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FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Relatório Final
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................2
2 OBJETIVOS...........................................................................................................................4
3 METODOLOGIA..................................................................................................................4
3.1 ERGONOMIAS CONTEMPORÂNEAS.........................................................................4
3.1.1 INTERVENÇÃO ERGONÔMICA................................................................................5
3.1.1.1 MACROERGONOMIA...............................................................................................6
3.1.1.1.1 ANTROPOTECNOLOGIA......................................................................................7
3.2 DOMÍNIOS DE ATUAÇÃO DA ERGONOMIA............................................................8
3.3 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) COMO
FERRAMENTA PARA SEGURANÇA DO
TRABALHO............................................................................................................................10
4 CONCLUSÃO......................................................................................................................13
REFERÊNCIAS......................................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
O início do estudo foi realizado com a formação teórica sobre o tema, começando por
uma pesquisa bibliográfica e exame posterior sobre o tema da pesquisa. Foram apresentados
alguns conceitos teóricos importantes sobre Ergonomia e Segurança do Trabalho. Verificou-
se a adequação desses conteúdos adquiridos ao tema e por último, foi aplicado esse conteúdo
na investigação.
dos resultados das pesquisas realizadas, quanto pela apresentação de soluções aos riscos
ergonômicos encontrados.
Por fim, a intervenção ergonômica concretiza-se com a Implementação Ergonômica,
fase final do processo na qual as pesquisas geradas implicam em mudanças práticas dentro
dos processos produtivos da empresa, de forma a gerar benefícios tanto para os colaboradores,
quanto para a organização, se bem executadas.
3.1.1.1 MACROERGONOMIA
Diante disso, de acordo com Brown Jr (1995) esse novo ambiente, propiciado por
constantes alterações, torna o ambiente trabalhista favorável para a aplicação de conceitos da
Ergonomia, entretanto, não de forma pontual ou localizada, como o que vinha sendo feito
pelas vertentes anteriores, mas sim, a partir de uma perspectiva mais abrangente, na qual
projetos ergonômicos fossem incorporados às crenças e valores próprios de cada organização.
Trata-se dos pilares da macroergonomia.
Sendo assim, o campo macroergonômico considera o levantamento das necessidades
tecnológicas da empresa, o design de uma estrutura organizacional, de forma que propicie
uma eficaz adaptação do colaborador, além de uma intervenção apropriada e a sua devida
implementação, como etapas fundamentais do processo. Dessa forma, ao final dessas etapas,
torna-se possível a verificação da efetividade organizacional, resultando em feedbacks tanto
para os ergonomistas envolvidos, quanto para as organizações que os solicitaram.
3. 1.1.1.1 ANTROPOTECNOLOGIA
uma maior flexibilização do processo contratual, visto que a mão de obra da maioria dos
países em que atuava não estava qualificada ou suficientemente adaptada para a utilização dos
equipamentos oriundos de outros países.
Dando continuidade aos estudos da antropotecnologia, Wisner (1985) publica
pesquisas relacionadas às falhas, parciais ou completas, referentes ao processo de
transferência de tecnologias. Tais fracassos eram assim descritos levando-se em consideração
o reduzido uso dos equipamentos, a produção de produtos de baixa qualidade, além de
diversos problemas técnicos com o maquinário e a promoção de acidentes.
Entre as principais origens desses problemas, destacam-se as diferentes posições
geográficas, com diferentes climas entre si, a qualidade abaixo da média dos serviços de
transporte, a dificuldade de obtenção de peças de reposição, a política de manutenção
inadequada e a formação insuficiente dos profissionais, bem como o conjunto de regras e
práticas características do mercado local e as diferentes formas de diálogo e interpretação
dentro e fora das corporações.
Baseado ainda nos estudos de Wisner (1985), a implementação de processos advindos
das transferências tecnológicas é, na maioria das vezes, incompleta ou ineficiente, uma vez
que, apesar de a importação ser feita, as características do local de destino sempre serão
diferentes, em algum aspecto, das características do local de partida, seja esse aspecto
relacionado à geografia, ao clima, à economia ou a fatores antropológicos. Dessa forma, um
domínio adequado sobre a tecnologia importada só pode ser alcançado através de
uma reconcepção a nível global da mesma, de forma que se leve em consideração as
particularidades do local que visa a sua implementação.
Com base nisso, percebe-se que a segurança do trabalho não é uma incumbência
exclusiva da indústria que opera com cargos de alta periculosidade. Toda instituição
precisa implementar medidas de segurança do trabalho, segundo seu domínio de atuação e
ameaças oferecidas.
Partindo dessa explanação, a análise ergonômica do trabalho é um dos relevantes
instrumentos usados em segurança do trabalho para garantir o bem-estar dos trabalhadores.
Segundo On Safety (2020) a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) consiste em um
grupo de normas que têm como propósito reconhecer falhas na relação do homem com sua
ferramenta de trabalho e repará-los, para que essa relação seja o menos nociva possível para o
bem-estar do empregado.
Dirigida pela Norma Regulamentadora – NR 17, a ergonomia no trabalho é um
conjunto de disciplinas que investigam a organização do ambiente de labor e as relações entre
o homem e as máquinas ou instrumentos, com a intenção de trazer conforto ao empregado.
Além disso, a norma estabelece parâmetros para adaptar o ambiente de labor às circunstâncias
psicofisiológicas do empregado, proporcionando conforto, autoestima e desempenho eficaz
(CARDOSO e MAZINI FILHO, 2016, apud ON SAFETY, 2020).
Logo, a AET fundamentalmente consiste num exame minucioso do ambiente,
ferramentas de trabalho e como sucedem os efeitos ou os vínculos que existem com os
cooperadores. É uma investigação que possibilita que sejam apontadas melhorias preventivas
e ações corretivas de circunstâncias que representam ameaças ocupacionais para o
trabalhador.
Com a AET são detectados e amenizados/eliminados os riscos ergonômicos,
potenciais causadores de doenças ocupacionais e do trabalho que podem afetar a saúde e vida
dos empregados. E, uma das fundamentais particularidades que o especialista da segurança do
trabalho deve aderir para dirigir uma AET é que a análise do trabalho seja executado em
campo (ON SAFETY, 2020).
No que tange ao seu funcionamento. Uma tarefa do trabalhador pode conter aspectos
como levantamento e transporte de cargas, esforço físico acentuado, exercícios com alta
procura cognitiva, movimentações repetitivas, postura inapropriada, ritmo de labor intenso,
entre outros. Isto se extende, desde exercícios mais simples até mais complexos, já que ambos
podem ocasionar cansaço e sobrecarga física.
A AET é um documento da segurança e saúde do trabalho (SST) que relata um exame
global e complementar que procura melhorar uma circunstância de labor. É feita pelo
ergonomista ou profissional competente. Esse documento precisa abarcar todas as
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informações essenciais para a descrição das tarefas envolvidas na análise e para a sugestão de
melhorias no posto analisado (MENDES e MACHADO, 2016 apud ON SAFETY, 2020).
Ainda, é preciso uma avaliação das situações biomecânicas do posto de trabalho,
estudo das tarefas executadas no posto de trabalho e a maneira de se trabalhar, tendo em conta
a carga perceptiva e os motivos da atividade como: normas de produção, modo operatório,
exigência de tempo, ritmo de trabalho e determinação do conteúdo das atividades, a existência
de fatores de dificuldade nos variados elementos do exercício.
É uma perspectiva do ambiente de labor que é dirigida a começar de uma demanda ou
obstáculo apontado pelo funcionário, especialistas do âmbito de SST ou qualquer outro
indivíduo que tenha uma percepção de risco no ambiente de trabalho. O procedimento é
iniciado com o exame da atividade operacional realizada em campo e as atividades envolvidas
no posto de trabalho, isto é, outros fatores ou perspectivas influenciam a atividade do
trabalhador.
Da mesma forma, devem ser avaliados os perigos psicossociais e os seus impactos
como a sobrecarga mental, estresse e outros problemas que podem ser despertados pelos
exercícios laborais (ON SAFETY, 2020).
Especificamente, AET determina no diagnóstico medidas para realizar as adequações
precisas no ambiente de labor. O propósito é garantir que o labor seja adequado às
peculiaridades psicofisiológicas dos trabalhadores, sendo isso efetivado por intermédio de
parâmetros que determinam segurança, conforto e o desempenho eficaz de suas funções.
No que trata das vantagens da AET em uma organização, se tem o compromisso dos
cooperadores e elevada produtividade. Há também a diminuição ou extinção de multas,
penalidades e sanção por ações trabalhistas e outros obstáculos associados à saúde
ocupacional.
Por fim, conforme On Safety (2020), os benefícios que a Análise Ergonômica do
Trabalho, proporciona também são, permanência dos trabalhadores por período maiores em
seu encargo, aprimorando os resultados e compensando os investimentos, melhoria do
contentamento interno, dentre outros.
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4 CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho foi realizar uma investigação sobre a ergonomia como uma
tecnologia de interfaces, buscando apresentar suas novas concepções assim como, suas esferas
de especialização e a relevância da análise ergonômica do trabalho (AET) como um
instrumento para a segurança do trabalho.
Com base nos dados coletados na presente investigação, é possível apontar algumas
considerações. A partir da análise de entender a ergonomia como uma tecnologia de
interfaces, pode-se concluir que a ergonomia tem seus diversos ramos que colaboram para o
bem-estar do trabalhador.
Com a análise, de descrever as ergonomias contemporâneas, pode-se rematar que a
intervenção ergonômica, parte de uma construção que possibilite as alterações demandadas,
de maneira a estabelecer os resultados de suas investigações dentro da conjuntura específica
de cada instituição, proporcionando as etapas do processo de intervenção benefícios tanto para
os cooperadores, quanto para a instituição.
A macroergonomia volta-se para a possibilidade no final das etapas, da constatação da
efetividade organizacional, resultando em feedbacks tanto para os ergonomistas envolvidos,
quanto para as organizações que os solicitaram. Com relação à antropotecnologia, conclui-se
que averigua a adequação dos funcionários frente à adoção de novas tecnologias pela
instituição.
Partindo dessa explanação, no que trata dos domínios de atuação da ergonomia, pode-
se concluir que a ergonomia física, colabora decisivamente para a resolução de muitos
problemas que se manifestam nos diferentes sistemas de trabalho, especialmente quando o
exercício laboral requer a utilização de vários equipamentos e materiais.
No âmbito da ergonomia cognitiva, finaliza-se que, os diferentes programas gerados
buscam adequar-se às carências humanas, para facilitar a atuação do indivíduo, posto que os
indivíduos procedam segundo esses pensamentos, raciocinando e tomando decisões em
relação ao que reputam mais apropriado às situações e ao momento em que vivem. Em
relação à ergonomia organizacional, conclui-se que o gerenciamento dos recursos humanos,
também precisa ser reputado com relação ao desempenho do especialista na organização, já
que esse desempenho é um determinante de sucesso da organização.
Por fim, no que se refere à relevância da análise ergonômica do trabalho (AET), como
ferramenta para a segurança do trabalho, desfecha-se que com a (AET) são identificados e
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