5.002 5.009 4.950 5.033 5.061 5.036

Norte 2015 5.094 5.130 5.043 5.071 5.072 5.246 5.169 5.176 5.114 5.207 5.230 5.205
2016 5.227 5.224 5.167 5.206 5.197 5.380 5.271 5.268 5.205 5.284 5.306 5.300

2017 5.316 5.373 5.280 5.309 5.310 5.495 5.412 5.419 5.354 5.454 5.475 5.449

2013 - - - - 588 629 655 665 685 692 650 640

2014 611 630 632 626 619 662 690 700 721 729 684 674
Acre –
Rondônia 2015 643 663 665 659 651 696 725 737 759 767 720 709
(AC/RO)
2016 675 697 699 692 684 732 762 774 798 806 757 746
2017 713 736 737 731 722 772 805 817 842 850 798 787

2013 - - - - 0 0 0 0 1.145 1.348 1.427 1.307


Manaus 2014 1.308 1.352 1.328 1.373 1.376 1.384 1.432 1.515 1.564 1.547 1.632 1.497

2015 1.373 1.419 1.394 1.441 1.444 1.453 1.503 1.590 1.641 1.624 1.713 1.572
Macapá
(TMM) 2016 1.432 1.481 1.454 1.504 1.507 1.516 1.568 1.659 1.713 1.694 1.787 1.640

2017 1.503 1.554 1.526 1.578 1.581 1.590 1.646 1.741 1.797 1.778 1.875 1.721

2013 0 0 0 0 0 0 0 0

2014 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boa-
2015 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vista
2016 0 117 115 119 119 120 124 131 135 134 141 130

2017 119 123 121 125 125 126 130 138 142 141 148 136

Obs: Demanda máxima instantânea.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 122 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-4: Projeções de demanda máxima (MW – continuação)

Carga Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Subsistema 2013 - - - - 62.937 62.635 62.070 62.735 61.683 62.325 63.376 63.430

2014 64.310 65.991 65.974 65.174 65.542 65.227 64.640 65.334 64.239 64.514 65.602 65.385
SE/CO /
Sul / 2015 67.922 68.607 68.592 67.762 68.143 67.815 67.205 67.927 66.790 67.073 68.204 67.977
AC/RO
2016 70.445 71.156 71.141 70.279 70.674 70.334 69.702 70.451 69.272 69.565 70.738 70.502

2017 73.232 73.971 73.957 73.062 73.472 73.118 72.461 73.240 72.015 72.318 73.538 73.291

Subsistema 2013 - - - - 16.401 16.002 15.878 16.036 17.489 18.177 18.103 18.027
2014 18.424 18.698 18.757 18.624 18.499 18.084 18.026 18.275 18.712 19.218 19.126 19.051
Nordeste /
Norte / 2015 19.176 19.564 19.620 19.487 19.356 18.930 18.874 19.141 19.603 20.132 20.030 19.946
TMM
2016 20.037 20.280 20.376 20.247 20.099 19.656 19.564 19.832 20.312 20.848 20.750 20.675

2017 20.842 21.152 21.225 21.077 20.933 20.462 20.390 20.683 21.186 21.766 21.668 21.563

2013 - - - - 78.716 77.930 77.344 78.029 78.747 80.209 80.998 80.685

2014 82.199 84.251 84.291 83.246 83.511 82.737 82.111 82.918 82.529 83.445 84.266 83.665

SIN 2015 86.514 87.726 87.767 86.687 86.961 86.160 85.508 86.357 85.959 86.914 87.769 87.129

2016 89.888 90.969 91.050 89.940 90.211 89.380 88.673 89.544 89.134 90.109 90.996 90.353

2017 93.448 94.641 94.692 93.523 93.813 92.939 92.239 93.158 92.736 93.773 94.696 94.002

Obs: Demanda máxima instantânea.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 123 / 137

DE ATENDIMENTO
7.3 Anexo III – Evolução da Capacidade Instalada por Subsistema

Tabela 7-5: Evolução da Potência Instalada no Sudeste/Centro-Oeste (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório 22.904 34,3% 22.956 22.956 22.956 22.956 22.956 33,0%
Hidráulicas Fio d’água (*) 26.086 39,1% 26.312 26.224 26.127 26.021 25.904 37,2%
Total 48.990 73,4% 49.268 49.180 49.083 48.977 48.860 70,1%
Nuclear 1.990 3,0% 1.990 1.990 1.990 1.990 3.395 4,9%
GN 5.726 8,6% 5.726 6.256 6.256 6.256 6.256 9,0%
GNL 704 1,1% 704 704 704 704 704 1,0%
Carvão 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Térmicas
Óleo 822 1,2% 822 822 822 822 822 1,2%
Diesel 378 0,6% 379 379 379 379 379 0,5%
Outros (**) 745 1,1% 745 745 745 745 745 1,1%
Total 10.365 15,5% 10.366 10.896 10.896 10.896 12.301 17,7%
PCHs 3.215 4,8% 3.408 3.513 3.538 3.538 3.538 5,1%
Biomassa 4.132 6,2% 4.752 4.836 4.876 4.926 4.926 7,1%
Eólicas 27 0,0% 27 27 27 27 27 0,0%
Total 66.729 100% 67.821 68.452 68.420 68.364 69.652 100%

OBS: (*) A contribuição da UHE Itaipu está considerada na parcela “Fio d’água”. (**) Outros se refere à Cocal, PIE-RP, Sol
e Do Atlântico.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 124 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-6: Evolução da Potência Instalada no Sul (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório 8.310 41,5% 8.310 8.310 8.310 8.445 8.445 38,4%
Hidráulicas Fio d’água 6.302 31,5% 6.302 6.418 6.477 6.477 6.827 31,0%
Total 14.612 73,0% 14.612 14.728 14.787 14.922 15.272 69,4%
Nuclear 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
GN 1.285 6,4% 1.285 1.373 1.373 1.373 1.373 6,2%
GNL 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Carvão 1.765 8,8% 1.765 1.765 1.765 1.765 1.765 8,0%
Térmicas
Óleo 90 0,4% 90 90 90 90 90 0,4%
Diesel 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Outros (*) 4 0,0% 4 4 4 4 4 0,0%
Total 3.144 15,7% 3.144 3.232 3.232 3.232 3.232 14,7%
PCHs 1.224 6,1% 1.424 1.469 1.469 1.469 1.469 6,7%
Biomassa 384 1,9% 384 384 384 384 384 1,7%
Eólicas 641 3,2% 978 1.512 1.606 1.632 1.660 7,5%
Total 20.005 100% 20.542 21.325 21.478 21.639 22.017 100%

OBS: (*) Outros se refere à Cisframa.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 125 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-7: Evolução da Potência Instalada no Nordeste (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório 2.947 17,3% 2.947 2.947 2.947 2.947 2.947 12,4%
Hidráulicas Fio d’água 7.904 46,4% 7.904 7.904 7.904 7.904 7.904 33,2%
Total 10.851 63,7% 10.851 10.851 10.851 10.851 10.851 45,6%
Nuclear 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
GN 2.093 12,3% 2.093 2.093 2.093 2.093 2.093 8,8%
GNL 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Carvão 360 2,1% 1.080 1.080 1.080 1.080 1.080 4,5%
Térmicas
Óleo 1.496 8,8% 1.877 2.078 2.078 2.078 2.078 8,7%
Diesel 526 3,1% 504 504 504 504 504 2,1%
Outros (*) 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Total 4.475 26,3% 5.554 5.755 5.755 5.755 5.755 24,2%
PCHs 230 1,4% 230 230 230 230 230 1,0%
Biomassa 372 2,2% 425 425 425 425 425 1,8%
Eólicas 1.094 6,4% 2.188 4.825 5.877 6.479 6.531 27,5%
Total 17.022 100% 19.248 22.086 23.138 23.740 23.792 100%

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 126 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-8: Evolução da Potência Instalada no Norte (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório 8.400 86,3% 8.565 8.565 8.565 8.565 8.565 70,8%
Hidráulicas Fio d’água 951 9,8% 1.087 1.087 1.087 1.087 1.087 9,0%
Total 9.351 96,0% 9.652 9.652 9.652 9.652 9.652 79,8%
Nuclear 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
GN 0 0,0% 1.187 1.351 1.351 1.351 1.351 11,2%
GNL 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Carvão 0 0,0% 360 360 360 360 360 3,0%
Térmicas
Óleo 332 3,4% 332 332 332 332 332 2,7%
Diesel 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Outros (*) 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Total 332 3,4% 1.879 2.043 2.043 2.043 2.043 16,9%
PCHs 40 0,4% 40 40 40 40 43 0,4%
Biomassa 16 0,2% 96 96 96 96 96 0,8%
Eólicas 0 0,0% 0 0 0 58 259 2,1%
Total 9.739 100% 11.667 11.831 11.831 11.889 12.093 100%

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 127 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-9: Evolução da Potência Instalada no Acre/Rondônia (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório 217 26,1% 217 217 217 217 217 26,4%
Hidráulicas Fio d’água 74 8,9% 74 74 74 74 74 9,0%
Total 291 35,1% 291 291 291 291 291 35,5%
Nuclear 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
GN 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
GNL 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Carvão 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Térmicas
Óleo 404 48,7% 340 340 340 340 340 41,5%
Diesel 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Outros (*) 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Total 404 48,7% 340 340 340 340 340 41,5%
PCHs 91 11,0% 91 109 145 145 145 17,7%
Biomassa 44 5,3% 44 44 44 44 44 5,3%
Eólicas 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Total 830 100% 766 784 820 820 820 100%

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 128 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-10: Evolução da Potência Instalada em Manaus/Macapá (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório - - 328 328 328 328 328 14,7%
Hidráulicas Fio d’água - - 0 247 622 622 841 37,8%
Total - - 328 575 950 950 1.169 52,5%
Nuclear - - 0 0 0 0 0 0,0%
GN - - 929 929 929 929 929 41,7%
GNL - - 0 0 0 0 0 0,0%
Carvão - - 0 0 0 0 0 0,0%
Térmicas
Óleo - - 0 0 0 0 0 0,0%
Diesel - - 127 127 127 127 127 5,7%
Outros (*) - - 0 0 0 0 0 0,0%
Total - - 1.056 1.056 1.056 1.056 1.056 47,5%
PCHs - - 0 0 0 0 0 0,0%
Biomassa - - 0 0 0 0 0 0,0%
Eólicas - - 0 0 0 0 0 0,0%
Total - - 1.384 1.631 2.006 2.006 2.225 100%

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 129 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-11: Evolução da Potência Instalada no Madeira (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Hidráulicas Fio d’água 626 100% 1.055 5.355 6.900 6.900 6.900 100%
Total 626 100% 1.055 5.355 6.900 6.900 6.900 100%
Nuclear 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
GN 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
GNL 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Carvão 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Térmicas
Óleo 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Diesel 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Outros (*) 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Total 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
PCHs 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Biomassa 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Eólicas 0 0,0% 0 0 0 0 0 0,0%
Total 626 100% 1.055 5.355 6.900 6.900 6.900 100%

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 130 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-12: Evolução da Potência Instalada em Belo Monte (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório - - - - 0 0 0 0,0%
Hidráulicas Fio d’água - - - - 194 3.289 6.955 100%
Total - - - - 194 3.289 6.955 100%
Nuclear - - - - 0 0 0 0,0%
GN - - - - 0 0 0 0,0%
GNL - - - - 0 0 0 0,0%
Carvão - - - - 0 0 0 0,0%
Térmicas
Óleo - - - - 0 0 0 0,0%
Diesel - - - - 0 0 0 0,0%
Outros (*) - - - - 0 0 0 0,0%
Total - - - - 0 0 0 0,0%
PCHs - - - - 0 0 0 0,0%
Biomassa - - - - 0 0 0 0,0%
Eólicas - - - - 0 0 0 0,0%
Total - - - - 194 3.289 6.955 100%

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 131 / 137

DE ATENDIMENTO
Tabela 7-13: Evolução da Potência Instalada em Teles Pires (MW) - 31/dez

2012 2013 2014 2015 2016 2017


TIPO
MW % MW MW MW MW MW %
Reservatório - - - - 0 0 0 0,0%
Hidráulicas Fio d’água - - - - 2.120 2.120 2.120 100,0%
Total - - - - 2.120 2.120 2.120 100,0%
Nuclear - - - - 0 0 0 0,0%
GN - - - - 0 0 0 0,0%
GNL - - - - 0 0 0 0,0%
Carvão - - - - 0 0 0 0,0%
Térmicas
Óleo - - - - 0 0 0 0,0%
Diesel - - - - 0 0 0 0,0%
Outros (*) - - - - 0 0 0 0,0%
Total - - - - 0 0 0 0,0%
PCHs - - - - 0 0 0 0,0%
Biomassa - - - - 0 0 0 0,0%
Eólicas - - - - 0 0 0 0,0%
Total - - - - 2.120 2.120 2.120 100,0%

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 132 / 137

DE ATENDIMENTO
7.4 Anexo IV – Carta Compromisso da Petrobras com ANEEL

Os Despachos SRG/ANEEL nº. 4.988/2011, de 29 de dezembro de 2011, e


Despacho SRG/ANEEL nº 553/2012, aprovam a Carta Compromisso firmada
entre ANEEL e Petrobras cujo objetivo é informar a oferta de combustível
compatível com a capacidade de geração simultânea das usinas.

De acordo com a carta Compromisso, a Petrobras disponibilizará oferta de


combustível para geração simultânea das UTEs apresentadas na Tabela 7-14, a
seguir, nos valores de potência indicados, que neste PEN 2013 foram
considerados para todo o horizonte.

Tabela 7-14: Disponibilidade de Geração Térmica da Carta Compromisso (MW)

POT CC
Subsistema Nome
(MW)
Euzebio Rocha (Cubatão / CCBS) 206,9
Barbosa Lima Sobrinho (Eletrobolt) 373,6
Aureliano Chaves (Ibiritermo) 212,2
Juiz de Fora 79,0
Norte Fluminense 725,0
SE/CO
Fernando Gasparian (Nova Piratininga) 521,7
Piratininga 1,2 0,0
Mário Lago (Termomacaé) 878,3
Gov. Leonel Brizola (Termorio) 998,0
Luis Carlos Prestes (Três Lagoas) 335,8
Araucária 458,2
SUL
Sepé Tiaraju (Canoas) 153,0
Romulo Almeida (Fafen) 125,0
Fortaleza 326,7
Celso Furtado (Termobahia) 150,0
NE Sen. Carlos Jereissati (Termoceará) 219,0
Termopernambuco 493,5
Jesus Soares Pereira (Vale do Açu) 285,1
Bahia I 29,1
SE/CO 4330,5
SUL 611,2
NE 1628,4
SIN 6570,1

Obs: UTE Canoas após o fechamento do ciclo 227,8 MW.

ONS RE-3-0066/2013 - PLANO DA OPERAÇÃO ENERGÉTICA 2013/2017 PEN 2013 – VOLUME 1- CONDIÇÕES 133 / 137

DE ATENDIMENTO
Lista de figuras e tabelas

Figuras

Figura 3-1: Previsão de Carga de Energia do SIN 2013 - 2017 (MWmed) 18


Figura 3-2: Capacidade Instalada do SIN (MW) – 31/12/2012 20
Figura 3-3: Cronologia dos Leilões 21
Figura 3-4: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
UHEs 26
Figura 3-5: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
UTEs a Óleo Combustível e Diesel 26
Figura 3-6: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
UTEs a GN e GNL 27
Figura 3-7: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
UTEs a Carvão 27
Figura 3-8: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
UTEs Nucleares 28
Figura 3-9: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
UTEs a Biomassa 28
Figura 3-10: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
PCHs 29
Figura 3-11: Expansão da Oferta por Leilão – Localização Geográfica –
UEEs 29
Figura 3-12: Evolução da Energia Armazenada Máxima e Grau de
Regularização do SIN 31
Figura 3-13: Expansão adicional para manter o mesmo GR do SIN de 2013 32
Figura 3-14: Complementaridade Anual das Diversas Fontes de Geração 35
Figura 3-15: Distribuição dos Custos Variáveis Unitários por fonte
[R$/MWh] 36
Figura 3-16: Distribuição das disponibilidades máximas por CVU e fonte –
2013 37
Figura 3-17: Distribuição das disponibilidades máximas por CVU e fonte –
2017 37
Figura 3-18: Distribuição das inflexibilidades por fonte [MWmed e % de
GTmáx] 38
Figura 3-19: Distribuição das expectativas de geração por fonte -
2013/2017 – Média dos 2.000 cenários simulados [MWmed e %
de GTmáx] 39
Figura 3-20: Configuração eletroenergética para o PEN 2013 41
Figura 3-21: Limites de Transferência das Interligações S-SE/CO-AC/RO
(MWmed) 42
Figura 3-22: Limites de Transferência das Interligações SE/CO-NE-N-TMM
(MWmed) 43
Figura 3-23: Localização geográfica da interligação Acre/Rondônia 45
Figura 3-24: Operação Interligada Sistema ACRO e Sistema CCAT 46
Figura 3-25: Operação Isolada do Sistema ACRO e Sistema CCAT 47

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DE ATENDIMENTO
Figura 3-26: Interligação Tucuruí - Manaus – Macapá (TMM) 48
Figura 3-27: Armazenamentos Verificados nos Últimos 5 anos 51
Figura 3-28: Armazenamentos Verificados nos Últimos 5 anos - SIN 51
Figura 4-1: Cenários analisados no PEN 2013 52
Figura 5-1: Evolução da Oferta Estática e da Carga 2013/2017 (MWmed) 62
Figura 5-2: Balanço de Energia (MWmed) – Cenário de Referência 63
Figura 5-3: Balanço Estático de Energia do Subsistema Sul (MWmed) 68
Figura 5-4: Cálculo da Máxima Alocação de Energia Térmica do NE no SIN 70
Figura 5-5: Evolução da capacidade instalada x disponibilidade hidráulica -
UHE Jirau 75
Figura 5-6: Evolução da capacidade instalada x disponibilidade hidráulica -
UHE Santo Antônio 76
Figura 5-7: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima do SIN (MW) 78
Figura 5-8: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima (MW) – SIN
2016/2017 – análise adicional com poços 79
Figura 5-9: Geração Térmica Adicional (MW) – SIN 2016/2017 – análise
adicional com poços 80
Figura 5-10: Atendimento à Demanda Máxima dos subsistemas-
Sudeste/C.Oeste/Sul (MW) 81
Figura 5-11: Atendimento à Demanda Máxima– SE/CO/SUL 2013/2017 (MW) 82
Figura 5-12: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima (MW) – SE/CO-
SUL 2016/2017 – análise adicional com poços 83
Figura 5-13: Geração Térmica Adicional (MW) – SE/CO/SUL 2016/2017 –
análise adicional com poços 84
Figura 5-14: Atendimento à Demanda Máxima – NORTE/NORDESTE
2013/2017 (MW) 85
Figura 5-15: Evolução do Atendimento à Demanda Máxima (MW) – NORTE-
NORTE 2016/2017 – análise adicional com poços 86
Figura 5-16: Expectativa de Geração Térmica no SE/CO/SUL 2013/2017
(MW) 87
Figura 5-17: Geração Térmica (MW) – NORTE/NORDESTE 2013/2017 88
Figura 5-18: Carga do SIN - CR x CS 90
Figura 5-19: Diferença Percentual de CMO – CS x CR 92
Figura 6-1: Faixas de Armazenamento 94
Figura 7-1: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação – SE/CO
(R$/MWh) 97
Figura 7-2: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação – Sul
(R$/MWh) 98
Figura 7-3: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação –
Nordeste (R$/MWh) 98
Figura 7-4: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação - Norte
(R$/MWh) 99
Figura 7-5: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação –
Acre/Rondônia (R$/MWh) 99
Figura 7-6: Evolução Mensal dos Custos Marginais de Operação –
Manaus/Macapá (R$/MWh) 100
Figura 7-7: Topologia das Interligações entre Subsistemas 101
Figura 7-8: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação SE/CO->S 102

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DE ATENDIMENTO
Figura 7-9: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação S ->
SE/CO 103
Figura 7-10: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação AC/RO -
> SE/CO 104
Figura 7-11: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação IPZ-
>SE/CO 105
Figura 7-12: Frequência de Intercâmbios Máximos na Exportação do
SE/CO - > N/NE 106
Figura 7-13: Frequência de Intercâmbios Máximos na Importação pelo NE 107
Figura 7-14: Frequência de Intercâmbios Máximos na Exportação do NE 107
Figura 7-15: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação NE-
>SE/CO 108
Figura 7-16: Frequência de Intercâmbios Máximos da Interligação SE/CO->
NE 109
Figura 7-17: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e Sul 110
Figura 7-18: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e Sul 110
Figura 7-19: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e AC/RO 111
Figura 7-20: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e AC/RO 112
Figura 7-21: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e N 113
Figura 7-22: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e N 113
Figura 7-23: Evolução das Diferenças de CMO entre SE/CO e NE 115
Figura 7-24: Permanência das Diferenças de CMO entre SE/CO e NE 115
Figura 7-25: Evolução das Diferenças de CMO entre NE e N 116
Figura 7-26: Permanência das Diferenças de CMO entre NE e N 116
Figura 7-27: Importação de Energia Manaus-Macapá (MWmed) – simulação
Newave 118
Figura 7-28: Importação de Energia Manaus – Macapá (MWmed) 119
Figura 7-29: Crescimento Percentual da Carga por Subsistema 121

Tabelas

Tabela 3-1: Previsão de Carga de Energia do SIN 2013 - 2017 (MWmed) 19


Tabela 3-2: Resumo da Evolução da Matriz de Energia Elétrica (MW) -
31/dez 22
Tabela 3-3: Acréscimo Anual da Potência Instalada no SIN (MW) – 31/dez 23
Tabela 3-4: Evolução da Potência Instalada no SIN (MW) - 31/dez 24
Tabela 3-5: Expansão da Potência Instalada com Novos Projetos e TMM
(MW) 25
Tabela 3-6: Capacidade adicional para manter o mesmo GR do SIN de 2013 33
Tabela 3-7: Energia Armazenada Inicial do SIN (27/04/2013) – % EARmax 50
Tabela 5-1: Riscos de Déficit de Energia (%) – Cenário de Referência 55
Tabela 5-2: Custos Marginais de Operação (R$/MWh) – Cenário de
Referência 56
Tabela 5-3: Riscos de Déficit de Energia (%), séries históricas – Cenário de
Referência 57

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DE ATENDIMENTO
Tabela 5-4: Séries Históricas com Déficits de Energia – 2013/2017 58
Tabela 5-5: Déficits com Séries Históricas – Ano 2014 58
Tabela 5-6: Déficits com Séries Históricas – Ano 2015 59
Tabela 5-7: Déficits com Séries Históricas – Ano 2016 59
Tabela 5-8: Déficits com Séries Históricas – Ano 2017 60
Tabela 5-9: Balanço Estático de Energia para o SIN (MWmed) - CR 64
Tabela 5-10: Balanço Estático de Energia para o SE/CO (MWmed) - CR 64
Tabela 5-11: Balanço Estático de Energia para o AC/RO (MWmed) - CR 65
Tabela 5-12: Balanço Estático de Energia para o Sul (MWmed) - Cenário de
Referência 65
Tabela 5-13: Balanço Estático de Energia para o NE (MWmed) - CR 66
Tabela 5-14: Balanço Estático de Energia para o Norte (MWmed) - CR 66
Tabela 5-15: Balanço Estático de Energia para Manaus-Macapá (MWmed) -
CR 67
Tabela 5-16: Balanço de Energia Firme (MWmed) 72
Tabela 5-17: Valores médios semestrais de disponibilidade hidráulica das
UHE Jirau e Santo Antônio (MW) 76
Tabela 5-18: Riscos de Déficit de Energia – Cenário CS X Cenário CR (%) 91
Tabela 6-1: Indicadores de Segurança – SE/CO 95
Tabela 6-2: Indicadores de Segurança – NE 96
Tabela 7-1: Projeções de carga de energia (MWmed) 120
Tabela 7-2: Projeções de carga de energia (MWmed – continuação) 121
Tabela 7-3: Projeções de demanda máxima (MW) 122
Tabela 7-4: Projeções de demanda máxima (MW – continuação) 123
Tabela 7-5: Evolução da Potência Instalada no Sudeste/Centro-Oeste (MW)
- 31/dez 124
Tabela 7-6: Evolução da Potência Instalada no Sul (MW) - 31/dez 125
Tabela 7-7: Evolução da Potência Instalada no Nordeste (MW) - 31/dez 126
Tabela 7-8: Evolução da Potência Instalada no Norte (MW) - 31/dez 127
Tabela 7-9: Evolução da Potência Instalada no Acre/Rondônia (MW) -
31/dez 128
Tabela 7-10: Evolução da Potência Instalada em Manaus/Macapá (MW) -
31/dez 129
Tabela 7-11: Evolução da Potência Instalada no Madeira (MW) - 31/dez 130
Tabela 7-12: Evolução da Potência Instalada em Belo Monte (MW) - 31/dez 131
Tabela 7-13: Evolução da Potência Instalada em Teles Pires (MW) - 31/dez 132
Tabela 7-14: Disponibilidade de Geração Térmica da Carta Compromisso
(MW) 133

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DE ATENDIMENTO

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