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FERNANDO PESSOA, O POETA

DESCONFIADO: UMA BREVE LEITURA


DE CANCIONEIRO

Lucelena Ferreira1

À professora Cleonice Berardinelli, por suas lições en-


cantadas.

Resumo: Este artigo propõe uma leitura do livro Cancioneiro,


assinado por Fernando Pessoa, com objetivo de investigar a
categoria intelectual do pensamento na escrita do ortônimo,
identificada como uma poesia analítica e intelectualizada,
tingida pela busca de significados para o Desconhecido.
Palavras-chave: Fernando Pessoa, poesia, pensamento.
FERNANDO PESSOA, THE SKEPTICAL POET:
A SHORT READING OF CANCIONEIRO
Abstract: This article considers a reading of the book Can-
cioneiro, signed by Fernando Pessoa, in order to investiga-
te the category of thinking in his writing, identified as an
analytical and intellectual poetry, dyed by the search of
meanings for the Unknown.
Keywords: Fernando Pessoa, poetry, thinking.

1. Introdução
Na leitura de Cancioneiro, o poeta me pede os ares (me
perde os ares?). Persigo o cheiro do mar.
De outras veredas, avulta o Rosa: “Eu quase que nada
não sei. Mas desconfio de muita coisa” (1986, p.14). Fer-
nando Pessoa foi poeta desconfiado. Apesar de inventar em
verso o conselho “Não procures nem creias: tudo é oculto”
(1990a, p.138), insiste, no Cancioneiro, em perscrutar o
enigma da existência. A desconfiança primordial (ligada à
intuição do Mistério) pontua o pensamento de Pessoa or-

1 Doutora em Letras (PUC-Rio/ École de Hautes Études em Sciences Sociales) e


Doutora em Educação Brasileira (PUC-Rio). Professora Adjunta do Mestrado em
Educação da UNESA/RJ e professora da Pós-Graduação l.s. do Departamento de
Letras da PUC-Rio. É pesquisadora do GEALE – PPGE/PUC-Rio (Grupo de Estudos
em Antropologia da Leitura e da Escrita). lucelena@terra.com.br

POLIFONIA CUIABÁ EDUFMT Nº 20 P. 93-102 2009 issn 0104-687x


tônimo, aguçando-lhe o “vício de pensar” (BERARDINELLI,
1994, p.47): impulso gerador de inquietude e poesia. Para
Berardinelli, o que constitui o cerne do poeta Fernando Pes-
soa é sua “angústia metafísica” (2008, p.30). Tal condição
se desdobra em uma poesia analítica e intelectualizada, que
enreda o leitor neste movimento reflexivo, instigando-o
a pensar, a raciocinar, e não apenas a experimentar
sentimentos e sensações – pensar e raciocinar sempre
na direção de dúvidas e perplexidades que, sutilmente
analisadas por ele, conduzem a mais dúvidas, que só
fazem conduzir a mais dúvidas (MOISÉS, 2005, p.20).
Este estudo propõe aproximação com Cancioneiro, livro
assinado por Fernando Pessoa. Mais especificamente, desti-
na-se à investigação da categoria intelectual do pensamento
na poesia do ortônimo. Como o ato de pensar contribui e
interfere no trato das questões existenciais que afligem o
poeta? Seria vício saudável, o de pensar?
Sem exatidão, o poeta derrama lento. Pessoa suspende
tempos previstos.

2. O poeta de Cancioneiro
O livro estudado apresenta a maioria dos poemas em
primeira pessoa, evidenciando um sujeito lírico que se nar-
ra, em busca de sentido. Considero a existência de apenas
um sujeito lírico, personalidade única, a povoar os textos
de Cancioneiro.
Ao que parece, a complexidade da questão dos heterô-
nimos assola seu próprio criador. Pessoa nomeia seus três
heterônimos mais conhecidos:
Construí dentro de mim várias personagens distintas
entre si e de mim, personagens essas a que atribuí
poemas vários que não são como eu, nos meus senti-
mentos e idéias, os escreveria. Assim têm estes poemas
de Caeiro, os de Ricardo Reis e os de Álvaro de Campos
que ser considerados. Não há que buscar em quaisquer
deles idéias ou sentimentos meus, pois muitos deles
exprimem idéias que não aceito, sentimentos que nunca
tive (1966, p.108).

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Em outro momento, admite novos adeptos à lista das
suas “personagens” ou, como ele mesmo especifica, das
personalidades que viveu dentro de si (1990c, p.82):
Nunca me sinto tão portuguêsmente eu como quando
me sinto diferente de mim - Alberto Caeiro, Ricardo Reis,
Álvaro de Campos, Fernando Pessoa, e quantos mais
haja havidos ou por haver (1966, p.108).
Seria o Fernando Pessoa de Cancioneiro heterônimo
disfarçado de ortônimo? É possível. A semelhança de nome
entre o autor dos heterônimos assumidos e o poeta do
Cancioneiro abriga trapaça com a língua (BARTHES, 1996)
e provoca o leitor. Nesta leitura, imagino o ortônimo como
um dos matizes do universo poético de Pessoa, que interessa
em sua dimensão simbólica de figura fingida. Em outras
palavras, importa a expressão poética da personalidade que
se assenta sob a assinatura de Fernando Pessoa no Cancio-
neiro, independente de sua participação ou coincidência com
a do autor humano. Um conceito útil a esta pesquisa é o de
fingimento, tal como definido pelo ortônimo. Jacinto Coelho
decifra: “exprimir poeticamente implica fingir - idéia que
não constitui novidade para os leitores atentos de Pessoa”
(apud PESSOA, 1966, p.xxix). Aborta-se, portanto, a noção
de falsidade: fingir um sentimento seria dar-lhe contorno
de arte. O poema “Autopsicografia”2, que inclui reflexão
sobre o ato criador, reafirma esta idéia. Maria de Lourdes
Alves amplia: “Para Pessoa, fingir é conhecer-se” (1988,
p.42). No ortônimo, a escrita poética opera como forma de
auto-conhecimento.
O sujeito lírico do Cancioneiro concebe estranhamen-
to: “Sou o ser que vê, e vê tudo estranho” (1990a, p.142).
Percebe-se “doido que estranha sua própria alma” (1990a,
p.111), estrangeiro de si mesmo. Assim lança - sobre si e
sobre o mundo - um olhar inaugural: olhar de estrangei-
ro, empenhado em traduzir, em compreender. O ortônimo
rastreia significados para o Desconhecido3 (1990a, p.113),
assumindo poesia como amparo possível.

2 Este poema é definido por José Quesado como a “verdadeira arte-poética de Fernando
Pessoa” (1978, p. 415).
3 O uso da maiúscula inicial é recurso recorrente no Cancioneiro.

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“Emissário de um rei desconhecido/ eu cumpro infor-
mes instruções de além” (1990a, p.128), afirma o Pessoa
ortônimo, aceitando a missão que reconhece como sua. Um
conjunto de quatorze poemas chamado “Passos da Cruz”,
presente no Cancioneiro, trata do caminho do poeta, predes-
tinado a uma vida de glória e dor, tal como Jesus Cristo. As
referências bíblicas (título, número de poemas e analogias
contidas nos versos) agregam valor e conferem uma certa
gravidade à sorte do artista. Para o ortônimo, escrever é des-
tino: “Há um poeta em mim que Deus me disse...” (1990a,
p.124). Esta certeza não o abandona.

3. O vício de pensar
Álvaro de Campos definiu:
Fernando Pessoa é puramente intelectual; a sua
força reside mais na análise intelectual do senti-
mento e da emoção, por ele levada a uma perfeição
que quase nos deixa com a respiração suspensa
(PESSOA, 1966, p.148).
O ortônimo vincula-se ao vício de pensar: “Estou preso
ao meu pensamento/ Como o vento preso ao ar” (1990a,
p.160). Assim também sua escrita:
[...] Tenho saudades de mim.
De quando, de alma alheada,
eu era não ser assim,
E os versos vinham de nada.
Hoje penso quando faço,
’Screvo sabendo o que digo...[...] (1990a, p.160)
No ortônimo de Cancioneiro, o pensamento reúne duas
facetas: é corrosivo, já que o impede de ser feliz, de desfru-
tar a leveza advinda da falta de consciência das coisas; é
produtivo, pois se desdobra em poesia. A lucidez inexorável
o leva a pensar sobre o pensamento: “Fúria nas trevas o
vento/ Num grande som de alongar./ Não há no meu pen-
samento/ Senão não poder parar” (1990a, p.160). Vento e
pensamento têm como razão comum a impossibilidade de
cessar.

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Desse modo, o pensamento proíbe o ortônimo de ape-
nas sentir, sem reflexão. Diz ele: “O que em mim sente ’stá
pensando” (1990a, p.144), e completa: “Meus sentimentos
são rastros./ Só meu pensamento sente...” (1990a, p.150).
Procura ainda delimitar fronteiras entre sentimento e pen-
samento, para concluir:
Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.[...] (1990a, p.172)
Pensar e sentir se tangenciam, aprisionando o ortônimo
e suscitando angústia: “No mal-estar em que vivo,/ No mal
pensar em que sinto,/ Sou de mim mesmo cativo” (1990a,
p.174). Torna-se impossível seguir o ensinamento do mes-
tre Caeiro, de compreender “com os olhos, nunca com o
pensamento” (1990b, p.237), pois mesmo os sentidos, no
ortônimo de Cancioneiro, associam-se ao pensamento. A
partir deles, busca conhecer e construir significados: “Ah,
nada, nada!/ Só os pesares/ De ter ouvido,/ De ter que-
rido/ Ouvir para além/ do que é o sentido/ Que uma voz
tem” (1990a, p.180). Persiste em vão a crença de Caeiro: “O
único sentido íntimo das cousas/ É elas não terem sentido
íntimo nenhum” (1990b, p.207). A investigação contínua
da essência das coisas, norteada pelo pensamento, acaba
por gerar o cansaço, de que se queixa o eu lírico: “Cansa
sentir quando se pensa” (1990a, p.163).
O ortônimo de Cancioneiro convive com a impossibilida-
de de desvendar o Desconhecido: “Cega, a Ciência a inútil
gleba lavra./ Louca, a Fé vive o sonho do seu culto” (1990a,
p.139). Foge-lhe a auto-definição: “Quem me dirá quem
sou?” (1990a, p.145). O sentimento de irrealização e a cons-
ciência da insolubilidade do Mistério estimulam dúvidas
sobre a validade do pensar incessante: “Eis o momento.../
Sejamo-lo... Pra quê o pensamento?...” (1990a, p.118). O
sujeito lírico professa a inutilidade do pensamento: “Tudo
de repente é oco -/ Mesmo o meu estar a pensar” (1990a,
p.112). E a noção de vazio se repete: “Que inquieta ilusão!/

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E esta sensação/ Oca, de ser cego/ No meu pensamento,/
Na minha vontade...” (1990a, p.120). Mas, para apoiar sua
tentativa de conhecimento, resta-lhe o pensar, já que “sen-
tir/ É não se conhecer” (1990a, p.166). Apesar do esforço
de entendimento empreendido pelo ortônimo, arma-se um
círculo vicioso que o enreda: “O meu mistério eu avivo/ Se
me perco a meditar” (1990a, p.121).
Para Moisés, a poesia pessoana é “medularmente inte-
lectualizada”, pois
além de brotar das emoções, brota também, e indisso-
ciavelmente, da inteligência raciocinante. O que resulta
desse inusitado consórcio é um desfiar cerradamente
reflexivo, indagador e questionador de imagens, metáfo-
ras, cláusulas e associações que ostentam ou simulam
notável rigor lógico. (2005, p.19)
O eu lírico de Cancioneiro reconhece que sua condição de
pensador constante o condena à infelicidade: “Só quem pu-
der obter a estupidez/ Ou a loucura pode ser feliz” (1990a,
p.104). Por vezes, escapa-lhe o sentido da vida: “Trila na
noite uma flauta. [...] Perdida série de notas vaga e sem sen-
tido nenhum,/ Como a vida” (1990a, p.141). Nesse contexto,
o eu lírico entrevê descanso no sono: “Dorme, que a vida é
nada!/ Dorme, que tudo é vão” (1990a, p.176). Iluminam-se
sono e morte, por vezes metaforicamente associados, como
refúgios, como fontes de alívio: “Que é feito de tudo?/ Que
fiz eu de mim?/ Deixa-me dormir,/ Dormir a sorrir/ e seja
isto o fim” (1990a, p.119). Sob este prisma, o título do poema
“Abdicação” antecipa desistência, desdobrando a metáfora
do reinado: “Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços/ E
chama-me teu filho./ Eu sou um rei/ Que voluntariamente
abandonei/ O meu trono de sonhos e cansaços” (1990a,
p.138). Ao mesmo tempo, a implacabilidade da morte tin-
ge de angústia a poesia de Cancioneiro, que se amplia em
imagens e associações:
Sermos, e não sermos mais!... Ó leões nascidos na
jaula!...
Repique de sinos para além, no Outro Vale... Perto?
[...]

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Tecedeiras viúvas gozam as mortalhas de virgens que
tecem (1990a, p.110).
Atrelado a uma “inteligência demasiadamente enamo-
rada pela análise e pelo raciocínio”, somada à “emotivida-
de excessiva” (BERARDINELLI, 1985, p.253), o ortônimo
de Cancioneiro alterna momentos de aceitação desta sua
condição a outros de insatisfação e desejo de mudança.
Freqüentemente aspira à inconsciência:
Para que sou consciente se a consciência é uma ilu-
são?
Que sou eu entre quê e os fatos?
Fechai-me os olhos, toldai-me a vista da alma!
Ó ilusões! se eu nada sei de mim e da vida,
Ao menos goze esse nada, sem fé, mas com calma,
ao menos durma viver, como uma praia esquecida...
(1990a, p.130)
O ortônimo imagina felizes os que não pensam o que
sentem, e confessa sua inveja:
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu. (1990a, p.156)
Os últimos versos remetem à inutilidade do conhecimen-
to. Por saber-se atado à sua condição, o eu lírico expressa
desejo de mudança por meio de paradoxos, reforçando a
impossibilidade de realização: “Ah, poder ser tu, sendo
eu!/ Ter a tua alegre inconsciência,/ E a consciência disto”
(1990a, p.144); “Ah, ser os outros! Se eu o pudesse/ Sem
outros ser!” (1990a, p.176).

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Em Cancioneiro, o ortônimo se descobre condenado à
lucidez, emitindo lampejos de aceitação: “Se eu fosse outro,
fora outro. Assim/ Aceito o que me dão” (1990a, p.177).
Vislumbra a razão como único guia possível:
Guia-me a só razão.
Não me deram mais guia.
Alumia-me em vão?
Só ela me alumia.
Tivesse Quem criou
O mundo desejado
Que eu fosse outro que sou,
Ter-me-ia outro criado.
Deu-me olhos para ver.
Olho, vejo, acredito.
Como ousarei dizer:
“Cego, fora eu bendito”?
Como o olhar, a razão
Deus me deu, para ver
Para além da visão -
Olhar de conhecer.
Se ver é enganar-me,
Pensar um descaminho,
Não sei. Deus os quis dar-me
Por verdade e caminho. (1990a, p.160)
Neste poema, o eu lírico se curva aos desígnios de Deus.
E deixa pender questões sem resposta, encaixes do Des-
conhecido. No espírito religioso e convicto dos mistérios
impenetráveis da vida, sobejam preocupações metafísicas:
Cancioneiro retém desejo de transcendência do mundo ma-
terial. De acordo com Fernando Pessoa prosador, uma obra,
para que seja sincera, deve incluir idéia metafísica:
Chamo insinceras às coisas feitas para fazer pasmar
[como talvez alguns poemas iniciais do ortônimo], e às
coisas, também - repare nisto, que é importante - que não
contêm uma fundamental idéia metafísica, isto é, por
onde não passa, ainda que como um vento, uma noção
da gravidade e do mistério da Vida. (1990c, p.55)

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O que não falta ao ortônimo de Cancioneiro é percepção
do Mistério. Mas, apesar de todo seu esforço de compreen-
são, sopra o lamento: “Tudo é tão difícil de compreender!...”
(1990a, p.120).

4. Considerações finais
A voz do ortônimo se levanta, em movimento inquieto:
“Que desassossego!” (1990a, p.120). Ao que parece, Bernar-
do Soares recolheu título de tamanho justo ao Cancioneiro.
O poeta rima consigo.
O timbre plural de Pessoa privilegia subjetividade: desejo
de desvendar-se. Cancioneiro afia desconfiança e cultiva
contradições em ritmo de lucidez. O vício persiste. Multiplica
dúvidas, desencanta respostas. O ortônimo atrai consciên-
cia - de sua missão, do Desconhecido, da impossibilidade de
penetrá-lo. Soa, em badaladas: “Tudo é mistério” (PESSOA,
1990c, p.38).
Pessoa se proclama paradoxo. Guimarães Rosa finge
aprovar:
Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto:
que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não fo-
ram terminadas - mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me
ensinou. Isso que me alegra, montão (1986, p.21).
Cancioneiro é orquestra, o nome diz. Afina e desafina.
Terminado, acende amor pela vida. E obedece ao que o po-
eta, em prosa, impõe: “A finalidade da arte é elevar” (1990a,
p.226).
Tudo se dissolve, em Pessoa. Matéria bruta é poesia. E
só. O resto carece de certeza.

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Referências
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do SEPESP - UFRJ. 1988, v.2.
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ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.

Recebido em 30/09/2009
Aceito em 30/11/2009

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