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Escola Secundária Fernando Pessoa – ortónimo

FOLHA DE TRABALHO N.º 12 DATA:


Pedro Nunes Poema «Autopsicografia»
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PORTUGUÊS Educação literária Página 1 de 1

O FINGIMENTO POÉTICO, NOVA EXPRESSÃO DE ARTE

Autopsicografia, de Fernando Pessoa

Autopsicografia – descrição da própria mente.

Fingere, em latim, significava «modelar», «imaginar», «transformar».

 Ideia fundamental do poema: 1.º verso.  A terceira estrofe, de caráter conclusivo,


explica o papel do coração (sentidos) e da
razão (inteligência) na criação artística.
 Confirmação dessa ideia nos três versos
seguintes:  O presente verbal acentua a
intemporalidade da mensagem.
- a arte nasce da realidade: a dor
deveras sentida;  O rigor da construção, a economia de
- a poesia consiste no fingimento vocabulário e a ausência de adjetivos indicam
dessa realidade: a dor fingida ou um texto-programa.
intelectualizada;
 A reiteração dos verbos fingir e sentir está
- a intelectualização da realidade tem ao serviço da dialética fundamental em
de ser objetivada em texto; Fernando Pessoa; pensar/sentir.
- a intelectualização é expressa de
forma tão artística que parece mais  O título é adequado à teoria do fingimento.
autêntica do que a realidade.

 A segunda estrofe explica a relação do


leitor com a obra de arte:

- não sente a dor real (inicial): essa


pertence ao poeta;
- o leitor não sente a dor imaginária:
essa pertence ao criador;
- ao ler o texto, o leitor não sente as
duas dores do poeta nem a dor que
ele (leitor) tem;
- o leitor apenas sente o que o objeto
artístico lhe desperta: uma quarta dor,
a dor lida;
- o obra é autónoma, quer em relação
ao autor, quer em relação ao leitor.

ESPN | Luís F. Pinto Salema | © 2021.2022  12 F

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