Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Quatrocentos e Quinhentos
1. Principais centros culturais de produção e difusão de
sínteses e inovações
1.1. As condições da expansão cultural
A Época Moderna inicia-se por volta de 1450 e coincide com um
notável dinamismo civilizacional do Ocidente. Várias técnicas e
conhecimentos foram revolucionadas como a náutica, a cartografia, a
pólvora, as armas de fogo, e a imprensa. Isto permitiu a expansão cultural,
o intercambio de ideias e a difusão de notícias.
3.1. A pintura
A pintura refletia a redescoberta do Homem e do individuo mas o
que mais vincava a pintura do Renascimento é a sua originalidade e
criatividade. Foi inventada a pintura a óleo que tinha durabilidade e
efeitos de luz e sombra jamais conseguidos.
A descoberta da terceira dimensão deve-se aos estudos da
perspetiva dos arquitetos em pintar. De acordo com tais estudos, o campo
de visão do observador (pirâmide visual) unificaram-se no horizonte. Os
humanistas serviram-se do espaço tridimensional marcado pela
profundidade.
Os pintores adotaram formas geométricas, com preferências pela
pirâmide. Estes também procuraram a proporção entre as dimensões. As
representações naturalistas enquadravam-se no movimento de
descoberta da Natureza e da valorização do Real. Dentro disto temos a
expressividade dos rostos, espontaneidade dos gestos, verossimilhança
das vestes e dos cenários e o rigor anatómico.
3.2. A escultura
No Renascimento a escultura recupera a grandeza na Antiguidade
Clássica. A escultura ganhou autonomia e naturalidade onde o corpo nu
readquiriu a dignidade perdida. As grandes características das estátuas do
Renascimento são o humanismo, o naturalismo, o rigor anatómico, a
expressão fisionómica, a espontaneidade, a ondulação das ondas, o
equilíbrio, a racionalidade, o aperfeiçoamento da técnica e a perspetiva.
Alguns grandes escultores foram Donatello e Miguel Ângelo.
3.3. A arquitetura
Simplificação e nacionalização da estrutura dos edifícios:
Foi procurada a simetria absoluta;
Verificou-se uma matematização rigorosa do espaço arquitetónico –
relações proporcionais;
Aplicou-se a perspetiva linear onde os espaços se assemelham a
uma pirâmide visual. O espaço surge concebido em função em
função do observador que ocupa um lugar central na perceção da
obra;
Retomaram-se as linhas e os ângulos retos;
Preferiram-se as abóbadas de berço e de arestas em vez das de
cruzaria ogival;
A cúpula tornou-se um elemento dominante em quase todas as
Igrejas Renascentistas;
Utilizou-se o arco de volta perfeito.
A gramática decorativa greco-romana:
Empregaram-se as colunas e os entablamentos das ordens clássicas;
Retomaram-se os frontões triangulares;
Utilizaram-se grotescos.
Arquitetura civil:
No Renascimento foram construídas Igrejas, palácios e villae. Os
palácios tinham no seu interior um grande pátio central. Os villae eram
habitações para os nobres localizadas no campo e faziam-se rodear de
grandes jardins decorados fontes e estátuas.
A racionalidade no urbanismo:
Foi criado um urbanismo regular e racionalizado inspirado nas
utopias onde o bem, a virtude, a beleza e a justiça guiavam as relações
sociais, económicas, políticas e religiosas. Foram desenhados planos
urbanísticos retilíneos submetidos a regras de higiene, funcionalidade e
beleza, ruas amplas, praças publicas, etc…. Poucos destes projetos foram
realmente realizados.