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O Bullying e o Cyberbullying se diferenciam primeiramente pois o Cyberbullying se

dá de forma virtual, por canais de comunicação tecnológicos, enquanto o Bullying


ocorre de forma presencial, sendo que podem ser considerados fenômenos iguais com
"localizações" diferentes, ou fenômenos singulares com definições diferentes.
Enquanto o Bullying não é anônimo, o Cyberbullying pode o ser, ao passo que se
torna difícil saber quem está por detrás do perfil e acaba trazendo maior
insegurança e sentimento de impotência. Além disso, o Cyberbullying não possui as
barreiras físicas que o Bullying possui, podendo ser constante e repetitivo, mesmo
quando a agressão é feita somente uma vez - por meio da repercursão pelas mídias -,
o que pode ser compreendido como mais violento e ameaçador. Na minha concepção, o
Cyberbullying é um fenômeno que vem tomando cada vez mais força e se tornando cada
vez mais prejudicial e danoso, dado a grande importância que a vida virtual tem
adquirido na vida de crianças e jovens, tal como sua reputação nesses espaços. O
Bullying é uma prática muito nociva, mas possui algumas peculiaridades que
facilitam a intervenção de pais, educadores e da escola como um todo, enquanto o
terreno do Cyberbullying ainda é bastante incerto e relativamente novo, abrindo
espaços para que haja a impossibilidade de atuação da escola e professores.
Considero que seja imprescindível que as escolas atuem sobre casos de Cyberbullying
e na prevenção desses acontecimentos, tal vem fazendo com o Bullying. Nesse momento
em que a escola se tornou predominantemente virtual, as dinâmicas mudaram de forma
rápida e o Cyberbullying acaba se tornando mais recorrente, sendo necessário um
cuidado especial, pois se soma a um momento difícil mundialmente e de fragilidade
para todos.

Acredito que uma das principais mudanças foi o acompanhamento mais próximo do
professor daquilo que os alunos estão aprendendo; digo isso pois considero que as
aulas presenciais trazem bastante detalhes, como bocejos, postura, sinais de
atenção, e diversas questões, que indicam ao professor como os alunos estão
apreendendo o conteúdo, o que é muito podado no formato virtual de aulas. Além
disso, a própria comunicação é muito mais deficitária, pois muitos alunos se sentem
incomodados de abrir as câmeras ou os microfones a fim de ter maior interação,
penso que principalmente pelo sentimento de "centro das atenções" que isso causa
nas salas de aula virtuais. Isso também se relaciona com o primeiro ponto que
citei, pois a comunicação também se dá pelo corpo, e acontece muito dessa forma nas
aulas presenciais, não ocorrendo nas virtuais; nesse sentido, fica mais difícil de
o professor compreender as dificuldades dos alunos em determinadas partes do
conteúdo, por exemplo. Ainda, no formato virtual, as relações entre professores e
alunos ficam facilmente resguardadas ao aprendizado do conteúdo, muitas vezes, pois
não há as conversas antes e após da aula, e não há diversas trocas que ocorrem
quando presencial. Acredito, entretanto, que essas perdas podem ocorrer de forma
menos prejudicias no formato EaD caso haja um engajamento maior dos alunos e
professores, quando possível.

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