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CURSO DE PSICOLOGIA

VICENTE SANT’ANNA
GIULIA COSTA DOS SANTOS

Efeitos de experimentos controlados sobre o comportamento do rato Wistar


em laboratório

Vila Velha
2019
VICENTE SANT’ANNA
GIULIA COSTA DOS SANTOS

Efeitos de experimentos controlados sobre o comportamento do rato Wistar


em laboratório

Trabalho apresentado para o cumprimento de


uma das exigências da disciplina Análise
Experimental do Comportamento, do curso de
Psicologia da Universidade Vila Velha (UVV).

Orientador: Prof. Rodrigo Cruvinel Salgado

Vila Velha
2019

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Sumário

INTRODUÇÃO....................................…….............................................................….............4

MÉTODO......................................................................................................…..............…........6

Sujeito .............................................................................................................................

Equipamento e instrumentos...........................................................................................6

Procedimentos ................................................................................................................6

RESULTADOS.......................................................................................……............................9

DISCUSSÃO...........................................................................................…….........................19

REFERÊNCIAS.....................................................................................……...........................10

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A busca por conhecimentos mais objetivos trouxe à tona a necessidade de

desconsiderar um pouco o conhecimento do senso comum e elevar o conhecimento científico. O

Behaviorismo é considerado a filosofia da ciência chamada Analise do comportamento. e iniciou-

se quando a psicologia tinha como método a introspecção. Devido aos inúmeros diagnósticos

incompatíveis entre pesquisadores de um mesmo experimento, duas novas correntes surgiram para

formar essa filosofia: a psicologia objetiva e a psicologia comparativa. O primeiro buscava usar

métodos objetivos para notar as diferenças entre os resultados. Já a segunda é a principal base para

a análise do comportamento, sofrendo influencias das teorias de Darwin e busca comparar a

origem dos traços anatômicos das outras espécies com a nossa, buscando também a origem dos

traços mentais. (Baum, 1999)

Análise experimental do comportamento é uma ciência e parte da Psicologia que se

localiza entre as ciências naturais. O comportamento é um processo natural que é próprio do ser

vivo, como respirar, andar e etc. e são dirigidos pelo ambiente e passíveis de controle. O

comportamento e o ambiente formam uma relação de variáveis, sendo o primeiro uma variável

dependente e a segundo uma variável independente. (Matos & Tomanari, 2002)

John B. Watson, fundador do Behaviorismo, configura a ciência do comportamento e

renuncia termos antes comumente usados como consciência, estados mentais, mente, etc. e evita a

subjetividade que a introspecção causa, usando como objeto de estudo apenas o comportamento

objetivamente observável (Baum, 1999). Deixar esses termos de lado deixaria a Psicologia livre

para estudar o comportamento e as ideias behavioristas divergiram conforme o passar dos anos. Se

a maioria dos behavioristas foi para o lado das ciências naturais, a de Skinner se preocupou com a

explicação científica, criando assim o Behaviorismo Radical. Enquanto Watson permanece apenas

no Condicionamento Clássico, Skinner surge para explicar o surgimento de novos

comportamentos e os mais complexos. O comportamento então é dividido em dois: Respondente –

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ou reflexo – e operante, sendo o segundo o defendido por Skinner e o mais utilizado. Enquanto o

primeiro postula uma relação entre causas ambientais e respostas involuntárias, o segundo diz que

que o comportamento é condicionado por estímulos e recompensas ou punições, ou seja, o que

acontece depois do comportamento é o que determina a frequência e intensidade dele (Hubner &

Moreira, 2013).

Skinner então utiliza o modelo de “Seleção por consequências” para explicar por que

certos comportamentos acontecem e permanecem. São utilizados três estágios: o processo de

seleção natural, o condicionamento operante e o nível de seleção cultural. O primeiro explicaria a

origem das espécies, assim como também explicaria parte dos comportamentos dos seres. O

segundo diz que as variações no comportamento são selecionadas pelo ambiente. Juntos, esses

dois estágios sofrem influência do terceiro, que preenche lacunas que ajudam na compreensão do

comportamento humano e explica as diferenças entre comportamentos de uma mesma espécie e

faz com que o homem seja um ser tão diferente (Hubner & Moreira, 2013).

Visto que ele tenta responder o motivo, o Behaviorismo também se preocupa com a

causa do comportamento. Ele então utiliza o determinismo, que diz que o comportamento é

determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente. Embora não negue a

hereditariedade, Skinner fica ressentido com o exagero ao usar o termo para explicar

personalidade, aptidões e etc (Hubner & Moreira, 2013).

Visto que os analistas precisam sempre estar observando e controlando os

comportamentos, é preciso um ambiente adequado para que tais pesquisas sejam feitas. É para isso

que surge o laboratório. O que define o laboratório não é apenas o ambiente, mas também

capacidade de oferecer condições para o pesquisador suficientes para controlar e manipular as

variáveis. As análises dentro do laboratório têm dois objetivos fundamentais: a oportunidade de o

aluno testar e estudar alguns princípios básicos e promover iniciação científica (Matos &

Tomanari, 2002).

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O presente trabalho busca compreender o comportamento do rato albino da raça

Wistar em um novo ambiente antes e depois das intervenções, utilizando a caixa de Skinner.

Dentro do laboratório didático, ensinamentos dados em sala de aula serão utilizados para melhor

controle do comportamento do rato.

Método

Sujeito:

Durante a prática foi usado um rato albino da linhagem Wistar, fêmea. Com idade

aproximada de 3 meses no início da prática, ficava 36 horas em privação de água antes do

início de cada prática.

Equipamento e Instrumentos:

No biotério, rato é mantido em uma caixa transparente na companhia de outro rato da

mesma espécie e sexo, com água e comida. Quando necessário para as aulas, o sujeito é

transportado para o laboratório em uma caixa menor e sozinho. Da caixa menor, o rato era

passado para uma caixa transparente chamada “Caixa de Skinner”, onde ficava durante toda a

prática. Acionando o cronômetro, a dupla observava e manipulava os comportamentos do

rato, tentando ao máximo obedecer ao tempo recomendado. Cada dado era anotado nas folhas

de registro, que continham instruções para cada prática.

Procedimentos:

Linha de base

O objetivo foi realizar uma espécie de mapeamento do repertório do sujeito para se

avaliar posteriormente os efeitos da intervenção. Durante 30 minutos foi observado a

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frequência de exibição dos comportamentos-alvos selecionados, sendo eles: pressionar a

barra, tocar a barra, farejar, levantar-se e limpar-se. A cada minuto foi observado quantas

vezes ele repetia os comportamentos.

Treino ao Bebedouro

O experimento durou aproximadamente 45 minutos e tinha como objetivo desenvolver

uma nova função para um estímulo. A cada intervalo de tempo foi liberada uma gota de água.

Três intervalos de tempo foram utilizados: 10 em 10, 20 em 20 e 30 em 30 segundos. No

primeiro intervalo de tempo foram consumidas 35 gotas de água. Mais para o final da

primeira etapa, o sujeito começou a espaçar o tempo entre uma gota e outra, chegando a ficar

3 minutos sem ir ao bebedouro. Entre a troca de etapas, o sujeito ficou 4 minutos sem água,

então passamos para o segundo intervalo: 20 em 20 segundos. Nessa segunda etapa a

quantidade de gotas consumidas diminuiu, sendo consumidas 11 gotas. Quando outros 4

minutos sem água foram contados, passamos para a terceira e ultima parte: de 30 em 30

segundos. Nessa fase o rato consumiu 5 gotas, dando intervalos de até 5 minutos entre as

gotas. O saldo final: 51 gotas consumidas.

Modelagem

O objetivo dessa fase é ensinar ao rato a pressionar a barra e produzir água sem

intervenções dos pesquisadores. Observaram-se nesse experimento as seguintes etapas:

cabeça no bebedouro, cabeça na barra, cabeça acima da barra, levantar-se, tocar na barra e

pressionar a barra. Quando o primeiro comportamento estava sendo concluído, era executado

a extinção pela retirada do reforçamento e passava-se para o próximo e assim sucessivamente.

O primeiro comportamento era o de colocar a cabeça no bebedouro, que foi reforçado com

uma gota de água. Quando 10 gotas foram consumidas, esse comportamento foi posto em

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extinção e passou-se para o próximo. Na segunda etapa foram reforçadas respostas que

envolviam o comportamento de colocar a cabeça na barra, alcançado depois de 12 gotas. 2 das

12 gotas foram consumidas durante a primeira etapa. O terceiro comportamento foi o de

levantar-se. Aconteceu normalmente e todas as 11 gotas foram consumidas de acordo com o

esperado. O quarto comportamento observado foi o de tocar na barra, acontecendo e reforçado

10 vezes antes de ser extinto. A quinta etapa foi a de tocar na barra, que aconteceu durante a

quarta etapa, sendo reforçada 10 vezes. A sexta e última etapa foi a de pressionar a barra, o

que só aconteceu duas vezes e durante outras etapas. O objetivo não foi alcançado. Na quarta

tentativa, o sujeito chegou no objetivo rapidamente, com apenas 16 gotas de água.

Medidas de comportamentos em CRF

Com duração de 30 minutos, o objetivo foi analisar quais mudanças ocorreram no

comportamento do sujeito depois dos reforçamentos de determinados comportamentos da

terceira prática. A prática foi feita sem interferência dos observadores, evoluindo do mesmo

jeito da primeira prática. O acionamento do bebedouro estava no automático. Os mesmos

comportamentos da prática 1 foram observados.

Extinção

Duração do procedimento; no que consiste a Extinção operante; efeitos da Extinção

sobre o organismo; etc...

Reforço Secundário

Tempo que durou a prática; objetivo da pratica, procedimento: como foi feito; etc...

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Resultados

Influência da modelagem

70

60

50

Linha de Base
40
CFR

30

20

10

0
Pressionar Tocar Farejar Levantar Limpar-se

Figura 1: Comportamentos-alvos do sujeito antes (linha de base) e depois (reforço contínuo)

da intervenção.

Discussão

Pode ser feita de muitas maneiras – sugestões de tópicos importantes:

Objetivos gerais das práticas é compreender um pouco das relações de regularidade

entre comportamento e ambiente; vantagens e desvantagens do laboratório para o estudo do

comportamento; o que justifica o uso de sujeitos não-humanos.

Falar um pouco se os resultados preliminares das práticas confirmam ou refutam as

principais considerações do behaviorismo; problemas enfrentados no laboratório que

poderiam ser melhorados; sugestão de novas práticas, etc...

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Referências

Baum, W. M. (1999). Compreender o behaviorismo. Porto Alegre: ArtMed.

Hubner, M. M. C. & Moreira, M. B. (2013). Temas clássicos da psicologia sob a ótica da


análise do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan (pp. 1-19).

Matos, M. A. & Tomanari, G. Y. (2002) A Análise do Comportamento no Laboratório


Didático. São Paulo: Editora Manole.

Moreira, M., B. & Medeiros, C. A. (2007). Princípios básicos de análise do comportamento.


Porto Alegre: Editora Artmed.

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