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ANNAES

DA

BIBLIOTHECA NACIONAL

XX)

RIO DE J ÂNEIRO

PUBLICADOS SOB A ADMINISTRAÇÃO


DO
DIRECTOR GERAL

RODOLFO GARCIA

Litterarum seu librorutn


negotium concludimus hominis
esse vitam.

(Philobiblion, Cap. XV).

1927

VOLUME XLIX

SUMMARIO: L — Historia de la Fvndacion d-el collegioi de la capi-

tania de Pernanbuco 5

II, — Antonio soldado, viajante e


Rodrigues, jesuíta
na America do Sul, no século XVI. 55
portuguez
III. — Livro de Denunciações do Santo Officio na Bahia. 75

IV. — Actas da Camara de Villa RXca. . 199


(1711-1715)
V. — Informação sobre alguns periodicos da Bibliotheca 393
VI.—Gonzagueana da Bibliotheca. Nacional .... 417

RIO DE JANEIRO

BIBLIOTHECA NACIONAL

1936
ANNAES

DA

Bibliotheca Nacional

DO

RIO DE
JANEIRO
ANNAES

DA

BIBLIOTHECA NACIONAL

TX>

RIO DE J^ISTEIRO

PUBLICADOS SOB A ABM1NISTRAÇAO


DO
DIRECTOR GERAL

RODOLFO GARCIA

Lideraram seu llbrorum


negiOtlum concladimus hominis
esse vitarn.
Cap. XV).
(Philobiblion,

1927

VOLUME XLIX

SUMMARIO: I, —Historia de la Fvndacion ciei collegio de la capi-

tania de Pernanbuco 5

II.—Antônio Rodrigues, soldado, viajante e jusuita


na America do Sul, no século XVI. 55
portuguez
III. — Livro de Denunciações do Santo Officio na Bahia. 75

IV.—Actas da Camara de Villa Rica. 199


(1711-1715)
V. — Informação sobre alguns periodicos da Bibliotheca 393

VI. — Gonzagueana da Bibliotheca Nacional .... 417

RIO DE JANEIRO

BIBLIOTHECA NACIONAL

1936
Historia de Ia Fvndacion

dei coliegio de la capitania

de Pernanbuco
Os Annaes da Bibliotheca Nacional, vol. XIX (1897),

75/144, estamparam a Historia dos Collegios do brasil,


ps.

conforme manuscripto á Bibliotheca Nacional de


pertencente

Roma.

Essa Historia comprehende a fundação dos Collegios

da Bahia de Todos os Santos e do Rio de e leva a nar-


Janeiro,

rativa dos successos de ambos, até o anno de 1574.

A Historia do Collegio de Pernambuco, talvez que


por

não existisse na Bibliotheca de Roma, não foi publicada. Saiu

mais tarde na Coleção de Manuscritos da Biblioteca Muni=

cipal do Porto, vcl. VI com uma introducção de Lúcio


(1923), J.

de Azevêdo.

O manuscripto utilisado Bibliotheca portuense


pela

encontrava-se em máu estado de cortservação, de modo que


muitas algumas vezes linhas completas, não
palavras, pude-
ram ser decifradas e foram na substituídas
publicação por pon-

tos. Mercê da bôa vontade e gentileza do erudito his-


grande
toriador Rev. Padre Dr. Serafim Leite, S. I., um
portuguez,

exemplar dessa edição foi confrontado com o manuscripto

completo e bem conservado do Archivo da Companhia de

S. I. Roman., Brasília 12, ff. 60/76 v,). Afora


Jesus (Archiv.
umas tantas divergências de orthographia, não vale-
que
ram a pena modificar, todas as omissões e
preencheram-se
corrigiram-se todos os erros de leitura, alguns existen-
graves,
tes na do Porto.
publicação
Reeditanto a Historia do Collegio de Pernambuco,

assim revista e concertada, como complemento á dos outros

collegios, sobre a qual avança mais dois annos, termina


pois
em Outubro de 1876, os Annaes da Bibliotheca Nacional
pre-
tendem bom serviço ás letras
prestar patrias.
Da autoria do infra assignado são as ligeiras notas

ampliativas ou explicativas do texto, vão appostas ao final


que
dos capítulos.

RODOLFO GARCIA
CAPITVLO PRIMERO

De los primeros padres que fueron

a Perrmnbuco

En el ano de M.D.XL.IX. embio nuestro Igna-


padre
cio de buena memória al Brasil al manuel de nobrega
padre

primer provinçial dei Brasil con los Antonio


padres peres y
leonardo nunes Alpiscueta nabaro dos hermanos Vi-
y Ju° y

çente rodrigues Diego los despues de se


y Jacome (1) quales
aver ocupado en la Baía espacio de dos anos en la ccnversion
por
de la i en el bien spiritual de los ay
gentilidad portugueses que
residian como costa de la historia de la fundacion de la baya

como el deseo de manifestar la sancta fé Por todas Ias


partes
era en ellos tan tanbiem el de dar reme-
grande procuro padre
dio a Ias Otras Capitanias no estaban menos necesitadas
que

que la Baya i assí fue con el Antonio en el ano de


padre peres
mil cinqüenta uno siendo
y quinientos y y para pernanBuco (2)
Governador dei Brasil thome de sosa Capitan
y y governador
de aquella Capitania Duarte cuello fueron todos muy bien re-

çevidos y luego comemenzaron de dar remedio a Ias almas de

los blancos con sermones confesiones exercitando los mas


y y
ministérios de la conpania Avia mucha amancebada con
gente
Ias esclabas indias los serviam. Por médio de
próprias y que (3)
los padres muchos destos se casaron con ellas mesmas se
para
apartar dei otros Ias dejaban otros avia mas duros de
pecado
corazon en hazia la de Dios
quien poca ynpresion palabra
Tambien inpedian los muchos robos saltos se hazian en
y que
los como ninguno de los sabia la lengma dei
gentiles y padres
Brasil no tan de occuparse en la conbersion
podian proposito
de la era mucha mas Mucha deli-
gentilidad por que pusieron

gencia para los ayudar fue desta manera Auia


por ynterprete y
alli una muger honrada Virtuosa casada nonbre maria de
por
la rosa, despues fue religiosa de la horden de s. fra-
(la qual
10

esta era lengua servia al de interprete


cisco) grande y padre

en Ias confesiones en alguna neçesidad pera ense-


platicas y y

nar a los esclabos ella Ias cosas de su salbacion.(4)


y yndios por

Por esta via se Dio remedio a muchas almas con el baptismo y

noticia de nuestra santa fé Una de la tiera


confesiones y y yndia

servia de ayuntar A todos los esclabos su deboçion


y yndios por

el les ensenase la dctrina la ensenaban los


para qu padre qual

todos los dias en este ministério el padre


padres perseverando
la Baya lohizo
algun tienpo fue necesaiio dar la buelta a (5) y asi

dexando alli al Antonio Perez cuya Virtud sanctidad


padre y

era muy conocida de todos el fue conseruando lo qu el nadre


y

nobrega avia comenzado este efecto el Governador


y para

Duarte cuello le dio una hermita de Nuestra sencra de gracia (6)

edificado con deseos de traer alli Religiosos de la


ou el avia

horden de St. agustin estaba situada en un monte alto donde

agora esta edificado el colégio El Antonio como era


pe. perez

honbre de muchas fuerzas riara mucho trabajo nunca esta-


y

ba ocioso el tienpo le sobraba de los ministérios spiritua-


y que

les tomava allanar aquel monte ansSi lo allano cavando


pera y

el mismo en con algunas lo ayudaban y


persona personas que

de la hermita hizo el mismo unas caSas de tapia en que


Junto

se recogio deseava mucho ser honbre de mucha


por que por

Oracion afficionado A tienpo con honbres secu-


y poco gastar

lares tener Este recogimiento religioso estando alli le enco-

mendo el obispo dei Brasil Don pero fernandez que


primer

visitase el aquella Capitania(7) lo el hizo con mucha pru-


por qual

dencia dando Remedio a muchas almas enbio la besita que


y

avia hecho a el obispo de lo el quedo muy sactisfecho y


qual

agradecido a el despues de aver estado ay algunos


padre y

anos se vino la Baya por ordem de la obedencia sin que-


para (8)

dar alia ninguno de la conpania solamente Un honbre virtuoso

devoto la v la casa. Este fue el


y quedava guardando yglesia

de la Residencia de pernanBuco
principio

NOTAS

— Essa leva de Jesuitas veio em companhia do pri-


(1) primeira
meiro do Brasil, Thomé de Sousa, que partiu de Lisboa a
governador geral
1 de Fevereiro de 1549, e chegou á Bahia a 29 de Março, com oito semanas

de viagem, Manuel da Nobrega, Cartas do Brasil, 71, Rio, 1931.


11

Ántonio Pires aos Irmãos da Compa-


(2) Na carta do Padre
"...
de 1551, lê-se: desta Capitania de Pernambuco,
nhia, de 2 de Agosto

o Padre Nobrega e eu somos chegados ,


onde haverá poucos dias que
Afranio Peixoto). Adiante
Cartas avulsas, 75. Rio, 1931, (annotadas por
"O.Padre dias ou
escreve Antonio Pires: Nobrega e eu partimos, haverá 15

onde ha 6 ou 7 dias que somos che-


21), esta Capitania de Pernambuco,
para
dados fixar-se a primeira entrada
ibidem, 82. Com esses pôde
gados",
27 e 28 Julho de 1551. Conf. No-
dos Jesuitas em Pernambuco, entre de

brega, Cartas do Brasil, citadas, 113.


têm mais officio de
(3) "Os clérigos desta terra [Pernambuco],

além de seu máu exemplo e costumes,


demonios que de clérigos: porque,
Christo, e dizem aos ho-
contrariar a doutrina de publicamente
querem
estar em com suas negras, [as indias], pois
mens que íhes è licito peccado
'Cartas do Bra9Ü, citadas, 116. Os
que são suas iescravas...Nobrega,

indias de ha muito tempo de tinham filhos e tinham


mais aqui tinham que
"Os
ibidem, 119. ¦— estão
infamia casarem com ellas"... que
por grande
escravas, fazemos casem com ellas, e,
amancebados com suas mesmas que

novo, os seus senhores hão medo que casando lhes fiquem


por ser costume

forras", ibidem, 121.

Rosa era mulher do capitão Pedro Leitão. Delia diz


(4) — Maria

Pires, em sua carta de Pernambuco, de 5 de Junho de 1552:


oPadre Antonio
— ' Depois lhes digo missa, á tarde, ensino-lhes doutrina, e ás vezes
que
interprete é uma mulher casada, das mais honradas da terra
lhes prégo. O

das mais^ricas, e não vos espantais, Irmãos, em vos dizer as condições por
e

tal andar bebeda daquelle mosto de que os Apostolos se


que em ser parece
embebedaram, faz o muitos homens linguas se não atreveram fa-
pois que

zer mortificação nisso sentiam... Com essa mulher confesso algu-


pela que

mas índias cristãs, e creio é melhor confesssora que eu, porque é mui
que
muito a Nosso Senhor" — Cartas avulsas, 124.
virtuosa. Encommendae-a

Seu marido, cerca de 1560, foi nomeado mamposteiro dos captivos

na Capitania de Itamaracá, Varnhagen, Historia Geral do Brasil, I, 189, 4*

edição.

Enviuvando, Maria Rosa tomou o habito de irmã terceira da Ordem

de São Francisco, á qual doou em vida muitos bens, e foi a fundadora do

Recolhimento da Conceição em Olinda, Fr. Antonio de Santa Maria Ja-

boatão, Novo Orbe Serafico Brasilico, II, 135, 386, Rio, 1858.

— A confissão da da terra meio de interprete estava


gente por
admittida desde o principio da catechese jesuitica; mas, com a chegada do

bispo D. Pedro Fernandes Sardinha, se moveram algumas duvidas, que o

Padre Nobrega communicou ao Padre-mestre Simão, em carta da Bahia, de

1552, para que as puzesse em disputa entre os letrados, Cartas do Brasil,

141-142 — Como a continuasse, é de suppor o voto dos letra-


pratica que
dos lhe fosse favoravel.

(5) — Nobrega saiu de Pernambuco em Janeiro de 1552, — in-

forma Antonio Pires, em carta de 5 de Junho daquelle anno, Cartas avulsas,

122; chegou á Bahia no começo da quaresma, diz o Padre Francisco Pires,

ibidem, 127; em Março,—escreve o Padre Antonio Franco, Vida do Padre

Manuel da Nobrega, in Cartas do Brasil, 38.


12

"Fundando
(6) — os Padres da Companhia na Cidade de Olinda

seu Collegio, lhe deram em huma antiga Ermida de Nossa Se-


o principio

nhora com o titulo da Graça; que se entende ser fundada no tempo, em

seus fundadores começarão a a Cidade, os quaes a dedicarão á


que povoar

Mãy de Deos, ella lhes alcançasse a graça de seu soberano Filho,


para que
sem a nada nem vay adiante. E assim tiverão aquelles Pa-
qual persevera,
dres bom annuricio este favor, que a cidade lhes fazia; porque só com
por
a assistência da Senhora da Graça poderião segurar naquella Cidade a sua

muitos favores". — Fr. Agostinho de Santa Maria,


persistência, e também

Santuario Mariano, IX, 319.


"O
(7)— Bispo determina occupar-nos na visitação das Capita-

nias, e agora neste navio encarrega ao Padre Antônio Pires, que está em Per-

nambuco, até elle ir visitar; e considerando eu a obediencia que lhe devo

ter, e não nos occupar mais que inquerir e admoestar, a não julgar nin-

guem nem tomar conhecimento de coisas, e a falta disso ha de homens, e

assim esta primeira vez ha de ser tudo por amor, me determino faze-lo por

me parecer muito serviço de Deus Nosso Senhor; se Vossa Reverendissi-

ma lhe não parecer bem, escreva-lhe que no-lo mande; porque diz que
Vossa Reverendissima lhe disse nós o ajudaríamos nisto". — Carta de
que
Nobrega para o Padre Provincial de Portugal, de 1552, Cartas do Brasil ci-

tadas, 129.
"...
(8) — Em 1555 Antonio Pires já estava na Bahia. Um dia

destes fez as pazes do Bispo e do Governador, e seu filho, que estavam mui-

to differentes e eram cabeças de partido e occasião de muitos odios e tu-

muitos; e conseguiu que se visitassem e que o filho do Governador fosse pe-


dir perdão ao Bispo, o que foi não pequena cousa, pois o jovem fazia disso

de honra". ¦— Carta do Padre Ambrosio Pires, de 15 de Junho


questão
de 1555, Cartas avulsas, 142-143.
CAPITVLO SEGUNDO

De los Padres fueron a continuar la


Que

residençia De pernamBuco

Despues el Manuel de nobrega Vino de Per-


qu padre
nambuco fue san Vicente hordeno nuestro Maes-
para y padre
tro Laynez de buena memória el luis de
qu padre grãa tuviese

el cargo deesta fue esto en el ano de 1560 deseando


provinCia y
el pe. que no se el buen estava dado em
perdiese principio que
PernanBuco enuio ella a el Gonzalo de olivera lengua
para pe.
con otro uno dellos acudiese a los
padre (1) para que yndios que
eram muchos otro a los blancos ansi exercitaron los ministe-
y y
rios de la compania con Vnos con otros con mucho fructo
y el pe.
Gonzalez de Olibera hazia la doctrina a los esclabos dos beçes al

dia por la manana se hasta seis cientos la de la noche


juntavan
era los esclabos estos con algunos
para pescadores otros serian

obra de cientos en este tienpo se


quatro procuro de ayuntar una
aldea de indios trez léguas de Pernanbuco dondel Gonzalo de
pe.
Olivera les hacia la doctrina todos los dias tenia el cuidado de
y
ellos se acostunbra tener en Ias aldeas mas
que no se atrevia a
Batizallos no estar siguros .y temer fuesen
por que se sus
para
parientes gentiles solamente se baptizó una crianza se fue
que
luego el cielo. Edificose en esta aldeia
para una de S.
yglesia
Francisco visitava tanbien muchas Haziendas Comarcanas
y
hazia en ellas mucho fructo confesando i Baptisando los escla-
bos el otro asi en la Villa como en
pe. predícaba Ias otras
po-
blaciones los domingos fiestas. A muchas almas
y se dio reme-
dio avia alli un honfcre amancebado muchos
poderoso anos avia

y por médio de los dexo ia manceba se caso. Las


padres y con-
fesiones oyan eran muchas muy
que y continuas casi
por que
todos se cõfesavan con los nuestros Acrecentaron tanbien Ias
casas que estaban conmenzadas hizieron
y quatro cubículos
terreros estarian obra de dos anos
y médio occupados en estos
ministérios hasta horden de
que por la obidenzia tornarom

para la Baya.
14

de mel o
fue enbiado el pe. Ju
el afio de 1562,
En
hallaron la
otro lengua (2.)
de aquella casa con padre
cor superior
ella entre el Gobernador• y
bandos en
üeRa muy rrebuelta y
médio de los p
de la tiera mas por
(3)
la demas gente principal
sermones confe-
con les y
tienpo se conçertaron
dresen breve
crecimento susten
dei en
la deboçion pueblo
siones dei pe. yva
en este tienpo
de eran bien proueidos
tavanse de limosnas que
senora de gr
tienen de nuestra
la agora
se hizo yglesia que
Hizieronse much
mas bien acavada
cal es pequena
de piedra y
remedio a muchas
discordes diose
entre y
amistades personas
manera se conserb
de índios desta
assi de blancos como
almas la
orden de
ano de 1567 En que por
hasta el
^uellaresidência
collegio sin dexar
de-mello a este
torno elpadre Juan
obedençia
muy
de lo el pueblo quedo
aquella capitania que
nin^uno en
de
de 1568 torno el pe. ygnacio
en el ano
sentido Hasta que
baia despues de
collegio de la
memória al
azevedo
'aver de sancta
el ir ei
de abajo no pudiendo
Ias capitanias y
visitado
como deseava
de Pernanbuco
a visitar a la CaPitania
persona su v
General de
ir a dar cuenta al padre
por se aparejar para
aver sido eclecto
hordenado tanbien por
como el le avia y
sita
la congregado
ir a Roma en pnmera
por procurador para
dei dixo a o
baya el mes de junio
se hizo en la
provincial que
con algmio»
el luis de la grana provincial
ordeno fuese pe.
que ia
alli estava
conservar la residencia que
de la ccmpania para
e" el ™
esta caPitanl;*
anssi vinieron para
comenzada y
Rodrigo de fretas ((4'
)
luis de la el pe.
Túlio de 68 el grana y
padre
de aver es-
otros dos despues
Gonzales con
V el padre Amaro
confesa
occupado en prtoy
el luis de la grana
tado alli pe.
esdaBos se torno
como los índios y
asi los blancos
consolando
al Ko
dexando superior padre
de la Baia por
rtara El Colégio
z
el Amaro gonza
Entonces comenzo padre
drigo de freitas
escrevir a los
a a leer y
mucho fructo y ensenar
a con
predicar
ignacio dazebedo pe
dei Reino el pe.
despues envio
nifios
luego el J
padre
hermano martmez y
Alonso eonzalez y al Juan
de los -nos el pa-
de la clase y
^Jonzalez se encargo
Alonso
ia ™ e
leer una clase de
comèso a
dre amaro Gonzalez
era Kl ^^
fructo que
era maior asi
numero de los nuestros
Dolirlda como de.tamaraca
assi en esta Villa
ha^a mas grande
a Ias necessi-
acudiendo sienpre
los yngenios
y garuçu y por
tienpo era mucha.
en aquel
dades de la Esclaveria que
el padre
1571 siendo Vice-provmçial
EN El afio de
Obispo don Pedro
memória el
de buena yendo
Antonio perez
15

fue el padre luis de lagra-


leitaon a Visitar aquella Capitania (5)

de la obediencia a visitar losnues-


na en su conpania horden
por

muchcs dias Vna grande persecucion


tros que avia que padecion

sacerdote nonbre Antonio de


Leuanto esta tenpestad Un por

de nuestra conpania este sin


algun tienpo fue (6.)
goVea que
el Amaro Gonzalez
ningun temor de Dios publicaba qu padre

tal lo acusava sobre esso se hiçieron


heregias y por y
predicaba
reino era tan manoso da-
fueron al y que
grandes procesos que
lo mísmo assi favorecido
ba a entender a la gente principal y

de la Capitania higo de dona


de duarte Cuello Gouernador

deesta Capitania muy


beatriz muger de lo governador
primero

lo faboresia el cunado dei Gobernador por


virtuosa tanbien
y
mora casi todos eran contra los
nonbre don de y
geronimo
se apartaban de ellos Mas nuestro
los muy amigos ya
paDres y
savia su inoçençia de ay a dias
senor los defendia ccmo poços
y
el fabor dei Obispo la
manifesto esto aiudó mucho y
se para
El obispo mando la
ida dei luiz de la grana prender por
padre
delictos se le pro-
sancta al clérigo por graves que
ynquisiçion
luis de la declaro al
varon enbiolo al Reino el padre grana
y (7)

avia era verdad ansi


como lo el padre predicado y
pueblo que
le avian con mucho
libre de la infamia que puesto y
quedo
tenia duro este trabajo dos anos
maior'credicto de lo antes
que
alguna causa dei en la ora de
Vna noble aber sido
persona por

buena sactisfacion enbio a llamar al padre y


su muerte dio
delante de todos los
dei mal le avia hecho y
pediole perdon que

lloro tantas lagrimas con clolor y sentimiento que


presentes
a aunque en la vida a
mojo el almohada con ellas y perseguio

se aiudó muehos de ellos Otro caso


los nuestros en la muerte

de mucha edificacion un hidalgo


acontecio en el mesmo tienpo

falsas tenia de
honrado daquella tierra con ynformaciones que

a Un hijo suio bastardo con


su muger determino de mataria y

ella de noche acogiose los


la culpaban sabido esto por por
que
nuestra casa estubo algunos meses en
matos vinose para y
y
escuela estaba fuera de la
la casa donde los ninos tenian que

madre aconpanada aguardando cada


Con su padre y y
porteria
los dei marido Atisar mucho
dia la muerte por parientes
por
El hijo no se acoger tan depriesa qu el padre
este negocio pudo

a Ias manos amarrandolo lo enterro


no lo uviese primero y

nuestro senor fue serVido no muriese


tres beses bivo mas que

hobispo el Luis de la mano muy


metiendo El y padre grana
y
negocio mostrando la inoçençia de anbos
de en este y
proposito
16

rnucha díficultad tornase a lie-


alcanzaron que Con que
puesto

muger a casa el hijo se fue el reino y quedaron


bar la y para

adelante entranbos se confesaron con


muy bien casados dai
y

a se torno el Luis de la grana para


los nuestros y dai poco padre

colégio de la baya en conpania dei Obispo.


el

NOTAS

"Ao o Padre Gonçalo de Oliveira, o


presente residimos
(1)
de Pernambuco. A causa de nossa vinda
Fadre Ditio e eu nesta Capitania

a Senhora D. Beatriz, Governadora desta Capi-


a esla terra foi escreverem
estando nós ainda lá, e com muita
tania e o mais povo ao Reino, pedirem

e doutrina, da careciam havia dias,


instancia que para sua consolação qual
e o Padre Luis da Grã deter-
lhe mandassem alguns da Companhia, por que

a esta, com mais instancia o pedia, e por


minou de prover primeiro pois
de casa e egreja nella haverem algum
já havia nella principio por
que
Antonio Pires". —
residido o Padre Nobrega e em especial o padre
tempo
de 6 de Abril de 1561, Cartas avulsas, 281-
Carta do Padre Ruy Pereira,

14 de Outubro de 1560, á tarde, e com tor-


282. Os sairam a
padres
de^l6®l. — O
viagem só chegaram a Pernambuco a 19 de Janeiro
míentosa
foi a Pernambuco, como viéra do Reino á Bahia,
Padre João Ditio
attingida de doença antiga, de que não
em busca .'e melhoras á sua S3úde,
ibidem, 257. —
sarar, desenganado do medico, diz Ruy Pereira,
devia já
De Pernambuco, voltou ao Reino sem as melhoras procuradas.

Com o Padre João de Mello veio o Padre Antonio de Sá, em


(2)

Setembro de 1562, Cartas avulsas, 380-381.

o seguLdo donatario Duarte Coelho de Albuquerque,


(3) Entre
de Albuquerque e Felippe Cavalcanti, genro deste, havia
seu tio Jeronymo
se não acalmaram com a intervenção do Bispo,
graves dissenções, que
Foi o Padre João de Mello que conseguiu
e de outras pessoas principaes.
e fossem amigos, embora entre Duarte Coelho e Felippe
que se falassem

a amizade não estivesse assentada inteiramente, na data


Cavalcanti ainda

Padre Antonio de Sá escrevia aos Padres e Irmãos de Portugal, is-


em que o

to é, a 8 de Setembro de 1563; mas o Padre tinha


posto esses negocios em

cedo tudo se acalmaria. — Conf. Cartas avul•


bons termos, e esperava que

sas, 401.

o Rodrigo de FHeitas estava em Pernambuco desde


(4) — padre
1568; em fins de 1573 foi a Bahia com o Dr. Antonio de Salema e dahi
para

seguiu Lisboa, levando em sua companhia o indio Ambrosio Pires


para
Rodrigues, como se lê na Narrativa epistolar, de Fernão Cardim, ps. 16,
(não
da edição Varnhagen e reedições posteriores, exceptuada a dos Tratados da

Terra e Gente do Brasil, ps. 292, Rio, 1925). Voltou ao Brasil cora o visi-

tador Christovão de Gouvêa e Fernão Cardim, em 1583.


ti

Conf. Historia dos Collegios do Brasil, in Annaes da Bi-


(5) —
Nacional, XIX, 86. — Um irmão do Bispo, Gonçalo Mendes Leitão,
blioteca

casou em Pernambuco com uma filha de Jeronymo de Albuquerque, Fr. Vi-

Historia do Brasil, 200, 3a ed. — Chamava-se D. Anto-


cente do Salvador,

nia de Albuquerque, era filha da Arcoverde, e ainda vivia em 1593, quando

assignou uma escriptura, feita a 24 de Abril, da qual consta que já era

viuva. — Esse Gonçalo Leitão foi o que fez a primeira capella de Santo

s«u irmão a sagrára. — Conf. Bor-


Antonio de Paratibe, e diz a tradição que

da Fonseca, Nobiliarchia Pernambucana, in Annaes da Bibliotheca Na-


ges
cional, XLVIII, 356 e 405.

(6) — O caso do Padre do Ouro è por demais conhecido. Veja a

nota ádditiva a Fernão Cadim, Tratados da Terra e Gente do Brasil, 276-

277, onde se resume a bibliographia a respeito.

(7) — Preso na rua Nova de Olinda, nas pousadas de Anrique

Affonso, juiz ordinário, a 25 de Abril de 1571, foi internado a 10 de Se-

tembro no cárcere de Lisboa, aonde em 30 de dezembro de 1575 pedia em

audiência aos membros do Tribunal o quizessem despachar ou lhe dar cul-

contra elle tivessem, se defender e livrar dellas. — Conf.


pas que para

Capistrano de Abreu, Um visitador do Santo Officio, 4, Rio, 1922.


CAPITVLO TERCERO

sucedieron En esta Capitania


De Ias cosas de edificacion que

en el ano de 1572

abril a 23 orde de nues-


En este ano en El mes de por

de borja bino a la baya El ygna-


tro francisco padre
pe. general
con algunos ^er-
dei brasil padres y
cio tholosa por provincial
En el finde de
vino a visitar a los desta capitania Junio
manos(l)
la al Antomo
consigo al Luis de grana y padre
72 traiendo pe.
tuvieron muchos en
lengua con dos hermanos pehgros
daranda
los libro todos asi de casa
de los nuestro sr. (2)
el camino quales
su venida en mas
fuera se alegraron mucho con y poco
como de
se ocupo sienpre en predi-
meses alli el
de dos questuvo padre
hazer Ias dotrinas a la
la manana en
car los domingos por y
se bien en Ias
mucho fructo dei el qual pareçio
tarde con pueblo
aviendo seis todos
estonçes hubo por que padres
confesiones que
asi la
hazer dieronse muchas limosnas y gruesas para
tenian que
vivian Io»
como nuestra casa los anos pasados
misericórdia para
de la renta e
desta capitania de limosnas y parte
padres parte
entonçes que
de la Baya Hordeno el padre proVincial
colleGio

limosnas aunque fuese menester pedirlas


viviesen solamente de

Ias Continuamente enviavan


hostiatim mas eran tantas que
bez el luis de la
hiendo Una padre
no era menester pedirlas y
que
mortificaçion necesidad
a limosna mas por que por
grana pedir
-
decian tenian la eu
casa vien todos quellos
vino para proueido y
vino dei Reyno Una
Ias este ano
de andar el padre por puertas
pa
debota dio de limosna que
lanpara de Vna persona
plata que
mucho cuidado en
mil maravedis En casa avia
baldra treinta
superior Como los demas
de Ias regias todos assi el
la guarda y
con mucho aprovechamento
se recogieron a tomar exerciçios
Un man-
se hizieron de mucha ynportançía
alGunas amistades
mas
honbre honrrado de los principales y
cebo hijo de un y

de otro honbre honrrado y


desta villa deshonro una hija
rricos
20

dar Una bofetada a una cu-


aliende desto mando publicamte.

mosa Un dia de fiesta saliendo de la yglesia y por


nada de la

dixo temiam se muertes de hon-


alGunas cosas le avian
que
muchos ser agraviada con
bres tener la mosa parientes y
por
El mancebo no en ninguna
dos tan ynjurias y querer
grandes
con Ella metieron mano en esto los padres y
manera Casar se

de la bofetada el casamiento se acabo para


alcansose perdon y

El doctor Antonio Zalema en esto


lo ayudo mucho que
qual
ay de alzada y desta
entrevino El estaba por presidente (3)
qual
tantos males Al dotubro torno
manera se atajaron principio

El Luis de la El hermano
el con padre grana y
padre provincial
de la Baya siete en
Diego nunes El colégio (4) y quedaron
para
trez hermanos El Amaro
esta capitania quatro padres y padre

superior el Rodrigo de freitas por pro-


gonzalez por y padre
como el numero era maior assi
curador dei brasil y
general
hazia en Ias almas con los sermones y
lo era el fructo que se

anssi en esta billa como en Ias Comarcanas y


confessipnes

se acudia a Ias necessidades de los


Ias haciendas tanbien
por y
los hermanos a hazer Ias camas a
dei ospital yendo
presos y

los pobres.

'notas

Foram os Padres: Christovão Ferrão. Antonio Ferreira,


d)

ou Melchior Cordeiro e Martim ou Martinho da


Gonçalo Leitão, Belchior

Annalium Societatis Jesu in Lusitania, de Anto-


Bocha, segundo a Synopsis

Foram os Irmãos: Manuel de Castro, Domingos Ferreira, Pe-


nio Franco.

Novaes, Bastião Gonçalves, Antonio da Cruz e Augusto de Mattos,


dro

vieram da ilha da Madeira, de Lisboa, para serem recebi-


que parte parte

dos no Brasil, Historia dos Coliegios, in Annaes citados, 93.

No do mez de Julho partiu o Padre Provincial


(2) — principio

Ignacio de Tolosa Pernambuco, levando por companheiro o Padre


para
Luis da Grã e o Padre Antonio de Aranda, lingua, e os Irmãos Antonio

Velloso e Manuel Pires, Historia dos Coliegios, in Annaes citados, 96.

0 Dr. Antonio de Salema veiu a Pernambuco a syndicar


(3) —

sobre alguns casos, entre os quaes é estivesse o do Padre do Ouro,


provável
supra aliudido, Capistrano de Abreu, nota a Varnhagen, Historia .Geral, I,
21

454, 4a edição. Ahi se demorou até fins de 1573, quando embarcou para

o Padre Rodrigo de Freitas, infra, Capitulo quinto, nota 3, e


a Bahia com

Bahia o Rio de Janeiro, a assumir o da divisão do sul.


da para governo
— Chegaram á Bahia a 9 de Outubro o Padre Provincial, os
(4)

Padres Luiz da Grã, Pedro da Costa, Antonio da Rocha, Vicente Rodrigues

e noviços, Historia dos Collegios, in Annaes, 99.


quatro
CAPITVLO QUARTO

De Ias Cosas de edificaçion succedieron en esta capitania


que

en el ano de 1573

En este ano Residieron En esta casa quatro padres

los mas hermanos huvo muchas confesiones comuniones los


y y

dias de los algunas de ellas de veínte treyta


gubileos generales

cincuenta anos en Ias se dio remedio a mu-


quarenta quales

chas almas estaban confesose tanbien mucha Jen-


que perdidas

te dei mar de diversas vinieron esta capitania


que partes para

estar hordenado no se diese despacho a ninguno para


por que

dei puerto sin estar confesado. (1)


partir

Un honbre aviendose ia confesado con dos confeso-

res mas como eran dandoles cuenta de su concien-


ygnorantes

cia ninguno caso le hisieron de una obligacion que tenia Gran-

de de rrestituição. acerto este de se confesar a uno de los nues-

tros dando le cuenta dei caso dio le el a entender la


y padre

obligacion en estaba como no restituiendo su alma


que y perdia

El determinado a lo hazer despues dezia a este padre


quedo y

debo bien tenGo otro onbre avia tenia fama de on-


quanto que

senero no con escandalo dei médio de los


poco pueblo y*por

nuestros se dio remedio a su alma enbio un escrito todas


y por

Ias los curas diciendo que todos los


parroquias que publicasen

dei estuviesen agraviados fuesen a hablar con los


que padres

de la conpania el Restituiria lo ellos mandasen Este


y que que

ano murieron ahorcados siete esclabos de ginea


por Justicia

andar alevantados salteando a muchos fueron los nues-


por y

tros a aconpanarlos a a bien inorir a Un que por


y yudarlos y

falta de interprete fueron muy dificultosas sus confesiones

todavia tanta deligencia a los fueron Con-


pusieron padres que

fesados mostraron tanto dolor arepentimiento De sus Pe-


y y

cados a todos los hisieron admiracion movieron


que presentes y

a compasioÕ viendo Ias lagrimas derramaban y porque


que
24

donde avian cometido el delicto fueron los


avian de padecer

dos léguas con calor aconpanandolos y


padres grandíssimo

de avian de ser ahorcados mas adelante dieron-


dos ellos
porque

les una imagen llebasen adelante de si y quando querian


que

al uno enbio la imagen al otro estaba apartado dei


ahorcar que

se encomendase mucho en aquella lo


diciendole que ymagen

causo mucha consolacion edificacion a todos. Al


qual y prin-

de Ias ferias se la lista de Ias mortificaciones y el


çipio puso

superior fue el fue a la cocina cada uno pedia


primero que y

Ias mortificaziones mas le ayudar su prouecho


que podian para

spiritual Dia de la de nuestra senora se dio prin-


purificacion

a los Estúdios con tanto aparato concierto dijo el


cipio y que

doctor Antonio Zalema se hallo En una uni-


que presente que

no se Podia hazer mejor huvo se Una oracion en loor


bersidad

de Ias cienzas i Un dialogo enigmas hizo el padre


prêmios y y

superior la de la fé auer de ser el maestro conforme


profision por

al conçilio tridentino edifico mucho a la ser cosa


y gente por

nunca auian uisto. Hallo se toda la gente prin-


que presente

cipal de la uilla de Ias haziendas comarcanas despues que


y

hordeno el uiuiesen de limosnas eran tan-


padre provinçial que

tas Ias se dauan mejor tenian al-


que que pasauan que quando

rrenta dei colégio e Dieron Vn ornamento


guna y prouision

la muy bueno otro dio cien crusados otro cin-


para yglesia y

otras limosnas semejantes


quenta y

En la esclaueria se hizo con Ias do-


grande prouecho

trinas confesiones. Todos los domingos dias sanctos aca-


y y

bando de comer tienen dotrina despues dan muchos para


y que

confesar fueron tanBien Por algunos ingenios a Exercitar los

ministérios de la compania donde confesaban a unos Batisa-


y

ban a otros no aeuardaban sino por Esta medicina


que ffareze

Un una líazienda acaso al senor


pasando padre por pregunto

si tenia algun esclabo enfermo diciendo si entro el padre


y que

a confesarlo luego dio el alma a su criador En el mes de outu-


y

bre Vinieron esta casa dei collegio de la baya El hermano


para
manuel de castro leer la clase de latin con El hermano
(2) para

Gonzalez lengua ensenar a los yndios pasa-


panchtaleon para

ron en el camino trabajos por tener uiento Con-


grandes porque

trario no la náo llegar ansi les falto el agua El mas


pudo y y

mantenimiento era les forçado El comer comian cosello en


que

agua salGada espacio de hocho dias no beuia cada uno


y por

mas agua de Io caber En Vna cascara de hueuo y


que podian

era tan Corructa solo la neçesidad le dava algun sabor.


que
25

adelante Salieron^ en tierra que-


Viendo no podian pasar
que
la náo mas era tiera donde auia
solos los marineros En
dando
misnja auian comido los
muchos contrários. En aquella parte
dio alli a la costa con
índios al obispo dei brasil quando
primer
de la Baya en tiera tuuieron grandes pe-
mucha puestos
gente
léguas de fue-
ligros salieron obra de cuarenta pernambuco y

Rios a nado
ron todo este camino a pie pasando grandisimos

no auia mas un punado


lleuauan tan harina que que
y poca
falto ansi comían de Ias fructas
cada uno aUn esta les y
para y
a comer Una manera.
hallaban los montes acertaron
que por
dolor destomago si
hierba luego les dio tan grande que
de y
todos murieron los
naturaleza no se ayudara Con bomitos
la
serian hasta sesenta y algu-
Rios en este tienpo
que pasarian
Un dia en o a nado o en
nos tan estaban pasarlos
grandes que
ciertos atandolos Unos
se hazen ajuntandò paios
Jangadas que
delantQ de si muchas vezes andar
con otros ansi eguales Veian

en breue tienpo suelen


los Tuberones y otros peçes grandes que

el hermano Manuel de Castro


despedasar Un honbre pasando
desmayo de la mucha
Uno destos rios a nado le dio tan grande

acabar alli fuele neçesario


fllaqueza traia que penso y
que
llebaba sobre la cabesa ansi
dexar Un de su hato que y
poco
muchas bezes huesos de honbres
escapo los caminos beyan
por
Alli cerca Índios de los que
calaveres era senal estar
y que
descalzos llebaban los
comiam carne humana como yuan
y
los calores eran ellos
hechos Una llaga como grandes y
pies y
todos asados dei sol en todos estes
casí desnudos yVan
yban
Sr. alegria consolaçion
trabaxos les daba nuestro grande y

los con su alegria dauan


biendo obedienzia padeçia y
que por
serian todos treinta Exhor-
animo a los conpaneros que por

de dios en de sus pecados


tando los Por amor y penitençia
qne
muchos afirmaron si no fuera
sufriesen aquellos (rabajos y que

Hermanos muchos muertos


la Conpania de los quedaron
por
léguas antes de llegar Aper-
aquelles desyertos Algunas
por
debotas Como Venian tan
nambuco supieron algunas personas
Con algun rrefresco y ca-
mal tratados fueron les al camino
y
El amaro En saVien-
balgaduras lo mismo hizo padre gonzalez

los hermanos en uiendo a


do Venian fue tanta la alegria de
que
los rreceuían anssi los nuestros
los la caridad con que
padres y

los de fuera En brebe tienpo conbaleçieron


como que
26

NOTAS

(1) — Depois se tornou obrigatorio trazerem os navios Capellães

e não p»derem sem elles navegar, por força das provisões de 24 de Janeiro

de 1681, 27 de Março de 1688 e 10 de Fevereiro de 1691, que alludem ás

ordens anteriores sobre as confissões dos navegantes, Annaes da Bibliotheca

Nacional, XXVIII, 156-157.

(2) — O irmão Manuel de Castro entrou para a Companhia no

Brasil, supra, Capitulo terceiro, nota 1 — Em 1584 era e ainda es-


já padre
tava *em Pernambuco, Fernão Cardim, Tratados, 321, o considerava
que
um dos melhores pregadores que havia na provincia.
CAPITVLO QUINTO

de edificaçion suçedieron en esta casa en El


De Ias Cosas que

afio De 74

Este ano rresidieron en esta casa diez de la compa-

El Rodrigo de freitas se la Baya en el fin


nia pe. partio para

dei ano Con El doctor Antonio Çalema que fue por go-
pasado

vernador dei rrio de En El mes de de 74. Vino


Janeiro (1) Júlio

dei collegio de la Baya esta casa el Melchor corde-


para padre

ro(2) superior de ella huVo mucha alegria ansi en los de


para

en los de fuera de todos era muy amado y


casa Como porque

Como el numero era mayor asi lo era el concierto y diligençia

AVia en casa en la de Ias rreglas Comenzaronse


que guarda

estúdios al de hebrero con la fiesta que se acos-


los prinçipio

tunbra los estudiantes dieron muestra de mucha Virtud Cor-


y

fesabanse muchas bezes iban a seruír a los lleba-


y presos y

agua seruian tanbien en nuestras obras su debo-


banles por

en sintiendo Venir los caros Ias calles se iuan


çion por que por

de ellos los ayudar a descargar lleuaban a cues-


detrás para y

ladrilo teja madera. Las hobras de casa fueron en mu-


tas el y

creçimiento hizieronse algunos aposentos los nues-


cho para

de limosnas Dieronse tanVien la muchos


tros todo para yglesía

limosna llegaron las limosnas este ano


hornamentos de que

se dieron hasta trecientos mil marabedis.

Con los sermones confesiones se hiso Grande fructo


y

en las almas Hubo muchas confesiones y en ellas


generales

se dio remedio a muchas almas estauan Auia Una


que perdidas

uiuia en mal estado mouiola nuestro senor a con-


persona que

fesarse con Uno de los nuestros despues emendo su uida y


y

diose muy de a Dios siendo Una bes tentada y pro-


proposito

bocada a hazer Una ofensa de dios respondio Con zelo


grande

Como hablais en ofender a dios no sabeis bos me confiesso


que

a los de la conpania. Sabiendo Una que otra


yo ya persona
28

ahorcar Un el demonio le traia


andaba se por pecado qu
para
memória dio desto cuenta a hum el qual hablandole
a la padre

Dos nunca se auian


la mouio a que se confesase personas que

con lcs nuestros tan consoladas despues


confessado quedaron

de decían nunca confesadas sino


la confession que que quedaron
-daquella loauan mucho a dios auer traido de
Vez y por padres

tiera Una era asonbrada mu-


la conpania a esta persona que

espantada dei demonio, fue Un a su casa


chas Vezes y padre

oraçiones haziendole los exorcismos se


diciendole algunas y
y
confesandose Otra per-
hallo uien y generalmente quedo quieta

auia Ve;nte anos se comulgaba en pe-


sona que .confesaba y

mortal, hoiiendo un sermon de Un En que trataba


cado padre

buena Confesion casa


neçessaria era la yendo para
quam
estando de noche en la cama
con alguna inpresion perplexa

dixo) dispierta la tomaron Una mano la


(como ella por y

mouiendola se uiniese a
reprehendieron ynstigandola y que

a aquel .padre no Pudiendo dormir toda la noche se


confesar y

uino la manana Aconfesar con el mismo desPues


por padre y

de la confession bien diferente de lo antes estava.


quedo que

Una muger honrrada con huna hija suia Vino a esta t:erra y

uiendose conbatida de muchas Con dones dadivas


personas y

dio cuenta A un de su ida animola a uiuir en Virtud y


padre y

temor de dios sin Enuiole hun dia hun honbre cincuenta


pecado

cruzados en oro se uiese con el en Parte mas ella


y que çierta

diçiendo antes morir de


los despreçio como çisco que queria

dios tener a todo el mundo con el diablo Una


hanbre con que

muger casada uino a esta tierra desterada dei rreiNo Estaba


y

hun casado con mucho escândalo de


amanzebada Con honbre

la tiera ser El Consentia ella mas en el peccado


y por poderoso

miedo boluntad sauiendo esto Un metio Ias


por que por padre

manos de En este negoçio mediante la dei


preposito y gracia

oue apartasen confesasen anbos a ella dio


sr. alcanzo se y y

nuestro Una dolençia En bien se ccnoçio de los


sr. que pecca-

dos herores anssi despues uiuio uirtuosamte. rre-


y pasados y

cogiendose en casa de huna muger honrada. AlGunas amista-

des se hicieron de mucho serVicio de Nuestro senor auiendo en.

esta tiera ccntienda de mucbos anos entre Un y hun hijo


padre

el huna dispensaçion de Roma estaba ligitimado por


qual por

ser el bastardo mas el demanda queria defender que


padre por

no estaba no solamte. El hodio era entre El padre i el hijo


y

mas tanbien entre hijos hijas muchos Mamallucos por que


y

todos estauan a fuego a sangre contra el bastardo el padre


y y
29

era demais de nouenta anos de edad en todo


y pruvabasele que

este tienpo auia úmido mal de lo se segia suya


qual ynfamia y

de todos sus habian hablado muchas en


parientes. personas

este conçierto mas nada se acabar habloles Un y


podia padre

conçertolcs a todos con mucha consolaçion suya y edificaçion

dei hallandose el oidor Hernando de


pueblo presente general

silba con otras Personas honrradas desta Villa. Un honbre auia

dias andava Para matar su muger o irse fuera desta ca-


que

el rreyno Nunca mas la uer de sus ojcs


pitania para para

cassando con ella no la hallo con su onestidad en estas


porque
angustias andaba muy atribulado conffesandose côn un pa-
y

dre lo ayudo Nuestro senor muncho determinando Por amor

de Dios se hazer Vida con ella. Otro secretamente


quietar y

daba muy mala uida a su muger aun en lo exterior no lo


que

daba a entender auerle hecho ella trayçion no la


por guardando

fidelidad deuia al marido esta causa el no se confesa-


que por

ba mouiolo nuestro sr. en hun sermon uino a dar cuenta de si


y

al descubriole su ccrazon manifestandole muchas cosas


padre y

lo tenian fuera de la amistad de dios y ansi quedo


que y gracia

esta alma Remediada.


quieta y

El oydor Hernando de silba Vino este ano


generaal

Por horden dei Gobernador luis de brito a Visitar esta capita-

nia auer hecho los de la en


y por yndios paráyba grandestrago

un ingenio matando casi toda la dei fueron con mucha


(3) gente

de decaballo a darles mas ellos sauiendo que


gente pie y guerra

los blancos En su busca desanpararon sus aldeas huie-


yban y

ron la sierra ser cosa alia contentose


pera y por peligrosa yr

Con Ias aldeas aRancarles El mantenimto. que


quemalles y

tenian los francezes alli uiniesen no hallasen nada


para que

Ala buelta le hizo Una desta una


persona poderosa y principal

Assi el como Ias que aVian


grande ynjuria para para personas

en su conpania fue en el camino Una rrueca


ydo que poner

con un huso dar a entender eran huVo


para que para poco

desto alborotos en el hizieronse avtos de


pueblo y grandes parte

de la de hubiera de resultar mucho trabajo acudio


Justiçia que

a esto el superior ayutolos en esta casa donde los hizo


padre y

amigos el hauia hecho la injuria al hoidor


y que pidio perdon

le Una cana traia en la mano diciendo su mer-


y puso que que

le bien mereçia q' le diese con ella quedaron


çed perdonase que

todcs muy edificados desto. Un honbre dio a otro una bofeta-

da ser entranbos honRados timiendose algunos peligros


y por

habloles Un los confessaua anbos aCabo Con el


padre que y
30

le amigos Al-
ynjuriado que perdonase y quedaron grandes

nobles andaban muy de quiebra hablando a


gunas personas y

Uno de ellas Un no acabo nada con ella mas antes se


padre

desmando en dezir algunas desconçertadas contra El


palavras

a otro dia torno con humildad diçiendo al


pe. y pidio perdon

haria todo lo le mandase anssi todos


pe. que que y quedaron

en Dos antes estauan discordes en vn sermon


paz personas que

Ias mouio Nuestro sr. tanto se hizieron amigos uno fue


que y

a comer a casa dei otro Un honbre de los de la tierra


principales

sabendo dei sermon dei mandato se hizo en nuestra ygle-


que

sia Reçibio a su amistad Un hijo dei estaba Agrauiado


qual

se auer casado fuera de su Otros muchos que esta-


por gusto.

ban en odio deste sermon mouidos a ser amigos Es-


quedaron

tando esta tiera Rebuelta cerca de la semana sancta estar


por

Ias cabezas discordes Entre si Entendio Un


que gouernaban

en esto apaziguose todo dos honbres prin-


padre y y quietose

cipales antiguos en la tiera tuvieron entre si ynjuriosas pa-


y

labras de Ias uno mas agrauiado con gran-


quales quedo y

de hodio era biejo deçia deseaba agora s&f man-


y porque

zebo me bengar con mi mano hablole vn y


para propia padre

amonestole estava en aquella edad no quisiese perder


que pues

Ias buenas obras auia hecho meterse en el ynfierno


que y

traindole exemplo la Cristo tuvo en todas


por paciência que

Ias le hizieron tan mouido questando antes


ynjurias que quedo

mas duro hun diamante se torno blando como una çera y


que

comenzo con sollozos a llorar de lo que auia


grandes pesandole

hecho. En el mesmo dia hablo el Pe. con el otrio ynjuriado

üediendole no se acordase mas de lo que auia pasado y


que

Cun mucha humildad cruzo Ias manos diciendo aqui estou


pe.

hazer todo lo no Puede dexar de


peva que quisieredes por que

ser muy bien hecho ser su amigo ansi se abrazaron y


quiero y

despues amigos Otros dos Honbres honrra-


quedaron grandes

dos rrineron de en hodio hablando a Uno de ellos


que quedaron

Un Respondio bastaua hablar en esso Un de la


padre que padre

conpania elle hecharse a sus ansi


para pedir perdon y pies y

se hizieron amigos un honbre algunas Ruines ynforma-


por

ciones matar su muger m° de Un pe. se aparto


queria y por

de su Ruin Otro honbre honrrado deboto de esta


proposito

casa haziendole su muger Un malefício su buena Concien-


por

uirtud aViendole antes otras bezes mas


çia y ya perdonado

antes mando luego a esta Casa en Busca de los se


padres para

aconsejar con ellos dejar el Mundo. A los neces-


y pobres y
31

sitados se busco Remedio con toda diliGençia dos mo-


pusible

zas huerfanas uinieron de la baya bien neçesitadas y desanpa-

radas luego se les busco rremedio el en que


para quitar peligro

estan semejantes m° de los


personas pusieronse por padres

en huna casa honrrada donde fueron de lo necessa-


proueidas

rio hestando hun honbre en la cadena ser degollado


pera por

fue muchas vezes animado esforçado de los nuestrcs


Justiçia y

confesado saliendo de la carzel a dio muestras de


y y padeçer

bien estaba aprobechado de Ias de los


quan platicas padres

arrependido dei mal auia hecho hizo Una a los


y que platica pre-

sos exhortandolos no ensenasen bien a sus


que Jugasen y que

hijos el le auia hecho tanto mal y auia traydo a


por que Juego

aquel estado aconpanolo sienpre el camino el superior


por pe.

con otros de casa sienpre llamando el nonbre de Jhs.


y yba por

entrandole el la no dejaba aquel


y ya guchillo por garganta

santo nonbre de la boca ansi tnurio otras dos huerfanas se


y

anpararon médio de los Padres Una de ellas uino de la


por

Baya dar alia mucho trabajo Un honbre honrado a su mu-


por

causa de ella El dia llego luego la casaron con


ger por y que

Un maestro de un muy buen honbre la otra caso con


yngenio

un honbre rico acudio tanbien en todo tienpo a los enfermos

estaban morir Algunas toda la uida


que para personas que

rrecelaban de se confesar con los de la conpania Viniendoa

enfermar temiendo la muerte enbiaron a llamar a los nues-


y

tros se confesaron conoçieron quan herrados


y generalmente y

andauan En huir de los nuestros. Una muger honRada uir-


y

tuosa fue muchas bezes consolada En su enfermedad dei pe.

superior tanbien ayudada en su transito con horaciones y


y

letanias de manera deçian los se hallaron que


que que presentes

uien aventurada era la en su muerte tenia a los de


persona que

la conpania a su cabezera El credito amor todos tienen a


y que

los de la conpania es muy todos a una boca dizen si


grande y que

no fuera ellos todos fueron ansi los aman como a


por perdidos y

sus Sauiendo la de la uilla el superior estaba


padres. Jente qu pe.

muy enfermo oyendo de noche taner Ias canpanas corrio


y

nueua todos era senal se hazia el y hubo


por que que por padre

sentimiento lagrimas en todos otros uenian a la


grande y por-

teria con sentimto. a uer si era ansi sauiendo despues


grande y

no toda la tristeza se les conuertio en alegria EN los es-


que

tudiantes se hizo mucho fructo confessauanse frecuentemente

Resaban cada dia El Rosário de nuestra senora, Algunos


y

Visitavan la cadena hazian lo les mandauan los presos


y que
32

agua beber es tanto el


amor de dios les llebaban para
por y
de casa Con se lo El
ferbor en seruir en Ias hobras que proibir

los Pueda desso echan mano


superior no ay quien quitar
padre
basijas traenlos en la cabeza llenos
de los cantaros y otras y

amasar el lodo los dias de assueto


de agüa de nuestro pozo para

misa se uienen a conbidar diciendo que quieren


despues de oyr

acarrear agua esto con mucha


trabajar les den en que y
que
entrar en la conpania. Uno abia
alegria muchos deseauan
y
aun en la escuela a la ma-
muy bien andando pidio
ynclinado y
diciendo ser de la conpania y que
dre sotana bonete que queria
y
amor de dios la madre se lo
los otros bestidos auia de dar por

otros bestidos tenia los


concedio ansi destribuyo los que por
y
A este acuso otro de huna falta que
ninos de la escuela
pobres
la le mando el maestro dar Unos poços
auia hecho Por qual
al le acuso lo llebo a su casa
azotes fue tan agradecido que que

me acuso azotaronme dal de


dixo A la madre, este mozo y
y
liçencia de la madre le dio Unos zaragueles
alguna cosa. con
y
el con la sotana sobre la camisa
Un de seda quedando
y jubon
se tubo una Egloga muy
Al de los estúdios pastoril
prinçipio
sactisfechos Acabada ella se
de todos quedaron
graciosa que
de berso huuo muy buenos
dieron muchos prêmios prosa y y

tanbien trez enigmas y


libros se repartieron pusieronse
que
sentidos no se adiuinaron tanbien
aun se dieron diuersos
que
a los estúdios se le hizo
uino el hoidor general yisitar
quando
muchos epigramas horaçiones con
un buen Reçeuimto. con y

llorar a muchos é uer ninos de tan


tanta hizieron
graçia que
diestros determinaron de embiar
edade ser tan bibos y y
poca
al estúdio. Fueron muchas bezes Apredicar
algunos sus hijos

de a la ísla de tamaraca y
confesar a Ias Villas ygaruçu y
y
no va vez fuera no se; de Remedio
a dibersos y se que
ynjenios
anssi de blancos como de esclabos
a muchas almas yridios y

Vnos baptisando a otros haziendo casamien-


confesando a y

lei de como de naturaleza, teniendolos pri-


tos a si en graçia

en Ias cosas de nuestra sancta fee sieii-


mero uien instruídos y

de mucho loor de nuestro sr. Vna hindia


acontecen cosas
pre
luego en la noche siguiente se
estando enferma se baptiso y

estando otra doliente uino de cinco o


fue su criador yndia
pera
confesarse despues se torno muy alegre y con-
seis léguas a y

se baptiso estando tanbien doliente luego


solada otra india y

fue el cielo. Otro murio luego despues de confesado y


se para
a la muerte cantaba Vna cançion que
estando ya propinco
no me nonbres otracosa sino Ihs Maria
tenia este sentido: y y
33

espiro estando Vna enferma dixole otra quieres


ansi yndia

trayga Vn en su lengua deçir hechi-


que te page (que quiere

Respondio ella con zelo no creo en sino en


sero) grande page

me los de no me lo
io que ensenaron padres Jesus quiero que

muchos se confesaron baptisaron luego


traygas. outros y que

el cielo Como fue Vn hindio mordido de Vn Tube-


fueron pera

ron en baptisandolo luego murio. Vna hindia no se podia


que
muchas confessiones de manera nunca
confesar por auer que

hallava Vez esso se hiua llorando casa de sus se-


y por para

nores de manera fue el amo forsado a uenir a decir como


que

ella triste no se auer confessado luego la confessa-


yba por y

ron muy alegre otro enbiandolo su sr. a pescar


y quedo yndio
como ei de tomar si aun no me confesse Vn
deciale yo pesca

en Vn tenia dos mugeres diciendole el padre


principal ynGenio

no tener mas de huna sola dejo luego Vna caso


que podia y

con la otra. Muchos Vienen de seis siete léguas a confesarse


y

fueron los no
a esta casa y a partes padres que parece que

sino el baptismo conffesion irse


aguardaban otra cosa y para

al cielo

NOTAS

Capitulo terceiro, nota 3.


(1) _ Veja supra,
veiu da Bahia em companhia
O Padre Melchior Cordeiro
(2)
sç fala, Historia dos
Fernão da Silva, de quem adiante
do Ouvidor Geral,

Collegios, in Annaes citados, 119.


Brasil 20 de Novembro de
da Silva já estava no em
(3) Fernão
Rio de Janeiro, I, 313. Era
da Silva Lisboa, Annaes do
1566, Balthazar
da Bahia, e por morte de Men
Geral e Provedor-mór da fazenda
Ouvidor
Luis de Brito de Al-
de Sá ficou governando
interinamente até á posse de
4* ed. — Sobre sua vinda a Per-
Varnhagen, Historia Geral, I, 440,
meiaa,
Brito, a fazer alardo de gente e a por
nambuco, mandado de Luis de
por
indios da Parahyba, ibidem, 461.
cobro armas ás ameaças dos
pelas
assolou era de um Diogo Dias, lavrador
O engenho que gentio
Histórica, XXXVI, 1", 15.
muito rico, Revista do Instituto parte
CAPITVLO SEXTO

Ias de edificaçion suçedieron en este collegio este


De Cosas que

ano de setenta y çinco

Este ano Residieron diez en esta Capitania tres Pa-

los mas hermanos casi todos enfermaron mas fue nues-


dres y
sr. servido de\ les dar salud se ocupar en los minis-
tro para

acostunbrados le la conpania ansi el fructo se hizo


terios y que

con los sermones confesiones fue muy Grande Vbo muchas


y
de tenian sus almas muy
confesiones generales personas que

llagadas a todo se dio Remedio A Muchos causo te-


y grande

mor Vna muerte súbita desastrada acaeçio a hun honbre


y que

honrrado desta tierra todos tuuieron si ser castigo


que para

de dios Por andar amançebado fue desta manera diole un


y

dolor cayeronle Ias tripas todas abajo en


grande y y quando

el bientre tenia sigun boz fama la noche antes auia estado


y y

con su manzeba no duro mas de nueve horas en ellas a penas


y

confesar a Vn clérigo se hallo en el tien-


se pudo que presente

confesion ansi murio miserablemte. Sin hazer


po quel pidio y

testamento dexando toda su hazienda era bien


y que grande

enmaranada tener ofisio dei Rey ser mucha de ella dei


por y

mesmo El Superior tomando ocasion desta muerte hizo Vn


pe.

sermon dei muchos mouidos atemorizados


qual quedaron y

mudar la uida uiendo el el mundo daua ansi


pera pago que y

honbres amigos dei muerto dixeron en


dos prinçipales grandes

voz alta El caso es io me hire a no me saldre de Jesus


Jesus y

hasta no uien con anssi lo hizieron Vinien-


que quede Jesus y

dose a confessar a esta casa muy de huno de ellos


proposito y

deseioso de servir a Dios en nuestra conpania Esta


quedo

muerte fue tanbien médio la muger con quien pecaba


para que

tuuiese uida en su alma hablandole Vn dandole a en-


padre y

tender el escandalo daba al Con su estragada uida


que pueblo
36

Por esso auia sido desterrada dei Reyno. Fue nuestro


que por

sr. Seruido mouer le El corazon ansi sse confiesa muchas


y

bezes esta muy rrecogida En casa de huna muger honrrada


y

la misecordia se encargo de la sustentar la oca-


y por quitarle

sion de tuuose mucho cuidado de amparar los Huerfanos


pecar
neçesitados buscando les rremedio a sus neçesidades. Por
y

m° de un se amparo Vna huerfana hauia Vn


pe. que pasado

casi estaba en otro maior sesenta mil


peligro y procurandole

marabedis a fuera otras cosas que la mesericordia y otras per-

sonas honrradas buscaron casose con Vn oficial otra mosa


y

huerfana se anparo m° de un con hun hombre que la


por padre

auia deshonrado despues no auia Remedio de quererse casar


y

con ella mas hablandole el acabo con el la Reciuiese


pe. que por

mujer ansi lo hizo El casamiento que con ella le dieron por


y y

amor de Dios llegaba a Mil crusados tanben se ampararon

otras dos o tres huerfanas entreuiniendo los de se


padres que

seruio mucho nuestro senor este médio se evitaron


por que por
muchas offensas suyas hiziçieronse muchas amistades entre
per-

sonas discordes Vn honbre hirio a otro en la cabesa


grauemente

antes huuiese lugar de benganza acabo un con el


y que pe.
herido no dei otro mas antes le de
que querellase perdonase

corazon Otro honbre mando sus esclabps herir muy


por

mal a Vn enemigo suyo los de tal manera cumplieron el


quales

mandado de su sr. lo degaron muerto mas quiso dios


que por
dar le uida m° de hun se acabo la
y por pe. que perdonase yn-

Juria que le auian hecho, otra amistad de mucha


ynportancia
se hizo entre dos honbres honRados de contino andaban
que
armados a cauallo matarse mas tanto un nuestro
y para que pe.
metio la mano luego lo todo hizo todos
pacifico y que Juntos
comiesen Vn honbre honrrado Estaua mal con hun
pariente
suyo muy llegado este hodio se acreçentaba en-
y çercano y y
zendia cartas se escreuian huna a. otro Sauiendo esto
por que

Vn padre hablo con el tenia mas Razon destar agrabiado


que

y quedo luego tan Rendido sujeto dixo aqui estoy


y que padre

para hazer mandaredes sere el le habla-


quanto yo primero que
re lo Receuire con mis entranas anssi muy con-
y y quedaron
formes. Otro honbre tuvo un enojo consumujer dei
principal

qual uino a darle de a Echarla fuera de casa tan fu-


paios y y
rioso estaba enojado no se aplacar tornalla a
y que podia para
reçeuir fue Un a hablarle acabo luego con el la re-
pe. y que

çiuiese. Acabos tambien con hun honbre de los de


principales
la tierra senor de Un no Acusase a su muger
ynjenio que por
35T

falta de honrra mas antes le diese


auer caydo en Vna graVe
era biuiesen que ansi
la mitade de la hazienda que grande y ya

lo el hizo ella uiuio despues


anbos lo apartados qual y
querian
muy rrecogida fue esta obra de mu-
con huna hermana suya

edificaçion de toda la tiera otro


cho serviçio De nuestro sr. y

muger cusabála fuerte-


honbre casado tenia a su presa y

tantas bezes insto Vn


mente auelle hecho adultério y
por
diuino hizo la dexase de
con el con el fabor que
padre que
tornar a hazer uida
acusar luego la soltase y que quísiese
y
honrrado sr. de un de los
con ella otro honbre ynjenio y

tenia Vna híja calsar casi


de la tiera para y
principales
conçertado con Vn honbre muy
estaba el casamto. principal

esto uiniese a efecto eí, demonio


honrrado mas primer que

manoso urdio de manera la moza fue deshonrrada


como es que

honbre honrrado de lo el de la
otro hijo de otro qual padre
por
muy triste comenzaron de nacer odio.-i
moza quedo y grandes

de Vna de otra muertes. Sauiendo esto un


temianse parte y
y
de a dar Remedio aun fue con cos-
pe. pusose proposito y que

tarle mucho trabajo nuestro sr. los conçertase y


quiso que

con el de la moza la cazasse con el manzebo que


acabo pe. que

deshonrrado dotandola toda su hazienda es muy


la auia qu

otras muchas amistades se hizieron de mucho Seruiçio


grande
de nuestro sr.

EN Casa Ubo mucha diligençia en la de Ias


guarda

rreglas Renouaranse los votos en los tienpos acostumbrados.

tanbien fue a los hosPital a consolados en el senor.


se presos y

dei nascimto. fue el superior a llebar de comer a los


dia pe.

con Vn conpanero bestido de rropetas pardas biejas


presos

hizoles Vna de la fiesta con mucho se consolaron y


platica que

edifico esto tanto a la los bio daquella manera que


gente que yr

dijeron algunas honrradas no se espantaban mas


personas que

se confundian de uer los sierbos de dios en los tienpos


que Que

ellòs hazen sus- fiestas dei mundo con muchos uestidos y


que

uanidades nos otros, el contrario entonces andamos mas


por

rrotos despreçiados como de verdad al nino


y quien ymitaba

naçido en soltaron a algunos hablando por


pobre pajas. presos

ellos los a muchos se dio Remedio en sus necessidades


padres y

los hermános uan al hospital a barer hazer Ias ca-


Quando y

mas a los dolientes enfermos leuantan Ias manos diciendo


y

loado sea nrÕ senor tanta uirtud dais a buestros sierbos


que

Con tanta alegria andan alimpiando concertandonos Ias


que y

hediondas enojosas hazeseles tanbien espi-


camas y platicas
38

rituales con se ayudan mucho en sus dolençias y enferme-


que

en el tienpo de Ias ferias bacaçiones en se la


dades y que pone

lista de Ias mortificaçiones todos muy de se ejerçitan


proposito

en los officios bajos en otras mortificaçiones. Lo material


y

colégio fue en mucho crecimiento an se dado muchas li-


deste

mosnas Ias obras Murio Vn honbre llamado fer-


pera pedro

nandes de los de la tierra muy deuoto de la conpania


principales

de en su uida se rriçiuio limosnas fue de los


quien grandes

nuestros muy ayudado en su uida se rriçiuio limosnas


grandes

fue de los nuestros muy ayudado en su muerte dexo de limos-

nas en su testamento este collegio tres mil ducados Acos-


para

tunbraba el de dar azeite la lanpara dei sanctissimo sacra-


para

mento Con su muerte sentiase falta en esto Por no lo auer


y

en la tierra la muger dei difunto sin le hablar nadie de casa

enuio a deçir enbiasen Como de antes abuscar el azeyte


que

necessário la lampara no que la costunbre


para porque queria

sancta de su marido muriese con el enquanto ella Viuiese


que

lo aVia de llebar al cabo. En el mes de abril llego a esta capi-

tania el Gregorio serrano El siendo electo en el Colle-


pe. (1) qual

de la Baya a rroma por


gio por procurador general para yr

horden dei Vino de camino a uisitar los de esta


pe. prouinçial

casa con cuya uisita asi los de ella como los de fuera se conso-

mucho en el senor los estudiantes le hizieron Vn buen rre-


laron

cebimento todo se resumio asi en Roma como con El Rey


y que

negoçiasse en hcuuiese un collegio bueno de


que pernanbuco

la conpania ser muchas Ias neçessidades de la tierra y po-


por

cos los suplir a tanto los de la camara escriuieron


padres pera

al Rey sobre lo mismo el Reyno el mes de


partiose para Junio

dia de sto. Antonio fue nuestro senor serbido de darle muy

buen biage librarlo de muchos Porque algunos nabios


y peligros

antes el otros despues fueron Robados de


que partieron que y

los francezes tuuieron tempestades en la mar el


y grandes y

de Vno de fue libre Negoçio con el Rey en brebe tienpo la


y otro

donaçion deste colégio Con mil ducados de Renta beinte


para

de la conpania otras muchas cosas el bien desta


y para probincia

Muchos de los estudiantes le que los


ydelosyndios (2) pidieron

Reciuiese en la compania mas a Vno solamente rreciuio que en-

bio el colégio de la Baya muchos se con el para


para y quisieron yr

en mas no lo consintio mas algunos de


ser receuidos portugal

estos se uinieron huidos la Baya en Vn barco Vno de ellos


para y

se rreciuio Muchos de ellos estudiantes de entranhas Ias classes

acostunbram de tomar diciplina secretamente El mes de agosto


39

Vino el hermano Gonzalez a leer la classe de latim en lu-


grabiel
dei hermano Manuel de Castro dieronse Ias bacaçiones en el
gar

tienpo acostunbrado en fin de los estúdios se Represento Una


y

muy buena trajedia sobre la istoria dei Rico abariento la-


y

zaro hizo se con aparato, causo mucha debocion


pobre (3). grande

en todos honbre huuo tanto entro en si con la RePresen-


que

desta obra de dar cada ano amor de


tacion que prometio por

Dios mil ducados Recelandose le aconticiese lo al Rico


que que

abariento dieronse Tanbien muy buenos en Ias classes.


prêmios

NOTAS

Sobre o Padre Gregorio Serrão veja Fernão Cardim, Trata-


(1) —

dos, 378-379, nota de quem escreve esta linha.

(2) — Na Revista do Instituto Historico, LVII, parte Ia, 92-98, lê-

se a resolução assignada Bispo D. Antonio Barreiros, pelo Ouvidor


pelo

Geral Cosme Rangel e Padre Gregorio Serrão, sobre os injustos capti-


pelo
veiros dos índios, na se criticam as determinações nesse sentido to-
qual
madas Luis de Brito e Antonio de Salema, e se indi-
pelos governadores
cam os remedios o augmento e conservação do estado do Brasil e de
para
seus habitantes indígenas, cujos prestimos se encarecem.

(3) — Conf. F. A. de Varnhagen, Florilegio da Poesia Brasilei-

ra, I, introducção, ps. XXI.


CAPITULO SIETE

de edificaçion ano suçedieron entre los


De Ias cosas queste

yndios

lo truxo la conpania al Brasil fue


Como principal que

rremedio a Ias almas de los con berdad se


dar yndios que
para
- en extrema necesidad acudir
puede deçir questan procurose

este ano a sus neçesidades fue la fre-


mas de propcsito grande

de sus confesiones ansi de indios como de a los


quençia yndias

dias sanctos no aber mas de hun lengua que confesase


por pe.

muchos se confesar uuo aguardo


quedauan por y yndio que

dias hasta alcanzar uez ensenaseles la doctrina nueba


quinze

Responden muy bien a Ias estando Vna yndia


y ya preguntas

la dotrina le dieron de de un honbre algunos Reales


en parte

de en saliendo fuese a cierta donde el es-


plata para que parte

taba aguardando mas ella oyendo El Recado biendo el di-


y

nero todo lo despreçio con mucho herbor despiritu amenaçando

a le traya El Recado siendo llamado Vn Para Con-


quien pe.

fesar Vna estaba morir el si


yndia que para pregunto padre

cstaba Baptisada dijeron los senores si ella en tanto q'


y que

oyo esto llamo al hermano aparte le dixo secretamente que


y

no era xpiana de los senores espantados porque


que quedaran

la tenian tal Baptisola el despues de aparejada y


por padre

fuese a de su criador con el nonbre de Ihs en la boca


gosar

Aconteçio estando Vn doliente en una hazienda questan-


yndio

do en la Rede sentio Grandes albarotos en El tejupar donde

estava solo le bulian maneaban la Red el tanto oyo


y que y que

esto aun no era Xpiãno se levanto se cerco todo al Re-


que y

dedor de cruses desPues contaba el como se cercara de


y que

ellas luego aquello antes lo desynquietaba lo que quiera


que

hera Huyera de el Vn hindio esclabo de uíi se-


que principal

nor de Vino de tres léguas a esta casa a lo


ynjenio pedir que
42

con Vna manceba suya consi-


Baptisasen y casasen yndia que

despues de bien aparejada Reciuio el sancto Baptis-


traia v
go
mucha alegria seria este honbre de sesenta o setenta
mo Con

entendimto. en Ias cosas de dios a todos


anos de tan buen que
y
rrespuestas. Despediose de casa a
marabillaban sus pidiendo

le auian de hazer christianos todos los suyos


los padres que

hijas los demas tanbien


ansi hijos como y parientes para que

dos se baptisaron aquien los se-


fuesen al çielo otras personas

christianos mas hablando acaso con ellas el


nores tenian por
un a a huna hazien-
hallo no lo eran vendo pe. predicar
pe. que
hoido muchas confesiones rro-
da despues de auer predicado y

le fuese a coníesar a Vna esclaba suya


hun honbre que
gole
morir el con buen trabajo por ser
que estaba para yendo padre

lo mas dei camino ser de To-


de alli un grande pedazo y grandes

mojado donde ella estaba en lo Poâ-


dos aguas llego bien ya
y
la Baptiso despues de instruyda luegò\
trero de la Vida a qual y

murio Contauan alGunas se hallaron presentes


personas que

la hora de la muerte acordaos de


que decia ella e Jesus Jesus

el nonbre le Con esto


dominga este era quel pe. puso y
porque
Tres o nunca se auian con-
en la boca morio. quatro yndias que

de coníesadas se fueron agozar de su cria-


fesado depues
pcco
deseaua ser Xpiano lo
dor. Vn aVia muchos anos que y
yndio
hiendo alia los Padres lo Baptisaron dixo
Pedia a el senor y y

em boz alta De ay adelante nin-


a todos los de mas esclabos que

nonbre Gentil. Otro lo mis-


le llamase su yndio pedia
guno por
auia miedo biniese Vn dia Vn
mo diciendo a su senor que que

le cortase una e se
tuueron el era pescador) y pierna
(porque
El tanbien fue Baptisado Viniendo Vn
fuese al qual
ynfierno.
de Vna mySion toparan en el camino com
Vn hermano
pe. y
hiba con su bordon muy doliente e deshecha asi
Vna yndia que
ccmo la mucha edad tenia no quiriendo
la doliencia por que
por
El a cohfesarla debajo de Vn
ellos la se pe.
perder ynpresa puso

no ella escapar daquel dia u otro.


arbol e sigun pareçia podia

hizieron Vn Con un hermano llebando consigo


Otra mission pe.

lego serVir de muy de prie-


un estudiante para ynterprete, yendo

En estaba tres léguas desta uilla


sa durmieron un yngenio qu

no llegar El senor dei


mas aca de donde porque pudieron
yuan

los rrecibio con alegria diciendo nuestro se-


yngenio grande que

nor los auia traydo alli le Baptisarian Vn yndio que


por porque

no auia casi nada abia enviado a


tenia a la muerte El qual que

antes muriese lo mandasse hazer Xpiano En oyen-


deçir que que

cenasen se fueron luego donde El estaba


do ellos esto antes que
43

si ser christiano Respondio si e des-


y perguntandole queria que

de auerlo aparejado lo Baptisaron al tornaron des-


pues qual

a visitar estaba casi muriendo hallaron lo muy


pues porque ya

satisfecho con dolor de sus pecados el qual


quieto y y grande

luego la manana se fue AGoZar de su criador los Padres


por y

adelante a cumplir su miszion en la dieron Reme-


pasaron qual

dio a muchas almas anssi de blancos como de indios. Hizieron

e Baptismos otros tantos casamientos. Andauan


çiento doze y

tan ocupados lo comun era a comer a Ias dos o tres horas


que yr

despues de m.° dia Primer dar el mantimiento


porque querian

spiritual a Ias almas que el corporaal a si mesmos procuran

sienpre en Ias casas adonde van dormir dexar ensene


quien

la dotrina a la esclaueria ansi ellos lo hazian todas Ias bezes


y

donde dormian los mas de los casamientos hizieran fueron


que

de amanzebados christiano con y al


yndios questaban gentil

contrario Ellos casar un Con una yndia que


quiriendo yndio

auia mucho tienpo estaban amanzebados la yn-


qu y porque

dia estaba muy doliente El los casar en casa .Mas


padre queria

Respondio el no si no en la que no
yndio que queria yglesia

eran hermosos los casamientos hechos a escondidas ansi


y

se hizo esforzandose la india a. a a la yglesia no con-


yr pie

sintiendo la llevasen en la Rede outra mission hizieron Vn


que

hun hermano lenguas en Ia cerca de un


pe. y qual gastaron

mez hizieron 156 Baptismos 160 casamientos en ley de


y

afuera de otros muchos hizieron en ley de natu-


gracia que

raleza, en esta mission acontecieron algunas cosas de mucho loor

de Dios como fue Vna muda de mucho tienpo al-


yndia que ya

tienpo abia hablado estando esta morir hizie-


gun para

ron mucho los le sacar alguna o se-


padres para palavra

nal en diese a entender ser bantisada y de^>ues


que que queria

de estar ella algun tienPo Respondio al Neim, s. Siquiero


pe.

no con admiraçion de los la tenian muda tenien-


poca que por

do aquello milagro. Baptisaronla estando en lo postre-


por ya

ro. Baptisaron a otro seria de mas de sesenta anos


yndio que

el despues de rreçeuir el sancto baptismo lebanto Ias ma-


qual

nos el cielo o cinco uezes diciendo agora haga el


para quatro

Senor de mi lo me llego a ser Xpiano Otro


que quisier pues ya

Estaba amanzebado auia tienpos hablandole los nues-


yndio

tros se casase con la manzeba nunca lo quiso hazer torna-


que

ron otra uez a darle a entender la cegu^dad en que estaba y

como era esclabo dei diablo se iria al mas ni


y que ynfierno

aun esto basto mas todavia el despues de hidos los


yndio
44

toda la noche estubo rrumiando en su corazon Ias


padres
le abian dicho luego el dia sigiento sin mas
palabras que y

dilaçion se con la manzeba en busca de los nuestros


partio
hallando los dos léguas de alli les dixo el benia a bus-
y qu

callos Io casasen con su manzeua antes


para que porque

hijo de Dios no esclabo dei diabo ansi


queria quedar que y

los casaran tanbien fueron a Vn trese léguas desta


yngenio

Villa de un muy deboto de la conpania con trabajo


grande

mas el fructo se saco fue mucho Baptisaron


que pòfr^que

ciento treyta uno hizieron cien cásamientos fuera


y y y

de outras muchas confessiones de blancos e Hallaron aquel-

los muy aficionados a Ias cosas de dios eran di-


gentiles
ligentisimos en acudir a la dotrina dos o tres bezes al dia y

a Ias el hermano les haçia tanto amor mos-


platicas que y

traban a los los meter en e!


padres que pareçe que querian

corazon e con mucha Simplicidad les ofrecian de lo tenian


que

Vna uieja uino muy contenta con dos batatas a la yglesia


y

en m,° de ella Ias fue a dar al hermano Hallaron Vn


y prin-

cipal tenia dos manzebas el al se mostro


que qual prinçipio

duro en no dexar Vna de ellas mas con alGunas razones


querer

le dio el alcanzo casase con huna diese a Vn pa-


que padre que y

riente suyo la otra con la tanbien caso. Vna de-


qual yndia

seaua Baptisarse mas estaba amanzebada los padres


porque

no la baptisar sino casandose, mas ella uiuir a su


querian por

boluntad no se obligar a la ley dei matrimonio los


queria pa-

dres le dixeron castigada auia de ser en el ynfierno por


quan

aquel fue nuestro senor seruido le mobio elcora-


pecado que

zon sin ninguno mas le hablar uino de su boluntad


y propia

a decir casar despues de algunos dias deseando


que ya queria y

saber su senor si era Cõstante en la birtud hyzo a Vn criado

Suyo fingiese la acudiciaua ella oyendo el Recado le


que que y

Respondio no auia de hazer tal cosa auia El


que que ya pasado

tienpo en auia sido Ruyn los le mandaran que


que que padres

no mirase sino su marido los Baptismos en este


para que

tienpo se hyzieron ansi en Ias misiones como en esta Son


yglesia

todos seiscientos hocho los casamientos


por y quarenta y y

treynta e dos afuera algunos hechos en ley de


quinientòs y

naturaleza.
CAPITVLO 8"

este collegio este


sucedierõ
De Ias cosas de edificaçion que

ano de 76

Dies en Este col-


Parte deste ano residierõ
La mayor
acostunbrados de la
en los ministérios
legio todos ocupados
capitania don An-
de Mayo llego a esta
Conpania En El mes
mucho toda la tie-
dei Brasil. Alegrose
tonio Bareros obispo (1)
a bisitalo a la nao alegrose
el fueron luego los nuestros
ra con
Ias cosas le momo.a
diciendo Vna de que
mucho con ellos que
de la conpania Sabien-
obispado fue a ber aca padres
acetar el
tan carga.
ayuda le auian de dar para grande
do buena
quan
de cinco dias hasta
collegio espacio
Aposentose en nuestro por
cerca de Ias nues-
Vnas casas mas abajo y
que le concertaron
superior le mandase
donde se Pidio al padre
tras para paso y
nuestra cerca^ para
camino desde su Huerto para
hazer un
al colégio
donde uenir todas Ias bezes que quiziese
tener por
de la conpania te-
ser muy deuoto y
V ansi se le conçedio por
de algunos dias le rreciuieron
ner un hermano en ella despues

en e en uierso y
Con algunas oraciones prosa
los estudiantes
de toda la gen-
dei Brasil con mucha sactisfacion
en la lengua
Despues de Ias
füe toda la tierra
te se hallo que
que presente
acomodada a la
se comenso una egloga pastoril
oraciones
llego a este colégio El pe. proum-
tierra. En el mes de
Júlio
honze conpaneros algunos para
ciai de tholosa con
ygnacio
Alegraronse mucho
en el e Otros ordenarse.
quedaren para
de fuera uer
los de, casa como la gente por
con su uenida anssi
nuebo collegio espeçial-
la fundacion dei y^
tanta gente para
de Ias honze mil uirgines pera
mente traer Vna cabesa
por
fue rreceuida con huna pro-
desta tiera la
consolacion (2.) qual
su debocion traella
muy solene El Obispo quiso por
cesion y
lo hizol no
uestido de Pontificai qual
hasta nuestra yglesia
46

ser el camino Largo acabada la pro-


costando trabajo por
poco
Prouincial despues dio a besar la
cession el padre y
predico
A toda la todos muy conso-
sancta Reliqua gente y quedaran

tierra tan tesoro Hizose


lados auerles traydo a su grande
por
sagraria a una dei se le
en el altar mayor Vn y parte puso

la otra una rreliqua auia En este


sancta cabeza a grande que
y
en médio El sanctissimo sacramento hi-
collegio de S. Blas y

bajo mudose la los


zose tanbien Vn ccro y porteria para que

Pudiesen mas comodamente uisitar el Sanctissimo


hermanos

relíquias sin ser estorbados de la


sacramento, Ias sanctas
y

Aun antes de ser la sta. rreliquia En


de fuera puesta
gente
nuestro sr. mostrar Ias merçedes que
nuestra yglesia quiso

hazer a este su intercesion el


auia de pueblo por porque pro-

dia llegaron los fue dia de S. pantaleon (3)


en que padres que
pio

sobreuino a la noche Vna tempestad y quebraronse


grande

de la náo donde staba la sancta cabeza estubo


Ias amarras y

rrisco de iba a dar en unas náos que


en perderse porque
grande

cargadas en el los lo uieron dixeron que


estauan puerto y que

de ellas como se fuera con la mano Dos her-


se auia apartado

manos en de la sancta rreliquia estauan


que quedaron guardia

en horacion sintieron uien el fabor de Ias sanctas en aquel


y
menos fue loar a nuestro senor lo su-
y.no para que
peligro

en otro nauio a donde se Ias sanctas Reliquias


çedio pasaron

estar mais seguras estando todos los marineros


para porque

ocupados en Vn barco en se trayan la uilla se pego


que pera

fuego en la náo en breue tienpo se encendio tanto que desde


y

Ia Villá Veia mas fue nuestro senor seruydo no que-


se que

alguna enxarcia de el lugar donde


mase mas que y parte

Auian estado la caxa de Ias sanctas Reliquias estauan alli cer-

ca dos caxas de azucar los fiailes de sant franco, de Vian-


para

na toda la madeera de ardio Con el azucar to-


y eUa-s quedar

do muy sano Refinado todo esto se atribuyo a- Ias sanctas


y
reliquias Vn mercader en esta náo hazienda que
que-lleuaua

baldria hocho o diez mil ducados Viendo la arder desde la

Villa fue con a darle rremedio bolbiendo pre-


grande priesa y

un dano se auia hecho en la náo si auia El


guntole padre que y

mucho con ella Respondio no, dando a


perdido que gracias

nuestro senor tan merçede diciendole El pe. que


por grande y

a deser Ias sanctas Reliquias en ellas estuuieron esta no-


que

che no auian de obrar alguna cosa el no sauia nada de


y que

eso Respondio cierto si supiera eso que aun que


por pe. que yo

lo biera arder todo desde aca no uuiera de ir alia por-


yo que
47

bastara creer no huuiera de suçeder ningun


que para yo que

mal el Auer elas estado en ella.

En el tiempo el estuuo en este col-


qu pe. prouincial

legio se rrecoxieron muchos a exercícios sprituUles con mucho

fructo tanuien los domingos anssi en nuestra casa


predico

como en la hazia tanbien Ias dotrinas los domingos a


yglesia

la tarde mucho en todos auia muchas confesiones y


prouecho

como entonçes auia doze en este collegio a todos sc


padres

daua remedio comenzo el dias fue Vno de los


padre pero que

se hordenaron Vna liçiondecasosdeconçiençiahallando-


que (4)

se Presente El obispo con los clérigos otra mucha dei


y gente

mostraron deseos de aprouecharse desta liçion desPues


pueblo y
de aber asentado el Ias cosas deste Collegio nonbro
padre por

Rector dei a el Padre GreGorio serrano mientras el uenia


y

de Roma a donde fue desta uice-


por procurador probincia por

rector al Agustin Del castillo ministro al Alonso


pe. y por pe.

Gonzalez el este ano hizo los botos de coadiutor forma-


qual por

do lo en la conpania se acostunbra el
precediendo que predico

oe. dando a entender el instituto de la conpania


prouinçial y

todos muy satisfechos con mayor afiçion a los nues-


quedaron y

tros despues de auer estado aqui mas de dos mezes se


y poco

bolbio el colégio de la Baya dexando en este collegio treze:


para

seis siete hermanos llebando Consigo algunos de los


padres y

uenian ordenarse algunos de los de este collegio


que para y y

otros de nuestros estúdios auia. muchos anos que pedian


que

la conpania la casa de la de.la Baya.


para probacion
Por médio de los sermones confesiones se hizo
y gran-
de serViçio a Dios muchos emendaron sus uidas se apar-
y y

taron dei mal estado en estauan huuo muchas confesiones


que

Generales de 20, 30, e 40 Anos en Ias se dio. Remédio a


quales

muchas almas m° de los nuestros se


questaban perdidas por

hizieron muchas amistades en esta capitania como fue una que

se hizo entre la un cauallero los quales no se


gouernadora y
hablaban auia muchos dias ueses se
y puesto que por yntento

en a cabo de muchos meses al senor que se


ponerlos pas plugo

concluiese hallandose un en esso andaba el


presente pe. que

acabo con Vna de Ias en la mano a otra


qual partes que pusiese

Vna cana de uengala de Rodillas lo


poniendose pediendole que

castigase como le quedo con hesto la contraria


pareciese parte

muy blanda day adelante se uisitaron hablaron lo re-


y y qual

sulto en mucha de Dios edificaçion de toda la tierra.


gloria y

Otra amistad muy mas se acabo con la uenida dei


ynportante
48

meses andaban los


en la auia muchos q
padre Prouincial qual
concluir nada la ori-
en Sin poder
nuestros El obispo persona
y
hijo bastardo de
a la tierra un
desta disension fue bolber
een
de la tierra de se
mas quien
caballero de los principales
Vn
su bemda torno el
sigundo con
menzion en el capitvlo y
hizo
El hidalgo su muger
zizana entre y
demônio a meter grande
ni se ueyan ni
de manera que
rrefrescando Ias cosas pasadas
deseos de matar al hijo
de eso andaban Con
se hablaban afuera
el Estando el obispo
se acabase con
fue nuestro sr. seruido que
de todo se con-
se olbidase y
con el pe. prouincial que
presente
caVsa mucho tienpo auia
no auia hecho esta
fesase lo que por
nunca no
Con msis alegria que y
day adelante uiuieron pas y
y
si no aVn le dio el ca-
Recibio el hijo é su amistad
solamente
hazienda.
le negaba tieras para granjear
samto. que y
fructo dia de
se hizo mucho por
Con los estudiantes
muy solene en canto
tolendas hizieron Vna procession
carnes
causo en la
fueron muchos diciplinandose y
de horgano donde
hesta se
acudio a ella mucha ge"te
tierra mucha deboçion y
mudandose day adelante para
continuo tóda la quaresma
por
nace mucho cre-
destas otras cosas sensejantes
los miercoles y
vna bez vna rrueda
los de la conpania hestando
dicto amor a
y
de ellos no se como honbre que
honrrados dixo Vno
de honbres
hosa ofender a Dios.
con los de la conpania
conbersa padres
acerca de los tue
cuydado de los nuestros pobres
El
mugeres huer-
industria Se anpararon algunas
su
grande por
de la
herradas Alcansando limosna parte
fanas andaban
que
Su remedio
de los honbres honRados para
misericórdia parte
con hun honbre y
Vna destas Estaba amanzebada publicamente
casase con ella otra muger
los se acabo que
por mediode padres
de los nuestros con
uiuda se anparo m°
honRada por
principal y
Ias limosnas se
honrrado senor de Vn que
hun honbre yngenio
dinero darian mas de se-
este ano fueron en
hizieron grandes
de vna fir-
marabedis a fuera unos candeleros plata y
tenta mil
encensario vna custo-
El Reyno comprar Vn y
ma para para
de los de
cosas dan sustentaçion
dia otras muchas que para
y
tienpo aqui estubo el
lo se mostrou uien EN el que
casa qual
dos En este colégio todos
con rresidir bèyte y
pe. prouinçial que
la tuuie-
sustentaron de limosnas en abundancia quaresma
Se
muchas Ias
nuestros mucho trabaxo ser poços y
ron los por
los oficios de la semana
sermones hizieronse
confesiones y
causo a to-
un munumento muy bien consertado que
sancta y
dei colégio fue en crecimto.
dos mucha deboçion lo material
49

diola dona Bea-


de los hermanos este efecto gobernadora
y para
de tieRa muy buena A fuera otra que estaba ya
tris vna légua

dada. (5)

NOTAS

D. Barreiros esteve segunda vez em Pernambuco, vin-


(1) Antonio

de Diogo Flores de Valdez, da Bahia no primei-


do na armada que partiu

de 1584, e chegou a 20. Entre Julho e Outubro falleceu em


ro de Março

Brites, viuva do velho Duarte Coelho. Nas pomposas exequias


Olinda D.

lhe fizeram no Collegio de Olinda, a oração fúnebre foi pronunciada


que
Bispo — Fernão Cardim, Tratados, 401.
pelo

Anclvieta, Cartas, Informações, Fragmentos histo-


(2) _ Segundo

Rio, 1933. do saudoso Antonio de Alcantara Ma.


ricos e Sermões, 328, (Notas

em todo o Brasil, até 1584, seis cabeças das Onze Mil Virgens,
chado) havia
tres no Collegio da Bahia, uma no Rio de
que se distribuíam assim:

Pernambuco; á restante estaria talvez em Pirati-


Janeiro, uma em quanto
foi criada na Bahia a irmandade das Onze Mil Vir-
ninga. Naqueile anno
Barreiros dispensou valiosos favores e
á o Bispo D. Antonio
gens, qual
cera o altar. — Conf. Fernão Car-
prometteu dar perpetuamente a para

dim,Tcaífldos, 380-381. , . „

A festa de São Patítaleãô celebra-se a 27 de Julho.


(3)

de 1576. Outro foi o Padre João Soloni, natu-


(4) Em Agosto

Catalunha, em companhia do Padre Luis


ral do bispado de Lérida, na que

Manuel Dias, embarcara em Lisboa, a 19 de Feverei-


Mesquita e do Irmão

á Bahia a 2 de Maio. Da Bahia foi para Pernambu-


ro de 1574, chegando
Ignacio de Tolosa, Reafsta do Instituto Histo-
co com o Padre Provincial

Ia, 241. — O Padre João Soloni foi um dos cinco sacer-


rico, XXVI, parte
catechese dos indios do Paraguay pelo Provincial do
dotes mandados á

Joseph de Anchieta, a do Bispo de Tucuman,


Brasil, que era então pedido

Victoria; os outros foram os Padres Leonardo Arminio,


D. Fr. Francisco

ia superior, Manuel Ortega te Estevão da Grã, portu-


napolitano, que por
Thomaz Filde, irlandez. Embarcando no Rio de Janeiro, ao che-
guezes, e

do Rio da Prata foram tomados pelos piratas inglezes


garem á embocadura

occasião o Padre Ortega ficou gravemente ferido e os


de Cavendish. Nessa

maltratados. Depois de algum tempo de prisão foram to-


outros bastante

no de Buenos Aires e assim seguir seu desti-


dos largados porto puderam
— Lozano, Historia de la Compania de Jesus en la Pro¦
no. Conf. Pedro

vincia dtl Paraguay, I, 22-27, Madrid, 1754.


50

— Borges da Fonseca, Nobiliarchia Pernambucana, in Annaes


(5)

da Bibliotheca Nacional, XLVIII, 354, refeitt-se a uma carta de sesmaria

encontrada no archivo do Collegio de Olinda, que foi dos Padres Jesuítas,


"passada de Pernam-
Albuquerque, Capitôa e Governadora
por D. Brites de

buco, a 24 de Julho de 1579, na qual confirma a data de uma legoa de ter-

ra em Camaragibe. aos Padres do dito Collegio de Olinda havia dado


que

D. Christovão de Mello, quando Capitão Governador..."

O ultimo algarismo do anno não deve estar certo, por isso que a doa-

da vem referida no texto entre os successos de 1576,


ção governadora
El-Rei D. Sebastião dotou o collegio com mil cruzados annual-
quando
mente, Fernão Cardim, Tratados, 403.
CAPITULO 9.°

De Ias cosas de edificaçion sucedieron entre los e>n


que yndios

algunas myziones se hizieron,


que

CONTINUARONSE Ias dotrinas se hazen a los


que

esclaueria de la tierra con mucho aprovechamiento


yndios y

lo comum era ninguno deestos oyr missa los domin-


y porque
dias sanctos ordeno el beniesen a la
gos y pe. prouincial que

misa auisando a los senores en Vn sermon de la obligaçion


pa.
tenian esto luego se sentia fructo deesto que
que para y por

bienen muchos todos los domingos dias sanctos a oyr la misa


ya y

E ella aCabada se les ensena brebemente la dotrina tanbien

este ano Se dio a la dotrina de los negros de Guinea


principio

son muchos estan sin ninguna dotrina hizoseles todos


que y
los domingos dias sanctos en la con mu-
y yglesia principal

cho aprobechamto. Ias cosas entre los


particulares que yndios

AContiçieron son muchas vn hindio estaua Aman-


pagano

zebado Con vna Xpiana la Estando para morir


yndia qual

Vino a este a Pedir a los lo hizieron christiano


padres que

lo casasen cõ ella esso la llevaria a la


y que que para ygle\sia

como lo hizo llevandola cõ otras a Cuestas. Estando vna yn-

dia morir confesion el senor llamar


para pedio y quiriendo

un clérigo de fuera digo altas vozes no clérigo sino vn


que queria

de la conpania de ansi se confeso con quien pidio


padre Jesus y

con mucha consolacion suya dei confessor vn a


y pregunto pe.

Vna estaua confessando si hurtaba rrespodio ella no


yndia qu

hurto me acuerdo sienpre he de morir. Dando hun


porque que

honbre una carta a vna para la diese de sua a


yndia que parte

vna hija de su senora entendiendo la la maliçia fue


y yndia

tan discreta la fue a meter en el fuego


que y preguntando
despues la rrespuesta Respondio el fuego la tenia.
por que

Otra no consentir e Vna ofensa de dios fue


yndia queriendo
52

de Ias manos dei dia-


Rascunada e assi escapo
arrastada, y
de si a los con el
uino luego a dar cuenta padres
bo y
muy enfermo de calen-
todo herido estando hun yndio
rostro
tenia lugar confesar
no se socegar ni menos para
turas podia
vn desta manera
estar muy Uiendolo padre
se por ynquieto
dei demonio haziendole vna
entendio aquillo era engano y
que
confíase en dios y que
breve amoestaçion dizíendole que

muchas bezes el demonio bus-


se esforzase a se confesar que
no se llegase a
desinquitaciones al honbre para que
caba

bezes la enfermedad dei cuerpo proçedia


dios que algunas
y
animandose el con estas palavras y
de la dolenzia dei alma

la absoluçion ceso luego la


se confeso dandole
quietandose y
los nuestros mu muy
tenia Aliando una vez yndia
calentura que
lengua como estaua Respondio
doliente le El hermano
pregunto
llamase sienpre el
mala aconsejola el hermano que por
ella que
auia de hallar bien de ay a algunos
nonbre de luego se
Jesus que
lo mesmo Respondio ella
dias le torno al hermano a preguntar
me dixiste me hallo uien.
des llame aquel nonbre que
que por
se hizieron Ias uillas y ynge-
Algunas miziones por

a muchas almas. Un pe. y


nios en Ias se dio rremedio
quales
hazienda donde hizieron
hermano lenguas fueron a Vna
un

ciento cincoenta seis^ casa-


doçientos dos baptismos y y y
y
luego la fama benian de
mientos estando alli corrio y
porque
de tres léguas a oyr la pa-
diuersas vnos de dos otros
partes
casarse algunos destos de-
labra de dios a baptizarse y a y
y
tenian Vn con hun hermano
Ias muchas mugeres que pe.
Jaban
afuera el fructo se hizo
fueron a la de tamaraca y que
ysla
sin misa sin ser-
en la blànca q' fue grande questaban y
gente
se hizo en la esclaueria era para
mon no fue menor el que

corian dè muchas léguas a la confes-


loar a nuestro sr. como

mucho tienpo ser la gen-


sion aguardaban en la yglesia por
y
le acabo el tienpo de su mission queda-
te mucha se
y porque
vn destos se fue tras los pa-
ron algunos confesar yndio
por
ellos en el harco ansi se fue a confe-
dres se enbarco con y
y
Otro con hun hermano fue a
sar de alli a Vna légua. padre

uilla de desde alli fueron uisitando


a 11a yguarasu
predicar
confesando en ella Uinieron
algunas haziendas predicando y

35 caso 36 en llegando a
a Vna donde el baptiso yndios y
pe.

le dieron nuebas un biejo para


esta hazienda questaba yndio

no era Xpiano al aUia Preguntado el cie-


morir que qual ya

de la hazienda si ser Xpiano a lo el rrespon-


rigo queria qual

no se determinaria tomaria consejo


dio que que primero y
53

llego alli le dio Cuenta de su uenida


mas luego quel padre y

el sancto baptismo, luego


lo mobiô nuestro sr. y pidio pusose

en Ias cosas de la fé ansi


el a aparejarlo chatequizallo y
pe. y
horas se fue de su criador en
lo baptiso dai a poças gozar
y
el a algunas cinqta. o sesenta
esta misma hazienda confeso pe.

otra hazíenda donde les


daqui se fueron luego para
personas
tienpo] Vna culebna auía
dieron Rebate que aUía poco que*

estaba de la morir
mordido a Vn y que picadura para
yndio
la medicina spiritual con la corpo-
acudiendo ellos luego con y

fue nuestro sr. seruido de


ral era un de vnicornío
que poco
en alma hallaron deste yn-
darle salud en el cuerpo y Junto

les confesion despues de


dio Vn esclabo morir que
para pidio
dia m° uiniendose Predico el pa~
la no biuio mas que y ya
qual
en Vna hazienda confeso dies o dose personas
dre de pasaje y

nuebas estaba de alli a Vn buen pedaso


adonde le dieron que

monte adentro Vna la muerte partieron


El yndia para
por
vna cabalgadura El camino
luego a socorrer accetando para

se dejo caer en el agua fue el


v Pasando Vn rrio la bestia y

calzado dentro de Ias aguas


forzado a andar bestido y por
pe.
a la luego aquel dia se
ansi mojado fue confeso yndia y
y y
hazienda fueron a la de ta-
fue a de dios y desta ysla
gozar

donde el confeso a muchas personas


maraca predico padre y

la banda dei norte o cinco


de la isla se partieron para quatro

muchos moradores fueron con asaaz


léguas donde estaban y

los- contrários Pitiguares los des-


de Risco de quales
peligro y
a El collegio dieron alli cerca en
de los bolber
pues padres
mataron diesysiete blancas des-
huna hazienda y personas y

esta mission muchos tra-


truieron la hazienda en padeçieron

ser ansi de hanbre como de frio dormir


bajos por ybierno por

en Ias de Ias casas bien molados hi-


algunas bezes portadas

esta o cinco amistades entre de


zieron en yda quatro personas

mucho tomo otra bez fueron dos a la Uilla de yguara-


padres

su Vno de ellos se ocupo en confessar a los blancos


predicar y

otro era lengua en dar Remedio a Ias almas de los yndios


que
muchas confessioNes de mucha hizieron
oyeron ynportancia

mas de cincuenta Baptismos ciento uinte casamientos en


y y

los se dio Remedio a muchas aman-


quales personas questaban

zebadas fueron llamados los nuestros de vna honRada


yndia

muger de un honbre blanco muy doliente cinco le-


questaba

desta uilla fueron a Remediaria con mucho trabajo ser


guas por

de El camino de Iodos andando de


tienpo mucha agua y grandes

noche Vna légua o légua ma fuera de se confesar la con


y y yndia
54

mas otros dos Dohentes y


mucha consolaçion suya Confesaron

Reales de edifi-
la les daban muchos plata y
a buelta gallinas y
Por su trabajo otras
caronse mucho biendo nada querían
que
a diuersas en Ias quales
muchas bezes fueron los nuestros partes

en ley de hoyeron
se baptisaron otros muchos casaron grada y
y
acabados de confessar otros
muchas confessiones muchos y
y
a Gosar de su criador otra
acabados de Baptisarse se yban
a confessarse a este
Uino de hocho léguas solamente
yndia
lengua oyrla Ias
no estonzes Vn pe. por
Collegio y pudiendo
la casa donde moraba 11o-
muchas ocupaçiones se torno pera
a la s.a de casa diziendo
rando muchas lagrimas y quejandose
a sse confessar no
no haUia benido a otra cosa sino y que
que
su buena boluntad se
le Pudiera alcanzar la muger biendo

RcGar al la con-
uiNo Con ella a este Collegio a padre que

mucha consolaçion Suya hasta


fesase ansi se confeso Con
y
este colleGio hasta El mes de otu-
hesto fue lo suçedío en
que

bre de 76.
Antonio Rodrigues, soldado, viajante e
jesuíta portu

na America do Std, no Secrio XVI


guez

Com introducçao e notas

do

PADRE SERAFIM LEITE, S. I.


da carta do Irmão Antonio Rodrigues para
Uma cópia

offerecida á Bibliotheca
os irmãos de Coimbra foi gentilmente
a recebeu do
Sr. Professor Afranio Peixoto, que
Nacional pelo
Leite, S. I. Trata-se de uma commum-
erudito Padre Serafim

Internacional de Amencams-
cação feita ao XXVI Congresso

a 18 de Outubro de 1935.
tas, reunido em Sevilha,
da fun-
Para commemorar o IV Centenário primeira^

Aires de 1936) a Universidade


dação de Buenos (Fevereiro
essa carta em espanhol, com o
daquella capital platina publicou
— de la conquista dei Rio de
título Un cronista desconocido

— Antonio 1553).
La Plata Rodrigues (1536-
interessa á Historia^ do
Como o assumpto também

lhe dão merecida acolhida,


Brasil, os Annaes da Bibliotheca

as notas sobre o impor-


com a introducção e que
juntamente
investigador da Histo-
tante documento escreveu o benemerito

Brasil, ao bem como ao il-


ria da Companhia de no qual,
Jesus
Peixoto, ficam aqui expressados os
lustrado Professor Afranio

mais calorosos agradecimentos.

R. G.
INTRODUCÇÃO

a história da Com-
Entre os documentos inéditos para

com frequencia. alguns,


de no Brasil aparecem
panhia Jesus
daquela história. Um deles
cujo alcance transcende os limites
e natu-
carta do Irmão Antônio Rodrigues, português,
é uma

de Lisboa, segundo Simão de Vasconcelos.


ral ^
na Companhia, em S. Vi-
Ao entrar Antonio Rodrigues

seu P. Manuel
no ano de 1553, ordenou-lhe o Superior,
cente,
da sua vida. E isto
da Nóbrega, resumisse as vicíssitudes
que
zelo dos estudantes de Coim-
com o fim, confessado, de avivar o

entre os índios da América.


bra o apostolado
para
valor sensacional, cre-
Sem atribuir a este documento

relacionado com o Rio


mos todavia tratando um assunto
que,
ribeirinhas, a cujas origens traz alguma
da Prata e suas nações

dá-lo a conhecer num


de novo, não será fora de
coisa proposito

este. Tanto mais as referen-


Congresso Internacional como que

da cidade de Buenos-
cias, faz á fundação grande
que primeira
de celebrar-se agora o seu
Aires, têm o relevo circunstancial

quarto centenário.
durante 18 anos soldado dos
Antonio Rodrigues foi

do Sul. Como tal assistiu á


exércitos de Espanha na America

das de Buenos-Aíres e Assunção, acompanhou


fundação cidades

foi, com Ribera, Rio Paraguai


Irala através do Chaco, e pelo

época importante, talvez


ao centro do Brasil. E' uma
portanto
Rio da Prata, desde 1536 até
a mais decisiva da conquista do

1553.

Depois Antonio Rodrigues entrou na Companhia


que
relativamente conhecida. Foi um dos
de a sua vida é
Jesus,
Paulo e o instituidor mais eficaz das célebres
fundadores de S.

da de Todos os Santos. Com a sua habi-


aldeias Baia
jesuiticas
canto, com a sua arte maravilhosa de tocar flauta,
lidade o
para
lhes impunha com a sua autoridade antiga
atraia os indios e se

de e seu conhecimento da lingua tupi-guarani.


soldado o prático
60

Antônio Rodrigues no ano de 1568


Morreu o Padre

de acabava de se estabelecer, e a cujos com-


no Rio Janeiro, que
Franceses e Tamoios ainda assistiu e
bates definitivos contra

talvez dirigiu com a sua experiencia militar.

sumaria, nos deixou, era ignorada até


A crônica que

factos, divulgados outras vias, por-


hoje; e acrescenta aos por

difere, no seu espirito, de todas as relações


menores novos; e

conhecidas.

A mais célebre dentre elas é a de Ulrico Schmidel,

Taubinga, embarcou, com Antonio Rodrigues,


alemão de que

Sevilha na armada de Dom Pedro de Mendoza. Existem


em

menores, Lafone reuniu nos


outras informações que Quevedo
"Apêndices" mais impor-
da sua edição de Schmidel, sendo as

Francisco de Villalta, Pero Hernández e Martim Gon-


tantes as

Todas elas têm um fim Schmidel o que


záles. particular. prefere

aos seus conterrâneos alemães. O


causar admiração
poderia,
"os
titulo da edição é claro: narrar
próprio primeira propõe-se

escaramuças entre eles e os nossos, tanto por


perigos, pelejas,
como terra, acontecidos de uma maneira extraordi-
mar por
da natureza e costumes horrivelmente sin-
nária, assim como

dos nunca foram descritos noutras


antropófagos, que
gulares

historias ou crônicas."

em ressaltar o da
E' evidente o empenho pitoresco

o aparato bélico. E amplifica-o tanto,


e amplificar
paisagem
militares nos fazem sorrir hoje um pouco.
que os seus quadros
na repartição^ dos empre-
Villalta sente-se preterido
com certa inveja. Mas
olha os funcionários
gos públicos:

também, isso dá noticias preciosas.


por pessoais
e, sobretudo, Pero Hernández, ini-
Martim González,

de Irala, com cores sombrias a adminis-


migos ambos pintam

do carregando o mau e omitindo o bom.


tração Governador,

Antonio Rodrigues coloca-se acima de semelhantes

paixões.
dos costumes dissolutos, sem espe-
Escreve em geral

e assinala determinadamente a pes-


cificar ninguém; quando
de Salazar, é dizer era va-
soas, como faz com João para que

lente capitão.

da cobiça do ouro, e in-


Fala também, evidentemente,

indiscutivel. Ainda repeli-


siste nisso. E' um facto histórico que

social tudo em função do


mos a idéia de certa escola que poe

como hoje, ninguém abandona lar


econômico, todavia, ontem
do
e a alguma compensação O missio-
senão por positiva.
patria
61

narío tem colocar-se, definição, em categoria á-parte.


que por

encorporar os factos narra An-


Se queremos particulares, que

Rodrigues, aos conhecidos, e foram as idéias di-


tonio já que

rectrizes da conquista, encontramos, exemplo, no toca


por que

ás dos índios, um critério objectivo classifi-


qualidades para

cá-los. São bons os recebem bem os conquistadores; são


que

maus os os recebem mal e os antropófagos, como os Cari-


que

extremos cruéis, e os Pagais, mataram a de


jós, em que gente

Àyolas achá-la desprevenida e em condições de inferiori-


por
dade, doentes, e os bergantins. Para Antonio Rodri-
perdidos

os índios são não exclusivamente bons, nem exclusiva-


gues,
mente maus: bons e maus, segundo as circunstancias, é o
que

meio termo da verdade. Se me fora invocar a minha


permitido

experiencia com os indios civilizados dos


pequena pessoal, pouco

confins amazônicos do Brasil, Colômbia e Venezuela, onde vivi

alguns anos, antes de entrar na Companhia como


(um pouco

Antonio Rodrigues) diria, sem hesitação, o homem branco


que

está de mais entre os indios, no dia em mostra fraqueza;


que
— o caso de de Ayolas, narrado
que é precisamente João por

Antonio Rodrigues.

O documento encontra-se no Arquivo Geral


presente
"Bras.
da Companhia de S. I. Roman., 3
Jesus (Arch. (i),"
- da época. Antonio Rodrigues como de
91v 93v-. E' uma copia

a te-lo-ia escripto em sua lingua ma-


português portugueses

terna. Ao ser enviado a Roma a Santo Inácio, traduzir-se-ia ao

castelhano. Este facto de ser tradução e cópia explica suficien-

erro de data, troca de números, 1523 em vez de


temente um

1535, ano em Dom Pedro de Mendoza saiu de Sevilha. Não


que

são admirar tais deslizes. Schmidel fá-lo sair também


para

erroneamente em 1534. Naqueles tempos a cronologia era se-

cundaria; o essencial, os factos se narravam.


que

Esta carta de Rodrigues acha-se intercalada com

outras se como úteis a historia da Compa-


que guardam para

nhia no Brasil, em sua maioria desconhecidas e inéditas. A que

se segue a esta é uma do P. Manuel da Nóbrega, o je-


primeiro

suita em terras americanas, dirigida ao Padre Luis


que pôs pé

Gonçalves da Camara, confidente do Santo Fundador da Com-

e depois confessor de El-rei D. Sebastião de Por-


panhia pouco

tugal. Dá-se a coincidência de ser escrita em S. Vicente, no

dia 12 de de 1553, véspera da chegada de Ulrico Schmi-


junho
dei. Trata igualmente de assuntos relacionados com o interior

da América do Sul e dos desejos e tentativas dos


Jesuítas para

ir lá.
62

Rodrigues apresenta-se como


Esta carta de Antonio

do Colégio de Coimbra. Dá portanto


um incentivo á juventude
cronistas do Rio da
a certos factos os outros
importancia que
xíe modo diverso. Atende,
Prata ou consideraram
preteriram
morais dos Índios, se são antropó-
de ás qualidades
preferencia,
do seu viver, como insi-
e ás condições econômicas que
fagos,
dificuldade de estabelecer missões entre
nuando a facilidade ou

eles.
como missionário. O
Antonio Rodrigues escreve já

dos maus costumes dos colonizadores


seu testemunho ao falar

este aspecto, sei


de encarecimento. Tem, sob que
pode padecer
não á veracidade
confirmado outros testemunhos, quanto
por
á sua ou intensidade.
dos factos senão quanto generalização
factos confirmados e até
Mas vemos certamente os mesmos

cronistas do tempo, Francisco


nos referidos
sobrecarregados

Martim González e Pero Hernández.


de Villalta,

também tais factos como quasi


Devemos considerar

observá-los não á luz das


moralmente inevitáveis. E convém

lá vão séculos. E
nossas modernas. Já quatro
preocupações
olhe a América só aira-
tanto anti-oritico o que para
peca por
dos missionários. A
dos conquistadores, como só através
vés
de uns e outros surgiu a obra
realidade é da conjunção
que
com todos os seus erros e
imensa da Colonização da América,

somando tudo, o resultado e


todas as suas E,
com grandezas.
E nisto consiste a de Espanha,
de signo e alto. gloria
positivo
conta, toda a luso-
ou, incluir-me modestamente na gloria
para
nossas línguas de Cervantes e
espanhola, soube vincular ás
que
maior do e
e á nossa religião e cultura, a parte grande
Camões,
-
Continente Americano/
glorioso
—- Outubro de 1935.
Lisboa Sevilha,
/ .t

SERAFIM LEITE, S. I.
CÓPIA DE UMA CARTA DO IRMÃO ANTONIO RODR1-

GUES PARA OS IRMÃOS DE COIMBRA.

De S. Vicente, do último de maio de 1553.

"Pax —
Christi." Ainda até agora, com muitos
que

navegando este mar do sul, onde há tantas


perigos, andei por

navios escapam, contudo confesso, Ca-


tormentas, que poucos

rissimos Irmãos, até agora ter navegado outro mar mais


por

é o deste mundo e suas vaidades, onde tantos se


perigoso, que
do Nosso Senhor me livrou meio do Padre
perdem, qual por

Manuel da Nobrega, recebendo-me na Santa Companhia de

trazendo-me Nosso Senhor movido entrar nela,


Jesus, já para

vendo tempo e com tinha sido soldado


quanto quantos perigos

no mundo, com tão e entrando nela entrava


pouco proveito, que

em melhor batalha, é de almas, e com tão grande prêmio,


que

é a remuneração eterna.
que

Mandou-me o Padre eu vos desse conta da minha


que

vida, e das mercês, Nosso Senhor me tinha feito, e eu


que por

ter ido daqui do Brasil ao Peru', terra e tornado vos


por (1);

escrevesse também dos essas terras hâ,. esperais


gentios que por

do ser ajudados de vós a sua salvação, e o aparelho que


para

têm receber a nossa santa fé; e vos dar esta conta


para para

vos escrever desde o da minha vinda a estas


quero principio

partes.
E é eu e outros Portugueses, assim vaidade
que por

como cobiça de ouro e no ano de 1523 partimos


por prata, (2),

de Sevilha em uma armada, fazia Dom Pedro de Mendoça,


que

na éramos 1.800 homens e todos carregados de nossa


qual (3J;

cobiça, chegamos, com vento, ao Rio da Prata, e ên-


próspero

tramos rio com as naus 60 léguas (4).


pelo
Logo ir em terra todos edificar uma
quiseram para

cidade: e os seis saíram ver o lugar onde se


primeiros que para

fazer mataram-nos as onças bravas Nem isso


podia (5). por

se deixou de edificar ainda cada dia as onças matavam


que

homens. Prouve a Nosso Senhor castigar a nossa cobiça e


pe~
64

soldados comumente fazem; vir tanta fome


cados, que permitiu

ao arraial não davam a comer a cada um, cada dia, senão


que

onças de E, a esta causa, com a fra-


seis pão. porque gente por

trabalhar, era muito castigada dos oficiaes da


não podia
queza,
da lhes davam com e assim mor-
ordem guerra, porque paus,

riam cada dia 4 ou 5. Ainda não deixou Nosso Senhor a


que

estes, castigavam aos outros, sem castigo, vieram


que porque

um dia de Corpus Christi e mataram 40 dos mais no-


os gentios

bres e esforçados (6).

Aconteceram nesta fome, com Nosso Senhor nos


que

castigou nossos coisas semelhantes ás acon-


por pecados, que

teceram aos em no cerco de Tito e Vespa-


judeus Jerusalem,

siano. Porque enforcando-se a dois soldados, lhes comeram as

barrigas das e um homem matou em sua casa a um seu


pernas;

e comeu-lhe a assadura. Acabando de a comer o acha-


primo

ram estava morrer, Deus por seu justo


que para permitindo

o matasse a comida com a morte do


juizo que que primo pro-

curou. Aconteceu também comerem uns o excremento que outro

depois de ter comido deitava, ainda corrução dos cor-


que pela

era aquilo tão o comia logo mor-


pos peçonhento que quem

ria E, desta maneira, uns com fome, outros os mata-


(7). por

rem as onças, e outros os morreram neste tempo, que


gentios,

se fez a cidade, 600 homens.

O Governador, vendo ir a desta maneira, voltou


gente

a Espanha, o morreu no caminho; e deixou em seu lu-


para qual

a de Ayolas, o em bergantins subiu rio 350


gar João qual pelo

léguas, deixando a cidade sepultura de mortos; e a Deus


praza

não sèja o inferno sepultura das almas e não sejam lá cas-


que

tigadas como foram cá seus corpos. Digo isto, Carissimos Ir-

mãos, claramente se vê ter Nosso Senhor permittido


porque

tantos males nossos Porque ali renegavam e blas-


por pecados.

femavam de Deus, ali os falsos testemunhos, ali as injustas jus-

tiças é vinganças, ali os oficiais da ordem da diziam:


guerra
— haverá
Bem é que morram, não ouro para
porque

tantos!

Estes morreram ainda mais miseravelmente, porque

os seus corpos careceram até de sepultura.

Deixando isto, andando as 350 léguas, achamos uns


"Timbos"
chamam os são muitos. Não
gentios que (8^), quais

comem carne humana, antes se afastam disso. São muito pie-

dosos, indo nós muito sumidos e os dentes e beiços ne-


porque

levando figura mais de homens mortos vivos, nos le-


gros, que
65

varam nos braços e nos deram de comer e curaram-nos com

tanto amor e caridade, era louvar a Nosso Senhor ver,


que para
em apartada da fé, tanta natural, com tanta
gente piedade que
mansidão e amor tratavam a estrangeira, não co-
gente que
nheciam. Achamos ali um espanhol, e sabia bem a lingua deles,

a qual tem muitas latinas


palavras (9).
Há muitas terras deste de
povoadas gênero gentios,
os obedecem a seus e neles há disposi-
quais principais, grande

ção para se fazerem cristãos. Praza a Nosso Senhor de mandá-

los visitar, a nossa, não era as suas


porque porque para ganhar
almas senão ver se tinham ouro, não lhes fez nenhum
para pro-
veito na fé.
"Co-
Há, adiante destes outros chamam
gentios, que
"Aquilocos" "Chenatimbos" "Qeuvas"
ruinna, outros e e sei-
"Guirandas" "Chandues" "Garinas."
vagens e e e E estes Ga-

rinas têm com todos os vizinhos e comem-nos; e se ca-


guerra

ptivam meninos fazem-nos á sua maneira. Estes nos mataram

muita
gente.
Deixamos alguma entre os Timbos e fomos cer-
gente

ca de 60 homens em bergantins, fizemos, com a nossa co-


que

biça ás costas pelo rio acima a serviço da avareza, a bus-


(10),

car o de Ayolas, o tinha subido, com tres


governador João qual

bergantins e 160 homens, rio 380 léguas. E, deixando os


pelo

bergantins com 30 homens, foi-se terra dentro com a


pela
"Carcara",
outra gente em busca dos chamados têm
gentios que
ouro e prata. E, antes chegassem lá, houve muita a
que prata,

qual não se sabe era. E voltando tornar com mais


quanta para

poder para sujeitar aqueles gentios, adoeceu a trazia


gente que
á volta; e, não achando os bergantins no foi ali toda a
porto,

gente sem ficar nenhum, mortos uns chamados


por gentios
"Pagaes."
(11)
Muito de considerar é, carissimos irmãos, os traba-

lhos que os homens levam cousas deste mundo e


pelas quão
vezes são mesmo destas cousas baixas dele;
poucas galardoados

porque comummente os dos trabalhos tomados


prêmios pelo
mundo são outros maiores trabalhos nele, deixando o perigo
tem de cair em eterna; e todavia há tais os sigam
que pena que
e tanto sofram elle; e Deus dá eterno e até
por por que prêmio
"centuplum
in hac vita" não há faça nada. E aqueles
quem que

especialmente se dedicam a seu serviço são tão excedidos dos

do mundo, que têm farta matéria de confusão em ve-los correr

mais depressa á morte do eles á vida.


que
66

Indo nós em busca do Governador passamos mui-


por

tos seria longo contar. Somente direi alguns, a sa-


gentios que
"Mearetas,"
ber: Os nos carregavam os bergantins de
que pei-

xe curado ao sol, e muita mantença, disto se mantêm.


porque

E' não come carne humana: tratam muito bem os


gente que
os Timbos, recebe-
cristãos; piedosos como
são também que nos
"Mepenes,"
ram em suas casas; e os que são muitos e da menei-
"Cuchamecas" "Agazes".
ra destes, e os e os Todos estes
gen-

tios não comem carne humana.


"Carijós,"
Chegamos á terra dos são
que gentios
muito poderosos e grandes lavradores, e naquele tempo em

extremo cruéis, que comiam carne humana. Chegamos com

muita fome e falta de mantimentos, haver seis meses


por
a remos tínhamos caminhado, sem ter um só dia vento
que
de vela. Ia nosso capitão um homem chamado de
por João
Salazar, muito capaz na guerra, o como nos via ir can-
qual

sados de caminhar, tomou conselho do seria bom fazer,


que
e conclui-se que se fizesse ali fortaleza. E assim saltamos

em terra as tres da ficando os bergantins


partes gente,
apercebidos a no rio. E um homem, leva-
para guerra que
vamos, que sabia a lingua, começou a dizer àqueles
gentios

(que quando nos viram eram tantos sobre nós cobriam


que
a terra), nós éramos filhos de Deus, e lhes trazia-
que que
mos nossas cousas, cunhas, facas e anzóis; e com isto foi-

e nos deixaram em fazer uma fortaleza muito


garam paz
de madeiras muito E assim a fize-
grande grandes. pouco pouco
mos uma cidade aonde trouxemos toda a vinha atrás,
gente que
e outra o Imperador depois enviou, de maneira se
que que jun-
taram nela 600 homens Os quais vieram a tanta cegueira,
(12).
"crescite
que pensaram que o preceito et multiplicamini" era

valioso. E assim dando-lhes os as suas filhas encheram


gentios
a terra.de filhos, os são muito hábeis e de engenho.
quais grande
Estando nesta cidade, chamada de Nossa Senhora da

Assunção, ser começada neste dia nos livrou Nosso


por (13),
Senhor, dai a algum tempo, no mesmo dia, de umas traições,

que os gentios nos fizeram; e a Nosso Senhor foram,


prouve que
vencidos. E dai em diante começaram a temer-nos muito
(14).
Desta cidade fomos mais adiante a conquistar terras

e subimos mais acima 250 léguas e chegamos do Mara-


perto
"Parais,"
nhão e das Amazonas. Chegamos aos lavrado-
gente
ra, muito amigos dos cristãos; têm um
principal a quem obede-
"Cameri,"
cem que em sua lingua chamam Não comem carne
61

"Barbacanes," "Sabacoces,"
humana. Perto destes estão os os
"Saicoces,"
os todos lavradora de muitos mantimentos,
gente

e dócil receber a fé de Cristo. Passamos outros


para por gen-
tios, de
não fizemos caso, não serem lavradores, a que
que por
"Pagais,"
chamam os mataram a nosso
quais governador João
de Ayolas. Estes são e caçadores. Achamos também
pescadores
"Gaxarapos,"
outros gentios chamados mui ruim e outros
gente,
"Gatos."
que chamam

E não achando nesta saida nem ouro, tornamos


prata
a nossa cidade, cansados e em excesso trabalhados
(15).
Neste tempo os Carijós tomavam muito bem a doutri-

na de Cristo, como abaixo contarei.

Fomos outra vez no ano de 1548 entramos


(16), que
"Carcara,"
caminho do buscando a tem
poente, gentilidade que

ouro e prata. Fomos vinte de cavalo e 250 de e 3.000 Carijós.



homens de guerra. E assim caminhamos terra dentro 70
pela
"Maias,"
léguas e chegamos a uns chamados são
gentios, que
seis e uma e meia onde estava o seu
povoações (sic) principal.
E' gente de muitos mantimentos e lavranças. Não co-
grandes
mem carne humana. E vendo-nos não ousaram esperar-nos e

fugiram desamparando as suas casas. Mas o nos en-


principal
viou um de certas de e muitas mantas de
presente peças prata
algodão, que suas mulheres fiam e tecem Têm entre si
(17).
"Taonas,"
uns, a chamam e a estes dão a comer os seus
que
inimigos, os tomam.
quando

E, deixando estes, fomcs adiante sempre por povoado,


e achamos outra muita a sabef: os Laenos,
gente, Quichaquea»
nos, Soporeanos, Madpenos, Ganes, todos lavradora, de
gente
muitos màntimentos. Achamos também outros chamados Coro-

rés (18). Estes nos esperaram mas os de cavalo os


para pelejar,
desbarataram. Tinham uma de bj casas com
povoação (sic)

praças no meio, bem feitas e de beber, muito fundos,


poços por
não haver rios toda aquela terra. E logo achamos outros
por
"Caporés,"
chamados os tinham uma de 300
quais povoação
casas. Estes nos enviaram muitos avestruzes outras carnes,
e

porque isto é o que mais há naquela terra. Achamos logo adiante


"Severis";
outros, chamados é povoação mais Deram-
pequena.
nos também do tinham, e nos deram noticias da
que gente que
"Carcara."
tinha ouro e prata, se chamava E assim
que passa-
"Corcorones,"
mos aos boa e depois a outros, não
gente; que
nos esperaram terem medo. Toda esta é boa e não
por gente
come carne humana.
68

de 50 léguas, mas
um despovoado
Dali passamos "salinas,
a umas coisa
bons caminhos; e chegamos
sempre por
de meia légua de comprido,
ver, são cerca
muito para porque
muita abundancia e está longe
há sal branco e limpo e em
onde
ao redor destas salinas,
do mar 400 léguas. E há muitos povos

de me esquecem os nomes.
que
de tão deserto, a uns gen-
Chegamos, depois grande
"Morianos" ter comer, com
e sem que
tios chamados (19),
de favas e
e trabalho; e achamos mantimentos
muita fome

legumes, e galinhas. _
outros patos
"Bracanos'
aos e aos Paicu-
Depois fomos adiante

achamos comer carne humana, porque


nos," e estes somente

com metade e e mãos


as ao lume pes
lhes encontramos panelas
"Morganos,"
aos nos esperaram
de homens. E dai fomos que

homem e feriram XX E
de e nos mataram um (20,).
guerra,
destes, também nos espe-
depois fomos a outra povoação que

cativamos, excepto os fugiram.


raram, mas a todos que _ ^
"Brotoquis" "Cevichococis,
e Orici-
Dai fomos aos
"Tarapacocis," terra muito boa, não
cocis," todos em uma que

mulheres fiam e tecem muito bem,


comem carne humana. As

os homens têm cuidado


nem se ocupam noutra coisa, porque

as suas lavranças. Há destes muitas po-


das roças que são

em X e XII léguas em roda.


voações
"Carcaraes."
noticias dos E fomos adian-
Aqui tivemos

a terra, um deserto de 55 léguas;


te, com homens que sabiam por
"Tamachoois," de Es-
tinham muitos cães
e chegamos aos que

estar do Perú, e aqueles gen-


E ali soubemos perto que
panha.
sujeitos aos Cristãos, fugiram aquela
tios não estar para
por
lá 4 homens, chegaram dai
terra E assim, enviando que
(21).
estava, um cavaleiro chamado Dom. Pedro
a 90 léguas, aonde

voltamos muito tristes, não achar ouro nem pra-


nos por
(22),
ainda o Governador seguir o ca-
ta, a nossa cidade, querendo

minho do norte.

Isto vos digo, Caríssimos Irmãos, vejais


para que

falta de operários, sem dúvida


se perde por que
quanta gente

houvesse toda esta se converteria facilmente á nossa


se os gente

vos espanteis do os homens do mundo


santa fé: e para que que

uma esperança vã das coisas dele, que assim


sofrem por para

trabalhar e aperfeiçoar as vossas almas e vir


vos animeis em

ajudar esta tão desamparada.


gente
Tornado a nossa cidade, achamos admiravel fruto feito

um Padre, chamado Nuno Gabriel, dei-


com os gentios, porque
69

deu de todo a dou-


tinha na igreja se
xando uma capelania que
e os tühos dos
tomava os deles
trinar estes e principaes
gentios;
e ali os ensinava a
e os tinha em uma casa grande
principaes
Ave-Maria,_ Credo e
o Pater Noster e
ler e escrever e sabiam

finalmente toda a doutrina (<W).


Mandamentos e
Salve-Regina,
a saber, nao
contra todos os seusvicios, para
Fez-lhes cantigas
não mata-
humana, não se pintarem, para
comerem carne para

rem, etc. ,
o fruto com estes
coisa louvar a Deus que
Foi para
fizeram, sendo
este Padre e a mudança que porque
?entios fez
vj léguas em
comedores de homens agora já
dantes grandes
nao e
E' tanto o fervor têm, quebrada
roda os não comem. que

dos vem a missa.


se enchem os caminhos que
manhã, quando
Vem a missa um
as festas muitos cristãos.
Melhor sabem que
outro com a sua, e
a sua aldeia, e depois
com toda
principal
tomar lugar na
diante os outros, e, muito cedo, para
assim por
e levava consigo
Fazia este Padre com eles procissões
igreja.
de Nosso Senhor e espe-
os doutrinava, cantando louvores
que
Christi, cantando muitos
nas de Corpus
cialmente procissões
cada dia;
louvores do Santíssimo Sacramento; pregava-lhes

com os seus filhos ás costas,


e vinham de 5 léguas as mulheres

muitos trabalhos, a baptizar-


frios fomes e
por grandíssimos,
mal a um cristão é o
agora lhes fazer
se; e ainda parece que

maior mal se fazer.


que pode
este fruto, bus-
Vendo o inimigo da humana geração
os cristãos de
o impedir e o achou. Porque
cru modo para
tudo, escandalizando muito
cá ali estão, desbaratam
(24), que
nao deixam aos Índios,
aoueles novos cristãos, porque pobres

rede, nem cunha, nem es-


mulher, nem filha, nem roça, nem

não tomem e roubem. Levam-


cravo, nem cousa boa lhes
que
trouxeram muitos ca-
nos como escravos até o Peru e aqui ja

se não haver
tivos. Assim com o desamparo, perdem por
que,

os socorra (25).
quem
Manuel da Nóbrega fosse ou
Eu falei com o P. que

da Companhia, ali há outros


mandasse lá um nossa porque perto

carne humana, mais e


que nao comem gente piedosa
gentios,
receber a nossa santa fé, ter em grande
aparelhada para por

estima e crédito aos cristãos.

desejos de ser de 20 anos e ter longa vida


Agora tenho

Padres da nossa Companhia, eu ter mais


para ir com alguns por

terra e as minhas forças e vida em ensi-


experiencia da gastar

Vinde, caríssimos irmãos, há tanto


nar esta gente. pois, pois

fazer e tanta se falta de operários!


que gente perde por
70

Acrescentou-se o desamparo daqueles Carijós, que foi

da cidade de Nossa Senhora da


agora um capitão com gente

as Amazonas, onde dizem haver ouro e


Assunção a buscar pra-

ta. E Padre, tinha doutrinado aquela en-


aquele que gente, já

de ver tantos males dos cristãos, foi com elles; e não


fastiado

cuidado daquela senão a des-


há agora quem tenha gente para

truir e assolar.

Neste estado deixei aquela terra, rogando a Nosso Se-

nhor, me desse caminho a minha salvação; e assim vim


para

aqui, são de 30) léguas, uns chamados


que perto por gentios,

Topinaquinas e embarquei Portugal dar lá larga con-


para para

ta destas necessidades e se me receber na Compa-


quisessem

nhia fazer dos meus Mas, tornando a


para penitencia pecados.

arribar, e, movendo-me mais Nosso Senhor, ao.Padre Ma-


pedi

nuel da Nobrega me recebesse; e ele me recebeu nesta santa

Companhia. E assim me trouxe Nosso Senhor, depois de tantos

trabalhos, a tão seguro e me fez tão mercê, qual


porto grande

eu nunca saberia agradecer.

Assim vos contei, Caríssimos Irmãos, a messe


pois
há nesta terra, tanto em todos estes e Carijós, como
que gentios

no Peru, onde há necessidade de Padres da Companhia,


grande

afinal, os lá vão, levam mais o seu intento no ouro


porque que

do nas almas, e mais impedem com a sua cobiça a salvação


que

deles.

o caminho está feito daqui ao Peru, e a muito


Já gente

aparelhada para receber a nossa santa fé. Não falta senão que

venham da Companhia, uns as do Peru, outros


para partes para

aqui, a colher tanta messe, até tempo, Nosso Senhor


que pelo

se ajuntem; há alguns anos foram dois


queira que porque que

frades franciscos, e entraram cerca de 50 léguas daqui desta

Capitania, terra dentro, caminho dos Carijós, e a uma al-


pela
deia deles chamaram Província de onde fizeram admi-
Jesus,
ravel fruto
(26).
Isto digo que vejais a disposição desta
para gente,

a dos Carijós, aue estão desejando os fa-


principalmente quem

voreça; e muitos espanhóis ali estão o desejam.


que

E assim escreveu dali um Padre ao nosso Padre



Lecnardo Nunes, com muita instancia vá lá.
pedindo que

Nas orações dos Padres e Irmãos muito no Senhor

me encomendo.

Archiv. S. I. Roman., Bras. 3 91v-93v)


(1),
71

NOTAS

"Daqui foi de Assunção ao


do Brasil ao Peru". Rodrigues
(1) _
como parte inte-
então o Paraguai
Peru', mas os Jesuítas consideravam

um todo o Brasil. . •,
grante de geográfico: i
em 1535, saindo do
1523, erro de cópia. A armada partiu
(2)
Agosto de 1535 (Paul Grous-
no dia 24 de
de Eonnnça (Sanlúcar)
porto
— de Buenos Aires, (1536-1580),
Mendoza Garay Las dos fundaciones
sac,

2a, 60, Buenos Aires, 1916.


p.
da exageradamente 2.b5U (ct.
o mesmo, Vilalta. Schmidel
(3) _
Plata Notas bibliográfi-
Schmidel, Viaje al Rio de la (1534-1554).
Ulrich
Lafone Quevedo, p. áU-l.
Bartolome Mitre, edicion
cas y biográficas por

138, B. A., 1903. ., , T ,


"Entrante 1536", Vilalta (cf. Schmidel-Lafone,
— el ano
(.4)

303). , .
t
onças é interessante. Outros
referencia
Esta concreta ás
(5)
"Los entonces esta region",
vagamente. jaguares infestaban
falam mais

Groussac, o. c., 161.


1536 caiu a 15 de Junho, Id. ib., 173.
(6) Corpus Christi em
A edição de Hakluyt acoima de
Í7) — Cf. Schmidel, cap. IX.

alemão. Rodrigues, que foi


exagerados os horrores da fome descritos pelo
deixa a menor dúvida.- Vilalta igual-
vítima dela, como Schmidel, não

305). Confirma-o ainda mais a


mente o confirma. (Schmidel-Laforfe,
"Real comedores de carne humana. Escreve Her-
Ordem", que perdoa aos
"Y estrema hambre aquellos castellanos
rera: como se entendió que a que

comer carne humana, por temor de


auian los auia forçado a y que
padecido
se andauan entre los Yndios, viviendo como Alárabes,
ser castigados,
los recibiessen sin castigarlos por ello,
el Rey los perdonó y mando que
inconveniente, atenta la hambre que a ello los
teniendolo por menos gran
la vida sin oir los divinos ofícios, ni
necessito, que permittir que passassen
de Christianos" Hist. de las índias Occidentales,
hazer obras (üerrera,

101. E' curioso notar Catalina de Guevara,


Década IV (1613), p. que

Da Juana, da Asunção, a 2 de julho de 1556 (tres


escrevendo á princesa
de Antonio Rodrigues) traz a mesma nota erudita: esta fome
anos depois
'¦foi lhe igualar".
tamanha que nem a de Jerusalem se pode (Schm.-Lafone,

Cf. Barco Gentenéra, Argentina, cant. IV, p. 24 ss. Lisboa, 1662.


338.
indicio de que o original
Assim Timbos, á portuguesa,
(8) —
está escrito Timbunes. Foi descobri-los
aeria Por cima
também português.
com 16 homens, um dos quais
da Costa, morador de S. Vicente,
Gonçalo
facto Schmidel, Historia y descubri-
Garcia, testemunha o (Cf.
Bartolomeu
224, ed. Pelliza, Buenos Aires,
dei Rio de la Plata y Paraguay, p.
miento

1881.
não sabia latim, a não ser alguma frase solta.
(9) Rodrigues

Romero (Herrera, o. c., 310) ou Jerónimo


Aquele espanhol era Gonçalo
307). Romero tinha ficado da armada
Romero (Vilalta, Schmidel-Lafone,

de Sebastião Caboto.
72

(10) — Sairam do de Buenos Aires a 15 de Janeiro de


, porto
1537, escreve Pero Hernández (Schmidel-Lafone, 327).
"Nenhum
(11) — deles escapou", Schmidel, ed. Lafone, 185.

(12) — Schmidel conta o facto com a sua maneira de habitual gran-


diosidade. Houve luta. Morreram 16 homens dos espanhóis. Depois

fizeram um tratado com os indios, comprometendo-se estes a dar 8.000

homens para auxiliar os espanhóis na guerra (Schmidel-Lafone, 176-177).

A narração de Rodrigues parece mais natural. Vilalta não fala de luta.

Nota apenas que os indios não queriam dar a madeira senão por puro res-

gate (ib. 313), que é o caso das cunhas, facas e anzóis de Rodrigues. Pero

Hernández, por sua vez, diz que João de Salazar de Espinhosa fizera nque-
"em
Ia povoação concordia dos naturais da geração Cariós" (ib., 327-328).
"La
(13) — cual funde ei ano de treinta sete" — Carta dei
yo, y
Capitán Juan de Salazar a El rey, dei puerto de Santos y San Vicente, 25 de

junio de 1553, Arch. de índias, México, 168. Cf. também Schmidel-Lafone,


citando o Dr. Dominguez, p. 176, e Ruiz Guinazu', Garay, de Bue-
fundador
nos Aires, p. CXV, Buenos Aires, 1915.

(14) — Rodrigues distingue, pois, o dia da fundação do da esca-


ramuça, que parece ter sido, de-facto, daí a algum tempo.

(15) — E' a viagem de Fernando Ribera, enviado Cabeça de


por
Vaca, Lafone, pregunta se os indios Syeberis (grafia de Schmidel) não se-
rão os indios Pareah. Syeberis confundir na boca de um alemão
pode-se
com Cameri, lendo-se Çameri. A nós parece-nos que Parais, sugere também
a idéia de Parecis. Os indios Parecis vivem actualmente .no Estado de Ma-
to-Grosso, Brasil.

(16) — 1548 parece ser a data de chegada. Domingos de Irala, que


era o clfsfe da expedição, diz em carta sua, de 24 de Junho de 1553, que
sairam da Assunção, no mês de Novembro de 1546 (Cartas de índias, 573,
Madrid, 1877).

(17) — Segundo Schmidel ofereceu 4 coroas de prata e 6 laminas


de prata das que atam á cabeça; e acrescenta os Maias eram 20.000
que
e quiseram surpreender os espanhóis, mas que foram vencidos, havendo
"uns
1.000 mortos da gente deles". (Schmidel-Lafone, 250).

(18) Cororè significa sapo. Schmidel não fala deles ou estro-

peia tanto a palavra qu£ impossibilita a sua identificação, com de-


grande
sespero de historiadores e antropólogos. Esta observação vale outras
para
palavras. Creio que Rodrigues lhes prestará algum serviço com a sua gra-
fia luso-espanhola.
"Moyganos",
(19) — Martin Gonzalez escreve em Schmidel-Lafo-
nc, 477.
"Do
(20) — fenescieren^lgunos Christianos" — Martin Gonzales,

en Schmidel-Lafone, 478.
"se
(21) — Carcarás nos declaró muy particularmente ser Ias Char-
cas y estar ganado y ocupado por los Conquistadores dei Peru'", Irala, (Id.
ib., 40).
— Pedro Anzures, fundador
(22) de Chuquisaca, Lafone, nota a

Schmidel (Id. ib., 265).


73

Preyra de América Espanhola,


Pregunta Carlos (Historia
(23) —
apostólicos se tirou da expfcdi-
IV - Repúblicas dei Plata) que resultados
De-facto é uma novidade histó-
de Mendoza, e responde que nenhuns.
ção
era este Padre? Com aquele
rica este apostolado de Nuno Gabriel. Quem
do Rio da Prata. Mas entre os
não se encontra em nenhuma relação
nome
os Pero Hernández denigre^ em
de Irala, e portanto entre que
partidarios
"Juan —
de Lezcano, vecino de Valladolid, clérigo"
1545, há um Gabriel
— foi na armada de Don Pedro
Schmidel Lafone, 353. Entre a gente que
"Juan clérigo, hijo de Juan Sanches
de Mendoza está Gabriel de Lescano,
— Arch.
de Catalina de Vilegas v° dei Valle de Salzedo"
de Lescano (y)
A este Nuno ou mfclhor Juão Ga-
de índias, Contratación, 5536, L°, 3.389.

no ano de 1538, como raçoeiro e ad-


briel deixou Ruiz Galán na Assunção,
chefe da nascente
do P. Francisco de Andrade, português, primeiro
junto
igreja (Ct. Scbmidel-Lafone, 489).

a nota 1; trata-se dos espanhóis do Paraguai,


(24) Recorde-se

Brasil; diz genericamente: cris-


então se considerava também porisso
que
tãos de cá.
"Tomamos homens, mulheres,
até uns 2.000 prisioneiros,
(25)
depois as suas aldeias, e lhes tiramos quan-
meninos e meninas, queimamos
e cativamos homens, mulheres e meninos em nú-
to tinham..."; matamos

de 3.000 Eu tirei desta escaramuça mais de 19 pes-


mero como pessoas.
mulheres, não eram velhas, porque sempre gostei mais
soas, homens e que
da velha"...; nesta viagem tomamos de homens, mu-
da gente moça, que
até o númeror de 12.000 a quem obrigamos a ser
lheres e crianças pessoas

nossos escravos; também me tocaram por minha parte umas 50 pessoas,

homens, mulheres e meninos". Isto diz Schmidel (o. c., 227, 251,
entre

Mesmo baixando muito, fica margem bastante para o apêlo missio-


274).

e de Rodrigues: por não haver quem os soe-


nario generoso perdem-se

corra!

(26) — Fr. Bernardo de Armenta e Fr. Afonso Lebrón estavam

na costa de Santa Catarina, quando chegou o Governador Albár Nunes Ca-

beza de Vaca, e com ele a Assunção; o governador chegou a esta


passaram
março de 1548. — Pero Hernández, carta de Assunção,
cidade no dia 11 de

a 28 de de 1545, em Schimidel-Lafone, 340, 353.


janeiro
se fizerão na Vi-
Livro das DenunciaçÕes que

do Salvador da Bahia
do Santo Officio á Cidade
sitação

Brasil, no anno de 1618.


Todos o$ Santos do Estado do
de

Inquisidor e Visitador o Licenciado

MARCOS TEIXEIRA
INTRODUCÇÃO

Furtado de
do licenciado Heitor
Depois da visitação
1591 a 1595, comprehenden-
do Brasil, de
Mendoca ás partes
Itamaracae Parahb ,
da Bahia, Pernambuco,
do as Capitanias
(1 ,
acham na maior parte publicados
documentos se
e cuios
licenciado Marcc»T«-
em 1618, a do
de novo a Bahia,
teve m
do Santo Officio,
apostolico, deputado
xeira proto-notario
da Bahia
na cidade do Salvador
visitador do mesmo
quisMor e
e em Angola, P0^™1™
Santos, seu Reconcavo
de Todos os
bispo e inquisidor ge
Martins Mascarenhas,
são de D. Fernão
de Portugal. . _
m? dos reinos e senhorios
as denunciaçoes, que
existem apenas
Dessa visitação
do Tombo, códice
Archivo da Torre
inéditas no
se conservam
e demais actos
° confissões, ratificações
as
n 17 (Livraria);
nos archivos por-
ainda não appareceram
relativos á visitação

tuguezes.
as
funccionou,_para
^ Officio

infamadas de judaísmo.
todas
dezenas de pessoas, quasi
gumas
às Partes do Brasil
do Santo Officio
nu _ Primeira visitação

Furtado de *£>£££^
licenciado Heitor
polo

São Pau,-
--eu-
"Para se conhecer o Bras
— melhor
Eduardo Prado
Série

Paulo Prado, 1922. i


- Introducção de
f)e£ da Mlia: 1591-93.
"de
"Para
Prado
- melhor se conhecer
- Série Eduardo
Capistrano Abreu

° BraSÍ1"~ de -
Pernambuco: 1593 - 95

- "Para
Prado melhor
- Série Eduardo
de Ztl Garcia.
Introducção
- Paulo Prado, 1929.
o Brasil" Editor
se conhecer
n

A formidável vassourada da visitação não fora suf-


primeira

ficiente varrer todo o mal; o Brasil continuava a ser,


para

e continuou muito tempo, o refugio e o lugar de degredo


ppr
dos christãos-novos: refugio os da metro-
para que podiam

escapar ás malhas do temeroso tribunal, degredo para os


pole

culpas leves, saiam elle esses
que, por por penitenciados,

em menor numero do que aquelles.

A colonia vastíssima, despoliciada dos zeladores do

crédo official, a uns e outros certa liberdade de


permittia

acção, e, sem receio da repressão immediata, voltavam elles

natural e instinctivamente ás crenças ancestraes.

Assim é occorrem nestas denunciações diversas


que

referencias á frouxidão das autoridades ecclesiasticas da Bahia

a respeito de de o Bispo D. Cons-


praticas judaísmo; prcprio

tantino Barradas, falleceu em meio dessa visitação, no


que
dia de Todos os Santos, vem accusado de livrar com facilidade

os culpados Santo Officio, e de ter amizade ao


pelo particular

Padre Balthazar Ribeiro, da nação, isto é, de raça que


judia,

lia uma Biblia em linguagem castelhana, da edição saída


por
em Flandres, de ou cinco mil volumes Outros sa-
quatro (2).

cerdotes, além deste, sem embargo da carta regia de 4 de

Fevereiro de. 1603, recommendava ao Bispo do Brasil pro-


que

vesse as igrejas de christãos velhos, constava que as mais


pois
— raça de e foram
dellas o estavam em novos, tinham judeu

denunciados o visitador por actos judaisantes.


perante
Peccados de heresias e blasfêmias, desacatos ás

imagens santas e aos lugares sagrados, leituras de livros de-

fesos, vários casos de sodomia e de libidinagem, completam o

— Biblia En leligua Èspanôla traduzida palabra por palabra


(2)
Hebrayca muy excelentes letrados vista y examinada por el
dela verdad por
dela Inquisicion. Con priuillegio dei illustrissi^io Senor Duque de
officio
'Ferrara. "A la
— de nuèstro Senor se acabo
(in-fine): gloria y loor pre-

sente Biblia e Iengua Espanola traduzida dela verdadera origen Rbbrayca

muy excelentes letrados: con y deligencia de Duarte Pinei


poí yndustria

Português: estampada en Ferrara a costa y despesa de Jeronimo de Vargas

de Março de 1553". — Catalogo de Cimelios da Bi-


Espanolf en primeiro
das Biblias, 35. — Essa é a chama-
bliothecá Nacional, n. 33; Catalogo ps.
"Biblia todas de Amsterdam,
da de Ferrara"; delia ha mais cinco edições,

1646, 1661 1726. — A Biblia lia o Padre Balthazar


1611, 1630, e por que

Ribeiro seria a de 1611, edição flamenga. A Bibliotheca Nacio-


primeira
"editio
nal, além da mais de 1630, 1661 e 1726. Sobre a
princeps", possue

de 1553, veja o erudito estudo do Sr. Clemente Ricci, La Biblia de Ferra-

ra, Buenos Aires, 1922.


79

não se encontrarem na
rol das culpas dos accusados, que, por

ao não se saber até


integra as listas referentes periodo, pôde

relação a elles, os rigores do Santo Offi-


onde chegaram, com

cio .
(3)

listas dos denunciantes e dos de-


Inserem-se aqui as

foi colher, fóra do tex-


nuncíados, com a noticia que possível

to, a respeito dos mais notáveis.

Lista dos denunciantes:

natural da cidade de
— Melchiior de Bragança,

doutor, ensinára a lin-


Mkjtocos, converso á fé christã, que

de Alcalá e Salamanca, na
hebraica nas universidades
gua
e no Collegio da Companhia em Coim-
Espanha, com salario,

em Lisboa e degredado a Bahia


bra, sem salário, casado para

culpa de morte de um homem.


por
natural de Santa Cruz de
— de Sevalhos,
João
de Braga, christão velho, havia
Castanheda, arcebispado que

Bahia soldado de Sua Magestade.


seis annos residia na por
Barreto, natural da ilha do
— Melchioj- Gonçalves

morador na Bahia. .
christão velho, cidadão e
Porto Santo,

Vasconcellos, chantre da Sé
— Bartholomeu de

nessa cidade. Em 1591 tinha


da Bahia, natural e morador

conego da mes-
trinta e dois annos de idade e era prebendado

Agosto daquelle anno comparecia ali perante


ma Sé; a 20 de

Bahia, 70/72. Ao chan-


a mesa do Santo Officio, Confissões da

de Santa Maria Catalogo


tre refere-se Fr. Antonio Jaboatao,

Histórico, LII, te 1.,


Genealogico, in Revista do Instituto pai

em 30 de Maio dp 1618 a
157, como o sacerdote recebeu
que
Franco, na igreja de
Antonia de Menezes com Diogoiopes
D.

D. Constantino Barradas, sendo


Pirajá, com licença do Bisoo

D. Catharina, mulher de Diogo


Marcos da Costa e
padrinhos
filha de Henrique Moniz Telles, o
Moniz Telles. D. Antonia era
— Veja
segunda mulher D. Leonor Antunes.
velho, e de sua

8 desta lista e 32, 44 e 77 da dos denunciados.


os ns.

christão velho, natural de Parada


_ Pero Villela,

do Pinhão, termo da Villa Real, cirurgião.

Historia dos Christãos Novos


_ Conf. J. Lúcio de Azevedo,
(3)

Portuguêses, 229, Lisboa, 1922.


80

— Paulo Affonso, christão velho, natural da Bahia

e morador no Rio Vermelho.

— Francisco de Barbuda, natural da Bahia, juiz

e capitão de uma bandeira. Filho de outro Francisco


ordinário

e de segunda mulher Maria Barbosa. Um as-


de Barbuda sua

Catalogo citado, 128, diz que


sento transcripto por Jaboatão,

Barbuda o mandou abrir costas de alto a


a esse ultimo pelas

com um machado, Paulo de Carvalhal de Vasconcellos


baixo,

de Vasconcellos, morte foi


e seu filho Bartholomeu pela qual

degolado na Bahia, e ao filho lhe ficaram


Paulo de Carvalhal

essa morte o Má=pélle. O velho


chamando vulgarmente por

Barbuda era natural do Reino, á Bahia


Francisco de passou

da fundação, foi Cavalleiro da Casa dei-


nos annos
primeiros
tres vezes. Tinha uma fazenda no rio Matuim,
Rei e casou

de São Bento, Gabriel Soares, Tra-


onde estava uma ermida
— Note-se
do Brasil em 1587, 134, Rio, 1851.
tado descriptivo

a alcunha de Manuel Vieira, n. 115


Má=pélle era também
que

da lista dos denunciados.

— Henrique Moniz Barreto, christão velho, fi-


8

de Sua Magestade, natural da ilha da Madeira,


dalgo da Casa

da Bahia, senhor de engenho em Matuim.


vereador da Camara

Moniz Telles e de sua mulher D. Leo-


Era filho de Henrique

elle com D. Maria Soares, no primeiro


nor Antunes, casado

1596, Catalogo citado, 239.—Veja


de Setembro de Jaboatão,

o 4 desta lista e 32, 44 e 77 da dtfs denunciados.


n.

— Matheus Mendes Roxo, christão velho, natural


7

no Reino, mercador e morador na Bahia.


de Guimarães,

— Álvaro Sanches, da nação, natural de Olivença,


10

chanççllaria da Bahia. Em 1591 com-


no Reino, escrivão da

do Officio, ConfisSões da Bahia,


a mesa §a,nto
pareceu perante
depois foi denunciado André Monteiro, por pra-
58, e logo por

de nao comer toucinho, e outras, Denun=


ticas como a
judaicas,
— o n. 31 desta lista.
ciações da Bahia, 414. Veja

Nunes, christão velho, natural de Lis-


11—Antonio

de alcunha, morador na Bahia Sua denuncia-
boa, o Pifano

tornar-se confissão, e tomada em


foi interrompida por
ção

outro livro ainda não appareceu.


que

12 — Miguel de Abreu, christão velho, natural de

Guimarães, mercador e morador na Bahia.



13 —• Melchior de Bragança, outra denunciação.

Veja o n. 1 desta lista.


81

14 — Rodrigues, christão velho, natural do


João
Porto e morador na Bahia.

15 — Fernandes, christão velho, natural da ilha


João
Terceira, morador na Bahia, onde serve de soldada.

16 — da Costa, christão velho, natural do Por-


João
to, estudante.

17 — Malheiro, christão velho, natural de Ponte


João
de Lima, no Reino, morador na Bahia.

18 — Manuel Rabelo, christão velho, natural da ci-

dade de Funchal, na ilha da Madeira, aprendiz de barbeiro,

morador na Bahia.

19 — Margarida christã velha, natural da


Jorge,
Villa de Povos, no Reino, mulher de Diogo Simões, lavrador

de roça e ambos moradores no Rio Vermelho.

20 — Gaspar de Barros, christão velho, natural da

Bahia, morador em Taçoapina, da freguesia de Nossa Senho-

ra do Soccorro, e vereador da Camara. E' o mesmo Gaspar de

Barros Magalhães, filho de outro de igual nome, fidalgo que


veio de Portugal exterminado e foi muito rico e afazendado;

casou na Bahia com Catharina Lobo de Barbosa Almeida,

uma das tres órfãs, mandou a rainha D. Catharina


que para
casarem com Foi tronco de uma das mais
pessoas principaes.
notáveis famílias bahianas. O filho casou com D. Antonia de

Gamboa, filha de Martim Affonso Moreira. Conf. Jaboatão,


Catalogo citado, 203/205.

21 — Padre Simão Piijheiro, reitor do Collegio da

Companhia de Bahia. — Tres


Jesus na ou quatro annos antes

estava em Pernambuco, onde Pedro Cadena, ali servia


que
como da fazenda real, lhe confiára o caso de um cru-
provedor

cifixo achado cosido dentro de um colchão em certa casa


que
deram dormir de diligencia. —
para ao seu official Pedro Ca-

dena de Vilasante, moço fidalgo da Casa Real, era natural de

Lisboa e irmão mais velho de Cadena, senhor do


Jeronymo
engenho Tibirí, na Parahiba; casou em Pernambuco com

D. Brites Bandeira de Mello, filha do Felippe Ban-


primeiro
deira de Mello e de sua mulher D. Maria Maciel de Andrade,

Borges da Fonseca, Nobiliarchia Pernambucana, in Annaes

da Bibliotheca Nacional, XLVII, 184/186. De Pernambuco

á Bahia com o cargo de assistiu o cerco


passou provedor-mor,

que áquella praça em 1638 o Conde Maurício de Nas-


poz João

sau e descreveu sua derrota na Relação diarfe, o mérito-


que

rio Padre Serafim Leite teve a bôa fortuna de descobrir no


82

Archivo Historico Colonial de Lisboa, e publicar na revista


Ethnos, vol. I, da mesma cidade, —
mais um serviço
grande
lhe fica devendo a Historia do Brasil.'—
que Veja o n. 37 da
lista dos denunciados.

22 Balthazar de Araújo, christão velho, natural


de Vianna, no Reino, morador na Bahia, em casa de Pero
João
Landim.

23 — Belchior Fernandes de Basto, christão velho,


natural do Conselho de Gouvêa,
Junto a Amarante, no Reino,
morador na Bahia e nella mercador.

24 — Manuel Gonçalves, christão velho, lavrador de


mandioca e morador na Bahia.

25 —
Diogo Baptista, mourisco de nação, cozinhei-
ro em casa de Vasco de Sousa Pacheco, da da ci-
governança
dade; era filho de João Garcia, castelhano, mestre-sala do
Conde dAnhauer.

26 — Antonio de Azevedo, christão velho, natural


de Lisboa, sargento-mor da milicia da Bahia.
27 — Francisco de Sampaio Aranha, christão velho,

juiz de ver o do
peso pau-brasil na Bahia.

28 Bernardo de Aguirre, christão velho, natural


^ _—
da Bahia, filho de Pedro Árias de Aguirre, capitão do forte
de São Felippe, e irmão de Diogfo Gonçalves Lassos, adian-
que
te apparece. —
Veja o n. 30 desta lista.

29 — Diogo Lopes de Évora, da nação, natural da


cidade de Évora,-morador na Bahia e senhor de um dos
guin-
dastes delia; andou Flandres,
por na cidade de Nostra Dama

(Amsterdam), em negocias de assucares.

30 — Diogo Gonçalves LassoLs, christaó velho, na-


tural da Bahia, filho do Capitão Pedro Árias de Aguirre e de
D. Catharina Seu avô,
Quaresma. que tinha o mesmo nome,
foi mandado da Bahia D. Francisco
por de Sousa, logo
que
lhe deram conta dos descobrimentos de minas, como adminig-
trador dellas e capitão de São Paulo, aonde chegou a 13 de
-fallecido
Maio de 1598; era
já em 8 de Maio de 1602, data
de uma de D. Francisco,,deferindo
provisão a de sua
petição
viuva Guiomar Lopes
para prover ao neto e homonymo do
cargo-de capitão dê São Paulo, servindo em seu nome, em-

quanto não tivesse a idade, o capitão Árias


Pedro de Aguirre,
seu Eram seus irmãos Bernardo
pae. de Aguirre, reférido,
Francisco e D. Isabel,
Quaresma casada com o mexiçano Dio-
Sandoval. —
go Conf. Varnhagen, Historia Geral, II,
ps.
$3

105/106, da 3.a edição, nota de esta —


quem subscreve. De

pouco prestimo é a lacunosa dos Árias de Aguirre,


genealogia

que vem na Revista do Archivo Publico Mineiro, VIII, 259/267.

31 — Bento Sanches, meio da nação, filho de Alva-


ro Sanches, referido, marador na Bahia. —
já Veja o n. 10

éfesta lista.

32 — Manuel Pacheco de Brito, christão velho,

Fidalga d» Casa de Sua Magestade, morador na Bahia. Sua


denunciaçãa nãg foi inteiramente transcripta, es-
porque o

crivão, semeSsmça dos nomes, a confundiu com a do se-


pela

guinte.

33 — Manuel Pacheco de Sousa, licenciado, chris-

tão velho, natural da ilha de São Miguel, advogado e mora-

dor na Bahia.

34 — Padre Francisco Ribeiro, christão velho, na-

tural da Bahia, coadjutor da Sé e Capellão da Relação.

Chegou a conego e thesoureiro da Sé; era irmão do Padre

Bartholomeu Ribeiro e de Anna Ribeiro, casada com Christo-

vão de Espinosa, Catalogo citado, 229.


Jaboatão,
35 — Francisco da Fonseca, christão velho, natural

de Pernes, no Reino, morador em Matuim.

36 — Balthazar Pedro, christão velho, natural tio

Porto e lá casado, residente em Paripe, feitor de Francisco

de Barbuda. —
Veja o n. 7 desta lista.

37 — Antonio Ferreira, christão vfelho, natural do

Porto e lá casado, ferreiro, residente tio engenho de Ra-


João
mos Pereira, em Sergipe do Conde.

38 — Sebastião Barreto, christão velho, natural da

Fronteira, em Alemtejo, e morador na enseada de Jacarecan-


lavrador de cannas. —
ga, Foi casado com D. Anna da Fon-

seca, Catalogo citado, 193.


Jaboatão,
39 '— Magdalena de Góes, christã velha, natural da

Bahia, viuva, mulher foi de Francisco Soares de Morim,


que
morador em Tapoã.

40 — Garcez, christão velho, natural da cidade


João
do Porto e cidadão delia e da Bahia. Era casado com D. Victo-

ria de Oliva, e sogro de Luis de Mello de Vasconcellos, que


foi casado com D. Antonia Garcez de Oliva, Jaboatão,Cata-
logo citado, 195.

41—Antonio de Aguiar Daltro, christão velho, na-

tural da Bahia, morador em Matuim, lavrador de mandioca.

Era filho de Pedro de Aguiar Daltro e irmão de Christovão


&4

de Aguiar Daltro, Catalogo —


Jaboatão, citado, 255. Ao tem-
"um
po de Gabriel Soares fazia Christovão, morador dos
prin-
cipaes da terra", um engenho de agua na ribeira chamada
Agua do Menino, Tratado descriptivo citado, 130.
42 —
Gaspar Affonso, christão velho, natural da
Bahia e morador na estrada vai
que para o Rio Vermelho.
43 O mesmo Gaspar Affonso,
que ratificou sua
denunciação.

44 — Domingos Franco, christãó velho, natural de


Trocifal no Reino, mercador
(sic), e morador na Bahia,
junto
á Sé.

45 — Pero Gonçalves, christão velho, de deze^eis


annos, estudante de Grammatica, morador na Bahia, na rua
de São Francisco.

46 — Pero Paes Cabral, christão velho, natural da


Bahia, morador nella, acima de Águas de Meninos.
47 — O mesmo Pero Paes Cabral, ratificou sua
que
denunciação.

48 — Padre Pinheiro, christão


Jeronymo velho, na-
tural de Aljubarrota, no Reino, residente na Bahia, em Maré.
49 — Maria da Grã de Mendoça, christã velha,
natural de Azeitão, no Reino, viuva, moradora na Bahia.
50 —-A mesma Maria da Grã de Mendoça,
que rati-
ficou sua denunciação.

51 — Gonçalves, christão velho,


João natural do
Funchal, na ilha da Madeira, morador na Bahia.

52 — O mesmo Gonçalves, ratificou


João que sua
denunciação.

Lista dos denunciados:

1 — Antonio Nunes* da, nação, natural da Villa de

Palmella, irmão do Padre Balthazar Ribeiro, da nação; çons-


tava ambos estavam Angola. —
que em Veja o' n. 18 desta

lista.

— Antonio Mendes, de alcunha Beiju', da na^5,o

por parte de seu mercador, casado e morador na Bahia.


pae,
— Antonio Velho, da nação, ourives de ouro, na-

tural do Porto.

— Álvaro Gomes Bravo, da nação, morador na


cidade do Porto, irmão de Diniz Bravo, morador na Bahia. —

Veja os ns. 20, 30 e 106 desta lista.

— Antonio Rodrigues, natural da cidade de Évora,

casado e morador na Bahia.


85

— Padre Antonio Viégas, cura da Sé da Bahia.

— Adão Gonçalves, christão velho, soldado do for-

te de Tapagipe, filho natural de Pero Gonçalves, o Torto.

— Antonio Neto, foi capellão de Diogo Lo-


que
Ulhôa, da nação. — Lopes
pes Diogo Ulhôa acompanhou

Christovão Cardoso de Barros na conquista de Sergipe e obte-

ve ahi uma sesmaria, Novo Orbe Serafico Brasilico,


Jaboatão,
I, 131, Rio, 1858. Um seu tio foi Santo Officio
queimado pelo
em Lisboa, Denunciações da Bahia, 281. Era de An-
parente
«*1 ré Lopef — 13
Ulhôa. Veja o n. desta lista.

10 — Antonio Dias de Moraes, da nação, natural

do Alentejo, foi dizimeiro na Bahia, irmão de Affonso


que
Dias Henriques, e morador em Pacé.

11 — André Lopes de Carvalho, da nação, merca-

dor na Bahia.

12 — Antonio, negro de Guiné, captivo de André

Freitas* morador na Bahia.

13 — André Lopes Ulhôa, da nação, preso pelo

Santo Officio. Foi denunciado usar formalidades do luto


por

judaico. Morrendo-lhe uma tia muito durante seis


querida,

mezes tpmára as refeições sobre uma caixa da índia, baixa,

em lugar de mesa; no tempo de nojo recebera as visitas sen-

tado no chão, em alcatifa. Por isso foi enviado Lisboa,


para
onde os inquisidores o mandaram abjurar de levi em auto par-

ticular. — Lúcio de Azevedo, Historlà. dos Christãos


Conf. J.

228. — n. 9 desta lista.


Novos Portugueses, Veja o

14 — Antonio Pereira, natural de Lisboa, ia


que por

soldado para Angola.

15 — Outro Antonio Pereira, estudante de segunda

classe, filho de Bento Pereira, de alcunha o Ruivo, cortador

de carne.

16 — Antonio Rodrigues, irmão ou sobrinho de Fran-

cisco Ribeiro, desnarigado, morador na ilha das Fontes, na


Bahia. Veja o n. 57 desta lista.

17 — Padre Antonio Carrasco, vigário da igreja de

Boipeba.

18 — Padre Balthazar Ribeiro, da nação, naturn!

da Villa de Palmella. senhor foi do engenho de Matuim,


que
— 2 desta lista.
irmão de Antonio Ribeiro. Vejo o n.

19 — Balthazar Leal, christão velho, natural do Rei-

no, sapateiro.
86

Nunes, da nação, filha de Felippe Gon-


I S.atrIZ
çalves e de Ruy Gomes Bravo, casada com Diniz -Bravo,
mo-
rador na Bahia. ¦— Veja os ns. 5, 30 e 106 desta lista.
21 — Bento Corrêa, alcunha Calambauzinho,
por da
naçao, natural de Vianna e morador na Bahia.
22 Bartholomeu
Barbosa, natural do Alenteio e
morador em Boipéba.

Padre Balthazar Marinho,


^ vigário de Jaguíi-
nbe, na Bahia. ô

24 Padre Balthazar Pita de Vasconcellos, sub-


chantre da Se da Bahia.

25 Belchior Vaz Mentola, da nação, sem outra


noticia.

Christovão Henriques, da nação, natural da


T7-ii j T*
Villa do Conde, alfaiate, morador na Bahia.
27 —
Um clérigo
pregador, por alcunha o Mòuco,
pessoa conhecida na Bahia.

28. ~
Catharina Mendes, da nação,
- mãe de Manuel
0
Serrao, residente em Paraguaçu'. —
Veja o n. 113 desta lista.
29 — Domingos Alvares de Serpa, da naçac, natural
de Portugal, vivia
que de mercancias e contratos na Bahia.
30 Diniz Bravo, da nação, senhor de engerfho, mo-
rador na Bahia. Foi casado com D. Beatriz Nunes Taboatão,
Catalogo citado, 341. —
Vejo os ns. 5, 20 e 106 desta lista.
31 — Diogo de Albuquerque, da nação, meirinho,
morador na Bahia.

32 Diogo Lopes Franco, da nação, mercador,


genro de Henrique Moniz Telles,
que era vereador na Bahin.
0 n- 8 da lísta dos denunciantes. Falleceu na Bahia
i<YjJa
a 19 de de 1660
Julho e foi' sepultado em São Francisco, tes-
tamenteira sua mulher D. Antonia de Menezes, Taboatão, Ca-
talogo citado, 157.

33 — Duarte Rodrigues, da nação, natural de Ida-


nhas, morador em Pacé.

34 Duarte Alvares Ribeiro, da nação, natural d°


Setúbal, mercador e morador na Bahia.
35 ^ Diogo Dias
Querido, da nação, natural do
Porto, que residia na Bahia, —
mercador. Andára Flan-
por
dres e era sujeito abonado de bens de fortuna. De uma mu
de sua "São
propriedade chamada Francisco", que indo para
a índia arribou á Bahia, tomou o governador D. Francisco
Sousa,
quando preparava a expedição conquistadora do Rio
87

Grande Norte), a de trinta mil cruzados, El-


(do quantia que
de sua —
Rei mandou em Portugal real fazenda. Conf.
pagar

Fr. Vicente do Salvador, Historia do Brasil, 347, da 3.a

edição.

36 — Duarte Fernandes, da nação, natural do Por-

to, mercador e morador na Bahia.

37 — Denuncia fez ao Padre Simão Pinheiro o


que

da fazenda Pedro Cadena, sobre o caso de encontrar


provedor

um official da vara em diligencia fóra da cidade, em certa casa

em se agasalhára Pernambuco), um crucifixo cosido


que (em
— n. 21
dentro do colchão lhe deram dormir. Veja o
que para

da lista dcs denunciantes.

38 — Diogo Fernandes Elvas, da nação, .mercador

e morador em Lisboa.

39 — Diogo Fernandes Diamante, da nação, feitor

das fazendas de Vasco de Brito Freire, e nellas morador, no

Paraguaçu'.

40 — Domingos Gomes Fimentel, chjristão velho,

servira de capitão do campo, e morava da Bahia ;


que já junto

alcunhavam-no de Conde de Potecava. Em 18 de de


Janeiro

1592 compareceu a mesa do Santo Officio, na Bahia,


perante
"Diana",
e confessou lia a de de Montemor, sem
que Jorge

saber era livro defeso, Confissões da Bahia, 127.


que

41 — Duarte Mendes, da nação, sobrinho de Luiz

— 113 desta lista.


de Paiva. Veja os ns. 69 e

42 — D. Isabel, da nação, filha de D. Anna Alcofo-

rado, foi Santo Officio, moradora em Matuim.


que presa pelo

43 — D. Anna Alcoforado, da nação, mãe da dita

D. Isabel. Compareceu a mesa do Santo Officio em


perante

11 de Fevereiro de 1592; era natural da Bahia, filha de An-

tonio Alcoforado, casada com Nicolau Faleiro de Vasconcel-

los.— Confissões da Bahia, 228.

44 — D. Leonor, da nação, fôra penitenciada


que já

Santo Officio, e sua mãe era casada com Hen-


pelo queimada;

rique Moniz Telles; cidadão da Bahia. Vem referida nas Con-

fissões da Bahia, 228.

45 — Diogo da Fonseca, da nação, natural do Por-

to, residiu na Bahia e estava Santo Officio.


que preso pelo

46 — Diogo Baptista, mourisco, captivo foi do


que

capitão-mor Vasco de Sousa, defunto, e agora do governador

D. Luis de Sousa; era ferrado.


88

47 —
Duarte Rodrigues, da nação, morador em
Pacé.


Diogo Leão, da nação, natural de Lisboa, cria-
do foi de Vasco de Brito
que Freire, mercador e- morador na
Bahia.

49 —
Denunciação de certo caso, sem nome do de-
nunciado.

50 —
Diogo Lopes, da nação, natural da ilha da
Madeira, cunhado de Salvador Pissarra, morador em casa
deste, em Sergipe do Conde, manco de um pé.
51 Francisco Lopes Brandão, da nação, natural
de Lisboa, licenciado, advogado e morador na Bahia.

52 Francisco ou Manuel de Oliveira, da nação,


natural do Brasil, morador em Porto Seguro, aleijado dos
pés
e mãos, cunhado do capitão —
Manuel de Miranda. Veia o
n. 100 desta lista.

53 — Francisco Mendes Cardoso, de alcunha o


Mercador dás Gaitas e Cão-gato, da nação, natural do Reino,
residente na Bahia,
parente de Simão Nunes de Mattos. —

Vej# os ns. 59, 94, 102 130


e desta lista.

54 Fernão Mendes, da nação, natural do Porto,


mercador e morador na Bahia.

55 Francisco Tinoco, da nação, natural de Lis-


boa, mercador e morador na mesma cidade.

56 Francisco Duarte Tinoco, da nação, defun-



to, morador foi na Bahia.
que

57 — Francisco Ribeiro, da nação, desnarigado, na-


tural da Villa Nova de Portimao, morador na ilha das Fontes,
senhor de engenho. —
Veja o n. 16 desta lista.

58 — Francisco da Silva, da nação, casado com a


filha de um confeiteiro em Lisboa.

59 — Francisco Mendes, da nação, natural de Lis-

boa, de Simão Nunes de Mattos, mercador na Bahia.


parente

Veja os ns. 53, 94, 102 e 130 desta lista.

60 — Francisco Pinheiro Coutinho, natural da Ba-

hia, .morador na Potecava.

61 — Fernão Pires Manso, da nação, de alcunha o

Mija-manso, morador na Bahia.

62 — Fructuoso Antunes, da nação, sapateiro, mo-

rador na Bahia.
89

63 — Fernão Rodrigues, da nação, irmão de Fran-

cisco Ribeiro, mcrador em Paraná-mirim, no Reconcavo da

Bahia.

64 — Francisco Novo, negro da Guiné, escravo de

Gaspar Fernandes, serviu de de orfaos na Bahia.


que juiz

65 — Francisco Rabello, da cidade de Lisboa, sol-

dado ia Angola.
que para

66 — Francisco^ Gomes, christão' velho, morador

foi em Sergipe do Conde.


que

67 — Francisco Ribeiro, da casa de Francisco Ri-

— o n. 57 des-
beiro, 0 desnarigado da ilha das Fontes. Veja

ta lista.

68 — Gonçalo Nunes de Lisboa, da nação, morador

na Bahia.

da nação, residente na
69 — Gonçalo Rodrigues,
— os ns. 41
Bahia, em casa de seu tio Luis Vaz de Paiva. Veja

e 133 desta lista.

christão velho, vendeiro de


70 — Gonçalo Corrêa,

vinhos na ilha de Taparica.

de Almeida, da nação, natural do Al-


71 — Gonçalo

de Antonio Cardoso de Bãr-


solicitador dos negocios
garve,
— Cardoso de Barros
ros, conhecida na Bahia. Esse
pessoa
ajudaram o Bispo D. Marcos
foi u#i dos tres ccroneis que

Desembargador Antão de Mesquita,
Teixeira a depôr o

da Cidade do Salva-
D. Manuel de Menezes, Recuperação

Historico, XXII, 370. Era filho


dor in Revista do Instituto

de Barros, o conquistador de Ser-


de Christovão Cardoso

Rio de e neto de Antonio Car-


e do Janeiro,
gipe governador
da fazenda real, comparte do
doso de Barros, provedor-mór
de Cururipe. Possuia na enseada
bispo na tragédia
primeiro
Matuim e Mataripe, um formoso en-
de entre
Jacarecanga,
edifícios e uma igreja da invoca-
de bois, com grandes
genho
ter sido o mesmo de seu avô
de Santo Antonio, que devia
ção
Soares, Tratado descri"
e de seu referido Gabriel
pae, por

135.
ptivo,
da nação, natural de Por-
72 — Gaspar de Oliveira,

to Seguro e ahi residente.

de Vianna, sobrinho de João


73 — Gaspar, natural
— Veja os ns. 91 e
Alvares, ambos criados de Pero Garcia.

124 desta lista.


— Veja o n. 82 desta lista.
74 _ Gabriel Baracho.
90

75 — Padre de Lemos, coadjutor na fre-


Jeronymo

guezia de Matuim, natural da Bahia.

76 — Nunes, da nação, natural do Rei-


Jeronymo
no, sobrinho de Luis Vaz de Paiva e de Manuel Nunes M;-

da nação, conhecida na Bahia. — 101


plata, pessoa Veja o n.

desta lista.

77 — Henrique Moniz Telles, de Anna Ro-


genro
drigues, contava oitenta annos de idade compa-
que quando
receu a mesa do Santo Officio na Bahia, em 1 de Fe-
perante
vereiro de 1592, Confissões da Bahia, 177/181; foi e
presa
levada Lisboa, onde foi como se verifica de
para queimada,
mais de um do texto. — Henrique
passo Moniz Telles falle-

cçu na Bahia em 20 de Fevereiro de 1620, Cata-


Jaboatão,
logo citado, 151. —
Veja os ns. 8 da lista dos denunciantes

e 44 desta.

78 — da Cesta, da nação, diziam ter


Jeronymo que
casa em Almeirim, lavrador de mandioca em Taparica.

79 — Henrique Fernandes Mendes, da nação, que


foi sambenitado, natural do Algarve, e morador em Ser-

gipe-

80 — Um negro e uma negra, captivos de Gaspar

Fernandes, christão velho, serviu de de orfãos na


que juiz
Bahia.

81 — Um filho do licenciado Ruy Mendes de Abreu,

servia de da —» Abreu, em
que chanceler na Relação Bahia.

7 de Fevereiro de 1611, estava na Bahia, conforme carta



do D. Diogo de Menezes, daquella data; viera
governador

em uma caravela, com trinta e tres dias de viagem,


prospera

Varnhagen, Historia Geral, II, 126, nota 12, da 3.a edição.

82 — Um filho bastardo de Diogo Baracho, que foi

escrivão da Alfandega da Bahia, e chama-se Gabriel Bara-

cho, natural de Lisboa.

83 — Um filho de Fulano Pimenta, morava no


que

Reconcavo. Veja o n. 74 desta lista.

84 — Um filho maior de Braz da Costa Cirne, so-

— n. 134
licitador de causas na Bahia, e elle estudante. Veja o

desta lista.

85 — Um filho de Ribeira, a Cigana, que


Joanna

morou na Bahia e Sergipe del-Rey.


passou para

86 — Um filho de Antonio Baldaia, solicitador e

morador na Bahia.
91

filho mais velho de Francisco Lopes Gi-


87 — Um
— Lopes Gi-
rão, da nação, morador em Cotigipe. Francisco

de 1584 com Maria Corrêa, e fal-


rão casou e-m 24 de Junho
sepultado na Sé. Um seu fi-
leceu em 23 de Março de 1652,

esse, foi baptisado na Se a 22 de


lho de igual nome, talvez

1600, Catalogo citado, 299.


Abril de Jaboatão,
da nação, natural de Lisboa,
88 — da Silva,
João
forno de vidro em Alcantara, e elle
cujo diziam ter um
pae

morador no Rio de Janeiro.


nação, natural da Ba-
89 _ Vaz Serrão, da
j0ão
— Foi casado com Leo-
hia, morador na freguezia de Pirajá.

Catalogo citado, 159.


nor Rosa, Jaboatão,
velho, mestre de assu-
90 — Garcia, christão
João

car, residente no Paraguaçu'.

de Pero Garcia, era senhor


91 — mulato que
José,
— Veja os ns. 73 e 124 desta
de engenhos na Bahia.
quatro

lista.

velho, morador na fre-


92 — Galvão, christão
João
da Taçoapina da Bahia.
de Nossa Senhora do Soccorro
guezia
Barbosa, de alcunha Amargalhagua.
93 __ João
irmão de Simão Nunes
94 — Nunes, da nação,
João
— os ns. 53, d9,
conhecida na Bahia. Veja
de Mattos, pessoa

102 e 130 desta lista.


— Veja o n. 89 desta lista.
95 _ Vaz Serrão.
João
natural do Porto, mo-
96 — Luís Alvares, da nação,

a Manuel Rodrigues Sanches,


rador na Bahia, e servia
que
—: o n. 104 desta lista.
senhor de engenho. Veja

irmão de Matheus Lo-


97 _ Luis Lopes, da nação,

e moradores na
naturaes do Porto, mercadores
ambos
pes,
— Veja o n. 105 desta lista.
Bahia.

da nação, natural do
98 — Luis Lop.es Paredes,

de cannas na Ipióca da Bahia.


Porto, lavrador

da nação, natural de Lisboa,


99 — Luis de Aguiar,

escrivão do da Bahia.
provedor
— Veja o
Manuel ou Francisco de Oliveira.
100 —

n. 52 desta lista.

Miplata, da nação, natural


101 — Manuel Nunes
— o n. 76 desta lista.
Idanhas, morador na Bahia. Veja
das

da nação, natural do
102 — Manuel de Galegos,

Simão Nunes de Mattos, assis-


Reino, sobrinho e cunhado de

— 53, 59, 94 e 130 desta lista.


tente na Bahia. Veja os ns.
92

103 — Manuel Cardoso de Lima, da nação, merca-

dor e morador na Bahia.

104 — Manuel Rodrigues Sanches, da nação, natu-



ral de Porto-Alegre, morador na Bahia, senhor de engenho.

Veja o n. 96 desta lista.

105 — Matheus Lopes, da nação, natural do Porto,

— 120 des-
mercador e morador na Bahia. Veja os ns. 97 e

ta Tsta.

106 — Margarida Diniz, da nação, mulher de Her-

cules Bravo, da nação, moradora na Bahia, em casa de seu

filho Diniz Bravo. — ns. 20 e 30 desta lista.


Veja os

107 — Manuel da Silva, da nação, natural de Lis-

boa, filho de um ataqueiro comediante, elle casado na Bahia.

108 — Manuel Alves Galego, da nação, defunto,


morador foi da Bahia.


que

109 — Manuel Baldaya, natural da Bahia e nella

morador.

Manuel Homem, meio da nação, natural da


110 —

ilha de São Miguel, morador na Bahia.

— Manuel Ferreira de Figueiredo, tem raça de


líl

natural de Tavarede, abaixo de Monte-mór o Velho,


judeu,

advogado na Bahia.

112 — Manuel Duarte, da nação, cirurgião, que já

foi sambenitado.

Victoria, da nação, morador


113 — Manuel Gomes

— vezes : a com Ca-


no Paraguaçú. Casou quatro primeira

de Pedro Fernandes de Moura e de


tharina de Moura, filha

Martins; a segunda com Branca Serrão,


sua mulher Leonor

de sua mulher Catharina Mendes;


filha de Antonio Serrão e

Branca Serrão,,filha de Vaz Serrão


a terceira com outra João

Rosa, dispensado Bispo D. Cons-


e de sua mulher Leonor pelo

affinidade, ser a segunda


tantino Barradas no de por
gráo
com D. Maria de Menezes,
Branca da outra; a quarta
prima
40 desta lista), e fi-
viuva de Domingos Gomes Pimentel (n.

de sua mulher Felippa de Sá. So-


lha de Valentim de Faria e

houve Manuel Go-


mente do segundo matrimonio geração.

Novembro de 1648, sepultado em São


mes fallecèu a 22 de

Catalogo citado, 159.


Francisco, Jaboatao,

Luís, da nação, natural do Porto,


114 — Manuel

Diógo da Fonseca, residente na Bahia.


criado de
93

115 — Manuel Vieira, christão velho, morador na

freguezia de Pacé, e depois se mudou o Camamu', de âl-


para

cunha Má=pelle.

116 — Maria Cardosa, da nação, mulher de Diogo

Lopes de Abrantes, mercador na Bahia.

117 — Mamíel Dias Esipinhosa, da nação, natural

do Porto, estante na Bahia. Seu o medico Rodri-


pae, João

Espinhosa, fôra Santo Officio no Porto. O


gues preso pelo

filho Lisboa culpas de e saiu conde-


confessou em judaismo

a cárcere e habito no auto de 5 de Maio de


mnado perpetuo,

1624. Não é conhecido o a respondeu, tal-


processo que que

desses Espinhosas com a familia


vez elucidasse o parentesco

Espinhosa, esse tempo emigrada em Nantes,


de Abrahão por
— Lúcio dé
da descendeu o famoso Conf. J.
qual philosopho.

Historia dos Christãos Novos Portugueses, 228.


Azevedo,

118 — Manuel Soares, da nação, natural de Beja.

Mendes Mesa, da nação, natural de .


119 — Manuel

D. Isabel de Faria e de Pe-


Estremoz. Foi casado com pae

Mesa, um dos homens mais honrados da fregue-


dro Mendes

do de Pirajá, fun-
sia de Paripe, senhor engenho grande que

dou á sua custa e nelle todo o capital que possuía, Ja-


perdeu

boatão, Catalogo citado, 222.

da Maia Mesa, da nação, natural de


120 — Nicolau
— os ns. 97 e 105 des-
Lisboa, irmão de Matheus Lopes. Veja

ta lista.

121 — Negros vieram da Guiné.


que

Bravo, da nação, morador na Bahia.


122 — Pascoal

— e de Guiomar de Me-
Foi casado com Milícia Gomes, pae

Freitas, Catalogo ci-


nezes, mulher de Pedro de Jaboatão,

tado, 475.

Thomaz de Miranda, da nação, licen-


123 — Felippe

ciado, advogado, morador na Bahia.

Garcia, da nação de seu pae,


124 — Pero por parte

Miguel, senhor de engenhos.
natural da ilha de São quatro
— Pero Garcia, os
Veja os ns. 73 e 91 desta lista. quando

1624, estava no Forte do


Holíandezes invadiram a Bahia, em

com um seu criado, na defesa


Mar, e morreu heroicamente,
—¦ de Faria, Historia de Por-=
dessa Conf. Severim
posição.
Vicente do Salvador, Historia
tugal, 26, Fortaleza, 1903; Fr.

edição.— Pero Garcia havia casado


do Brasil, 511, da 3.a

viuva do capitão-mór Baltha-


com D. Maria de Araújo,

Catalogo citado, 94.


zar de Aragão, o Bangala, Jaboatão,
H

125 — Felippa Gonçalves, da nação, mulher de. Ruy

Gomes Bravo, da nação, morreu no Rio de e efti


que Janeiro,
morou em Lisboa, detraz da Trindade, na rua da Oliveira.

126 — Pero Fernandes, da naçao, defunto.



127 — Paulo de Faria, christão velho, filho de Di-

niz Gonçalves Varejão, foi vereador da Camara da Ba-


que
hia.—-A corrigir Gabriel Soares, Tratado descriptivo, 13ó,-

onde vem trocado o nome desse Diniz Luis. Era


para
elle dono de um engenho, segundo esse autor, no cabo da terra

de Pacé, no havia uma igreja de Nossa Senhora do Ro-


qual

sario. Casou com Maria de Faria, viuva de Gonçalves


João
São Thomé, homem tinha um engenho,
preto, que Jaboatão,
Catalogo citado, 478. Entre os filhos do casal não vem ne-

nhum Paulo, e sim um Pedro Alvares de Faria, casou com


que
Maria de Araújo, ibidem, 479.

128 — Pantaleão de Sousa, da nação, natural do

Porto, morador na fazenda do engenho da Imbiára.

129 — Pedro Honrem de Sá, da nação, natural do

Porto, mercador e morador na Bahia.

130 — Simão Nunes de Mattos, da nação, senhor

de engenho moradqr —
e na Bahia. Veja os ns. 53, 59, 94 e

102 desta lista.

131 — Simão Machado, da nação, cunhado de Si-

mão de Leão, mercador e morador em Villa Nova de Porti-

mão, no Algarve.

132 — Simão de Leão, da nação, contratador das

dizimas dos assucares, morador na Bahia.

133 — O sobrinho de Luis Vaz de Paiva* da nação.



Veja os ns. 41 e 69 desta lista.

134 — Valentim da Costa, estudante, tem raça


que.
de filho de Braz da Costa Cirne e de sua mulher Lea-
judeu,
nor de —
Sande, morador na Bahia. D. Leanor de Sande era

filha de Diogo Corrêa de Sande, natural do Reino, da casa

dos Corrêas de Sá, tronco dos viscondes de Asséca, e de sua

mulher D. Joanna Barbosa, Catalogo citado, 181.


Jaboatão,
135 — Violante- Pacheca, da nação, mulher de Gas-

de Almeida, christão velho, moradores em Pacé, no Re-


par

concavo da Bahia, no engenho de Estevão de Brito Freire.


w

De 11 a 26 de Setembro de 1618, em duas audien-

cias diarias, manhã e tarde, no tempo da o


pela pela graça,
inquisidor ouviu cincoenta e dois denunciantes, accusa-
que

ram cento e trinta e em 26 de do anno


quatro pessoas; Janeiro
seguinte ouvia as ratificações da viuva Margarida da Grã de

Mendoça e de Gonçalves. Nointermedio ha-


João período
'haviam
viam de ter as denunciaçÕes e também de
proseguido
ser tomadas as confissões, escaparam ao códice agora
que

publicado, escriptas em outro livro, que ainda não appareceu.

Na monção o visitador devia ter voltado


primeira
a Portugal, onde, talvez bom desempenho da commissão,
pelo
alcançou ser nomeado substituto de D. Constantino Barradas.

Antes, Marcos Teixeira, licenciado em Cânones, fora

conego arcediago de Évora, e ahi inquisidor, em 30 de Dezem-

bro de 1578; desse cargo á Casa da Supplicação e á


passou

Mesa da Consciência; a 9 de de 1592 era deputado db


Junho

Santo Officio. Seu nome apparece nas licenças desse tribu-

nal : de 15 de Novembro de 1594, se reimprimir o


para poema
"Os
Lusíadas", de Luis de Camões, Lisboa, 1597; de 17 do
"Rhythmas",
mesmo mez e anno, se imiprimir as ainda
para
"editio
de Camões, Lisboa, 1595; de'l de Dezem-
princeps",
"O
bro do mesmo anno, Lyma" eclogas e trinta
para (vinte

e tres cartas), de l)iogo Bernardes, Lisboa, 1596; de 17 do


"Arte
mesmo mez e anno, a de Grammatica da Lingua
para
'J°seph
mais usada na Costa do Brasil", de de Anchieta,
"Poemas
Coimbra, 1595; de 6 de Fevereiro de 1597, para os

Lusitanos", do Dr. Antonio ferreira, Lisboa, 1598; de 8 de


"Rimas",
Maio de 1597, as de
Camões (segunda impres-
para
'1600, "Hjsto-
são), Lisboa, 1598; de 11 de de para a
Janeiro

ria da Vida do Padre Francisco Xavier", do Padre de


Joam
'de
Lucena, Lisboa, 1600; 25 do mesmo mez e anno, para as
"Chronicas
dos Reis de Portugal", de Duarte Nunes de Leão,
"Década
Lisboa, 1600; de 15 de de 1602, a quar-
Janeiro para

ta da Asia", de Diogo do Couto, 30 de


Lisboa, Abril 1602; de
'do
"Década
do mesmo anno, a da Asia", mesmo
para quinta
"Ri-
autor, Lisboa, 1612; de 19 de de 1606, as
Junho para

mas" impressão), de Camões, Lisboa, 1607; da mes-


(terceira
"Os
ma data, Lusíadas", do mesmo, Lisboa, 1609; ou-
para
"Ge-
tra edição, Lisboa, 1612; de 8 de de 1608, a
Julho para

nealogia de los Reys de Portugal", de Duarte Nunes de Leão,


"Descripção
Lisboa, 1608; de 15 de Março de 1609, a do
para

Reino de Portugal", do mesmo autor, Lisboa, 1610; de 27 de


96

"Affonso
Maio de 1609, o Africano", de Vasco
para poema

Mousinho Quebedo de Castello-Branco, Lisboa, 1611; e para


outras muitas, não ficam assignaladas senão as
que princi-

paes, justa fama de seus autores.


pela
A data de sua nomeação Bispo do Brasil é igno-
para

rada; sabe-se a assumir suas funcçÕes em Novem-


que partiu

bro de 1622 e chegou á Bahia com prospera viagem, Severim

de Faria, Historia citada, 23.

Ainda tinha o baculo a Bahia sof-


pastoral quando

freu a invasão hollandeza. Preso o Dio-


primeira governador

Furtado de Mendonça, disipoz a resistencia aos intrusos,


go

depoz o Desembargador Antão de Mesquita, investido do


go-

verno, assumindo-o, entrega-lo mais tarde ao Capitão-


para

mór Francisco Nunes Mannho, mandado de Pernambuco por

Mathias de Albuquerque, estava designado nas vias de


que

successão substituir Diogo Furtado.


para

Sem tér a dita de ver a Bahia livre dos invasores,

D. Marcos Teixeira veio a fallecer a 8 de Outubro de 1624,

em idade devia de setenta annos bem vividos.


que passar

R. G.
Doutor Melchior de Briagança contra Do-

mingos Alvares Serpa, Diniz Bravo, licenciado Fran»

cisco Lopes Brandão, Gonçalo Nunes de Lisboa, Pas-

coal Bravo, Diogo Lopes Franco e Simão Nunes de

Mattos.

Em nome de Deus amen. Acs onze dias do mes de

septembro de mil seisçentos e dezoito annos nesta cidade do

Salvador da Bahia dé Todos os Santos da Província do Brasil

na igreja do Collegio de em audiência de manhãa


Jesu pella
no tempo da estando ahi o senhor! Inquisidor e Visitador
graça,

o Licenciado Marcos Teixeira elle appareceo sem ser


perante

chamado Melchior de Bragança hebreo de nasção, disse


que

ser doutor converso a nossa Santa fee, de de qua-


ydade

renta annos natural da cidade de Marrocos em África, casado

na cidade de Lisboa e residente nesta, degradado culpa


pella

de, hüa morte de homem, e disse tivera em Hispanha


que por

officio ensinar a lingua hebrea com exfk>sição da sagrada es-

criptura, como fez na Universidade 3e- Alcalá, e na de Sala-

manca, nas quais leu e ensinou em cadeira cõ sallario


publica

de seis çentos crusados, e no Còllegio dos Padres da Compa-

nhia de Coimbra sem sallario. E sendo em tudo


presente para

dizer verdade e ter segredo lhe foy dado dos Sanctos


juramento
Evangelhos em a mão, sob cargo do assy o
que pos qual pro-

metteo. E disse com zello da Santa fee e descargo de


que por

sua consciência denunciava bem e verdadeiramente de Domin-

Alvarez de Serpa da nasção, o qual não sabe elle denuncian-


gos

te donde he natural, mais ser do Reino de Portugal, e ser


que

solteiro, e viver de mercancias e contractos nesta cidade, que

averá anno e meyo segundo sua lembrança, em hü dia ás nove

horas da manhãa nesta cidade tendo lhe elle denunciante


que

pedido por dous escriptos ajuda de gasto, por ser estrangeiro,

e estar falto delle, e respondendo lhe o denunciado que se

.visse com elle, foy elle denunciante a sua casa, que he junto do

.mosteiro de São Francisco desta e estando ambos soos,


çidade,
98

lhe disse o dito denunciado Dominguos Alvarez de Serpa, que

vinda era esta sua a esta terra; e elle denunciante lhe respon-

deo, viera degradado seus demeritos. Ao que lhe tornou


que por

o denunciado, lhe não isso, senão que sabia


que perguntava por

de elle fugira de Marrocos quebrar do credito,


çerto, que por

e não se vir fazer christão de vontade, a lei de


por por quanto

Moysés era a lei verdadeira, e isso não elle de-


que por podia

nunciante deixala. E se tinha necessidade, se recolhesse


que que

a casa delle denunciado, e se declarasse cõ elle. O que tanto que

elle denunciante ouvio, se levantou e se foy sem lhe responder

muito escandalizado, e hum criado do denunciado se


que que

chamava Gaspar da Maya hora he ao Reino, e


que passado

não sabe se era da nasção, nem donde era natural, o vira sair a

elle denunciante enfadado. E dizer não se lembrava de


por que

mais, lhe o senhor inquisidor, se havia mais teste-


perguntou

munhas do caso? respondeo elle testemunha denunciante, que

aconteçeu não estava mais èlle, e o denunciado. E


quando que

se estava o denunciado em seu ou se


perguntado, perfeito juiso

era falto delle ou costumava a emborrachar se, ou lhe dissera

as sobreditas zombando? respondeo, que o denunciado


palavras

he homem de entendimento, e não costuma sair delle, como he

notório nesta cidade, e assy a elle denunciante que o de-


pareçe

nunciado estava em seu e não zombava, segundo


perfeito juiso

o negocio E sendo se o denunciado era in-


passou. perguntado

íamado de culpas de e se fora já preso e penitenciado


jüdaismo

Sancto Officio ou algum seu? respondeo que o


pello parente
denunciado estava muy iirfamado nesta terra entre homès de

crédito de viver na ley de Moy^e^è se diz


que geralmente gue

sua mãy foy e o denunciado e algüs de seus paren-


queimada,

tes e Sancto Officio. E


presos penitenciados pello perguntado

custume disse o denunciado o tratava mal de


pello que palavras,

dizendo elle denunciante ter dito mal delle ao Vigairo


que por

desta e arremetera sobre isso lhe dar


geral çidade, que para

com hum dando-lhe a entender elle denunciante


pau, que por

ter denunciado delle, como na verdade o tinha feito diante do

Bispo desta cidade, servindo de Notario o Vigairo delia,


geral

mas elle denunciante lhe não mal, e tinha dito a ver-


que queria

dade. E asy dysse mais, bem e verdadeiramente denunciava


que

de Dinis Bravo da nasção senhor de engenho casado e morador

nesta cidade, e não sabe donde he natural, que averá anno e

meyo mais ou menos, mandando lhe elle denunciante


pouco que
-
hü escripto hüa esmolla, e respondendo lhe o denuncia
pedir per
99

fosse fallar com elle foy elle denunciante esta causa


do que por

casa he nesta cidade, a hü dia á tarde segundo sua


a sua que

e estando só com elle, lhe disse o denunciado desta


lembrança

Vós sois, vós sois, vós sois o doutor hebreo? he


maneira. possível

ereis da ley de Moysés, e desamparastela? bem


que prégador

a não desamparastes senão necessidade. Ivos


dizem que por

temos cá muito a acudir. E levarttando se elle


embora que que

se ir o fez o denunciado assentar, e lhe disse.


deumiciante para

Vós ct»4ais todos os comem são christãos? pois


que que porco

sabey ©s. são em Hispanha, são melhores


que que judeus judeus

os receberão a ley de Moysés no monte Synay. Ao que


que que

elle denunciante não respondeo cousa algüa temor de se ver


por

na casa do denunciado he muito rico e nesta terra,


que poderoso

e assy se sahio callado e escandalizado do caso e com mau

conceito do denunciado. E dizer se não lembrava de


por que

mais, lhe o senhor Inquisidor, se estava o denunciado


perguntou

em seu ou se costumava a sair delle, e emborra-


perfeito juiso,

char se ? Respondeo elle denunciante o denunciado era tido


que

e ávido homem capaz e sezudo, e tal lhe


geralmente por pareceo

a elle denunciante estava o casso aconteceu e que


que quando

não sabe se emborrache, nem costuma a sair de seu juizo.


que

E sendo se avia mais testemunhas do casso, evse o


perguntado

denunciado era de má fama, e fora ou


ja preso penitenciado

Sancto Officio ou algum de seus Respondeo,


pello parentes?

não sabia de mais testemunhas e he verdade o


que que que

denunciado está tido nesta terra e que ouvira dizer


por judeu;

fora Santo Officio, e muitos seus.


que já preso pello parentes

E declarou segundo sua lembrança lhe dissera o denunciado


que

mais, os da nasção se em Hispanha, morrião


que que queimavão

mártires ley de Moysés, ficavão sendo melhores


polia pello que

os a receberão no monte Synai, o que lhe disse


judeus que que

o casso aconteceu: E costume disse


quando perguntado pello

nada. E assy disse mais bem e verdadeiramente denunciava


que

do Licenciado Francisco Lopes Brandão da nasção natural de

Lisboa advogado nesta cidade casado e morador nella que averá

anno e meo mais ou menos nesta cidade indo elle


pouco que

denunciante em dia de São Bento antre as onze horas e o meio

dia, a casa do denunciado antes muitos dias elle denunciante


per

lhe ter dado hüa carta de favor trouxera do reino de Gil


que

Pereira medico casado e morador em Lisboa, e o denunciado

lhe dizer tornasse e elle não tornar, o mandar o de-


que por

nunciado chamar e estando com o denunciado no seu estudo só


100

sem mais algüa tirara o denunciado de antre os livros


pessoa,

hüa Biblia e lendo nella o Psalmo sesenta e sete de David,


per-

a elle denunciante como entendia o Verso que começa,


guntou

Si dormiatis inter médios cleros, E o outro Verso que começa,

Rex Virtutum dilecti; e respondendo-lhe elle denunciante, que

os entendia de aver Deus de tirar o çeptro de para o dar


Judá

aos crerem no Mexias vindo, disse o denunciado elle


que ja que

denunciante não sabia o que dizia, nem entendia cousa algüa

e levantando elle denunciante a voz lhe respondeo; Não sey o

digo o não entender, mas


que para judeus que querem para

christãos bem sei o que digo. Ao que o denunciado lhe disse, que

fallasse baixo, que bem entendia que elle denunciante não era

christão senão muy famoso, e sabia muito bem que


Judeu que

aquelle texto fallava mais em favor dos que em favor


J.udeus

dos christãos: E elle denunciante lhe respondeo que quando fora

o entendera em favor dos mas depois se


judeu Judeus, que que

converteu, o entendia em favor da igreja de Christo nosso


Jesu

Salvador em adorava e cria. Ao o denunciado lhe


quem que

tornou a dizer não sabia o dizia, o texto fallava


que que por que

em favor do Hebreo, e oue não andasse lizongeando, e


pcvo
fallasse verdade. E por a este tempo entrar Vasco de Brito

Freire, se enterrompeu a e não tornarão a fallar mais


pratica

nisto, mas disse elle denunciante se lembrava antre


que que

as sobreditas lhe dissera o denunciado fosse fallar


palavras, que

com seu compadre Dinis Bravo, elle o desenganaria: Do


que

tudo elle denunciante ficou tendo mau conceito do denun-


que

ciado, e que vivia na lei de Moysés. E sendo


presumia pergun-

tado elle denunciante se ouvera. mais testemunhas do caso, e se

ho denunciado estava em seu ou costumava a


perfeito juizo,

sair delle e emborrachar se, ou se estava zombando? respondeu,

que tinha dito que estando ambos soos acontecera o caso, e


que o sabe do denunciado he ser homem sezudo, e assy


que

lhe que estava em seu o caso accn-


parece perfeito juizo quando

teceu, e não sabe que se costume a emborrachar. E sendo per-

guntado se sabia que o denunciado fora ou


já prezo peniten-
ciado pello Santo Officio, ou algum seu, ou estava in-
parente
famado de culpas de disse o denunciado não
Judaísmo? que

tinha boa fama nesta terra, ser tido nella


por geralmente por

Judeu, e do mais não sabe elle denunciante cousa alguma. E

pello costume disse nada: E dizendo lhe o senhor


perguntado
Inquisidor não verissimel, sendo a da nâsção
que parecia gente

tão astuta e acautellada, e a matéria de tanta importancia e


101

e descobrissem tanto os sobreditos


se lhe manifestassem
perigo,
antre elle denunciante e elles tão
denunciados, avendo pouca

e se ventura o os de-
conversação e amisade, por quererião

delle se estava bem firme na fee?


nunciados apalpar e saber

a razão do sobredito era terem os denunciados


Respondeo, que
sido rabino, e ser muy docto na
noticia de elle denunciante aver

Moysés, e como estavão cegos, cuidavão que quem


ley de que

a não deixar, mais, que conforme


a entendia bem pedia quanto

com elle, bem se deixa entender


o os denunciados
que passarão
disto como elle denunciante he
o tinhão e alem
que per Judeu,

e os denunciados são muito ricos e pode-


estrangeiro e pobre
elle os não descobriria a
rosos, não é muito que cuidassem que

mais sendo todos de hüa nasção. E


conta de os aver mister, e

entendeo delles e de seu modo de fal-


segundo elle denunciante

apalpalo e saber se era verdadeiramente


lar, não pertenderão
de ajudar se da doctrina delle
convertido, mas determinarão

favor da em estão, o se prova


denunciante em çegueira que que

elle denunciante os desenganou, logo o


bem, tanto que
porque
lhe deixarão de fazer bem e aju-
desampararão, e não somente

se costuma antre a da nasção, mas ainda per-


dalo como gente

e desacreditalo a boa reputação e cre-


tenderão perseguilo por

ser de muito e confusão os


dito delle denunciante perjuizo para
dos denunciados, e de muita consolação e edificação
erros

cs E assy disse mais elle denunciante, que


catholicos.
para
denunciados culpados de
hüa das razoes tem os por
por que

he, averá anno e meo mais ou


Judaismo por que pouco

nesta cidade indo elle denunciante muitas vezes


menos, que

de Nunes de Lixboa da nasção natural


a casa Guonçallo

de Lisboa e contractador casado e morador nesta cidade porque

lhe fazia bem e o favorecia, vio e notou de ordinário


que

feiras á tarde se ajuntavão em casa do dito Guonçallo


ás sestas

Lisboa he na Rua de traz da Cadea, algus homês


Nunes de que

erão o dito Dinis Bravo, Paschoal Bravo seu


da nasção que

casado e morador nesta cidade, Diogo d'Albuquerque


irmão

o dito licenceado Francisco Lopes Brandão, o dito


meirinho,

Alvarez de Serpa, Dioguo Lopes Franco casado


Dominguos

morador nesta terra, de Ãnrique Monis Tel-


mercadcr e genrro

he desta cidade, e Simão Nunes dé Mat-


jes vreador que agora

e morador nesta cidade todos da


tos senhor de engenho casado

na dita casa estavão todos com as fecha-


nasção, e que portas

de sinquo horas, entravão ás sete da tarde e


das mais porque

depois da mea noite o elle denunciante disse que


sahião que
102

sabia ver tres noites em espreitou de hü canto da rua


pello que

de traz da cadea até os via sair, alem de outras muitas


que

vezes em os via entrar na dita casa no mesmo dia que tem


que

dito á tarde e fecharem-se dentro, de que suspeitava que


por

era fazerem algüas ceremonias da lei velha e celebrarem


para

a festa do Salvador. E sendo senhor iriquisi-


perguntado pello

dor se ventura irião as ditas á dita casa? Res-


por pessoas jugar

não, nella se com as por-


pondeo que porque joga publicamente

tas abertas, e somente aquella noite e tarde vio sempre as portas

fechadas. E elle denunciante se sabia mais de outras


perguntado

erradas na fee? Respondeo que das que sabia diria de


pessoas

outra vez, ser agora tarde. E sendo se fora fal-


por perguntado

lar com Diniz Bravo denunciado, como lhe dissera o licenceado

Francisco Lopes Brandão também denunciado? respondeo que

não. Estiverão a tudo honestas e religiosos


presentes pessoas

Manoel do Couto, e o Padre Miguel Rõiz sacerdote*


padres,

deste Collegio da Companhia de que tudo virão e ouvirão


Jesu,

e ter segredo e dizer verdade no que lhes fosse


prometterão
e assi o aos Sanctos Evangelhos em que
perguntado; jurarão

suas mãos, e assignarão aqui com o dito senhor Inqui-


pozerão

sidor e Visitador, e com o dito Melchior de Bragança


juntamente

denunciante Manuel Marinho o escrevi. E declarou o denun-

ciante dos sobreditos denunciados tinha dado denunciação


que já

d;ante o Ordinário desta cidade, ao tempo que os casos acònte-

cerão: Manoel Marinho o escrevi. Marcos Teixeira» Dotor Mel-

chior de Bragansa. Manoel do Couto. Miguel Roiz.

João de Sevalhos contra Manuel ou Fran»

cisco de Oliveira.

Aos onze dias do mes de Septembro de mil seiscentos

e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de Todos os

Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu

ahi em audiência da tarde no tempo de Graça o senhor Inquisi-

dor Marcos Teixeira, elle appareceo sem ser chamado


perante

de Sevalhos montanhes, christão velho, natural de Santa


João

Cruz de Castanheda Valle de Tcrança arcebispado de Burgos, de

de trinta annos, solteiro ha seis reside nesta


ydade que que
103

Magestade e mora nella das


cidade soldado de Sua junto
por
e sendo em tudo
casas de Christovão de Barros; presente para

lhe foy dado dos Sanctos


dizer verdade e ter segredo juramento

a mão sob cargo do assy o pro-


Evangelhos em que pos qual

zello da fee e descargo de sua


metteo. E disse que com por

de Manoel ou Francisco de Olyveira que


consciência denunciava

da nasçao natural destas e morador


nome não perca partes,
por
tem seu e may, e de
nellas em Porto Seguro onde pay passa

a seu he aleijado cie


de vinte e sinco annos parecer que
ydade
Manoel de Miranda capitão do dito
e mãos, e cunhado de
pees
ouvio elle denunciante dizer
Porto seguro, o qual denunciado

mais ou menos no Rio de


averá dous annos pouco geralmente

sacrilegamente na e
São Francisco, a boca pureza
que pozera

virgindade da Virgem Maria Nossa Senhora affirmando que

duas vez<es, segundo a lembrança delle denunciante que


parira
noticia o Padre Manoel Noguei-
disse que tivera que
que por
não sabia donde he natural, nem onde
ra sacerdote, do qual
foy Capellão do dito Capitão Ma-
reside hoje, mas sabe que
de Francisco e ha dias
noel de Miranda no Rio São poucos

cidade e dizem he'ido a Sergipe do Con-


esteve nesta que
que
o caso aconteceo lhe pergun-
de, se achara presente quando

a verdade delle no dito Rio de São Fran-


tou elle denunciante

e dito Padre referido lhe foy dito


cisco onde succedeo; pello

assi como elle denunciante tem denuncia-


que o caso passara
se reporta ao o dito Padre disser por
do, mas que cotudo que

melhor lembrado se achar ao


ter razão de estar por presente

hora he de Sergipe dei Rey, ou an-


caso, de que o vigairo que

fez sumario de testemunhas, de cons-


tão era, dizem que que

E disse mais elle denunciante Dio-


tará a verdade. assy que

tambor mor desta cidade, casado e


Fernandes castelhano
go
Santa Luzia da banda de dentro
morador nella á porta de

lhe disse averá dias ouvira dizer a certa pessoa que


quinze que

molher hü homé; Não basta açoutar-me a mim,


dissera hüa por

ao E disse a dita testemunha referi-


senão açoutar Christo; que

a seu tempo declararia lhe dissera o que


da lhe dissera que quem

neste caso. E sendo senhor Inquisidor,


tem dito perguntado pelo

aconteceo o caso era antes do


se sabia se quando primeiro jantar

o dito denunciado Francisco ou Manoel de


ou depcis, e se estava

seu ou se costuma a sair delle, ou


Olyveira em perfeito juizo.

se? respondeo conhecia muito bem ao dito


embcrrachar que

Manoel ou Francisco de Olyveira residir tres meses no dito


por

Rio de São Francisco onde o denunciado também residia averá


104

dous annos e meyo e sabia essa razão o denunciado he


por que
homem e não sai fóra de seu nem se toma
çezudo, que juizo,
de vinho. E se sabia se o dito denunciado fora
perguntado já

preso, ou penitenciado Santo Officio, ou algum


pello parente
seu, e se quando o caso aconteçeo ouve algüas se
pessoas que
escandalizarão, ou approvarão o caso? disse não sabia mais
que

que o que tem dito, e não deixar de se escandalizar


que podião
sendo o caso tão e E costume
grave publico. perguntado pello
disse nada. E se sabia mais de algüas culpa-
perguntado pessoas
das em erros contra nossa Santa fee? disse não sabia de
que
mais. Estiverão a tudo honestas e religiosos
presentes pessoas
Padres, Dominguos Monteiro e o Padre Baltesar Fernandes

sacerdotes deste Collegio da Companhia de tudo virão


Jesu, que
e ouvirão, e ter segredo e dizer verdade no
prometterão que
lhes fosse e assi o aos Sanctos Evange-
perguntado, jurarão
lhos em suas mãos, e assinarão aqui com dito
que pozerão o
senhor Inquisidor e Visitador, e com
juntamente o dito João de

Sevalhos Manoel Marinho a escrevi. Marcos Teixeira.


Juam
de Sevalhos. Balthasar Fernandes. Domingos Monteiro.

Melchior Gonçalves Barreto contra Duarte

Rodrigues.

Aos onze dias do mes de Septembro de mil seiscentos


e. dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de Todos cs
Sanctos na Igreja do Collegio da Companhia de eàtando
Jesu,
ahi em audjepcia da tarde no tempo da Graça o senhor Inqui-
sidor e Visitador Marcos Teixeira elle
perante appareceo sem
ser chamado, Melchior Gonçalves Barreto christão velho de

ydade de quarenta e tres annos natural da Ilha do Porto Santo,


cidadão, casado e morador nesta cidade na rua de Nossa Senhora
da Ajuda e sendo em tudo
presente para dizer verdade e ter
segredo lhe foy dado dos Sanctos
juramento Evangelhos em

que pos a mão sob cargo do assy o


qual prometteo. E disse,
que
denunciava bem e verdadeiramente descargo
por de sua cons-
ciência de Duarte Rõiz da nasção natural das Idanhas, casado,

e morador em Passe, sinquo legoas desta na


çidade por que
105

feira de Endoenças á noite, da quaresma passada


quinta prima
a na rua do canto
nesta cidade estando vendo proçissão junto

a da cadeia
das casas d El Rey, e passando proçissão pella porta

e defronte, e os esmola por


está muito perto pedindo presos
que
Nosso Senhor Christo disse os presos
amor de Deos Jesu para

Não vay ahi Nosso Senhor Christo,


as seguintes Jesu
palavras.
cadea? As elle denuncian-
vos não tira da quais palavras
porque
ao denunciado estar em sua companhia pe-
te ouvio dizer per

o ter hido buscar a sua casa


com elle, o denunciado
gado por
serem amigos, e conversarem. E
irem na por
para procissão
elle denunciante, como conhecera o denuncia-
sendo perguntado
razão tem dito, e
do, se era de noite? respondeo, que polia que

fugareus e andarem ambos naquelle tempo. E pergun--


por aver

testemunhas do caso, e se o approvarãq oti


tado se ouve mais

respondeo, Bertholoméu Pires


ae escandalizarão delle? que

natural das ilhas Terceiras lavrador de cana


christão velho

na boca do rio de Mattoim sitiquo le-


daçucar casado e morador

e Melchior Gonçalves christão velho natural


desta cidade
goas
Ilhas, creador de solteiro e morador na Pitanga,
das ditas gado,

dei Rey, irmão de Gaspar Gonçalves ca-


e ás vezes em Sergipe

na dita Pitanga de Sãoto Amaro sinquo legoas


sado e morador

e he lavrador de mandioca, os hiao em com-


desta cidade, quais

delle denunciante e do denunciado, a ouvirão dizer


panhia quem

estarem também delle, mas não o


as ditas palavras por junto

segundo lhe derão a entender a elle denunciante,


conhecerão,

Bertolómeu Pires respondeo, dizendo o denunciado


mas o dito

tinha Nosso Senhor os tirar


as ditas palavras que poder para

cadea? E a elles lhes tapar as bocas não,falarem


da para para

mas era de e de misericórdia. E


semelhantes cousas, que justiça

mais elle denunciante era verdade assi elle como


disse que que

referidas se escandalizarão do caso, e que


as ditas testemunhas

as ditas testemunhas sabião de outras se acharão presentes:


que

Manoel Nunes dalcunha Míplata da nas-


E he verdade que
que
das Idanhas, solteiro, e do denunciado, mo-
ção natural parente

rador nesta cidade na travessa da Misericórdia sobre o mar e

mercador e lavrador e muito conhecido nesta cidade hia em

companhia do denunciado o caso aconteçeo e que como


quando

estava delle não deixar de ouvir as ditas palavras


junto podia

mas não disse cousa algüa. E sendo o denunciante,


perguntado

se o caso aconteceo estava o denunciado sobre ou


quando çea

fora de seu ou costumava a emborrachar se? respondeo


juizo,

o denunciado o tinha convidado a consoada, e era antes


que para
106

estava em seu e não


delia, e o denunciado perfeito juízo,
que
nem dá ao vinho antes he homê muito
costuma a sair delle, se

E o denunciante respon-
lido e curioso. perguntado que
çezudo,
ao o dito Bertholomeu Pires lhe dissera?
dera o denunciado que

e mudara o E sendo mais pergun-


disse se callara proposito.
que

denunciante se sabe o denunciado ou algum parente


tado o que
Santo Officio ou se
seu fosse ou penitenciado pello
já preso,
infamado nesta terra de respondeo
estava o denunciado judeu?

tem dito. E se tinha


não sabia mais que o que perguntado
que
do alguê, ou se sabe de outras culpa-
dado conta caso a pessoas

costume? disse do costume era


das em erros da fee, e pello que

ha sete ou oito annos e do mais disse nada.


amigo do denunciado

honestas e religiosos Padres


Estiverão a tudo presentes pessoas

Montcro e o Padre Balteç.ar Fernandes saçerdotes


Dopiinguos

da Companhia de tudo virão e ouvirão


deste Collegio Jesu, que

ter segredo e dizer verdade no lhes fosse per-


e prometterao que

e assi o aòs Sanctos Evangelhos em que poze-


guntado, jurarão
aqui com o ditto senhor Inquisidor e
rão suas mãos e assinarão

com o dito Belchior Gonçalves Barreto.


Visitador e Juntamente

Manoel Marinho o escrevi. Marcos Teixeira. Domingos


E eu

Monteiro. Belchior Gonçalves Barreto. Balthasar Fernandes.

Vasconcellos, chantre da
Bartholojmeu de

licenciado Phelippe Thotttas, contra Fran--


Sé, contra o

cisco e Fulano Rodrigues.

dias do mez de Septembro de mil seiscentos


Aos onze

do Salvador da Bahia de Todos os


e dezoito annos na çidade
de estando, ahi em audíen-
Sanctos na igreja do Collegio Jesu

o senhor Inquisidor Marcos


cia da tarde no tempo da Graça

sem ser chamado Bartholomeu


Teixeira elle ápareceo
perante
da See desta cidade natural e senadcr
de Vasconcellos, Chantre

idade de sinquenta e oito annos e sendo presente para


delia de

lhe foy dado dos


em tudo dizer verdade e ter segredo juramento

a mão, sob cargo do assy


Sanctos Evangelhos em que pos qual

se dizer nesta
o E disse que sabe por geralmente
prometteo.
Licenciado Phelippe Thomas da nasção natural
cidade que o
^o
107

não sabe, advogado casado mora-


reino donde elle denunciante

Pernambuco ella averá doze


dor nesta cidade fugio de para

morte de hum moço seu criado,


anncs mais ou menos pella
pouco
de cometterem ambos o pecca-
o matou ter accusado
qual pello
O ser tanto assi que averá
do nefando de" sodomia. que pareçe
na verdade se achar, que- o
tres ou annos ou tempo que
quatro
se dizer erão vindas
denunciado se absentou e escondeo por que

Pernambuco, o elle denunciante sabe por


as ditas culpas de que

desta cidade e lhe Anri-


ser naquelle tempo vigairo geral pedir

velho e cidadão delia se as ditas


Monis Telles christão que
que
mãos, as tivesse em segredo, e as não pu-
culpas lhe viessem as

mãos delle denunciante. E disse


blicasse, as não vierão ás
quais
se absentara dita causa, o
sabia o denunciado pella por
que que
Telles ter dito a elle denunciante o de-
dito Anrique Monis que

estava escondido em sua casa não prenderem


nunciado pello

senhor Inquisidor se
dita culpa. E sendo perguntado pello
pella
do caso? disse ser teste-
sabia de mais testemunhas que pcdião

Manoel. Lubeira christão velho casado e morador


munhas delle

nesta cidade, e Antônio d Ara-


em Pernambuco e hora assistente

velho natural da ilha da Madeira e assistente


christão
gão
nesta cidade, tio de Baltesar d Aragão defunto foy Capi-
já que

Manoel Pacheco christão velho natural da ilha


tão mor delia e

e advogado, morador nesta cidade: e


de São Miguel solteiro,

Barbosa de Britto christão velho, e não sabe donde


Francisco

he escrivão da alçada nesta cidade e estante nella


he natural e

os autcs da dita morte e caso de sodo-


o qual tem em seu poder

disse mais elle denunciante, ouvira dizer nesta


mia. E assi que

hum mes mais ou menos em sua casa a Ma-


cidade averá pouco

noel de Britto mulato forro, hora estaa casado e na-


que preso,

tural delia, homem de credito, Francisco mulato escravo do


que

denunciado lhe contara, huã noite tempo ha, vira ao


que pouco

denunciado commetter o nefando cõ hü fulano Rõiz seu


peccado

criado, hoje está casado em casa do denunciado com hOa


que

enteada de sua molher, filha de Pero Dias da nasção defuncto:


o denunciado também comettera ao dito seu mulato


e que

o mesmo e isso lhe fugira a fa-


para peccado, que por para

zenda de Antonio Cardoso de Barros onde inda estaa. E assi

disse e declarou elle denunciante não sabia mais testemu-


que

nhas do caso as sobreditas,. e o Licenceado Lopes da


que Jorge

Costa da nasção advogado e casado nesta cidade onde móra, e

he natural do reino, o contcu diante de algüas di-


que pessoas

zendo o dito mulato Francisco se lhe que o denun-


que queixara
108

ciado o mandava estar em camisa e sem calças lhe es-


quando

crevia de noite o lhe ouvião contar Antonio da Castanheira,


que

christão velho casado, cidadão e morador nesta cidade e Bel-

chior de Saa Sottomaior christão velho, cidadão casado e mo-

rador também nella e Belchior Vaz Mentola da nasção também

casado e morador nella. E sendo o denunciante se


perguntado

sabia de mais culpado no crime de sodomia e assi costu-


pello

me? disse não sabia de mais culpados no dito crime, e do


que

costume disse nada. E assy disse mais elle denunciante que

averá tempo detrás da See desta cidade lhe contou


pouco que

Antonio de Barbuda casado e morador nesta cidade a Pero


junto

Garcia, he solicitador de causas, ha dias furtando-se


que que

nesta cidade hü escriptorio ao denunciado Phelippe Thomas se

lhe achara dentro hüa Toura e do caso tirara o Ordinário


que

summario de testemunhas estava em de Bernabé Soa-


que poder

res, escrivão do Ecclesiastico; em o qual sumario testemunhou

o dito Antonio de Barbuda. E se sabia mais teste-


perguntado

munhas do caso? disse o dito Antonio de Barbuda as no-


que

mearia. Estiverão a tudo honestas e religiosos


presentes pessoas

Padres Domingcs Monteiro.e o Padre Baltesar Fernandes sa-

cerdote deste Collegio da Conjpanhia de tudo virão e


Jesu; que

ouvirão e ter segredo e dizer verdade no lhes


prometterão que

fosse é assi o aos Sanctos Evangelhos em


perguntado jurarão

suas mãos; e assinarão aqui com o dito senhor In-


que pcserão

e Visitador e com o dito Bertholomeu Vas-


quisidor juntamente

concellos denunciante. Eu Manoel Marinho o escrevi. O Chantre

Bartholomeu de Vasconcellos. Domingos Monteiro. Balthasar

Fernandes. Marcos Teixeira.

Pero Vilella contra Domingos Alvares de

Serpa e João da Silva.

Aos doze dias do mes de Septembro de mil seiscentos

c dezoito annos na do Salvador da Baya de Todos os


çidade

Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de em au-


Jesu

diencia de manhãa no tempo da Graça estando ahi o se-


polia

nhor Inquisidor Marcos Teixeira, elle appareçeo sem


perante
109

Vilella de de sinquoentí e seis annos


ser chamado Pero ydade

christão velho natural de Parada de Pi-


mais ou menos,
pouco
Real, solteiro e morador nesta cidade na
nhão termo de Villa

de magia: e sendo em
rua do Collegio, uza presente para
que

e ter segredo lhe foy dado juramento dos


tudo dizer verdade

a mão, sob cargo do assi


Sanctos Evangelhos, em que pcz qual

E disse elle vinha a esta mesa só com zello da


o prometteo. que

assi bem e verdadeiramente denunciava de


Santa fee, e que

Alvares de, Serpa da nasção, natural de Serpa ou


Dominguos

mercador e morador nesta cidade ao mos-


de Beja, solteiro junto

Francisco, estando elle denunciante nella averá


teiro de São que

mais ou menos cõ Pero de Medina já


sete ou oito annos pouco

da Maya christão velho, seria de


defunto e com Gaspar que

dous ou vinte e tres annos servia ao de-


de vinte e que
ydade
ser ao reino dahi ir a Angolla,
nunciado, e dizem passado para

na casa do denunciado com elle mesmo cos-


estando todos pello

serem vizinhos e amigos. E tratando se antre


tumarem assi por

elles de era maior sancto, e dizendo hum dos circumstantes


qual

Baptista era o maior sancto; disse o denunciado


que São João
Alvares de Serpa; São Baptista fora pecça-
Domingos que João

homem: E indo lhe elle denunciante á mão a


dor como qualquer

isso, dizendo lhe tres vezes não fallasse tal palavra


por que

São Baptista fora sanctifiçado no


como aquella, porque João
"que
may, não tornou a instar
ventre de sua pello podia peccar;

tres vezes no mesmo tinha dito, di-


e o denunciado que
perfiar
verdade, O vendo elle denunciante se es-
zendo fallava que
que
e não mais e se sahio, e as ditas
candalizou muito, profiar,
quis

estranharão taifi|>em o sobredito ao denunciado.


testemunhas

o denunciante senhor inquisidor, so


E sendo perguntado pello

o caso aconteceo estava o denunciado em seu perfeito


quando

se era homem costumasse a sair delle, e emborra-


ou que
juizo,
era ou depois de ou de cear? E se
char se, ou se antes jantar

do caso? Disse segundo sua lem-


avia mais testemunhas que

aconteçeo o caso depois do mas que o denunciado


brança jantar,

he homem sobrio, e aprimorado, e estava em seu perfeito juizo,

a sair delle, nem a emborrachar se, o que elle


e não costuma

ver e tratar a muitos annos. E disse que


denunciante sabe pello

mais testemunhas ouvera do caso, mas que não


era verdade que

lembrado erão. E perguntado se o denunciado fora


estava quais

ou Sancto Officio, ou algum parente


já preso penitenciado pello

se infamado de Disse não sabia


seu; e estava Judaísmo? que

se nesta terra, no reino no auto


mais que dizer geralmente que
1H*

mãy do dentmeiado. E
a
da fee passado, queimarão
proximo
não denunciara logo àfr
mais o denunciante por que
perguntado
Disse nao saber
Officio ou ao Ordinário? que por
caso ao Santo

Officio, e o Eispo passava por


ao Santo porque
que pertencia
culpados em dinheiro, mas
cousas condemnando os
semelhantes
denunciou do
dous segundo lembrança
dali a hum anno ou
que
Provincial antao
do Padre Anrique Guomes que
dito caso diante
estava nesta cidade, e
e nesse tempo
era da Companhia que
Officio, á denunciaçao
de Commissario do Santo qual
servia
costume disse que
se reportava. E perguntado pello
disse que
E assi disse mais o denunciante que
era amigo do denunciado.

mais ou menos nesta cidade


dez ou doze annos que
averá pouco
de São Bento ás tres horas
das delia no caminho
íóra portas
em hü Alardo e
do meio dia indo elle denunciante geral
depois
natural de Lisboa, cujo pai
da Silva da nasção
querendo João
em Alcantara, e elle he casa-
tem hü forno de vidro
dizem que
dar em hü soldado nome
morador no Rio de por
do e Janeiro,

defuncto e tendo mão algumas pessoas para que


Pero Gomes ja
da Silva o ceo
não desse, olhado o denunciado João para
lhe
Omnipotencia Divina; o que
ira disse; Arrenego da
com muita
e o ver e ouvir,
sabe se achar presente,
elle denunciante por
razão Francisco Luís Chris-
também o sabia mesma
como polia
alfayate casado e morador
tão velho natural de Guimarães,

e de credito: E o deve
a See, homem honrado
nesta cidade junto
Luis de de vinte e sinco
saber seu filho Bastião ydade
também
Francisco Luis seu E
maís mora com o dito pay.
annos ou que
razão Domingos Cosme chris-
tambem-4ist© mesma
sabe pella
Angolla onde se
cidade se foy casado para
tão* velho que-desta
ctiristão velho natural de Gui-
hoje vive. E Gomes
diz que João
he ido o reino, e outras muitas pessoas
ttiajrães e lá casado e para

não está lembrado, e sèndo perguntado


de elle denunciante
que
caso aconteceu estava o
Inquisidor se o
Senhor quando
pello
costumava a tomar se
em seu ou se
denunciado perfeito juiso,
entendeo não entendeo do
de vinho? respondeo que segundo

nem tomado de vinho nem


denunciado estar fora de seu
juízo
se fora alguém á mão
sabia isso costumasse. E perguntado
que
ditas e se ouve escan-
ao denunciado disse as palavras
quando
denunciado ou algü seu
dallo delia e se sabia se fora parente

Santo Officio? respondeo, que por


ou penitenciado pello
preso
terrível e desalmado ninguém se
o denunciado era homem
que
mas ouve escandalo
atrevera a lhe ir á mão que grande

modo denunciarão logo delle


da disse, de que
palavra que
111

Dom Constantino Barradas; e


diante do bispo desta cidade

e se reporta ao lá
elle denunciante foy testemunha) que

não sabe mais do denunciado. E perguntado


tem dito e que
em casos do Santo Qffi-
se sabe de algüs mais culpados

nesta terra ha algüs maus christaos,. porque


cio? Disse que
nella, ha ou sinquo annos que
segundo se diz geralmente quatro

Paços está as desta cidade


amanheçeo hüa cruz dos que portas

cÕ hüa coroa de cornos em lugar de coroa


indo o Carmo
para
no mesmo tempo amanheçeo outra cruz enfor-
de espinhos. E

desta cidade, E costume,


cada na forca publica perguntado pelo

não sabia fizera os ditos sacrile-


disse nada, e que também quê

tudo honestas e religiosos


Estiverão a presentes pessoas
gios.
Monteiro e o Baltesar Fernandes sa-
Dominguos padre
padres
da de tudo virão
cerdotes deste Collegio Companhia Jesu, que

ter segredo e dizer verdade no lhes


e ouvirão, e que
prometterão
assi o aos Sanctos Evangelhos tm
fosse e jurarão
perguntado,
mãos. E assinarão aqui com o senhor Inquisi-
suas
que pozerão
o dito Pero Vilella denunciante Manoel
dor, e com
juntamente
Pero Villela. Domingos Monteiro. Baltesar
Marinho o escrevi.

Fernandes. Marcos Teixeira.

Affonso contra Pero Garcia e í^íogo de


Paulo

Albuquerque.

dias do mes de Septembro de mil seiscentos


Aos doze

cidade do Salvador da Bahia de. Todos os


e dezoito annos na

da Companhia de estando abi


Santos na Igreja do Collegio Jesu

no tempo da Graça o senhor In-


em audiência de manhaa
polia
elle apareceo sem ser chá-
Marcos Teixeira perante
quisidor
velho de de e sete
mado Paulo Afonso christão ydade quarenta

Bahia casado e morador no Rio Vermelho


annos natural desta

E sendo em tudo dizer ver-


desta cidade: presente para
junto
lhe foy dado dos Santos Evan-
dade e ter segredo juramento

em a mão sob cargo do assy o prometteo.


que pos qual
gelhos
de sua consciência denunciava bem e
E disse descargo
que per
da nasção de seu
verdadeiramente de Pero Garcia por parte

natural da Ilha de São Miguel


senhor de engenhos
pay quatro
112

nella e nas suas casas da


e morador nesta cidade, que
e casado
Ajuda averá ou
a Nossa Senhora da quatro
rua Dereita junto
cometera o nefando
mais ou menos peccado
sinquo annos pouco
nome o serve
com hum mulato forro por Joseph que
de sodomia
dous annos mais ou
hoje de de vinte e pouco
será ydade
que
como soubera do
o denunciante
menos. E sendo perguntado
negras do denunciado hüa chamada
respondeo, duas
caso? que
elle denunciante o sa-
o disserão a que
Inês, e outra Julianna
erao cativas do denunciado o que
ver as negras
bião'pello quais
depois de algum
tem ser verdade porquanto
elle denunciante por
lhe entregou as ditas ne-
o caso acontecer, o denunciado
tempo
elle denunciante na-
engenho da Itapitanga onde
no seu
gras
lhe disse com encareci-
tempo era morador, e grandes
Qnelle
com muito açoute e ma
matasse as ditas negras
mentos que
lhe elle denunciante a razão por
vida e trabalho. E perguntando
tão necessarias, lhe res-
de seu serviço sendo lhe
as tirava
que
ellas chamavão ao dito mulato
o denunciado, que por que
pondeu
e do depois lhe
Toseph sua mançeba: das quaes palavras que

tem denunciado. E sendo


as ditas negras soube o que
disserão
razão avia o de-
senhor Inquisidor que para
perguntado pello
delle denunciante? respondeo que por
nunciado se confiar tanto

amigos. E sendo
annos erão mui particulares
aver muitos que
erão tementes a Deos
se sabia as ditas negras
perguntado que
se sabia o era feito dellas
fallariao verdade e que
e pessoas que
tempo conhece as ditas
disse ha muito que
e aonde estavão? que
são ladinas e creadas antre gente
cativas e sabe ver que
pello
alem do sobre-
effie falia vão verdade por que
branca parece que
Pero Gonçalves Rotea na-
elle denunciante dizer a
dito ouvira
e morador em Vianna, e
Vianna christão velho, casado
tural de
nesta terra e assi também
servio muito tempo ao denunciado
que
natural de Coimbra sabia
dizer Manoel d Oliveira
ouvira que
servia ao denunciado e hora
hü moço nome Gaspar que
que por
o denunciado o
Reino, se lhe saira de casa por
he ao
passado
E se lhe disserão
o nefando. perguntado
cfometter para peccado
vezes o denunciado come-
as ditas cativas e declararão quantas
compKce e em forma
nefando com o dito que
tera o dito peccado
lhe contarão o caso
respondeo as ditas cativas que
e modo? que
casas, e ellas virão
depois do nas ditas que
succedera jantar
denunciado estando elle em cima
acaso na camara do
entrando
da camera serrada hüa sobre
do dito complice e tinha a janella
vezes: e
não disserão a elle denunciante quantas
a outra, e que
chamada Ines está casada
dizer huá das cativas
que ouvio que
113

na aldea o denunciado tem ao seu engenho velho de


que junto

Peraugaçu e a outra nome está em casa do dito


por Juliana

denunciado. E se sabia o denunciado era homem


perguntado que

saisse fóra de seu ou se costumava a tomar do vinho?


que juiso,

disse elle sabe se dá muito ao vinho, e fica tão esquentado


que

delle, depois de beber fica tão diferente do era dantes


que que

de beber como de branco a E sabe ouvir dizer a


preto. que pello

seus creados algúas vezes se toma de vinho. E


que perguntado

se sabia mais testemunhas, e do costume ou se sabia de outros

culpados no mesmo nefando? Disse não sabia de


peccado que

mais testemunhas do caso nem de mais culpados no dito pecca-

do, e do costume disse o denunciado lhe faz algüas sem ra-


que

zões em lhe não o lhe deve, mas lhe não


querer pagar que que

mal e tem dito a verdade. E assi disse mais que denunciava


quer
de Diogo d Albuquerque da nasção meirinho desta cidade, e não

sabia donde era natural mas era casado e morador nella, que

ouvio dizer e he fama nesta terra, que averá


geralmente publica

tres annos indo o dito denunciado Diogo d Albuquerque a igreja

de São Bento desta cidade a hü homiziado, andara per


prender

cima do Altar mor he onde está o Sanctissimo Sacramento,


que

ccm o chapeo na cabeça e espada nua com desaca-


grandíssimo

to e irreverencia revolvendo as cortinas, do ouve es-


que grande

candalo em toda a sabia do caso. E sendo


pessoa que pergunta-

do se sabia ouves.se alguém reprehendesse ao denunciado


que que

o caso aconteceo ou se algum lho approvou? respon-


quando
deo não sabia mais do* tem dito, mas só sabia
que que que

ser notorio de testemunhas no caso. E se


por perguntado

o denunciado estava em seu se costumava a sair


juízo-ou

delle ou deixar-se vencer do vinho, ou fora reconciliado


ou Santo Officio òu he filho ou netto de ccn-


penitenciado pello
demnado crime de herezia? respondeo que não sabe mais,
pelo

estar o denunciado infamado nesta terra de e de con-


que judeu,

versar nesta terra com outros semelhantes, o he notorio


que

nella. E costume, disse nada. Estiverão a tudo


perguntado pello

honestas e religiosos Dominguos


presentes pessoas padres,

Monteiro e o Padre Baltesar Fernandes sacerdotes deste Col-

legio da Companhia de que tudo virão e ouvirão e


Jesu pro-

metterão ter segredo e dizer verdade no que lhes fosse


pergun-

tado e assi o aos Sanctos Evangelhos em


jurarão que pozerão

suas mãos e assinarão aqui com o dito senhor Inquisidor e jun-

tamente com o dito Paulo Afonso: Manoel Marinho o escrevi.

E declarou o denunciante o dito Manuel d Oliveira testemu-


que
114

nha referida era creado do dito Pero Garcia denunciado. Manoel

Marinho o escrevi. Paulo Afonso. Balthazar Fernandes. Mar-

cos Teixeira. Domingos Monteiro.

Francisco de Barbuda contra Simão Nunes

de Mattos e Antonio Nunes.

Aos doze dias do mes de Septembro de mil seiscentos

e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de Todos os

Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu
ahi em audiência da tarde no tempo da o senhor Inquisi-
graça
dor Marcos Teixeira elle appareçeo sem ser chamado
perante
Francisco de Barbuda christão velho de de e
ydade quarenta
tres annos casado natural desta cidade ordinário e capitão
juiz
de hüa bandeira e nella morador na rua de Nossa Senhora da

Ajuda. E sendo em tudo dizer verdade e ter se-


presente para

gredo lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em


juramento que
a mão sob cargo do assy o E disse,
pos qual prometteo. que
averá mais de hü anno e meyo nesta cidade dissera a elle
que
denunciante hú Baltesar Pedro natural de Portugal e lá casado,

feitor delle denunciante hora -está em sua casa e Antonio


que
mamaluco filho de branco e de mulher destas sera
partes, que
de ydade de treze ou annos e estaa em casa delle de-
quatorze
nunciante sabião ver e ouvir na fazenda de Simão
que pello que
Nunes de Mattos christão nòvo não sabe donde he natural
que
e he senhor do engenho de Maré, casado e morador no dito en-

genho que está quatro legoas desta cidade e a dita sua fazenda

he de lenhas .está no Rio de sete ou oito legoas


que Jacuruna
daqui, ha hüa egoa do dito Simão Nunes de Mattos, á cha-
qual
mão Maria como as testemunhas referidas lhe ouvirão
parda,
chamar a Manoel de Galegos da nasção natural do reino, so-

brinho e cunhado do dito Nunes de Mattos e he solteiro,


^imão
assistente nesta cidade e assi lhe ouvirão também chamar a
Francisco Mendes Cardoso christão novo da lenha Mercador
o

das natural do Reino solteiro e residente nesta


gaitas cidade e

parente do dito Simão Nunes segundo algüas dizem.


pessoas
E disse elle denunciante as ditas duas testemunhas
que referi-
*

115

dito Simão Nunes de Mattos e


lhe disserão na casa do
das que
chamavão todos á dita egoa
na dita sua fazenda ordinariamente

conhecida e ainda averá tres mezes


Maria e essa era
parda por
Pedro e a,outra testemunha re-
ou o dito Baltesar
quatro que
dizer a elle denunciante em sua casa o que
ferida lho tornarão a

ser muito desacato e irreve-


era caso de escandalo por
grande
E sendo o denun-
rencia da Virgem Nossa Senhora. perguntado

mais testemunhas do caso? respondeo que


ciante se sabia de

velho solteiro, natural do reino, vizi-


Gaspar da Costa christão

Nunes de Mattos trata em


nho da dita fazenda de Simão que

dizer delle: e as ditas duas teste-


mandar fazer lenhas, poderá
nomear outras. E sendo perguntado,
munhas. referidas poderão
fosse reconciliados ou peni-
se sabia se os ditos denunciados já

ou fossem filhos ou nettos de


lenciados Santo Officio,
pello
de heresia, ou estivessem infamados
condemnados crime
pello
infidelidade? respondeo não sabia
de ou de outra que
Judaísmo
costume disse nada. E assi disse
disto nada. E pello
perguntado
ou vinte dias mais
mais o denunciante, que averá quinze pouco

Gonçalves christão velho natural do reino,


ou menos André
que
e morador nesta cidade na rua do Collegio,
vendeiro, casado

elle denunciante e Antonio da Castanhera


dissera nella presente
do Reino, casado e morador nesta cidade
christão velho natural

de elle denunciante não


e outras testemunhas, que
presentes
Antonio Nunes da nasçao na-
está lembrado, dizião que
que
vendeiro, casado e morador nesta
tural do reino dalcunha,
pifaro
se hia casa e açoitava hú
cidade, e perdia para
quando jugava
O elle denunciante e os mais ouvindo,
crucifixo tinha. que
que
escandalo. E sendo se sabia que
receberão grande perguntado

dito Antonio Nunes fosse reconciliado ou penitenciado pello


o já
seu ou se estava enfamado de
Santo Officio ou algum parente

não sabia nada disto. E


ser que perguntado
judeu?.respondeo
de rrçais culpado em erro da fee? Disse
costume e se sabia
pello
de mais. E do costume nada. Estiverão a tudo pre-
que não sabia

e religiosos Padres, Dominguos Mon-


sentes honestas
pessoas
Padre Baltesar Fernandes sacerdotes, deste Collegio
teiro e o

da Companhia de tudo virão e ouvirão e prometerão


Jesu que

verdade no lhes fosse e assi


ter segredo e dizer que perguntado

Evangelhos em suas mãos e


o aos Santos que pozerao
jurárão
aqui com o dito senhor inquisidor e com
assignarao juntamente

de Barbuda. Manoel Marinho o escrevi. Do-


o dito Francisco

Monteiro. Marcos Teixeira. Balthasar Fernandes. Fran-


mingos

cisco de Barbuda.
116

Henrique Moniz Barreto contra Balthazar

Ribeiro e um homem da nação.

Aos doze dias do mes de Septembro de mil seiscentos

e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de Todos os

Sanctos na Igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu,

ahi em audiência da tarde no tempo da Graça o senhor Inquisi-

dor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser chamado


perante

Anrique Monis Barreto christão velho de de quarenta e


ydade

sinquo annos mais ou menos, fidalgo da Casa de Sua Ma-


pouco

natural da Ilha da Madeira, casado e morador em Mat-


gestade,

toim sete, ou oito legoas desta cidade, senhor de engenho. E sen-

do em tudo dizer verdade e ter segredo, lhe foi da-


presente para

do dos Sanctos Evangelhos em a mão, sob


juramento que pos

cargo do assy o E disse averá oito ou nove


qual prcmetteo. que

annos mais ou menos, no engenho de Mattoim que


pouco que

foy de Baltesar Ribeiro e hora he de Domingos Barbosa sete ou

oito legoas desta cidade, indo elle denunciante a ao dito


pedir

Baítesar Ribeiro da nasção natural de Palmella no reino, senhor

antão era do dito engenho e nelle morador, e que depois


que

tomou ordens sacras nesta cidade e hora he ao reino


passado

e dizem reside em Lisboa no Bairro das de Santa


que portas

Catherina, lhe mandasse moer as suas canas no dito enge-


que

nho, achou elle denunciante ao denunciado Baltezar Ribeiro em

companhia de Antônio Ribeiro seu irmão também da nasção na-

tural da dita villa de Palmella, solteiro, então era e hora


que

dizem estaa em Angolla, lendo hüa Biblia em lingoajem


que por

castelhana segundo sua lembrança impressa com figuras muito

finas e bem illuminadas. O Baltesar Ribeiro estava decla-


qual

rando hüa das ditas figuras ou estampas ao dito seu irmão An-

tonio Ribeiro, e ambos lião dita Biblia e mostravão as fi-


polia

da estampa. E sendo o denunciante como


guras perguntado

soubera que o livro era Biblia, e era em lingoajem? respondeo,

ao denunciado Baltesar Ribeiro, li-


que perque perguntara que

vro era aqueíle? e o denunciado lhe respondera, que era hüa Bi-

blia em lingoajem e que afora o sobredito, elle denunciante


por

estava assentado do denunciado Baltesar Ribeiro, e vio


junto

as figuras delle e era livro em lingoajem, e que as estampas


que

erão finas e illuminadas e entendeo que era Biblia, quanto


por
ao tempo em entrou achou os denunciados tratando das
que

cousas da lei vplha, com o dito livro aberto, notando-as nelle. E

como o denunciado Baltesar Ribe.Vo lhe disse era Biblia em


que
117

se acabou de certificar disso,


o creu; e depois do caso
lingoajem,
erão sahidas de Flan-
dizerem Religiosos de credito que
lhe
por
de Biblias em lingoajem cas-
ou sinquo mil volumes
des quatro
Padres Dominguos Mon-
Religiosos forão os
telhana: os quaes
deste Collegio da Com-
Padre Manoel do Couto ambos
teiro, e o
Collegio, e o Padre Frey
e o Padre Belchior Pires deste
panhia,
Carmo desta cidade a
Encarnação foy do
Antonio da prior que
conta do_ caso. E sendo
de elle denunciante lhe dar
preposito
ou oitavo e em que
se o livro era de folha quarto
perguntado
de e estava en-
respondeu era quarto,
estava encadernado? que
E se
em branco uzado. perguntado
cadernado purgaminho já

fossem reconciliados, ou penitencia-


sabia os denunciados já
que
seu, e se estavao
dos Sancto Officio, ou algum parente
pello
ouvira dizer algus pa-
infamados de Disse que que
judaísmo?
Santo Officio. E perguntado
rentes seus forão já presos pello
testemunhas delle, e
do cazo, e se avia mais
se se escandalisara
Officio ou do Orai-
não denunciara logo diante do Sancto
como

era verdade, se não escandalisara quando


nario? Disse que que
o dito livro era defeso, mas
o caso aconteceo, não saber que
por
muito, e recebera roím
depois o soube se escandalizara
que que
e não denunciara loguo, porque
conceito dos denunciados, que
dito livro era defeso,^ e se
tempo soubera que o
avia pouco que
e o Bispo desta cidade
esperava senhor Inquisidor porque
pello
-facilidade culpados
livrava com os
Dom Constantino Barradas

muy amigo do denunciado


Sancto Officio, e era particular
pelo
não sabia de mais testemunhas
Baltesar Ribeiro. E disse que
tinha o denunciado Balte-
do caso. E capellao
perguntado que
ou se servia de algüs chris-
sar Ribeiro o caso aconteceo
quando
antão tinha se chamava
tãos velhos? disse que o Capellão que

nesta cidade e não sabe que se servisse


Manoel do O' reside
que
altura teria o dito livro e
de christaos velhos. E que
perguntado
de dous covados de al-
costume? Disse teria passante
pello que

letra meuda; e se sabia quem


tura e era de perguntado
que
defesos? disse não e do costume
tivesse mais algüs livros que

bem e verdadeiramente denunciava


nada. E assi disse mais que

mercador nome não perca, que


de hü homem da nasção que per

desta cidade, averá tres annos que


morava na rua dereita que

desta cidade e estando^ em


sendo elle denunciante juiz ordinário

delia appareceo o dito denunciado


Camera com os mais officiaes

dita Camera, desse o rol dos


e dizendo lhe os officiaes da que

de Portugal, e aos Santos


azeites lhe vierão que jurasse
que
verdadeiramente tinha vendido os azeites
Evangelhos se bem e
118

no dito rol, e as a os vendera de modc


que dizia pessoas quem

não achasse depois o contrario, respondera o denunciado,


que se

certo era o seu rol, como as Deus dl-scra,


que tão palavras que

semelhantes a estas. E fazendo elle denun-


ou outras palavras

depois exame do dito azeite, calculara faltavão dous


ciante que

tres barris; de. entendera estar o dito rol falso. E que a


ou que

dita do denunciado, fora muy mal dita, e escandaloza,


palavra

comparava a de Deus com tão falsidade,


pois palavra grande

como constava ser a do sobredito rol. Pello elle denunciante


que

logo ao denunciado, e denunciara logo delle diante o


prendeo

Ordinário, ante o se diz se livrou. E se


qual que perguntado

ouvera escandalo do caso e se alguém o approvou, ou reprehen-

dco delle ao denunciado, e se depois de reprehendido instou ou

aprofiou no tinha dito? Disse ouvera grande escandalo,


que que

e reprehendera ao denunciado, e depois de reprehendido


que

torncu a afirmar o tinha dito, e ratificado. E que forão tes-


que

temunhas do caso Afonso da Botafogo christão velho, na-


Qama

tural cl Elvas, casado e morador em Nossa Senhora do Soccorro

seie ou oito legoas desta cidade então era vreador: Sebas-


que

tião de Covellos antão era vreador e hora he ao reino


que passado

e mora em Évora; Bertholomeu Pirez christão velho que antão

era do Conselho, casado e morador na boca do rio de


procurador

Mattoim. E se o caso acontecera antes do


perguntado jantar?

Disse na Camera de manhãa antre as dez e as onze


que polia

horas. E se sabia o denunciado estava em seu


perguntado que

ou se costuma a sair delle e a tomar se do vinho, e se fora


juizo

reconciliado ou Santo Officio ou algum


já penitenciado pello

seu? Disse ouvira dizer nesta cidade


parente que geralmente

lhe seus avóos, e não sabia mais delle. E


que queimarão pergun-

tado se sabia de mais culpados em erros contra a fee, e que mo-

tivo tivera de vir fazer estas denunciações? Disse que não sabia

de mais culpados, e descargo de sua consciência e com


que por

zello da Santa fee tinha denunciado bem e verdadeiramente e

do costume disse nada. Estiverão a tudo presentes pessoas

honestas e religiosos Padres, Dominguos Monteiro, e o Padre

Baltesar Fernandes sacerdote deste Collegio da Companhia de

Jesu, que tudo virão e ouvirão e prometterão ter segredo e dizer

verdade no que lhes fosse e assi o aos


perguntado; jurarão

Santos Evangelhos em suas mãos e assignarão aqui


que pozerão
com o dito senhor inquisidor e com o dito Anrique
juntamente
Monis Barreto. Manoel Marinho o escrevi. Domingos Monteiro.

Baltesar Fernandes. Anrique Monis Barreto. Marcos Teixeira.


119

Mendes contra Fernão Men=


Matheus Roxo

Alvaiies e Duarte Alvares.


des, Luís

raes de Septembro de mil seiscentos


Aos doze dias do

Salvador da Bahia de Todos os


e dezoito annos na cidade do

da Companhia de estando
Sanctos na igreja do Collegio Jesu

da o senhor Inquí-
em audiência da tarde no tempo graça
ahi

elle appareceo sem ser chamado


sidor Marccs Teixeira, perante
solteiro, de de
Matheus Mendes Roxo christão velho, ydade

filho de Gaspar Mendes,


vinte oito annos natural de Guimarães,

mercador e mora-
mercador, defunctos. E elle denunciante

na rua deste Collegio: e sendo presente para


dor nesta cidade

verdade e ter segredo lhe foy dado juramento


em tudo dizer

a mão sob cargo do qual


dos Sanctos Evangelhos em que pos

descargo de sua consciência


assy o E disse que por
prometteo.
bem e verdadeiramente de
e zello da Sancta ffee denunciava
_
natural da cidade do Porto, solteiro,
Fernão Mendes da nasção

nesta cidade na mesma rua do Collegio,


mercador e morador

meses, ou tempo na ver-


porque averá ou sinquo que
quatro
na mesma rua a Luis
dade se achar que ouvindo elle denunciante

cidade do Porto, solteiro serve


Alvares da nasção natural da que

da nasção, mercador, casado


a Manoel Rõiz Sanches, também

muito conhecido, hü
e morador nesta cidade, e homem gabar

RÕiz da nasção diz ser


livro intitulado Belial a Jeronymo que

casado e morador nesta ci-


natural de Évora ourives do ouro

á do dito ourives he na
dade estando fallando ambos porta que

dito Luis Alvarez tratava o


sobredíta rua, dizendo lhe o que

de demanda o Diabo a Christo. E tendo


livro hua que pozera

a outras de não está lem-


elle denunciante ouvido pessoas que

no dito livro, e tendo noticia era do dito Fernão


brado fallar que

fora sua casa desejando de ler lho


Mendes seu vizinho, a por

e lho emprestado; e mostrando se duvidoso


terem gavado pedio

o não fazer sem elle denunciante lhe dar


em lho emprestar quiz

hüa cadea de ouro onze mil rs., e com isso


de penhor que pezava

lho emprestou. E abrindo elle denunciante o dito livro em sua

casa, em algüas meyo, foy dar em hua heresia que


partes pello

negar o Purgatorio, e em outra dezia com o


era que que peccar

não era mortal e achando eMe denunciante1


pensamento peccado

acaso acertou de rua o Padre frey Ma-


o sobredito, passar polia

noel dos oculos alcunha do Mosteiro de S. Bento


por pregador

desta cidade, e ser seu amigo, o chamou elle denunciante a


por

caza, e lhe mostrou o dito livro contando lhe o tinha lido


que
120

nelle, e o dito Padre lho e o levou o Mosteiro o


pedio para para
ver, e lhe cotou algüas heresias tinha e lho tornou a dar dahi
que
a quatro ou sinquo dias dizendo lhe o fizesse
que queimar por

que era heretico e elle o não acabara de ler, entender


que por

que assi como lhe achara aquellas heresias, lhe acharia mais. E

elle denunciante via as cotas o dito Padre no livro.


que. pozera
E o dito denunciado Fernão Mendes lhe ter em
por penhor do

dito livro a sua cadeia como tem dito, lho levou mostrando lhe

as ditas cotas e dizendo lhe o senão avia de


que queimasse, que
denunciar delle; e o denunciado lhe respondeo o levaria ao
que
Padre Peixoto religioso deste Collegio. E
Jeronymo perguntan-
do elle denunciante ao dito Padre dahi a dias se lhe lc-
poucos
vara o denunciado o dito livro, soubera lho levara
que hü tio

do denunciado nome Pedro homem da nasção


por solteiro, na-

tural da cidade do Porto e morador nesta. E sendo


perguntado

pello genhor Inquisidor se sabia donde o denunciado ouvera o


dito livro, e mais lerão elle, e
que pessoas por de que matéria

tratava, e era o autor e se era em latim, se


quem em lingoajem e
de que tamanho era, se era impresso ou escripto de mão, e quan-
tos annos avia era feito e em
que que parte, e se tinha licença do

Santo Officio? respondeo não sabia mais


que que o dito livro ser
impresso de lettra antiga em castelhano vulgar, e que a matéria
delle era hüa demanda ho Diabo contra
que punha Christo Nosso

Senhor,^ e de muitas cousas da lei velha, e declarações da sagra-


da escriptura, e o dito.Luis Alvarez da nasção
que o devia de
ter lido o tanto, como fez ao dito
pois gavava ourives, e a elle
denunciante como tem dito acima, e que era verdade An-
que
tonio Gomes christão velho natural de Guimarães casado, e mo-
rador em Sergipe do Conde oito legoas desta cidade e cidadão
delia, dissera a elle denunciante,
perguntando-lhe se vira o dito
livro, elle lhe dissera não o vira nem
que o lera, mas o dito
que
Luis Alvares lho muito: e disse
gabara elle denunciante era
que
verdade algüas de não
que pessoas que está lembrado, lhe dis-
serão nesta cidade o dito livro andara
que por mãos de muitas

pessoas delia, e na freguezia de Peroaçu oito legoas desta ci-


dade mais ou menos, e lhe
pouco que parecia que o denun-
pois
ciado Fernão Mendes o trouxera do Porto, donde veyo a esta
terra ha de tres
passante annos, e o tanto, também
gabava que
o devia de ter e lido, e não
passado aue está lembrado a que pes-
soa ouvira dizer o dito livro correra
que também na cidade do
Porto. E sendo
perguntado se acaso lera no dito livro algüs
argumentos contra o ser Christo Nosso Senhor o verdadeiro
121

sua lembrança o Diabo in-


Messias? respondeo que conforme

muiío dessa matéria em nome de pro-


troduzido no livro tratava

E sendo se avia mais testemu-


curador do Inferno. perguntado

escandalo delle, e se o denunciado Fer-


nhas do caso, e se ouvera

bom entendimento ou costumava a


não Mendes era homem de

seu e se deixava vencer do vinho? respondeo que


sair de juízo

Abreu Roxo christão velho, natural de Guimarães


Miguel de

nesta cidade e Pero Ferreira da


tio delle denunciante e morador

velho natural da dita villa de Guimarães casado


Maya christão

nesta cidade dar razão do dito livro porque


e morador poderão

nelle, e era verdade elle denunciante se


ouvirão fallar que que

escandalizou muito, e se escandalizarão todas as pessoas que

do dito livro e tiverão noticia do tratava, as que


souberão que

velhos. E disse era verdade que conhecia


erão christãos que

bem ao denunciado homem de entendimento e que


muito por

fora de seu nem se deixar vencer do vinho


nunca o vira sair juizo,

o sabe ser seu vizinho e o tratar ha tres ou quatro annos.


que por

E sendo se o dito Luis Alvares era homem de en-


perguntado

ccmo o denunciado, e se hü e outro forão recon-


tendimento já

ciliados, ou Santo Officio, ou algüs paren-


penitenciados, pello

tes seus, e se elles andarão terras de sospeita, ou conversa-


por

rao com de suspeita? respondeo que era verdade que


gente

muito bem o dito Luis Alvarez, e era cezudo e de


conhecia que

e era notorio nesta cidade se creou e


entendimento, que que

muitos annos Flandes, o elle mesmo confessa, e


andou por que

louva muito aquellas e dizem seu fora preso


partes, que que pay

Sancto Officio e não sabe de mais. E por que


pello perguntado

não denunciara logo do caso ao Sancto Officio, ou diante do

Ordinário? D:sse não saber tinha essa obrigação, e


que por que

cuidar satisfazia com o ter dito ao Padre


juntamente por que

Peixoto e com se lhe dar o dito livro. E se


jeronimo perguntado

de tivessem e lessem livros defesos,


sabia outras pessoas que

culpados em outros erros contra a fée? respondeo não


ou que

sabia de mais, senão aver seis ou sete dias com


que praticando

frey Ângelo de São Bento desta cidade, dizer lhe o dito frey

Ângelo no dito mosteiro, na somana sancta da quaresma


que

fazendo se o sepulchro em Nossa Senhora da


próxima passada
Ajuda desta dissera Duarte Alvarez da nasção dizem
cidade que

ser natural de Setuval mercador, casado, e morador nesta ci-

dade na rua dereita a porta de S. Bento, pegando polia


para

barba a hüa imagem de São Pedro; como encaixaria este villão

roim em t*empo fiüa borracha andava Do


seu quando pescando..
122

elle denunciante ficou muito escandalizado e assi o mostrou


que

estar o dito Padre. E se o dito Duarte Alvarez


perguntado

estava em seu perfeito juizo quando o caso aconteceo, e se cos-

tumava a sair delle ou tomar-se de vinho, e se fora reconci-



liado ou Santo Officio? Disse não sabia
penitenciado pello que
mais o tem dito, e se acuzava e misericórdia
que que que pedia
e perdão de ter visto o dito livro, e o leo em algüas
que partes
como tem dito, sem saber que era defezo, e que disto estava

arrependido. E costume disse nada. Estiverão


perguntado pello

a tudo presentes honestas e religiosos Padres, Domin-


pessoas
Monteiro e o Padre Francisco Pires sacerdote deste Col-
guos

legio, que tudo virão e ouvirão e ter segredo e


prometterão
dizer verdade no que lhes fosse perguntado, e assi o aos
jurarão
Sanctos Evangelhos em suas mãos e assinarão aqui
que pozerão
com o senhor Inquisidor e com o dito Matheus
juntamente
Mendes Roxo. E declarou o denunciante o dito livro tinha
que
rubricas, Processo Tudiciario, e lhe faltava o
por que principio
com quatro ou sinqno folhas. Manoel Marinho o escrevi. Ma-

theus Mendes Roxo. Domingos Monteiro. Francisco Pirez. Mar-

cos Teixeira.

Álvaro Sanches contra Diogo Dias Querido

e Domingos Alvares de Serpa.

Aos doze dias do mes de Septembro de mil seiscentos

e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de Todos os

Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu

ahi em audiência da tarde rto tempo da Graça o senhcr Inquisi-

dor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser chamado


perante

Álvaro Sanches da nasção de de mais de sessenta annos


ydade

natural da villa de Olivença no reino, veuvo, escrivão da chan-

celaria desta cidade, e nella morador no terreiro de São Fran-

cisco: E sendo em tudo dizer verdade e ter se-


presente.para

lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em que


gredo juramento

a mão sob cargo do assi o E disse que com


pos qual prometteo.

zello da santa fee e descargo de sua consciência denunciava


por

em como nesta cidade averá dous ou tres meses que estando

elle denunciante no Guindaste de Dioguo Lopes de Évora da

/
123

mas he confeiteiro, sol-


não sabe donde he natural
nasçao que
fallando ambos, lhe dis-
e morador nesta cidade estando
teiro
fora a Flandes se encon-
sera o dito Dioguo Lopes, que quando
da nasçao, natural do
trara lá com hum Dioguo Dias Querido

o lhe disse folguo


aqui residio sendo mercador qual
Porto, que
eu de^minino de oito ou
venhais cá vos salvar, porque
que para
me ensinou a sello. E que
annos era meu pay
nove judeu porque
lhe casar com
Dioguo Dias o comettera para
o dito Querido

não ser sendo pergun-


hüa irmãa, e que elle quisera por judia._E

achava no dito Guindaste, e


denunciante causa se
tado o porque
Dioguo Lopes d'Evora o que
o a lhe dissera o dito
propósito que
fora curiosidade ver o Guindaste
tem denunciado? Disse que por
a de elle denun-
se fazer naquelle comenos. E que preposito
por
Flandes. E assi disse mais
lhe das cousas de
ciante perguntar
Aguosto estando elle denuncian-
no mes de
que proximo passado
em estava em hum
te ouvindo missa na igreja deste Collegio, que

Domine non sum


dia da somana, ao tempo de dizer o sacerdote,

de e batia nos pei-


dignus, toda a estava giolhos
quando gente
Alvarez de Serpa da
tos, vio elle denunciante a Dominguos

mercador e morador nesta


nasçao natural de Serpa solteiro,

Antonío da Fonseca, estar


cidade, na rua aonde móra o Juiz
da a
assentado em hum banco logo a entrada porta principal

com hüa sobre outra


mão esquerda encostado a parede perna

tinha sobre a outra, sem


ciando e bolindo com a perna que

elle denunciante sabe e vio estar junto


bater nos o que por
peitos,
missa: do tudo ficou muito escanda-
do denunciado ouvindo que

mais testemunhas do caso, e se o


lizado. E se avia
perguntado
na fee, e se elle denunciante o
denunciado he homem suspeito

ouvera mais testemunhas, a


reprehendeo? Disse que não por

igreja estar diante delles com os rostos para


que estavajia
gente
Daniel do Lago, christão ve-
os altares: e era verdade que
que
mor da See desta cidade averá tres
lho, sacerdote, e thesoureiro

ou meses dissera a elle denunciante que passando polia


quatro
lhe ouvira dizer em sua casa, Gayas
do denunciado,
porta
he de tinha ao denunciado
Gayas, que palavra judeu, pello que

E era verdade elle denunciante se escandali-


tal: que que
por
da missa, mas não se atrevera a reprehendelo.
zara do caso que

o denunciado, ou algum seu


E se sabia que parente
perguntado
e reconciliado Sancto Officio, ou se
fora já penitenciado, pello

sair de e a tomar se de
era homem que costume a juiso
^eu
Disse não nada disto, E se sabia
vinho? que sabia perguntado

em erros contra a Sancta fee, e cos-


de outros culpados pello
124

turae? Disse nada. Estiverão a tudo hones-


presentes pessoas
tas e religiosos Padres, Dominguos Monteiro, e o Padre Fran-

cisco Pires sacerdote deste Collegio, tudo virão e ouvirão e


que

prometterão ter segredo e dizer verdade no que lhes fosse


per-
e assi o aos Sanctos Evangelhos em
guntado, jurarão que po-
zerão suas mãos e assinarão aqui com o senhor Inquisidor c

juntamente com o dito Álvaro Sanches. Manoel Marinho o es-

crevi. Francisco Pirez. Álvaro Sanches. Domingos Monteiro.

Marcos Teixeira.

Antonio Nunes, cuja denunciação se convers

teu em confissão.

Aos treze dias do mès de Septembro de mil seiscentos

e dezoito annos na cidade do Salvador da Baya de Todos os

Santos na igreja do Collegio da Companhia de estando ahi


Jesu
em audiência de manhãa no tempo da Graça o senhor In-
polia

quisidor Marcos Teixeira elle appareçeo sem ser cha-


perante
mado Antonio Nunes diz he christão velho natural da
que que
cidade de Lisboa na rua das Flores, filho de Antonio Fernandes

que foy alfaiate e depois marinheiro da nao Bom se


Jesus que

e de Anna Nunes sua molher vivia á Boa Vista e


perdeu, que
era padeira e tirava seda, e falleçeo o anno e deixou
passado
duas filhas chamadas, hüa Maria Nunes e outra Nunes
Joanna
ambas casadas no mesmo bairro, e hüa dellas he casada com

hü homem agcra cegou, segundo disserão ao confitente


que
disse ser de de mais de trinta annos, ho Pifano de
que ydade

alcunha vendeiro, casado e morador nesta cidade na rua De-

reita. E sendo em tudo dizer verdade e ter segre-


presente para
do lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em
juramento que poz
a mão sob cargo do assi o E disse se accu-
qual prometeo. que
zava que estando. Não se acabou de tomar esta confissão, por

pertencer ao Livro das confissões onde estaa tomada folhas

quinze. Manoel Marinho o escrevi.


125

de Abreu contra Fernão Mendes,


Miguel

Antônio Mendes Beiju* e Luis


Duarte Fernandes,

Alvares.

do mes de Septembro de mil seiscen-


Aos treze dias

do Salvador da Bahia de Todos


tos e dezoito annos na çidade

do Collegio da Companhia de Jesu estando


os Sanctos na igreja

manhãa no tempo da o senhor


ahi em audiência de graça
polia
elle appareceo sem ser cha-
Inquisidor Marcos Teixeira perante

christao velho de de quarenta


mado Miguel de Abreu ydade

e lá casaao morador nesta cidade


annos natural de Guimarães

E sendo em tudo
na rua do Bispo e he mercador. presente para

lhe foy dado dos Sanctos


dizer verdade e ter segredo juramento

a mão sob cargo do assi o promet-


Evangelhos em que pos qual

da Santa fee e descargo de sua


teo. E disse com zello por
que
respeito algü, denunciava bem e ver-
consciência e sem outro

Mendes da nasção natural da cidade


dadeiramente de Fernão

e mercador, morador nesta cidade


do Porto no reino, solteiro

sendo elle denunciante


na rua Direita deste Collegio, por que

averá anno e meio segundo sua lem-


seu vizinho nesta cidade

tarde na dita casa do denunciado não


brança, entrando hüa
que
hum livro de encadernado em
estando elle ahi achou quarto

de letra redonda antiga falto de algüas


usado,
purgaminho já
rubrica, Processo A
folhas no e tinha por Judiciário.
principio
livro era de hüa demanda Belial propunha
matéria do qual que

Mexias Christo Nosso Senhor e


deante de Deus sobre não ser

cousas e continha declarações de


sobre isso negava mais algüas

E levando elle denunciante o dito livro


Profetias da lei velha:

ler elle não entendendo era de-


sua casa, se pos a por que
para
.aue o denunciante lho levara de
feso; e sabendo o Renunciado

da noite da mesma tarde a casa delle


casa, foy ás dez horas

lho: e elle denunciante lho


denunciante muito agastado pedir

E declarou não lera do livro mais que tres ou qua-


deu logo. que

de hüa em outra. E lhe


tro folhas, saltando parte por parecer

e ser contra nossa santa fee,


o livro não era bom que podia
que
e o tomou logo ao denunciado, nem
o não ler mais, que
quis
elle denunciante ler mais elle inda que
tempo lhe deu por
para
E disse mais ser vizinho defronte do
o ler. que por
quizesse
continuo ter na mão o dito livro e ler
denunciado, ouvira de

elle; o elle denunciante também sabia


muitas vezes por que

vezes em caza do denunciado, e conhecer o


entrar muitas
por
o ler elle de ordinário. E sendo
dito livro e ver denunciado por
126

senhor Inquisidor razão tinha ir a


pello que para
perguntado
do denunciado, e se sabia mais que lessem pello
casa pessoas

livro, e se avia escandalo disso? respondeo que à. razão de


oito

denunciante entrar muitas vezes em casa do denunciado,


elle

ser seu vizinho muito chegado hum tempo vi-


era por porque

defronte delle e deantes disso viveo com elle: E que


veo pegado

elle denunciante sabia ver e ser notorio na


he verdade que pello

muita costumava entrar na logea do'


vizinhança que gente que

denunciado, ha de mais delia da nasção, lia dito livro e


pello

elle denunciante lho via na mão: o vio ler na


principalmente

dita logea algüas vezes a Duarte Fernandes da nasção mer-


por

cador dizem ser natural do Porto, solteiro, morador nesta


que

abaixo do Bispo: e a Antonio Mendes Beiju dizem


cidade que
-
ser da nasção de seu casado, mercador, e morador
por parte pay,

nesta cidade vizinho do denunciado, ho lhe não sai nunca


qual

de casa. E assi vio elle denunciante ler dito livro a Luis


pello

Alvarez da nasção natural da do Porto, solteiro, e mora-


çidade

dor nesta cidade serve a Manoel Rõiz Sanches senhor de


que

engenho e he da nasção e mora nesta cidade a Nossa Senhora

Ajuda, o Luis Alvares o muito o dito livro a Ma-


da qual gavou

theus Mendes Roxo christão velho, natural de Guimarães e a

outras muitas O Matheus Mendes he mercador,


pessoas. qual

solteiro, e morador nesta cidade, a o denunciado Fernào


quem

Mendes, emprestou também o livro. E sendo como


perguntado

sabia as ditas lerão o dito livro, e em lugar e


que pessoas que
"das
tempo, e o estavão ouvindo ler? respondeo que
pessoas que

ver indo elle denunciante muitas vezes a logea do


o sabia pello

denunciado: assi de antes de lho tomar como tem dito, como

depois de tempo de dous annos até o dito livro desappa-


que

reçeo da logea do denunciado, devia ser 0 denunciado


que guando

segundo lhe disse, o dera ao Padre Hieronimo Peixoto deste

Collegio, e não está lembrado do tempo digo do espaço de tempo

em o lerão, mas lembrasse averá os ditos dous annos


que que

mais ou menos notava de como o lião. E assy disse


pouco que

era verdade elle denunciante vira no tempo e lugar que


que que

tem dito, se o dito livro lia, o ouvia ler a e que


que quando genl

entrava e se assentava na logea do denunciado, mas se não


que

lembrava senão dos sobreditos Duarte Fernandes, e Antonio

Mendes Beiju, e Luis Alvares estes continuavão e con-


porque

tinuão mais a logea do denunciado, nesta cidade na dita


que"he

rua do Collegio. E se sabia approvasse e lou-


perguntado quem

vasse o dito livro, ou o reprovasse e reprehendesse de se


quem
127

nem sabia o
Disse não vira quem
ler, e se ouve escandalo? que
Mendes Roxo, diz que por
salvo o dito Matheus que
reprovasse,
soubera era ae-
de São Bento desta cidade que
via dos frades

o dito Luis Alvares andava gavanao


feso e tem dito que
que ja
denunciante depois que soube
o dito livro, e elle
e louvando que
muito de o jerem: E que
o livro era defeso se escandalizou
que
não cuidara era de-
ver ler tão que
de antes pello publicamente
a lia. E
também deixara de reprehender quem
feso pello que
o frade de São Bento ter
era verdade depois de
declarou que que
o dito livro era defeso
dito Matheus Mendes Roxo, que
dito ao
Roxo o tornar ao denun-
e o dito Matheus Mendes
e heretico
a fee, o tomara elle
lhe dizer era defeso e contra
ciado, e que
tem dito na logea do denuncia-
depois disso, como
denunciante
elle na dita logea^e
:E depois disso vio ler muita gente por
do
tempo seria
vio ler a elle denunciado. E perguntado quanto
lho
Matheus Mendes Roxo tinha
e como soubera o dito
depois, que
era defeso e contra a
denunciado o dito livro
significado ao que
serião sete ou oito dias e que
fee ? respondeo lhe parece que
que
sabia o livro era defeso por
soubera o denunciado que
que já
elle denunciante o-
dito o dito Matheus Mendes, por
lho ter
rua: E não corria na-
a alguas na porque
ouvir dizer pessoas
Mendes seu sobrinho, o nao
tempo com o dito Matheus
quelle
mais fazendo se diligencia
antão delle. E assi disse que
soubera
se achará muita da
leu o dito livro, lhe gente
sobre quem parece
E sendo se o denun-
comprehendida no caso. perguntado
nasção
costuma a sair de si, e
de entendimento ou se
ciado he homem

se foy reconciliado, ou penitenciado


a tomar se do vinho ou já
seu? Disse conhece
Santo Officio ou' algum parente que
pello
e sabia ser seu
averá de annos, por
o denunciado perto quatro
he homem de bom entendi-
vizinho, e o tratar e conversar, que
delle nem a tomar se do vinho:
mento, e não costuma a sair
que
do denunciado Fernão Men-
dizer o e mãy
E que ouvira que pay

Santo Officio. E sendo perguntado por


des forão presos pello
tanto soube o dito
não denunciara loguo do caso que que
que
e de mais cul-
defeso, e. se sabia de mais testemunhas
livro era

erres contra a fee? respondeo que


no caso e em outros
pados
não souberá tinha obrigação
não denunciara loguo porque que

o Edicto da fee. E que


de denunciar, senão depois de publicado

costume? Disse de
mais. E que
não sabe de perguntado pello
nasção lerao o dito livro
dos sobreditos homens da que
nenhü
onde deixasse de fallar
inimigo nem avia respeito algum por
era
Estiverão a tudo
a tem dito em sua denunciação.
verdade e que
128

honestas e religiosos Padres, Dominguos Mon-


presentes pessoas
Francisco Pires sacerdotes deste Collegio da
teiro e o Padre

de tudo virão e ouvirão, e prometterão


Companhia Jesu que

verdade no lhes fosse e assi


ter segredo e dizer que perguntado

em suas mãos:
o aos Sanctos'Evangelhos que pozerão
jurárão
Inquisidor e com
assinárao aqui com o dito senhor juntamente
e
Manoel Marinho o escrevi. Francisco
0 dito Miguel d'Abreu.

Domingos Monteiro. Marcos Teixeirra.


Pires. Miguel de Abreu.

de Bragança contra Manuel Ro=


Melchior

Alvares, üonçalo Nunes de


drigues Sanches, Luis

Diniz Bravo, Diogo de Albuquer=


Lisboa, Pascoal e

Brandão, Diogo Lopes Fflanco,


Francisco Lopes
que,
Serpa e Simão Nunes de Mattos.
Domingos Alvares de

mes de septembro de mil seiscentos


Aos treze dias do

da Bahia de Todos os
annos na cidade do Salvador
e dezoito
da Companhia de estando
Sanctos na igreja do Collegio Jesu

no tempo da Graça o senhor


ahi em audiência de manhaa
polia
elle appareceo sem ser cha-
Inquisidor Marcos Teixeira perante
da nasção, natural de Mar-
mado Melchior de Bragança hebreo

converso a nossa Santa fee


de de annos,
roços, ydade quarenta
casado na cidade de Lisboa
catholica disse ser doutor,
que
de môrte de homem: e disse
nesta degradado culpa
sidente per
ensinar a lingoa hebrea com
tivera em Hispanha
que por.officio
como fez na Universidade de
exposição da Sagrada Scriptura

nas leu e ensinou em cadeira


Alcalá e na de Salamanca, quais

cruzados, e no Collegio dos


com sellario de seiscentos
publica
em Coimbra sem sallario. E sendo pre-
Padres da Companhia

e ter segredo lhe foy dado


sente em tudo dizer verdade
para
em a mão sob cargo
dos Sanctos Evangelhos que pos
juramento
E disseque averá anno e meyo pouco
do assy o
qual prometteo.
depois do estando elle
mais ou menos nesta cidade jantar
que
Manoel Rõiz Sanchez da nasção que
denunciante em casa de

reino, rrvercador, e hora he


ser natural de Portoalegre no
dizem
nesta cidade aonde fora
senhor de engenho, casado e morador

o como fazia
o denunciado o ter convidado para jantar
por
mesa com mais Luis Alvares da
algüas vezes, e estando sobre
129

do dito Manoel RÕiz. e tendo


nasção nattiral do Porto, caixeiro

a comer, ficando todos


três e idos os servidores
todos jantado
Manoel RÕiz Sanches nem. o dito
tres soos não fallavão o dito

se não no de Flandes,
Luis Alvares em outra cousa, Judaísmo

RÕiz Sanches ao dito Luis Alvares, que


inquirindo o dito Manoel

como entravão os nas Syna-


esteve naquellas de Judeus
partes,
e o dito Luis Alvares lhe contava
e ceremonias fazião
gogas que
mãos e a mão na
ao entrar da Synagoga lavávão as punhão
que
mão e levantavão ambas e en-
testa e antão beijavão a mesma

ccrpo rezavão os de David


travão dentro, e meneandò o psalmos
* reza, vinha hü Ra-
hebrea E depois acabavão a
em lingoa que

hüa alva branca do vestido ordinário


bino vestido com por çima

aonde dizia certas orações e res-


e subia a hü grande
púlpito
dando saltos cima dizendo Ca-
os demais, Amen, para
pondião
dizer, Sanctus, Sanctus, Sanctus
dox, Cadox, Cadox, que queria
dizendo elle denunciante as rnes-
Dominus Deus Sabaoth. E que

Berberia, a fee
mas ceremonias fazião os em porem que
Judeus
e avia de
de Christo Nosso Senhor era a que permanecia perma-

lhe respondeo o dito Luis Alvares suspi-


necer todo sempre,
para
não se borrar foy dada
rando, Há a ley scripta pôde que por
que
E elle denunciante lhe não respondeo
Moysés no Monte Synai.

dito Manoel Rõiz Sanches, disse ao


cousa algüa. O vendo o
que
não sabia o denunciante era dos
dito Luis Alvares, que pois que

claro. Do caso elle denunciante disse


seus, não fallasse tão qual

e com roim conceito dos denun-


ficara muito escandalizado,
que
fee de Senhor Xpo. E
ciados não estarem firmes na Nosso Jesu

senhor Inquisidor se avia mais teste-


sendo perguntado pello

caso e se os denunciados estavão em seu perfeito


tnunhas do

delle e a tomar se do vinho? res-


ou se costumavão a sair
juizo
mais testemunhas, e lhe que os
não avia que parecia
pondeo que
estavão em seu e são pessoas que
denunciados perfeito juizo

E se foxão os denunciados
bebem moderadamente. perguntado

seus ou recõciliados Sancto


ou algüs parentes penitenciados pello

E do costume era amigo do dito Ma-


Officio? Disse nada. que

vezes lhe dar sua mesa e do dito Luis Al-


noel Rõiz muitas
por

o mesmo. E assy disse mais bem e verdadeiramente


vares que

Nunes de Lisboa da nasção natural de


denunciava de Guonçallo

e morador nesta cidade detraz da


Lisboa, mercador casado,

delia, averá anno e meyo mais ou menos, que


cadea que pouco

cidade indo elle denunciante a casa do dito Guonçallo


nesta

o favorecesse com algüa cousa ser pobre


Nunes a pedir-lhe por

dito denunciado se assentasse, o elle denun-


lhe disse o que que
130

•ciante fez, e cotando lhe suas misérias, lhe respondeo o aenun-

não tinha lhas contar, eíle denun-


ciado, que para que porque

tinha a culpa disso, antes viesse a Hispanha


ciante por que que

elle denunciado noticia do e may delle denunciante


tinha pay

em Berbéria, e renunciara ley, e may, não tinha


que quem pay

cá contar misérias. Ao elle denunciante lhe res-


para que que

desamparasse tudo Christo filho de Dpus


pondeo, que por Jesu

vivo. As não fez o denunciado cortesia alguma


quais palavras

àntes batendo com as mãos nas disse tres vezes, Coitado


palmas

de ti, desamparas a ley se deu no' monte Synai, que vós


que

muito bem sabeis virdes cá vernos se tivereis


para perseguidos:

iá necessidade, de cá mandão lá. E depois destas palavras


para

commetteo o denunciado a elle denunciante dizendo, que quan-

to lhe seria neçessario se ir desta terra: e tachando o de


para

colérico, lhe deu hüa esmolla, dizendo lhe lhe não queria
que

dizer mais antonces, e não tinha de ver com a Inquisi-


por que

E depois dahi a dez ou doze dias nesta cidade mandara


ção.

chamar o denunciado a elle denunciante Marcos Velho al-


por

faiate mora defronte delle, digo lhe mandara hü recado, em


que

lhe não fosse a sua casa, e se ouvesse mister


que pedia que que

algüa ou esmolla lha mandasse mesmo Mar-


,cousa pedir pello

cos Velho, e tudo isto foy a hum dia de sabbado á tarde. E assv

disse mais o denunciante se escandalizara muito do caso, e


que

entendera o denunciado vivia na ley de Moysés, alem


que por que

do sobredito se ajuntavão ás sestas feiras á tarde em casa do

denunciado algüs homès da nasção de muita suspeita, convém a

saber, Paschoal Bravo, Dinis Bravo seu irmão, Dioguo d Albu-

meirinho, o Licenciado Francisco Lopes Brandão, Dio-


querque
Lopes Franco, Dominguos Alvares de Serpa, Simão Nunes
guo

de Mattos todos da nasçàò' e moradores nesta cidade e nella

bem conhecidos e esta vão ás fechadas até depois da meia


portas

noite, de elle denunciante tinha má suspeita e entendia qiie


que

era observancia do sabbado e fazerem algüá ceremo-


para para

nia da ley velha, nos outros dias em se ajuntavão


por que que

e estavão com as abertas. E ra-


jugavão portas perguntado que

zão tinha de saber do dito ajuntamento e estada até a mea noite

e de ter mau conceito disso? respondeo que tinha pas-


que pello

sado com o denunciado e com os mais de tinha denunciado


que
diante o Ordinário desta cidade, e má fama delles, os es-
polia

muitas vezes até os ver sair tão tarde e sabia


preitara pello que

da lei de Moysés, entendia se fazia o dito ajuntamento


que por

observancia delia. E se sabia de mais testemunhas, e


perguntado
131

se o denunciado Guonçalo Nunes de Lisboa estava em seu per-

feito ou costumava a sair delle e a tomar se do vinho? res-


juizo
não sabia de mais testemunhas, e o denunciado
pondeo que que

estava em seu e não costuma a sair delle, nem a


perfeito juizo,

tomar se do vinho, como he notorio. E sendo se sabia


perguntado

o denunciado, ou algüs fossem reconciliados, ou


que parentes já

Sancto Officio? respondeo ouvira dizer


penitenciados pello que

o denunciado fora Sancto Officio, e do cos-


que já preso pello

tume disse nada. E assi disse mais denunciava bem e ver-


que

dadeiramente de Paschoal Bravo da nasção natural da cidade

do Porto no reino mercador, casado e morador nesta cidade

á hermida de Nessa Senhora d'Ajuda que averá anno e


junto

meyo mais ou menos que estando elle denunciante nesta


pouco

cidade e estando visitando ao denunciado Paschoal Bravo em sua

casa, hü dia antes do mais, digo, segundo sua lem-


jantar pouco

brança, dissera o dito denunciado ao denunciante que se queria

ensinar lhe a ley de Moysés, que folgaria muito de a saber?


por

Ao que elle denunciante respondeo, que não ensinava a lei de

Moyses senão a lingoa hebrea com licença do Santo Officio. E

o denunciado replicou dando castanhetas, não ha aqui Santo

Officio. Do elle denunciante se escandalizou muito, e


que pella

má fama que o denunciado tern nesta terra de ser judeu, e pello

ajuntamento das sestas feiras á tarde de acima tem dito, o


que

entendia ser assi. E sendo que causa avia vi-


perguntado para

sitar ao denunciado como tem dito? disse o denunciado


que por

ser rico e elle estrangeiro e necessitado, o fora visitar como

fazia a outras ver se o favorecia com algüa es-


pessoas, para
molla. E se avia mais testemunhas do caso? disse
perguntado

que não, estavão ambos soos. E se estava


porque perguntado

o denunciado em seu ou se costuma a sair delle


perfeito juizo,
e tomar se do vinho e se elle ou algum seu fora
parente já preso

ou penitenciado Santo Officio? respondeu, que o denun-


pello

ciado estava em seu e se não toma do vinho e


perfeito juizo que

ouvira dizer elle e algus seus foram


que que parentes já presos

pello Santo Officio da cidade de Coimbra. E


perguntado pello

costume.? Disse, que depois de ter o - caso acontecido tres ou

quatro meses, e ter denunciado delle diante o Ordinário, se


encontrara em hua rua desta cidade com o dito denunciado e

tiverao ameaçar o denunciado, dizendo lhe que


palavras pollo

elle lhe o que tinha feito, mas elle denunciante lhe


pagaria que
não mal e só cõ zello da Santa fee e descargo ,<de sua
quer por

consciência tem dado as denunciações sobreditas na verdade. E


senhor Inquisidor se tinha mais que denunciar
perguntado pello

Mesa? Disse sy, mas o faria outro dia. E que já


nesta que que

denunciados tinha denunciado diante o Ordinário desta


dos ditos

Estiverão a tudo honestas e religiosos


cidade. presentes pessoas

Padres, Dominguos Monteiro e o Padre Manoel Sanches sacer-

dotes deste Collegio, tudo virão e ouvirão e prometterão


que

e dizer verdade no lhes fosse e assi


ter segredo que perguntado,

Sanctos Eyangelhos em suas mãos e


o aos que pozerão
jurárão
o senhor Inquisidor e com o dito
assinarão aqui com juntamente

Melchior de Bragança: Manoel Marinho o escrevi. Domingos

Monteiro. Manuel Sanches. O doutor Melchior de Bragansa.

Marcos Teixeira.

João Rodrigues contra Antonio Velho.

Aos treze dias do mes de Septembro de mil seis centos

e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de todos cs

na igreja do Collegio da Companhia de estando


Sanctos Jesu,

ahi em audiência de manhãa no tempo da o senhor


polia graça

Inquisidor Marcos Teixeira, elle appareceo sem ser cha-


perante

Rõiz christão velho solteiro de idade de vinte e


mado João

oito annos mais ou menos natural do Porto no reino,


pouco

filho de Domingos Rõiz barbeiro de espadais, e de Camilia

André sua mulher defunta, chistãos velhos e elle dénüri1


barbeiro e morador nesta cidade na rua Dereita deste


ciante

Collegio: e sendo em tudo dizer verdade e ter


presente para

segredo, lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em


juramento

a mão sob caj-go do assi o E disse


que pos qual prometteo.

naverá seis meses mais ou menos estando elle


que pouco que

denunciante nesta cidade hum dia a tarde' em casa de Anto-

nio Velho da nasção natural da cidade do Porto ourives de

ouro, e lá casado e morador hoje na rua da Fonte da Ourina

a cuja casa elle denunciante foy, como hia muitas vezes em-

o denunciado morou nesta terra e foy seu vizinho por


quanto

razão de serem da mesma e serem ambos amigos. E


patria

estando na dita casa era na dita rua deste Collegio em


que

companhia de Guonçallo Rõiz da nasção dizem ser natu-


que

ral de Villa Real e lá casado, mercador e morador nesta ci-


133

elles das que se


rua, tratando antre prizões
dade na mesma
na dita cidade do Porto os
do Santo Officio
fizerão por parte
Antônio Velho, que
dissera o denunciado
annos passados,
lhe tomarem as fazendas,
a da nasção por
prendiao gente
e vontade. E indo
só Deus saber seu coração
porque podia
a testemunha referida di-
denunciante a mão e mais
lhe elle
cousas erão mal falia-
zendo lhe não fallasse aquellas que
que
alguã o denunciado, antes pare-
das, não respondera cousa

o denunciado ficara alcansado,


cera a elle denunciante que

loguo e se foy sua casa que


e elle denunciante se sahio para

como soubera do caso,


estava defronte. E sendo perguntado

testemunhas Disse que pella


e se estavão mais presentes?
e ouvir as ditas
razão tem dito de se achar presente,
que
e não cuvera mais testemunhas
ao denunciado que
palavras
Gonçallo RÕiz. E sendo pei-
elle denunciante e o dito
que
em seu ou
se estava ho denunciado perfeito juizo,
guntado
se do vinho? respondeu
a sair delle e a tomar
se costumava
e se não cos-
o denunciado estava em seu juizo
que perfeito
dc vinho, antes he homem
a sair delle nem a tomarse
tuma
e nessa reputação estar tido
cezudo e de bom entendimento,
se-
o conhecem. E sendo perguntado pello^
das pessoas que
fora o denunciado e penitenciado
nhor Inquisidor se já preso

seus? Disse que ou-


Sancto Officio ou alguns parentes
pelo
a may do dito denunciado
vira dizer na cidade do Perto, que

Officio e segundo sua lembran-


fora presa Santo que
já pelo

Gracia Dias. e também outros parentes


se chamava que
ça
Sancto Officio. E sendo pergun-
seus forão já presos pello

vir fazer esta denunciação, e


tado que motive tivera para

loguo ao Sancto Officio, ou ao Ordi-


não denunciara
porque
tinha denunciado diante delle senhor
nnrio? respondeo que
descargo de sua consciência e zello da
Inquisidor soo
por

não denunciara dantes,5por nao saber que era


Santa fee. E que

depois de o Edicto da fee. E sendo


obrgado, senão publicado

de mais culpados contra elle, e costu-


se sabia pello
perguntado

Disse não sabia de mais, e ha muito tempo que


me? que que

nesta, fora sempre amigo do_ de-


na dita cidade do Porto e

a tudo honestas e religio-


nuncíado. Estiverão presentes pessoas

Padres, Domínguos Monteiro e o Padre Manoel Sanchez sa-


sos

deste Collegio, tudo virão e ouvirão, e promette-


cerdotes que

dizer tudo lhes fosse e


rao ter seeredo, e que perguntado,

aos Sanctos Evangelhos em suas


assy o jurarão que pozerao

aqui ccm o dito senhor inquisidor e junta-


mãos: e assinarão
134

m<;: te com o dito Rõiz. Manoel Marinho —


João o escrevi.
— — —
Rõiz Domingos Monteiro Manoel Sanchez
João
Marcos Teixeira.

João Fernandes contra Matheus e Luis

Lopes.

Aos treze dias do mes de Septembro de mil seiscen-

tos e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de Todos

os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de es-


Jesu,
tando ahi em audiência de manhãa no tempo da
polia gra-

ça o senhor Inquisidor Marcos Teixeira elle appare-


perante
ceo sem ser chamado Fernandez, solteiro, de de
João ydade
dezoito para dezanove annos natural da cidade da Ilha Ter-

ceira, filho de Antonio Fernandes defuncto hortelão foy


já que
na mesma Ilha, e de Catharina de Tolledo sua mulher mora-

dora na rua Dereita da dita da Ilha Terceira, e elle


çidade
denunciante christão velho e morador nesta em casa de
João
Baptista hortelão morador detraz da cadea a serve
quem por
soldada. E sendo em tudo dizer verdade e ter
presente pará
segredo lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em
juramento

que pos a mão sob cargo do assi o E disse


qual prometteo.

que averá sete meses que nesta cidade morando elle dtnun-

ciante em casa de Matheus Lopes da nasção, e ât seu irmão

Luis Lopes ambos solteiros naturaes de Lisboa mercadores

e moradores nesta cidade na rua Dereita deste Collegio, aos

quais elle denunciante servia soldada de tudo o era


por que
necessário em casa, digo, declarou tendo servido como
que
dito tem aos denunciados espaço de sete meses, averá
por
sinquo meses mais ou menos o deixou de servir*, e
pouco que
vio elle no discurso dos ditos sete meses, os denunciados
que
as mais das sestas feiras á noite lavavão os e todo o
pees,
corpo em huã caldeira de engenho daçucar com agoa
grande
morna, e vestião camisas lavadas, e isto fazião ordinaria-

mente nas ditas sestas feiras á noite, não o fazendo nos ou-

tros dias assi, e em todo o dito tempo servio aos de-


que que
nunciados, lhes não vio comer carne de do tudo
porco, que
elle denunciante se escandalizava muito. E
perguntado pelo
135

razão tivera saber do sobredito?


senhor Inquisidor que para

em casa, como tem dito, e ver


disse servir e estar
que pollos
acarretavão a agoa a dita
todos os ditos dias á tarde que para

de agoa hum seu cabra da índia


caldeira levaria mea
que pipa

moleca nome Luzia manda-


nome e huã por que
por Jacinto
frota e hü negro de Angolla, a
rão o reino na passada,
para
chamavao de alcunha o Capitão; a qual
os denunciados
quem
trazer e aq,uentar delia em
agoa via elle denunciante parte

e em huã e depois se deitava


huã caldeira piquena, paneíla,

caldeira e os denunciados fazião


e temperava na dita grande

o das ditas casas, e fe-


sair a mais de casa pára quintal
gente
lavavão, e elle denunciante hos ouvia
chavão as e se
portas,
agoa fazia, e ao sabbado á
fallar e lavar som que a por
pelo

despejar a dita caldeira. E assi disse sabia que


tarde ver que

vestião camisas lavadas, em acabando


os denunciados porque

abrião e se metião na Camera, e


de se lavarem, as portas,

moço seu de de dez annos nome


chamavao hum ydade por

hoje está nesta cidade em casa de hum ourives que


Toão que

ferio ao dito mulato dos denunciados respeito


dizem que por

dito moço o lhes dava as camisas lavadas que tirava


do qual

os denunciados lançados cada hum em sua


de hüa arca estando

denunciante lhas via dar muitas vezes, as


cama, e elle porque

mais duas, e tanto se acabavao de la-


casas não eram que que

as entrava elle denunciante com a mais


var e abrião portas

a salla, donde camera ter a aberta,


gente para polia porta

muitas vezes dar as ditas camisas la-


vira elle denunciante

nas os denunciados, e ao sabbado ma-


vadas e vestirem polia

lavar dos rostos e mãos lhas via vestidas. E disse que


nhãa ao

sabia os denunciados não comião carne de porco pollos


que

á mesa e ver fazer o comer, e lho levar á mesa, e


ver comer

não vio nunca carne de E sendo se avia


porco. perguntado

mais testemunhas do caso, e se sabe os denunciados fos-


que

sem ou Santo Officio ou alguns


já presos penitenciados pello

seus, e se sabia mais de alguns culpados contra a


narentes

fee? Disse a ama da casa, casada com hum mulato seu,


que

nome Maria ser testemunha do caso, e o dito mu-


por podia

lato seu marido nome Gaspar, e o dito e o dito


por Jacinto,

moço e do mais disse nada, e do costume nada. E per-


João,

que motivo tivera vir fazer esta denunciação?


guntado para

Disse só descargo de sua consciência e zelo da


que por por

Sancta fee. Estiverão a tudo honestas


presentes per pessoas

e religiosos Dominguos Monteiro, e o Padre Manoel


padres,
136

tudo virão e ouvirão,


sacerdotes deste Collegio, que
Sanches
verdade no lhes fosse
ter segredo e dizer que
e prometterão
aos Sanctos Evangelhos em que
e assi o jurarão
perguntado
com o dito senhor Inqui-
suas mãos, e assinarão aqui
pozerão
Fernandes. Manoel Ma-
e com o dito João
sidor juntamente
— — Domingos Monteiro
rinho o escrevi. Fernandes
João
— — Marcos Teixeira.
Manoel Sanches

da Costa contra Balthazar Leal.


João

mes de Setembro de mil seiscen-


Aos treze dias do

do Salvador da Bahia de Todos


tos e dezoito annos na cidade

da Companhia de es-
os Santos na igreja do Collegio Jesu

de manhãa o senhor Inquisidor


tando ahi em audiência polia

elle appareceo sem ser chamado João


Marcos Teixeira perante
natural desta cidade de ydade
da Costa christão velho estudante

filho de Guonçallo da Costa alfayate já


de vinte e tres annos,

sua molher moradora nesta cidade


defuncto e de Luzia Antunes

em tudo dizer verdade e ter


na E sendo presente para
praya:
dos Sanctos Evangelhos em que
segredo lhe foy dado
juramento

assi o E disse que averá


a mão sob cargo do qual prometteo.
.pos
menos nesta cidade hum dia depois
httm anno mais ou que
pouco
denunciante encomendando hüs sapatos
de estando elle
jantar
velho he do reino mas
a Baltesar Leal sapateirro christão que

he natural, e he morador hoje nesta çida-


não sabe de lugar
que
accnteceo, morava na rua de
de na rua Dereita, e o caso
quando
o dia da Resurreição de Chris-
São Francisco; e tratando sobre

Baltesar Leal Christo Nosso


to Nosso Senhor, dissera o dito que
'
elle denunciante, no?
Senhor não morrera. E dizendo-lhe que

dizendo morreo* respondera o


ensinavão loguõ os Padres que

Padres dizião isso nos encarecer que


denunciado, que os para

morrera, mas elle não morreo. E com


Christò Nosso Senhor que

ficara o denunciado, saindosse elle denunciante


este pre:ios'fo
o caso e ficou escandalizado delle.
de sua casa onde aconteceo
"E
se avia mais testemunhas do caso, e se o
sendo perguntado
e se se tomava do vi-
denunciado estava em seu perfeito juizo

estava ahi hüa de sua casa,


nho ? Disse lhe que pessoa
que parece

lembrado do nome delia, e he verdade que


mas não está que
que
137

lhe fazer mal o vinho. E que quando


denunciado tem fama de
o
elle. E se o denun-
aconteceo, lhe cheirava a perguntado
o caso
fee, e se sabia elle fosse
má fama em matéria de que
ciado tinha
seu? Disse não sabia
isso ou algum que
preso parente
já por
motivo tivera para
disto cousa algüa. E sendo perguntado que

não denunciara loguo quando


vir denunciar deste caso e porque

só descargo de sua consciência


acontecera? respondeo, que por

Inquisidor, e lhe esquecer


denunciara diante delle senhor que por

costume disse
denunciàra mais cedo. E perguntado pello
não
honestas e Religiosos
nada. Estiverão a tudo presentes pessoas
Manoel Sanches sa-
Dominguos Monteiro, e o Padre
Padres,

tudo virão e ouvirão e prorrietterao


cerdotes deste Collegio que
fosse e
e dizer verdade no que lhes perguntado.
ter segredo
em suas
o aos Sanctos Evangelhos que pozerão
assi jurarão
dito senhor Inquisidor e junta-
mãos, e assinarão aqui com o

denunciante. Manoel Marinho


mente com o dito da Cesta
João
Marcos Teixeira. Manoel Sanches.
o escrevi. da Costa.
João

Domingos Monteiro.

contra o licenciado Jerony-


João Malheiro

mo de Lemos.

mes de Septembro de mil seiscentos


Aos treze dias do

da Baya de Todos os
annos na cidade do Salvador
e dezoito
da Companhia de estando
na igreja do Collegio Jesu
Sanctos
no tempo da o senhor
em audiência de manhãa graça
ahi polia
elle appareceo sefn ser
Inquisidor Marcos Teixeira, perante
villa de^ Ponte de Lima no
Malheiro natural da
chamado João
de vinte e sinquó annos
christão velho solteiro de ydade
reino,
cidade detraz do Mosteiro
mais ou menos morador nesta
pouco
de Bento Malheiro defurteto
de São Francisco, e he filho já

Anna Ferraz moradora na dita


christão velho, e de sua molher

dizer verdade e ter segre-


villa. E sendo em tudo
presente para
dos Sanctos Evangelhos em que pos
do, lhe foy dado juramento
E disse averá
mão sob cargo dó assi o prometteo. que
a qual
cidade estando elle de-
mes mais ou menos nesta
hü pouco que
Pacheco christão ve-
em casa do Licenceado Manoel
nunciante
natural da Ilha da Ma->
lho advogado nesta cidade e solteiro
138

deira, á qual casa elle denunciante foy ser amigo do denun-


por
ciado estando digc, do Licenceado Manoel Pacheco dono delia,

que estava ahi cõ o licenciado Hieronimo de Lemos


quoadjutor
na freguesia de Mattoim sinquo legoas desta cidade e natural

delia. E lhe elle denunciante ao dito Licenceado


perguntando
Hieronimo de Lemos como dissera fizera hüa estação na
quando
dfta Igreja, o matrimonio era maldito não avia fi-
que quando
ihos;' respondeo o dito Licenceado Hieronimo de Lemos,
que
assi o lei velha, as erão esteriles as
provaria polia por que que
botavão fóra do Templo. E assi disse mais elle denunciante
que
naquelle comenos lhe dissera o licenceado Manoel Pacheco nesta

cicíi de que o dito denunciado Hieronimo de Lemos dissera em

hüa estação, São Pedro dera a cutilada a Malco


que quando

estava com duas E sendo se avia mais alguas


gotas. perguntado
testemunhas do caso de sua denunciação, e se estava
primeiro
o denunciado em seu e horas do dia erão?
perfeito juízo, que
respondeo somente elle denunciante e o dito lecenceado
que

Manoel Pacheco ouvirão as ditas se acharem


palavras por pre-
sentes mas das o denunciado disse na estação
que que poderia
testemunhar Gaspar da Costa seu freigues e elle nomeará

outras, o he casado, morador e lavrador na dita freiguezia:


qual
E disse segundo sua lembrança succedera o caso antre as
que

nove ou dez horas do dia antes do e lhe o


jantar que parecia que
denunciado estava em seu e ha tres annos
perfeito juizo, que

que o conhecia e não sabia o denunciado sahisse nunca


que que
de seu juízo antes ho tinha home cezudo, e sabia era
por que pre-

gador. E se dissera as ditas ouvera


perguntado quando palavras
escandalo disso, e se alguém o reprehendera dellas, e se depois

de repreheridido insistira e no antes disse? res-


profiara que

pondeo que não sabia mais o tinha dito. E sendo


que que per-

guntado se sabia que o denunciado fora reconciliado ou


já pe-
nitenciado Santo Officio ou algum respou-
pello parente seu?

deo que não sabia mais, o denunciado ter fama de ter raça
que
de mouro. E sendo se sabia de outros culpados em
perguntado
erros da fee, ou casos do Santo Officio, e motivo tivera
pello que
em vir denunciar a esta mesa? Disse não sabia de mais
que
culpados, e descargo de sua consciência e com zello da
que por
Santa fee viera denunciar, e do costume disse era amigo
que
do denunciado e conversava com elle e tinha dito a ver-
que
dade. Estiverão a tudo honestas e Religiozos
presentes pessoas
Padres Dominguos Monteiro e o Padre Manoel Sanches sacer-

dotes deste Collegio, tudo virão e ouvirão e tei


que prometterão
139

e assi o
dizer verdade rjo lhes fosse perguntado,
segredo e que
suas mãos e
aos Santos Evangelhos em que pozerão
iurarão
senhor Inquisidor e Juntamente
assígnarao aqui com o dito

o escrevi. Ma-
Malheiro. Manoel Marinho João
com o dito Toão

Sanches. Domingos Monteiro.


lheiro. Marcos Teixeira. Manoel

contra Christovão Henri*


Manuel Rabello

ques.

dias dp mes de Septembro de mil seiscentos


Aos treze

do Salvador da Bahia de Todos os


e dezoito annos na cidade

igreja do Collegio da Companhia de estando


Sanctos na Jesu

tardç no tempo da o senhor Inquisi-


ahi em audiência da graça

elle appareceo sem ser chamado


dor Marcos Teixeira, perante
do Funchal, da Ilha da Ma-
Manoel Rabello natural da cidade

de de dezanove anncs solteiro, filho


deira christão velho ydade

christão velho sapateiro e de Isabel Çar-


de Belchior Rabello,

na dieta cidade do Funchal e elle


valho sua molher moradores

nesta aprendiz de Manoel Fernandes bar-


denunciante morador

beiro, casado, e morador nesta cidade. E sendo presente para

e tçr segredo lhe foy dado dos


em tudo dizer verdade juramento

Evangelhos em a mão sob cargo do qual assi


Sanctos que pos

mes e meyo mais ou metlos


o E disse que averá pouco
prometteo.
lembrança nesta cidade em hü dia de não
segundo sua que que

foy manhãa se á tarde estando elle de-


está lembrado se pella

de Francisco Anriques da nasção natural de


nunciante em casa

do no reino, alfaiate casado e morador nesta cidade,


Villa Conde

denunciantet a cuja casa foy o caso acon-


vizinho delle quando

serem amigos è vizinhos como costumava ir muitas


teçeo por

vezes mesma razão e fallando elle denunciante com Chris-


pella
Anriques também da nasção solteiro irmão do dito Fran-
tovão

vive epi sua casa, e será de de v:nte e


cisco Anriques que ydade

dous annos sobre se dizer vinha Inquisidor a estas partes


que

avião de muitos respondera o dito Chris-


e que queimar judeus,

tovão Anriques, alguns morrião mártires, ou todos segundo


que

delle denunciante não se affirmava bem se o


lembrança que

denunciado disse todos, se alguns, mas estava bem lembra-


que

do dissera todos, ou alguns, estavão ambos fal-


que ou porque
Í40

Iando, e elle denunciante lho ouvira dizer. E sendo perguntado

senhor Inquisidor se avia mais testemunhas do caso, e se


pello

ouvera escandalo delle, e se reprehenderão ao denunciado, ou

ouve approvasse o disse? respcndeo, forão mais


quem que que
testemunhas do caso Domingos aprendiz do dito Francisco An-

riq.ies será de de dezesete annos natural de Lisboa, e


que ydade
nio sabe elle denunciante se he da nasção; e Francisco Guon-

çalves mulato forro, natural da Ilha da Madeira da cidade do

Funchal, de de dezanove annos e não sabe elle denun-


ydade

ciante se he christão velho os se acharão e ouvi-


quais presentes,
rão muito bem as ditas E o dito Domingos e elle
palavras: que
denunciante reprehenderão loguo dellas ao denunciado dizendo

lhe não fallasse aquillo era mal falládo os


que que porque Judeus

que queimavão morrião serem contra a fee; E


justamente por
uisse que era verdade todos tres se escandalizarão muito
que
das do denunciado. E sendo se depois dc
palavras perguntado
reprehendido, insistira e aprofiara 110 dantes disse, e se
que
estava em seu ou costumava a sair delle, e a
perfeito juizo,
tomar se do vinho, e se succedera o caso depois do se
jantar,
dantes? Disse tanto reprehenderão ao denunciado se
que que
callara loguo, e não se tratara mais em matéria de e
judeus, que
lhe o denunciado estava em seu mas as
parecia que juizo, que
vzes não he muito avizado e se mostra tollo maliciozo, e não

estava lembrado a horas o caso succedeo. E assi disse mais


que

que averia dous meses mais ou menos nesta cidade


pouco que
e dentro na dita casa dissera o dito denunciado a elle denuncian-

te, que bebera hum de água depois da mea noite, e co-


pucaro
mungara depois, e sem fazer escrupulo se disso, dizendo
gabava

que não era comungar depois de a ter bebido, o mesmo


peccado
contou o denunciado ás testemunhas açima rerferidas como ellas

o dizer. E sendo a horas dissera o de-


poderão perguntado que
nunciado as ditas e se alguém o reprehendera dellas ou
palavras,
lhas louvou, e se estava em seu Disse não
perfeito juizo? que
estava lembrado de mais acontecer o caso de dia, e reprehen-
que
der elle denunciante ao denunciado, dizendo lhe aquillo era
que
heresia. E lhe o denunciado estava em seu
que parecera que

juizo, e elle denunciante se escandalizara do caso e assy entendia

que se escandalizarião as testemunhas acima referidas. E


per-

guntado se sabia que o denunciado fcsse ou re-


já penitenciado
conciliado Santo Officio, ou alguns seus, e se se
pello parentes
lembrava do a dissera as ditas res-
preposito que palavras?

pondeo não sabia m^is do tem dito. E sendo


que que pergun-
141

os ditos casos acon-


não denunciara loeuo, quando
tado por que
os vir denunciar a esta
motivo tivera agora
tecerão, e que para
erros contra a fee. Disse
de outros culpados em
Mesa, e se sabia
depois se o
lembrara de denunciar senão que publicou
não se
que
agora e nao
essa razão denunciara que
Edicto delia e que por
costume disse que
de cutros culpados. E pelío
sabia perguntado

Estiverão a tudo presentes pessoas


era amigo do denunciado.
Monteiro, e o Padre
religiosos Dominguos
honestas e padres,
tudo virão e ou-
sacerdotes deste Collegio, que
Manoel Sanches
dizer verdade no lhes
ter segredo e que
virão e prometterão
Evangelhos em
e assi o aos Sanctos
fosse perguntado jurárao
com o dito senhor In-
suas mães. E assinarão aqui
que pozerão
dito Manoel Rabello denunciante.
e com o
quisidor juntamente
Rabello. Domingos Mon-
Marinho o escrevi. Manoel
Manoel

Sanches. Marcos Teixeira.


teiro. Manoel

Jorge contra Felippa Gonçalves


Margarida

e Margarida Diniz.

mes de Septembro de mil seiscentos


Aos treze dias do

da Baya de Todos o^
annos na cidade do Salvador
e dezoito

da Companhia de estando
Santos na igreja do Collegio Jesu,

no da o senhor Inquisi-
ahi em audiência da tarde tempo graça,

elle appareceo sem ser chamado


dor Marcos Teixeira perante
de de sinquoenta annos
Margarida djristãa velha ydade
Jorge
reino casada com Dioguo Simões
natural da villa de Èoyos no

roça e moradores no Rio Vermelho


Christão velho, lavrador de

E sendo em
legoa desta cidade ou mais. presente para
mea
lhe foy dado dos
tudo dizer verdade e ter segredo juramento

mão sob cargo do assy


Evangelhos em a qual
Sanctos que pos
verdade averá onze ou doze
o E disse que era que
prometteo.
na cidade de Lisboa em
estando el!a denunciante
annos que
nasção antão morava detraz
casa de Phelippa Guonçalves da que

sua lembrança e era


Trindade na rua da Olyveira segundo
da
nasção esteve em An-
com Ruy Guomes Bravo da que
casada

se concertou ella denunciante


e morreo no Rio de Janeiro
golla
ella denunciante com Breatis
c m. digo, estar concertada
por
Phelippa Guonçalves, e do dito
Nunes da nasção, filha da dita
142

Ruy Guomes vir em sua companhia estas do


para para pártes

Brasil, vio ella denunciante no dia em a dita Breatis Nu-


que que

nes se rece"beo na dita cidade de Lisboa com Álvaro Gomes Bra-

vo da nasção morador na cidade do Porto, como de


procurador

Dinis Bravo da nasção seu irmão e maHdo da dita Breatiz Nunes

moradora nesta cidade e natural do Porto no reino, no dia da


que

boda se cozeu a carne com azeite na casa da dita Phelippa Guon-

o ella denunciante soubera ser de casa e se achar


çalves que por

e lhe cheirar a a issc e a hüas


presente panella pello perguntar

molheres da nasção da dita Phelippa Guonçalves, a


parentas
não sabia os nomes, e ellas lhe responderem, que lançarão
quem

o azeite na carne se a mas que Leanor


porque quebrara panella,

Veçana christã velha, natural de Lisboa e filha de estrangeiro

que de antes fora vizinha da dita Phelippa Guonçalves e


por

essa razão era conhecida da casa e ensinara mininas a cozer,

.indo para as portas da Santa Catherina da banda de dentro a

mão esquerda antes que sayão dellas, e que segundo sua lem-

brança moravão defronte da dita Phelippa Guonçalves hus

homens da nasção nome os Caldeiras, e declarou que quando


por

a dita Leanor Veçana morava como tem dito ás de


portas

S. Catherina, fora quando avia sido vizinha da dita Phelippa

Guonçalves, porque ao tempo da boda não está lembrada ella

denunciante aonde morava, mas estava bem lembrada que


que
no dia da dita boda succedera o sobredito, e depois dahi a
que

alguns dias fora. a dita Leanor Veçana á dita casa da dita Phe-

lippa Guonçalves a visitai a: E contando-lhe ella denunciante

que áhi estava também achando se ambas sós, como se comera a

carne com azeite no dia da dita boda, e estranhando lhe isto; a

dita Leanor Veçana lhe respondera o comer carne com azeite


que

era cousa muy uzada naquella casa; E assi alguas vezes


que que
a ella vinha e a convidavão a não comer ser cozida
qtferia por
com azeite. O que tudo o sobredito disse ella denunciante que

sabia por estar na dita casa como tem dito, e o ver e ouvir, e
por
a dita Leanor Veçana e ella denunciante serem amigas comuni-

cárão as ditas cousas: e que segundo sua lembrança lhe disserão

depois que a dita Leanor Veçana era casada. E disse mais ella

denunciante indo com a dita Breatis Nunes noiva da dita ci-


que
dade de Lisboa a dita cidade do Porto, depois da dita boda,
para

quatro^mezes pouco mais ou menos digo hum mes mais


pouco
ou menos, e na dita cidade do Porto em casa de Mar-
pousando
Dinis da nasção sogra da dita Breatis Nunes ser mãy
garida por
do dito Dinis Bravo, molher de Hercules Bravo também da nas-
143

falleceo nesta cidade onde a dita Margarida Dinis he


ção, que

moradora em casa do dito seu filho Dinis Bravo e da dita sua

Breatis Nunes, vio ella denunciante algüas vezes na


nora por

dita cidade do Perto e em casa da dita Margarida Dinis onde

também a dita Margarida Dinis


ella denunciante pousara que

tirava a da vaca antes de a salgar. E


gordura perguntando

tirava a á carne? lhe res-


lhe ella denunciante por que gordura

a dita Margarida Dinis, lhe tirava as mas


pondera que pelles,

denunciante vio muito bem era e não E


ella que gordura pelles.

declarou conforme sua melhor lembrança, c caso de tirar


que

da carne succedera em Villa do Conde onde se


a gordura para

depois de estarem na cidade do Porto oito dias; e em


ferão

Villa do Conde estiverão hum anno mais ou menos, aonde


pouco

o dito Hercules Bravo e a dita sua molher Margarida


morava

Dinis, e a dita noiva Breatis Nunes sua nora e o dito Álvaro

filho, ella denunciante morava com elles. E


Guomes seu e que

mais sabia ver estando como tem dito


assi disse que pellò que

Villa do Conde se cozia na dita casa o toucinho apartado, e a


em

em -outras e o toucinho se dava á


vaca e mais carne panellas,

de serviço e não está ella denunciante lembrada se o


gente
ainda de continuo os via comer. E
comião os denunciados, que

dizer não tinha mais denunciar lhe foy perguntado


por que que

Inquisidor, se estavão em Villa do Conde, e


senhor quando
pello
mais em acompanhou os denunciados, lhes vira
nas partes que

mais vezes azeite na carne, e se lhe lançavão também


deitar

sebola frita e se no dia da boda comera a noiva e os mais paren-

da dita carne cozida com azeite? E disse não lhe vira


tes que

lançar o azeite na carne senão no dia da boda, mas que algüas

lhes via lançar na carne e hüa vez nçsta cidade em


vezes grãos

não sabia se os noivos e a mais da


de boy, e que gente
pees
nasção se achou na dita boda comerão nella a carne com
que

azeite se não achar a mesa se fez no sobrado


por presente que

de e não attentou se lançarão também sebolla, por


çima, que

meterão a carne na ella denunciante estava


que quando panella,

com a noiva na igreja. E sendo testemunhas


perguntada que

avia dos casos de tem denunciado e se ouvera escandalo dei-


que

? Disse hüa moça nome Phelippa orfaa natural de


les que por

naquelle tempo servia aos denunciados na


Villa do Conde, que

mesma villa sabia do caso de tirar a á carne e do touci-


gordura

verdade ella denunciante estranhou o caso


nho, e que era que

lançar o azeite na carne, e a dita moça e ella estranharão


de que

o tirar lhe a E o tirar lhe a gordura presumião que


gordura,
144

algüa ceremonia da ley velha. E disse a dita moça


seria que

Phelippa ficara na dita villa do Conde ao tempo ella denun-


que

ciante veyo estas averá onze annos mais


para partes que pouco

ou menos: E do lançar azeite na carne não avia outras tes-


que

temunhas, mais. a da casa toda era da nasção


que gente que

a dita Leanor Vassana também sabia do caso. E


excepto que

não denunciara loguo dos ditos casos e que


perguntado por que

motivo tivera vir denunciar agora nesta mesa, e se sabia


para

de mais culpados em erros contra a fee? respondeo não sabia


que

tinha essa obrigação, senão agora com temor da exco-


que que

munhão o fez, e não sabe de mais culpados. E do ccstume


que

disse nada. Estiverão a tudo honestas e Re-


presentes pessoas

ligiosos Padres, Dominguos Monteiro e o Padre Manoel San-

ehes, sacerdotes deste Collegio da Companhia tudo virão e


que

ouvirão, e ter segredo e dizer verdade no que lhes


prometterão

fosse e assy o aos Sanctos Evangelhos em


perguntado jurarão

suas mãos e assinarão aqui com o dito Senhor Inqui-


que pozerão

sidor e com a denunciante Margarida fez


juntamente Jorge que

ó seu sinal não saber escrever. Manoel Marinho o escrevi.


por

Manoel Sanches. Domingos Monteiro. Uma cruz de Margarida

Marcos Teixeira.
Jorge.

Gaspar de Barros contra Manuel da Silva.

treze dias ào mes de septembro de mil seiscentos


Aos

na cidade do Salvador da Baya de todos os San-


e dezoito anhÔs

do Collegio da Companhia de estando ahi


.ctos na igreja Jesu,

da tarde no tempo da o senhor Inquisidor


em audiência graça

elle appareceo sem ser chamado Gas-


Marcos Teixeira perante

Barros Christão velho de de trinta e sinquo annos


de ydade
par
Bahia casado e morador em Tassoapina fregue-
natural desta

de Nossa Senhora do Soccorro e vreador da Camara desta


zia

pm tudo dizer verdade e ter se-


cidade. E sendo prezente para

foy dado dos Sanctos Evangelhos em que


lhe juramento
gredo
mão sob cargo do assi o E disse que era
a qual prometteo.
pos

verdade averá sinquo annos estando elle denunciante


que que

nesta cidade em casa de Antonio Alvares sacerdote christão

antão era capellão da Misericórdia e he natural desta


velho que
145

Baya, aonde hoje reside a cuja casa fora elle denunciante


por

ser vizinho e amigo, depois de terem acabado de cear, e prati-

cando se das necessidades da dita casa da Misericórdia e dizen-

do Afonso d'Azevedo, era antão official delia, e tinha o


que

habito de Christo natural do reino e hora viuvo capitão do forte

cie Santo Antonio e morador nesta cidade estava a dita


que

casa da Miserirordia em tanta necessidade que determinavão

vender hum ornamento: respondera hum Manoel da Silva da

nasção natural de Lisboa filho de hü Ataqueiro comediante

homem conhecido na dita cidade, e elle casado nesta com Mór de

Paredes da nasção, compraria o dito ornamento mu-


que para
chilla do seu cavallo. E sendo senhor Inquisi-
perguntado pello
dor se avia mais testemunhas do caso, e se ouvera escandalo

delle, e quem o reprovasse ou louvasse, e se o denunciado estava

em seu ou fóra delle ao tempo que aconteceo? Disse que


juizo

se acharão ao caso Agostinho de Paredes da nas-


presentes

ção natural da Bahia, Capitão da dita freguezia de Tassoapi-

na, e o dito Affonso de Azevedo e o dito Padre Antonio Alvares

e segundo sua lembrança esteve também ao caso Si-


presente
meão d'Araujo christão velho natural destas e seu ir-
partes
mão d'Araújo também christão velho e ambos casados
Jorge

e moradores nesta cidade, e ouve escandalo do caso, e


que que

o dito Affonso d'Azevedo reprehendera ao denunciado dizendo

lhe o ornamento da igreja se não vendia servir


que que para

de muchilla, e não fallasse tais não erão bem


que palavras que

ditas, e que o denunciado estava em seu nem costuma-


juizo,

va a sair delle. E que quando reprehenderão ao denunciado,

respondera o não dizia tanto estava zombando.


que por que

E se sabia o denunciado fosse


perguntado que já penitenciado

ou reconciliado Santo Officio ou alguns seus, e


pello parentes

que motivo tivera vir agora denunciar a esta mesa, e


para
não o fizera loguo o caso aconteceo? respon-
porque quando
deo não sabia mais do denunciado, e a causa da
que que pu-

blicação do Edicto o movera vir agora denunciar, e o não


para
fizera mais não saber estava obrigado a isso.
çedo por que
E sendo costume e se sabia de mais culpados
perguntado pello
em erros contra a fee ou em casos do Santo Officio? Disse

que não sabia de mais culpados, e do costume, he amigo do


que

denunciado e corre com elle em amizade. E mais não disse.

Estiverão a tudo honestas e religiosos Pa-


presentes pessoas
dres, Domingos Monteiro e o Padre Manoel Sanctos sacerdo-

tes deste Collegio, tudo virão e ouvirão e ter


que prometterão
146

no lhes fosse e assi


segredo e dizer verdade que perguntado,

em suas mãos
o aos Sanctos Evangelhos que pozerão
jurarão
assinárao aqui com o dito senhor Inquisidor, e juntamente
e

Manoel Marinho o escrevi E


com o dito Guaspar de Barros.

o tem denunciado no caso


declarou o dito denunciante que que

dito, ver e ouvir e estar a elle como


acima o sabia pello presente
— de Bar-
tem dito. Eu Manoel Marinho o escrevi. Gaspar

— — — Marcos Tei-
ros Domingos Monteiro Manoel Sanchez

xeira.

Padre Simão Pinheiro sobre um crucifixo

achado dentro de um colchão.

Aos dias do mes de Septembro de mil seis-


quatorze

e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de To-


centos

Santos na igreja do Collegio de estando ahi em au-


os os Jesu

diencia de manhãa no tempo da o senhor Inquisi-


polia graça

dor Marcos Teixeira, elle appareceo o Reverendo


perante

Padre Pinheiro Rector deste Collegio de de qua-


Simão ydade

renta e oito annos: E sendo em tudo dizer ver-


presente para

dade e ter segredo lhe foy dado dos Sanctos Evan-


juramento

em a mão sob cargo do assy o prometteo.


gelhos que pos qual

E disse averá tres ou annos mais ou menos


que quatro pouco

estando elle denunciante na villa de Pernambuco no Col-


que

legio da Companhia de onde antão era Religioso, fora


Jesu

chamado Porteiro fallar a Pedro de Cadena que


pello para

antão servia de Provedor da Fazenda, e era casado e morador

na dita villa, e não sabia elle denunciante donde era natural,

lhe mostrara o dito Pedro de Cadena huã imagem de hum Cru-

cifixo de vulto encarnado teria na Crux e meio pou-


que palmo

co mais ou menos, a imagem estava embrulhada em duas


qual

ou tres tiras de e lhe contara o dito Pedro de Cadena, e


panno,

hum official de vara trazia comsigo, indo o dito offi-


que que

ciai fora da villa fazer hüa deligencia, e sendo agazalhado em

certa casa, cujo nome nem o dito official não sabia achara a

dita imagem de Crucifixo dentro em hum colchão cosido da

cama lhe derão dormir: E elle denunciante desem-


que para

brulhara loguo a dita imagem, e escandalizando, se do caso,


147

ao dito Provedor e seu official fossem denun-


aconselhara que

antão era da dita villa, de cujo nome


ciar delle ao Vigairo que

lembrado. E assi disse mais depois tivera noti-


não estáa que

Dom Constantino Barradas bispo foy desta cidade


cia que que

fizera diligencia sobre o caso, mas não sabia em que para-


que

E razão tivera de saber do caso de-


ra. sendo perguntado que

e se ouvera mais testemunhas delle? Disse que por


nunciado,

tinha dito de se achar e o ver e ouvir ás


a razão que presente

duas e não sabe ouvesse outras teste-


ditas pessoas, que que

de vista no caso. E mais não disse do dito caso. E sen-


munhas

se sabia de algüs culpados mais em erros contra a


do perguntado

santa fee catholica, ou casos do Sançto Officio? respondeo que

não sabia de mais. Estiverão a tudo hones-


presentes pessoas

Religiosos Padres, Dominguos Monteiro, e o Padre Ma-


tas e

noel Sanches sacerdotes deste Collegio tudo virão e ouvi-


que

e ter segredo e dizer verdade no lhes fcs-


rão prometterão que

se e assi o aos Sanctos Evangelhos em


perguntado, jurarão

suas mãos e assinarão aqui com o dito senhor In-


que pozerão

e com o dito Reverendo Padre Simão


quisidor juntamente
— — Do-
Pinheiro. Manoel Marinho o escrevi. Simão Pinheiro

— — Teixeira.
mingos Monteiro Manoel Sanches Marcos

Balthazar de Araújo contra João Vaz Serrão.

Aos dias do mes de Septempro de mil seis-


quatorze

centos e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de To-

dos os Santos na igreija do Collegio da Companhia de


Jesu,

estando ahi em audiência de manhãa no tempo da Gra-


polia

o senhor Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo


ça perante

sem ser chamado Balthezar d'Araujo christão velho de


ydade

de dezasete dezoito annos, solteiro, natural de Vianna


para

no Reino, filho de Gaspar Rõiz christão velho carpinteiro, e de

Isabel Guonçalves também christãa velha moradores na dita

villa de Vianna e elle denunciante morador nesta cidade em

casa de Pero Landim chistão velho, mercador e morador


João

na rua do Collegio nesta cidade: E sendo em


presente para

tudo dizer verdade e ter segredo lhe foy dado dos


juramento

Sanctos Evangelhos em a mão sob cargo do qual assi


que^pos
148

E disse, o anno de mil seiscentos e


prometteo. qiie passado

dezasete estando elle denunciante no engenho de Dioguo Mo-

nis Telles da nasção duas léguas desta cidade a naquelle


quem

tempo servia de estando Antonio Rõiz Ma-


pagem, presente

chado christão velho natural de Antre Douro e Minho ser-


que

via também ao dito Dioguo Monis e Roque de Vares também

seu criado natural da Ilha da Madeira, e hü sobrinho de Phe-

lippe Figueira lavrador de canas em casado e mo-


Jacaracanga

rador na mesma freguezia, tratando todos entre sy sobre

freiras e frades, contara Vas Sarrão da nasção natural


João

desta terra, solteiro morador era na freguesia de Pirajá


que

em companhia de Antonio Guomes Victoria da nasção seu pa-

rente, lavrador também era da freguesia de Piraja, que


que

hum frade do Carmo dissera, Deus tirara a costa


que quando

do homé criar Eva, viera hum cão e a comera, e que do


para

sahira trazeira do cão fizera Deus a molher,


que pella parte

e assi ficara Deus fazendo a molher da trazeira do cão e


que

não da costa do homem. E sendo o denunciante


perguntado

razão tivera de saber o tinha denunciado? respondeo


que que

se achar o caso aconteceo e o ver e


que por presente quando

ouvir. E sendo se ouvera mais testemunhas do


perguntado

caso e se ouvera escandalo delle e se reprehendera alguém o

denunciado ou lhe approvara alguém o disse? respondeo


que

não ouvera mais testemunhas as acima referidas, e


que que

todos se escandalizarão do ouvirão dizer ao denuncia-


que que

do; E depois de o ter dito duas vezes, lhe forão a mão e o re-

disso, e o denunciado se callara e não respondera


prehenderão

mais cousa alguma. E sendo a que horas aconte-


perguntado

cera o caso, se antes do se depois, e se estava o denun-


jantar,

ciado em seu ou fora delle, ou costumava a sair delle,


juizo

e a tomar se do vinho? Disse estando todos em companhia


que

ceando, dissera o denunciado o sobre dito, e estava em seu


que

e não costumava sair delle, nem se toma do vi-


juizo que
nho. E sendo se o denunciado fora penitencia-
perguntado já

do Sancto Officio ou algum seu, e razão de


pello parente pella

saber elle não costumava a sair de seu Disse que


que juizo?

não sabia mais aver dous annos conhecia ao denuncia-


que que

do ser anteado de Manoel Guomez Victoria da nasção que


por

era sogro do dito Dioguo Monis Telles a quem elle denunciante

servia de como tem dito. E sendo por que


pagem, perguntado

causa se achava o denunciante no dito engenho, e se sabia elle

denunciante de outros culpados em erros contra nossa Santa


149

fee ou em casos no Sancto Officio? Disse que


pertencentes

razão do dito e morar naquelle tempo em


por parentesco por

casa do dito Dioguo Monis Telles, e não sabia de mais. E


que

costume disse nada. Estiverão a tudo


perguntado pelo presen-

tes honestas e religiosos Manoel Sanches, e o


pessoas padres

Belchior Pires sacerdotes deste Collegio, tudo


padre que

virão e ouvirão e ter segredo e dizer verdade no


prometterão

lhes fosse e assy o aos Sanctos Evan-


que perguntado, jurarão

em suas mãos, e assinarão aqui com o se-


gelhos que pozerão

nhor 'Inquisidor, com dito Belchior d'Araújo.


e juntamente o

Manoel Marinho o escrevi. Diguo assinarão os ditos re-


que

verendos com o dito denunciante Balthezar d'Araujo


padres

e com o dito senhor Inquisidor. Manoel Marinho o escrevi.

— — —
Balthezar d'Araujo Belchior Pires Manoel Sanches

Marcos Teixeira.

Belchior Fernandes de Basto contra Nico»

lau da Maqa, Simão Nunes de Mattos, Francisco Ti-

noco de Lisboa, Simão Machado, Francisco Duarte

Tinoco e Manuel Alvares de Galegos.

Aos dias do mes de Septembro de mil seis-


quatorze

centcs e dezoito annos na cidade do Salvador da Baya de To-

dos os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de


Jesu,

estando ahi em audiência de manhãa no tempo da


pella graça,
o senhor Inquisidor Marcos Teixeira, elle appareceo
perante

sem ser chamado Belchior Fernandes de Basto christão velho

natural do Conselho de Gouvea á Marante no rei-


junto (sic)
no, de de trinta e tres ou trinta e annos
ydade quatro pouco

mais ou menos solteiro, filho de Belchior Fernandes de-



functo e de Catherina de Basto sua molher christãos velhos,

e elle denunciante hora he morador nesta cidade na rua Direita

alem da praça e he mercador. E sendo


piquena presente para
em tudo dizer verdade e ter segredo lhe foy dado juramento

dos Sanctos Evangelhos em a mão sob cargo do ciual


que pos

assi o E disse que era verdade que averá dous


prometteo.

annos mais ou menos nesta cidade, achando se elle


pouco que

denunciante em casa do Licenciado Phelippe Thomas da nas-


150

ção advogado aonde hia alguãs vezes causa


por de ter deman-
das em o dito Phelippe Thomas era advogado,
que seu lançara
elle denunciante mão de hum feito
que estava entre outros no
estudo do dito Phelippe Thomas, lera
e nelle e vira erão
que
hüs autos da ecclesiastica, dos
justiça quais segundo sua lem-
brança era escrivão Bernabé Soares em
que o Promotor vi-
nha com libello contra Niculao da Maia da nasçao solteiro na-
tural da cidade de Lisboa cujos elle
paes denunciante não co-
nhecia, mas sabia o denunciado
que era mercador, e irmão de
Matheus Lopes solteiro mercador assistente nesta cidade, e
ouviu elle denunciante dizer
que sua mãi era fanqueira, na
dita cidade de Lisboa,
por aver cõmettido o nefan-
peccado
do com hüa Violante Vidal segundo sua lembrança, molher
solteira moradora antão era nesta
que cidade e depois se mu-
dou Pernambuco, o caso
para qual melhor constará dos ditos
autos em disse se reportava.
que que E sendo se
perguntado
se achárão mais testemunhas
presentes, e se ouvera escandalo
disso? Disse das
que pessoas que se acharão não se
presentes
lembrava de mais do dito Licenceado
que Phelippe Thomas,
e de Manoel Heitor de Sousa christão velho solteiro natural
do lugar do Beco no Reino, e de Bras da Costa Cirne, di-
que
zem ter raça da nasção moradores nesta cidade, e o caso
que
causara muito escandalo a quem sabia delle. E assi disse mais
elle denunciante, era verdade
que que nesta cidade no anno
de seicentos e dez, e seiscentos e onze sendo elle denunciante
vizinho de Simão Nunes de Mattos da nasçao natural da cidade
de Lisboa, naquelle
que tempo era solteiro e mercador e mo-
rador nesta cidade na rua do Sousa e hora he senhor de enge-
nho em Maré desta Bahia e ahi casado e morador, e morando
no dito tempo de dous annos
passados parede em meyo com
o denunciado Simão Nunes de Mattos, ouvira elle denuncian-
te espaço de hum anno
por ou mais todas as sestas feiras e
sabbados assi de noite como de dia muita festa e traquinada
em casa do dito denunciado, e via
que nos mesmos dias
prin-
cipalmente vinhão e cear
jantar e dormir em sua casa muitos
homens da nasção, tanto
que espantado elle denunciante,
per-
guntara a hü cabra do denunciado nome
por Manoel, de-
que
pois se absentou desta terra
por ser culpado na morte de hum
homem era aquillo não
que que deixavão dormir a vizinhança
com tanta matinada e festa, lhe respondera o cabra, tira-
que
vão a toura dos farellos, do que elle denunciante ficara escan-
dalizado. E sendo
perguntado se sabia de mais testemunhas
151

de delle? Disse não sa-


do caso, e razão tinha saber que
que
antre as casas do denun-
bia de mais testemunhas, por que
ficavão cameras em que
ciado e as de hü vizinho da outra parte

E disse a razão delle sa-


o denunciado recolhia fazenda. que

vizinho do dito denunciado Simão


ber do caso, era ser
por
a dita festa e matinada. E sendo
Nunes de Mattos, e ouvir

da nasção ajudavão a
homens erão os que
perguntado que

festa em casa do denunciado? Respondeo, que


fazer a dita

de Lisboa mercador solteiro natural


erão Francisco Tinoco

he da nasção, e Simão Ma-


delia, e agora he la morador e

de Leão ambos da nas-


chado mercador cunhado de Simão

do açúcar, o Simão Ma-


e contractador dos dizimos qual
ção,
Villa Nova de Portimão no Al-
chado he hoje morador em

d'Elvas também da nasção mer-


e Dioguo Fernandes
garve
E o dito Simão de Leão casado
cador e moradcr em Lisboa.

Duarte Tinoco e Ma-


e morador nesta cidade e Francisco

defuncto e ambos da nasção, e


noel Alvares de Gallegos já
não está lembrado. E decla-
outros de elle denunciante
que
na mesma festa e casa o denun-
rou também se achava
que
nasção casado e morador nesta ci-
ciado Paschoal Bravo da

natural da cidade do Porto. E sen-


dade e nella mercador, e

Denunciado Simão Nunes de Mat-


do se sabia se o
perguntado
seu fosse reconciliado ou penitenciado
tos, ou algum parente já
mais homens da nasção de
Santo Officio, ou alguns dos
pelo
seus? Disse ou-
tem denunciado, ou alguns parentes que
que
Henrique Dias Millao foy
vira dizer que que
geralmente
em Lisboa, era muito
Santo Officio parente
queimado pelo
e não sabia de mais, nem de ou-
chegado do denunciado, que

tros culpados em erros contra a St.a fee. E perguntado pello

a tudo ho-
costume, disse nada. Estiverão presentes pessoas

religiosos Padres Manoel Sanches e o Padre Belchior


nestas e

tudo virão e ouvirão e


Pires sacerdotes deste Collegio que

e dizer verdade no lhes fosse


ter segredo que
prometterão
e assi o aos Santos Evangelhos em que
perguntado, jurarão
aqui com o dito senhor In-
suas mãos, e assinarão
pozerao
com o dito Belchior Fernandes de
quisidor e juntamente
— Beldhicfr Fernandes
Basto. Manoel Marinho o escrevi.

— — — Manoel
Basto Belchior Pires Marcos Teixeira

Sanches.
152

Manuel Gonçalves contra Manuel Baldaya.

Aos dias do mes de Septembro de mil seis-


quatorze

centos e dezoito annos na cidade do Salvador da Bahia de

Todos os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de


Jesu,
estando ahi em audiência de manhãa no tempo da
polia gra-

ça o senhor Inquisidor Marcps Teixeira elle appa-


perante
receo sem ser chamado Manoel Guonçalves christão velho de

ydade de mais de annos casado, lavrador de man-


quarenta
dioca e morador nesta cidade abaixo do Mosteiro de São

Francisco. E sendo em tudo dizer verdade e ter


presente para
segredo lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em
juramento

que pos a mão sob cargo do assi o E disse


qual prometteo.

que era verdade que avera annos mais ou me-


quatro pouco
nos que estando elle denunciante nesta cidade em sua casa

huma hora da noite e Maria da Grãa christãa velha veuva



natural do reino e moradora nesta cidade defronte do escri-

vão da Camera, estando a casa alumiada com huma candea,

sentira a dita Maria da Grãa abrir a estava so-


porta que
mente serrada huma sobre outra, e olhando o era, vira
que
meter um braço com um Crucifixo na mão de vulto, e disse-

ra, Ay meu Deus e meu Senhor. E olhando elle denunciante

no mesmo instante o er£, vio também o mesmo


para que
Crucifixo e o braço e dissera: he entre, ao
Quem quer que qual
tempo a pessoa que tinha o dito Crucifixo, recolhera o braço

com elle e se fora, do elle denunciante e a dita testemu-


que

nha referida ficaram escandalizados lhe


por parecer grande
desacato e irreverencia se fazia á imagem de Christo
que
Nosso Senhor, e saber era o culpado no
procurando quem
caso, a hum mancebo nome Simão Baldaya
perguntara por
reside em Taparica e he natural desta terra, e não sabe
que

se he da nasção, se sabia do dito caso ser vizinho delle


por
denunciante, e elle lhe respondera, fora Manoel Baldaya
que
seu conhecido- naítural desta cidade antão era solteiro,
que
e dahi a tempo se casou, e não sabe elle denunciante
pouco

se era da nasção. E assi disse mais, tanto tivera no-


que que
ticia do dito culpado, loguo fora denunciar delle diante dò

Bispo desta cidade a denunciação se reportava. E sendo


qual

perguntado pelo senhor Inquisidor se se achavão mais


pes-
soas presentes ao caso, e se o denunciado era de en-
pessoa
tendimento ou costumava a sair do seu Disse Mar-
juizo? que

garida Pinta da Fonseca sua molher se achava no


presente
153

ver o E
mas ser cega, não poderá que passara.
caso que por
conhecia muito bem ao
era verdade elle denunciante
que que
mas nunca o vira tomada
denunciado ser seu vizinho que
por
fora de seu E sendo perguntado
do vinho, nem se sahia jnizo.

fosse Santo
se sabia o denunciado penitenciado pello
que
seu e se sabia de outros culpados
Officio, ou algum parente
Officio? Disse não
matéria de fee ou casos do Santo que
em
filho de huma mamaluca des-
sabia mais ser o denunciado
que
nella e natural do
terra, e de um Antonio Baldaya morador
ta

motivo tivera fazer esta


Reino. E sendo perguntado que para

costume, disse denunciara pella


denunciação, e pello que

e do costume disse nada.


obrigação tinha de denunciar,
que
honestas e religiosos
Lstiverão a tudo presentes pessoas

e o Padre Belchior Pires, sacerdotes


Padres Manoel Sanches

e e ter se-
deste Collegio, tudo virão ouvirão prometerão
que
lhes fosse e assi o
e dizer verdade no que perguntado
gredo,
em suas mãos
jurarão aos Sanctos Evangelhos que pozerão

Inquisidor e com
e assinarão aqui com o senhor juntamente

Eu Manoel Marinho o escrevi.


o dito Manoel Guonçalves.
— — Sanches
Manoel Guonçalves Belchior Pires Manoel

Marcos Teixeira.

contra Francisco Ribeiro, o


Diogo Baptista

desnarigado da ilha das Fontes.

dias do mes de Septembro de mil seis-


Aos quatorze
em a cidade do Salvador da Bahia de
centos e dezoito annos

na igreja do Collegio da Companhia de


Todos os Sanctos

da tarde no tempo da o se-


estando ahi em audiência graça
Jesu
Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo sem
nhor perante

Dioguo Baptista, mourisco de nasção de de


ser chamado ydade

mais ou menos solteiro filho de


vinte e seis annos pouco João

christão velho mestre sala do Conde


Garcia castelhano

Anna Garcia mourisca da nasção defuntos, e


d'Anhauer e de já

morador nesta cidade em casa de Vasco de


elle denunciante

Pacheco hora serve de Governador nella, a quem


Sousa que

cosinheiro e disse estar empenhado na sua mão por


serve de

reis, e sendo em tudo dizer verdade ç


sesenta mil presente para
154

ter segredo lhe foy dado


juramento dos Santos Evangelhos em
que pos a mão sob cargo do assi o
qual prometteo. E disse
que
por descargo de sua consciência denunciava bem e verdadeira-
mente de Francisco Ribeiro da nasção solteiro, natural de Villa
Nova de Portimão, no Algarve morador na Ilha das Fontes
nesta Bahia he senhor
que de engenho e não tem narizes, em
como averá seis ou sete annos
pouco mais ou menos,
que sendo
'denunciado
elle denunciante captivo do dito e de irmão
seu
Fernão Rõiz Ribeiro morador em Pernammerim tudo sito nesta
Bahia, lhe mandava o denunciado a elle denunciante varrer as
casas de noite da
porta pera dentro, e segundo se dizia
que
geralmente em sua casa nunca ouvira missa nem e
pregação,
elle denunciante assi o entendia no tempo residia no enge-
que
nho não faltava nelle
porque a horas de missa. E assi disse elle
denunciante sabia
que pello ver e servir de cozinheiro ao
por
denunciado elle comia
que de ordinário a degolada
galinha e
afogada depois com azeite, e seu mandado se lançava
que por
também azeite na
panella da carne, e era verdade
que que o
dito denunciado em sua casa não tinha imagem nenhuma de
sanctos como costumão a ter os christãos e somente tinha
alguns da historia
painéis de Tobias, o elle denunciante
que
sabia ver e ser notorio,
pello pellas quais causas elle denunciante
tinha mao conceito do denunciado, e o tinha muy suspeito a
por
nossa Santa fee, e lhe
parecia que se não enganava nisso,
por
que naquelle comenos foy chamado do Deyão desta See de-

functo testemunhar
para como testemunha diante delle do que
sabia contra o denunciado Francisco Ribeiro ao testemu-
qual
nho disse se reportava.
que E sendo lhe
perguntado pello Se-
nhor Inquisidor se avia mais testemunhas do caso, e se avia
escandalo, e se sabia
que o denunciado ou algum seu
parente
fora ou reconciliado
já penitenciado Santo Officio? Disse
pello
que Matheus Nunes christão velho não sabe donde he na-
que
tural, mas sabe he casado
que e morador na dita Ilha das Fon-
tes, e Dominguos Pires também christão velho harqueiro que
não sabe donde he natural e he morador na desta cidade,
praya
podem ser testemunhas do sobreditc, e disse nesta terra se
que
disse
geralmente que prenderão em Portugal duas irmãas do
denunciado Santo Officio,
pello e que dos sobreditos casos avia
escandalo no engenho do denunciado e em sua casa. E sendo

perguntado se sabia de outros culpados em matéria da fee, e

pello costume? Respondeo não


que sabia de mais culpados em
matéria da fee, e do costume disse
que pello denunciado ter
155

noticia que elle denunciante denunciara delle como tem dito, o

e lhe mandara rapar a barba e lhe dera muito má vida,


prendera

mas que nem isso lhe mal, e tem dito a verdade. Esti-
por quer

verão a tudo honestas e religiosos Padres


presentes pessoas
Manoel do Couto e o Padre Francisco Carneiro sacerdotes

deste Collegio da Companhia tudo virão e ouvirão e


que pro-

metterão ter segredo e dizer verdade no lhes fosse


que pergun-
tado e assi o aos Santos Evangelhos em
jurarão que pozerãc

suas mãos e assinarão aqui com o dito senhor Inquisidor e jun-

tamente com o dito Dioguo Baptista fez o seu sinal não


que por
saber escrever. Eu Manoel Marinho o escrevi. Uma cruz de

Dioguo Baptista. Manoel do Couto. Francisco Carneiro. Mar-

cos Teixeira.

Antonio de Azevedo contra Matheus Lopes.

Aos dias do mes de septembro de mil seiscen-


quatorze

tos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Bahia de Todos

os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu
ahi em audiência da tarde no tempo da o senhor Inqui-
graça
sidor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser chamado
perante
Antonio d'Azevedo christão velho de de sinquoenta annos
ydade
mais ou menos solteiro, natural da cidade de Lisboa, e
pouco

sargento mór da milicia nesta; e sendo em tudo


presente para
dizer verdade e ter segredo lhe foy dado dos Sanctos
juramento
Evangelhos em a mão sob cargo do assi
que pos qual o promet-
teo. E disse averá sinquo ou seis meses mais menos
que pouco ou

que nesta cidade em casa de de Herrera Solis castelhano


João
de nasção não sabia donde era natural mas he morador
que
nella estando elle denunciante nella ver Truque,
para jugar o

entrara Matheus Lopes da nasção, solteiro, natural de Lisboa

e mercador e morador nesta cidade, e dizendo


que queria jugar
hum repondera o dito de Herrera, Alabado
partido, João sea
Dios, el senhor Matheus Lopes,
que quiere jugar ás quais pa-
lavras replicara o dito Matheus Lopes, nolo bendiga tanto que
110 o caso aconteceo ás tres ou horas
jugaré: qual quatro depois

do meyo dia. E sendo elle denunciante


perguntado pello dito

senhor Inquisidor razão tivera de saber o sobredito


que e de
156

comunicar na dita casa, e se ouvera mais testemunhas e es-


canrlalo do caso? Disse razão
que a de comunicar na dita casa
era ir ver o Truque
por jugar como algumas vezes costumava
e que se achar ao
por presente caso quando aconteceo e o ver e
ouvir o soubera,^ e era verdade
que que se acharão mais
pre-
sentes a elle o dito de Herrera
João que logo advirtio na
pala-
via ser mal dita, e disse a elle denunciante avia de ir
que dar
conta delia ao Bispo, como depois fez segundo elle denunciante
soube, ir testemunhar do
por dito caso diante do Bispo desta
cidade ser chamado
por para isso, e disse outras
que pessoas
mais se acharão mas
presentes, que não estava lembrado de
quem erão e depois divulgou
que que se o dito caso não fal-
tou escandalo, ser a
por palavra mal soante e o denunciado ser
de suspeita. E sendo
perguntado se ouvera reprehendesse
quem
a dita ou a approvasse
palavra, e se o denunciado a esse tempo
estava em seu
perfeito juizo ou se costumava a sair delle, ou
se fora
já penitenciado ou reconciliado Santo Officio
pello ou
algum seu? Disse
parente que não sabia mais o denunciado
que
não costumar a sair de si como era notorio. E ouvira dizer
que
a pessoas de credito o
que pay do denunciado fora e
já prezo
penitenciado pello Sancto Officio. E sendo
perguntado pello
costume, disse nada. Estiverao a tudo hones-
presentes pessoas
tas e Religiosos Padres, Belchior Pires e o Padre Balthesar da
Costa sacerdotes deste Collegio da Companhia tudo virão e
que
ouvirão e ter
prometterão segredo e dizer verdade no lhes
que
fosse e assi
perguntado, o jurarão aos Santos Evangelhos em
que pozerao suas mãos, e assinarão aqui com o dito senhor In-

quisidor e com o dito Antonio


juntamente d'Azevedo. Manoel
Marinho o escrevi. Balthasar da Costa. Belchior Pires. An-
tonio d'Azevedo. Marcos Teixeira.

Francisco de Sampaio Aranha contra Simão


de Leão.

Aos dias do mes de


quatorze Septembro de mil seiscen-
tos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Bahia de Todos
os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estando
Jesu
flhi em audiência da tarde no tempo da o senhor Inqui-
graça
157

sidor Marcos Teixeira, elle appareceo sem ser cha-


perante
mado Francisco de Sãopaio Aranha, christão velho, de ydade
de trinta e sinquo annos ou mais, casado e morador nesta ci-

dade defronte das casas d'El Rey e do ver do do


juiz pezo pau
do Brazil. E sendo em tudo dizer verdade e ter
presente para
segredo lhe foy dado dos Santos Evangelhos em
juramento que

pos a mão sob cargo do assi o E disse era


qual prometteo. que
verdade estando o terçeiro dominguo d Agosto
que proximo

passado na See desta cidade, e acabando de o Padre


pregar
Frey Ângelo da Ordem e Mosteiro de São Bento desta cidade a

preposito de aver dias se achara da dita See


poucos que junto
hum Auto da de Christo nosso Redemptor tinha
paixão que
hüa imagem de hum crucifixo com o rosto sujo de esterco de

gente, estando o auto todo limpo, o o dito Pregador affir-


que
mou que vira com seus olhos, e estranhou devia tão
quanto
erorme sacrilégio e blasfêmia, dissera Simão de Leão da nasção

natural de Lisboa, casado e morador nesta cidade, e contracta-

dor dos dizimos dos açúcares mostrando-se muito indignado,

que se estivera mais do dito Pregador lhe ouvera de dizer


perto
era hum desavergonhado amançebado, o dissera estan-
que que
dc assentado da Mesa do Santíssimo Sacramento em
junto que
elle denunciante estava assentado e muito bem lhe ouvio dizer o

scbredito estar muito delle, e o denunciado o dizer


por perto

em voz tao alta e intelligivel lho ouvirão também dizer


que

os outros irmãos da mesma Confraria estavão na dita meza


que

e poderão ser testemunhas do caso, os erão Dominguos


quais,
Varella christão velho natural de Lamego mercador casado e

morador nesta cidade, Antonio Cardoso christão velho, natu-

ral da villa de Tarouca no Reino, veuvo e morador nesta cida-

de no terreiro deste Collegio Bertholomeu Rõiz christão velho

confeiteiro casado e morador nesta cidade, Manoel Gonçalves

Barros christão velho natural da Ilha da Madeira solteiro, mer-

cador e morador nesta cidade, Manoel Filgueira christão velho,

mercador e casado em Caminha e Pero Vaz Correia da nasção

natural de Lisboa, e lá casado mercador e morador nesta cidade.

E sendo elle denunciante senhor Inquisidor se


perguntado pello
ouvera escandalo do caso, e se ouvera alguém reprehen-
que
desse ao denunciado das ditas ou lhas approvasse, e
palavras,
a que horas acontecera o caso? Disse todos os ouvirão
que que
as ditas devião ficar escandalisados dellas, e elle de-
palavras
nunciante se escandalizou muito lhe e
por que parecera parecia
não se tanto estranhar a sobredita irreverencia e de-
que podia
158

sacato feito á imagem do crucifixo muito mais não


que de-

vesse ser estranhado de fosse bom christão e temente


quem a
Deus, e o denunciado ser da nasção e estar acompa-
que por
nhado de delia nesta terra éra muito
gente que poderosa e so-

berba, lhe nenhum dos christãos velhos lhe


parecia que que
ouvio as ditas se atreveria a ir lhe á mão e assi
palavras disse

que acontecera o caso antre as dez e onze horas antes do meyo


dia em se acabando a E sendo
pregação. perguntado quantas
vezes dissera o denunciado as ditas se
palavras, e estava fóra
de seu ou costumava a sair delle
juizo e se fora
já penitenciado
ou reconciliado Sancto Officio, ou algum
pello parente seu ou
estava infamado de máo christão e de alguns erros contra nossa

Santa fee ? Respondeo não sabia mais ir se elle de-


que que
nunciante tanto ouvio as ditas
que palavras para a capella do

Santíssimo Sacramento ascender as tochas o resto


para para
da missa e e ficar o denunciado fallando ainda
procissão, como

enfadado. E havia muitos annos o denunciante


que que conhe-

cia nesta cidade ao denunciado, e não sabia nem ouvira dizer

que o denunciado sahisse de seu nem elle denunciante


juizo,
entendia o caso aconteceo estava fóra. delle,
que quando e que
não sabia de mais. E sendo motivo tivera
perguntado que para
vir fazer esta denunciação, e se sabia de mais culpados contra a
fee ? Disse descarregar sua consciência viera
que por denunciar

a esta mesa, e não sabia de mais, e do costume


que disse nada

e que tinha dito a verdade. Estiverão a tudo


presentes pessoas
honestas e religiosos Padres Belchior Pires e Padre Balthe-
o

sar-da Costa sacerdotes deste Collegio da Companhia que tudo

virão e ouvirão e ter segredo e dizer verdade no


prometterão

que lhe fosse e assi o aos Santos Evange-


perguntado, jurarão
lhos em suas mãos e
que pozerão assinarão aqui com o dito
senhor Inquisidor e com o dito Francisco
juntamente de São-

payo Aranha. Eu Manoel Marinho o escrevi. Diz a primeira e

segunda antrelinha, Velhos, o fiz verdade. Manoel Ma-


que por
rinho o escrevi. Francisco de Sampaio Aranha. Belchior Pires.

Balthasar da Costa. Marcos Teixeira.


159

de Aguirre contra o licenciado Felippe


Bernardo

Thomaz de Miranda, Luis Alvares, Antônio Rodrf-

e Bento Corrêa, o Calambauzinho.


gues

dias do mes de Septembro de mil seiscen-


Aos quatorze
do Salvador da Baya de Todos
tos e dezoito annos em a cidade

Collegio da Companhia de estando


os Sanctos na Igreja do Jesu

no tempo da o senhor Inqui-


ahi em audiência da tarde graça

elle appareceo sem ser chamado


sidor Marcos Teixeira perante

christão velho natural desta cidade'de yda-


Bernardo d Aguirre

e morador em Tapagipe, hüa


de de vinte e hum annos casado

em tudo dizer ver-


legoa desta cidade. E sendo presente para

foy dado dos Santos Evan-


dade e ter segredo lhe juramento

a mão sob cargo do assi o


em que pos qual prometteo.
gelhos

E disse estando nesta cidade esta quaresma passada-á porta


que
Thomás na travessa da Rua Dereita
do Licenciado Phelippe

d Aguirre seu delle de-


aonde morava o Capitão Pedraires pay

imagem de Christo Nosso Senhor com a


nunciante a
passando
dos Paços dissera o dito Licenceado
cruz ás costas na procissão

de Miranda da nasção advogado nesta cida-


Phelippe Thomas

com risos e sem se de giolhos,


de escarnecendo grandes por

da dita má cara leva o


olhando o Christo proçissão, que
para
respondera Luís Alvares da nasção natural
Christo, e lhe
que

Porto solteiro, caixeiro de Manoel RÕiz Sanches


da cidade do

morador nesta cidade, olhando o mesmo Christo


da nasção para

como leva as barbas borradas, ao que


também com escarnios,

Licenceado Phelippe Thomas he na-


replicara loguo o dito que

Lisboa casado e morador nesta, muito bor-


tural da cidade de

tudo com risinhos e escarneos, sem nhum delles


radas as leva

nem adorar a imagem de Christo nosso Se-


se de giolhos
pôr
hia no andor com a cruz ás costas, como toda a gente
nhor que
elle denunciante sabia se achar em
fazia, o que por presente

e ver e ouvir muito bem todo o


companhia dos denunciados,

a razão se achara no
sobredito. E sendo perguntado per que

tem dito em companhia dos denunciados, e se ouvera


lugar que
do caso e se alguém se escandalizara delle
mais testemunhas

e reprehendera aos denunciados? respondeo,


ou o approvara

na dita Rua morar nella o dito Pedro Ayres


se achara por
que
do forte São Phelippe e sair de sua
d Aguirre, seu pay Capitão

irmão Dioguo Guonçalves Lasso solteiro e mora-


casa cõ seu

Tapagipe verem a e a acompanharem, e


dor em para procissão

ir no couse delia lhes fora forçado es-


causa de quererem
por
160

onde achara aos denunciados até passar


na dita travessa
perar
o dito seu irmão e Francisco da
a e terem lugar: e que
gente
natural da cidade de Lisboa e nella mora-
Silva christão velho

de ourives do ouro, e trata nesta ci-


dor casado com hüa filha

ao caso. E ao
dade e em Angola estiverão presentes quanto

o teve e seu irmão, e o dito Fran-


escandalo, elle denunciante

mostrara, e o tempo ser de tanta


cisco da Silva segundo que por

serem suspeitas e da nasçao


devaçao, e os denunciados pessoas

de Christo Nosso Senhor e de seu


costumada a blasphemar

os reprehendesse: E assi disse


sancto nome não ouvera quem
não tinha bom conceito do dito Li-
mais elle denunciante que

Thomas de Miranda em matéria de chris-


cenceado Phelippe

sobredito, como ter de costume quando


tandade assi pello por

vai, ou como está, responder, Boto a Chris-


lhe perguntavão que
hóstia sagrada muita merda, polia Vir-
to muita merda, e pella
merda, e outras cousas mal soantes nesta
Maria muita
gem
dizer e a este ccm
conformidade que costumava jurar preposito

escandalo, o elle denunciante


causava muito grande que
que
vizinho e amigo e se recolher muitas
sabia aver sido seu
por
se achava o denunciado
vezes em sua casa onde presente quando

de também ser teste-


dizia as sobreditas palavras, que podem

christão velho cunhado delle de-


munhas Dioguo de Sandoval

México, casado e morador nesta cidade


nunciante e natural do

Lasso, e Dona Isabel e Francisco


e o dito Dioguo Gonçalves

irmãos delle denunciante e o dito Capitão


todos
Quaresma
moradores no Recôncavo desta
Pedro Aires d Aguirre seu pay

e declarou da casa do dito Capi-


Bahia e christãos velhos, que

estar muito vizinha se ouvião


tão delle denunciante por
pay
e outras semelhantes de que avia
muito bem as ditas palavras
se estavão os denuncia-
escandalo. E sendo perguntado
grande
os casos desta denunciação
dos em seu perfeito juizo quando

costumavão sair delle? Disse sabe pellos


acontecerão, ou se que

os dictos denunciados não são homès que


ver e conhecer que

sizo, e assi lhe nelle estavão quando


sayão de seu parecia que

acontecerão. E assi disse mais elle denunciante que


os casos

terra se dizia vulgarmente ho dito


era verdade nesta que
que

Phelippe Thomas de Miranda1 comettia o peccado


Licenceado

com hum seu criado nome Antonio


nefando de sodomia por

d'Evora, casado e morador em casa


RÕiz natural da cidade

E assi também commettia o mesmo pec-


do dito denunciado.

alcunha, sol-
cado com Bento Correia, o*Calambauzinho por

morador nesta cidade, o he da


teiro, natural de Vianna e qual
1*1

nasção. E assi dizem vulgarmente o dito denunciado ma-


que

tara hum moço que o servia ter commettido com elle o dito
por

e o não descobrisse, e he tão infamado deste


peccado porque

nesta terra e na de Pernambuco donde veyo ella,


peccado para

que anda em antre brancos e negros, tem


provérbio pello que,

cile denunciante sy que he verdade estar o denunciado


para

comprehendido no dito peccado, se dizer e


principalmente por

ser notorio elle se andava .livrando do sobredito crime no


que

secular, e 0 dito Bento Corrêa commetter tres


Juizo por por
vezes a elle denunciante o dito de sodomia, e a
para peccado
hum irmão delle denunciante nome Dioguo1 Guonçalves
por
Lasso, e assi a Pedro de Aguiar, seu cunhado christão velho,

casado e morador no Toquetoque tres legoas desta cidade. E

sendo se sabia se os. denunciados ou alguns seus


perguntado pa-
rentes fossem ou reconciliados Santo
já penitenciados pello
Officio, e que motivo tivera denunciar delles, e se sabia
para

de outros culpados em erros contra a fee ou que ao


pertenção
Santo Officio? Disse que não sabia mais o tem dito e
que que
fazer esta denunciação com borji zello e satisfazer com o
por
Edicto da fee. E costume? Disse era ami-
perguntado pello que

go dos denunciados e os conversava, mas tinha dito a ver-


que

dade. Estiverão a tudo honestas e Religiosos


presentes pessoas
Padres, Belchior Pires, e o Padre Balthesar da Costa sacerdo-

tes deste Collegio, que tudo virão e ouvirão e ter


prometterão

segredo e dizer verdade no que lhes fosse assi o


perguntado,
aos Sanctos Evangelhos em suas mãos e
jurarão que pozerão

assinarão aqui com o dito senhor Inquizidor e com


juntamente
o dito Bernardo d Aguirre. Eu Manoel Marinho o escrevi. Ber-

nardo de Aguirre. Balthasar da Costa. Belchior Pires. Marcos

Teixeira.

Diogo Lopes de Évora contra Manuel Ho=

mem.

Aos dias do mes de septembro de mil seiscen-


quinze

tos e dezoito annos era a cidade do Salvador da Bahia de Todos

os Santos na Igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu

abi em audiência de manhã no tempo da Graça o senhor


pella
162

Angolla casç> e fugira da e se fora


pello que prizão em hüa náo

flamenga Flandes. E sendo se sabia de mais


para perguntado
testemunhas do caso e se o denunciado cu elle denunciante tinha

ou avós comprehendidos Santo Officio? Disse


paes pello que
não sabia mais do tem dito. E sendo
que perguntado pello cos-
tume e motivo tivera vir fazer esta denunciação
que para e se
sabia de mais culpados em matéria de fee ou casos do Santo
Officio? Disse do costume nada, e
que somente por descarre-

gar sua consciência fizera esta denunciação não de


e que sabia
mais culpados. Estíverão a tudo
presentes pessoas honestas e
Religiosos os Padres, Belchior Pires e o Padre Balthesar da
Costa sacerdotes deste Collegio tudo
que virão e ouvirão e pro-
metterão ter segredo dizer
e verdade no lhes fosse
que pergun-
tado e assi o aos Sanctos Evangelhos
jurárão em que pozerão
suas mãos, e assinárão aqui com o dito senhor Inquisidor e

juntamente com o dito Dioguo Lopes de Évora. Eu Manoel Ma-


rinho o escrevi. Belchior Pires. Balthesar da Costa. Marcos
Teixeira. Diogo Lopes de Évora.

Diogo Gonçalves Lassos contra licenciado


o
Felippe Thomaz de Miranda, Francisco da Silva, Luis
Alvares, Duarte Alvares Diogo Diamante
Ribeiro,
Matheus e Luis Lopes.

Aos dias do mes de Septembro


quinze de mil seísçen-
tos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de Todos
os Sanctos, na Igreja do Collegio da Companhia de es-
Jesu,
tando ahi em audiência da tarde no tempo, digo, de ma-
polia
nhãa no tempo da o senhor Inquisidor
graça Marcos Teixeira

perante elle appareceo sem ser chamado Dioguo Guonçalves


Lasso christão velho, de
ydade de vinte annos natural desta
cidade, solteiro filho do Capitão Pedro Ayres de Aguirre e de
Dona Catherina defuncta
Quaresma, já christãos velhos. E sen-
do em tudo dizer verdade
presente para e ter segredo lhe foy
dado dos Sanctos Evangelhos
juramento em que a mão sob
pos
cargo do assi o E
qual prometteo. disse era verdade
que que
estando elle denunciante
para ver a dos Paços nesta
procissão
cidade a segunda sesta feira da
Quaresma próxima passada a
163

Inquisidor Marcos Teibceiira elle appareceo sem ser


pedante

chamado Dioguo Lopes de Évora da nasção de de qua-


ydade

renta annos mais ou menos, natural da cidade de Évora,


pouco

solteiro, filho de Antonio Lopes e de Mor Lopes da nasção, já

defuntos moradores forão na dita cidade, e elle denunciante


que

morador nesta e senhor de hum dos Guindastes delia. E sendo

em tudo dizer verdade e ter segredo lhe foy dado


presente para

dos Sanctos Evangelhos em a mão sob cargo


juramento que pos
do assi o E disse era verdade que avia
qual prometteo. que

seis annos mais ou menos indo elle denunciante da


pouco que

ilha da Madeira com algumas caixas de assucar a Nostra Dama

cidade de Flandes na dita ilha não vender bem os ditos


por poder

açúcares, encontrara ccm o Licenceado Antonio de Velasco,

castelhano, natural da Mancha, solteiro, morador em Taparica,

e ahi lavrador de mandioca he seis legoas desta cidade e com


que

Dominguos Prestes, asturiano, ambos christãos velhos, casado

em Lisboa, e hora serve de Capitão de Peroaçu termo desta


que

cidade os residião em Nostradama, e a


quais perguntando-lhe

elle denunciante se conhecia a Manoel homè natural da ilha

de São Miguel e meo da nasção, avia sido casado nesta


que

Bahia, com Clara de Mendonça, christãa velha, que hora estava

no Rio de e dizendo-lhe elle denunciante que o conhecia


Janeiro,

muito bem, ver, nesta Baya, casado com a dita sua mulher,
pello
lhe affirmárão as ditas duas testemunhas referidas, que o dito

Manoel homem apostatara da nossa Sancta fee catholica e se

fizera na dita cidade de Nostra Dama, e que elles o sabião


Judeu

muito bem o mesmo denunciado Manoel homem lho ter


por

dito a elles muitas vezes e ser cousa mui notoria naquella


por

cidade ántre as que conhecião ao denunciado, que por ser


pessoas

naquelle tempo íiido a Amburgo, não elle denunciante


pôde

ver nem fallar com elle, mas ficara muito escandalizado do


que

caso, e assi mostravão estállo as ditas duas testemunhas refe-

ridas. E disse mais elle denunciante tornando de Flandes a


que

esta cidade e estando nella averá annos mais ou


quatro pouco

menos fora chamado do Bispo delia dizer o sabia do


para que

dito caso estar referido testemunha dita Clara de


por por pela

Mendoça, molher do denunciado delle denunciara, e diante


que

do dito Bispo e de Bernabé Soares seu escrivão dissera elle de-

nunciante o sabia do dito caso a se reportava. E assi


que que

disse mais hum fulano, ferreira, armador de igrejas christão


que

velho solteiro e morador nesta cidade e bem conhecida


pessoa

nella contara a elle denunciante o denunciado fora em


que preso
164

Phelippe Thomas de Miranda da nasção


do Licenceado
porta
advogado e casado nesta cidade e morador
natural de Lisboa

a imagem de Christo Nosso Senhor no andor


nella, passando
disserão o dito Phelippe Thomas e Fran-
com a cruz ás costas,

dizião ser da nasção e casado em Lisbüa com


cisco da Silva que
e hora lá residia, e Luis Al-
hüa filha de hum confeiteiro, que

nasção natural da cidade do Porto solteiro e


vares também da

Rõiz Sanches da nasção morador nesta ci-


caixeiro de Manoel

sotaques e escarneos, muito borrado vai


dade rindo com que

ou, como vai borrado, ou outras semelhan-


o Christo, palavras

dito Luis Alvares não insistia tanto. E sen-


tes a estas em que o

senhor Inquisidor a dizião os


do perguntado pello que preposito

as ditas Respondeo matraquea-


denunciados palavras? que por

Luis Alvares de não ter bem o rosto da dita


rem ao dito pintado

a elle denunciante não bem o sobre-


imagem, mas que parecera

se escandalizárão disso Bernardo de Aguir-


dito. E não sabia se

casado e morador na freiguezia de


re irmão delle denunciante,

duas legoas e mea desta cidade, e Dioguo de Sandoval


Paripe*

casado e morador nesta cidade se acharão pre-


seu cunhado que

o caso aconteceo e o devião ver, e ouvir as ditas


sentes quando
denunciante, estava vio e ouvio.
como elle que presente
palavras,
á horas acontecera o caso, e se os de-
E sendo perguntado que

em seu ou costumavão a sair


nunciados estavão perfeito juízo

zombando? Disse o caso acontecera ás


delle ou estavão que

mea da tarde, e conhecia muito bem aos


horas e que
quatro
e entendia elles estavão em seu perfeito
denunciados que que
não costumavão a sair delle e
e entendimento por quanto
juizo
tinha dito o a se disserão as ditas palavras
que já preposito que

não da intensão dellas. E assi disse mais que sabia pello


e sabia

notorio nesta cidade antre os vizinhos do dito Phelippe


ver e ser

muitas de sua conversação o dito


Thomas e antre pessoas que

Thomas e Duarte Alvares Ribeiro da nasção mercador


Phelippe

morador nesta cidade defronte do dito Licenceado


casado e

Thomas e Dioguo Pires Diamante da nasção feitor mor


Phelippe

fazendas de Vasco de Britto Freire, e morador nellas no


das

no Rio de Capanema, e Matheus Lopes e Luis Lopes,


Peroaçu

irmãos, da nasção naturaes de Lisboa, do Pelourinho Ve-


junto

lho, solteiros, mercadores e moradores nesta cidade defronte

estudos deste Collegio, uzavão nella hum modo de fallar


dos

antre si muito escandalozo elle denunciante lhes vio e ouvio


que

uzar muitas vezes hüa em casa dos ditos denunciados Phelippe

Duarte Alvares Ribeiro aonde elle denunciante se


Thomas e
165

achara muitas vezes conversação, e os mais denunciados, e


por

outras vezes em casa do dito Capitão delle denunciante,


pay

acnde hião os denunciados muitas vezes, digo, declarou que em

casa do dito seu não estava lembrado, mas que na do dito


pay

Phelippe Thomas e Duarte Alvares Ribeiro estava mui bem

lembrado, uzavão os denunciados a todas as horas em suas


que

conversações o dito modo de fallar, era huns


que perguntarem

aos outros, vay? e o outro respondia Pella hóstia divina


que

muita merda, ou Christo muita merda, e outras juras


por Jesu

nesta conformidade, o trazião naquelle tempo entre sy mui


que

uzado, huns aos outros, e respondendo rindo e


perguntando
muito antre sy; e disse elle denunciante que segundo
guostando

sua lembrança ouvira dizer a hum denunciado o outro,


para

nesta, cidade e naquelle comenos, Sabeis excellente modo


que

de fallar traz agora Dioguo Pires Diamante? respondera o

outro denunciado, que? e o outro lhe disse, perguntai-lhe que

vay, e elle responde Voto a Christo muita merda. O que tudo

elle denunciante ver e ouvir e se achar e o ver e


pello presente,

ouvir, sabia, e se escandalizara muito, lhe soar muito mal.


por

K sendo senhor Inquisidor se avia mais teste-


perguntado pello

munhas do caso, e se reprehendera alguém aos denunciados, ou

lhes approvara as ditaê e se sabia os denunciados


palavras que

cu seus parentes fossem ou reconciliados pello


já penitenciados

Sancto Officio? Disse Ignacio do Canto criado de Duarte


que

Alvares Ribeiro denunciado, e Antonio Rõiz da nasção creado

do dito Phelippe Thomas e casado, com huma sua anteada po-

derião dizer das ditas se acharem muitas vezes


palavras por

a ellas, e Dioguo do Sandoval cunhado delle denun-


presentes

ciante casado e morador em Paripe e Bernardo de Aguirre,

irmão delle denunciante tedos christãos velhos, casado e mora-

dor na mesma freguezia, de Paripe, duas legoas e mea desta

crlr-áe. E disse ainda as ditas palavras erão muito es-


que que

candalosas ninguém se atrevia a reprehender aos denunciados

dellas por serem muito soberbos e na terra e não


poderosos que

:abia de mais do sobredito. E assi disse mais elle denunciante

que aos oito dias deste mes presente estando no dito forte de

Tapaçipe sendo já de noite, dissera Gomes, mulato forro


João

solteiro armador de igrejas e morador detraz da hermida de São

Pedro mea legoa desta cidade em hüa roça que vira e ouvira

dizer a Duarte Alvares Ribeiro denunciado estando nesta ci-

dade na somana saneta da próxima na igre-


quaresma passada

de Nossa Senhora da Ajuda, olhando huma imagem de


ja para
166

vulto de São Pedro, que se avia de no Cenaculo como este


por

villão roim apertaria Hüa borracha no tempo em era


que pes-

cador. O que elle denunciante sabia se achar e o


por presente
ver e ouvir dizer ao dito mulato. E sendo como se
perguntado

achara elle denunciante e o dito mulato no dito forte? Disse

que elle denunciante se achava no dito forte de ordinário


por

assistir nelle e o dito mulato fora ahi ter causa da festa


que por
de Nossa Senhora de Monserrate se fazia do dito
que junto
íorte. E sendo motivo tivera fazer as
perguntado que para
ditas denunciações e se sabia de mais culpados em matéria da

fee e casos ao Santo Officio? Disse de-


pertencentes que por
sencarregar sua consciência e zello da Santa fee viera a
por
esta mesa fazer as ditas denunciações bem e verdadeiramente

e que não sabia de mais, e costume, disse


perguntado pello que
era amigo dos denunciados e tinha dito a verdade. Esti-
que
verão a tudo honestas e religiosos Padres,
presentes pessoas
Belchior Pires, e o Padre Balthesar -da Costa sacerdotes deste

Collegio que tudo virão e ouvirão e ter segredo e


prometterao
dizer verdade no lhes fosse e assi o aos
que perguntado jurárão
Sanctos Evangelhos em suas mãos e assinárão
que pozerão
aqui com o dito senhor Inquisidor e com o dito D:o-
juntamente
Guonçalves Laço eu Manoel Marinho o escrevi. E declarou
guo

o denunciante que o dito Dioguo do Sandoval hera morador

nesta cidade. Eu Manoel Marinho o escrevi. Dioguo Gonçalves

Laço. Belchior Pires. Balthasar da Costa. Marcos Teixeira.

Bento Sanches contra um clérigo pregador,

alcunha o Mouco, Diogo de Albuquerque e Bar-


por

tholomeu Barbosa.

Aos quinze dias do mes de septembro de mil seiscen-

tos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Bahia de Todos

os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu

ahi em audiência de manhãa no tempo da o senhor


polia graça
Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser cha-
perante
mado Bento Sanches meo da nasção de de trinta e tres
ydade

annos mais ou menos solteiro filho de Álvaro Sanches


pouco

da nasção, escrivão da chancellaria nesta cidade e nella mora-


167

E sendo £m tudo dizer verdade e ter se-


dores. presente para

lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em que


gredo juramento

a mão sob cargo do asi o E disse averia


pos qual prometteo. que

menos de seis meses nesta cidade vindo elle denunciante


que

do Mosteiro do Carmo em companhia do Li-


hum dia á tarde

Alvares, Capellão da Cachoeira desta Bahia en-


cenceado João
hum clérigo alcunha chamão o
contrárão com pregã-lor que por

bem conhecida nesta terra e morava a São


Mouco, pessoa que

o hia o Carmo, e olhando as tres cruzes


Bento qual para para

no Campanario do mesmo mosteiro do Carmo lhe


que estão

elle denunciante dizer, Tres Cruzes de tres ladrões, o


ouvira

também lhe ouvio dizer o dito Licenceado Alvares, se-


que João

loguo o disse a elle denunciante espantando-se das sobre-


gundo
E sendo senhor Inquisidor se
ditas palavras. perguntado pello

mais testemunhas do caso, e se ouvera escandalo delle e


ouvera

se alguém lhe reprehendera ou approvara as ditas palavras?

Disse não sabia mais tanto o denunciado dissera


que que que

as ditas se fora loguo a fallar com tres homens


palavras pôr

marchantes ahi estavão a sua os não sabia


que perto porta, quais

as ouviriãoj e assi disse o dito Licen-


elle denunciante se que

ceado Alvares no instante o caso acontecera dissera


João que

denunciado em modo de reprehensão, Senhor Padre, tres


ao

cruzes de tres ladrões? ao o denunciado não respondera


que

nada. E devia de ser ser mouco, e não ouvir bem. E disse


por

mais elle denunciante era verdade elle e o dito João


que que

Alvares se escandalizarão das ditas E sendo pergun-


palavras.

tado se sabia o a as dissera o denunciado, e se


preposito que

ventura as diria ditos tres marchantes, e se o denun-


por pellos

ciado era homem estaria fera de seu ou costumava a


que juizo,

sair delle? respondeo não sabia o a dissera o


que preposito que

denunciado as ditas mas entendia não forão


palavras, que que

causa dos tres marchantes as dissera olhando o


por pois para

campanario, e segundo entendera do denunciado elle


que por

denunciante e o dito seu companheiro fallarem loguo com elle,

não estava fera de seu E assi disse mais elle denunciante


juizo.

era verdade nesta cidade averá tres meses mais


que que pouco

ou menos hum dominguo á tarde á desta igreja fazendo-


porta

se doctrina, dissera a elle denunciante Agostinho de Gusmão

castelhano morador na Capitania de São Vicente destas partes

ouvira dizer ao meirinho Dioguo d'Albuquerque da nasção


que

casado e morador nesta cidade, debaixo do céu fallava tan-


que

ta verdade como os Evangelhos. E assi disse mais elle denun-


168

ciante averia tres annos mais ou menos no Rio


que pouco que
Vermelho de hüa legoa desta cidade na fazenda foy
perto que
de Manoel Gomes Victoria elle denunciante com
praticando
Bertholomeu Barbosa natural d'Alentejo casado e morador em

Boypeba desta Bahia lhe dissera o dito Bertholomeu Barbosa,

que consentir não era mortal. E sendo


pensamentos peccado

perguntado pello senhor Inquizidor a succedera


que proposito
o caso e se avia mais testemunhas delle, e ouvera escandalo

e se alguém fora á mão ao denunciado, ou lho approvara? Disse

que succedera o caso a de estarem em


proposito praticando
matéria da confissão, e a molher do denunciado se achara
que

presente ao caso, e elle denunciante dissera loguo con-


que que
sentir era mortal e o denunciado não in-
pensamentos peccado
sistira mais no tinha dito e mostrou aquietar se elle de-
que por
nunciante !he dizer o tinhanios de fee, mas contudo elle
que que
denunciante não deixou de ter algum escandalo cuidando depois

nisso. E sendo razão se achara o


perguntado por que quando
caso aconteceo em casa do denunciado, e se sabia a horas
que
acontecera e se estava o denunciado em seu ou fóra delle,
juizo
ou costumava a sair delle? Disse ser amigo e vizinho
que por
do denunciado o fora antão visitar, e o caso acontecera
que pela
manhaa, e lhe o denunciado estava em seu
que parecia que juizo
e não costuma sair delle, o elle denunciante sabia con-
que pello
versar ha muito tempo. E sendo razão de
perguntado pella
como soubera do caso, disse se achar e o ouvir
que por presente
dizer ao denunciado como tem acima declarado. E sendo
per-

guntado se sabia o denunciado ou algum seu fosse


que parente

já penitenciado ou reconciliado Santo Officio, ou se andara


pello

por terras de herejes ou conversara com elles? Disse não


que
sabia mais do tem dito e do costume disse nada e era
que que
amigo do dicto Bertholomeu Barbosa mas tinha dito a ver-
que
dade. Estiverão a tudo honestas e Religiosos
presentes pessoas
Padres, Belchior Pires e o Padre Balthesar da Costa sacerdotes

deste collegio tudo virão e ouvirão e ter se-


que prometterão

ffredo e dizer verdade no lhes fosse e assi o


que perguntado

jurárão aos Sanctos Evangelhos em suas mãos e


que pozerão
asstnárão aqui com o dito senhor Inquisidor e com
juntamente
o dito Bentp Sanches e eu Manoel Marinho o escrevi. Bento

Sanches. Balthasar da Costa. Belchior Pires. Marcos Teixeira.


Manuel Pacheco de Brito, cuja denundação

não foi transcripta, porque o escrivão, pela semelhãn-

ca dos nomes, a confundiu com a seguinte, de Manoel

Pacheco de Sousa.

Aos dias do mes de setembro de mil seiscentos


quinze

e dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de Todos os

Santos na igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu

ahi em audiência de polia manhãa no tempo da Graça o senhor

Inquisidor Marcos Teixeira perante elle appareceo sem ser

chamado Manoel Pacheco de Sousa, christão velho de de


ydade

sinquoenta e sete annos fidalgfo da Casa de Sua Majestade, e

casado e morador nesta cidade. E sendo em tudo


presente para

dizer verdade e ter segredo lhe foy dado cs Santos


juramento
Evangelhos em a mão sob cargo do assy o
que pos qual pro-
metteo. E disse aue era verdade que desencarregar sua
por
consciência e satisfazer com o mandado no Edicto da fee, e não

por outro respeito algum vinha a esta mesa a denunciar bem e

verdadeiramente dos casos lhe tirihão vindo a sua noticia,


que

e era comprimento disto. Declaro que não sé continuou com

esta dentínciação porque ho denunciante era o da denundação

loguo abaixo escripta e semelhança dos


pella nomes pareceo que
o contendo fio memorial em se tomarão as denunciações
que

era Manoel Pacheco de Britto, cendo Licenceado


o Manoel Pa-
checo de Sousa, conteúdo na denundação abaixo escripta. Eu
Manoel Marinho o escrevi.

Manuel Pacheco de Sousa contra Pero Gar=

cia, o licenciado Felippe Thomaz, o licenciado Manuel

Ferreira de Figueiredo e o Jeronymo de Lemos.


padre

Aos dias do mes de Septembro de mil seiscen-


quinze
tos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de Todos

os Santos na igreja do Collegio da Companhia de estando


Jesu"
ahi em audiência de manhãa no tempo da Graça o senhor
polia
Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser cha-
perante
mado o Licenceado Mancai Pacheco de Sousa christão velho,

de ydade de trinta e oito annos mais ou menos solteiro


pouco
170

natural da Ilha de São Miguel Advogado e morador nesta ci-

dade e sendo em tudo dizer verdade ter segredo


presente para
lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em a
juramento que pos
mão sob cargo do assy o E disse era verda-
qual prometteo. que
de averia tres ou meses dissera a elle denun-
que quatro que
ciante hum Gaspar Afonso christão velho,, natural destaspar-

tes e morador mea legoa desta cidade aparte do Rio Ver-


para
inelho, sabia testemunhas de como Pero dizem
que garcia que
ser da nasção de seu e he senhor de enge-
por parte pay quatro
nhos de açúcar casado e morador nesta cidade, comettia o pec-
cado nefando de sodomia com hum moço de ou
quatorze quinze
annos natural de Vianna e com hum mulato seu nome
por Jo-
seph, e declarou isto lhe dissera o dito Gaspar Afonso
que

aconselhando-se com elle denunciante sobre se tinha obrigação

de denunciar do caso. E assi disse mais o denunciante se


que
dizia nesta terra comumente o Licenceado Phelippe Thomas
que
da nasção natural de Lisboa Advogado casado e morador nesta

cidade viera de Pernambuco a ella dito ne-


preso pello peccado
fando; e o Licenceado Manoel Ferreira de Figueiredo
que que
dizem ter raça da nasção de seu e he natural de
por parte pay,
Tavarede abaixo de Montemór Velho no Reino, solteiro, advo-

gado e morador nesta cidade commettia o mesmo ne-


peccado
fando com hum filho do Licenceado Ruy Mendes de Abreu
que
hora serve de Chanceller nesta Relação, ao elle denuncian-
qual
te não sabia o nome, mas sabia se murmurava nesta
que que
cidade commetião o dito o dito Licenceado Manoel Fer-
peccado,
reira com o dito complice. E assi disse mais era verdade
que que
ouvira dizer a Gaspar da Costa christão velho casado, e mora-

dor na freguezia de Mattoim o Padre Hieronimo de Lemos


que
dissera em hüa estação quando São Pedro dera a cutilada
que
a Malco estava com duas dando a entender estava
gotas, que
São Pedro tomado do vinho. E assi mais o dito Padre dis-
que
sera o matrimonio sem filhos era maldito. E sendo
que pergun-
tado Senhor Inquisidor se sabia os ditos denunciados
pello que
fossem ou ditos casos, ou
já presos penitenciados pellos por
outrcs alguns ao Santo Officio, e se sabia de mais
pertencentes
culpados? Disse não sabia mais do tem dito. E do cos-
que que
tume disse nada. Estiverâo a tudo honestas
presentes pessoas
e Religiosos Padres Dominguos Coelho e o Padre Manoel do

Couto sacerdotes deste Collegio tudo virão e ouvirão e


que pro-
metterão ter segredo e dizer verdade no lhes fosse
que pergun-
tado e assi o aos Sanctos Evangelhos em
jurarão que pozerão
171

Inquisidor e jun-
aqui com o dito senhor
suas mãos e assinárão
eu Manoel Man-
Manoel Pacheco de Sousa
tamente com o dito
— Manoel
— Domingos Coelho
Manoel do Couto
nho o escrevi.
— Teixeira
Pacheco Marcos

contra o Padre
Padre Francisco Ribeiro

Antonio Viegias.

do mes de Septembro de mil seiscentos


Aos dias
quinze
da Baya de todos os
e dezoito annos em a cidade do Salvador

da Companhia de estando
Sanctos na Igreja do Collegio Jesu

manhãa no tempo da o senhor


ahi em audiência de polia graça

elle appareceo sem ser


Inquisidor Marcos Teixeira perante

Ribeiro christão velho de ydade


shamado o Padre Francisco

desta Baya, na sé
de sincoenta annos, natural quoadjutor

da Rellaçao delia, e sendo presente


desta cidade e Capellão

verdade e ter segredo, lhe foy dado jura-


em tudo dizer
para
em a mão sob cargo
mento dos Sanctos Evangelhos que poz

E disse era verdade nesta


do assim o que que
qual prometteo.
ou menos o Padre Ma-
cidade averia dias mais que
quinze pouco
igrej* da Conceição na desta
thias de Borba cura da praya

ajudando a missa ao
cidade dissera á elle denunciante que

desta Baya depois de le-


Padre Antonio Viegas cura da Sée

ao tempo de a consumir, e que


vantar a hóstia a consagrara

Sacramento com irreverencia


andava diante do Santíssimo

notável, e fazia humas ceremonias extraordinarias quan-


que
muitas vezes as da
do consagrava e repetia palavras
que

como duvidava dellas, o dava grande


consagração que que

mais elle denunciante vira fazer ao


escandalo. E assi disse que

cousas na dita Sée desta cidade al-


denunciado as sobreditas

as fazia, e ha fama nesta ter-


vezes, e ainda hoje que
guãs que
nasção de sua mãy. E
ra ter o denunciado raça da por parte

senhor Inquisidor se avia mais teste-


sendo perguntado pelo
denunciado era homem de bom enten-
munhas do caso, e se o

fora denunciado caso ou al-


dimento e se sabia se já pello por

testemunhas do caso o Li-


outros? Disse que ser
guns podião
dizem ser da nasção e he The-
cenceado Daniel do Lago que

Padre Pedro Leal capellão da Mise-


zoureiro da dita See e o
172

e o Padre Gaspar RÕiz capellao da See


ricordía desta cidade

Lopez. E sabia conhecer bem ao de-


e o conego Dioguo que por

de bom entendimento e agraduado em


nunciado he homem
que

não se fora denunciado ditos casos,


Artes, e que sabia já pelos

costume, disse erão amigos e compa-


E pelo que
perguntado
e com zello da Sancta fee e des-
nheiros na dita See, que por

viera a esta meza fazer esta denun-


carregar sua consciência

a tudo honestas e religio-


ciação. Estiverão presentes pessoas

Padres Manoel Sanches e o Padre Balthasar Fernandes


sos

deste Collegio tudo virão e ouvirão e promette-


sacerdote que

rão ter segredo e dizer verdade no lhes fosse


que perguntado

aos Sanctos Evangelhos em suas


e assi o que pozerão
jurarão
aqui com o dito Inquisidor e com
mãos e assinarão juntamente

dito Inquisidor e com o dito Padre Fran-


o senhor juntamente
— Padre Fran-
cisco Ribeiro. Eu Manoel Marinho o escrevi. O

— — —
cisco Ribeiro Gaspar Fernandes Manoel Sanches Mar-

cos Teixeira.

Francisco da Fonseca contra Jeronymo Nu«

nes.

Aos dias do mes de Septembro de mil seis-


quinze

annos, em a cidade do Salvador da Baya de


centos e dezoito

Todos os Sanctos na Igreja do Collegio da Companhia de Jesu

estando áhi em audiência da tarde no tempo da Graça o senhor

Marcos Teixeira, elle appareceo sem ser


Inquisidor perante

Francisco da Fonseca christão velho de de ses-


chamado ydade

annos mais ou menos, veuvo, natu-


senta setenta pouco
para
ral de Pernes, no Reino, e morador em Mattoim sinquo legoas

E sendo em tudn dizer verdade e


desta cidade: presente para

lhe foy dado dos Santos Evangelhos em


ter segredo juramento

a mão sob cargo do assi o E disse que


que pos qual prometteo.

doze mais ou menos no tempo da


averá annos pouco que Qua-

hum dia manhãa estando elle denunciante na


resma a pella

de Passe seis ou sete legoas desta cidaie e indo de


freguesia

a Igreja a ouvir missa engenho


sua casa ^ara passara pelo

d'açucar de Luiz Vaz de Paiva da nasção está do ca-


que perto

minho causa de chamar hum mancebo seu conhecido para


por
173

ir também á missa, achara na casa do dito seu conhecido a Hie-

ronimo Nunes da nasção solteiro naquelle tempo seria de


que

de vinte annos e não sabia de era natural


ydade que parte

mais ser do Reino e ser sobrinho do dito Luis Vaz de Pai-


que

va natural de Serpa em Alemtejo solteiro que agora dizem que

he ao Reino e casado na dita villa de Serpa, e de Ma-


passado

noel Nunes Miplata também da nasção natural Ia dita villa

solteiro muito conhecida nesta terni e morador nella;


pessoa

o Hieronimo Nunes sabe elle denunciante se achar


qual por

e o ver e ouvir indo o denunciado Hieronimo Nu-


presente que

nes em companhia delle denunciante e de seu conhecido Anto-

nio no mesmo dia a dita igreja de Passé fora comen-


João para

do canas de açúcar até da igreja e depois de entrar nel-


junto

la se tornara a sair travessa donde entrara e fora


pela porta

a casa tomar capa ou alguém lha emprestara e entrando na

dita igreja huã a sancristia avia de ter a


por porta que para

capella mór e se á mesa onde se estava dando o Santis-


pozera

simo Sacramento aos confessados obrigação da quaresma


pela

e comungara com as mais estavão á


juntamente pessoas que

mesa. E vendo elle denunciante e o dito Antonio o que


João pas-

sava no caso, se forão ao denunciado e diante de todas as pes--

soas estavão na igreja loguo como o denuncia-


que publicarão

do tinha comido antes de comungar e o reprehenderão grave-

mente em alta voz dizendo lhe Diabo o tomara fazer


que para

cousa tão mal feita, e também se agastara e o reprehendera

muito o Padre lhe dera a comunhão se chama Antonio


que que

Vaz o ainda hoje he vigário da dita freguesia de Passé, do


qual

caso ouvera escandalo. E assi disse mais elle


qual grandíssimo

denunciante segundo o dito Antonio lhe afirmou já


que João

o denunciado tinha comido humas bananas em casa do dito An-

tonio e lhe tinha dito hia almoçado, tudo no dito dia


João que

antes de comungar. E declarou, o dito Antonio he


que João

christão velho e natural das de Vianna no reino e lá ca-


partes

sado e hora reside nesta terra 110 Engenho he de Paulo de


que

Mesquita e de Estevão de Britto aonde vendia vinho. E sendo

senhor Inquisidor se sabia se o denunciado


perguntado pello

estava em seu o caso aconteceo, ou se costuma-


juizo quando

va a sair delle? Disse com elle no cami-


que pollo que passara

nho e em casa do ditq Antonio na manhãa em que acon-


João

teceo o caso, lhe o denunciado estava em seu per-


parecia que

feito e sabia elle denunciante o conhecer e tratar e


juízo por

ser seu vizinho, não costumava sair do seu E en-


que juizo,
174

n^o entrar o denunciado pella


mais que
tendimento, quanto
a comungar, denotava
onde entrava toda a gente
porta por
tes-
e com malícia. E sendo perguntado que
fazello de pensado
e o denunciado fora pemten-
mais avia do caso se
temunhas
Santo Officio, ou alguns parentes
ciado ou reconciliado pello
erros contra a fee ou casos
de mais culpados em
seus e se sabia
muitas se acharao pre-
Sancto Officio? Disse que pessoas
do
dos nomes dellas
não estava lembrado
sentes ao caso mas que
defuncto fizera sobre o caso
do sumario o Deyão já
e que que
e não sabia de
testemunhas de vista, que
constaria das mais
disse nada, e somente
costume, que
mais. E perguntado pello
viera a esta mesa denunciai
descarregar sua consciência
por
Estiyerão a tudo presentes pessoas
bem e verdadeiramente.
Manoel Sanches e o Pa-
Padres digo
honesta e religiosos que
deste Collegio da Compa-
Fernandes sacerdotes
dre Balthesar
ter segredo e di-
virão e ouvirão e prometterão
nhia tudo
que
e assi o aos
no lhes fosse perguntado jurarao
zer verdade que
suas mãos e assinarao
Evangelhos em que pozerão
Sanctos
com o dito
senhor Inquisidor e juntamente
aqui com o dito

o escrevi. Uma
Eu Manoel Marinho
Francisco da Fonseca. _
— Gaspar er-
da Fonseca Manoel Sanches
cruz de Francisco
— Marcos Teixeira.
nandes

Manuel de Galle-
Pedro contra
Balthazar

e Francisco Mendes.
gos

de mil seis-
dias do mes de Septembro
Aos quinze
da Baya de To-
em a cidade do Salvador
centos e dezoito annos
da Companhia de Jesus
na igreja do Collegio
dos os Sanctos
estando ahi o senhor
da tarde no tempo da graça
em audiência
appareceo sem se
Teixeira elle
Inquisidor Marcos perante
de de
Pedro christão velho ydade
chamado Balthesar
^aren-
de Santo Adriao
das Duas Igrejas
e sinquo annos natural
ta
residente nesta Baya
do Porto, e lá casado
de Canas bispado
hora he desta
de Francisco Barbuda juiz que
em Paripe feitor
verdade e ter se-
em tudo dizer
cidade: e sendo presente para
Evangelhos em que
dos Sanctos
lhe foy dado juramento
gredo elle
E disse que
do assi o prometteo.
a mão sob careo qual
pos
175

descargo de sua consciência e não com outro motivo denun-


por

ciava nesta Mesa bem e verdadeiramente de Manoel de Galegos

da nasção solteiro natural de Lisboa e morador nesta cidade

será de idade de trinta annos mais ou menos, so-


que pouco

brinho de Simão Nunes de Mattos da nasção natural de Lis-

boa casado e morador em Maré tres ou legoas desta


quatro

cidade, o denunciado Manoel de Gallegos residio algum


qual

tempo em dez legoas desta cidade em huma fazenda


Jacuruna

do dito seu tio. E assim mais disse denunciava de Francis-


que

co Mendes da nasção natural de Lisboa solteiro, tam-


parente

bem do dito Simão Nunes de Mattos, e ambos mercadores nes-

ta cidade convém a saber os denunciados, sabia elle de-


por que

nunciante se achar e o ver e ouvir que os ditos de-


por presente

nunciados ha mais de dous annos tinhão na dita fazenda de


Ja-

curuna uma egoa côr de cinza cega de hum olho, a os di-


qual

tos denunciados chamavão de ordinário Maria e algu-


parda,

mas vezes lhe a elle denunciante por ella, dizen-


perguntarão
do, Vistes lá a nossa Maria A elle denunciante fi-
parda? que

cara muito escandalizado vendo ò nome da Virgem


que punhão

Nossa Senhora a huma besta com tão desacato e ir-


grande

reverencia. E sendo elle denunciante senhor


perguntado pello

Inquisidor causa tivera se achar na dita fazenda e sa-


que para

ber do caso e se ouvera mais testemunhas delle? Disse que por

residir naquelle tempo na fazenda foy de Gaspar Dias Car-


que

doso defuncto era vizinho da fazenda onde o caso aconte-


já que

ceo e a dita egoa ir a fazenda do dito Gaspar Dias


por pastar

Cardoso, e os denunciados erão vizinhos a irem lá bus-


por que

car muitas vezes como elle denunciante ser vizinho hia mui-
por

tas vezes á sobredita fazenda onde elles denunciados residião. E

ás testemunhas do caso disse elle denunciante o po-


quanto que
derião ser Dmoinguos christão velho, natural das Raãs
Jorge

bispado do Porto solteiro feitor hora hera de Dominguos


que

Fernandes, christão velho, casado e morador em e


Jacuruna

João Fernandes ferreiro christão velho flamengo solteiro e ahi

mesmo morador, e Gaspar da Costa christão velho solteiro que

está na dita fazenda foy de Gaspar Dias no dito


que Jacuruna

os todos erão testemunhas de credito. E sendo


quais pergun-

tado se sabia se os denunciados foram ou re-


já penitenciados

conciliados Sancto Officio ou alguns seus ou se


pelo parentes

sabia de mais culpados em erros contra a fee, ou em casos


per-

tencentes ao Sancto Officio? Disse não sabia mais do


que que

tem dito. E costume e se sabia se se denun-


perguntado pelo
17é

ciara já do caso? Disse do costume nada, e não sabia se


que
alguém teria denunciado do caso. E sendo se os
já perguntado
denunciados estavão em seu dizião as
juizo perfeito quando

ditas palavras ou se costumavão a sair delle, e assi que ydade


teria o dito denunciado Francisco Mendes? Respondeo os
que
denunciados andavão em seu e não costumavão
juizo perfeito

a sair delle segundo elle denunciante sabia ser seu vizinho


por
e os ver e tratar muitas vezes e o dito Francisco Mendes
que
seria da mesma do outro denunciado a saber de trinta
ydade

annos mais ou menos segundo mostravão nos aspectos.


pouco
Estiverão a tudo honestas e religiosos
presentes pessoas padres
Manoel Sanches e o Padre Balthesar Fernandes sacerdotes des-

te Collegio da Companhia tudo virão e ouvirão e


que promette-
rão ter segredo e dizer verdade no lhes fosse e
que perguntado,
assi o jurarão aos Sanctos Evangelhos em suas
que pozerão
mãos e assinarão aqui com o dito senhor Inquisidor e
junta-
mente com o dito Balthesar Pedro fez o seu sinal não
que por
Eu Manoel Marinho —
saber escrever. o escrevi. Balthesar
— Manoel —
Fernandes Sanches Uma cruz de Balthesar Pe-

dro Marcos Teixeira.

Antonio Ferreira contra Gonçalo Corrêa e

João Garcia.

Aos dias do mes de Septembro de mil seiscen-


quinze

tos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Bahia de To-

dos os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de Jesus

estando ahi em audiência da tarde o senhor Inquisidor Marcos

Teixeira no tempo da Graça elle apparceo sem ser


perante

chamado Antonio Ferreira christão velho de de vinte e


ydade

oito annos mais ou menos natural da Arrifana de Sousa bispa-

do do Porto, e lá casado, e he ferreiro e residente no engenho

de Ramos Pereira em Sergipe do Conde doze legoas des


João

ta cidade, e sendo em tudo dizer verdade e ter


presente para

segrede lhe foi dado dos Sanctos Evangelhos em


juramento

a mão sob cargo do assi o E disse que


que pos qual prometteo.

elle denunciante sabia se achar e o ver e ouvir


por presente

averá dous annos e meyo mais ou menos que achan-


que pouco
177

do-se elle denunciante na ilha de Taparica nesta Baya tres le-

goas desta cidade em casa de Guonçallo Correia christão ve-

lho vendeiro de vinhos, na dita ilha onde elle denunciante se

achara causa de vir do engenho do dito Ramos Perei-


por João
ra esta cidade e dita ilha sendo mea hora
para passar pella já
da noite e antes de cear, disserão o dito Guonçallo Correia e

João Garcia mestre de açúcar christão velho hora está ca-


que
sado nesta cidade e hora reside em Peroaçu no engenho de

Belchior Brandão, dormir carnalmente com huma molher


que

solteira ou com uma negra não era mortal. E indo lhe


peccado
elle denunciante á mão dizendo que não dissessem aquillo por
não era assi, a fornicação simplex era mortal
que que peccado
insistirão e os denunciados no dantes tinhão dicto
perfiarão que
aífirmando o algumas vezes sem se arrependerem.
por jamais
E sendo senhor Inquisidor se o caso
perguntado pelo quando
aconteceo estavão os denunciados em seu ou se
perfeito juizo

costumavão a sair delle, e se ouvera mais testemunhas, ou se

alguém approvara ou louvara o os denunciados disserão,


que

ou se escandalizara disso? Respondeo que segundo lhe pare-

cera antão entendera que os denunciados estavão em seu per-


feito e que era verdade elle denunciante se escanda-
juizo, que
lizara das ditas dos denunciados serem contra o
palavras por

crê e ensina a Sancta Madre Igreja, e as testemunhas


que

se acharão ao caso forão hum mancebo nome


que presentes por
Luis, christão velho solteiro natural da villa de Guima-
João

rães hora dizem reside nos Ilheos trinta legoas desta


que que

cidade onde estaa feitor de Francisco Dias da Ilha mora-


por

dor nesta cidade, e mais outras que elle denunciante


pessoas
não conhecia. E sendo se sabia se os denunciados
perguntado

forão ou reconciliados Sancto Officio


já penitenciados pelo

e se sabia de mais outros culpados em erros contra a fee, e

casos do Sanct^b Officio, e costume? respon-


perguntado pello

deo não sabia mais do tinha dicto e do costume nada.


que que

Estiverão a tudo honestas e religiosos Padres


presentes pessoas
Manoel Sanches e o Padre Balthesar Fernandes sacerdotes des-

te Collegio tudo virão e ouvirão e ter segredo e


que prometterão
dizer verdade no lhes fosse e assi o aos
que perguntado jurarão

Sanctos Evangelhos em suas mãos e assinarão


que pozerão
aqui com o dito senhor Inquisidor e com o dito An-
juntamente
— Fer-
tonio Ferreira. Eu Manoel Marinho o escrevi. Balthesar

— — —
nandes Manoel Sanches Antonio Ferreira Marcos

Teixeira.
178

Sebastião Barreto contra Gaspar Rodrigues.

Aos dias do mes de Septembro de mil seiscentos


quinze

e dezoito a unos em a cidade do Salvador da Baya de Todos os

Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estando ahi


Jesu
em audiência da tarde no tempo da Graça o senhor Inquisidor

Marcos Teixeira elle appareceo sem ser chamado Sebas-


perante

tião Barreto, christão velho de de sinquoenta e nove annos


ydade
natural de Fronteira em Alentejo, casado e morador na Enseada

de desta Baya e hi lavrador de canas e sendo


Jacaracanga pre-
sente para em tudo dizer verdade e ter segredo lhe foy dado

juramento dos Sanctos Evangelhos em a mão sob car-


que pôs

go do assi o E disse averá tres ou


qual prometteo. que quatro
annos segundo sua lembrança nesta cidade estando elle
que
denunciante na claustra do Mosteiro de São Francisco aonde

fora fallar com hum frade seu confessor, entrara Gaspar Rõiz

da nasção não sabia donde era natural mas era solteiro e


que
residia nesta cidade em casa de seu tio Luis Vaz de Paiva da

nasção mercador hora he ao Reino e dizem es-


que passado
tar casado na villa de Serpa em Alentejo, e a
perguntando
elle denunciante se esperava oor confessor, lhe respondera
que
si, ao que replicara o dito Gaspar Rõiz as confissões a
que
meudo não erão boas senão de em annos ou
quatro quatro
de sinquo em sinquo annos. E assi mais lhe dissera o dito

denunciado fallando do bemaventurado São Francisco, que


fôra o Santo humas certas legoas ver huma molher fer-
por
mosa. Ao tudo elle denunciante lhe fora á mão e fica-
que
ra escandalizado em tanto, logo na mesma tarde fôra de-
que
nunciar delle diante do. bispo- Dom Constantino Barradas que
mandou tomar denunciação httm seu criado chamão
por que

João da Cunha, casado e morador, nesta cidade, á denun-


qual
ciação disse se reportava. E sendo senhor
que perguntado pello
Inquisidor se ouvera escandalo do caso e sé ouvera mais tes-

temunhas e alguém approvasse ou louvasse as ditas


que pa-
lavras do denunciado? Disse se achara hum
que presente
homem da Companhia do denunciado, mas não estava
que
lembrado do nome delle, e na dita denunciação ser
que pôde

que esteja, nem estava elle denunciante lembrado de mais do

que tem dito. E sendo se depois fora á mão


perguntado que
ao denunciado, insistira no de antes tinha dito, e se estava
que
fôra de seu ou costumava a sair delle, ou fora recon-
juizo já
ciliado ou Sancto Officio ou algum
penitenciado pello parente
seu? Disse no da confissão segundara o denun-
que particular
179

depois de elle denunciante lhe ir á mão» e íao en-


ciado que

senão estar em seu e


tendera do denunciado juizo perfeito,

costumasse a sair delle ainda havia


não sabia que que
que
conhecia e tratava, e do mais não sabia nada.
tempo que o que

se sabia de mais culpados em erros contra a


E. perguntado
ao Sancto Officio? Disse não
fee e casos pertencentes que

do costume disse nada. E assi disse mais elle


sabia de mais, e

ver e ser notorio em toda esta


denunciante que sabia peilo

Baya os Negros vem de Guiné fazem ao tempo que


que que

alguma morte huma superstição matando al-


tirão o doo por

animaes e untando se com o sangue delles e dizendo que


guns
sobe a alma ao céo, o dá escandalo e são testemu-
antão que

moradores de e de Mattoim. E
nhas do caso os Jacaracanga

se sabia em negros erão com-


sendo perguntado particular que

no caso? Disse ao não estava lem-


piehendidos que presente

tirado, mas Simão d'Araújo christao velho casado e mora-


que

Mattoim desta Baya daria relação do caso e de alguns


dor em

nelle. Estiverão a tudo honestas


culpados presentes pessoas

Padres, Manoel Sanches e o Padre Balthezar Fer-


e Religiosos

deste Collegio da Companhia tudo vi-


nandes, sacerdotes que

e ter segredo e dizer verdade no que


rão e ouvirão prometterão

fosse e assi o aos Sanctos Evange-


lhes perguntado jurarão

suas mãos e assinarão aqui com o dito


lhos em que pozerão

Inquiridor e com o dito Sebastião Barreto.


senhor juntamente

Marinho o escrevi. Manoel Sanches. Balthesar Fer-


Manoel

nandes. Sebastiam Barreto. Marcos Teixeira.

Mágdalena de Góes contra o Padre Baltha=

zar Marinho.

Aos dezaseis dias do mes de Septembro de mil seis-

centos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de

Todos os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de Jesus

estando ahi em audiência de manhãa no tempo da Graça


polia

o senhor Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo


perante

sem ser chamada Madalena de Goes, dona veuva christã velha

natural desta Baya molher foy de Francisco Soares de


que

Morim velho defuncto e moradora em Tapoaã


christão já
180

tres legoas desta cidade. E sendo em tudo dizer


presente j^ara

verdade e ter segredo lhe foy dado dos Sanctos


juramento

Evangelhos em a níão sob cargo do qual assy o pro-


que pos
metteo. E disse ella denunciava bem e verdadeiramente do
que

Padre Balthesar Marinho clérigo de missa, vigairo de


Jagua-

ripe, nesta Baya, averá sinquo ou seis annos segundo


porque

sua lembrança na hermida de São Francisco está na


que que

fazenda tem o Bispo desta cidade na Tapoaã sendo capei-


que

lão da dita hermida o dito Padre Balthesar Marinho e con-

fessando se ella denunciante a elle, a commettera no acto da

confissão dormir com elle carnalmente, de ella de-


para que

nunciante ficara escandalizada, e não se quizera mais confessar

a elle. E assi disse mais ella denunciante que era verdade que
'estudante
hum seu filho nome Manoel de Macedo, averá
por

annos mais ou menos sendo de de qua-


quatro pouco que ydade

torze annos o commettera o denunciado o nefan-


para peccado

do de sodomia, e averá nove ou dez annos o mesmo


que que

denunciado commettera o mesmo a Paschoal


para peccado

Soares defuncto filho delia denunciante, como os ditos seus


filhos contárão a ella denunciante dos ditos casos se es-


que

candalizou muito; e delles e de outros casos semelhantes de-

clarou ella denunciante o Bispo desta cidade tinha feito


que

sumario de testemunhas. E sendo ella denuncian-


perguntada

te se avia mais testemunhas dos casos denunciou, e se


que

o denunciado a comettera na confissão estava em seu


quando

ou estava fora delle? Disse o denunciado a


juízo que quando

commettera como tem dito íôr.a.. manhãa antes de dizer


pella

a missa depois disse, e a hum dos ditos seus filhos


que que

commettera depois do e a outro ha noute depois de cear,


jantar

e segundo dizem, o denunciado se toma algumas vezes do


que
"
vinho; e assi disse ella denunciante era verdade averá
que que

sinquo ou seis annos na mesma Tapoaã disserão a ella


que

denunciante Maria das Neves, molher casada, christã velha

e Hieronima Gramaxa christã velha, e casada defunctas mo-


radoras forao na dita Tapoãa o dito denunciado as


que que

commettera também no acto da confissão o da


para peccado

deshonestidade e destas cousas ser testemunha


que poderá

huma mulata nome Luzia Pereira casada com Domingos


por

Gonçalves vendeiro de vinho na Tapoaã e não sabe de


que

mais testemunhas. E costume disse nada e


perguntada pello

só descargo de sua consciência tinha denunciado e dito


que por

a verdade do sabia. Estiverão a tudo presentes pessoas


que
V

181

honestas e Religiosos Padres Belchior Pires e o Padre Bal-

thesar de Serqueira sacerdotes deste Collegio que tudo virão

e ouvirão e ter segredo e dizer verdade no que


prometterao

lhes fosse e assi o aos Santos Evangelhos


perguntado jurarão

em suas mãos e assinarão aqui com o senhor In-


que pozerão

e com a dita Magdalena de Goes. Eu Ma-


quisidor juntamente

noel Marinho o escrevi. Digo por a denunciante não saber es-

crever fez o seu sinal. Manoel Marinho o escrevi. Uma cruz de

— —
Magdalena de Goes Balthesar de Serqueira Belchior Pi-


res Marcos Teixeira.

João Garcez contra Domingos Gomes Pi-

mentel, um sobrinho de Luís Vaz de Paiva, um filho

de Antonio Baldaya, um filho de Francisco Lopes Gi-

rão, licenciado Manuel Ferreira e um filho do licen=

ciado Ruy Mendes de Abreu.

Aos dezaseis dias do mes de Setembro de mil seiscen-

dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de Todos


tos e

os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de es-


Jesu

em audiência de manhãa no tempo da Graça o


tando ahi polia

Inquisidor Marccs Teixeira elle appareceo sem


senhor perante

ser chamado Garces, christão-velho de de sessenta


João ydade

mais ou menos natural da cidade do


e annos pouco
quatro

delia, e desta onde he casado e morador. E


Porto e cidadão

em dizer verdade e ter segredo lhe


sendo presente para tudo

Evangelhos ^em a
foy dado »los Sanctos que pos
juramento

mão sob cargo do assi o nrometteo. E disse sabia por


qual que

achar e o ver em dia da Ascensão manhãa


se presente que pella

esta fez dous annos na freiguezia de São


que próxima passada

Bertholomeu de Pirajá desta Baya comungara na dita igreja

Domingos Gomes Pimentel christão velho natural desta Baya

de Capitão do Campo e morava desta cidade


que servio já junto

tendo almoçado antes de comungar segundo disse a elle denun-

ciante no mesmo dia hum filho de Manoel de Miranda que por

nome não morador na dita freiguesia e elle denunciante


perca,

loguo em acontecendo o caso disse ao denunciado fosse


que

aconselhar-se com o Vigário o assi o fez e se disse geral-


qual
182

mente o denunciado se viera acuzar diante o bispo desta


que

cidade. E assi disse mais era verdade segundo sua


que que

lembrança averá nove ou dez annos nesta cidade se disse


que

hum sobrinho de Luis Vaz de Paiva da nasção


geralmente que

comera huma antes de comungar e disto se livrara


galinha que

diante o Ordinário desta cidade. E assi disse mais hum fi-


que

lho de Antonio Baldaya, casado e morador nesta cidade e nella

solicitador estivera Ordinário averá quatro ou


preso pello

sinquo annos segundo sua lembrança por se dizer geralmente

estava culpado em a coroa de cornos na cruz e fu-


que por que

da cadea; e mesmo caso fora também hum


gira que pello preso

filho mais velho de Francisco Lopes Girão da nasção por parte

de sua mãy o Francisco Lopes Girão he mercador, digo,


qual

morador e casado em Cotegipe.desta Baya. E declarou elle de-

nunciante Luis Vaz de Paiva e o dito seu sobrinho denun-


que

ciado erão ambos da nasção e o Luis de Paiva fora mercador

nesta cidade solteiro, e tivera engenho de açúcar e são idos

desta terra e dizem Gulfõ. E os mesmos dous denun-


que para

ciados se dizia nella andarão com hum crucifixo


geralmente que

aue furtarão do altar de São Guonçallo da hermida de Nossa

Senhora da Ajuda desta cjdade e andarão com elle pedindo

barato escárnio a estava E assi disse mais


por quem jugando.

era verdade sabia ouvir dizer nesta cidade a


que que pello

muitas de não estava lembrado, que o Lieenceado


pessoas que

Manoel Ferreira advogado traz hum olho de vidro solteiro


que

e morador nesta cidade commettia o nefando de so-


peccado

domia com hum filho do Licenceado Ruy Mendes d'Abreu

Dezembargador desta Relação e hora servia nella de Chan-


que

celler, e hum mulato do dito Licenceado Manoel


que prenderão
Ferreira o intimidarem os não descobrissem. E disse
por que

elle denunciante dos sobreditos casos ouvera es-


que grande

candalo nesta terra. E sendo que sabião


perguntado pessoas

mais delles e se os denunciados erão pessoas de entendimen-

to e costumavam a sair de seu Disse lhe não lem-


juizo? que

brava mais do tem dito, e os denunciados erão pessoas


que que

tidas e avidas cezudas e de entendimento. E


por perguntado

costume disse nada; e era verdade o dito De-


pello que que

zembárgador o mandara a elle denunciante e meter


prender

em huma enxovia sobre o de hum quartel de seu


paeamento

ordenado sem ter ordem isso, e que ficara escandalizado


para

delle, mas tinha dito a verdade. Estiverão a tudo


que presentes

honestas e religiosos Padres Belchior Pires e o Padre


pessoas
183

Balthezar de Serqueira, sacerdotes deste Collegio da Compa-

nhia tudo virão e ouvirão e ter segredo e dizer


que prometterão

verdade no lhes fosse e assi o jurárão aos


que perguntado

Sanctos Evangelhos em suas mãos e assinarão


que poserão

aqui com o dicto Garces. Manoel Marinho o escrevi. Joam


João
— — — Marcos
Garces Balthesar de Sequeira Belchior Pires

Teixeira.

Antonio de Aguiar DaStro contra Adão Goiu

e Antonio Mendes Beiju'.


çalves

Aos dezaseis dias do mes de septembro de mil seis-

centos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de

Todos os Santos na igreja do Collegio da Companhia de Jesus

estando ahi em audiência de manhãa no tempo da graça


polia

o senhor Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo


perante

sem ser chamado Antonio d Aguiar Daltro christão velho de

vdade de e sinquo annos mais ou menos natu-


quarenta pouco

ral desta Baya^casado e morador em Mattoim lavrador de

mandioca. E sendo em tudo dizer verdade e ter


presente para

segredo lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em


juramento

a mão sob cargo do assi c E disse que


que pós qual prometteo.

sabia se dizer commumente na dita freiguesia de Mattoim


por

hum mancebo mamaluco nome Adam Guonçalves


que por

christão velho hora he soldado no forte de Tapagipe desta


que

Baya e filho natural de Pero Guonçalves alcunha o torto


por

lavrador nos limites de Cotegipe e ahi casado sendo creado do

dito digo de Henrique Monis Telles christão velho, casado e

morador nó dito Mattoim, tirara seu mandado o retrato de


por

Anna Rõiz sogra do ditto Henrique Monis que fora queimada

em Portugal hereje apóstata da nossa Santa Fee; o qual


por

retrato tirara da da igreja do dito Mattoim


porta principal

aonde estava mandado do Santo Officio averá se-


posto por

sua lembrança doze ou treze annos mais ou menos


gundo pouco

de ouve escandalo em os christãos velhos daquella


que grande

freiguezia; o_que elle denunciante sabia indo naquelle


porque

tempo á dita igreja em hum dominguo manhãa avia antre


polia

os freigueses murmuração de se ter tirado o dito re-


grande
184

trato que ante manhãa se tinha na da Igreja, de


posto porta
modo os freigueses forão missa
que quando para ouvir o

não acharão e elle vio a da dita igre-
posto denunciante porta

ja sem elle; do caso disse elle denunciante


qual que poderião
ser testemunhas Francisco casado Simão Guonçalves,
João
casado, Sebastião Barreto, Gaspar da Costa todos christãos

velhos casados e moradores na dita freiguesia e o Padre


que
antão morava, digo curava nella do não estaa lembrado.
qual
E disse mais elle denunciante se dizia
que geralmente nesta

Bahia que Antonio Mendez alcunha o Beiju mercador


por ca-
sado e morador nesta cidade o he christão novo nasção
qual por
e tal tido e ávido nesta terra o elle denunciante
por que sabia

por ser notorio nella e o conhecer ha muitcs annos serem


por
ambos naturaes delia, dissera sabia mais os Anjos,
que que e

que se soubera tinha alguma cousa de christão velho se


que
lançaria no mar ou a metteria no fogo? E sendo perguntado

pello senhor Inquisidor se ouvera escandalo das ditas


palavras
e se os denunciados estavão fora de seu ou costumavão
juizo
a sair delle? Disse não deixar de aver es-
que podia grande
candalo dos ditos casos, e não sabia os denunciados
que que
costumassem a sair fóra de s^i antes lhe
juizo parecia que
elles mais de malícia, falta de entendimento.
peccarão que por
E sendo costurrie e se sabia de mais culpados
perguntado pello
em erros contra a fee e casos pertencentes ao Sancto Officio?

respondeo do costume nada e não sabia de mais culpados.


que
Estiverão a tudo honestas e religiosos Pa-
presentes pessoas
dres Manoel Sanches e o Padre Balthesar de Sequeira, sacer-

dotes deste Collegio tudo ouvirão e ter se-


que prometterão

gredo e dizer verdade no lhes fosse e assi o


que perguntado

jurarão aos Sanctos Evangelhos em suas mãos e


que pozerão
assinarão aqui com o ditol Senhor Inquisidor e juntamente
com o dito Antonio d Aguiar Daltro. Manoel Marinho o escrevi.

Manoel Sanches — —
Balthesar de Séqueira Antonio d Aguiar

Daltro —
Marcos Teixeira.
185

Gaspar Affonso contra Pedro Fernandes

Lopes Paredes, Diogo e Henrique Fer=


Raphael, Luis

nandes, Diniz Bravo, Luís Vaz de Paiva, Jeronymo

Nunes, Padre Antonio Netto e Pero Garcia.

Aos dezaseis dias do mes de setembro de mil seiscen-

em a cidade do Salvador da Baya de Todos


tos e dezoito annos

na igreja do Collegio da Companhia de es-


os Sanctos Jesus

de manhãa no tempo da o
tandò ahi em audiência polia graça

Marcos Teixeira, elle appareceo sem


senhor. Inquisidor perante

Afonso christão velho de de trinta


ser chamado Gaspar ydade

natural desta cidade e morador na es-


e annos solteiro,
quatro
Rio Vermelho. E sendo em
trada vai para o presente para
que
e ter segredo lhe foy dado dos
tudo dizer verdade juramento

em a mão sob cargo do qual assi


Sanctos Evangelhos que pos

E disse averá oito ou nove annos que corren-


o prometteo. que

em mui estreita amisade com Matheus de


do elle denunciante

natural da-«idade do Porto segundo sua lèm-


Sousa da nasção

solteiro de de vinte e sinquo annos' que arçtão


brànça, ydade

em casa de seu tio Pedro Fernandes Ra-


morava nesta cidade

nasção defuncto e agora era morador em Sergipe


da já
phael
a elle denunciante o dito Matheus de
dei Rey, e dizendo-lhe

dito seu tio fechava de noite em hüa logea sua com


Sousa que o

também da nasção, e ahi estavão até


Luis Lopes de Paredes

em hum livro lhe dissera elle


mea noite escrevendo grande,

o livro de contas fazião, e o dito Ma-


denunciante que seria que

não era senão o livro, da con-


theus de Sousa respondera, que

fraria dos E sendo elle denunciante pello


Judeus, perguntado

Inquisidor homens erão o dito Pero Fernandes Ra-


senhor que

Lopes de Paredes e se os conhecia bem? Disse


e Luis
phael
muitos annos ser natural desta terra e
os conhecia de por
que
nella e mui conhecidas, e que o
elles serem moradores pessoas

Raphael era natural da cidade do Porto,


dito Pero Fernandes

nesta casado tratando com seu dinheiro e deixou quatro


e vivia

Isabel d'Araujo hora he viuva e


filhas convém a saber, que

e Ilena de Fontes casada e mora-


moradora no Rio de Janeiro
d El Rey e Catherina d'Araújo casada com
dora em Sergipe

nesta cidade. E o dito Luis Lppes de Paredes


Antonio da Costa

Lisboa e depois foi casado e morador e merca-


sirgueiro em

era lavrador de canas de açúcar na


dor nesta cidade, e agora

E assi disse mais o denunciante averá


Hipioca desta Baya. que

annos nesta cidade estando elle denunciante


seis ou sete que
186

homisiado em casa de Pero Garcia casado e morador nesta

Baya e senhor de engenhes de açúcar e fazendo lhe


quatro
hüas contas de sua fazenda, achara no escriptorio do dito Pero

Garcia hüa carta aberta mostra ser de Dioguo Fernandes


que

da nasção e ser escripta a seu irmão Henrique Fernandes já

defuneto também da nasção fera solteiro e morador nesta


que
cidade; a carta mostrava ser escripta da cidade de Piza
qual
em Italia. E dizia nella o dito Dioguo Fernandes ao dito seu

irmão, que lhe muito que se fosse a dita cídade


pedia para
fazer o Deus mandava sem fazer a dita viagem se
que porque
não salvar, e lhe escrevesse, fosse via de
podia que quando por
Diniz Bravo, ou de Luis Vaz de Paiva ou de Francisco de

Paiva seu irmão mercador e morador em Lisboa e encomen-

dava na carta tanto fosse lida a E sendo


que que queimasse.

perguntado se conhecera o dito Henrique Fernandes? Dissé

que o conhecera ser aqui morado,r muitos annos e ser


por

pessoa bem conhecida de dizião testara de


que que* grande
cópia de mil cruzados deixou a Francisco Lopes Franco da
que
nasção he a.Flandes. E sendo se co-
que passado perguntado
nhecia o dito Dinis Bravo ou Luis Vas de Paiva e seu irmão

Francisco de Paiva? Disse sabia ser e notorio


que por publico
nesta terra o dito Dinis Bravo era da nasção natural da
que

cidade do Porto casado e morador nesta: e mesma razão


pella
conhecia a Luis Vas de Paiva era também da nasção e fora
que
mercador e senhor de engenho nesta terra e depois se
passara
a Lisboa aonde casou e dizem he fugido com sua molher.
que
E sendo se avia mais testemunhas do caso e do
perguntado

sobredito, e porque não lançara mão da dita carta respondeo

que era verdade que a amostrara a Antonio da Silva christão

velho natural de Ponte de Lima, morador e mercador nesta

cidade o qual no mesmo tempo estava também homisiado na

dita casa de Pero Garcia e lera a dita carta, da qual elle de-

nunciante não lançara mão temer o dito Pero Garcia


por que

a achasse menos, mas não deixara de se escandalizar muito


que

delia, ainda não conhecera a letra. E assi disse mais elle


que

denunciante que averá oito ou nove annos segundo sua lem-

brança que nesta cidade fôra e notorio o Bispo


publico que
delia penitenciada a Hieronimo Nunes da nasção sobrinho do

dito Luis Vaz de Paiva comungar depois de ter almo-


por

E perguntado se ccnhecia o dito Hieronimo Nunes, e se


çado.

sabia donde era natural ou era feito delle? Disse o


que que

conhecera niuito bem morar nesta terra em casa do dito


por
187

seu tio Luiz Vaz de Paiva, e não sabia onde


que era agora
lançado. E assi disse mais sabia lho dizer
que por o dito An-

tonio da Silva nesta cidade averá annos Padre


quatro que o
Antonio Netto, foy capellão de Dioguo Lopez
que Ilhoa da
nasção solicitava molheres no acto da confissão. E assi disse
mais ouvira dizer nesta terra Dioguo
que geralmente que d'AI-
buquerque da nasção meirinho desta cidade casado e morador
nella averá tres annos m^is ou menos
pouco andara cima
por
do Altar mor da igreja de São Bento desta cidade com
grande
desacato e irreverencia com o chapeo na cabeça e espada nua
buscando hü homisiado estando o Sanctissimo Sacramento no
dito altar do ouvera escandalo.
que grandíssimo E assi disse
mais sabia ver nesta cidade
que pello que averá quatro ou sin-

quo annos andara o sobredito Luis Lopes de Paredes da nas-

ção huma toda com hum vestido


quaresma velho, e na
que
quinta feira de Endocnças se vestira de setim avelutado con;
manteo de abanos do causara
que grande escandalo ser em
por
tempo em se celebrava. a morte e
que paixão de Christo Nosso
Senhor. E assi disse mais era verdade
que que averá
quatro
annos mais ou menos duas negras
pouco que naturaes desta
terra huma nome e outra Ines
por Juliana sua irmaa escra-
vas do dito Pero Garcia, dizião
que que por parte de seu
pay
era da nasção, lhe disserão nesta cidade que virão ao dito Pero
Garcia cometter o nefando dentro em huma
peccado camera
de hüas suas casas na travessa de Nossa Senhora da Ajuda, as

quaes negras estavão hoje em Peroaçu em huma fazenda do


dito Pero Garcia; e do mais succedeo sobre
que o caso
poderá
dizer Paulo Afonso irmão delle- denunciante
que mora no mes-
mo lugar com elle. E assi disse mais elle denunciante sabia
que
pello ver e ser notório nesta cidade o dito Pero
qute Garcia es-
tando excomungado Bispo delia sobre hum
pello deposito averá
sinquo ou seis annos se deixara insordesçer na excomunhão

por espaço de dous annos como constará dos autos feitos


pello
Ordinário, do ouve muito escandalo. E sendo
que perguntado
se ouvera mais testemunhas do caso e dos mais acima denun-

ciados, e se sabia de mais culpados em erros contra fee


a e
casos ao Sancto Officio e o moverá
pertencentes que a vir
fazer as ditas denunciações nesta meza? Respondeo
que não
sabia de mais o tem dicto, e só com zello
que que que da santa
fee tinha denunciado na verdade, e
perguntado pello costume
disse nada e assinou aqui com o senhor Inquisidor Manoel Ma-
rinho o escrevi. Marcos Teixeira —
Gaspar Afonso.
188

Gaspar Affonso ractificou sua denun-


que

ciação.

Aos vinte e hum dias do mes de de mil seis-


Janeiro

centos e dezanove annos em a cidade do Salvador da Baya de

Todos os Sanctos nas casas do senhor Inquisidor Marcos Tei-

xeira estando em audiência de manhãa mandou vir pe-


polia

rante sy a Gaspar Afonso denunciante neste Livro solteiro

natural desta cidade, e sendo em tudo dizer ver-


presente para

dade e ter segredo lhe foy dado dos Santos Evan-


juramento

em a mão sob cargo do assy o prometteo.


gelhos que pos qual

E sendo-lhe lidas em alta e intelligivel voz as denunciaçÕes

deu e andão neste Livro folhas setenta verso, e setenta


que

e büa e setenta e duas, lhe foy senhor Inqui-


perguntado pello

sidor se erão aquellas as suas denunciaçÕes, e se estavão es-

criptas na verdade? e elle foy dito que aquellas erão, e es-


por

tavão escriptas na verdade e assi como elle as avia dito, e que

nisso se affirmava ratificava, e dizia de novo sendo necessário

tudo ser verdade, e não tinha que tirar acrescentar,


por que

mudar, nem emendar. Estiverão a tudo presentes pessoas

honestas e religiosos Padres que tudo virão, e ouvirão e


prc-

metterão ter segredo e dizer verdade no lhes fosse per-


que

e assi o aos Sanctos Evangelhos em que po-


guntado jurarão

zerão suas mãos os Reverendos Padres Manoel Sanches e Bal-

thesar de Sequeira, sacerdotes do Collegio da Companhia de

desta cidade assignarão aqui com o dito Senhor In-


Jesus que

e com o dito Gaspar Afonso. Manoel Mari-


quisidór juntamente
— — —
nho o escrevi Gaspar Afonso Balthesar de Sequeira

— Marcos Teixeira.
Manoel Sanches

A* Estas duas índias aqui nomeadas se não


margem:

senhor Inquis:dor e Padres Deputa-


com parecer do
perguntarão
dos, vista a inteira confissão do denunciado, e o que dias
perigo

infamia de sua vinda resultaria ao denunciado.


ccrrião, e a que

senhor Inquisidor fazer esta Cotta. Manoel


De que mandou o

Marinho o escrevi.
189

Domingos Franco contra Simão Nunes de

Mattos.

Aos dezaseis dias do mes de septembro de mil seiscen-

tos e dezoito annos em a cidade do Salvaor da Baya de Todos

os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de es-


Jesus

tando ahi em audiência de manhãa no tempo da o


polia graça

senhor Inquisidor Marcos Teixeira elle appareeeo sem


perante

ser chamado Dominguos Franco, christão velho, de de


ydade

trinta e seis annos, mais ou menos, natural do Trocifal


pouco

no Reino, casado, mercador e morador nesta cidade á


junto

See. E sendo em tudo dizer verdade e ter se-


presente para

lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em que


gredo juramento

a mão sob cargo do assi o E disse que


pos qual prometteo.

averá sinquo meses mais ou menos nesta cidade dis-


pouco que

sera a elle denunciante Luis da Costa, christão velho natural

da villa d'Alemquer casado e morador no Rio Vermelho desta


"annos
Baya averá ou sinquo fallecendo nesta
que quatro que

cidade em casa de Simão Nunes de Mattos da nasção casado

e morador nesta Baya hum Gaspar Dias de Moura da nasção

casado e morador foi no seu engenho de Maré desta Baya,


que

lhe metera o dito Simão Nunes de Mattos hüa moeda de ouro

na bocca, e com eíla o enterrarão na igreja do Carmo


que

desta cidade. E sendo se sabia de algumas teste-


perguntado
do caso, ou de alguns culpados em erros contra nossa
munhas

Sancta fee, e motivo tivera vir denunciar? Disse que


que para

não sabia de mais testemunhas, e com zello da santa fee


que
-fião sabia de outros cul-
tinha denunciado, na verdade, e que

E sendo se .conhecia bem o dito Simão Nu-


pados. perguntado

nes de Mattos, e razão tinha de o conhecer? Disse que o


que

conhecia muito bem morar nesta terra, e elle denunciante


por

muito tempo reside fteliâ', e o denunciado ser pessoa


aver que

muy conhecida. E costume disse nada, e as-


perguntado pello

sinou com o senhor Inquisidor. Manoel Marinho o escrevi


Domingos Franco Marcos Teixeira.
Per o Gonçalves contra Domingos Alvares

de Serpa e um homem da nação.

Aos dezaseis dias do mes de Setembro de mil seiscen-

tos e dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de Todos

os Sanctos na igreja do Collegio da Companhia de estan-


Jesus
do ahi em audiência da tarde no tempo da o senhor In-^
graça

quisidor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser cha-


perante
mado Pero Guonçalves christâo velho de de dezaseis
ydade
annos natural da cidade do Funchal da ilha da Madeira filho,

de Francisco Gonçalves defuncto, e de Maria de Castro sua



molher; moradora na dita cidade, todos christãos velhos, e elle

denunciante he solteiro, estudante de e morador


gramatical
nesta cidade na rua de São Francisco, E sendo presente para
em tudo dizer verdade e ter segredo lhe foy dado dos
juramento
Sanctos Evangelhos em a mão sob cargo do assi
que pos qual

o prometteo. E disse que denunciada bem e verdadeiramente

de como era verdade averia tres meses mais ou me-


que pouco
nos estando elle denunciante na segunda classe da
que grama-
tica deste Collegio aonde anda com Amador de Lima christâo

velho, estudante da mesma classe será de de


que ydade quinze

annos natural destas não sabe o nome de seu


partes, que pay,
mas sabe que he cunhado de hum correeiro chamado Chris-

tovão de Leão, casado e morador nesta cid%de* e com outros

seus condiscipulos de não estava lembrado, e tratando


que

sobre os dissera o dito Amador de Lima sabia


judeus que que
Dominguos Alvares de Serpa da nasção mercador e tratante

e morador nesta cidade conhecida nella e dizem ser


pessoa que

natural de Alentejo, comia todo o anno carne sem exceptuar os

dias em a Santa Madre Igreja a sendo muito bem


que prohibe
desposto como he e notorio nesta terra, e declarou
publico que
o denunciado era solteiro e morava na rua de São Fran-
que
cisco desta cidade elle denunciante mui bem conhecia -
que pella
razão que tem dicto de ser bem conhecida tratante
pessoa por
e rico e não aver outro de seu nome nesta terra. E assi disse

mais elle denunciante era verdade hoje manhãa


que que pella
saindo da dita classe lhe dissera Salvador Monteiro christâo

velho, estudante da classe de de dezaseis annos


primeira ydade
natural desta cidade filho de Salvador Monteiro, defuncto

lavrador que foy de canas, e casado e morador nesta cidade que
sabia hum homem da nasção alevantavão a Deus
que quando
na Missa, batia nos fazendo figas em lugar de sarrar a
peitos
191

mão. E sendo se sabia de mais culpados em erros


perguntado

contra a fee, ou em casos ao Santo Officio? Disse


pertencentes

não sabia de mais; e costume, disse nada,


que perguntado pello

e assinou com o senhor Inquisidor Manoel Marinho o escrevi.


Pero Gonçalves Marcos Teixeira.

Pero Paes Cabral contra Francisco Pinhei*

ro Coutinho, Antonio Dias de Moraes.

Aos dezaseis dias do mes de setembro de mil seiscen-

dezoito annos em a cidade do Salvador da Baya de Todos


tos e

os Saijptos na igreja do da Companhia de es-


Çollegio Jesus

tando ahi.em audiência da tarde no tempo da o senhor


graça

Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser


perante

chamado Pero Paes Cabral christão velho, de de qua-


ydade

renta sinquoenta annos, casado e morador nesta Baya


para

acima de Agoas de Mininos desta cidade, natural destas


junto

E sendo em tudo dizer verdade e ter se-


partes, presente para

lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos em que


gredo juramento

a mão sob cargo do assi o E disse elle


pos qual prometteo. que

denunciava de Francisco Pinheiro Coutinho seu natural


genro

desta cidade casado e morador na Potecava da freguesia de

Passe Baya, averá de dous annos mais


desta que perto pouco

ou menos se deixou andar excomungado de anno,


que passante

absolvendo se dentro do dito anno alguas vezes, digo hüa vez ad

effectum agendi com reincidência, mas estava absoluto


que já

ter a devia ser culpado em dormir car-


por pago pena que por

nalmente com sua molher antes de ser recebido em face da

igreja, o elle denunciante sabia dito seu lho


que pello genro

e vigário desta cidade. E assi disse mais o


dizer o geral que

dito Francisco Pinheiro Coutinho seu lhe dissera que


genro

oito meses Antonio Dias de Moraes da nasção na-


averia que

tural do Alentejo fora aqui dizimeiro e irmão de Afonso


que

Dias Henriquez da nasção defunto, e de Dioguo Lo-


já primo

Franco todos christãos novos, e o denunciado Antonio Dias


pes

de Moraes lavrador de canas de assucar, casado e morador na

dita freiguezia de Passé, dissera em do dito Fran-


presença

Pinheiro e de molher Dona Francisca tratando se do


cisco sua
192

não avia depois do corpo morto. E sendo


dia do Juízo que Juizo

se o dito seu era da nasçáo e donde era na-


perguntado genro

e andara terras de herejes, ou conversava com


tural se por

elles ? Disse era christão velho, e natural desta terra e que


que

nunca desta terra, nem tratara com suspeita na


não sairá pessoa

fee. E sendo tempo durara a dita absolvi-


perguntado quanto

reincidência z tempo andara excomungado o


ção com quanto

dito Disse segundo sua lembrança tirado o


seu genro? que

tempo da dita reincidência, lhe não andara o dito


parecia que

excomungado de anno, e declarou ti-


seu passante que
genro

tempo da dita absolvição com reincidência, não insor-


rado o

o dito seu na excomunhão de anno. E


descera genro passante

se avia mais testemunhas dos casos de suas


sendo perguntado

denunciaçois, e se ouvera escandalo delles, e se os denunciados

capazes de entendimento ou costumavão a sair


erão pessoas

ciso? Disse do caso do dito seu ser


de seu que genro podião

as da dita freiguesia de Passé aonde fora


testemunhas, pessoas

E do caso do dito Antonio Dias de Moraes po-


declarado. que

também ser testemunha Francisco Fernandes, christão


deria

de carros, mora na fazenda do dito seu


velho, carpinteiro que

na Potecava depois do caso succedido se achara


genro que

com, elle denunciante em c^sa do dito seu hum


genro
presente
dia á tarde averá de hum anno estando altercando com
perto

o dito denunciado Antonio Dias de Moraes e


o dito seu genro
lhe dar a entender o disera açerca do
trabalhando por que que

final fora com differente sentido, á altercação elle


juizo qual

se achou com o dito Francisco Fernan-


denunciante presente

muito bem e souberão a causa delia fora


des e a ouvirão que

conta do caso o dito seu a Cabral casado


ter dado" genro Jorge

e mora4o£vna dita freiguezia e o denunciado trabalhava


que

confundir o negocio e assi disse mais elle denunciante qud


por
casos lhe não deixaria de aver escan-
dós sobreditos parecia

denunciados são de entendimento e não


dalo, e os pessoas
que

a sair de seu E razão tinha de


costumão juizo. perguntado que

conhecer aos denunciados e se sabia de mais culpados em erros

a fee ou em casos ao Santo Officio, e que


contra pertencentes

tivera vir denunciar? respondeo conhecia ao


motivo para que

Antonio Dias de Moraes avia muitos annos e era


denunciado

seu compadre e mui conhecida nesta terra e conhecia


pessoa

dito seu ser seu sobrinho e e somente


ao genro por genro, que

de sua consciência denunciava e n^o sabia de


descargo
por

mais culpados, e do costume disse nada e que era


perguntado
193

Francisco Pinheiro e compadre do


tio e sogro do denunciado

ainda depois do caso succe-


dito Antonio Dias e >*eu amigo que

Dias de Moraes se dá ag-


dido o dito denunciado Antonio por

causa do dito caso, mas que


do dito seu genro por
gravado
com o dito senhor Inqui-
tinha dicto a verdade e assinou aqui
— Pero Pais Cabral Mar-
sidor. Manoel Marinho o escrevi

cos Teixeira.

Cabral, ratificou sua de-


Pero Paes que

nunciação.

dias do mes de de mil seis-


Aos vinte e sinquo Janeiro

a cidade do Salvador da Baya de


centos e dezanove annos em

do senhor Inquisidor Marcos Tei-


Todos os Santos nas casas

manhaa mãdou vir sy a


xeira em audiência de polia perante

casado e morador em Agoas de


Pero Paes Cabral denunciante

e sendo em tudo
Mininos desta cidade, presente para
junto
lhe foy dado dos Sanctos
dizer verdade e ter segredo juramento

mão sob cargo do assi o promet-


Evangelhos em que pos a qual

denunciações deu e andão neste


teo. E sendo-lhe lidas as que

sinquo e setenta e seis, lhe foy per-


livro ás folhas setenta e

se er-ão aquellas as suas de-


senhor Inquisidor
guntado pello
na E elle foy
nunciações e se estavão escriptas yerdade? por

estayao escriptas na verdade assi


:,íliètó aquellas erão e que
que
nisso se affirmava ratificava e
como elle as avia dicto, e que
tudo ser verdade, e nlio
dizia.de novo sendo necessário por que

mudar nem emendar. Estiverão a


tinha tirar acrescentar
que
honestas e religiosos Padres que tudo
tudo presentes pessoas
ter e dizer verdade no
virão e ouvirão e segredo
prometterão
e assi o aos Santos Evan-
lhes fosse perguntado jurarão
que
os reverendos Padres Ma-
em suas mãos
gelhos que poserão
de Sequeira sacerdotes do Collegio
noel Sanches e Balthesar

assínárão aqui com o dito senhor


da Companhia de Jesus que
Pero Paes Cabral. Manoel
Inquisidor e com o dito
juntamente
— Pero — Marcos Teixeira
Marinho o escrevi Pais Cabral

— de Sequeira.
Manoel Sanches Balthesar
194

Padre Jeronymo Pinheiro contra Pascoal

Bravo.

Aos dezaseis dias do mes de Septembro de mil seiscen-

tos e dezoito annos em a cidad^do Salvador da Baya de Todos

os Sanctos na Igreja do Collegio da Companhia de es-


Jesus

tando ahi em audiência da tarde o senhor Inquisidor Marcos

Teixeira no tempo da elle appareceo sem ser


graça perante

chamado o Padre Hieronimo Pinheiro christão velho natural

de Algibarrota no Reino e residente nesta Baya em Maré. E

sendo em tudo dizer verdade e ter segredo lhe


presente para

foy dado dos Sanctos Evangelhos em que a


juramento pcs

mão sob cargo do assi o E disse que averia


qual prometteo.

dias nesta cidade indo elle visitar a Antonio Ma-


poucos que

chado o Velho christào velho morador foi èm Sergipe do


que

Conde desta Baya e hora., morava.. nesta, cidade na rua Dereita

indo o Carmo defronte de Manoel Carvalho, e


para praticando

com elle em cousas dos christãos novos, dissera a molher do

dito Antonio Machado estava estando em


que presente, que

conversação de sinquo ou seis e dizendo huma dellas


pessoas,

certos homens da nasção forão Sancto


que queimados pello

Officio, respondera Paschoal Bravo da nasção natural da ci-

dade do Porto e casado e mòrador nesta que os ditos queima-

dos morrião mártires, segundo, a. dita molher a elle de-


quem

nurjciante não sabia o nome declararia. E sendo se


perguntado

avia mais testemunhas do caso, e. se sat>ia.de mais culpadçs em

erros contra a Santa fee ou êhJ;Ça^p^ dp Santo Officio? Disse


'.tefh
não sabia mais .que ò ,jp ,do costume disse
que que ,dictó,

nada e assinou com o senhor . Inquisidor, . Mapoel Marinho o


— —
escrevi Marcos Teixeira Hieronymo Pinheiro.

Maria da Grã de Mendoça contra um filho

do Baldaya e um filho do Girão*

Aos dezaseis dias do mes de Septembro de mil seiscen-

tos e dezoito annòs em a cidade do Salvador da Baya de Todos

os Sanctcs na igreja do Collegio da Companhia de es-


Jesus
tando ahi em audiência da tarde no tempo da o senhor
graça
Inquisidor Marcos Teixeira elle appareceo sem ser cha-
perante
195

mada Maria da Grãa de Mendoça christãa velha; natural de


Azeitão no reino, de de se^nta annos veuva,
ydade moradora
nesta cidade. E sendo em tudo
presente para dizer verdade e
ter segredo lhe foy dado dos Sanctos Evangelhos
juramento
em que a mão sob cargo do assi o E
pos qual prometteo. disse

que averá annos mais ou menos segundo


quatro pouco sua
lembrança estando ella denunciante nesta cidade á boca da
noite em casa de Manoel Gonçalves alcunha
por o Parreira

christão velho casado e morador nesta cidade estando também

presente sua molher Margarida Pinta da Fonseca, e tendo a

porta da rua mea aberta, vira ella denunciante da


que parte de
fora da rua meterão dita hum braço de
pella porta gente com
hum Crucifixo na mão de vulto, e vendo ella denunciante o dito

Crucifixo dissera, meu Deus e meu Senhor eu creo vos adoro


e
vos, e loguo recolherão o braço a rua com o dito
para Crucifixo.
E tornando ella denunciante a ver o mesmo Crucifixo em casa

do Bispo desta cidade aonde foy a testemunhar sobre o caso


dali a dias conhecera era
poucos que o que se tinha mostrado

de noite como tem dicto, e lhe o Cura da


por See desta cidade

dizer era o estava dantes no altar de São


que que Guonçallo
da igreja de Nosso Senhora d'Ajuda, caira ella denunciante
que
esse era ter visto muitas vezes no dito altar. E sendo
pollo

perguntada ella denunciante senhor Inquisidor se sabia


pelio

quem fora o auctor do caso? Disse o caso aconte-


que quando
cera não, lhe não ver mais o braço e estar a mea
por que porta
sarrada e ser de noite e estar com candea acesa em
já parte que
não alumiava na rua,, mas lcguo ao outro dia especulara o caso

o dito Manoel Guonçalves e soubera fôra hum filho do


que
Baldaya solicitador de demandas, nesta cidade dos ella
quaes
denunciante não sabe mais dizerem ser o dicto delinqüente
que
filho do dito Baldaya e de huma mamaluca e depois ser
preso

pello caso no Aljube donde fugio e dizem está agora em


que
Pernambuco. E se ouvera escandalo do caso, e se
perguntada
avia mais culpados nelle, ou sabia de outros culpados em erros

contra nossa Santa fee? Disse não sabia de mais dizer


que que
se geralmente nesta cidade fora complice do dito denun-
que
ciado hum filho do Girão e de Dona Maria da nasção, e os
que
ditos denunciados levarão o dito crucifixo a hüa casa de
joguo
dizendo day barato este homem de ouve es-
para que grande
candalo nèsta cidade e o Bispo delia tinha tirado sumario de

testemunhas em ella denunciante testemunhou como tem


que

dicto ao que disse se reportava. E sendo


que perguntada que
196

esta mesa e assi cos-


vir denunciar a pello
motivo tivera para
fee e descargo de
só zello da Santa por
tume? Disse que por
costume disse nada, e
viera denunciar, e do
sua consciência
— Manoel Marinho o escrevi
com o senhor Inquisidor
assinou
Marcos — Maria da Gram de Mendosa.
Teixeira

Mendoça, ratificou sua


Maria da Grã de que

denunciação.

do de Taneiro de mil seiscen-


Aos vinte e seis dias mes

do Salvador da Baya de
e dezanove annos em a cidade
tos
do Inquisidor Marcos Tei-
os Santos nas casas senhor
Todos
mandou vir sy a
em audiência de manhãa perante
xeira polia
de Belchior da Cunha Freire
Maria da Grãa de Mendoça viuva

conteuda neste Livro ás folhas


defunto, e ella denunciante

em tudo dizer ver-
setenta e sete verso, E sendo presente para

dado dos Santos Evange-


dade e ter segredo lhe foy juramento
assi o E
a mão sob cargo do qual prometteo.
lhos em que pos
lhe foy senhor
lhe lida sua denunciação perguntado pello
sendo
denunciação e se estava escripta
Inquisidor se era aquella a sua

dito era aquella a sua denuncia-


na verdade e ella foi que
por
assi como ella a avia dicto.
estava escripta na verdade
e que
ção
e dizia de novo sendo ne-
nisso se affirmava, ratificava
E que
não tinha tirar, acres-
tudo ser verdade e que que
cessario por
emendar. Estiverao a tudo presentes pes-
centar, mudar nem

tudo virão e ouvirão e


honestas e religiosos Padres que
soas
verdade no lhes fosse pfer-
ter segredo e dizer que
prometterão
aos Sanctos Evangelhos em que po-
e assi o jurarão
guntado
Manoel Sanches e Bal-
mãos os reverendos Padres
zerão suas
Collêgio da Companhia de
de Sequeira sacerdotes do
thesar
aqui com o dito senhor Inqui-
desta cidade assinarão
Jesus que
da Grãa de Mendoça. Eu
com a dita Maria
sidor e juntamente
— — Manoel
Balthesar de Sequeira
Manoel Marinho o escrevi
— — Marcos Teixeira.
Maria da Grãa de Mendosa
Sanches
197

contra o Padre Balthazar


João Gonçalves

Pita de Vasconcellos.

Setembro de mil seiscen-


dezaseis dias do mes.de
Aos
da Bayá de Todos
em a cidade do Salvador
tos e dezoito annos
de es-
Igreja do Collegio da Companhia Jesus
os Sanctos na
no tempo da o senhor
em audiência da tarde graça
tando ahi
elle appareceo sem ser cha-
Inquisidor Marcos Teixeira perante
velho de de
solteiro, christão ydade
mado Guonçalves
João
menos, natural da cidade
annos mais ou
vinte e sinquo pouco
de Guonçalo Mendes ja
da ilha da Madeira filho
do Funchal
na dita cidade
Margarida Gonçalves moradora
defuncto e de
era surrador, e elle
velho e o dito seu pay
de Todos, christão
em
nesta cidade. E sendo presente para
denunciante residente
dado dos
e ter segredo lhe foy juramento
tudo dizer verdade
sob cargo do assi
em a mão qual
Sanctos Evangelhos que pos
ou dias nesta
E disse averia dez quinze que
o prometteo. que
de Saa a hum dia a
chamão o Paço de Belchior
cidade aonde
fora sua casa o viera
tnrde vindo elle denunciante de para

Pita de Vasconcellos sub chan-


buscar a ella o Padre Balthesar
um seu cão
desta cidade o se lhe queixara que
tre na See qual
o buscara e nao
lhe sujara a casa, dizendo que
delle denunciante
ouvera de fazer Ecce
e se o colhera o
o colher, que
pudera
escandalizado. E sendo
elle denunciante ficara
homo, do que
do caso e se avia mais^ testemunhas
como soubera
perguntado
o denunciado as ditas palavras,
delle, e vezes repetira
quantas
soubera do caso se
dissera zombando? Disse que por
e se as
também ser teste-
e o ver e ouvir, e que podia
achar presente
estudante, dos casos natural
munha delle Francisco,Monteiro

se achara e
Terceira christão velho o qual presente
da Ilha
de Francisco Soares e nas^mesmas
mora nesta cidade na rua

lhe fora á mão ás ditas palavras


casas, e disse ninguém
que
e mal inclinado, e per-
o denunciado ser homem terrivel
por
o denunciado em
razão do escandalo e se estava
guntado pella
e motivo tivera elle de-
e costumava a sair delle, que
seu juízo
? Disse a razão de seu escandalo
nunciante denunciar que
para
ditas ouvindo-as appli-
fora de lhe mal as palavras,
parecerem
de Christo Nosso Senhor e que
car ao cão sendo ellas da paixão
ao dito denunciado morarem
era verdade o conhecia por
que
de seis meses e que algumas
em huma casa toda huma passaria
e fallar desvarios, mas não
vezes o vira tomado do vinho que

se estava em seu e que


o caso aconteceo çizo,
sabia quando
198

o zello da Sancta fee. E se


denunciava só com perguntado

em erros contra nossa Sancta Fee, e


sabia de mais culpados

respondeo não sabia de mais culpados


assi costume? que
pello
E declarou segundo sua lem-
e do. costume disse nada. que

ao denunciado era natural de Abrantes


brança ouvira dizer que

mais não disse e assinou com o senhor Inquisidor.


no reino, e
— —
Marinho o escrevi Marcos Teixeira Gonsal-
Manoel João

ves.

João Gonçalves, ratificou sua demiti-


que

ciaçâo.

Aos vinte e seis dias do mes de de mil seiscen-


janeiro

tos e dezanove annos em a cidade do Salvador da Baya de

Todos os Sanctos nas casas do senhor Inquisidor Marcos Tei-

xeira em audiência da tarde mandou vir sy a João


perante

Guonçalves christão velho, solteiro, denunciante neste Livro

a folhas setenta e nove e oitenta e sendo em tudo


presente para

dizer verdade e ter segredo lhe foy dado dos Santos


juramento

Evangelhos em a mão sob cargo do qual assi o pro-


que pos

metteo de dizer verdade e ter segredo. E sendo lhe lida sua

denunciação lhe foy senhor Inquisidor se era


perguntado pello

aquella a sua denunciação e se estava escripta na verdade? E

elle foy dito aquella era a sua denunciação e que estava


por que

escripta na verdade assi como elle a avia dicto e que nisso se

affirmava ratificava e dizia de novo sendo necessário tudo


por

ser verdade e nella não tinhva tirar, acrescentar, mu-


que que

dar, nem emendar, Estiverão a tudo pessoas hones-


presentes

tas e religiosos Padres tudo virão e ouvirão e promette-


que

rão ter segredo e dizer verdade^no que lhes fosse perguntado

e assi o aos Santos Evangelhos em suas


jurarão que pozerao

mãos os reverendos Padres Manoel Sanches e o reverendo Pa-

dre Balthesar de Sequeira sacerdote do Cclleçio da Compa-

nbia de desta cidade assinarão aqui com o senhor


Jesus que

Inquisidor e com o dito Guonçalves. Manoel


juntamente João

Marinho o escrevi E declarou o denunciante aue o denunciado

se chamava Balthesar Pita de Vasconcellos. Manoel Marinho

— — —
o escrevi Gonsalves Balthesar de Sequeira Ma-
João
— Marcos Teixeira.
noel Sanches
Actas

da

DE VILLA RICA
CAMARA MUNICIPAL
Minas Geraes do Ouro-Preto, a que
O arraial das

foi criado villa, tomou o


o de Antonio Dias, que
se juntou
em 8 de de 1711.
nome de Villa-Rica de Albuquerque,
Julho
e Capitão General An-
Para esse effeito reuniu o Governador

Albuquerque Coelho de Carvalho em junta geral,


tonio de ^no
de morada em assistia, as pessoas
dia citado, nas casas que

do daquelles arraiaes e
e moradores principaes primeiro Jhes
ali uma nova e
fez determinava erigir povoação
presente que
e os mais de todo o districto
villa, seus moradores
para que
e sujeitos ás leis da justiça,
viver acommodados
pudessem
mandava e desejava se conservassem
como Sua Magestade

E como a se de-
seus vassalos naquella nova conquista. junta

do foi re-
clarasse conforme com a determinação governador,

dos moradores deviam es-


solvido logo se fizesse eleição que

recaindo essa escolha no coro-


colher os officiaes da Câmara,

de campo Pascoal da
nel Antonio Francisco da Silva, mestre

de Gusmão Mendonça Bueno, Fernando


Silva Guimarães, Felix

de Figueiredo Mascarenhas e Manuel


da Fonseca e Sá, Manuel

Almeida Costa, foram chamados e pelo governador ju-


de que
de dois em dois fizessem
ramentados e encommendados que

mais capazes serem officiaes da Cama-


rol das para
pessoas
vereadores e um ad-
ra, a saber: dois tres procurador,
juizes,

os haviam de ser com tal sufficiencia


vertindo-se que juizes
no districto, não»só a con-
administrar justiça
que pudessem
ordinários, mas a a ne-
cedida Ordenação aos juizes que
pela
falta de ministros letrados requeiessem, o que
cessidade e a

fazer e com effeito fizeram, com as solemnida-


prometteram
a lei dispunha. Sairam assim eleitos
des e circunstancias que

mais velho o Coronel Gomes de


a mais votos para juiz José

mais moço Fernando da Fonseca e Sá, para


Mello, para juiz

mais velho Manuel de Figueiredo Mascarenhas, para


vereador

de Gusmão Mendonça Bueno, ter-


secundo vereador Felix para

Antonio de Faria Pimentel, e o


ceiro vereador para procurador

capitão Manuel de Almeida Costa.


202

9 de esses offi-
No dia seguinte, Julho, prestaram

lei e tomaram o mesmo


ciaes o da posse perante
juramento

e capitão general.
governador
da villa, da eleição dos offi-
Os termos da erecção

de seu e foram publicados


ciaes da Câmara, juramento posse

do Archivo Publico Mineiro, anno II ps.


na Revista (1897),

de 15 de Dezembro de 1712, confir-


84/86. A carta regia que

Rica, vem referida João Teí-


mou a criação de Villa por José

o Governo da Capitania de Mi-


xeira Coelho, Instrucção para
do Instituto Historico, tomo XV,
nas Geraes, in Revista

261.
ps.
da Camara de Villa Rica, a de sua
As actas partir

21 de de 1711, até 30 de De-


vereação, em Julho
primeira
absolutamente inéditas e
zembro de 1715, encontravam-se

desconhecidas, no livro original em foram lavradas,


quasi que

na Secção de Manuscriptos da Bibliotheca Nacional

São os documentos da vida administrativa


primeiros

depois carta régia de 9 de Novem-


de Minas Geraes, aue, pela

bro de 1709 a Antonio de Albuquerque Ccelho de Carvalho

Manuscripta, vol. 9, s. n. de fls., no Infcti-


(in Legislação

foi criada a nova Capitania de São Paulo e


tuto Historico),

Minas: é bastante essa circunstancia sua pu-


para justificar

blicação nestes Annaes, em cópia fidclissima,


paleographica

devida á reconhecida competencia do diligente paleographo

Sr. Manuel Alves de Sousa.

R. G.
ANNO DE 1711

— Sá, Gomes de Mello.


Fernando da Fonseca e José
Juizes:

— de Faria Pimentel, Felix de Gusmão


Vereadores: Antonio

Manoel de ÍÜgueiredo Masca-


Mendonça Bueno,

renhas.

— Manoel de Almeida Costa.


Procurador do Conselho:

— Bairbalho Bezerra, Ventura Ferreira


Almotaceis: Antonio

Almeida Ramos, Manoel Fernan-


Vivaz, Luiz de

Francisco da Costa de Oliveira,


des de Azevedo,

Sebastião Barbosa Prado.

— da Fonseca Freire.
Escrivão da Camara: Jorge
Este Liuro ha de seruir de asentar os acor-
daõs de vereaçaõ o tem
qual cento e oitenta e duas
folhas numeradas e rubricadas
pr. mim Fernd.°
de Affonceca e Saá Ordinário
Juis este anno com a
"Saá"
minha rubrica diz e comesaõ
q' na folha adi-
ente em numero hum e acabaraõ no d.° numero Du-
ztos. digo cento e oitenta duas.
e,

Villa' Rica de Albuquerq' e Dezaceis


Julho
de 17ii: J

Fernd.0 da Fone* e Ssáá


Anno de 1711

fizeraõ os e
termo de uereasaõ que yuizes

noua Villa Rica de


mais offisíais da camara desta

o Dia em se aiumtaraõ.
alboquerque pr.° q'

de de mil e sete
Aos uinte e hü Dias do Mes yulho
de Albuquerque, em
e homze annos, nesta Villa Rica
semtos
de Camara, se aiumtarão os
cazas ao seruem
as que prezemte
offisiais do conselho, e acordaraõ
e Vereadores e mais
yoizes
honde o afiridor auia de
se desem o de marco por
padrão
desta Villa e seus termos
os marcos, honde os pouos
aferir por
se lhe emtregou e lhe
se auiaõ de O qual padraõ
gouernar;
de carne tousinho man-
emcarregaraõ naõ aferise pezos pezar
de-ferro; e outrosim se
e sem estes fosem
teiga queigos que
de os honde
emtregou ao aferidor das medidas pao padrois por

alqre., e mer
auia de aferir uara, couado, meyo quarta, prato,

de meda., e dos.
dida de molhado meia medida, e quarto pellos

aos ditos aferidores íião


offisiais da Camara foi emcarregado

no seu Regimt.0 se lhe der, e alias


exsedesem os que que
preços
do Senado, e de como asim o
seriam castigados ao arbitrio

asignaraõ, E eu dá'fonc~
mandaraÕ fis este termo que Jorge

escriuaõ da Camara o escreuy.


freire que

— da Fonc.a e Ssáá.
Gomes de Mello Fernd.°
Joseph
— — Fel-
de Masqs. Ant.° de Fr.a Pimtel.
Manoel Figrd.°
— Mel. de Almeyda Costa.
lix de Gusman Mc.a Bueno

fizeraõ os offisiais da
termo de eleisaõ que

dos almotaseis amde seruir ate o ultimo


Camara que

de dezembro.

do Mes de de mil e sete


,Aos uinte e hü Dias yulho

da Camara, offisiais
semtos e homze annos, nas cazas pellos

hão de seruir estes seis


delia foraõ eleitos os almotaseis que
208

o mes ate
ultimo de dezr.° e sahiraõ para prezte.
mezes ate o
Bezerra, e Vemtura fr.
de agosto, Ant.° Barbalho
O ultimo
outubro, o Capam. Luís
mezes de Setembro e
uiuas e para os
os mezes de nouem-
almd* e Mel. friz' de azeuedo, e para
de
da Costa de oliur.a e Sebas-
bro e dezembro o Alferes Franc.°

mandaraõ fazer este termo que


Barboza Prado de que
tiaõ
da freire escriuaõ da, Camara
E eu Fone.3
asignarão. Jorge

que o
escrevy. ,
— da Fone. e Ssaa
Gomes de Mello Fernd.
Joseph
— de Gusman Mc.a Bue-
— Manoel de Figrd.° Masqs. Felix

— — Mel. de Almeyda Costa.


no Ant.° de Fr.a Pimtel.

fizeraõ os offisiais da
termo de uereasaõ q'

o auiaõ de leu&r os of-


camara em taixaraõ que
que

fisiais de aferidores do comselho.

hu Dias do Mes de de núl e


Aos uinte e yulho

nas cazas da camara, offisiais


semtos e honze annos, pellos

era comuente. emendar a exsor-


delia foi Rezoluido que porqt."
aferidores aferir todo o
bitançia se leuauaõ os por gene-
qtie
leuasem o de
ro de e medidas asemtauaõ que $feridor
pezos *
hü marco de meia L P-a Riba
de aferir huã balança e
pezos
outaua e m.% De aferir huã ba-
estando de maior ou demenuto,

de L.a Riba estando serto huã outaua,


lança e hu marco m.a p.a
de carne e seus ate outo
De àfêtirrhuã balança pezar pezos

de hü marquo ou ht| terno de


Las.^huã De Reuista
Qutaua,
suas meia outaua De aferir
ate outo Las. com balanças
pezos
aferir huã medida de
ou couado meia de
huã uara pataqua;
de aferir hü dç medir sal
ou de meia outaua prato
alqre. qt.ft
huã medida de m.° alqre. ou de qt.*
meia de aferir
pataqua,
cal meia de
outaua de aferir hü de medir pataqua,
meia prato
de são medida meia
aferir hü terno de medidas bebidas que

desta sorte oüueraõ as ditas


medida e meia outaua e
quarto
os ditos aferido-
taixas feitas e mandaraõ as guardasem
por
de naõ o fazendo serem castigados
res com cominasaÕ que
leis detreminaÕ em semelhantes cazos
com as que as
pennas
treslado em omde as partes
e deste Regimt.0 tivesem pte.
que
fazer este termo asignaraõ
o uisem, e de tudo mandaraõ qye

escriuaõ da camara o es-


E eu da Fonseca freire que
Jorge

creuy. -
209

Fernd.0 da Fone.* — Manoel de Figrd.0 Mas-


e Ssáá
— —
qs. Ant.° de Fr.a Pimtel. Felix de Gusman Mc* Bueno
— de
Mel. Almeyda Costa.

termo de e se da aos al-


yuramt.0 pose que

motaseis sahiraõ eleitos este raez de e


que p.a yulho

agosto.

Aos uinte e dous Dias do Mes de de mil e sete


yulho

semtos e honze annos nas cazas da camara desta Villa Rica

estando os offisiais delia em uereasaõ mandaraÕ chamar aos

almotaseis eleitos estes dous mezes de e agt.° Ventura


p.a yulho

Fr.a Viuas, e Ant.° Barbalho Bezerra, e sendo lhe de-


prezemtes

raõ do cargo de almotaseis o fosem e seruisem na


pose p.a que

forma do seu Regimt.0 e lhe emearregaraõ debaixo de


yu-

ramt.0 dos santos euangelhos bem e uerdadeiramte. ser-


que

uisem os ditos cargos o fazer de man-


que prometerão que

daraõ os ditos uereadores fazer este termo asignaraõ com


que

os ditos almotaseis, E eu da fonc.a freire escriuão da


Jorge

Camara que o escreuy.

Fernd.° da Fonc.a e Ssáá .— Manoel de Figrd.° Mas-

— — de Fr.a Pimtel.
Fellix de Gusman Mc.a Bueno Ant.°
qs.
— — — Ant.°
Mel. de Almeyda Costa Ventura Ferreira Vivaz

Barbalho Bezerra.

Termo de uereasaõ fizeraõ os offisiais


que

da camara no acordaraÕ o deuiaõ leuar os


qual que

offisiais sogeitos a este senado de seu selario.

dous Dias do Mes de de Mil e sete


Aos uinte e yulho

honze nas cazas da camara desta uilla Rica


semtos e annos,

delia em uereasaõ se deuia


de albuquerque estando os offisiais

leuar os offisiais sogeitos de seu selario


aluidrar o que deuiaõ

o escriuaõ deste senado de huã lisença


e Rezolueraõ, leuaria

offisial uzar de seu offisio huã outaua;


de uender, ou algü
p.a
210

senado seis
de offisio q' este prouer
De huã prouizaõ qualquer
ou
Rezisto delia ou de outra qualquer prouizao
outauas e de
Rezistar, Duas outauas.
liuros deste senado se
nos
papel que
se der a otti-
de e que qualquer
DE hü termo pose yuramt.0
huã outaua; e
sobordinado a este senado
sial de ou
yostisa
fianças e outros
termos de aRematação
naõ arbitrauaõ
que
ora fose nessesaria;
naõ ser couza que por
papeis por
de Rezistar hu
o escriuaõ de almotasaria
ueraõ mais leuaria
ou de mtos. meia
ou seia de hü genero
escrito de almotasaria
fizer os almotaseis
e dos prosesos que parte
pataqua; que
escriuais do r-
costumaõ leüar os mais yudisial.
leuaraõ o que
na sua alsacla
fizerem os almotaseis
das condenasois que
que
o ou alcaide outra
a e meirinho
leuaria o escriuaõ quarta pte.
ou meirinho. Re-
outaua o alcaide
e a outra pte. p*
quarta pte.
do comselho de apregoar
zolueraõ mais leuaria o porteiro
em ou em
fizer praça
huã acsaõ ou outro qualquer pregaõ que
aRemataçao ou
uimteis de huã sertidaõ p.a
leilaõ quatro pasar
dem-
meia outaua. E de sitar qualquer pessoa
outra qualquer
asim o Rezoluerao man-
meia outaua e de como
tro na uilla
E eu da fone.
fazer este termo que asignaraõ Jorge
claraõ

escriuaõ da camara o escreuy.


freire
— de Figrd. Mas-
da Fonc.a e Ssáá Manoel
Fernd.0
— de Fr. Pimtel.
— Mc.a Bueno Ant.°
Fellix de Gusman
qSi
— Mel. de Almeyda Costa.

declararaõ os ditos (*)


mesmo Dia mes e anno
No

ao seu acre-
da sua fazenda o condenado

editais se fi-
mandaraõ se fizesem p.a
dor' e desta Rezoluçaõ
seu termo, e e
desta uilla e
xarem nos lugares mais públicos
este termo asi-
mandaraõ fazer que
como asim o Rezoluerao
da camara o
fonseca freire escriuaõ que
Eu da
gnaraõ Jorge

escreuy. ^
_ de Figrd.° Mas-
Fonc>a e Ssaa Manoel
— Ant.° de Fr.a Pimtel.
de Gusman Mc.a Bueno
Fellix
qS.
— Mel. de Almeyda Costa.

falta ao códice. Falta-lhe


— O termo continuava na fl. 4, que
(*)
mostra que essas folhas,
fl. 6. Um ligeiro exame na encadernação
também a
officinas da Bibliotheca Nacional,
códice foi encadernado, nas
quando o

já estavam desapparecidas.
211

fizeraÕ os offisiais
Termo de uereasaõ que

RezolueraÕ deferir as ptes.


da camara em que

de de mil e sete
e hu Dias do Mes yulho
Aos trinta
de albuqe. nas cazas
nesta Villa Riqua
semtos e honze annos,
offisiais delia em uereasaõ
os
da camara estando prezemtes
de íis
deferirão as partes^ que
RezolueraÕ digo em uereasaõ

da fonseca freire escriuao


termo asignaraõ eu Jorge
este que

Joseph
— da Fone. e Ssáá
de Mello Frnd.0
Gomes
— Mel. de Almeyda Costa.
— de Fr.a Pimtel.
AnV

Termo de uereasaõ

semtos e
do Mes de agt." de mil e sete
Aos tres Dias
as cazas da ca-
Riqua de Albuqe. em
annos, nesta uilla
honze
delia em uereasaõ deferi-
os offisiais
mara estando prezemtes
asignaraõ. E eu Jorge
de fis este termo que
raõ as partes que
escriuaõ o escreuy.
da fonseca freire que
— da Fone. e Ssaa
de Mello Fernd."
Gomes
Joseph
— Mel. de Almeyda Costa.
Ant.° de Fr.a Pimtel.

fizeraõ os offisiais
Termo de uereasaõ que

da camara deste Senado.

sete semtos e
de agt.» de mil e
Aos sete Dias do Mes
nas cazas da
uilla Riqua de Albuquerque
honze annos, nesta
delia em uereasaõ
-amara os offisiais
delia estando prezemtes
de tis este
todos os seus Requenmtos. que
deferirão as a
ptes.
da Fonseca ireire escriuao
asignaraõ. E eu Joge
termo que

o esc^^
que a Mas-
„ _ Manoel de Figrd.0
da Fonc e Ssáá
— de Gusman Mc." Bueno
_ Fr." Pimtel. Fellix
Ant.° de
qs.
— Mel. de Almeyda Costa.
212

fizeraÕ os offisiais
Termo de uereasaõ que

da Camara deste Senado. (*)

seruisem o cargo de al-


bem e uerd.adramte,

o de Ds. e de Sua Magde.


em tudo seruiço
motaseis guardando
de o ouueraõ emcaRe-
direito as segredo yostiça que por
ptes.
de mandaraÕ fazer este
e os ouueraõ emposados que
gado por
ditos almotaseis E eu da
termo asignaraõ com os Jorge
que
escriuaÕ da Camara o escreuy.
Fonseca freire que
— da Fonc.a e Ssaa
Gomes de Mello Fernd.0
Joseph
— —
— Masqs. Ant.° de Fr.a Pimtel.
Manoel de Figrd.°
— — Mel.
Ramos Mel. de Almeyda Costa
Luis De Almd.a

Frrz' de Azeuedo.

do Mes de outubro de mil e sete sen-


Aos seis Dias

Rica de albuquerque em as
tos e honze annos, nesta Villa

fazer a uereasaõ ahi offisiais


cazas donde se costuma pellos

da Camara, foi acordado o segte.

ser nessesario mandarem se al-


Acordaraõ que por

de milho e feiyaõ sustemto da que


mantimtos. p.a gemte
guns
socorro o Rio de a^ expul-
destas minas foi em p.a yanç,0 para

do inimigo naquella se acha se tomaraÕ quan-


çaõ que praça

aos Roseiros do campo das minas e


tide. de m.° e feiyaõ gerais

alqueire de milho he de
o comun e de cada
porque preço geral

alqueire de FeyaÕ he de tres outauas man-


duas outauas, e o

este acordaõ tirar a duuida se podia


daraÕ escreuer p.a que

do a declarasaÕ do dito
mouer ao tempo pagamt.0 para preço.

modo ouueraõ esta uereasaõ feita e


E este por
por
de fis este termo em todos asignaraõ E eu
acabada que que

da Fonseca freire escriuaõ da camara o escreuy.


Jorge
— — —
Mello Masqs. Pimtel. Costa.

— Falta, aqui, a fl. 6 do códice.


C)
213

de se deu aos Almotas-


Termo Juramt.® que

os mezes de novembro e Dezembro.


seis ande seruir
q'

Mes de nouembro de mil e sete sen-


Aos tres dias do

Rica de Albuquerque em as
tos e onze annos, em esta Villa

os offes. da Ca-
do Ordinário, estando juntos
pouzadas Juis
aos Almotaceis es-
mara em vereassaõ mandaraÕ chamar que

de noubr.° e dezembro o Alteres


tauaÕ <rleitos os mezes
para
Barboza do Prado, e
Franc.0 da Costa de oliur.% e Sebastião

lhes derao o dos


sendo neste Senado Juramento^
prezentes
bem e verdadr.amente seruiçem
Sanctos Evangelhos, p.a que
tudo o seruisso de Ds.
os cargos de Almotaceis, em
goardando
segredo a o que ou-
e de Sua Magde. dirt.° as partes, justiça

empossados, de que
ueraÕ emcarregado, e os ouueraÕ por
por
asignaram com os ditos Almo-
mandaraÕ fazer este termo que
Tam. do e notas,
taçeis; e eu Peres Souto publico Judicial,
João
escreuy, empedimt.0 do Escriuao da Camara.
q' o por
— Ant.° de Fr.a Pimtel.
Gomes de Mello
Joseph
— —
Mel. de Almeyda Costa Se-
Franc.a da Costa de oliur*

bastiaõ Barb.a Prado.


fW*»
\tiij*o

— Pimtel. — Felix de
Manoel de Figrd.o Masqs. Ant.° de Fr.a

Mc.a Bueno — Mel. de Almeyda Costa.


Gusman

— Fr.a Püntel. ~ Franca da


Gomes de Meilo Ant.° de
Joseph
— Almeyda Costa — Sebastiaõ Barb.a Prado.
Costa de oliur.a Mel. de
AN NO DE 1712

de Lemos
—Manuel de Figueiredo Mascarenhas, José
Juizes:

e Moraes.

Domingos Rodri-
de Almeida Costa,
Vereadores:-Manuel
Fernandes de Azevedo.
Raposo, Manuel
gues

— Ferreira Vivaz.
do Concelho: Ventura
Procurador

— da Fonseca Freire.
Escrivão: Jorge

Manuel Teixeira Car-


— Martins da Gama,
Almotaceis: Paulo
Domingos Fran-
Manuel Corrêa Pereira,
valho,
da Silva, Manuel
Pinto
cisco de Oliveira, João
Sebastiao de Freitas
Lopes, Duarte,
Martins José
de Mello e Horta,
Luiz Sol, Manuel
Moreira, José
da Silva Vieira.
Santos Martins, Archanjo

Francisco da Cos-
— de Mello e Horta,
Thesoureiros: Manuel

ta Rios.

— Corrêa
do Campo: José Jaques.
Meirinho
Anno de 1712

Termo de abrimt.® de do Anno


pelcuro prezte.

de sete semtos e doze.

Dia do Mes de de mil e sete


Ao primeiro yaneiro

e doze nesta Villa Rica de Albuquerque nas cazas em


semtos

ayumtaraÕ os offiçiais da Camara, Digo nas cazas aonde


que se

mora hordinario o coronel Gomes de Mello que


o Juis Jozeph

da aonde se aiumtaraõ os offiçiais delia, para


seruem Câmara

de abrir o abriraÕ estaua fechado


effeito o pelouro qual que

e cozido con sinco de lacre na forma o


lacrado e pingos que

Senado o coRegedor da comarquã o Doutor


Remeteu a este

Manoel da Costa de Amorim, e aberto se


Dezembargador

sahirem o CappitaÕ Manoel


adharaÕ na pauta pf yoizes

de figeredo Masquarenhas e de Lemos, e Vereado-


Jozeph para

res o Capitaõ Manoel de Almeida Costa, Domingos Rodri-

Rapozo e Manoel Friz' de Azeuedo, procurador


gues para

frr.a uiuas, de mandaraõ fazer este termo, em


Vemtura que

todos asignaraõ. E eu da Fonseca freire escriuaÕ


que Jorge

da Camara o escreuy.
que
de — Manoel de Figrd.0 Mas-
Gomes Mello
Joseph
— — Manoel de Almeyda Costa.
Ant.° de Fr.a Pimtel.
qs.

Termo de e se deu aos


pose yuramt.0 que

offiçiais da camara sairaõ no pelouro.


q'

Dia do Mes de de mil e sete


Ao primeiro yaneiro

Doze em as cazas donde mora o coronel Go-


semtos e Jozeph

ordinário desta uilla Rica aonde se aium-


mes de Mello Juis

taraÕ os offiçiais da camara abrirem o e como se


P-a pelouro

o capitão Manoel de figeredo Masqras. e


achasem prezentes
capam. Manoel de Almeida Costa, dito Ordinário
o pello Juis

Gomes de Mello foi dado e aos


o coronel Jozeph pose yuramt.0

nouos offiçiais debaixo do lhes emcaRegou bem


ditos qual que
218

e uerdadeiramente seruiçem os ditos cargos em


guardando

tudo o seruiço de Deos, de Sua Magde. Direito as se-


partes,

as e ouue empocado ao capam. Manoel de


gredo yostiças por
figeredo Masqras. no cargo de Ordinário, e ao capam.
Jois
Manoel de Almeida Costa no de uereador, de mandaraõ
que
fazer este termo asignaraõ. Eu da Fonseca freire
que Jorge
escriuaõ da camara o escreuy.

de — de Mas-
Joseph Gomes Mello Manoel Figrd.0
— Ant.° —
qras. de Fr.a Pimtel. Manoel de Almeyda Costa.

Termo de uereasaõ em se deu aos


q' pose
uereadores e procurador.

Aos sinco Dias do mes de de mil e sete sem-


yaneiro
tos e doze annos, nesta Villa Rica de Albuquerque em as ca-

zas em que se aiuntaraõ os offiçiais do senado da dita Villa e

estando yuntos em uereasaõ deu o Manoel de Figeredo


Juis
Masquarenhas e aos uereadores sairão em
pose yuramt.0 que

pelouro- deste anno o Capitão Domingos Roiz' Ra-


prezemte

e Manoel de Figeredo digo Manoel Friz' de azeuedo, e


pozo,
ao procurador Ventura Frr.a Viuas, como também ao
yuis
de Lemos aos quais emcaRegou bem e uerdadei-
Jozeph que
ramte. seruisem os ditos cargos em tudo o ser-
guardando
uiço de Deos, de Sua Magde., direito as segredo a
partes yos-
tiça, de tudo mandou fazer este termo em todos as-
que que

gnaraõ. E eu da Fonseca freire escriuaõ da Câmara


Jorge que

o escreuy.

Manoel de Masqs. — de Lemos


Figrd.0 Jozeph e

Morais — —
Domingos Roiz' Rapozo Mel. Frrz' de Azevedo

Verdura Ferreira Vivaz.

Termo de uereasaõ em Rezolueraõ


que por
editais os cortes de e se tirarem li-
para gados para
senças do Senado.

Aos sette Dias do Mes de de mil e sete sem-


yanr.0
tos e doze, nesta Villa Rica de Albuquerque em as cazas que
ao prezemte seruem da Camara estando os offiçiais
yuntos
219

em aRecadação tudo o que


delia em uereasão Rezoluerão por
mandarão fixar edi-
a este Senado, cuyo efeito
pertençer para

desta Villa e seu destrito pellos quais


tais nas partes publicas
tratantes em gados
aos creadores e mais pessoas
comuocam
desta Villa efeito de se
e a todos os homens' bons' e pouo para

se hão de extabaleçer os ta-


asemtar a milhor forma em que

e criadores de Resebaõ preyoizo


lhos, sem os pouos gado,
que
todas as camaras costumaõ
e este Senado tenha a Renda que

fixar outro edital nas ditas^ ptes.


ter, e outro sim, mandaraõ

uzarem de uender quaisquer


todas as pessoas que
para que
afirao marcos, balanças, Valras,
tirasem lisenças e
gêneros
a Renda do uer 11a
couados e mais medidas, e mandarão por
der, e de como asim o Re-
se aRematar a mais
praça p.a qm.

este termo em todcs asignarao.


zoluerao mandaraõ fazer que
da camara o es-
E eu da Fonseca freire escriuão que
Jorge

creuy.
— de Lemos e
Manoel de Figrd.° Masqs. Jozeph
— — Manoel de Almeyda
Morais Domingos Roiz' Rapozo

— —
Mel. Frrz' de Azd.° Vivaz.
Costa

Termo de uereasão em se elegerão al-


que

os mezes de e feue-
motaseis seruirem yaneiro
para

reiro.

do Mes de de mil e sete sem-


Aos outo Dias yaneiro

e doze, nesta uilla Rica de Albuquerque em as cazas que


tos

seruem de camara, estando os offiçiais


ao prezte. yumtos

RezolueraÕ eleger talmotaseis a Paullo


delia em uereaçaõ por

Martins' da e a Manoel teixeira carualho, seruirem


gama, p.a

de Feuereiro auerem feito dei-


os dous mezes e por
yaneiro

xasão, hordinario do anno Go-


o Juis prosimo pasado Jozeph

de uereador Antonio de faria Pimentel, e de


mes Mello, e o

RezolueraÕ e elegerão uniformemte. as mais


como asim o

ditos dous almotaseis seruirem os ditos dous me-


uozes os p.a

zes mandaraõ fazer este termo em todos asignaraõ. E eu


q'

da Fonseca freire escriuão da Camara o escreuy.


Jorge
— de Lemos e
Manoel de Figrd.0 Masqs. Jozeph
— — Roiz' Rr.-
Morais Manoel de Almeyda Costa Domingos

— —
Mel. Frrz' de Azd.° Vivaz.
pozo
220

E logo no mesmo Dia Mes e Anno atras declarado

sendo chamados os ditos dous almotaseis, Paullo Martins' da

e Manoel teixeira de carualho, a este Senado se lhe deu


gama,
e dos Samtos Euangelhos em hü liuro delles
pose yuramento

debaixo do qual lhe emcaRegaraÕ que bem e uerdadeiramte.

seruisem os ditos cargos em tudo o seruiso de


guardando

Deus, de Sua Magde. direito as segredo a e de


ptes. yostiça

como se lhe deu a dita e mandaraõ fazer este


pose, yuramt.0

termo. E como naÕ ouuese mais Rezoluer no dito acordo


que

ouuerão a uereaçaÕ acabada e mandaraõ fazer este termo


por
todos acabaraõ digo asignaraÕ. E eu da Fonseca
q' Jorge

freire escriuaõ da camara que o escreuy.

de — Domingos Roiz' Ra-


Manoel Figrd.b Masqs.
— de — — Miz' da
Mel. Frrz' Azd.° Vivaz Paulo Gama
pozo
— — — Ma-
Jozeph de Lemos e Morais Mel. Teixr.a Carv.0

noel de Almeyda Cesta

Termo de uereasão em se Rezolueu fazer


q'
tizoureiro do Senado

Aos dezaseis Dias do Mes de de mil e sete .


yaneiro
semtos e doze nesta Villa Rica de Albuquerque nas cazas que

ao prezente seruem de camara estando yumtos os offçiais

delia em uereasão Rezolueraõ fazer thezoureiro, para Reseber

a* Rendas deste Senado, e acharem sufisiemçia na


por pessoa

de Manoel de Mello, o elegerão Thezoureiro deste Senado,


por
cobrar as rendas delle de mandaraõ se lhe,pasase
para que

na forma do estillo; e outrosy deferirão as E


provizaõ ptes.

emfre ellas as dos offiçiais dos lemites, e


petiçois padaneos
Rezolueraõ tedo aquelle a se fizese a de ihe
que quem graça
darem dese huã fiança neste Senado, da quamtia
provizaõ
de sem outauas de ouro, asim euitar os descaminhos que
para
se seguir as de mandaraõ fazer este termo,
podem ptes., que
em que todos asignaraÕ. E eu da Fonseca freire es-
Jorge
criuaÕ da Camara o escreuy.
que
Masqs. — — — Azeuedo —
Rapczo Costa Vivaz.
221

de fizeraõ os offiçiais
Termo uereasaõ que

com os creadores e
da camara em RezolueraÕ
que

em e de
do naÕ os talhos praça que
pessoas pouo por
a rnatase m. pa-
cada cabeça de gado pagaria qm.

taca de ouro.

do Mes de de mil e sete


Aos dezouto Dias yaneiro

nesta uilla Rica de Albuquerq' nas


semtos e doze annos,

dê camara, ahonde os offiçiais


cazas ao seruem
que prezte.
em aRecadaçaõ os cortes de gado
delia se ayumtarão para por
e como este efeito se tiuesem
tocaõ a este Senado, para
que
de negociamtes delle, e Pouo
comuocado os criadores gado,

uniformemente as mais uozes, fose


desta Villa, e todos
por
da Regalia lhe
dito naÕ comuinha uzar este Senado que
que
cortes, disso Rezultaua mui-
he em aRematar pois
prometida
negoçiamtes, e moradores desta
to aos creadores,
preyoizo
naõ ainda estabaleçida a forma
Villa e seu termo por estar

nestas minas, e o Senado, naõ perder


destes talhos que para

nos talhos comutar lhe


de algü modo o direito tem querião
que
cada cabeça de que nesta
o Rendimt.0 destes em pagar por gado

de huã outaua de
Villa e seu termo, se cortar a quarta pte.

ditos offiçiais da camara e consideran-


ouro, o uisto pellos
que
dita de huã outaua de ouro,
do de aseitarem a quarta parte
que
ditos se não seguia as Ren-
em comutação dos cortes preyoizo

se de algü modo seguir


das deste Senado, e ao pouo, podia

uniformemente asd|itar a dita quarta


Vtilidade; Rezolueraõ

a chamaõ uulgarmente meya pataca


de huã outaua que
parte
nesta Villa e seu termo se cortar
em cada cabeça de gado, que
mais os creadores, e
naÕ exsetuando desta comtribuiçao que

cu os os tem em seus pastos,


trataÕ em gados, q'
pessoas que
Res de suas fabricas e cazas
matando estes alguã para gasto
dellas uenderem algü este
com tal comdiçaõ se qt.° por
que
satisfazer a d.a comtribuiçao em cheo,
ficarem obrigados a por

e desta Villa foi


e ditos creadores, negoçiamtes, pouo
pellos
a dita comtribuiçao, e se obri-
dito nesta forma aseitauaõ
que
á- dita satisfaçaõ em Refens' do
de sua liure uontade
gauaõ
nos cortes e o cobrar
direito este Senado tem que poderiaõ
que
esta aRecadaçaõ e
na forma mais comueniemte pareser,
que
os ditos offiçiais da Camara asen-
de como asim o diseraõ, e

em asignaraõ com os
taraÕ mandaraÕ fazer este termo que

e Pouo. É eu da Fonse-
ditos creadores, negoçiamtes, Jorge

freire escriuaõ da camara o escreuy.


ca que
222

— Domingos Roiz' Ra-


Manoel às Figrd.° Masqs.
— Manoel Frrz' de Azd."
— Manoel de Almeyda.. Gosta
pozo
— Dos. de
— Ferreira Vivaz
Manoel Corrêa Pr.a Ventura

— — de Mello e horta
Hm.° de Ar.° Tinoco Mel
Araújo Anttas
— — Mel.
Ignasio Dos. Almyd.a de Brito
Ribr.0 Machado
* — + da Sü-
— cout.° de Estevão
Miz' Lopes de Silvestre
— — de
— Duarte Coelho Manoel Tavares João
va Paulo
— — Gonsalves Gr.a
Bento Pereira Lima Ant.°
Barros

— de Almeyda fr.a
Miguel dos Santos de Oliveira Ant."

— — Domingos Montr.'
Manoel Roiz Leaõ Dioguo Fagundçs
-
Francisco — Frias Castel Brc.
da Costa Rios Mel.

— — Mathias Frz'
Franc.0 Alz Coelho Bento Martins Marques

Custodio — Manoel Barboza Maciel
do Couto Rapozo
— — Telles de Me-
Domingos Alvrez Ant.°
Domingos Machado

_ — Lussiano Nunes Teixr.3


Manoel de Souza Pintto
nezes
Lucas —¦ Mendes Pimt.a Do-
Frz' Guimarais Manuel

— Roiz' da Costa Mel. Ribr.


mingos Gouueia Neto Jozeph
— —
— Nogr.° Passos Franc.° de Souza Costa
da Costta Mel.
— — Manoel Roiz'
de Lemos Correia Dias
Salla João
Jozeph

— — de Abreu Fialho Sbam.
Ant.° NuNes Jozeph
Jetuval
de Freitas Mor.a (*)

de vereasaõ fizeraõ os offiçiais


Termo que
o auia de leuar o
da câmara em que Rezolueraõ que

escriuaõ dalmòtasaria.

do Mes de de mil e sete


Aos dezanoue Dias yaneiro

nesta Villa Rica em as cazas que ao


semtos e doze annos,

iuntos os offiçiais delia


seruem da Câmara estando
prezte.
digo em uereaçaõ deferindo as
em uereaçaõ Rezolueraõ que
do escriuaõ dalmòtasaria foi aprezemtada
partes por parte
consedendo lhe este
huã na qual Reprezemtaua que
petição

Senado, se fizeraõ o anno passado parte


pellas posturas que
fizesem, o coRegedor da
nas condenacois os almotaseis
que
não e so lhe
comarqua lhas por lhe pertenserem, que
proibia

Rezisto das almotasarias se lhe prouese


pertensiaõ o pedindo

o comueniente em forma que


em cada genero que paresese

seu trabalho. O uisto ditos offiçiais


se lhe o que pellos
pagase
o dito Escriuaõ dalmòtasaria naÕ
da cam.® atendendo a que

reproduzidas, em nas 223


Estas assignaturas estão gravura, pags.
(*)
e 225.
J/114
" dfj/,
* >v-<)
&&=>
J%
227

he liçito leuar nada nas ditas condenaçois e que o selario que

se lhe arbitrou o anno dos Rezistros he taõ tenue que


passado

com elle naõ uiuer, Rezolueraõ naõ tiuese nada nas ditas
pode

condenasois e ficasem o Senado, e nos RezistoS doo


para que

escritos dalmotasaria leuase de selario de cada genero qt.°

uinteis douro e na escrita fizese em autos leuase


que yudisiais

o mesmo os taballiais, e de cada Rezisto naõ Rezistase


que que

mais hu barril de cada e de como asim o Rezolue


que genero,

raõ mandaraõ fazer este termo em todos asignaraõ. E


que

eu da fonseca freire Escriuaõ da Camara o escreuy.


Jorge que
— — —
Masqras. Rapozo Costa Vivaz.

Termo de uereasaõ.

Aos uinte e tres Dias do mes de de mil e sete


yanr.0

semtos e doze annos, nesta Villa Rica de albuquerque em as

cazas ao seruem de camara, e nella deferirão


que prezemte

as e Rezolueraõ se na as meyas
partes puzese praça patacas

do acharem ser mais comueniente a milhor aReca-


gado por
daçaõ de mandaraõ fazer este termo em que asignaraõ.
que

E eu da fonseca freire Escriuaõ da Camara o escreuy.


Jorge
— — — -
Masqras. Rapozo Costa Vivaz.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


q'

da Camr." em Rezolueraõ o se auia de leuar dos


q' q'

, foros se aforarem.
que

Aos trimta Dias do Mes de de mil e sete sem-


yaneiro

tos e doze annos, nesta uilla Rica de Albuquerq' em as-ca-

zas ao seruem de camara estando yumtos


que prezemte

os offiçiais delia em uereaçaõ se auiaÕ de leuar digo Re-


que
zolueraõ se deuia leuar dos foros se fizesem neste
que que

Senado a meya outaua cada braça de terra oCuparem


por que

em g s catas se fizerem nesta uilla e seu destricto, e de


q*

como asim o Rezolueraõ mandaraõ fazer este termo em q*


228

°
de fer de
Rica e Camara uinte (*)
asignaraõ. Villa
todos
da fonseca freire es-
semtos e doze annos eu Jorge
mil e sete

Camara o escreuy.
criuaõ da que
— — Azeuedo.
— Rapozo Costa
Lemos

se fez e se Rezolueu
Termo de uereaçaõ q'
os ca-
se auia tomar se prepararem
o modo que p.a

minhos.

mil e sete semtos e


do mes de fr.° de
Aos seis Dias
em as cazas que
Villa Rica de Albuquerque
doze annos, nesta
os oiiiçiai*
de camara estando yumtos
ao seruem
prezemte
forma se achaua
Rezolueraõ a milhor que
delia em uereasaõ
seruentia desta uilla
os caminhos a
se redeficarem para
para
dos mantimtos. e ser-
emcapazes a condução
por estarem p.a
a com mais
se em praça qm.
uentia do bem publico puzesem
ser dificultozo o comcor-
os fizese, se achar
comueniencia por
e es es
a feitura delles, que
rer os moradores com escrauos p.a
do Reino dispõem
na forma a hordenaçaõ
se fimtasem que
asim o ispoem,
cazos neste que
em semelhantes prinçipalmte.
fazer este termo que
o Rezolueraõ mandaraõ
E de como asim
escriuao da Camara
da fonseca freire
asignaraõ E eu Jorge

o escreuy. A ,r.
que , —
— — Azeuedo Vivaz.
— Rapozo Costa
Lemos

se fes em q' se
Termo de uereaçaõ que

tomou da Sismaria.
pose

de feur.° de mil e sete


e Dias do Mes
Aos uinte qt.°
de Albuquerque em as ca-
annos nesta uilla Rica
semtos e doze
os offi-
seruem da Camara estando yuntos
zas ao prezente
que
se tomase da sis-
delia em uereaçaõ Rezolueraõ que pose
ciais
Ant.° de Al-
Senado dada pello Sor. gnal.
maria tinha este
que

nem sempre eram lavra-


Esta data faz suppôr que as actas
(*)
da sessão de 30 de
da Camara, visto ser este termo
das no dia das reuniões

se lhe segue da de 6 de Fevereiro. .


Janeiro e o que
229

a se foi logo tomar com as sole-


buquerq' Coelho de caru.° qual

costumao fazer em semelhantes actos; e asim


nidades que se

deferirão a seus Requerimentos, e mandaraõ


mais as ptes.

em todos asignaraõ eu da Fonseca


fazer este termo que Jorge

freire escriuaõ da camara o escreuy.

— — — —
Lemos Rapozo Costa Azeuedo Vivaz.

de uereasaõ fizeraõ os officiais


Termo que

se elegerão as auiaõ
da camara em que pessoas que

de seruir de Almotaseis.

Dias do Mes de feur.0 de mil e sete


Aos uinte e sete

Villa Rica de Albuquerq' em as


semtos e doze annos nesta

da Camara estando os
cazas ao seruem yuntos
que prezemte
Resolueraõ fazerem nouos almota-
officiais delia em uereasaõ

mezes de Março e abril, e a mais uotos


seis seruirem os
para
Manoel coRea Pr.% e a Domingos Franc."
elegerão ao Cappm.

asim mais deferirão as a seus Requerimtos.


de oliueira; e ptes.

fazej* este termo em todos asigna-


e de tudo mandaraõ que

escriuaõ da Camara o
raÕ. E eu da Fonseca freire que
Jorge

escreuy.
— — — Azeuedo.
Masqras. Rapozo Costa

Termo de uerearçaõ fizeraõ os offiçiaís


que

da camara em derão aos nouos almotaseis.


que posse

Aos sinco Dias do Mes de Março de mil e sete sem-

e doze annos, nesta uilla Rica de albuquerq' em as cazas


tos

ao seruem da Camara estando os officiais


que prezemte yuntos

delia em uereaçaõ deraÕ e ao cappam. Manoel


pose yuramt.0

CoRea Pr.a e a Domingos Franc." de oliueira seruirem de


p.a

almotases os mezes de Março e abril aos deu


quais yuramt.0

o Manoel de Figrd.0 Masqas. em hü liuro dos samtos


yuis
euamgelhos, bem e uerdadr.^mente seruisem o dito
p.á que

cargo em tudo o seruiço de Ds. de Sua Mgde., di-


guardando
re?to as segredo a de de tudo mandaraõ fa-
ptes. yostiça, que
230

E eu da Fon-
termo em todos asignaraõ. Jorge
zer este que
da Câmara o escreuy.
seca freire escriuaÕ que
— — —
— Costa Azeuedo Manoel
Masqras. Rapozo

— Dos. Franc.0 de 01iur.a


Corrêa Pr.a

de uereaçaõ fizeraõ os officiais


Termo que

Rezolueraõ se naÕ fizesem Ranchos


da camara em que

sem se aforarem.

sinco Dias do Mes de Março de mil e sete semtos


Aos

nesta uilla Rica de Albuquerque em as cazas que


e doze annos,

da camara estando os officiais


ao seruem yuntos
prezemte
uereaçaõ Rezolueraõ mtas. pessoas que
delia em que porqt.°

uilla o fazem sem lisenca deste sena-


fabricaõ Ranchos nesta

edital em se lhes proibe o


do naõ obostante o ter se posto que

deste senado, e aforamt.0 delle o que


leuamtalos sem lisença

do conselho ordenaraÕ (oda a


he em das rendas que
preioizo
leuantar Rancho sem a dita lisença seia condenado
pessoa que
lhe mande botar abaixo a sua eus-
na do conselho e se
postura

e mesmo se emtenderá com os os tiuerem prencipia-


ta o que

d.° edital naõ estando Realmte. acabados, e com


dos amtes do

comsertar ou redificar algüa caza


todos aquelles que quizerem

das estaÕ feitas, desta sorte se uaõ emdireitando


que p.a que

de. asim o Rezolueraõ mandaraõ fazer este


as Ruas, e como

E eu da Fonseca freire escri-


termo em que asignaraõ. Jorge

uaõ da Camar." o escreuy.


— — — —
Masqras. Rapozo Costa Azeuedo Vivaz.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que

da camara em Rezolueraõ aRematar a Renda


que

das meias patacas.

Aos des Dias do Mes de Março de mil e sete semtos

doze nesta uilla Rica de Albuquerq' em as cazasque ao


e annos

seruem da camara estando os officiais delia


prezte. yumtos
231

se aRematase a Renda das meias


em uereasaõ Rezolueraõ

dias amdaua na e em se
auer muitos que praça
patacas por
tinha mtos. descaminhos na aRe-
demorar a dita Rematação

cadaçaõ dellas, e outro sim Rezolueraõ que qualquer pessoa

e ocultase ao Rendeiro da dita Renda perdese


matase gado
q'
ocultase o dito Rendeiro e trimta
todas as Rezes que asim p.a

de mandaraõ fazer este termo em que


Dias da cadea q'
fone.8 freire escriuaÕ da camar.a o
asignaraÕ. E eu da
Jorge

escreuy.
— — — —
Masqras. Rapozo Costa Azeuedo Vivaz.

Termo de uereaçaõ fizeraÕ os offiçiais


que

da em Rezolueraõ as que auião


camara que pessoas

de seruir de almotases os mezes de Mayo e yunho

deste anno.
prezte.

Dias do Mes de Abril de mil e sete


Aos uinte e sete

nesta uilla Rica de Albuquerq' em as


semtos e doze annos,

da camara estando os
cazas ao seruem yumtos
que prezemte
delia em uereaçaõ Rezolueraõ fazer eleição de pes-
offiçiais

seruirem de almotases os mezes de Mayo e yunho


soas para
ditos cargos a Pimto da
e nomearam para os Jpaõ
proximo,

Manoel Martins' Lofces e de como asim o Rezolue-


Silua, e a

em todos asignaraõ. E eu
raõ mandaraõ fazer este termo que

Fonseca freire escriuaÕ da camara o escreuy.


da que
Jorge
— — — —
Lemos Rapozo Costa Azeuedo Vivaz.

Termo de uereasaõ' em se deu aos


q' pose

haÕ de seruir este Mes de Mayo e yu-


almotases que

nho deste anno.


prezte.

Dias do Mes de Mayo de mil e sete sem-


Aos quatro

nesta Villa Rica em as cazas da Camara es-


tos e doze annos

os offiçiais delia em uereasaõ deraÕ pose aos


tando yumtos
Pimto da Silua, e a Manoel Martins
nouos almotases João

seruirem estes mezes de Mayo e aos quais


Lopes para yunho,
232

deu o ordinário Manoel de Figrd.0 Masqras. o yuramt.0


yuis

em hü Liuro dos Samtos bem e uerdadr*mente serui-


para q'

sem os dittos cargos em tudo o seruiço de Deos,


guardando
de Sua Magde. direito as segredo a de q' de
partes yostiça

tudo mandaraõ fazer este termo em todos asignaraÕ. E


que

eu da Fonseca freire escruaõ da Camara o escreuy.


Jorge que
— — — — Pt.0
Masqras. Rapozo Costa Vivaz João

da Silua Mel. Miz' Lopes.

Termo.de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que

da Camara em tomaraÕ os sinais dos ta-


q' públicos

baliais desta Villa Rica de Albuquerque.

Aos Dias do Mes de Mayo de mil e sete sem-


quatro

tos e doze annos nesta uilla Rica em as cazas da Camara es-

tando os officiais delia em uereaçaõ apareseraõ Jo-


yumtos
zeph Duarte e Peres Soto, tabaliais nesta Villa os quais
Joaõ

uieraõ a dar fianças neste Senado se lhes tomou no L.°


que

dellas e fizeraõ os seus sinais ao deste termo em


públicos, pe

todos asignaraõ com os ditos tabaliais. E eu da Fon-


que Jorge

seca freire escriuaõ da Camara o escreuy.


q'
— — — —
Masqras. Raposo Costa Azeuedo Vivaz

— — —
(Signal Duarte (Signal publico,) João
publico) Jozeph
Peres Souto. (*)

Termo de uereasaõ fizeraõ os officiais


que
da camara em Rezolueraõ se fintasem os
que que

moradores se fazerem os caminhos.


p.a

Aos sete Dias do Mes de Mayo de mil e sete semtos

e doze annos, nesta Villa Rica de Albuquerque em as cazaç

que ao seruem de camara estando os officiais


prezemte yuntos

delia em uereasaõ, acordaraõ p^ra se fazerem os cami-


que

nhos do destrito desta Villa era o milhor modo se em


porem

praça a qm. mais barato os quizesse fazer para cuyo efeito se

deuiaõ fimtar os moradores do destrito o se nomearaõ


p.a que

as segtes. lançar a dita finta, em o Bairro do ouro


pessoas p.a

(*) Estas assignaturas e signa«s vão reproduzidos na gravura da


233. ! I
pag.
)

— — — — Vivaz —
Raposo Costa Azeüedo (Signal publico)
Masqras.
— João Peres Souto.
Duarte (Signal publico)
Jozepn
235

Vellozo, e o Alferes
se nomeou a dita fimta, João
Preto p.a
de Frias e a .
Antonio Dias, a Manoel
Manoel tauares, em
da Suua, o radre laria
de Almeida, em o morro, João
Franc.0
da os forao
no coRego Ant.° Silua quais
Domingos teixeira
forma se auia
e se lhes declarou a que
chamados a este senado

fimta, declarando lhes que


destribuiçao da tal
de tomar na.
caminhos se dei-
mais suauide. ditos
se fazer com
p.a poderem
conforme cada hu podese
aos moradores con suauidade
tasem
o se
sendo con moderasaõ p.R que
e as suas o ayudasem
poses
se lhes deu o yuramt.
nomeadas as quais
elegerão as pessoas
repartisem pellcs pellos_ (sic)
dos samtos euangelhos para que
declarada sem afeiçao nem
moradores a dita fimta na forma

fas esta ues somte.


alguã. E esta fimta se por
dezinclinaçaõ
estar o senado ainda
seruindo de exemplo p* adiamte por
naõ
se Rezolueu na
suprir a estas despezas,
sem Rendas p* poder
o Referido man-
declarada. E de como se acordou
forma asima
asignarao. E eu Jorge
este termo em que todos
daraõ fazer

escriuaÕ da Camara o escreuy.


da Fonseca freire
— —
— — Azeuedo
Masqras. Rapozo Costa
— o a S_üva
— Domircos teixeira da crus Jopm
de Mmeyda
— Ma-
— — Vellozo de Caru.°
Guimes. Ant.° da Silva João
— Mel. de Frias Castel Brac.
noel Tauares

de fiança da Hyronimo de Bar-


Termo que

ros escriuaõ das execusois.

Dias do Mes de Mayo de mil e sete semtos


Aos sete

nesta Villa Rica em as cazas ao prezemte


e doze annos, que

Hyeronimo de Barros e elle


seruem de camara apareseo por

dar fiança neste senado se lhe auia


foi dito uinha a que
que
de sincoemta outauas de ouro da
mandado dar da quamtia

do seu officio de escriuaÕ das execusois o q'


seruentia para

fiador a Manoel de Miranda se obrigou a


ofereseu por que

de fis este termo em asignou com o dito fia-


dita fiança que q'

da freire escriuaÕ da Camara o


dor. E eu Fonseca que
Jorge

escreuy.
-Barros —
Mel. De Mird.a Hyeronimo de Barros.

/
236

Termo
'
,a de uereaçaõ fizeraõ os officiais
que

da camara em deferirão as ptes.


q'

Aos uimte e sinco Dias do Mes de Mayo de mil e se-

te semtos e doze annos, nesta uilla Rica de Albuquerque em as

cazas ao seruem da Camara estando os


que prezemte yumtos

offiçiais delia em uereaçaõ deferirão as de manda-


partes que

rao fazer este termo em todos asignaraõ. E eu da


que Jorge

Fonseca freire escriuaõ da Camara o escreuy.

— — —
Masqras. Rapozo Azeuedo Vivaz.

Termo de fiança da de Ande.


que Jozeph
Ximenes escriuaõ da uentena do districto da H'ta-

tiaya.

Aos uinte e outo Dias do Mes de Mayo de mil e sete

semtos, e doze annos, nesta Villa Rica em as cazas ao


que pre-
zemte seruem da camara estando os officiais delia em
yumtos
uereaçaõ apareseo de Andrade Ximenes com hua
Jozeph pro-
uizaõ onde o auiaõ feito escriuaõ da uentena do destrito
por
da Hitatiaya ao qual mandaraõ dese fiança
que para poder

seruir o dito offiçio da de uinte outau-xs de ouro, e


quamtia
a fiança ofereseu fiador a Manoel CoRea
para qual por que

prezemte estaua o dise se obrigaua a dita fiança p.a


qual que
o q' obrigaua sua e bens auidos e auer de man-
pessoa por que
daraõ fazer este termo ambos asignaraõ. E eu da
que Jorge
Fonseca freire escriuaõ da Camara o escreuy.
que
de Andrade Xemenes — Manoel
Jozeph Corrêa.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que
da Camara em 15 de
yunho.

Aos quinze Dias do Mes de de mil e sete sem-


yunho

tos e doze annos, nesta Villa Rica nas cazas ao


que prezemte
seruem da camara estando os offiçiais delia em4ierea-
yumtos
237

cuyo efeito, a
fazer huã caza de camara para
caõ Rezolueraõ
na e outrosim pello procu-
mandaraÕ em pregaõ praça;
por
'rador
se fizese fiscal das Rendas
do comselho foi requerido

Resebiaõ e pello
falta delle preyuizo,
deste senado que por
deuia dar cobro nos
mais Requerido se
dito foi
procurador
se seguia ao bem
do milho pello preioizo que
atrauesadores
estes moradores ai-
cuya cauzá esperimentauaõ
publico por
taõ dan-
e se deuia atalhar grauisimo
teraçaõ nos preços que
asim os ditos
pareserem, para
no, com as penas que yustas
os em-
como toda a pessoa que presuadir
atrauesadores, para
ditos mantimtos. sc.nao por pre-
dozindo os a naõ uendaõ
que
em dano de toda
dando lhes arbitris geral
ços exorbitamtes,
o uisto ditos
e sosego comun delia, que pellos
esta republica
mais uozes Rezoluerao e
da camara uniformemte. as
officiais
conselho ao Ruador e
fiscal das Rendas deste
nomearaõ por
de se lhe deu
Manoel de Frias Castello Branco que
medidor
ditas Rendas e se lhe deu
aRecadaçaõ das
Regimt.° mjlhor
p.a
e de como o Resebèu asignou
o iuramt.° dos samtos euamgelhos

de milho se lansase pre-


aqui. E emqt.° aos atrauesadores
qüe
de ca-
se nenhuã pessoa qualquer
pello qual prohibiçe que
gaõ
milhos, e os mais
fose atrauesar
lidade condição que podése
de duzemtas outauas de ouro pagas
mantimentos com pena
dous annos, de degredo
as Rendas do comselho e
da cadea para
o acuzador, de to-
da comarqua, e a terça pte. p.a que
fora
para
tirando deuaça na
os ordinários
maraõ conhesimtf ypizes
o Rezolueraõ mandarao
do regimt.0 E de como asim
forma seu
e eu da T-on-
termo em todos asignaraõ Jorge
fazer este que
da camara o escreuy.
seca freire escriuaõ que
— — —
Costa Azeuedo Vivaz.
Lemos

uereasaõ fizeraÕ os officiais


Termo de que
a caza da
da camara em Rezoluerao aRematar
q'

camara.

do Mes de de mil e sete


Aos uinte e dous Dias yunho

Rica em as cazas da camara


semtos e doze annos, nesta Villa

officiais delia em uereaçaõ Rezoluerao


estando os
yumtos
de andaua em a
se aRematase a caza camara que praça
que
Dia; e asim mais Rezòlueraõ
se aRematou, no mesmo
qual
238

se noteficasem as faziaõ çazas sem ftsenea do


que pessoas que

senado e de tudo mandaraõ fazer este termo em todos asir


q'

naraõ Eu da Fonseca freire escriuaõ da Camara o es-'


Jorge

creuy. j
— — —
Lemos Costa Azeuedo Vivaz.

Termo de uereasaõ fizeraõ os officiaes


que
da camara em se lhe Requereo leuarem os aferi-
qué
dores mais do se lhe auia ordenado seu Regi-
q' por

mento.

Aos uinte e sinco Dias do Mes de de mil e sete


yunho

semtos annos, digo e doze annos nesta Villa Riça em as cazas

da camara estando os officiais delia em uereasaõ Re-


yuntos

zolueraõ o segte. se fes a este senado


que por queixa que

Franc.0 Pr.a Cazaboa, e Ma -


uarias pessoas principalmte.

noel de Freitas de lhe leuar demais do Regimt.0 duas outauas

de ouro de Reuista de huns marquos digo de hü marquo de

L.a e balança; sendo lhe dado meya outaua da d.a Reuista


que
lhe leuou duas outauas e o mesmo uzou com Franc.0 pr.a com

hü marquo de m.a Liura e asim mais.ficou conuencido o aiila-

dor Manoel tauares Pr.a em hü terno de medidas a cada hü

dos sobreditos leuando lhe em dobro do lhe dá o seu Re-


que

e sendo mandados uir a este senado naõ deraõ descarga


gimt.0

os Releuase, o uisto ditos officiais da camara


que que pellos

Rezolueraõ uniformemte. as mais uozes se Di-


que prendesem

tos afiladores se auerem neste senado com menos Res-


por

naõ admitindo as ordens' por elles empostas e os conde-


peito
naraõ em dezaseis outauas cada hü na forma da deste
postura

senado ambos fazem hüa de ouro, e em trinta Dias de


que qt.ft
/
cadea cada hü donde naõ seraõ soltos sem a dita
pr.° pagar

condenaçaõ e Restituir o demais leuaraõ aos


que queixozos

e de como asim o Rezolueraõ mandaraõ fazer este termo em

todos asinaraõ E eu da Fonseca freire escriuaõ da


que Jorge

Camara que o escreuy.


— — —
Lemos Costa Azeuedo Vivaz.
239

de uereaçaÕ fizeraõ os officiais


Termo que

em Rezolueraõ as pessoas que pa-


da camara que que

foros naÕ laudemios qd.° uendesem.


gasem pagariaõ

do mes de de mil e sete sem-


Aos trimta Dias yunho
em as cazas da camara es-
tos e doze annos, nesta uilla Rica

delia em uereaçaõ Rezolueraõ o


tando iumtos os o£ficiais

desta uilla se lhes ofe-


segte. alguns moradores
que porqt."
ou aRendar as terras do conselho pella
resia duuida aforar

laudemios sendo esta huã noua creaçaÕ


de pagar os
pençaõ
Regalia de Rezolueraõ uni-
em deuiaõ ter a pouoadores
que
comuidar os ditos morado^
formemte. as mais uoz-es que p.8

ordem a este senado ter mais Rendas


res a uirem aforar em

de laudemios; e com esta con-


se lhe fizese a naõ pagar
graça
mesmo se atenda com^os tem
diçaÕ se lhe aforasem, e o que

de como asim o Rezolueraõ mandarão


aforado athe aqui. E

asinaraÕ E eu da Fonse-
fazer este termo em que todos Jorge

freire escriuaÕ da camara o escreuy.^


ca que
— — —
Lemos Costa Azeuedo Vivaz.

de fizeraõ os officiais
Termo uereaçaõ que

Rezolueraõ as auiaõ
da camara em que pessoas que

os mezes de e
de seruir os cargos de almotases yulho

agosto.

de de mil e sete semtos


Aos seis Dias do mes yulho

em as cazas da camara estando


e doze annos, nesta uilla Rica

delia uereaçaõ Rezolueraõ unifor-


os officiais em
yumtos
de almotaseis nos mezes de yulho
memte. seruirem
que para
Duarte e SeBastiam de
elegiaÕ as de
e agt.° pessoas Jozeph
ditos e de como asim o Re-,
freitas seruirem os cargos
para
termo em todos asinaraÕ
zolueraõ mandarao fazer este que

escriuaõ da Camara o escreuy.


E eu da Fonseca freire
Jorge
— — — Vivaz.
— Costa Azeuedo
Masqras. Rapozo
240

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que
da camara em deraõ e aos nouos
que pose yuramt.0

almotases.

Aos noue Dias do Mes de de mil e sete semtos


yunho

e doze annos,. nesta uilla Rica em as cazas ao przte. ser-


que

uem da camara estando os offiçiais delia em uereaçaõ


yumtos
deraõ e aos nouos almotases Duarte, e
pose yuramt.0 Jozeph

SeBastião de Freitas a deraõ o em hü liuro dos


quem yuramt.0

Samtos Euamgellhos e lhe emcaRegaraõ bem e uerda-


que

dr.*mte. seruisem os ditos cargc.s em tudo o ser-


guardando

uiço de Deos, de Sua Magde., direito as segredo a


ptes. yus-

tiça e de tudo mandaraõ fazer este termo em todos asigna-


que
raÕ E eu da Fonseca freire escriuaõ da Camara o
Jorge que

escreuy.
— — — —
Masqras. Rapozo Costa Azeuedo Vivaz

— Duarte — de Mor.a
Jozeph Sbam. Frtas.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que

da camara em mandaraõ se dese comprimt.0 a or-


que

dem de Sua Magde. Ds. em ordena se


que gde. que

extabaleça coReo nestas minas.

Aos treze Dias do mes de .yulho de mil e sete semtos

e doze annos, nesta Villa Rica era as cazas que ao prezemte


"Câmara
•seruerii dã estando os offiçiais delia pte.
yumtos por

dos do Ayudante Ant.° Alures da Costa o Ca-


procuradores

.Manoel Dias e o Alferes Manoel da Silua Roza foi apre-


pam.
zemtada huã com o traslado de huã carta de* Sua
petição

Magde. Ds, em ouue bem comfirmai a r omea-


que gde. que por

no dito ayudante Ant-.° Alues da Costa fez Dona Iza-


çaõ que

bel Cafaro como tutora e administradora da Pessoa e bens' de

seu lilho Luis Vitorio de Souza Coutinho da mata, para asis-

tente do offiçio de coReo mor destas minas, e da do Rio


çidade

de extabaleçido em utilidade da coRespondençia dos


yanr.0
Pouos e milhor expedição do negoçio como tudo se uerificaua

dos treslados autemticos os ditos procuradores aprezem-


q'

taraõ os se mandaraõ Registar dando lhe cumprimt.0


quais

em oseruancia da ordem do dito senhor o uisto di-


que pellos

tos officiais da camara o seruir de .utilide. auer coReo nestas


241

minas milhor expedição do negoçio dellas premsipal-


para
mte. no destrito desta uilla Rezolueraõ uniformte. se exta-

baleseçe nesta dita uilla CoReo na forma da ordem de Sua

Magde. Ds. e de selario lhe taixaraõ cada car-


que guarde por

ta singella meya de ouro he a de huã


pataca que quarta pte.

outaua e os maços a esse Respt.0 como também os precato-

rios sentenças ou outros desta ou da-


e quaisquer papeis que

uierem Remetidos a esta uilla ou delia outra


quella pte. p.ft

com declaraçaõ as uierem de demtro de todas


pte., que que

estas minas alguã uilla ou destrito delia lhe taixaraõ


para

somte. uimteis he a outaua de huã outaua; com-


quatro que pte.

cluindo a da da outaua se emtende nas


que parte quarta pte.

cartas uierem de fora destas minas esta uilla, e a


que para

da outaua se emtende nas ella uierem de


parte pte. que p.a

todas estas minas. E de como asim o Rezolueraõ os ditos of-

ficiais da camara estando os do dito


prezemtes procuradores,

ayudamte Ant.° Alues da Costa como tais se obrigaraõ a


qne

ter huã caza com saco em se botar as car-


prompta que posaõ

com aquella segurança nessesaria for milhor aRe-


tas que p.ft

c.idarau obrigando se cada um 31 «1 dar comra do cons-


por que

tar emportar o das ditas car-


yuridicamte. poderia prosedido

tas em termo de Dias nestas minas, da


as quais poraõ quinze

do Rio de e dellas em outros a dita cide.


çidade yanr." quinze

sendo ao sabado Dia de coReo nesta Villa, e de como se obr^

na forma sobredita asinaraõ aqui com os ditos offiçiais


garaÕ
de mandaraõ fazer este termo. E eu da Fonseca
que Jorge

freire escriuaõ da Camara o escreuy.


— — — — Manoel
Masqras. Costa Azeuedo Vivaz

— Mel. dá Silua Roza.


Dias

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


que

da camara desta Villa e obrigação dos moradores

delia o Pe. Luis Barboza de arau-


por seu procurador

jo.

Aos treze Dias do Mes de de mil e sete semtos


yulho

Rica em as cazas ao seruem


e doze annos nesta Villa que przte.

estando os offiçiais delia fem uereaçaõ


da camara, yumtos

o Pe. Luis Barboza de Arauyo como pro-


apareseo prezemte
242

delia, digo e
desta Villa e moradores
curador dos moradores
feita na nota do tabaham
delia, bastamte
pouo por procuraçaõ
do Mes de deste pre-
aos dous Dias yulho
loaõ Pires Soto,
officais escnpto deuiao
Requerendo, aos dittos por
zemte anno,
de sem
lograr a Regalia pouoadores,
os seus constetuintes
constrangidos aforar a po
ser obrigados, nem
que pudesem
fizesse termo neste
e do Rezoluesem se
secaõ do conselho, que
offiçiais da camara Rezolue-
uisto ditos
senado. O que pellos
deste senado se naõ emtendia
uniformemte. o edital
raÕ que
amtes da sua creaçao;
se achauaõ feitas
com as cazas que
terra da ao
alargar, tomando poseçao
saluo as pretendesem
era terras deuolu-
as de nouo se aleuantasem
conselho; e que
fazer; nem
estas naõ poderiaõ
tas da mesma poseçaõ, que
neste Senado; e o mesmo se
alargar aquellas sem pr.° aforar

o frontespiçio da
com os que ocuparem
emtenderá quimtais
outra milhor aRuamt.'
ou donde se pode fazer p.a
Rua; pte.
do desp.0 os ditos
uilla Rezoluçaõ consta que
desta noua que

na foi aprezemtada
officiais da camara puzeraõ petição que

detreminou fazer este termo,


dito em se
procurador, que
pello
outra couza e pello
este senado se naõ posa ynouar
para q' por
nome dos ditos seus cons-
foi dito aseitaua em
dito procurador
na forma se tinha Rezol-
tituimtes tudo asima declarado que

orbrigaua em nomes dos


desp.° da dita e se
uido pello petição
e tudo o comteudo
ditos seus constituintes a comprir guardar

Requerimt.0 milhor se-


neste termo ser feito a seu para
por"
e das Rendas deste Se-
dos ditos seus constetuintes
gurança
de dr.° de mandaraõ fazer
nado, na milhor forma e uia que
Pe. Luis Barboza de
em asinou o dito Repd.°
este termo que
dos ditos moradores com os ditos offi-
arauyo como Procurador

da Fonseca freire escriuaÕ E eu (sic,)


ciais da camara eu Jorge
escriuaõ da camara o escreuy.
da Fonseca freire que
Jorge
— — — Pe.
— Azeuedo Vivaz O
Masqras. Costa

Luis Barboza de Araújo.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


que

da em fizeraõ Thesoureiro deste Senado.


camara que

-
Aos dezaseis Dias do Mes de de mil e sete sem
yulho

dcze annos, nesta Villa Rica em as cazas da Camara


tos e

estando os officiais delia em uereaçaõ Rezolueraõ fazer


yuntos
243

as Rendas deste Se-


do senado Reseber
se Thezoureiro para
o
e Horta, ter dado contas para
Manoel de Mello
nado, por
Rios Re-
a Franc." da Costa para
elegerão Thezour.0
que por
e sendo cha-
as Rendas do conselho
e dispender todas
seber
o se he
seruiçe o dito offiçio para que
mado, se lhe ordenou,
°
Samtos Euangelhos para que guard*se
deu o dos
yuramt."
dito Franc. da Costa.
de Sua Magde. e pello
seruiço de Deus
de tudo o q
a corata e satisfaçao
Rios foi dito se obrigaua
os ditos offiçiais
e asinou aqui com
constase auer Resebido
eu aa
mandarao fazer. E Jorge
da camara neste termo que

da Camara o escreuy.
Fonseca freire escriuaõ que

fizeraÕ os officiais
Termo de uereasaÕ que

asptes. e condenarao
em deferirão
da Camara que

Requereo o Rendeiro.
as coimas que

e sete semtos e
de Agt." de mil
Aos tres Dias do Mes

as cazas ao prezemte
nesta Villa Rica em que
doze annos,
os officiais delia Rezolue
da camara estando yumtos
seruem
ellas to-
despachando as peticois que por
raõ deferir as ptes.

raõ defeHr
de Ant.° Barbalho
a huâ petiçaõ
aRema-
do comtrato das meyas patacas que
Bezerra fiador
se lhe mandase
da Costa, na qual pedia
tou Rodriges
Jozeph relle do
cobrar o direito
aluara de correr para por poder
pasar elle
dito comtratador e
auer auzemtado o
dito comtrato se
por
do dito comtrato. U
como fiador a satisfaçao
estar obrigado
da camara lhe mandarao pasar
uisto ditos officiais
que pellos
a si todo 0 d']rel™
uertude delle auer
aluara de correr p* por
uertude da
Rodrigues por
toca ao d.° co'mtratador Jozeph
que
nouamte. obri-
uisto estar e ficar
se lhe fez
RemataçaÕ que
Senado a dita Renda.
a satisfazer a este
gado
Manoel de Al-
mais deferir ao Rendeiro
RezolueraÕ
Requereo fose conde-
as coimas segtes.
meida Requereo
que
ao conserto das^aza»
Alures dar prençipio
nado Manoel por -
comtra os editais
uiue sem lisença deste Senado,
em que
nos ditos eai-
na ínposta
deuia ser condenado pena
le, e que
244

Requereo Mais fose condenado Manoel Marques


por

alargar a baranda das cazas em uiue sem licença deste


que

Senado deuia ser condenado na forma delle.


que
Requereo mais a ccima de Ant.° Gomes Crespo por

acresentar as cazas em uiue comtra a forma dos ditos


que

editais sem lisenca a este Senado e na delles


pedir que pena

deuia ser condenado.

Requereo mais a coima de Manoel Lourenço por

fazer huã cozinha sem lisença deste Senado deuia ser


que

condenado na dos editais delle.


pena

O uisto ditos officiais da Vamara rezol-


que pellos
ueraõ uniformte. condenar aos ditos coimados em de-
quatro
zaseis outauas cada hü delles terem a
por quebrantado pustura
do Senado e auerem emcoRido na edi-
penna ymposta pellos

tais se na desta uilla e mandaraõ


que publicaraõ praça pasar
as ordens nessesarias para se executarem os ditos coimados

na dita em os ouueraõ condenados. E de como


quamtia que por

asim o Rezolueraõ mandaraõ fazer este termo em todos


que

asinaraõ E eu da Fonseca freire escriuaÕ da Camara o


Jorge

escreuy.
— —
Masqras. Azeuedo Vivaz.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que
da camara em deferirão a huã de Ant.°
que petição
barbalho sobre o combato das meyas e ali-
patacas,
uiaraõ aos coimados em alguãs das coimas.'
ptes.

Aos seis Dias do Mes de Agt.p de mil e sete semtos

e doze annos, nesta uilla Rica em as cazas da camara estando

os officiais da camara e o o Capam. Mel. de Frd.?


yuntos juis
Masqras. uereadores o Capam. Manoel de Almeida Costa, e

Manoel Friz' de azeuedo, Procurador Ventura fr.a Viuas acor-

daraõ o segte.

falta de officiais de
que porqt.° yustiça para
^uia
fazer as diligençias no tem as detrimt.0 Rezolue-
que partes
raõ fazer meirinho do campo e este dese fiança na forma
que
a daõ os officiais de cuya ocupaçaõ mandaraõ
que padaneos

pasar prouizaõ a Jozeph CoRea


yaques.
245

Rezolueraõ deferir a huã de Ant.° Barbalho


petição

em se mandase cobrar executiuamente trezemtas e


que pedia

e sinco outauas de ouro tantas auia Resebido o com-


trinta que

tratador das meyas Roiz' da Costa e este


patacas Jozeph que

se tinha auzentado e a dita a este Senado


quamtia pretenda

os dous uencidos da dita Renda o que uisto pellos


quartéis
ditos officiais Rezolueraõ uniformemte. se md.° de pe-
pasase

nhora executivo se fazer a aprehençaÕ nos bens' do dito


p.a

comtratador auzente como fazenda Rial cuya execução co-

meterão ao ordinário como executor deste Senado.


yuis

Rezolueraõ mais aliuiar a Mel. Lourenço, Manoel

Marques e Manoel Alures coimados Rendeiro na uerea-


pello

em des outauas a cada hü alegarem rezois


çaõ pasada por

equiualemtes e se lhe comutou em seis outauas de condena-

a cada hü as mandaraõ se cobrasem executiuamte.


çaõ quais

e de como asim o Rezolueraõ mandaraõ fazer este termo em

todos asinaraõ. Eu da Fonseca freire escriuaõ da


que Jorge

camara que o escreuy.


— — —
Masqras. Costa Azeuedo Vivaz.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que

da Camara em Rezolueraõ deferir as e a


que ptes.

uarias ellas foraõ aprezemtadas.


peticois que por

Aos treze Dias do Mes de agt.° de mil e sete semtos

e doze annos, nesta uilla Rica em as cazas da camara delia

estando os officiais em uereaçaõ Rezolueraõ comu-


yumtos

tar a condenaçaõ dezaseis outauas em foi condenado


que
^e
Ant.° Gomes Crespo em seis de ouro logo mandaraõ co-
que

brar executiuamte. cuyo abatimt.0 se fes auendo Respt.0 ao

em sua alegou das se mandou caRegar ao


que petição quais

Thezour.0 deste Senado a que lhe toca saõ quatro


pte. que

outauas e m.a como também treze outauas e meya toca-


què
raõ ao Senado das tres condenaçois da uereaçaõ pasada; que

tudo se caRegou em huã Reseita; e as seis se entregaraÕ ao

Rendeiro.

Acordaraõ mais o offiçio de escriuaõ dalmo-


prouer

tasaria na de Franc.0 Pinheiro da Crus delle auer


pessoa por
feito deixaçaõ Manoel Roiz' Caldas;
246

Acordaraõ mais mandar noteficar Ant.° Barbalho Be-

zerra fiador da Renda das meyas o


patacas para que pagase

quartel uençido.

Acordaraõ mais emtregar a Prouizaõ de Meirinho

do campo se mandou a uereaçaõ a


que pasar pasada Jozeph

CoRea com obrigaçaõ de cobrar os foros e Rendas


yaques,
deste Senado sem leuar deligcas. as saluo aquel-
poriço ptes.

les Remiços se proseder comtra elles o se obri-


que por qual

gou asim o fazer o mandaraõ fazer este termo em que


para q'

todos asinaraõ E eu da Fonseca freire escriuaõ da Ca-


Jorge

mara o escreuy.
que
— — —
Masqras. Costa Azeuedo Vivaz.

E logo no mesmo Dia Mes e Anno, Rezolueraõ mais

se editais e se fexasem nas mais publicas


publicasem ptes.

desta uilla todas as tiuesem logeas aber-


para que pessoas que
tas e uendagens' e todos os officiais de quaisquer officios que

seyaõ nesta uilla e seu termo tirasem nouas lisenças na forma

da lei do Reino e estillo obseruado na uilla do Ribeirão por se

lhe terem completado os seis mezes de tempo se lhe auiaõ


que

consedido em pasado; cuyas lisenças detremi-


yanr.0 proximo

naraÕ as tirasem os ditos moradores todo este mes de


por
Agt.° com cominaçaÕ de naõ o fazendo emcoRer nas pen-
que

nas deste Senado, e de como asim o Rezolueraõ mandaraõ

fazer este termo em todcs asinaraõ E eu da Fonseca


que Jorge
freire escriuaõ. da Camara o escreuy.
que
Masqras. — — —
Costa Azeuedo Vivaz.

Termo de uereasaõ fizeraÕ os officiais


que
da camara em Rezolueraõ aRematar os caminhos
que

para se consertarem e lancaraÕ hua coima Re-


que

quereo o Rendr.0

Aos uinte e sete Dias do Mes de agt.° de mil e sete

semtos e doze annos nesta uilla Rica em as cazas da camara

estando yumtos os officiais delia em uereaçaõ Rezolueraõ por


na os caminhos os consertarem milhor os
praça para quem
fizese e mais baratos.
247

mais deferir a huã coima Requereo


Rezolueraõ que

Mel. dos Samtos Lares a qual se


o Rendeiro do uer comtra

ao Thezour." deste Senado.


mandou logo cobrar e se caRegou

deferir as despachando alguas


Rezolueraõ mais ptes.

nelle e de tudo mandaraõ fazer este


se meterão
petiçoís que
E da Fonseca freire es-
termo em todos asínarao eu Jorge
que

criuaÕ da camara o escreuy.


que
— — —
Masqras. Costa Azeuedo Vivaz.

fizeraÕ os officiais
Termo de uereacaõ que

Rezolueraõ fazer os almotases p.a


da camara em que

os mezes de setr." e outubro.


seruir

do Mes de Agt.° de mil e sete


Aos uinte e sete Dias

Rica em as cazas da camara


e doze annos nesta Villa
semtos
nereaçaõ Rezoluerao fazei
iuntos os officiais delia em
estando
de e outubro em
os mezes setembro
almotases oara seruirem
de Mello e Horta como
de Luis Sol e Manoel
as pesoas Jozenh
seus Requenmtos., e de tudo
deferirão as ptes. aos
também
E eu da
fazer este termo em que asinaraõ. Jorge
mandaraõ

freire escriuaõ da camara o escreuy.


Fonseca
— — —
Rapozo Costa Vivaz.
Lemos

Termo de uereaçaÕ em se deu aos


que pose

eleitos almotases se elegerão.


que

Aos tres Dias do Mes de Setembro de mil e sete

doze annos nesta Villa Rica em as cazas da camara


semtos e

estando os officiais delia em uereaçaõ deraõ pose e yu-


yuntos
ramt.0 seruirem de Almotases, a Luis Sol, e a Ma-
para Joseph

noel de Mello e Horta em os mezes de setembro e outubro

deste anno: Rezolueraõ mais digo anno, aos quais


prezemte

debaixo do mesmo dos santos euangelhos emcaRe-


yuramt.0

bem e uerdadr.amte. seruisem os ditos cargos guar-


garaõ que

dando em tudo o seruiço de Deus, de Sua Magde., direito as

segredo a
ptes. yustiça.
248

hü edital atendendo ao
AcordaraÕ mandar publicar

de todos os moradores desta Villa pella


grauisimo preyoizo

de tem experimentado sendo cauza os atra-


falta gados que

malisiozamte. alcansarem milhor naõ


uesadores que para preço

uilla algü e Remediar este danno Re-


emtra nesta gado para

zolueraõ uniformemte. mandar o dito edital para que


publicar
de calide. seya tiuer
nenhuã pessoa qualquer que que gados

termo ou algü titullo lhe o


nesta Villa e seu q' por pertença

o cortar nem uender fora


domínio delle naõ posa mandar para

desta mesma Villa e seu termo, amtes em termo de outo Dias

uiraõ ou mandaraõ cortar nesta dita uilla como


peramtorios os

faziaõ e no termo delia como sempre fizeraõ


the o prezte.
o nessesario for todas as sestas
trazendo o paulatinamte. que

feiras e sabados de cada somana como sempre foi estillo sem

deuirtaÕ Rés alguã das se acharem da do


que que publicaçaõ

dito edital nos Reguengos e campos maninhos, ou pastos par-

ticulares desta mesma Villa e seu termo, com de


penna per-

dimt.0 do mesmo ou do ualor delle ametade o acuza-


gado para

dor e outra ametade as obras do conselho e dos


para que ga-

dos nesta Villa e seu termo se cortasem naõ leuariaÕ mais


que

os cortadores de sinco outauas cada hü falta


por quarto pella

de se esperimt.a de naÕ seruindo isto de


que prezemte gados

exemplo os tempos uindouros, debaixo da mesma


para penna

na forma asima se declara no ouueraõ por Rezoluido


que que

e mandaraõ fazer este termo em todos ásinaraÕ E eu


que

da Fonseca freire escriuaõ da Camara o escreuy.


Jorge que
— — — — —
Lemos Rapozo Costa Azeuedo Vivaz

Luis — Mello horta.


Jozeph Sol Mel. de e

Termo de uereasaõ fizeraõ os officiais


que
da camara em deferirão as e a huã coima do
que ptes.
Rendeiro Manoel de Almeida.

Aos dezasete Dias do Mes de Setembro de mil e sete

semtos e doze annos nesta Villa Rica em as cazas da camara

estando os offiçiais delia em uereaçaÕ, o Manuel


yumtos yuis
de figrd.° Masqras. os uereadores Dos. Roiz' Rapozo, e o Ca-

Manoel de Almd.a Costa, e Manoel Friz' de Azeuedo o


pam.

Procurador Vemtura Fr.a uiuas, Rezolueraõ o seguimte.


249

de Almeida duas coi-


o Rendeiro Manoel
Requereo
Ramalho, auerem
de Souza, e André por
mas comtra Inaçio
deste Senado os
impostas editais
emcoRido em as penas pellos
de ouro cada hu.
em dezaseis outauas
auais foraõ condenados
tendo se lhe
de Souza leuantar hü quimtal
a saber ignacio por
fincar hu esteyo no
aforar, e André Ramalho por
mandado
lisença do Senado e
cazas em uiue, sem
camto das suas que
e de tudo
as a seus Requerimtos.
asim mais deferirão ptes.
todos asinaraÕ. E eu Jorge
fazer este termo em q'
mandaraõ
da Camara o escreuy.
da Fonseca freire escriuaõ
— — Vivaz.
— — Costa Azeuedo
Masqras. Rapozo

tomou sobre hü
Termo de RezoluçaÕ que se

moradores do Pe. Faria.


Requerimt.0 fizerao os
que

Dia Mes e anno deferirão huã pe-


E logo no mesmo

em Requereraõ huã ues-


tiçaõ dos moradores do Pe. faria que

deste Senado fazer, e Rezolue-


toria, a foraõ os offiçiais
qual
sobre mouem os moradores do aRayal
raõ se fizese a pomte que
os na consinada no
do Pe. faria duuida huns com outros, pte.

ditos da Camara fi-


mevo Digo consinada pellos officíais que

híndo desta Villa baixo amtes


zeraÕ a uestoria he para
que
do aRayal do Pe. faria, aonde
de chegar as primeiras cazas

a seraõ obrigados
estaua huã pomte pequena qual
prencipiada
como também todo o ge-
a fazer capás de asim gemte
pasar
cazo se aRuine, serão obriga-
nero de caualaria e gado e que

com os moradores do aRayal


dos a Rehedificala os contendentes

Marques, Pedro Dias, e Manoel Pipto,


o Capam. Bertholameu

lauras forão cauza de^se aRuina-


emqt.0 trabalharem nas que

de asim o Rezoluerao em a ditn


rem a pomte amtigua, e como

fazer este termo em todos asinaraõ


uesturia mandaraõ que

eu da Fonseca freire escriuaõ da Camara que o escreuy.


Jorge
— — — Azeuedo.
Lemos Rapozo Costa
250

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que

da camara em se absolueu André Ramalho de


que

huã condenaçaõ e se respondeu huã carta do contra-

tador dos dos


quimtos gados.

Aos uimte e noue Dias do Mes de outubro de mil e

sete semtos e doze annos, Dia em se fes a uereaçaõ


que pr*

na caza da camara noua, estando os officiais delia o


yumtos

yuis ordinário o Capam. Mel. de Figrd.0 Masqras. o Vereador

o Capam. Dos. Roiz' Rapozo, o Vereador o Capam. Manoel

de Almd.ft Costa, e Manoel Friz' de Azeuedo e Rezol-


yuntos
ueraõ o segte. Digo de Azeuedo, do comtratador dos
por pte.

quimtos dos foi aprezentada huã carta este Sena-


gados que
do Resebeu em a daua comta do estado em
qual que-estauaõ
os comdutores dos o naõ trazerem e
gados para quá que por
esta Rezaõ os o nos comuo-
padeciaÕ pouos, para que pedia
casemos este, para lhes fazer dezisteria do com-
prezte.
trato os mezes lhe faltauaÕ, mandandoo' nós asim, ao
que que
se respondeu daria.mc>s comta ao sor. detre-
que gnal. para q'
minase o emtendese comuinha ao Real seruiço e bem
que
comun dos o mandamos Registar no L.° dos
pouos para q'
Rgtos. desta Camara, huã e outra carta, ser esta a Rezo-
por
luçaõ se tomou nesta matéria.
que

Acordaraõ mais absoluer a André Ramalho de huã

condenaçaõ em que tinha sido condenado hü auia


por pau que
no camto dasúas cazas, se achou naõ ser
posto que preyudiçial
a Rua, e de tudo mandarão fazer este termo em todos
que
asinaraÕ E eu da Fonseca freire escriuaõ da camara
Jorge que

o escreuy.

Masqras. — — —
Rapozo Costa Azeuedo.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os officiais


que
da Camara em fizeraõ almotases haô cie ser-
que que
uir os mezes de nour.0 e dezr.0

Aos sinco Dias do Mes de nouembro de mil e sete

semtos e doze annos, nesta Villa Rica de Albuquerq' em as

cazas da Camara, estando" os officiais delia, o Capam.


yumtos
de Lemos e Morais ordinário, o Capam. Maneei
Jozeph yuis
e Manoel Friz' de Azeucdo
de Almeida Costa Vereador segd.°,

fes o cargo de Procurador do conse-


Vereador mais moço que
doemte, e todos uniformemte. Rezolueraõ
lho se achava
que

o segte.

auerem- acabado os Almotases dos mezes


Que por
os ditos cargos os mezés de
elegiaõ seruirem
paçados para
dezembro em as de Samtos Martins', e
nouembro e pessoas

os foraõ chamados a este Senado áonde


Arcango dá„Silua, quais
dos ditos cargos, em hü liurç dos
se lhes deu'pose e yuramto.

se lhe emcaRegou bem e uerdádr.*-


samtos euangelhos e que

ditos cargos em tudo o seruiço


mte. seruicem os guardando

de Deos, de Sua Magde. Direito as segredo a yustiça.


ptes.

deferirão a huã Petição de Ignaçio de Sou-


Outrosim

a condenação se lhe tinha feito


za na qual mostraua que que

senado do Rendeiro Manoel de Almd.a


este a Requerimt."
por
suposta tinha desp.0 do Se-
tinha sido por emformaçaõ pois ya

o ouueraõ absoluido da dita coi-


nado, em uertude do qual por

ma. v

o Rezolueraõ mandarao fazer este


E-De como asim
'q'
termo em todos asinaraõ com os eleitos almotases. E eu

da Fonseca; freire escriuaõ da Camara o escreuy.


Jorge
— Domingos Roiz' Ra-
de Lemos e Morais
Jozeph
— — Frrz' de Aze-
Manoel de Almeyda Costa Manoel
pozo
— — da Silva Vr*
uedo Santos mz' Archanjo

N
ANNO DE 1713

— Leme da Silva, Paulo Martins da Gama.


Juizes: Francisco

— Alves Corrêa, Pedro da Rocha Gan-


Vereadores: Francisco

davo, Manuel Corrêa Pereira.

— Estevão de Almeida.
Procurador do Concelho:

— Velloso dè Carvalho.
Thezoureiro: João

— da Fonseca Freire.
Escrivão: Jorge

Almotaceis:—; Francisco da Silva ríetto, Manuel Martins Gar-

neiro, Antônio Martins LeSsa, Estevão Ferreira de

de Moraes, Manuel Gomes da Silva, Belchior No-

Gomes, Bartholomeu Marques de Brito,


gueira
Domingos Fernandes de Brito, Domingos de Arau-

Antas, Manuel Coelho Pereira, Bartholomeu


jo

Fialho de Azevedo, Antonic Ramos dos Reis.

— Rodrigues da Silva.
Alcaide: João

— Pinheiro da Cruz. '


Porteiro: Francisco

Lisboa: — O Padre-Mestre Frei


Procurador da Camara em

Francisco de Menezes.
Anno de 1713

Termo de abrimt.0 de Pelouro do Anno de

1713.

Ao Dia do Mes de de mil e sete sem-


primeiro yanr.0

nesta Villa Rica de Albuquerque em as ca-


tos e treze annos

estando os officiais delia o Capam. Ma-


zas da câmara yumtos
ordinário, e o Capam. de
noel de Frd.° Masqras, yuis Jozeph

ordinário e o Capam. Manoel de


Lemos e morais segd.0 yuis

Vereador segundo e Fr.a Viuas Pro-


Almeida Costa Vemtura

do conselho e todos se abriu o man-


curador yuntos pelouro que

dou este senado o coRegedor da comarqua o Dezembardor


a

Amorim, o estaua cozido e la-


Manoel da Costa.de qual
(sic)
crado com sinco de lacre e nelle se achou sairem para
pingos

no anno de Mil e sete semtos e treze neste Senado;


seruirem

mais uelho o Capam. Franc.° Leme da Silua, para


para yoiges
segd.° Paullo Martins da uereadores Franc.°
yuis gama; para

segd.0 Pedro da Rocha Gandauo, terseiro o


Alures CoRea,

Pereira Procurador Esteuaõ de Al-


Capam. Manoel CoRea p.a

meida Thezour.0 Velozo, e de tudo mandâraõ fazer este


Jcaõ
asinaraõ. E eu da Fonseca freire
termo en que todos Jorge
'escreuy.
escriuaõ da Camara que o
— —
Masqras. Costa Vivaz.

logo no mesmo Dia Mes e Anno, asima declarado


E

deu e se acharem aos uereado-


se pose yuramt.0 por prezemtes

Franc.° alues CoRea, e Pedro da Rocha Gandauo e ao pro-


res

de Almeida a o ordinário deu o


curador Esteuaõ quem yuis

dos euangelhos em hü liuro delles e lhe em-


samtos
yuramt.0
uerdadr.amte. seruisem os ditos cargos
caRegou que bem e
256

em tudo o seruico de Ds. de Sua Magde. direito as


guardando

segredo a e de como asim o man-


partes yustiça prometerão
daraõ fazer este termo em todos asinaraõ. E eu da
que Jorge

Fonseca freire escriuaõ da Camara o escreuy.


que
Masqras. — — da
Franc.0 Alz' Corrêa P.° Rocha
— de
Gandauo Èsteuaõ Almd.a

Termo de uereaçaõ fizeraõ os. nouos of-


que
ficiais da camara em deraõ aos e
que pose yuizes

uereador que faltaua.

Aos Dias do Mes de de mil e sete sem-


quatro yanr.0

tos e treze annos nesta Villa Rica de Albuquerque em as ca-

zas da camara estando os officiais. delia ahi Ve-


yumtos pello
reador mais uelho o Capam. Franc.0 Alures CoRea foi dada

e aos ordinários, o Cappam. Franc.0 Le-


pose yuramt.0 yuizes
me da Silua, e a Paullo Martins' da Gama lhe aprezem-
por
tarem suas cartas de uzança e logo mesmo dito uerea-
pello
dor mais uelho foi também dada e ao Cappam.
pose yuramt.0
Manoel CoRea Pereira no cargo de uereador aos huns'
quais
e Outros deu o dos samtos euangelhos em hü liuro
yuramt.0
delles sobre cargo do lhe emcaRegou bem e uerda-
qual que
dr."mte. séruisem os ditos cargos em tudo o ser-
guardando
uiço de Deus de Sua Magde. Direito as segredo a
partes, yus-
tiça e dè como asim o mandaraõ fazer este termo
prometerão
em que toçfcos-asinaraõ E eu da Fonc.a freire escriuaõ
Jorge
da camara o escreuy.

Franc.0 Alz' — —
Corrêa Paulo Miz' da Gama Franc.0

da —
Leme Silua Manoel Corrêa Pr.a

E no mesmo Dia Mes e Anno acordaraõ os ditos of-

ficiais da câmara estando Vniformemente fazerem os


yumtos
almotasés para seruirem nos mezes de e Feuereiro,
yaneiro
em as Pessoas de Franc.0 da Silua Netto e na de Manoel Mar-

tins' Carneiro, acharem capazes e serui-


pellos ydoneos para
257

a este Senado e
os foraÕ chamados
rem os ditos cargos quais
da Posse e
ordinário Paullo Martins' gama
lhes deu o yuis
e lhes emca-
hum liuro dos Samtos Euangelhos
em
yuramt.0
seruisem os ditos cargos guar-
Regou bem e uerdadr.amte.
que
de Sua Magde. direito as
tudo o seruiço de Deus,
dando em
o man-
a E de como asim prometerão
segredo yustiça.
partes,
asinaraõ com os ditos
fazer este termo em todos
daraõ que
escriuaõ da camara o
E eu da Fonc.a freire
almotases. Jorge

escreuy. __ , ., , _ t- o
— — Franc.^
da Esteuao de Almd.
Paulo Miz' Gama
— Manoel Corrêa Pr.
— da Rocha Gandauo
Alz' Corrêa P.°

— — Mel. Martis' Carneiro.


Franc.0 da Silua Netto

fizeraõ os officiais
Termo de uereaçaõ que

em deferirão as ptes.
da camara q'

de mil e sete sem-


Dias do Mes de
Aos sete yaneiro
as»cazas da camara es-
annos nesta Villa Rica em
tos e treze
delia uereaçaõ o ordinário
os officiais em yuis
tando yumtos
uereadores Franc.0 Al-
Leme da Silua e os
o Capam. Franc.0
e o Capam. Manoel
e Pedro da Rocha Gandauo
ures CoRea
de Almeida e todos
Pereira e o Procurador Esteuaõ
CoRea

Rezolueraõ o seguinte.
Vniformemte.
de medir ate aqui se
Acordaraõ as uaras que
que
alguãs fizerao
uzauam nesta Villa queixa que pessoas
por
afiridor de
se dese nouo ao p.
estauaõ mt.° grandes padraõ
deu huã uinda do Rio de
elle o se lhe
nouo as aferir por p.' que

onde as auia de aferir.


yanr.0 por
ao Thezour. deste Sena-
Acordaraõ mais dar pose
uelozo de Cai-
nomeado na este anno Joaõ
do que sahiu pauta
Leme da Silua deu
o Digo Franc." pose
uaiho a qm. Juis Jozeph
hü liuro delles e lhe em-
dos Samtos euangelhos em
e vuramt.0
fizese sua obrigaçaÕ o qual
caRegou bem e uerdadr.amte.
que
asinou aqui com os mais ofticiais.
dito Velozo de Carualho
Joaõ
se nesseçitaua de hü porteiro
Acordaraõ mais que
dito a Franc. ÍV
e nomearaÕ o cargo
este Senado para
para
dalmotasaria e lhe alui-
da Crus seiue de escriuaõ
nheiro que
de cada lísença das que
de .-dario meya de ouro
traraõ pataca
tem logeas.
se tirascm nesta Villa pellas pessoas que
258

Requerimt.0 do escriuaõ da Ca-


Acorclaraõ mais por
em cada lisenca das ti-
mara se lhe aluitrase meia pataca que

e termos de fiança
rasem a tinta e papel que gasta pellos
para
embargo do termo se ffes
daõ das ditas lisencas sem que
que
uereaçaõ do Anno de sete semtos e honze.
na pr.a
em a Renda do
AcordaraÕ mais mandar por praça

a uarias se despacha-
uer, e deferirão as partes peticois que

termo em todos asi-


raÕ e de tudo mandaraõ fazer este que

freire escriuaõ da Camara o


naraõ E eu da Fonseca
Jorge

escreuy.
— — — —
— Gandauo Pr.a Almd.a
Leme Corrêa

Vellozo de Carvalho.
Joaõ

de uereaçaõ se fes em se
Termo que que

fazemseremse os officios
Rezolueu (sic) yuizes p.a

desta Villa.

do Mes de de mil e sete


Aos Dias yaneiro
quatorze
nesta Villa Rica em as cazas da camara
semtos e treze annos,

delia o Paullo Martins' da


estando os officiais yuis
yuntos
o Capam. Franc.0 Alures CoRea, e Pe-
Gama, e os uereadores

e o Capam. Mel. CoRea Pr.a e o procu-


dro da Rocha Gand.0

de Almeida e todos Vniformes Rezolueraõ o


rador Esteuaõ

segte. ...

AcordaraÕ ser comuen!ente fazer dos offiçios


yuizes

nesta Villa estes com seus uotos se lhe faze-


que ouuese para
se haõ de dar a todos os offiçiais com tai-
rem Regimtos. que
do haõ de leuar obras fizerem, o
xas que pellas què para que

os offiçiais a este Senado, dos offiçios, e


se chamaraõ todos

lhe tomado seus votos se achou sahir a mais uotos o


sendo p.a

de ferreiro, a Ant.° Coresma e o offiçio de carpin-


offiçio para

e o de alfayate a Franc.0 e
teiro, a Franc.0 gomes; para Joaõ

de sapateiro Ribeiro. Os foraÕ chamados


para o Jozeph quais

Senado aonde se lhe deu o dos samtos euan-


a este yuramt.0

bem e uerdadr.amte. seruisem os ditos cargos;


gelhos p.a que
AcordaraÕ mais aRematar a Renda do uer an-
que

daua e aRematou a Esteuaõ da Cunha; e deferirão


em praça se

as aos seus Requerimtos. e de tudo fis este termo em que


ptes.

todos asinaraõ comigo escriuaõ da Fonc.a freire escriuaõ


Jorge

da Camera o escreuy.
que
259

— — —
— — Pr.a Almd.a
Gama Corrêa Gandauo
* — de
— de Ribeiro
Coresma de André. Lx.a Jozeph
Ant.°
* Franc.°.
Joaõ

de uereaçaõ fizeraõ os officiais


Termo que

se deferiu as e se mandou
da Caméra. em que partes

em a carserage.
por praça

do Mes de de mil e sete


Aos uinte e hü Dias yaneiro

nesta Villa Rica em as cazas da Camera


semtos e treze annos

delia em uereaçaõ o ordinário


estando os offiçiais yuis
yumtos
uereadores Franc.° Alures Co-
Paullo Martins' da Gama, os

o Procurador Esteuaõ de
Pedro da Rocha Gandauo, e
Rea, e
RezolueraÕ o segte._
Almeida e todos uniformemte.

o offiçio de carsereiro na pra-


Acordaraõ mandar por
mais dese elle este Se-
se aRematar a quem por para
ça para
d.° officio auzençia do carsereiro
nado auer uagado o por
por

seruia Damazo Franc.0


que
em a obra da Cadea
Acordaraõ mandar por praça

mais barata a fizer com


desta Villa se ha de fazer a quem
que

condisois se lhe hão de dar.


as que
deferir aos officiais de carpinteiro a
Acordaraõ mais

fizeraõ de se fizese noua eleição para


hü Requerimt.0 que que

do d.° offiçio rezois auia emcapasi-


do officio por que que
yuis
fes noua eleição de sahiu
tauaõ ao se tinha eleito; e se que
que
fes do dito offiçio a
nella segd.a eleição se por Juis
pella que
a este Senado, a deu o yu-
Manoel Giz.' o se chamou qm.
qual
e lhe emcaRegou fizese sua obrigaçaõ.
ramt.0 o ordinário,
yuis
mais deferirão as a seus Requerimtos.
E asim partes
editais sobre os atraue-
Acordaraõ mais mandar por

mais mantimtos. com de perdimtos.


sadores dos gados e pena

mantimentos seyaõ ametade p.a quem


dos tais quaisquer que
de e a outra ametade as
os acuzar e de trinta Dias cadea p.a

obras do conselho.

de tudo fis este termo em asinaraÕ. E eu Jor-


E que

. da freire escriuaõ da Camera o escreuy.


Fonseca que
ge
— — — Corrêa.
Gama Gandauo Almd.a Franc.°
260

de uereaçaÕ fizeraõ os offiçiais


Termo que

da Camera em deferirão as partes.


que

outo Dias do Mes de de mil e sete


Aos uinte e yanr.°

nesta Villa Rica em as cazas da Camera


semtos e treze annos

offiçiais delia o ordinário Paul-


delia, estando os yuis
yumtos
da Gama, e os uereadores Franc.° Alures CoRea,
lo Martins'

Pr.a e o Procurador Esteuaõ de


e o Capam. Manoel CoRea

e todos Rezolueraõ o segte.


Almeida yumtos
mandar cobrar as fintas se deuiaÕ que
Acordaraõ que

se fazerem os caminhos, o que mandaraÕ


se deitaraÕ para p.a

deferirão as a seus Re-


mandados executiuos, e ptes.
pasar
uarias e de tudo fis este ter-
despachando peticois,
querimtos.
eu da Fonseca freire escriuaõ
mo em todos asinaraõ Jorge
q'

da camera o escreuy.
que
— — —
Gama Corrêa Pr.a Almd.a

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


que

em se acordaraõ uarias couzas sobre


da camera que

e taixas.
posturas

Dias do Mes de Fur.° de mil e sete sem-


Aos tres

annos, nesta Villa Rica de Albuquerq' em as^ cazas


tos e treze

os offiçiais delia em uereaçaÕ, yuis


da camera, estando yumtos
Franc.° Leme' da Silua è os uereadores o
ordinário o Capam.

e Pedro da Rocha Gandauo, e o


Capam. Franc.0 Alures CoRea

digo e o Es-
Capam. Manoel Pr.fl CoRea pereira, procurador

uniformemte. Rezolueraõ o segte.


teuaÕ de Almeida e todos

ser comueniente taixas era as couzas


Acordaraõ por

naõ uender em segd.a maõ nem leuar


segtes., que se podesem
aqui declaradas; hua outaua e
mais as taixas por galinha
que

meya; hü frango meia outaua; sendo mais pequeno


por grande
ouos se naõ uendesem menos de
meya e pellos qua-
pataca, que
fazem dezaseis outaua, e nas
tro meya que por que
por pataca
mais couzas e sogeitas as taixas os almotases
pertensentes

seruisem as almotasariaõ comforme o tempo.


que
Acordaraõ seguia Preyuizo aos moradores
que se grde.

offiçiais de todos os officios leua-


o muito preço que os
grande

uaõ obras faziaõ, e era muito comueniemte o


pcllas que que
261

darem se lhe Regimtos. se gouerna-


se lhe taixas e para
por
lei da ordenaçaõ o se fizeraõ
rem ser da expreça p.a que
por
os foraÕ chamados a este Senado
dos offiçios quais
Juizes
sobre cargo do se lhes emca-
donde se lhe deu o qual
yuramt.0
com os se ordenou p.a o
Regou desem os seus pareseres quais

de fereiro o Regimt.0 na forma segte.


offiçio

dos officiais de ferreiros.


Regimto.

alabanca de ambas as dando


Por calçar huã pomtas

e meya; e o offiçíal o aso


o dono o aso ella pataca pondo
para
leuara outaua e meya e de a apom-
lhe deitara huã liura e

tar sem aso, meya outaua.

almocafra o official o ferro ou-


De fazer huã pondo

dando se o ferro e meya; de apomtar


taua e meya; e pataca

huã almocafra meya pataca.


noua o official o ferro e
De fazer huã emxada pondo

da marca leuara tres outauas e sendo emxada pequena


sendo

leuara tres outauas digo duas e dando se ferro p.a ellas pellas

outaua e meya; e huã out. e


leuara pellas pequenas
grandes
leuara outaua e meya dando o official ferro, e
de a empenar

dando se lhe e m.a


pataca

De feitio de hü marraÕ dando se ferro elle sendo


para

de meya aRoba sima seis outauas.


p.a

Por huã fouse leuaraÕ tres outauas.

ferro e aso o ferreiro le-


de calcar huã fouse pondo

uara outaua e E dando se lhe ferro leuara huã outaua.


quarto.
Leuaraõ hü machado nouo tres outauas e de o
por

aso elle o ferreiro huã outaua; e de o empenar


calçar pondo p.a

e calçar out. e meya.

Por huã Dúzia de caixares m.a out.


pregos

Por huã Dúzia de Ripares m.a pta.


pregos

E nas mais obras dé meudezas se naÕ fala que se


que

deixa auença das se trata so das nomeadas se-


ptes. pois por

rem ferramtas. minerais e desta sorte ouueraõ dito Regimt."

se naõ alterar e se na forma


por acabado que poderá guardará

aqui declarada e da mesma sorte se comtinuou com o Regimt.0

dos sapatros.

Regimt.0 dos officiais de sapateiro.

de homem de seis athe doze


Por hü sapatos de ,
par

levaraõ tres outauas.


pontos
262

Por huas xinelas de homen sendo de MaRoqui todas

com saltos do mesmo tres outauas e meya e sendo de couro

comun duas outauas e meya.

Por huns' sapatos de Molher de maRoqui picados com

saltos de quatro outauas.


pao
Por huns' sapatos de molher lizos com saltos de sola

tres outauas.

Por huns' sapatos de criança de hü anno athe quatro

outaua e meya. E de annos athe dés duas outauas.


quatro

E asim se ouue acabado dito Regimt.0 deixando


por

as mais obras ao arbítrio das naõ auer nellas serteza,


ptes. por

de se comtinuou na mesma forma com o Regimt.0 dos al-


que

faiates.

Regimt.0 do offiçio de Alfayate

Por feitio de huã cazaca de sinco outauas


pano

e sendo de Baeta ou de draguete qt.° outauas

Por hü capote de duas outauas


panno

e sendo baeta forrado tres outauas

Por hü timaõ de Baeta duas outauas

e sendo de seda tres outauas

Por huã saya de seda duas outauas

Por hü de seda tres outauas


guardape

e sendo de serafina outaua e meya

e sendo saya Branca huã outaua

Por hü de molher de Baeta outaua e meya


gibam
e sendo de seda duas outauas

Por huã Vestia Branca de molher outaua e meya

e sendo de seda duas outauas

Por huã Vestia de homen duas outauas

e se for de seda duas outauas e meya

Por hü calçaõ de homen huã outaua

e sendo de serafina meya outaua

de pano de algodaõ meya


pataca
de hü colete de Baeta meya pataca
Por huã Vestia Branca de homen, huã outaua

Por hü cortinado de daMasco ou de outra qualquer


seda seis outauas

De huãs cortinas duas outauas


p.a portas
De huãs Bombaxas de tafeta huã outaua

de huã carapuça de molher a estrangeira huã out.


263

ditos Regimtos. aca-


E nesta forma ouueraõ os por

com os mais officios


da mesma sorte se aueriaô
bados e que

faltauaõ e asim mais. . .


que
todos os officiais dos
Acordarao seriaõ obrigados
que
na forma declarada e que
ditos offiçios a tirar seus Regimtos.

donde todas as os
os teriaÕ em pesoas posao
estes pte. publica
as dos ditos Regimtos.
uer, e os faltasem posturas
que que
as e deza-
leuando mais pellas ditas obras perderão pagaraõ

trinta Dias de cadea, e


de ouro de condenação e
seis outauas
todos asinarao E
mandaraõ fazer este termo em que
de tudo
da Camara o escreuy.
eu da Fonseca freire escriuao que
Jorge
— — — Almd.
Leme Corrêa Gandauo Pr.

de uereacaò fizeraõ os officiais


Termo que

RezolueraÕ Rematar a carserage.


da camera em que

de Fur.° de mil e sete sem-


Aos honze Dias do Mes

as cazas da camera dei-


tos e treze annos, nesta Viíla Rica em

do Senado em uereaçaõ o Ca-


la estando os officiais
yuntos
da ordinário e o Capam. Franc.0
Franc.0 Leme Silua, Juis
pam.
mais uelho e Pedro da Rocha Gan-
Alures CoRea uereador

Esteuaõ de Almd.a e
dauo Vereador segundo e o Procurador

uniformemte. RezolueraÕ o segte.


todos yumtos
se aRematase o officio de carsereiro
Acordarao que
de se falta
amdaua na se nessesitar prouer pella
que praça por

dos e se aRematou a Dos. Monteiro,


de tratase prezos
qm.

foi o mais lançou.


que que
Acordarao ser comuente. todas as pessoas que
que

ou Serurgia nesta Villa e seu


uzarem da arte de Medeçina,

suas cartas de exa-


termo seiaõ obrigados a uiren prezentar

este Senr.do nelle serem Registadas


minaçaÕ peramte p-a

curar em dito destrito, e o


e se lhe dar lisença p.a poderem,

com os botricarios tiuerem boti-


mesmo se emtenderá que

outrosi deferirão as despachan-


ca ou oculta; partes
publica
de fis este termo em todos ssi-
do uarias e tudo que
peticois,
freire escriuao da Camr.a o
naraÕ Eu da Fonseca que
Jorge

escreuy.
— — —
Leme Corrêa Gandauo Almd.a
264

Termo de uereaçaÕ fizeraõ os offiçiais


que

da camera em se Rezolueu fazerem almotases p.a


que

os mezes de Março e aBril e deferirão as mais par-

tes.

Aos uinte e sinco Dias do Mes de Fur.° de mil e sete

semtos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera

estando os offiçiais delia o ordinário Paullo Mar-


yumtos Juis

tins Da e os uereadores o Capam. Franc.0 Alures Co-


gama,

Rea e Pedro da Rocha Gandauo, e o Capam. Manoel CoRea

Pereira e o Procurador Esteuaõ de Almeida todos uniformemte.

Rezolueraõ o segte.

AcordaraÕ fazer almotases os mezes de Março


para

e aBril em as de Ant.° Martins' Lessa. E em a de Es-


pessoas

teuaõ Frr.a de Morais, serem capazes o dito cargo, e


por para

auerem acabado Franc.0 da Silua Netto, e Manoel Martins'

Carneiro.

Acordaraõ mais mandar Rehedifkar a Pomte de

Ant.° Dias uai o Pe. Faria ser mui comueniente.


que p.a por

Acordaraõ mais mandar noteficar aos capitais do Mato

deste destrito uiesem aprezemtar a elle as suas proui-


p.a que

zois do Dia forem noteficados a uereasaõ neste


que pr.a que

senado se fizer com cominaçaõ de naÕ uindo serem prezos


que

e castigados ao arbítrio deste Senado.

E asim mais deferirão as partes despachando uarias

peticois e de tudo fis este termo em todos asinaraõ E eu


que

Jorge da Fonseca freire escriuaõ da Camera que o escreuy.


— — —
Gama Corrêa Gandauo Pr.a

Termo de uereasaõ fizeraõ os offiçiais


que
da camera em se deu aos nouos eleitos al-
que pose
motases.

Aos Dias do Mes de Março de mil e sete sem-


quatro

tos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera es-

tando os offiçiais delia em uereaçaõ os uereadores o


yumtos
Cappam. Franc.0 Leme digo Franc." Alures CoRea, e Pedro da

Rocha Gandauo, e o Cappam. Manoel CoRea Pereira, e o pro-


curador Esteuaõ de Almeida, e acordaraõ o segte.
yumtos
265

e aos nouos Almotases


Acordaraõ dar yuramt."
pose
aBril estauaÕ eleitos na
os mezes de Março e que
p.a seruirem
Martins Lesa, e EsteuaÕ Frr.
uereaçaõ eraÕ Ant.°
pasada que
dos samtos euangelhos o
de Morays, aos deu o yuramt.0
quais
Franc.° Alures CoRea, auer
uereador mais uelho o Capam. por

lhes emcaRegou bem e uerda-


faltado o ordinário e que
yuis
em tudo o ser-
dr.amte. seruisem os ditos cargos guardando

Magde. direito as segredo, a yustiça


uico de Deus, de Sua ptes.

este termo em todos asi-


e de como asim o fis q'
prometerão
freire escriuaõ da camar." que o
naraõ. E eu da Fonc.a
Jorge

escreuy.
— — Ma-
Franc.0 Alz' Corrêa P.° da Rocha Gandauo

— — Frr.a De
Pr.a Esteuaõ de Almd.a Esteuaõ
noel Corrêa

Morais.

Termo de uereasaõ fizeraõ os officiais


que

da em fizeraõ alcaide esta Villa.


Camera que para

sinco Dias do Mes de Março de mil e


Aos uinte e

nesta Villa Rica em as cazas da


sete semtos e treze annos,

os offiçiais delia em uereasaõ o yuis


Camera estando yumtos
da e os uereadores Pedro da
ordinário Paullo Martins' Gama

Manoel CoRea Pereira, e o Pro-


Rocha Gandauo, e o Capam.

de Almeida uniformemente Rezol-


curador Esteuaõ e yuntos

ueraõ o seguimte.

Acordaraõ fazer alcaide e fizeraõ a Roiz' da


João

estar uago o dito offiçio de se lhe pasou proui-


Silua por que

zaõ e se lhe deu e yuramt.0


pose
*
mandar uir a este Senado a de go-
Acordaraõ Joaõ

doi hir fazer uestoria do caminho o dito fes para


se a que
p.a
a obrigaçaõ fes de o fazer, e des-
se uer se estaua comforme q'

e de tudo fis este termo em to-


alguãs petiçois que
pacharaõ
dos asinaraõ Eu da Fonseca freire escriuaõ da camera
Jorge

que o escreuy.
— —
Paulo Miz' da Gama P.° da Rocha Gandauo

— de Almd.a
Manoel Corrêa Pr.a Esteuaõ
266

Termo de uereasaõ fizeraõ os officiaes


que

da camera em deferirão a hü agrauo que ymtre-


que

o Rendeiro.
pos

Ao Dia do Mes de Abril de mil e sete sem-


primeiro

tos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera es-

tando os cfficiais delia em uereasaõ o ordinário


yumtos yuis

Paullo Martins' da e os uereadores o . Capam. Franc."


gama,
Alures CoRea, e o Capam. Manoel CoRea Pereira, e o Procu-

rador Esteuaõ de Almd.a e uniformemte. Rezolueraõ


yumtos

o segte.

Acordaraõ deferir a hü agrauo Ymtrepos a este


que

Senado o Rendeiro delle agrauou do almotase auer


que por

condenado a Manoel das Neues em huã outaua, ao de-


qual
feriu o Senado condenando ao Supte. em outo outauas as quais

se mandarão cobrar Executiuamente.

Acordaraõ mais a naÕ ouuese no destrito


proibir que
desta uilla em distancia de huã legoa logea de fazenda seca ou

molhada ou uendage de nenhuã sorte


qualquer pello preyuizo

se seguia a desta uilla, e deminuiçaõ do aumt.0


que pouoaçaõ
delia como tamben aos mercadores delia, e aos lauradores do

ouro, q' se lhe segue aos seus escrauos o


pello preyoizo qual

acordo .se fes Requerimt.0 dos moradores desta uiila.


por p.a

o que r>e mandaraõ editais dando se lhe hü mes de


publicar que

tempo fixarem as ditas logeas com de da


p.a penna pagarem
cadea dezaseis outauas e trinta Dias de ues e
prizaõ pella pr.a
segunda seraõ castigados a arbitrio do Senado. Exse-
pella

tuando as estiuerem no caminho de e do Ribeirão..


que pouoado
Acordaraõ nenhuã comprar boi al-
que pessoa pudese

gü em no curral com de do mesmo Boy e de


pé pena perdimt.0
trimta Dias de cadea a terça o acuzar.
pte. p.a qm.
Acordaraõ mais hü edital os officiais de
por p.a que
ferreiro, e de alfayate e sapateiro tirasem seus Regimfos.

demtro de outo Dias os teriaõ a mostra em suas tendas


quais
em parte donde fosem uistos das com de emco-
partes penna
Rerem nas se lhe empuzeraõ de naõ os Regi-
que ya guardar
mtos. no termo diso se fes acordo neste mesmo Sena-
que por
do; e nesta fcrma deferirão as a seus Requerimtos. de
ptes.

que fis este termo em todos asinaraõ E eu da Fon-


que Jorge
seca freire escriuaõ da Camera o escreuy.
que
— — —
Gama Corrêa Pr.a Almd.a
267

Termo de uereaçaÕ fizeraõ os officiais


que

da em se Rezolueraõ mandar cobrár os


camera que

foros estivesem uensidos.


que

Aos dezanoue Dias do Mes de aBril de mil e sete

e treze annos, nesta Villa Rica em as cazas da camera,


semtos

estando os officiais delia em uereaçaõ, o Cappam.


yumtos

Franc." Leme da Silua ordinário e os uereadcres Pedro


yuis

da Rocha Gandauo. e o capitaõ Manoel CoRea Pr^a e o Pro-

curador Esteuaõ de Almeida uniformemte. Rezolue-


yumtos

raõ o segte.

Âcordaraõ mandar cobrar cs foros tem este Se-


que

se números nos Ramchos foreiros ao dito


nado, e que puzesem

Senado, o se hordem ao deste Senado


p.a que pasou porteiro

cobrar os ditos foros e dar Resibos.


p.a poder

Âcordaraõ deferir a hü Requerimt.0 fes o do


que yuis

offiçio dos sapateiros.

Âcordaraõ mandar fazer huns' tamboretes e hü Bo-

fete este Senado e deferirão as a seus Requerimtos.


p.a partes

fis este termo èm todos asinaraÕ. E eu da


de que que Jorge

Fonseca freire escriuaõ da Camera que o escreuy.'

— — —
Leme Gandauo Pr.a Almd.a

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


que

da camera com o ouuidor e o Mestre


yumtos geral,

de Campo Pai. da Silua Ges. em foraõ chamados


q'

cs criadores de e boas do Pouo sobre os


gados pessoas

cortes de se tomar a milhor forma.


gados p.a

Aos uimte e sete Dias do Mes de aBril de mil e sete

semtos e treze annos, nesta Villa Rica em as cazas da camera

estando os officiais delia em uereaçaõ o ordina-


yumtos yuis
rio o Capam. Franc.0 Leme da Silua, e os uereadcres o Capam.

Franc.0 Alures CoRea, e o Capam. Manoel CoRea Pereira como

tamben o ordinário Paullo Martins' da Gama, é o Procu-


yuis
rador, Esteuaõ de almeida, e com o ouuidor desta
yumtos geral
comarqua o Dzor. Manoel da Costa de Amorim, e o Mestre

de Campo Pascoal da Silua Ges. uniformemte. Rezolveraõ o

seguimte.
268

Acordaraõ sobre o nesta Villa se corta


que gado que
e seu destrito as o cortasem a
pagasem pessoas que quarta

pte. de huã outaua de ouro a chamaõ meya


que pataca por
cada cabesa de na forma estaua acordado Ve-
gado, que pellos
readores do Anno as ditas
proximo pasado quais meyas
pa-
taças aseitaraõ direito dito Senado tem nos tais cor-
pello que
tes e gados, com tal clauzulla e comdiçaÕ em nenhü tem-
que

po esta amistadel composição ao direito


(sic) preiodique que
este Senado tem acs tais cortes amtes sim toda ues for
a que
acordado o se em outra forma os ditos talhos cortes sera
por e
He nenhü uigor esta composição pois por ora se fas naõ
por
inouar de outra couza e ssó será obrigado
prezemte este Se-
nado a lhe Rehedificar os currais.

Acordaraõ mais deficuldade auerit cm co-


pella que
brar as ditas meyas mandarem
patacas por em praça a Renda
dellas se aRematarem a mais dese
para qm. p.a o se
que pasou
hordem amdar em
p.a praça.
Acordaraõ sobre hü Requerimt.0
que fes Manoel Roiz*
sobre dar se lhe de hü aforamt.°
pose que fes a este Senado
hirem os offiçiais delle a emposallo do dito
yumtos foro em a

pr.a ocaziaõ.

Acordaraõ mais escreuer ao Procurador e Vereador


mais moço do Anno uirem
pasado para pegar nas uaras de
Almotases estes mezes de Mayo e Junho proximo e de tudo
mandaraõ fazer este termo em
que todos asinaraõ E eu
Jorge
da Fonseca freire escriuaÕ da Camera que o escreuy.
Leme — — — —
Gama Corrêa Pr.a AImd.a

Termo de uereaçaõ fizeraõ offiçiais


que os
da camera em se elegerão
que as pessoas haõ de
que
seruir de Almotases cs mezes de Mayo e yunho.

Aos seis Dias do Mes de Mayo de mil e sete semtos


e treze annos, nesta Villa Rica em as cazas da camera delia
estando os offiçiais do
yumtos Senado, em uereaçaõ o
yuis
ordinário Paullo Martins' da
gama e os uereadcres o Capam.
Franc.0 Alures CoRea, e Pedro da Rocha Gand.° e o Capam.
Manoel CoRea Pereira e o Procurador Esteuaõ de Almeida e

yumtos uniformte. Rezolueraõ o segte.


269

os mezes de Mayo
Acordaraõ fazerem almotases para
de Manoel Gomes da
e o elegerão as pessoas
yunho, para que
os foraõ chamados a este
Silua, e Belchior Nogueira, quais

dar e de fis este termo


Senado se lhes pose yuramt.0 qye
para
E eu da Fonseca freire escriuaõ
em todos asinaraõ Jorge
que
da Camera o escreuy.
que
— — —
Gama Corrêa Gandauo Almd.a

Termo de e Pose se deu aos


yuramt.0 que

eleitos Almotases asima declarados.

Aos treze Dias do Mes de Mayo de Mil e sete semtos

nesta Villa Rica em as cazas da Camera estando


e treze annos

officiais delia em uereaçaõ o ordinário Paullo


os yuis
yumtos
da Gama e os uereadores Pedro da Rocha Gandauo,
Martins'

o Procurador Esteuaõ de Almeida e uniformemente


e yumtos

Rezolueraõ o segte.

Acordaraõ dar Pose e aos nouos eleitos al-


yuramt.0
da e Belchior Nogueira a o
motases Manoel Gomes Silua, qm.

Martins' da Gama deu o dos


ordinário Paullo yuramt.0
yuis
samtos e lhes emcaRegou bem e uerdadr.a-
euamgelhos que

em tudo o seruiço de
mte. seruisem os ditos cargos guardando

Magde., direito as segredo a e de


Deos; de Sua ptes. yustiça

asim o fis este termo em asinaraõ com


como prometerão que

eu da Fonseca freire escriuaõ da


o dito ordinário Jorge
yuis

camera que o escreuy.


— —
Paulo Miz' da Gama Belchior Nogr;a Gomes

Mel. Gomes da Silua.

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


que

da em Rezolueraõ mandar cobrar as meyas


camera que

do elegerão isso.
patacas gado por pessoa q' p.a

Dias do Mes de de mil e sete sem-


Aos tres Junho

nesta Villa Rica em as cazas da camera es-


tos e treze annos

os officiais delia em uereaçaõ o ordinário


tando yumtos yuis
270

Paullo Martins da Gama e os uereadores o Capam. Manoel

CoRea Pr.a e Pedro da Rocha Gandauo e o Procurador EsteuaÕ

de Almeida iumtos uniformte. Rezolueraõ o segte.

Acordaraõ mandarem cobrar as meyas patacas do

este Senado tem de Renda auiaõ amdado em


gado que pois

e naõ auer lansase nellas, se Rezolueu nomear


praça por quem

cobrar as ditas meyas aos se man-


pessoas para patacas quais

dou mandado de coRer aos ditos nomeados e de como


pasar

asim se Rezolueu fis este termo em todos asinaraõ Eu


que
da Fonseca freire escriuaÕ da Camera o escreuy.
Jorge
— — —
Gama Pr.a Gandauo Almd.a

Termo de uereaçao fizeraõ os officiais


que

da Gamera em tomaraõ acordo mandar chamar


que
ao Cappam. Manoel de Almd.a Costa uereador foi
q'

o anno por se achar abzente o Cappam. Franc.°


pasado
Alures CoRea como tamben o Esteuaõ de Almd.a
pdor.

Aos uinte Dias do Mes de de mil e sete sem-


Junho

tos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera es-

tando os officiais delia em uereaçao o ordinário


yumtos yuis
- Paullo Martins' da Gama, e os uereadores, o Capam. Manoel

CoRea Pr.a, e Pedro <da Rocha, Gandauo e Vnifor-


yumtos

memte. Rezolueraõ o segte.

Acordaraõ. mandar chamar ao Capam. Manoel de Al-

md.a Costa Vereador foi o anno /por auer faltado o


que pasado
Capam. Franc.0 digo/ se achar abzemte o Capam. Franc.°
por
Aíures CoRea como tamben, a Vemtura Frr.a Viuas que
pdor.
foi no anno se achar abzemte o Es-
proximo pasado por pdor.

teuaõ de Almd.a este ter hido a huã deligc.a do seruico de


por

Sua Magde. e se emxerem os lugares na falta dos ditos


p.a
abzemtes se tratar e Rezoluer o mais comuente. for
para que
-noticia
ao serviço de Sua Magde. e socego comun, com a de se

acharem tumultuados os moradores da Villa do Carmo e com

serteza emdiuidual se armavaõ comtra o Dezor. .Manoel da

Costa de Amorim ouuidor desia comarqua e se acharem


gel.
os moradores desta Villa com o cuid.° da defença do d.° ouui-
m

fazer este termo em todos


dor Geral; e de tudo mandaraõ qr

freire escriuaõ da Camera o


E eu da Fonseca
asinaraõ. Jorge

escreuy.
— — Pr.a
Gama Gandauo

no mesmo Dia mes e anno estando prezemtes


E logo

da e os uereadores Pe-
ordinário Paullo Martins' Gama,
o yuis
Manoel CoRea Pereira, e o
dro da Rocha Gand.° e o Capitão

de AlmeidaXosta, uereador do anno pasado,


CapitaÕ Manoel

deuia dar ao estado em que se


trataraõ do Remedio que se

da Villa -.le nossa Senhora do Carmo


achauaõ os moradores

adimitirem administraçaõ da
estarem tumultuados, sem
por
Geral e coRegedor da
o dezembargador Ouuidor
yustiça que
da Costa de Amorim fazer
comarqua o Dtor. Manoel queria

lhe rezestiraõ em hua Vesturia


aos Reos e delinquemtes que

de foi fazer em huas terras minerais


a Requerimt.0 partes
que
com armas emuadir esta
naõ estando ella amtes querendo
por
'menistro, escrauos dos
a cadea aonde estauaõ algüs
Villa o e

estes Rompido as cazas de al-


delimquemtes tendo ya
prezos
a huns' forsa e
moradores daquella Villa obrigando por
guns'
a se leuamtarem e faze-
outros uontade ao som de caixas
por
cada ora chegaõ de
rem motin como temos sertezas que
por
do d.° menistro e de
Rezultou defença yustiças
q' que para
tumultuozos se iunta
Sua Magde. Ds. ameasadas pellos
q' gde.
da Silua Gimes, com todos os officiais
o Mestre de Campo Pai.

Bons do e considradas as de-


do seu terço e os homens' pouo
moradores dest^. Villa e o
zemquietaçois experimentaõ os
que
dezemquietaçaõ se se atear em todas
se seguir desta
que pode
no da Camera daquella uilla tem
as minas, e uendo que Senado

e sosego daquelles pouos


auido a falta de soliçitar a quietaçaõ
de seu cargo; ao q' atendendo
como deuem pellas obrigaçois

o bem^comun de
este Senado como a qm. emcumbe procurar

estas minas. RezolueraÕ escreuei


todo este e de todas
pouo
da dita Villa mandando dous emuiados
aos officiais da camera

com carta efeito de lhes persuadirem


da deste Senado p.a
pte.
da a de todas estas mi-
a daquelle pouo qual pende
quietaçaõ
Manoel de Figrd.° Mas-
nas, cuio efeito elegerão ao Capam.
p.a
de aBreu nelles comco-
e ao Dtor. Rodrigues por
qras. Jozeph
semelhantes de-
Rerem calidades e Requezitos nessesarios p.a

mandaraõ chamar cartas e sendo pre-


ligcas. os quais se por
da deste Se-
zemtes se lhes emcaRegou fosem pesoalmte. pte.

desem a carta logo se lhes emtregou


nado aquella Villa e que
fica Registada no
officiais da camera daquella Villa a qual
aos
272

aos ditos emuia-


deste Senado e se emcaRegou
liuro do Regt.0
de Deos e de Sua Magde. persua-
com zello do seruiço
dos que
daquelles moradores e com-
disem aquelle Senado a quietaçaõ
de como asim o Rezol-
todas estas minas e
sequemtemte. de
todos asmarao com
fazer este termo em que
ueraõ mandaraõ
Roíz de Abreu
de Figrd.» Masqras. e Jozeph
os dtos. Manoel
da Camera o escreuy.
da Fonseca Freire escriuaõ que
Eu Jorge
— de Almeida Costa
Miz' da Gama Manoel
Paulo
— Corrêa Pr.a Manoel
Gandauo Manoel
p.° da Rocha
— Roíz
— Ferreira Vivaz Jozeph
de Figrd." Masqras. Ventura

de Abreu.

ueio da
de abrimt.0 de huã carta que
Termo

do Ribeirão do Carmo.
Villa

de de mil e
dous Dias do Mes Junho
Aos uimte e
em as cazas da
nesta Villa Rica
semtos e treze annos
sete
ordinário 1 aul-
os officiais delia o Juis
camera estando yumtos
Manoel de
os uereadores o Cappam
Martins' da Gama e
lo
e o Capam. Manoel Co-
Costa foi o anno pasado,
Almeida que
Vem-
da Rocha Gandauo, e os procuradores
Rea Per.a e Pedro
a e hs-
foi do mesmo anno proximo pasado
tura Frr Viuas que
deste anno, e sendo yum-
de Almeida o he prezte.
teuaõ que
o Capam. Manoel
da camera, chegarao
tos os ditos offiçiais
Roiz' de aBreu emuiados
Masqras. e o Dtor. Jozeph
de Figrd.'
do Ribeirão e aprezem-
este senado a Villa
tinhaÕ hido por
que
da Villa do Carmo em
dos offiçiais da camera
taraÕ huã carta
a ioi abei-
tinhaõ leuado deste Senado, qual
Resposta da que
Martins' da Gama em prezença
ordinário Paullo
ta pello Juis
theor delia se
camera lendo se pello
dos ditos offiçiais da que
seguran o
deste Senado Reseberao
achou Responderem a que
a este mesmo Senado
ao Procurador do conselho
mandarem
Republica se pautuar
homens' Bons' daquella p.a
com alguns'
so achauao tu-
sosego daquelles Pouos que
e comcluir a pás e
das de bua
multuados naõ ademitindo adeministraçaõ yustiças
Registar nos
a carta se mandou
Magde. Deus gde. qual
que
de mandaraõ fazer este
deste Senado, e tudo
liuros do Regt.0
da Fonseca Freire
todos asignaraõ. E eu Joge
termo em que
da camera o escreuy.
escriuaõ que
— — — Al-
— — Pr.' Vivaz
Gama Costa Gandauo

md.a
273

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


que

da camera desta ViUa com os offiçiais da


yjimtos

Vilia de Nossa Sr.a do Carmo.

Aos uimte e Dous Dias do Mes de de mil e sete


Junho

semtos e treze annos nesta Villa Rica de Albuquerque em as

cazas da camera delia estando os offiçiais delia o yuis


yumtos

ordinário Paullo Martins' da Gama e os uereadores o Capam.

Manoel de Almeida e Pedro da Rocha Gandauo, e o Capam.

Manoel CoRea Pr.a e os Procuradores Vemtura Frr.a Viuas e

Esteuaõ de Almeida, ahi se acharaõ os offiçiais da


prezemtes

camera da Villa de Nosa Sr.a do carmo a saber o ordina-


yuis

rio o Capam, Bemto Pires Ribeiro, e os Vereadores Fernando

de Morais de Madureira, e Ignaçio de Saõ Payo e Almeida e

o Procurador Manuel da Crus de Vasconsellos, e elles foi


por

dito aos offiçiais desta camera sobre o lhe tinhaõ es-


que q'

cripto Dia amtesedente sobre a da Villa digo do


pó quietaçaõ

da Villa do Carmo se achaua com as armas na maõ


pouo que

tumultuado sobre huã Rezistençia Bernardo Frr.a de Ma-


que

cedo e Manoel Mendes e os mais ella comcoReraõ ui-


que p.a

nhaõ Rogar a este senado com elles deprecasem ao


que yumto

Dzor. ouuidor desta comarqua o Dtor. Manoel da Costa


geral

de Amorim aos ditos delimquemtes a elle e


que perdoase que

a seus offiçiais auiaõ Rezestido e se lhes emtreguase os Bens'

dos ditos Reos soqurestados e as terras em laurauaõ, o


que

uisto ditos offiçiais da camera desta Villa ponde-


que pellos

rando o estado em se achaua aquelle e o dano que


que pouo

daquella sobleuaçaõ Rezultar a todas estas minas e o


podia

mais sobre esta matéria se considerou mandaraõ chamar


que
Mestre de Campo Pascoal da Silua Ges. e ao Sargt." Mayor
ao

SeBastiaõ Calrros Leitaõ e os mais Homens' Bons' que pre-

zemtes se acharaõ e sendo aqui com elles Rezolue-


prezemtes

raÕ sosegar a dita sobleuaçaõ e Rogar ao dito Dzor.


por pedir

ouuidor o Dtor. Manoel da costa de Amorim con-


gal. quizese

desemder com a suplica Referida e sendo logo o


prezemte

Dito Dzor. nesta camera e as Rezois Referidas por


propostas

elle foi dito sosegar aquelle do estado em que


que por pouo

de se achaua naõ a mayor Ruina


prezemte p.a que pasase

lhe mandaua emtregar aos Reos os escrauos tinha nesta


que

cadea e lhe auia o soquresto leuantado laurasem com


por que

os mais soçios as terras como de amtes, e os ademitiria a


que

liuramt.0 lhes suas cartas de seguro, o os ditos


pasando que

offiçiais da camera daquella Villa aseilaiaõ e so-


prometerão
>
274

da obrigaçaõ de seus cargos,


aquelles Pouos na forma
segar
todos asinaraõ os estauao
fes este termo em que que
de ciue se
Eu da Fonseca
com o dito Dzor. Ouuidor geral. Jorge
preztes.
da Camera o escreuy.
Freire escriuaõ que
— Paulo Miz da Gama
Mel. da Costa de Amorim
— P.° da Rocha Gandauo
— Manoel de Almeida Costa
— Esteuao de
— Ventura Ferreira Vivaz
noel Corrêa Pr.a

— — de Moraes Madur.a
Bt.° Pires Riber.0 Fernd.°
Almd.a
— Manoel- da Crus de uascos.
Ignacio de Sampayo e Almd.a

— Manoel de Figrd.0 Masqras.
Sebam. Carlos Leitaõ
— da Silua Leonel da gama
Antunes de Azd.° Pt.°
Mel JoaÕ

— Ant.° Martins Leça
— Sebastiaõ Barboza Prado
bellõ

— Marques de Britto
Mel. Mayo da Hor.a Bertholameu
— Luis
— Domingos Frz' de Britto
Paulo Borges daraujo

de Almd.a Ramos. (*)

se fes e se fizeraõ os
Termo de uereaçaõ que

os mezes de e Agosto.
almotases p.a Julho

de de mil e sete sem-


Ao Dia do Mes Julho
primeiro
cazas da camera es-
annos, nesta Villa Rica em as
tos e treze
ordinário Paullo Martins
os officiais delia o iuis
tando yumtos
da Rocha Gandauo, e o Ca-
da Gama e os uereadores Pedro

Procurador esteuaõ de Al-


Manoel CoRea Pereira e o
pam.
e iuntos acordaraõ o seguinte.
meida
os mezes de
Rezolueraõ fazer os almotases p.a Julho

as do capi-
e agt.° o elegerão uniíormemte. pessoas
para que
Friz' de Brito se-
taõ Bertholameu Marques, e Domingos por

seruirem os ditos cargos os


rem capazes e idôneas p.a
pessoas
se lhes dar
se mandaraÕ chamar a este Senado para pose
quais
Paullo Martins da
iuramt.0 o lhe deu o ordinário
e qual yuis

dos euangelhos e lhes emcarregou


Gama em hü liuro Samtos

seruisem os ditos cargos guardando


bem e uerdadr.amte.
que
de Magde. direito as se-
em tudo o seruico de Deos Sua ptes._

termo em todos asina-


a iustica e de tudo fis este que
gredo
freire escriuaõ da Camera o es-
raõ Eu da Fonseca que
Jorge

creuy.
— —
da P.° da Rocha Gandauo Ma-
Paulo Miz' Gama
— — Bertholameu Mar-
Corrêa Pr.a Esteuaõ de Almeida
noel
— Domingos Frz' de Britto.
de Britto
ques

vão reproduzidas na da em frente.


Estas assignaturas gravura pag.
(•)
277

Termo de abrimt.0 as cartas uieraÕ de


que
Sua Magde. Ds. a e«te Senado.
que gde.

Aos Dias do Mes de de mil e sete semtos


quinze Julho
e treze annos nesta VilU Rica do Pillav em as cazas da camera

estando yuntos os offiçiais delia em uereaçaõ o ordinário


yuis
Paullo Martins' da Gama e os uereadores Pedro da Rocha

Gandauo, e o Cappam. Mel. CoRea Pr* e o Procurador Es-

teuaõ de Almeida e todos se abriraõ as tres cartas de


yuntos
Sua Magde. auiaõ uindo este anno, as auiaõ
que prezente quais
uindo ordem do Ant.° de Albuquerq' Coelho de caru.°;
por gnal.
e sendo abertas as ditas cartas se asentou responder a ellas, e

se mandaraõ Registar ditas cartas e comforme es-


guardar
tillo, e de tudo fis este termo en todos asinaraÕ E eu
que Jor-

ge da Fonseca freire escriuaõ da Camera o escreuy.


— — —
Gama Gandauo Pr.8 Almd.4

Termo de uereaçaõ fizeraÕ os offiçiais


que
da camera em Rezolueraõ carsereiro nouo
que por
em lugar do estaua se achar doente e man-
que por
daraõ aferiçaõ em
por praça.

Aos dezaseis Dias do Mes de Agosto de mil e sete

semtos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera

estando yumtos os offiçiais delia em uereaçaõ o ordinário


Juis
Paullo Martins' da Gama e uereadores Pedro da Rocha
ps
Gandauo, e o Cappam. Manoel CoRea Pereira, e o Procura-

dor EsteuaÕ de Almeida e uniformemte. Rezolueraõ o


yuntos
segte.

Acordaraõ nouo carsereiro em lugar do es-


por que
taua seruindo este estar empedido doemte, o
por por p.a que
elegerão Fr.® denis ao mandaraõ
Joaõ qual pasar prouimt." por
se obrigar a Renda da carserage dando noua- fiança neste Se-

nado.

Acordaraõ mandar em os offiçios de afe-


por praça
ridor q se deu ordem ao os trousese em
para que porteiro que

praça para se aRematarem, e asim mais deferirão as partes


e de tudo mandaraõ fazer este termo em todos asinaraÕ
que
Eu da Fonseca freire escriuaõ da Camera o escreuy.
Jorge

Gama — — —
Gandauo Pr.a Almd.®
278

fiseraÕ os officiais
Termo de uereaçao que
os mezes de
da camera em fizeraÕ almotases p.a
que

setr.° e outr.°

de setembro de mil e sete


Aos ncue Dias do Mes

Rica em as cazas da camera


semtos e treze annos nesta Villa

delia em uereaçao, o Juis ordinário


estando iuntos os officiais
Pedro da Rocha
Martins' da Gama e os uereadores
Paullo
Pr.* e o Es-
e o Capam. Manoel CoRea procurador
Gandauo
RezolueraÕ o segte.
teuaõ de Almeida e uniforinemte.
yuntos
os mezes de setem-
Acordaraõ fazer almotases para

elegeram as Pessoas do Cappam^


bro e outubro cujo efeito
para
de Manoel Coelho Pr.
de Arauyo damtas e na
Domingos
se lhe dar Pose e
os foraõ chamados a este Senado para
quais
deu o o ordi-
dos ditos cargos aos quais yuramt.0 Juis
yuramt.0
emcaRegou bem e
Paullo Martins' da Gama e lhes que
nario
em tudo o
seruisem os dos. cargos guardando
uerdadr.amte.
direito_as segredo a
seruiço de Deos de Sua Magde. partes

mandarao fazer este termo em


e de como o prometerão
yustiça
E eu da Fonse-
todos asinaraÕ com os nouos eleitos Jorge
que
freire escriuaÕ da Camera o escreuy.
ca que
— — Es-
da Manoel Corrêa Pr.a
Paullo Miz' Gama

— — Manoel Coelho
de Almd.a Dos. de Araújo Antas
teuaÕ

Pr.®

- de uereaçao fizeraÕ os officiais


Termo que

da em se mandou fazer o sinal publico


camera que
da Silua Neto e dar fiança.
ao tabaliam Franc.0

do Mes Setembro de mil e sete


Aos Dias de
quinze
nesta Villa Rica em as cazas^ da camera
semtos e treze annos,

delia em uereaçao o ordinário


estando iuntos os officiais Juis

os uereadores Pedro da Rocha


Paullo Martins' da Gama e

Pereira e o Procurador Es-


e o Capam. Manoel CoRea
.Gand.0

teuaÕ de Almeida e RezolueraÕ o seguinte.


yuntos
fizese o tabaliam Franc.0 da Silua
Acordaraõ que

como he costume e dese huã fiança


Netto o seu sinal publico
de ouro estando fes o
de sincoenta outauas o qual prezente

fiança ofereceu fiador ao le-


sinal abaixo, e se asinou, e p.a por

senseado Manoel Coelho estaua o dise qu


que prezente qual
r
279

dita de sincoenta outauas de ouro cazo


se obrigaua a quamtia

d.° seu fiado, e de tudo fis este termo ení


fose obrigado o
que
com o d.° Franc.° da Silua Netto, e fiador
que todos asinaraÕ

Eu da Fonseca Freire escriuaõ da Ca-


Manoel Coelho. Jorge

mera que o escreuy.


— — —
Gama Pr.B Almd.a Franc.°
(Signal publico)
'da
— Manoel
Silua Netto Coelho. (*)

Termo de uereaçaõ se fes e acordou res-


que

ás cartas de S. Magde.
ponder

Aos uinte Dias do Mes de Setembro de mil e sete

e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera


sentos

iuntos os delia o Ordinário Paullo Mar-


estando officiais Juis

da Gama os uereadores Pedro da Rocha Gandauo, e o


tins e

Manoel Corrêa Pereira e o Procurador Esteuaõ de


Capam.

Almeida e iuntos uniformemte. RezolueraÕ o segte.

* Magde. uarias cartas sobre


AcordaraÕ escreuer a Sua

uarios as se RegistaraÕ no L.° do Regt.°


particulares quais

das cartas do dito Senhor, como também Responder as que

este anno Reseberaõ dei Rey.

AcordaraÕ ser coriueniente fazer em Lisboa procura-

dor os nesroçios em ora trataÕ a Sua Magde. para


para que por

o elegerão ao Reuerendo Pe. Mestre Frey Franc.® de Me-


que
'
nezes a orn. mandaraÕ Procuração para os ditos negocios:

como também deferirão ao que se Requereu neste Senado e

de tudo fis este termo em q' todos asinarao Eu da Fonse-


Jorge

ca Freire escriuaõ da Camera que o escreuy.


— —
Gama Pr.a Almd.a

Termo de VereaçaÕ se fes em q' se acor-


que
dou Rematar a Renda dos officios de aferidores q'

andauaõ em nraca e se aRematarao a Alexandre

Pimto de Miranda.

Aos Dias do Mes de outubro de mil e sete


quatro

sentos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera

estando os officiais delia o Ordinário Paullo Mar-


yuntos Juis

Veja o do signal e assignaturas na pag. 281. «


(") fac-simile
280

Pedro da Rocha Gandauo, e o


tins da Gama e os uereadores

e o Procurador Esteuaõ de
Capam. Manoel CoRea Pereira

Vniformemte. Rezolueraõ o seguinte.


Almeida e yuntos ^
era conueniente Rematar os officios
Acordaraõ que
auia mais de hü mes e
de aíeridores andauam em praça
que
Alexandre Pimto de miranda era o q
os aRemataraÕ a que

acharem ser o mais capas a dita ocu-


maÍ5 lançou e pello p.a

com as condicois lhe forao


o lhe aRemataraõ que
paçaõ qual
do termo de aRendamt.0 de se lhe
aseitas como consta seu que

na forma das ditas condiscis e de como


mandou pasar Regimt.0

mandaraõ fazer este termo em todos


asim o Rezolueraõ q'

eu da Fonseca Freire escriuaÕ da camera


asinaraõ E Jorge

o escreuy.
que

Termo de uereaçaõ fizeraõ os offiçiais


que

da em se acordou mandarem editais


camera que por

sobre hü aqui se acha do conde da


procurador que

ilha.

Aos trinta Dias do Mes de outubro de mil e sete sen-

tos e treze nesta Villa Rica em as cazas da camera es-


annos,

tando os offiçiais delia em uereaçaõ o ordinário


yuntos Juis

Paullo Martins da Gama e os uereadores Pedro da Rocha Gan-

dauo e o Capam. Manoel CoRea Pereira e o Procurador Es-

teuaÕ de Almeida e Rezolueraõ


uniformemte. o seguin-
yuntos
! i ¦ I
te. ¦1»

Acordaraõ tiuera noticia este Senado que


que porqt.0

nestas minas andaua hü dezia ser do conde de


procurador que

ilha e em nome do d.° Conde sismarias com o preteisto


pasaua
de donatario dellas e como este Senado naõ Reconhesa senho-

rio algü mais o de Sua Magde. Ds. o sor. Rey


que que gde.

Don o de Portugal carta sua nos ouue por


João quinto que por

confirmada a creaçaõ delia sem nos fazer auizo de tiuese


que

donatario algü mandamos Editais nenhuã


pasar p.ft que pessoa

de calidade tire sismaria alguã dito procura-


qualquer pello
dor nem Reconheça ao d.° Conde donatario desta Villa e
por

seu termo, e outrosim que nenhü escriuaõ tabaliam, official

algü desta Villa de de sismaria alguã pello dito


posse pasada

ou dito conde nem lhe obedecaõ em couza alguã


procurador

nem em seus o nomeem Senhor, sob de


papeis por penna qual-
Francisco da Silva Netto) — Gama — Pr.a
(Signal publico do Tabelliao

— — Franc.0 da Silva Netto — Manoel Coelho.


Almd.a
283

quer pessoa que o contrario fizer pagar sem outauas de ouro

para as obras do Conselho ametade p.a o acuzar e de


quem
trinta Dias de cadea.

AcordaraÔ ser conueneinte fazer almotases os


para
mezes de nouembro e dezembro deste anno o
prezte. para que
elegerão as pessoas de Bertholameo Fialho e Ant.® Ramos,

por serem sogeitos benemeritos e sufisientes os foraõ


quais
chamados a este Senado aonde lhes deu e o
pose yuramt.0 yuis
ordinário Paullo Martins' da Gama em hü liuro dos Santos

Euangelhos" e lhes encaregou bem e uerdadr.Brpte. serui-


que
sem os ditos ca'rgos em tudo o seruiço de Deos, de
guardando
Sua Magde. direito as segredo a e de tudó fis
partes Justiça
este termo .mi tcdos asinaraÕ F.u da Fonseca Frei-
que Jorge
re escriuaõ da Camr* o escreuy.

Paullo Miz' — —
da Gama Manoel Corrêa Pr.a Es-

teuaõ de Almd.a — —
Bmeu. Fialho de Azd.° Ant.° Ramos dos

Reis.

Termo de uereaçaÕ fizeraõ os officiais


que
da camera em Rezolueraõ fazer
que nouo Regimt.0

ao aferidor Alexandre Pinto.

Aos outo Dias do Mes de nouembro de mil e sete sen-


tos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da camera es-
tando iuntos os officiais delia o Juis Ordinário Paullo Miz' da
Gama e os uereadores Pedro da Rocha Gandauo e.o Capam.
Manoel CoRea Pereira e o Procurador Esteuaõ de Almeida e

yuntos uniformemte. Rezolueraõ o sêgte.


AcordaraÕ leuaria o aferidor
que pellas afericois o
segte. por hü marco <3e meia liura
p.a sima e sua balança es-
tando de^ maior tu n-enor otitaua e meya e serto hüa otitaun
e de reuísta tres quartos. Por hü de con sua balança
quarta
estando de mayor ou menor huã outaua, estando serto tres

quartos, e de Reut.a meia outaua; Por tirar o olho a huã ba-


lança uindo ssó meya
pataca, e de Reuista uinteis; Por
quatro
huã balança con de meya
pezos pataca e negras de ta-
qt.° p*
boleiro meia outaua, e Reuista meia Por hü de
pataca; yogo
pezos de ferro de huã liura athe outo con sua balança huã
outaua e de Reuista meya Por hü meio alqueire ou mèya
quarta
outaua, e de Reuista meya
pataca; Por hü de medir sal
prato
284

meya e meio o mesmo, de


pataca pello prato e Reuista
quatro
uinteis. Por hü de medidas hua outaua
yogo e de Reuista meya
outaua; e cada medida uindo
por só quatro uinteis; e de Reut.-
o mesmo; Por huã Vara meia
pataca e hü couado o mesmo, e
de Reut." ouatro uinteis; e qd.° alguã o bilhete
pessoa perder
da aferiçaõ e do 1.°
quizer que lhe outro meya e a
pase pataca
toda a balança a riaõ
q' puder tirar o olho fazendo lhe a deli-

gc. posiuel a quebrará'sem isso leuar nada de


por a uista seu
dono. NaÕ aferirá balança de páo naõ tenha fiel alcoba e
que
língoa de ferro; aferirá todos os marcos nouos os merca-
que
dores tiuerem uender,
p.a pasando lhe bilhetes os uen-
p.a qd.°
derem dar elle aferidor outro a os comprar sem lhe leuar
qm.
couza alguã uisto estar
pago do denunciar de
pr.°; poderá to-
das as faltarem
pessoas qüe ás aferiçois e reuistas serem
para
condenadas na do
postura Senado; E o fará também dos mer-
cadores tiverem marcos
q brutos aferir; naÕ sera obriga-
por
do a hir as correiçois dos almotases e auendo alguã duuida em
pezos irá as audíençias desfazer
p.a a duuida e ssó acompa-
nhara as correiçois
gerais. E nesta forma se ouue o d.° Regi-
mt.° acabado o
por qual sera obrigado a ter em pte. publica
donde ser uisto de
posa que mandaraõ fazer este termo em
que todos asinaraõ. E eu
Jorge da Fonseca Freire escriua
da Camera o escreuy.

Gama — —
Pr.a Almd.a

Termo de uereaçaÕ
que fizeraõ os officiais
da camera em deferirão
que a huns' agrauos.

Aos uinte e sinco Dias do Mes de nour.° de mil e sete


sentos e treze annos, nesta Villa Rica em as cazas da camara
estando os officiais delia
yuntos o ordinário Paullo Mar-
Juis
tins' da Gama e os uereadores Pedro da Rocha Gandauo, e o
Capam. Manoel CoRea Pereira e o Procurador Esteuaõ de Al-
meida e uniformemte.
yuntos Rezolueraõ o segte.
Acordaraõ deferir huns'
a agrauos emtrepos
^ que o
Rendeiro e a huãs aPelaçois de uarias tinhaõ
pessoas que ape-
lado este Senado e
p. de tudo fis este termo em
^ que todos
asinaraõ Eu da
Jorge Fonseca Freire escriuaõ da Camera que
o escreuy.

Gama — —
Pr.a Almd.a
285

Termo de abrimt.0 de se abriu


pelouro que

das pessoas que haõ

NaÕ teue efeito.

Termo de uereaçaõ se fes officiais


que pellos

da camera.

Aos doze Dias do Mes de Nouembro digo dezr.° de

mil e sete sentos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas

da camera estando os officiais delia o Juis Ordinário


yuntos

Paullo Martins' da Gama e os uereadores Pedro da Rocha

Gand.0 e o Capam. Manoel CoRea Pr.ft e o Procurador ÊsteuaÕ

de Almd.a e uniformemte. RezolueraÕ o segte.


yuntos
Acordaraõ carta tiueraõ do Gnal. Dom Bras
por que

da Silueira em lhes daua da das se


que pte. publicaçaõ pazes que

tinhaõ feito com França como constaua da hordem de Sua

Magde. a se fizese huã festa e se luminarias em


que puzesem

acçaõ de das ditas e de como o RezolueraÕ man-


graças pazes,

daraõ fazer este termo em todos asinaraõ Eu da


que Jorge

Fonseca Freire escriuaõ da camera o escreuy.


— —
Gama Pr.a Almd.a

Termo de abrimt.0 de dos officiais


pelouro

haõ de seruir no anno de 1714.


que

Aos uinte e outo Dias do mes de nouembro de mil e

sete sentos e treze annos nesta Villa Rica em as cazas da ca-

mera estando iuntos os offiçiais delia em uereaçaõ o Or-


Juis

dinario Paullo Martins' da Gama e os uereadores Pedro da

Rocha Gand." e o Cappam. Manoel CoRea Pr.* e o Procurador

Esteuaõ de Almd.a e uniformemte. RezolueraÕ abrir o


yuntos

estaua feito os officiais haõ de seruir no


pelouro que p.a que

anno uem o estaua metido em hü cofre fe-


proximo que qual

chado com tres chaues huã tinha o ordinário Paullo


que Juis

Martins' da Gama e outra tinha o uereador mais uelho outra

o Procurador e se chamou hü menino de idade de seis annos


"
286

mais ou menos o se mandou tirar de hü saco hu


pouco qual

dos nelle estauaõ sendo pr.° muito bem mechidos


pelouros que

e uendo o se abriu se achou nelle sahir Juizes


pelouro que por

o Cappam. Manoel Antunes de azeuedo e Ventura Frr,R Viuas

e Vereadores Franc.0 Maciel da Costa e Dos. Franc.* de


p.a

oliur.a e Manoel Gomes da Silua e Procurador Antonio Mar-


p.a

tins' Lessa e tezoureiro Franc.° da Costa Rios os foraõ


quais

juizados cartas uirem tomar em o de


por p.a posse primeiro

e de tudo mandaraõ fazer este termo em que todos


yaneiro,

asinaraõ Eu da Fonseca Freire escriuaõ da camera que


Jorge

o escreuy.
— —
Gama Pr* Almd.ft
ANNO DE 1714

Antunes de Aze-
—Ventura Ferreira Vivaz, Manuel
Juizes:

vedo.

—Manuel Silva, Domingos Francisco


Gomes da
Vereadores:
Francisco Maciel da Costa.
de Oliveira,

— Antonio Martins Leça.


Procurador do Concelho:

— Bento Cabral Deça.


Escrivão:

da Costa Rios.
Thesoureiro:— Francisco

—Paulo da Manuel Dias de Me-


Martins Gama,
Aimotaceis:
da Rocha Gandavo, Manuel Corrêa
nezes, Pedro

Almeida, da Costa Frei-


Pereira, Estevão de José

Rios, Manuel Alves de


tas, Francisco da Costa

de Sá Casado, Francisco da Silva


Oliveira, Manuel

Telhado, Francisco da
Netto, Rafael Vaz da Silva

Costa Taveira.

— Caetano de Castro Guimarães.


Alcaides: Rodrigues,
João

—José de Azevedo Peixoto.


Meirinho Geral do Campo:

— de Azevedo Peixoto,
Meirinhos Geraes do Campo: José

de Souza Pacheco.
Francisco

— Mendes.
Porteiro: José
Anno de 1714

Termo de e se deu aos


pose yuramt.0 que

da camera sahiraõ eleitos ser-


nouos officiais que p.a

uirem no anno de 1714.

Ao Dia do Mes de de mil e sete sen-


primeiro yaneiro

nesta Villa Rica em as cazas da camera estando


tos e quatorze
Martins' da Gama ahi elle foy dada
o ordinário Paullo por
yuis
dos Santos euangelhos em hü liuro delles
a e yuramt.0
posse
aos ordinários auiaõ saido do se abriu
Juizes que pellouro que

o anno de sete sentos e Ventura Frr.a


p.a seruirem quatorze,

Vivas e o Cappam. Manoel Altunes de azeuedo, estes apre-


por

cartas de uzança Dtor. Dezor.


zentarem suas pasadas pello

Manoel da costa de amorim ccmo tamben deu a mesma


posse

aos Vereadores Manoel Gomes da Silua e Dos.


e yuramt.0
Franc.° oliueira e ao Ant.° Martins' Lesa e lhes en-
procurador

bem e uerdadeiramente seruisem os ditos cargos


carregou que

en tudo o seruico de Deos de Sua Magde. direito


guardando

as segredo a e de tudo fis este termo en que


partes Justiça,

todos asignaraõ. E eu da Fonseca escriuaõ da camera


Jorge que

o escreuy. •
— —
Paulo Miz' da Gama Ventura Ferreira vivaz

— — Franc.°
Mel. Antunes de Azd.° Mel. Gomes da Silua Dos.

de — Ant.° Martins Leça.


OIivr.a

Aos tres dias do mes de de mil e sete sentos


janeiro

e catorze nesta villa Rica em os Pasos do conselho dei-


$nnos

la estando em camera os ordinários Paullo Morais o


yuizes
digo ordinários Ventura ferreira uiuas e o Capitaõ Mel. An-

tunes de Lemos digo de azeuedo e os ueriadores Mel.


gomes

da silva e franc.0 masiel, e Domingos franc.0 de oliveira se deu


290

Masiel da costa Na forma


ueriador o capitam franc.0
pose ao
se abrio seruir este prezente
da enleisan do q' pera
pelouro
e se lhe deu o
Na forma da dita enleisan
anno- de uereador
seruir o dito
delle se lhe encarregou
e debacho
yuraniento
de deus e de sua Ma-
o seruiso
cargo de uereador goardando
e de tudo fis este
as segredo a justissa
eestade direito partes
da silua Neto ta-
todos asignaran. E eu franc.°
termo em que
do escriuam da camera.
o escreui Auzensia
baliam q' por

— Ventura Ferreira vivaz
Mel. Antunes de Azd.°
— Ant.° Mar-
— Dos. Franc.° de 01iur.a
Mel. Gomes da Silua

— Franc.0 Maçiel da Costa.


tins Leça

anno estando os
em o dito dia mes e yuntos
E llogo
declarados Por Bento
mais ofisiais da camera asima
yuizes e
sua Prouizam digo
lhe foi aprezentada huma
Cabral desa
destas minas e capitam yene-
huma Prouizam do gouernador
ben de
da silueira en ella ouue por
ral D Bras baltezar q' por

da camera desta villa ordenan-


No ofisio de escriuam
o prouer
da camera lhe desem e yuramt.
do Nella Aos ditos ofisiais pose

os Nouos direitos o
forma do estillo tendo primeiro pagos
na
da a dita é como
ditos ofisiais camera provizam
visto pellos
q*
nouos direitos e se te-
delia ter os
constou Nas costas pagos
delles lhe foi dada a
carregado em Reseita ao .tizoureiro
rem
da Camera desta villa Rica pellos yuizes
dita De escriuam
pose
Antunes de azevedo e
uiuas e o Capitam Mel.
ventura ferreira
o ouueram emcartado
os mais ueriadores e que por
procurador,
da flita e lhe deram o yu-
No dito ofisio Na forma prouizam
delle, o seruisso de deus e
emcaRegandolhe debacho
ramento
o segredo as direito a yos-
de sua Magestade gardando partes

fazer este termo de Posee yúramentò


tissa de mandaran
que
da Neto tabalian do
asinaram. e eu franc.° silua publico
q1 todos
mandado dos ordina-
e Notas o escreuy por yuizes
yudisial q'
se Rezistase Nos li-
outrosim se comprise e
rios q' mandaram

Nelle ouservado sobredito o es-


uros deste senado Na forma

creui.
— —
de Azd.° Ventura Ferreira vivaz
Mel. Antunes
— Maçiel da Costa Dos. Franc .
Mel. Gomes da Silua Franc."

— — Cabral Deça.
de 01iur.a Ant.° Martins Leça Bento
291

dias do mes de de mil e sete sentos


Aos três Janeiro

nas caza da câmara e do


e catorze annos nesta V.a Rica pasos

Rica estando em camera os Ventu-


conselho desta V.a Juizes

Mel. Antunes de azevedo e os veriadores


ra fr.a Vivas e

da Silva Franc.0 Maciel da Costa, Domingos


Mel. Gomes

e o do conselho Ant.° Martins'


Franc.0 de oliveira procurador

Leça, estando em vereasaõ Rezolueraõ emdifirir par-


juntos

dar ao escrivão da Almotasaria Franc.0 Pinheiro


les pose
em ouve bem no
em vertude de huma Provizaõ q' por provello

dito officio e asim mais acordaraõ de dar do taBalliaõ


pose

tabaliaÕ do e notas digo


digo do officio de publico judicial

mandaraÕ se registase nos livros deste senado a provizaõ q'

Mel. Visente avia alcansado do Gor. destastas minas e


(sic)

D. Bras Baltezar da Silveira ter os


Cappm. General por pagos

de ouveraÕ á veriasaõ acabada e manda-


novos direitos q' por

termo E eu Bento Cabral Deça escrivão q' o


raõ fazer este

escrevi digo escrivão da Camara q' o escrevi.


— —¦
Mel. Antunes de Azd.° Mel. Gomes da Silua

— — Ant.°
Maçiel da Costa Dos. Franc.c de 01iur.a
Franc."

Martins Leça.

de EM RezoUeraõ mam-
Termo veriaçaõ q'

Editais ce tirar licemças, e afilar


dar p.a
publicar
se em ar-
marcos Balanças medidas, e puzece praça

renda do ver.

do de de mil sete sentos


Aos sinco dias mes Janeiro
os officiais dei-
catorze nas cazas da camara estando juntos
e

Ventura Ferreira Vivas, e o Capam.


la os hordinarios,
Juizes
os veriadores Mel. Gomes da Silva,
Mel. Antunes de Azevedo,

da e o Procurador do conse-
o Cappm. Franc.0 Masiel Costa

vniformemte. o seguinte.
iho Ant.° Martins' Lesa, acordaraõ
_
Editais se ti-
Rezolveraõ se mandasem publicar p.a

moradores nesta V.a e seu


rarem digo q' toda a pessoa
para
viesem a tirar lisenças a este
termo tívesem logis, e vendajes,
q'
dias, e os do termo delia
Senado, os da V.a em termo de
quinze

seis alem da deste Se-


em vinte, com de outavas postura
pena

nado.
292

debaicho da mesma e no
AcordaraÕ mais, q' pena

marcos, Balanças, varas, co-


dito termo afilasem afilador
pio.

medidas, de que sejaÕ.


vados, e qualquer jenoro
Renda do ver na se
AcordaraÕ se a praça p.
puzece
mais der, completado o tempo porq
arematar a ella
quem por

foi arematada, o anno prochimo pasado.


Almotaces servirem estes
Rezolveraõ se elegecem p.a

e uniformes acordaraÕ naõ asei-


dous mezes de e Fr.°,
Janeiro,
hordinario Paulo Martins da Gama,
tar a deichaçaõ q' o Juis
fes, antes se obrigace a
havia sido o anno proximo paçado,
q'
da ordenasaõ, e em lugar do seu companheiro
sirvir na forma q'
foi o cappam. Franc.° Leme da Silva,
ordinário taõ bem
Juis q'
desta comarca em morador, se
se achar auzente pitengui
por
Idônea, e benemérita servir a dha ocupasaõ
Elegeçe pesoa p.a

dous mezes adejunto do dito or-


de Àmotacê, os ditos por Juis

dinario acabou.
q'
deferice as e se deçe aos
AcordaraÕ se partes, pose

o na forma do estillo de q'


almotaces q' se elegerão e juramt.0

acabada de mandaraõ fazer este


ouveraõ a veriasaÕ por q'

E eu Bento Cabral Deça da camara q' o escrevi.


termo yscrivaÕ

Termo de se deu aos Almotaces E


pose q'

servirem estes dois mezes E Fr.°


Juramt.0 p.a Janeiro

Aos dias do mes de de mil e sete sen-


sinco Janeiro

tos e catorze annos nas cazas da camara estando juntos os

delia hordinarios Ventura Ferr.a vivas, e Mel.


oficiais os Juizes
de Azevedo, e os veriadores Mel. Gomes da Silva, e
Antunes

cappm. Franc.0 Maciel da Costa, e o Procurador do conselho


o

Ant.° martins' leça, e achandoçe o ordinário q'


prezentes Juis

acabou Paulo martins' Martins' da Gama, e o cappm.


(siç)

Mel. Dias de Menezes foi elleito servir de Almotaçe


q' p.a

adjunto do dito Paulo Martins' da Gama, a este lhe


por per-

tençer servir os ditos dous mezes na forma da Ordenaçaõ, e

na forma delia lhe deu e ditos se lhe foi


çe pose, pios. Juizes

dado o e lhe emcaregaraõ debaicho delle o servirem a


juramt.0

dita ocupasão de Almotaçes, em tudo o serviço de


g-uardando

Ds. E de Sua Magde., direito as e cegredo a justiça,


partes,
293

e os
este termo de pose juramt." q'com
de mandaraÕ fazer
q'
Bento Cabral Deça es-
da asinaraõ E eu
ditos oficiais camara

crivaõ q' o escrevi. \^a


— Antunes de Aza.
Ferreira vivaz Mel.
Ventura
— Ant.°^ar-
— Franc.0 Maçiel da Costa
Mel Gomes da Silua
— Dias de Mene-
— Miz' da Gama Manoel
tins Leça Paulo

zes.

fes do ajuste e Rezolsao que


Termo que se

dos Reays de
se tomou sobre a çegurança quintos

hordenou o Gor. e
Sua Mgde. na forma nollo
que

D. Bras Baltezar da Silveira.


Cappm. Geral

de de mil e sete sentos


Aos seis dias do mes Janeiro

os officiais da camara desta


e catorze annos estando juntos
câmaras de todas estas minas
V,a E os Procuradores das mais

Homns' bons' desta Republica e governança


S. Paulo e outu' e
a
os Ventura Fr Vivas e o cappm. Mel. An-
delia E Juntos Juizes
Mel. Gomes da Silva Franc.
tunes de Azevedo e os veriadores

de e o do
da Costa Dos. Franc.0 Oliveira procurador
Maciel
Pedro Frazaõ de Brito Ant.°
concelho Ant.° Martins' Leça, E

da V.a Liai do Carmo, e


Faria Pimentel como procuradores
e outu' Franc.0 Fr.a de
da cidade de S. Paulo
como procurador
Procuradores da V.a de
Saa, e Barboza Lopes, e como
Jacinto
de V.a Forte e o Doutor Mel.
S. Toão dei Rev Tozeph Sequeira

de Miranda, e Franc.0 Duarte


de Almeida, e Sebastiaõ Correya

de V.a Reial do Sabera, E o


de meirelles como Procuradores

dos desta V.a Pascoal da Silva


Mestre de Campo Auxiliares

Va de Figueredo Mas-
Guimaramís e o Vigário desta Jozeph
do Ribeirão Rafayel Vas da
carenhas o Cappm. Mor da V.a

de F.ragozo e outras mais pesoas


Silva O Cappm. Mel. matos

da dellas todos se
destas Minas e governança q'
prencipais
se fes a çegurança dos Reyas
acinarao em O termo que p.a

cuja rezulsaS foi na forma ceguinte.


(sic) quintos

AcordaraÕ Ajustaraõ e comcluyram vniformemte.^que

este anno naõ fi-


os Reais ce çuguracem por prezente
Quintos
Annos vindoiros em trinta arobas de Ouro
cando exemplo p.a os

dos moradores de todas as minas que


As se tiraçem
quais
descubrirem cada huã comforme o ca-
estaõ desculbertas e ce

corendo conta das camaras cada


bedal cada hum peçuir por
q'
294

distrito horcarem o cada hum dos


hnma em seu que poderá

moradores delle de na forma referida com con-


pagar quinto

disaõ de ce llevantarem os Rezistçs dos caminhos e estradas

donde se acharem E todos levar o seu ouro livre e


poderem

como o fica sendo na forma da dita rezulsaõ e


quintado que

e fes o d.° Gor. E Cappm. Gel. a


pormeça pormeça (sic) que

este cenado, e aos dos mais: Com declaracaõ que


procuradores

có este anno como fica dito se o d.° na for-


por pagarya quinto

ma asima declarada e nelle durante o dito tempo dariaÕ parte

a S. Mgde. as camaras de todas estas minas Reprezentando

ao d.° Sor' o mizeravel estado delas Rezolver o mais


p.a que

acertadp lhe asim arecadaçaõ dos seus Reayis quin-


parecer p.a

tos como as vtilidades de todos estes e desta Re-


p.a povos que

zulçaõ milhor cegurança deste ajuste ce faria termo na


para
de estado deste Governo asinado dito Gor. e
çacretaria pio.

cappm. Gal., ministros oficiais da camara desta V.a Procura-

dores das mais e Homns' bons' e delas, e de como


prencipais

asim se ajustou e Rezolveu se mandou fazer hum termo asina-

do todos digo tcdos asinaraõ se emtregou em junta


por q' q'

aonde os officiais deste cenado O ham ofericido e em poder


por

do d.° Gor. e cappm. Ger. constar a todo o tempo o referido


p.a

nos livros desta vereança mandaraõ fazer este termo E eu

Bento Cabral Deça escrivão da Camara o escrevy. ^


— — — — —
Silua Costa Vivaz Azd.° 01iur.a Leça.

Termo em ce rezolveu ce escrevece a


que

Sua Mgde. Reprezentando lhe a Rezulcaõ ce to-


q'

mou a cegurança dos seus riais


çobre quintos.

' "
Aos oito dias do Mes de de mil e cete sentos
Janeiro

e catorze annos nas cazas da camara desta V.a estando juntos

os oficiais delia os hordinarios Ventura Fr.a Vivas e o


Juizes

cappm. Mel Antunes de Azevedo e os veriadores Mel. Gomes


"de
da Silva e Franc.° Maciel da Costa Domingos Franc.0 Oli-

veyr e (sic) do concelho Ant.° Martins' Leça Rezol-


procurado
veraõ vniformemte. os acordamos ceguintes.
"
Acordaraõ ce escrevece a Sua Mgde. dando lhe conta

de ce ter rezolvido o segurarce este anno as trinta aro-


por

bas de ouro dos seus Reyais na forma do acordam e


quintos
Rezulcaõ retro -remetendo
lhe a e arbytrio
próxima perposta
295

com os dos mais


ce consultou neste cenado procuradores
que
da dellas cuja per-
destas minas, Homns' bons' governança

mesmo cenado ao Gor. E cappm.


ce emtregou este
posta por
Bras Baltezar da Cilveira em e que
Ger. destas minas D. junta

nos los. deste senado e com efeito


a dita ce registace
preposta
síncoenta e huma, e ce escrevece tres
ce registou a folhas por

vias cada huma delas copia da d.a rezulção.


E per
mais escrevece a F. Franc.0 de mene-
Acordaraõ ce

deste senado as utilidades desta


zes, Procurador p.a procurar

lhe as copias da d.a de que man-


Respublica remetendo porposta

este termo todos asinaraÕ E eu Bento Cabral


daraÕ fazer que

Deça escrivão da camara o escrevy.

— — — — —
- Azd.° Silua Costa 01iur.a Leça.
Vivaz

Termo de e ce deu a
pose juramt.0 que

da Crus escrivão dalmotaçaria em


Franc.0 Pinheiro

vertude de huma do e Cappm.


provizam governador

Ger. D. Bras Baltezar da Silveira.

Aos des dias do mes de de Mil e sete*sentos


Janeiro

nas cazas da camara estando os oficiais os


e catorze juntos

Fr.a Vivas e o Cappm. Mel. An-


hordinarios Ventura
Juizes
de Azevedo os Veriadores Manoel Gomes da Silva
tunes e

Franc." Maçiel da Costa Domingos Franc." de Oliveira e o pro-

do Ant.°-Martins' Leça; Franc." Pinheiro


curador çonçelho por

da Crus lhe foi aprezentada huma sua Provizaõ em que o Gor.

D. Bras. Baltezar da Silveira o avia 110


e Cappm. Ger. provido

de da almotacaria desta V.a o efeito de ce


oficio escrivão p.a

vertude dela o vista ditos oficiais da


lhe dar em q' pios.
poçe
ter dado fiança aos novos direitos lhe deraÕ do
camara e poce

dito officio de escrivão dalmotaçaria em vertude da d.a Provi-

zaõ, E em vertude dela os lhe deraõ o dos


Juizes Juramento

Stos. evangelhos e debaicho delle lhe emearegaraõ guardace

bem e verdadeiramte-. o serviço de Ds. e de S. Magde. direito

as segredo a de mandaraÕ fazer este termo


partes justiça q'

de e todos asinaraõ E eu Bento Cabral Deça


poçe Juramt.0 q'

escrivão da camara q' o escrevy.


— — — — —
Azeuedo Vivaz Silua Costa Leça Franc.0

Pinheyro da Crus.
296

Termo de vereaçao em ce rezolveu se de-


que
firici as e ce ellegece Meirinho Geral do Cam-
partes
milhor aviamt.0 das Na forma da com-
po p.a partes
cebsaÕ do Gor. e Cappm. Ger. D. Bras Baltezar da

Silveira.

Aos honze dias do mes de de mil e sete sen-


Janeiro
tos e catorze annos nesta V.a Rica nas cazas da camara es-

tando yuntos os oficiais delia os hordinarios Ventura


Juizes
Fr.a Vivas e o Cappm. Mel. Antunes de Azevedo e os veriado-

res Mel. Gomes da Silva Franc.0 Maciel da Costa e o procura-


dor do concelho Ant.° Martins' Leça RezolveraÕ vniformemte.

o seguinte.

Acordaraõ se Provizaõ de Meirinho Ger. do


paçase
Campo a Peixoto digo de Azevedo Peixoto na forma da
Juzeph
cobcesão do Gor. e Cappm. Ger. Dom Bras Baltezar da Silvei-
ra Na fes a este Senado de
graça que poder criar o dito officio.
E paçar Provizam delle.

RezolveraÕ Mais na mesma oniformidade ce paçace


provizaõ a Jozeph Mendes escrivão da vara de Alcaide desta

V.a por constar ter servido o dito officio com bom


procidi-
mt.°

Acordaraõ vniformemente ce naÕ de


paçace Provizaõ
Meirinhos da ventena e escrivomis delia, senão A pesoas sob
cer capazes e bem moradoras nos mesmos destri-
porcedidas
tos p.a empretarem dos ditos officios
que provizomis e que
estes se naõ cem as imformaçomis
provecem precederem ne-
ceçarias.

RezolveraÕ os ventenarios
que q' ce provecem este
por
Senado e o meirinho Ger. do campo que por este Senado foi

provido naÕ faraõ dilligencias nesta V.a nem


pinhoras nella

pio. prejuízo que se cegue ao Alcaide da V.a meiRinho da co-


reisaõ e seus iscrivomis e cada
que hum dos forem
que provi-
dos acistiraÕ nos seus distritos
para o aviamt.0 das e
partes
darê conta aos e ministro dos
Juizes cazos que nelles e
çoceder
o mesmo ce emtendera com o meirinho Ger. do Campo a quem
ce Rezolveu ce lhe Rigimtos.
pacaçe p.a os emteira-
guardar
mte.^ com a nos
que por for arbritada faltando as comdi-
pena
comis Referidas, ou alguma dellas e que sendo os ventenarios
achados nesta V.a fazendo diligencias ou a buscallas seraÕ

prezos e castigados cuia exzecusaÕ faraõ os hordina-


Juizes
rios como exzicutores deste Senado meyo onde ce ivitara
por
o das
prejuízo partes pios. caminhos individualmte. lhe
que pa-
gam.
297

uniformemente ce as tavernas
Rezolveraõ proibicem

das lavras em ce minarar ou faiscar pio. projui-


e cuzinhas que

aos mineiros descaminhos dos seus


zo que ce cegue pellos
geral
so ceraõ tavernas nesta V." E estra-
escravos e que premitidas

nesta forma ce lhes concederão licenças


das e q' so
publicas

cenado e os emcorerem nesta e proibição


por este que postura

da cadeya a do comcelho ficando arbritio dos


pagaraÕ postura

ordinários como exzecutores deste senado a exzecucaÕ


Juizes

desta RezulçaÕ.

AcordaraÕ se hiditais os Mar-


publicacem para que

comduzem a esta V.a o faraõ duas vezes na


chantes que gados

somana sabados e terças e cortara e se matara desde o sabado

athe a terça ser asim comviniente a todos estes morado-


por

res e se lhe ceguirem vtillidades de ce cortar na forma referida

com de da cadeya a do concelho os q'


pena pagarem postura

cahirem na dita ou o comtrario obrarem de deraõ


postura que

a ve digo ouveraÕ a veriasaÕ acabada de mandaraÕ


por que

fazer este termo todos acignaraõ E eu Bento Cabral Deça


q'

escrivão da camara o escrevy.


— — — — Leça.
Vivaz Azeuedo Silua Costa

Termo de deu ao Cappm. Ma-


pose que çe
Hanrique Lopes de Araújo e em vertude
yor juramt.0
de huma Patente do Excelenticimo Sõr. D. Bras bal-

tezar da cilveira Cappm. Ger. digo Gor. e Ca-ppm.

Ger. de S. Paulo e minas


gerais.

Aos doze dias do mes de de mil e sete sen-


Janeiro
tos e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara es-

tando os officiais delia os hordinarios Ventura


Juntos Juizes
Fr.a Vivas e o cappm. Mel. Antunes de Azevedo e os Veriadores

Mel. Gomes da Silva Franc.0 maciel da Costa e o procurador


Ant.° Martins' Leça apareseu elles veyo Hanrique
prezente
Lopes de Araújo e elle foi aprezentada aos ditos officiais da
por
camara huma Patente do Gor. e Cappm. Ger. D. Bras Baltezar

da Cilveira em o tinha no de Cappm. Mayor


q' provido posto
desta V.a Rica e sua comarca aos dos. officiais da ca-
pidindo
mara lhe desem na forma da Patente aprezenta.va o
pose q'
visto ditos officiais da camara lhe deraõ de Cap-
q' pios. poce

pm. Mayor desta V.a Rica e sua comarca e mandaraÕ se rejista-


298

livros desta camara a d.a e o hordinario


ze nos patente Juis

lhe deu o dos Santos Evan-


Ventura Fereira Vivas juramt.0

debaixo do lhe encaregou bem e verdadeiramte.


gelhos qual q'

de Mayor das hordenancas desta


service o dito cargo Cappm.

em tudo o serviço de Ds. E de


Villa e sua comarca guardando

as segredo a de lhe ouve-


S. Mgde. direito partes justiça que

dita dada e mandaraõ fazer este termo q' asi-


raÕ a poce por

o d.° Cappm. Mayor E eu Bento Cabral Deça es-


naraÕ com

crivão da camara o escrivy. ^


— — — De Hanricjue Lo-
Vivaz Azeuedo Costa

de Araújo Cappm. Mayor.


pes

Termo de veriação em ce Rezolveu ce


que

mandacem editais sobre a prohibiçaõ e pos-


publicar

turas ceguintes.

Aos doze dias do mes de de mil e sete centos


Janeiro

as cazas da camara estando os officiais


e catorze em yuntos

hordinarios Ventura Fr.a Vivas e o cappm. Mel


dela os Juizes
de Azevedo e os veriadores Mel. Gomes da Silva
Antunes

Maciel da Costa e o Ant.° Martins' Leça


Franc.0 procurador

RezolveraÕ os acordamos seguintes.

Rezolveraõ se mandace editais p.a a prohi-


publicar

das vendas nas lavras de fose de


bicam qualquer genoro que

comestível e bebidas na forma da Rezulçaõ q' sobre este par-

se tomou ficando neste cenado e os ditos


ticular por postura

fexaceiii no desta V.* com a de de-


editais ce pelourinho pena

zaceis digo còm de dezaseis oitauas de ouro da ca-


pena pagas

deya as rendas deste concelho na forrfta da de nosos


p.a postura

anteceÇores ficando a noso arbritrio a segunda comdenasaõ

dos emcorerem nas dos ditos editais.


que penas

Acordaraõ se dece ao tezoureiro das rendas


que pose

deste Senado Franc.0 da Costa Rios sair no


por yleito pillouro

tizoureiro dellas se lhe emtregar o ouro que se co-


p.a poder

braçe das rendas deste concelho e de o asim o acordaraõ


que

mandaraõ fazer este termo em ouveraÕ a veriasaõ por aca-


q'

bada E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o es-


que

crivy.
— — Leça.
Vivaz"— Silua Costa
'
299

ao Tizoureiro deste cenado


Termo de pose

da camara Franc." da Costa Rios.


'
-

anno asima declarado estan-


E logo no dito dia mes e

camara apareseu Franc0.


do os dos. officiais da prezente
Juntos
tinha saido das rendas deste
da Gosta Rios Tezoureiro q'
dos. officiais da camara^lhe
senado na eleisaÕ do pilouro e pios.
dellas e hordinario Ven-
foi dado de tezoureiro pio. Juis
pose
lhe foi emcaregado bem e verda^eiramte.
tura Fr.a Vivas que

de Tezoureiro das ditas rendas Recebendo


service a obrigasao

a d.a tizouraria e na o dis-


as de ouro que pertencerem
quantias
este senado lhe seja
dellas couza alguma sem q' por
pender
delle escrito e elles
mandado hordem dos officiais por por
por
se lhe ouve a dita dada que
asinado e nesta forma pose por

sua e bens' ávidos e aver


aseitou e se obrigou por pesoa por

Rendas deste conselho st?


e auzentes a todas as q'
prezentes
de dar conta dellas despeza
lhe caregarem em receita e pella

fazer e de como asim o dice e se


este senado lhe mandar
que
dada mandarão fazer este termo q' asi-
ouve a d.a pose por
d.° tizoureiro E eu Bento Cabral Deça escrivão
naraÕ com o

da camara o escrevy.
— —
Ferreira Vivaz Mel. Gomes da Silua
Ventura
— — Franc0 da
Dos. Franc." de Oliur.* Ant.° Martins Leça

Costa Rios.

Termo de veriasaõ em acordaraÕ se are*


que

mataçe a renda do ver ter" andado na os


por praça

dias da lei e se ter completado o anno por este


q'

Senado foi aRematada.

Aos dezasete dias do mes de de mil e sete


Janeiro

sentos e catorze annos em as cazas da camara estando Juntos

os officiais delia o hordinario Ventura Fr.a Vivas e os Ve-


Juis
riadores Mel. Gomes da Silva e os mais e o do con-
procurador

selho Rezolveraõ o seguinte.

Rezolveraõ se aremataçe a renda do ver ter


que por

andado na os dias da liei e se ter completado o anno


praça

o Rendeiro Estevão da Cunha tinha aRematado o


porq'

anno faltar hum veriador se naõ arema-


prochimo pasado por

tou.
300

Rezolveraõ se de da Camara
pase provizaÕ porteiro

a Mendes escrivão do alcaide desta V.a pio. bom proce-


Jozeph

dimt.° com tem servido e ser mui abto e diligente p.a


q' por

tildo.

Acordaraõ se despachacem e se defirice as


piticomis

naõ aver mais despachar e defirir ouve-


parttes e por q' que

raÕ a veriasaõ acabada Eu Bento Cabral Deça escrivão da


por

camara o escrivy.
— — — Leça.
Vivaz Silua 01iur.a

Termo mandou fazer o hordinario


que Juis

Ventura Fr.a Vivas.

Aos vinte dias do mes de de mil e sete sentos


Janeiro

e catorze annos em as cazas da camara esta(ndo) o d.°


juntos

hordinario Ventura Fr.a Vivas e o veriador Mel. Gomes da


Juis

Silva o efeito de se arematar a renda do ver estar ven-


p.a por

cido o tempo se arematou o anno e


por que prochimo pasado

ter andado na os dias da lei, a renda se naõ arema-


praça qual

tou se naÕ ajuntarem os mais Veriadores e se achar em-


por

fermo o Procurador do comçelho e suposto se podia suprir esta

falta vindo em seu lugar asistir a d.a aremataçaõ o procurador

do anno como naõ vieraÕ os dos. veriadores


prochimo pasado

se naõ arematou e a todo o tempo constar mandou o d.°


p.a

fazer este termo asinou com o dito Veriador E eu


Juis que

Bento Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.


Vivaz Silua.

Termo de veriasaõ em Rezolveraõ o se-


q'

guinte.

Aos vinte e dias do mes de de mil e


quatro Janeiro
sete sentes e catorze anrios em as cazas da camara estando

os officiais delia o hordinario Ventura fereira vi-


Juntos Juis
vas e o veriador Dos. Franc.0 de oliveira e o do con-
procurador

celho Ant.° martins' Leça.


301

a renda do ver e se ce fi-


Rezolveraõ se aremataçe

de aremataçaõ no 1.° dellas, efeito arematou


zece termo q\com

foi o anno e
Estevão da cunha Rendeiro q' prochimo pasado

novas fianças a satisfacaõ da d.a Renda.


se tomasem

AcordaraÕ se em a caçerage da cadeya


puzece praça

dece escrito ao andar na os


desta V.a e se porteiro p.a praça

dias da ley se arematar a mais der ella.


p.a quem por

AcordaraÕ se tomaçe termo de dizistencia ao álcaide

desta Roz' do d.° officio e ce Provimento


V.a João que paçace

do officio de alcaide a Caetano de Crasto Guimaromis estar


por

nelle dando lhe e deferindo lhe o Juramt.0


provido pose

Rezolveram se ce fizece termo de dizistencia ao mei-

rinho do campo de azévedo Peichoto e se pa-


geral Jozeph q'

a Franc.0 de Souza e se lhe dese e


çace Provizaõ pacheco pose

visto estar nelle.


juramt.0 provido
AcordaraÕ despachar e deferir as e
piticomis partes

mais fazer deraÕ a veriaçaõ acabada man-


naõ aver que por
por
daraõ fazer este termo de veriasaõ e deram a ver digo de ve-

riasaõ deram a ver digo de veriasaõ asinaraõ E eu Bento


e que

Cabral Deça escrivão da camara o escrevy.

— — Leça.
Vivaz 01iur.a

Termo de veriasaõ digo termo q' mandou

fazer o hordinario Ventura fereira vivas.


Juis

Aos e sinco do mes de de mil e sete sen-


vinte Janeiro

nas cazas da camara estando o hor-


tos e catorze annos Juis

e o veriador Dos. Franc.0 de


dinario Ventura Fereiça' vivas

se fazer veriaçaõ e defirir as e como se naõ


Oliveira p.ft partes

os mais officiais deste senado se naõ fes veriaçaõ


ajuntaraõ

despacharaõ de o d.° mandou fazer


nem se pitisomis que Juis

todo o tempo constar asinou com o d.° veria-


este termo p.a a q'

dor E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara ,o esCrevy.


Vivaz 01iur.a
302

Termo de veriasaõ fizeraõ os officiais


que
da câmara em Rezolveraõ mandar
que publicar ydi-
tais se ajuntarem todos os officiais dos officios
p.a
desta V.a se fazerem de todos os officios
p.a Juizes
aos mais votos e se publicasem se com-
yditais para
vocarem os criadores e mais do p.ase are-
pesoas povo
matarem os talhos do concelho.

Aos vinte e sete dias do mes de de mil e sete


Janeiro

sentos e^ catorze annos em as cazas da câmara estando


juntos

os officiais delia o hordinario Ventura Fr.a Vivas e os ve-


Juis

riadores Mel. Gomes da Silva Franc.0 Maciel da Costa e o

Procurador Ant.° Martins' Leça Rezolveraõ o seguinte.

Acordaraõ se para os oficiais


publicasem yditais que
de todos os officios moradores nesta V.a e seu termo se acha-

cem neste Senado da câmara segunda feira se comtam vin-


que
te e nove do se fazerem de officios aos
prezente para Juizes
mais votos na forma do est.° cuja Rezulsaõ tomaraõ emten-
por
derem se ceguiriaõ utilidades a esta Respublica e á os dos.
p.a
officiais se lhes darem seus Rigimtos. com cominasaõ de
paga-
rem da cadeya os faltarem dezaseis outauas de ouro
que para
as Rendas do conselho.

Acordaraõ mais com a mesma vniformidade se


publi-
cacem comvocando os criadores negociantes dos
yditais ga-
dos emtram e se costaõ nesta V.a se arremata-
que para

rem os cortes do comçelho como he em toda a


ystillo parte

p.a ma^or aumt.0 desta Respublica, serviço de Sua mgde. e util-

lidades de todos estes moradores na forma da regallia o


que

d.° Sõr. tem conce"dido a todos os conselhos dos seus Reinos e

conquistas Rezaõ se acordou comvocar os cria-


por que povos
dores de comdutores e negociantes delles se aRema-
gados p.a

tarem.quinta feira se am de CQijitar oito de fr.°


que prochimo

que vem com as sonellidades da ley;

Acordaram despachar e defirir as e


pitisomis partes
sç fizece correisaõ se ter completado o tempo dos
geral por
Iditais tirar licencas e afilarem na forma do est.° e nap
para por
haver mais despachar deraõ a veriasaõ acabada de
$ue por que
mandaram fazer este termo de veriaçaõ E eu Bento Cabral

Deça escrivão da camara o escrivy.


— — —
Vivaz Silua Costa Leça.
303

fas Roiz' da
Termo de dizistencia que JoaÕ

desta v.a e de aze-


Silva do officio de Alcaide Jozeph

de meirinho do campo.
vedo Peixoto geral

atras declarado estando


no d.° dia mes e anno
E logo

dos. officiais da camara á pareceraõ prezen-


á hinda os
juntos
de azevedo Peixotto e por
Roiz' da Silva e Jozeph
tes Joaõ
dizistir dos officios por este
dito elles vinham que
elles foi que
Roiz' do officio de Alcaide
o d.°
senado foraõ providos Joaõ
de meirinho do
d.° de Azevedo Peixoto
desta va e o Jozeph
da camara lhe tomarao
visto ditos officiais
campo o q' pellos
dos dos.
e os ouveraõ dezemposados
as das. deichasomis por

termo com elles asma-


de mandaraõ fazer este q'
officios que
da camara o escnvy.
raÕ E Bento Cabral Deça escrivão
eu
— — — Roiz' da Sil-
— Costa Leça Joaõ
Vivaz Silua

— Azd.° Peixotto.
ua Jozeph

se deu ao
Termo de e juramento que
pose
do campo nova-
Alcaide novamte. eleito e a Meirinho

mente ellegido.

do mes de de mil e~setè


vinte e nove dias Janeiro
Aos

as cazas da camara estando juntos


e catorze annos em
sentos
Ventura Ferreira Vivas e os
delia o hordinario
os officiais Juis
Maciel da Costa e
Mel. Gomes da Silva Franc.0
veriadores
do comcelho o Cap-
de oliveira e o procurador
Dos. Francisco
fazer veriasaõ e defin as partes.
Ant.' Martins' Leça para
pm.
Caetano de Crasto Guiniaròmis
Apareseraõ prezentes
elles foi ditto tinham
de Souza Pacheco e por que
e Franc.0
da camara aprezen-
Provizomâs deste Senado que
empretado
o visto digo officios pe-
servir os dos. officios que
taraÕ p.a
da camara lhe desem e juramento
dindo aos dos. officiais posse

camara lhe deraõ a d.a pose


visto ditos officiais da
o q' pellos
do officio de Alcaide desta
A caetano de Crasto Guimaromis

d.° Franc.0 de Souza Pá-


emposado nelle e a
V.a avendoó por
do e a cada hum dei-
do ôffício de meirinho campo
checo geral
dos Santos Evangelhos e
les lhe deferio o d.° o Juramt.0
Juis
o serviso de Deos e de S. Mgde.,
debaicho delle lhe emcaregou
304

mandou fazer este


segredo a de que
direito as partes Justiça
Bento Cabral Deça escrivão
todos asinaram E eu
termo que

da Camara o escrivy.
— — de Crasto Gui-
— 01iur.a Leça Caetano
Costa

— Francisco de Souza Pac.°


mes-

se rezolveu mandar publicar ydi-


Termo que
a serventia desta
se fazerem os caminhos p.a
tais p.a
dos mantimtos. e se pu-
Va e seu termo e condusaõ
duas cazas de
os iditais se arrematarem
bíicacem p.a

nesta V.a
pasto

asima atras declarado


logo no d.° dia mes e anno
E
o hordmano Ven-
os officiais da camara Juis
estando Juntos
Mel. Gomes da
e os veriadores o Cappra.
tura Fereira Vivas
e o do
Franc.° Maciel da Costa procurador
Silva e o Cappm.

Ant.° Martins' Leça.


conselho o Cappm.
se fazerem os ca-
Acordaraõ se yditais p.a
publicacem
nos Rios e
desta V.a e seu termo e pontes
minhos e estradas
da fora se cometese esta
delles e os do termo V." p.*
nachaees
de S. Mgde. e bem comum
da do Rial serviço
diligencia parte
Pascoal da Silva Guimaromis
Mestre de Campo Regente
ao
d." o logo em execu-
lhe da do Sõr. ponha
emcaregando parte
se comduzir os mantimtos.
i&àis promtamte. poderem
çaõ p.ft
aos e moradores
V.a e seguirem ce vtillidades povos
p.a esta
lhe da do
efeito se lhes escreveo emtimando parte
delia e com
caminhos na forma
de Sua Mgde. mandase fazer os
serviço
^ .
referida.

Acordaram se mandacem publicar yditais para quinta

contam des de
de comtar digo sabado que se
feira se ham
que
duas cazas de nesta
vem se arrematarem pasto
fr.° prochimo q'
da hordenasaõ de Sua Magde.
os viandantes na forma
V.a p.a
do comcelho Ant.° Ca-
se deu bilhete ao Porteiro
e com yfeito
e se arrematarem a quem por
bral as trazer em praça p.a
p.a

ellas mais dese.


duas cancellas se
Acordaraõ se mandace fazer p.

Padre faria digo o


vai desta V.a p.a o p.a
na ponte que
porem
o handar Vacum por
aRayal do faria e se proybice gado
padre
a d.a e as Rendas
delia se cege ponte
Riba pio. perjuizo que
30$

deste comcelho em as mandar comsertar e p.a esta Rezulsao

ter efeito acordarão vniformte. se notificacem os condutores

de o naÕ conduzirem por sima da d.a e outrosim


gado p.a ponte

se fizece a mesma notificaçaõ aos vizinhos mais chegados de

huma e outra da d.a Ponte naõ o deixarem com


parte p.a pasar

cominasaõ de da cadeya seis oitavas de ouro cada


pagarem
hum os ficarem compreendidos asim vizinhos como con-
que

dutores do d.° e os dos: comdutores emcorrerem nes-


gado que

ta mais de huma ves da cadeya dezaseis


pruibiçaõ pagaraõ
oitavas e os mais ficara no arbritio deste senado ficando
p.a
nelle e os almotases servirem a faraõ exe-
por postura que que

cutar na forma asima declarada dando apellasomis e agravo p.a

este senado exceder da sua alsada.


por
Kezolveraõ despachar e defírir as e
pitiscmís partes

naõ haver mais despachar ouveram a veriasaõ


por que por
acabada de mandaraÕ fazer este termo asinaraõ Eu
que que
Bt.° Cabral Deça escrivão da câmara o escrivi.
— — —
Vivaz Silua Costa Leça.

Termo de veriaçaõ em se Rezolveu se


que

Rematace a cacerage desta V.a e com efeito se aRe-

matou a Fr.a deNis 320 8as.


João por

Aos oito dias do mes de digo aos trinta dias do mes

de de mil e sete sentos e catorze em as cazas da ca-


Janeiro

mara estando os officiais delia o hordinario Ven-


Juntos Juis

tura fr.ft Vivas e os veriadores o Cappm. Manoel Gomes da Sil-

va o Cappm. Franc.0 Maciel da Costa e o do comce-


procurador

ího o Cappm. Ant.° Martins' Leça Rezolveram o seguinte.

Acordaraõ se aRematace a caceraje da cadeya desta

V.a a ella mais deçe, e estar ahinda em mui baicho


quem por por

Rezolveram ficace aRemataçaõ da d.a cacerage p.a oito


preço
do mes de fevr.0 vem se aRematar
prochimo que para junto

com os cortes do comcelho, e se os officiais que ti-


prendecem

nham faltado a virem dar os seus votos os dos offi-


p.a Juizes

cios.
306

Acordaram despachar e defirir as e


piticomis partes

naõ aver mais despachar mandaram fazer este termo


por que

de veriaçaõ todos asinaraõ E eu Bento Cabral Deça es-


que

crivaÕ da camara o escrivy.


— — —
Vivaz Silua Costa Leça.

Termo de veriaçaõ em se fizeraõ digo


que

se tomaraÕ cs votos os dos officios


em que p.a Juizes

desta V.a e seu termo.

Aos ttres dias do mes de fevr.0 de mil e sete sentos

digo trinta e hum dias do mes de de mil e sete sen-


aos Janeiro

tos e catorze em as cazas da camara estando os offi-


Juntos

delia o hordinario Ventura fr.a Vivas e os veriado-


ciais Juis

res o Manoel Gomes da Silva e o Capitaõ Franc.0 Ma-


Cappm.

da e o do comselho o Cappm. Ant.° Mar-


ciei Costa procurador

tins Leça Rezolveraõ o seguinte.

Acordaram se mandacem vir da cadeya os officiais

dos officios se achavaõ naõ vir votar para Jui-


que prezos por

zes dos officios na forma dos este senado se


yditais que por

tinham se fazerem os ditos e com efeito


publicado para Juizes,

se foram trazidos os dos. officiais da camara ahonde


parante

cada hum delles deu o seu voto a o d.° hordinario


quem Juis

deu o dos santos evangelhos em hum 1.° delles em-


Juramento
carregando lhe debaicho delle vototacem nos officiais
(sic,)

mais e -benemeritos focem dos officios


q' ygdonios para Juizes

E em comcoRecem os Requizitos neceçarios a"<ia


quem pára

ocupasaõ na forma os mais officiais o ttinham feito, e


que ja

tomando o d.® E eu escrivão os dos, votos se achou ser


Juis
elleito acs mais votos do officio de carpinteiro Ma-
por Juis

noel Gonsalves Beça; e do officio de Alfayate Ignacio


por Juis

de Souza; e do officio de Sapateiro Ant.° da Costa


por Juis

Maciel; e do officio de ferreiro Dos. Gonsalves todos


por Juis

moradores nesta V.a

Acordaram se lhes cartas de vzança na for-


pacacem

ma do est.° e se lhe taxacem as obras dando lhes Regimtos. na

forma da hordenasaõ dando lhe e na forma que


pose juramt.0

se em toda a e a mesma lei dispõem Registando


pratica parte
307

nos los. dos Registos deste


se asim huma couza como a outra

declarando ce nos los. desta veriaçaÕ as


senado da camara

dos dos. Regimtos. a todo o tempo constar.


comdicomis para

a mes(ma) vniformídade se mandace


Acordaraõ com

desta V.a de honde tinha vindo a Lucas Fer-


a cadeya
prezo p.a
de Ferreiro desprezo soberba, e aRogan-
nandes official pello

ávido na dos dos. officiais da


cia com se tinha prezença
que
o d.° mandou notificar hum auto e
camara a quem Juis para

tistemunhas, e a mim escrivam sertidaõ


ver jurar pasar
pera
de tinha ditto o d.° Lucas Fernandes, em prezença
tudo o que
dos. da camara do d.° autto e pera
dos officiais para prova

mericimento delle o com efeito Eu


sentenciar pello que
pcder
d.a certidão e a emtreguei ao taballiaõ Franc.°
escrivão pasei a

o d.° mandou autuar o d.° auto


da Silva Netto a quem Juis

e a elle a d.a sertidaõ.


juntar
Acordaram vniformemente se nes-
publicacem yditais

ta V.a e seu termo comvocando os povos e pesoas principais

da delia, criadores, condutores e


desta Respublica governança
de se acharem neste senado quinta
negociantes gados para

feira se ham de comtar oitto do mes de fevr.0 prochimo


que

aRematar a carneçaria dos talhos do comce-


vem para se
que
lho a mais barato cortar a carne de vaca o sustento
quem para

dos moradores desta V.a e do termo delia na forma da orde-

naçaõ e Regimento dos veriadores e de como se costuma pro-

ver mais senados e se em toda a cujo


pellos pratica parte, para

fim se tinha dado billete ao do comcelho trazer


porteiro para

os dos. ttalhos se aRematarem a elles


na praça p.a quem por

der e mais barato cortar a vaca com se ha de prover


mais que

toda V.a e todo o seu termo avendo obrigado a dar a vaca


esta

nesceçaria em abastança e a cortar taixas este


pellas que por

lhe forem atendendo as vtillidades de todos


senado postas

estes moradores.

Acordaram com a mesma uniformidade mandar re-

e chumbo desta V.a e seu termo em


colher toda a polvora para

caza se vender'pèllo dano se tem seguido aos vian-


huma só que

dantes nos e estradas destas minas em se tem


caminhos que

experimentado mortes Robos e firimtos. cauzados de se vender

e chumbo aos Negros canhamboras e o gravicimo pre-


polvora
seguirmineiroárcom os seus escravos de
se pode aos
juizo que
'minàs,
a comservaçaõ destas e os Reais quintos
quem pendem

Magde. o se para que toda


de Sua para que publicacem yditais

e chumbo o venha declarar com


a pesoa que tivece polvora

de trinta dias de cadéya e delia dezaseis oitavas


pena pagar
308

corenta dias
dentro em
Rendas do concelho
A» nnrn nara as
do mes de Marco proch.mo que
a honze
nue se compleUram
Fere.ro saralhe.ro
nenhum
debTicho da mesma pena que
vem e
de genoro que
de fogo nem outra qualquer
concerte armas
Bastardo, ou ca
a Mollato, Negro,
ou defenciva
seia ofenciva
ferros com seus
lhe cortem que
vendaõ facas nem
ryó nem lhe
e nenhuma
sem licenças suas, que
lenhorS os tragaõ prezos
sejao lhe ven
callidade ou condição que
nesoa de qualquer
Recolham escra-
foros sejam nem
das armas ahinda que
as do
algum senão
nem lhe vendaõ genoro
em suas cazas
vos
ficando este acordam por P°s^a
fora,
demostrador para
declarara aos Almotaces pa«
concelho se
que aca
a d. veriaçao por
e e ouveram
fazerem comprir guardar,
todos asinaram
fazer este termo que
bada de mandaraõ
que
da camara o escrevy.
Cabral Deça escrivão
E eu Bento
— —
Silua Costa.
Vivaz

o se-
em acordaram
Termo de veriaçao que
do Mestre de Cam-
a huma carta
o Responder
guinte
Regente.
po

do Mestre de
a huma carta
responder
Acordaraõ
Resposta de outra
da Silva Guimarois
Regente Pascoal
Campo es-
comum se lhe tinha
Reyal serviço e bem
nUe da parte do
Respondeu adever-
com efeito se lhe
este senado e
crito pl este
nas escritos que pera
averce com milhor pullitica
tindoo^ da
os dos. officiais
e hordenaram
senado se lhe offerecerem
nos los. dos
humas e ostras
mim iscrivaõ Registace
camara a
de folha secenta
as Registei
deste senado quais
Registos

secenta e duas. ,o
folhas ca
se tomasce
com a mesma vrtiíormidade
Acordaram
tres annos fora provido por
alcaide desta V." que por
fiança ao
de Alcaide e a seia
este senado no officio
da hordenasao E est. prati
iscrivaõ delle na forma
campo, E

°a '
se> defi-
com a mesma vmformidade
Reconheceram
nesta V. ti-
morador
rice a huma apellasaõ que Jozeph Joaõ
-
o com
este Senado por
antreposto dos Almotaces p.a
nha
huma liai-
nao ter afiliado
na do concelho por
narem postura
de huma das comdisomis
no delia na forma
lança, e perdimt.0
309

officios dafillaçao e
tinha aRemattado os
com o afillador
que
ô apellante das das. com-
afeito se lhe defirio absolvendo
• com
mais dias
com fundamt.0 de se ter comcedido quinze
denasomis
a este senado fes para poder
ao afillador Requerimt.0 que
por
seu termo, e se lhe
marcos e ballancas desta V.a e
afiliar os
nos hece
aliem dos expressados yditaís que para
comcederem
de ouveram a dita ve-
fim este senado se publicaram que
por
fazer este^termo que to-
riaçaÕ acabada de mandaram
por que
escrivão da camara o
K eu Bento Cabral Deça
dos ssinaram

escrivy.
— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

em se mandaram
Termo de veriasaõ que

desta V.a e seu termo e a


aRematar as carneçarias

cacerage da cadeya desta V.ft

de de mil e sete sentos e


Aos oito dias do mes fevr.0

da camara estando os offi-


catorze annos em as cazas juntos

Ventura Fr.B Vivas e os veriadores


ciais delia o hordinario
Juis
Franc." Maciel da
Mel Gomes da Silva o Cappm.
o Cappm.

do o Cappm. Ant.° Martins


Costa e o comcelho
procurador

Leça Rezolveram o seguinte.

aRematacem as carnecarias com que


Acordaram se

ella mais der e


de esta V.a e seu termo a quem por
se ha prover
dos moradores delia
mais barato cortar a vaca o sustento
para
dos veriadores tai-
na forma da hordenaçaõ e Regimt.0 pellas

lhe forem dadas aRobando a^ vaca que


xas este senado
que por
a se naRe-
nesceçaria for na forma que em toda parte pratica

do comcelho obrigando ce áRematar


mataçaÕ dos talhos quem

desde o sabado athe a terça


dar a vaca em abastança e cortar

em todo o descurço descuco (sic)


feira de cada somana pio.

cominasaõ de se comprar á
do ano da sua aRematacam com

o for, e com a pena


sua custa este senado por preço que
por
da huma livra de ouro por cada
de os fiadores cadeya
pagarem
faltarem com a vaca nesceçaria ameta(de,) p.a às
ves que
as Rendas do comcelho e com
Rendas do digo aplicadas p.a
*
d.a carneçaria a Mel. da Crus Fr com
efeito se aRematou a

no termo de aRemataçaÕ se acham expre-


as comdisomis que
310

oitavas de ouro ter andado


duas mil e trezentas por
çadas por
dias lei e fiaÕ aver mais barato cortace a
na os da quem 0
praça
vaca e mais ella dece.
por

Acordaram se aplicacem as ditas duas mil e trezentas

outavas de ouro se tinha aRematado a carneçaria para


por que

fazer cadeya e acrecentar as cazas da camara fazendo outro


se

lanço nelle se fazer audiência e a d.a cadeya com a segu-


p.a

nesceçaria e as caminhos, e fontes desta V.a e seu


rança pontes

a serventia do bem serviço de Sua Mgde.


termo para publico

de todos estes moradores na comdusam dos man-


e utilidade

timtos. aplicando todas as mais Rendas deste senado para

estas obras taõ comvinientes ao bem comum e com efeito se

deu ao do comcelho as trazer na e nel-


bilete porteiro p.a praça

Ias aRematarem a mais barato fizer as das. obras.


ge quem

Acordaram com a mesma vniformidade se aRemata-

ce a caceraje da cadeya desta V.a ha tempos andava na


que

a ella mais dece e com ifeito se aRematou a


praça quem por

fr.a denis trezentas e vinte oitavas de ouro com as


Joaõ por

condisomis no termo de aRemataçaÕ se declaram de que


que

ouveram a veriacam acabada de mandaram fazer este


por que

termo todos asinaram E eu Bento Cabral Deça escrivão


que

da camara o escrivy.
— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

Termo, de veriacaõ em se acordou pedir


que

ao Sõr. General os campos regengos e montes mani-

nhos desta V.a e seu termo carta de sismaria.


por

Aos des dias do mes de fevr.0 de mil e sete sentos e

nas cazas da camara estando os officiais delia


catorze juntos

o hordinario Ventura Fr.a vivas, e os veriadores o Cappm,


Juis
Mel. Gomes da Silva o Cappm. Franc.° Maciel da Costa, e o

do comcelho Ant.° Martins' Leça acordaram o se-


procurador
J
gte. '*
Acordaram se ao Sor. Gel. D. Bras Balthezar
pedice

da Silveira Governador, e cappm. Geral destas minas car-


por

ta de sismaria os campos Reguengos e montes maninhos desta

V.a e seu termo este senado da camara ter


para para poder
311

o Rezolveram se lhe fi-


e o comcelho para qtte
Rendas posecaÕ
huma carta hece fim e que
zece e se lhe escrevece para
piticaõ
mandada Procurador^do comcelho.
esta lhe foce pelo
aRematacem as duas
Acordaram vniformemte. se naõ

nesta V.8 se aRe-


este senado pertendiaõ
estallages que por
e andavaõ em pra-
matar o se tinham publicado yditais,
p.a que
m, de alguma sorte poderia prejudicar
ca mas atemdendo que

a nova RezulsaÕ de as nao aRematar


ao bem comum tomavaÕ

de ouveram a d. Re-
e de se a hece fim, que
publicarem yditaís

e os dos. nullos.^
zulsaÕ por tomada yditais por
e defirir as de
Acordaram despachar pitisomis, partes

acabada, e mandaram fazer este


que ouveram a veríasaÕ por
Bento Cabral Deça escrivão
termo todos asinaram E eu
que

da camara o escrivy.
— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

de em se Rezolveu fazer
Termo veriacaõ que

hum na forma da hordenasaõ.


jurado

de fever.° de mil e sete sen-


Aos catorze dias do mes

da camara estando os
tos e catorze annos em as cazas Juntos

Ventura Fr.a vivas os veria-


officiais delia o hordinario
Juis
da o Capm. Franc.° Maciel
dores o Cappm. Mel. Gomes Silva,

do comcelho o Cappm. Ant.° Martins


da Costa, e o Procurador

Leça rezolveram o seguinte.

se ellegece hum Jurado


Acordaram oniformemte.

das Rendas do comselho na forma


milhor aRecadasaõ
para
avia do Rendeiro de se com-
da herdenasaõ pellas queixas que

nas taixas e do
certar com os tinham emcoRido posturas
que

e os almotaces tomacem conhecimt.0 sumariamte.


comcelho que
d.° Rendeiro tinha feito com tanto
dos dos. comsertos que o

das Rendas deste senado na forma


do bem comum, e
prejuízo
efeito se elegeu o d.° e se mandou
da lei do Reino e com Jurado

Provizam na forma do est.° aver pose e Ju-


se lhe para
paçace
ramt.0 na forma se e a ordenasaÕ dispõem.
que pratica,
defirice as e se des-
Acordaraõ vniformte. se partes,

de a veriaçao acabada e
que ouveraÕ por
pachacem pitiçomis
todos asinaraÕ E eu Bento
mandaraõ fazer este termo que

Cabia] Deça escrivão da camara o escrivy.

— — — Leça.
Vivaz Silua Costa
312

de veriacaõ em se Rezolveu Res-


Termo que

huma carta do Sr. Gel. D. Bras Balthezar


ponder a

e Cappm. Geral de S. Paul-


da Silveira Governador

lo, e minas gerais.

dias do mes de fevr.° de mil e sete sen-


Aos dezanove

em as cazas da camam estando os


tos e catorze annos Juntos

delia hordinario Ventura Fr.a Vivas, e os ve-


officiais o Juis
Mel. Gomes da Silva, o Cappm. Franc.0
ríadores o Cappm.

da e Procurador do comselho' o Cappm. Ant.°


maciel Costa o

Martins' Leça Rezolveram o seguinte.

Acordaram Responder a huma carta do SÕr. Gel. em

delle tinham Recebido em lhe horde-


Resposta de outra que que

dispozecem a forma do lancamt.* da a esta V.a


nava parte que

das trinta aRobas de ouro dos Ryais ao que Res-


tocace quintos

d.° hordinario Representando ao d.® Sr. o quanto


pondeu o Juis
Repartiçaõ das Comarcas, e Villas das minas
hera nesceçario a

do termo desta se empregariaõ os dos. of-


com a certeza
que
da no llancamt.0 horsamt.° se fizece
ficiais camara que pelo que

vindo sertidomis autenticas dignas de fé de


tocace a esta V.a

estar lavantado o Registo do caminho novo, e Parati na forma

da comdisam do termo os dos. officiais tinham asinado


que

os Procuradores e Homns' bons' de todas as mais


Junto com

das minas cuja carta me hordenou a mim iscrivaõ a Re-


Villas

E em a llevace ao d.° Sr. Gel. de mandou


gistace pesoa que

fazer este termo todos asinaraõ E eu Bento Cabral Deça


que

escrivão da camara o escrivy.


— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

Termo de veriaçaõ em se Rezolveu se


que

huma e da desta
ellegece pesoa principal governança

mais hignia, e benemerita fose hir por


V.a a que para

Procurador desta V.a com o do comcelho asis-


junto

demarcasaõ das comarcas e termos das Vas. das


tir a

minas das trinta aRobas de ouro dos


para o orsamt.0

Ryais quintos.

Aos vinte e hum dias do mes de fever.0 de mil e sete

sentos e catorze annos em as cazas da camara estando Juntos

officiais delia o hordinario Ventura fr.a vivas e os ve-


os Juis
313

da Silva o Cappm. Franc.


ríadores o Cappm. Mel. Gomes

do comcelho o Capitao Ant.


ciei da Costa, e o Procurador

d.° hordinario foi lida e aprezenta(da)


Martins' Leça, pelo Juis
do Sr. Gel. o d.^
veriadores a Resposta da carta que
aos dos.
ao d.
tinha hordenado levace pesoalmte.
a mim escrivão
Juis
aos dos. of-
hordenava o d.° Sr. Governador
Sr. cuja resposta

V.a do Carmo hum Procurador


ficiais da camara mandacem a

a demarcasaÕ das
instrusomis e nesceçarios p.a
com as poderes
ahonde comvocava os
e termo das Vas. das minas
comarcas
a d.a Repartisam no fim
das mais camaras p.a
procuradores
declarando lhe ser fazer ce a
deste mes preçiso
prezente
tempo na d.a v. de
Procurador ce achar no Referido
caõ de para

N. S. do Carmo. . .
hirem os dos. officiais da
Acordaram vniformemte.

ao Sr. Gel. D: Bras Bal-


camara, emcorporados Reprezentar

e Cappm. Geral destas minas


thezar da Silveira Governador

de N. S. do Carmo o terem este Senado_aRémata-


a Villa por
da hordenasaÕ e com as
do a carnecaria com as formallidades

e com as comdisomis no ter-


sollinidades do seu Regimt.0 que

se achavam exprecadas de se ceguiam


mo de aRemataçaõ que

desta V.% e seu termo de


enomeraveis vtillidades aos povos

moradores todos os
estavaÕ satisfeitos os principalmte.
que
delia e a mayor dos pe-
mineiros nobreza da governança parte

se cortar a vaca, em mt.a abastança, e por


pulares por
tinha cortado dando em do-
nunca nestas minas se
preços que
do the ao se Re-
bro o aRematador que prezente praticava por

do Sor Governador mandar hordem ao Dezembraga-


zam d.®

da de amorim ouvidor, e coRegedor^ desta co-


dor Mel. Costa

Repor o das carnes no estado


marca fizece provimt.0 primeiro

este senado se avia feito


avendo nulla aremataçaÕ que por
por
do Regimt.0 e com efeito foram os dos. officiais
na forma seu

escrivão fazer lhe a d.a Repre-


da camara comigo pesoalmte.

o d.° Sr. ler as comdisomis com fora


sentaçaõ e mandando que

aRematado lhe Respondeu tinha dos povos e que pei-


queixas

Ias das. condisomis Reconhecia as mesmas comviniencias que

lhes tinha ao deferiria


este Senado se povo granjiado que
por

como mais foce e com esta resposta se Recolheram para


justo

esta V.a os dos. officiais da Camara mandaram fazer este


que

a todo o tempo constar E eu Bento Cabral Deça es-


termo p.a

crivaõ da Camara o escrivy.

— — — Leça.
Vivaz Silua Costa
314

Termo de veriasaõ em
que se Rizolveu se
escrevece ao Cappm. Pedro da Rocha Gandabo, e ao
Cappm. MeJ. Correya Pr.a
para virem tomar
pose,
e Juramt.0 servirem de almotases
p.a os dous mezes
de março e abril
que lhe pertencem na forma da hor-
denasaõ veriadores
por que foram o anno
prochhno
pasado.

Aos vinte e seis dias do mes de fever.0 de mil e sete


sentos e catorze annos em às caza,s da camara estando
Juntos
os otficiais delia o hordinario
Juis Ventura fr.a vivas, os veria-
dr.rcs o Cappm. Mçi. Gomes da Silv.i, Domingos Franc.0 de
oliveira, e o do
procurador comceiíio o Cappm. Antônio Mar-
tins Leça Rezolveraõ seguinte.
o

Acordaram se escrevece aos veriadores tinham


que
sido o anno prochimo pasado o Cappm. Pedro da Rocha Gan-
davo, e o Cappm. Mel. Corrêa Pr.a se acharem
para neste Se-
nado o do de
primeiro mes Março
proximo que vem para se lhes
dar e^
pose Juramt.0 para servirem de Almotases na forma da
hordenasaõ servirem
p.a o mes de março, e abril deste
pre-
zente anno, e ordenaraõ a mim escrivão lhes fizece saber nor
carta, esta Rezolçaõ.

Acordaram difirir as e despachar


_ partes, pitisomis e
p°r nao aver mais despachar
que ouveram a veriasam
por aca-
bada de mandaram
que fazer este termo
que todos asinaram
L eu Bento Cabral Deça escrivão da Camara o escrivv
Vivaz — — —
Silua Costa Leça.

Termo de abertura de huma carta do Sr.


Gel. e de outra do Dezembragador ouvidor, e CoRe-
gedor desta Comarca o Doutor Mel. da Costa de
Amorim.

Ao d:a do mes de
primeiro Março de mil sete sentos
e catorze annos em as cazas da camara estando
Juntos os of-
ficiais delia os
Juizes hordinarios Ventura fr.a Vivas e o Te-
nente Coronel Manoel Antunes de Azevedo, os veriadores o
Cappm. Mel. Gomes da Silva, o Cappm. Franc." Maciel da
315

e o Procurador do comce-
Franc.° de oliveira,
Costa, Domingos
Leça, lhes foram aprezentadas
lho o Cappm. Ant.° Martins'

cappm. Gel. o Sr D. Bras


huma do Governador e
duas cartas
suspendecem na
da Silveira, em lhe ordenava
Balthezar que
este Senado se tinha
aRemataçaõ de carneçaria que por

a nesceca-
aRematado, comciderando com ponderasaõ
que
officiais da camara vocalmte.
ria as rezomis os ditos
que
hordem, em continoar a d.a aRemata-
lhe tinham ein
preposto
se avia esta V.
caõ dos cortes do concelho com que prover

difinr favora^
e dezejando achar algum meyo com que podece

as dos rezam porq


velmte. se lhe continuavam queixas povos

aos dos. officiais da camara


se achava a hordenar
pricizado
ser asim comviniente ao
suspendesem na dita aRemataçaõ por

outra couza mais apretada-


serviço de S. Mgde. nenhuma
que
dos das
mte. lhe encomendava o socego e quietasaÕ povos
que
evitar todos os motivos que
minas o era comviniente,
para que
e abrindo ce a carta do Dezembragador
alterallos;
podecem
ouvidor desta co-
desta comarca digo do Dezembragador gel.

lhe emcinoava aos dos. of-


marca o D.^Mel. da Costa Amorim,

na d.a sua carta ao


ficiais da camara hordem emclluza
que pia.

nula á arematacaÕ da carneçaria


d.° Sr. Governador avia por
Repor no estado, e que
emcomendando lhe a fizece primeiro

Replicado á dita hordem o avizava


sem embargo de que tinha

dar logo a execucaÕ sem duvida alguma


segunda ves a fizece

serviço de Sua Mgde. Ds.


ser asim comviniente ao que
por
dcs. officiais da camara para Re-
o fazia aos
gde. que prezente
diço termo nos livros da
moverem a d.a aRemataçaõ fazendo

lhes e vendo vl-


veriacaõ e o mais que comviniente parecece;

do d.° Sr. Gel. acharam declarar absolu-


timamte. a hordem

nenhum vigor a d.a aRemataçaõ dos cortes


tamte. nula, e
por
as formallidades e sonollidade da lei do
deste senado, q' com

na forma do Regimt.0 dos veria-


Reino se tinham aRematado

os dos. officiais da cagara


dores: Rezolveram vniformemte.

aRemataçaõ e as fiançaspor dezobri-


aver Removida a d.a
por
como o naõ hera; visto o d.° Sr.
gadas e o aRematador quem

o hordenar sendo emsentivo as dos


Governador asim queixas

Rezolcaõ com de naÕ aos


para a d.a protesto prejudicar
povos
da camara, acordaram iditais com
dos. officiais que publicar

da hordem do d.° Sr. Gor. em a declara a dita aRe-


o tehor qual

nula, e outrosim Rezolveram se de-


mataçaÕ absolutamte. por

ditos os criadores comdutores e mar-


clarace nos yditais que
cortar nesta V.a e
chantes de vacum que pertendecem
gado
fizecem sem todos os sabados de
em todo o seu termo o naõ
316

cada somana virem a este senado empretarem lc.a o poderem


p.a
cortar taixas se lhe arbitrarem na forma da horde-
pellas que

nasaõ e do seu Regimt.0 com de trinta dias de cadeya e


pena

de naõ serem soltos sem meya livra de ouro


primeiro pagarem

p.* as Rendas do concelho cada ves emcoRerem nas


por que pe-

nas dos dos. se mandaram


yditais que publicar pello porteiro

nesta V.a e seu termo e fexar na delia,


praça publica p.a que
chegue a noticia de todos, E em nenhum tempo alegar
posam
como em toda a se e esta Re-
ygnorancia parte pratica, que
zulcaõ ficara do Comselho, se fara
por postura que prezente
aos almotases lhe fazerem dar verdadeira execucaõ de
para

que sara fiscal o Rendeiro do ver, e o este se-


Jurado que por
nado foi de mandaram fazer este termo to-
provido, que que
dos asinaram a todo o tempo constar, e mandarao outrosim
p.a
a mim escrivão registaçe a d.a hordem e as sobreditas cartas

no livro das arematacomis a se fes da d.a carneçaria,


junto que
Registando as outrcsim nos los. em se costuma Registar
que
as cartas de Sua Mgde. Ds. E eu Bento Cabral Deça
que gde.,
Escrivão da camara o escrivy.

Acordaram na mesma ocaziaõ se escrevece ao Sor.

General, em Resposta da este senado tinha Recebido dan-


qtie
do lhe de estar Removida a d.a aRematacão na forma
parte
da sua herdem dito Dezembragador ouvidor
que pello geral
lhes foi continuada de mandarao fazer este termo todos
que que
asinara.o E eu Bento Cabral Deça escrivão da câmara o escrivy.

Vivaz — — —
Silua Costa Leça.

Termo de huma abertura de huma carta dos

officiais da camara de V.a Reyal.

Aos doze dias do mes de de Março de mil e sete


(sic)
sentos e câtorze annos em as cazas da camara estando
Juntos
os officiais delia o Hordinario o Tenente Coronel Mel.
Juiz
Antunes de Azevedo e os Veriadores Mel. Gomes digo o Cap-

pm. Mel. Gomes da Silva e Domingos Franc.0 de olivr.a o pro-


curador do concelho o Cáppm. Ant.° Martins' Leça elles
por
foi aprezentada huma carta dos officiais da camara de V.a Rial

em que lhe davam de hum capitollo da fi-


parte preposta que
317

da d.a V.a ao Sõr. Gel. sobre o


zeram os officiais da Camara

asim ser comviniente ao bem


ce a comtrato por
por polvora por

a Rezolveram Responder lhe.


comum q'

Acordaram mais despachar e defirir as part-


piticomis

fis este termo todos asinaraõ E eu Bento


tes de tudo que
que

Cabral Deça escrivão da Camara o escrivy.

— — — Leça.
Azeuedo Silua Olivr.*

de veriacaõ em se despacharaõ
Termo que

piticomis.

dias do mes de março de mil e sete sen-


Aos catorze

nesta V.a Rica em as cazas da Camara estando


tos, e catorze

hordinario o tenente coronel Mel.


os officiais delia o Juis
Juntos
o Cappm. Mel. Gomes da
Antunes de Azevedo e os Veriadores

de Olivr." e o do comcelho
Silva Domingos Franc.° procurador
— des-
Leça Rezolveram o seguinte o
o Cappm. Ant.° Martins'

defirir de tudo fis este termo


e as partes que
pachar piticomis
E eu Bento Cabral Deça escrivão da ca-
todos asinaram
que
mara o escrivy.
— — — Leça.
Azeuedo Silua Olivr."

dc se deu aos Al-


Termo pose e juramt.0 que

ham de servir este mes de Março e o mes


motaces que

de abril que vem.

dias do mes de Março de mil e sete sen-


Aos catorze

as cazas da camara estando os


tos e catorze annos em Juntos

hordinarios Ventura fereira Vivas e o


officiais delia os Juizes
Antunes de azevedo os Veriadores o Cap-
tenente coronel Mel

Franc.° Maciel da Costa


Mel. Gomes da Silva o Capitam
pm.
oliveira e o Procurador do comcelho o
Domingos Franc.° de

Martins' Leça, deram e ao Cappm.


Capm. Ant.° pose Juramt.0

Cappm. Mel. Correya Pireira


Pedro da Rocha Gandavo e ao
318

servirem
Veriadores foram o anno prochimo pasado para
que
mezes de Março e aBril deste prezente
de Almotaçes os dous

de Magde. a os dos.
na forma da hordenacaõ Sua quem
anno
Evangelhos em hum h-
deRam o dos Santos
Juizes Juramt.0
debaicho delle o serviço de Ds. e
deles emcaRegando lhe
vro
segredo a de man-
de S. Magde. direito as Justiça que
partes
todos asinaram E eu Bento Ca-
daram fazer este termo que

bral Deça escrivão da camara o escrivy.


— Mel. Antunes de Azd.°
Ventura Ferreira vivaz
— Dos.
— Maçiel da Costa
Mel. Gomes da Silua Franc.0

— — Manoel Corrêa
de OHur.a Ant.° Martins Leça
Franc.0

Pr.a

se elegeo Procurador hir


Termo em que p.a

os Procuradores das mais Camaras p.*


asistir com

das trinta aRobas de ouro dos Reais quin-


o horsamt.0

na fazer o Ex-
tos de S. Magde. Junta que pretende

D. Bras Balthezar da Silveira


cellenticimo Sr. Gel.

do deve caber a cada co-


e se fazer o lancamt.9 que

das minas e termo das Vas. dellas E outrosim


marca

das das. comarcas e villas das


asistir a RepartisaÕ

minas. . . I J

do mes de Abril de mil e sete digo A


Aos sinco dias

de mil e sete sentos e catorze annos


nove dias do mes de abril

cazas da camara estando os of-


nesta V.a Rica em as Juntos

hordinarios Ventura Fr.a Vivas e Mel.


ficiais delia os Juizes
o Cappm. Mel. Gomes da
Antunes de Azevedo e os Veriadores

Mel. CoReya Pr.a veriador foi o ano pa-


Silva e o Capm. que

Franc.0 Maciel da Costa e Domiti-


sado auzencia do Capm.
por
de oliveira e o Procurador do Comselho o Capm.
Franc.0
gos
Martins' Leça Rezolveram vniformemente fazer
Ant.° pro-

das comarcas e termo das Vas.


curador asistir á Reparticaõ
p.a
horçamt.0 das de-
cias minas o quantias que
prencipalmte. p.a

huma das tres comarcas das minas no ajuste


vem tocar a cada

de ouro dos Reais de Sua Magde. na


das trinta aRobas quintos

da as camaras das minas fizeraõ em no-


forma obrigasaÕ que
dellas fazendo se fazer a d.a
me dos povos e ponderaçaõ para

em e benemerita, e em concorecem
yleicaõ pesoa ydonia, quem
319

acharam todas as das.


os Requezitos nesceçarios perogativas

Martins' da Gama a vniformemte.


na de Paullo quem
pesoa
deste Senado a d.a Reparticaõ
ellegeram Procurador para
por
e termo das Vas. das minas principalmte. para
das comarcas
das trinta aRobas de ouro dos
asistir na d.ft ao lancamt.0
Junta
destas minas na forma da d.'
Reais nas tres comarcas
qtos.
Procuracaõ bastante ao d.°
e com efeito se pasou
obrigacaõ:

da e ao Procurador do Comcelho o Capm.


Paullo Martins' Gama

Leça e se lhe deram as Instruncomis nesceça-


Ant.° Martins'

focem o serviço de
rias, e todos os nesceçarios p.a
poderes que
de ir.andarao fazer este termo
S. Magde. e bem comum que

Bento Cabral Deça escriva,'") da ca-


todos asmaraõ E eu
que

mara o escrivy.
— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

em Rezolveram se
Termo de veriaçam que

emsendiadas no baiRo do
fizece vistoria nas cazas

aRuacem de sorte ficace


ouro que se que
pretto para
defronte da ficar
suficiente ser ygreja pera
praça por

mais vistoza aquella Rua.


*
. 9

de Abril de mil e setescntos e


Aos sete dias do mes

os officiais delia o
catorze nas cazas da camara estando juntos
o veriador o Cappm. Franc.
hordinario Ventura Fr.a vivas
Juis
Ant.° Martins' Leca Procurador
Maciel da Costa o Cappm.

do comcelho.

vesturia no baiRo do ouroipreto


Acordaram se fizece

socedido o emsendio medindo e aRuan-


nas cazas donde tinha

os fundos e ficace numa pra-


do as de sorte a Recuacem p.a
que
e ficar defronte da
milhor aRuamt.".desta nova V.a por
ça p.a
vesturia fes com efeito o Juis
matris daquelle baiRo a qual
na forma Referida come consta
hordinario e os dos. officiais

do auto se fes.
que
defirir as de
Acordaram despaxar e partes
piticomis
asinaram E eu Bento Ca-
mandaram fazer este termo que
que
Deça escrivão da camara o escrivy.
bral
— — Leça.
Vivaz Costa
320

se mandou Re-
Termo de veriaçam em que

e Reparticam das
o termo se fes na junta,
gistar que
e o orsamt.® das seis aRo-
cofnarcas e termo das villas

V.a das trinta em que se


bâs de ouro côube a esta
que
os Reais de Sua
seguraram este anno qtos.
por

Magde. Ds. gde.


que

de Abril de mil e sete isentos


Aos honze dias do mes

as cazas da camara ístando


annos nesta V.a Rica em
e catorze
hordinario Ventura Frr.' Vi-
os officiais de(lla) o Juis
Juntos
Manoel Gomes da Silva o Cappm.
vas os Veriadores o Cappm.
de Oliveira e o
da Costa Domingos Franc.°
Franc.® Maciel

Cappm. Ant.° Martin#' Leça.


do comcelho o
procurador
os termos se fizeram
Acordaram se Registacem que

e villas minas, e das seis aRò$»as


na das comarcas, d^s
junta
esta das trinta adobas em
horsamt.0 coube a
de ouro que pello
os Reais de Sua Magde.
este anno se seguraram qtos.
que por

Ds. gde.
que
£?el. lhe^ hor-
Acordaram escrever ao Senhor pidindo

de auxiliais e todos os mais ca-


dens' que os Camtamis
para
este sobalternos asim
de.pé e de cavallo ficacem a Senado
bos
o lançamt.0 dos Reais qtos.
como o sam os da hordenança para
as hordens' a
delles, em execuçam que
e aRecadacam pondo

lhes foram cometidas este Senado.


ese fim por
a Reverendo Vigário da vara
Acordaram se escrevece

da do Real serviso ordenar


o Doutor Lucas Ribeiro parte para

termo digo das fregue-


aos Pareços desta V.a e seu parecos

mandarem a este Senado as


cias desta V.8 e todo seu termo

com mais clareza se fazer o


listas das desobrigas para poder

lancamt.0 dos Reais qtos.


e defirir as de
Acordaram despaxar piticomis partes

todos asinaram K eu Ben-


mandaram fazer este termo que
que
Deça escrivão da camara o escrivy.
to Cabral
— — —
Vivaz Silua Costa 01iur.ft
321

em se Rezolveu se
Termo de veriaçam que

fizece coReicam geral.

de Abril de mil e sete sentos


Aos catorze dias do mes

as cazas da camara estando


annos nesta V.a Rica em
e catorze
hordinario Ven-
officiais delia em veriaçam o Juis
os
Juntos
Mel. Gomes da Silva
Fr.a Vivas os Veriadores o Cappm.
tura
e o do comce-
Franc.0 Maciel da Costa procurador
o Cappm.

lho Ant.° Martins' Leça.


e se notiiica-
Acordaram se fizece coReicam geral

foram elleitos tirar


cem os de todos os officios que para
Juizes
os Regimtos. e taixas das
suas cartas de uzança e se lhe decem

obras. 3
déíirir as cie
Acordaram despaxar e partes
piticomis
todos asinaram E eu Bento
mandaraÕ fazer este termo que
que
Deça escrivão da camara o escrivy.
Cabral
— — — Leça.
_ Silua Costa OHur.a
Vivaz

de veriacam em se mandaram
Termo que

o Senhor Gel. mandou a este


Registar as hordens' que

os cabos de melli(ci)a ficarem


Senado todos
para
melhor aRecadacam dos Reais qtos.
subalternos para

de Sua Magestade Ds. gde.


que

mandacem Registar as hordemis que


Acordaram se

melhor aRecadacam dos


o Sr. Gel. mandou a este Senado pera

Reais qtos. ;
a huma carta do Sr. Gel.,
Acordaram se Respondece

dos GÍficiais da camara de V.a Rial.


e a outra

difirir e despaxar de
Acordaram as partes, piticomis

de veriaçam todos asina-


mandaram fazer este termo que
que
Deça escrivão da camara o escrivy
ram E eu Bento Cabral

se fes aos dezoito do mes de abril


declaro esta Veriaçam
que
sentos e catorze sobredito o escrivy.
de mil e sete
— — — — Leça.
Vivaz Silua Costa Oliur.*
322

se Rezolveu xa-
Termo de veriaçam em que

de cada freguizia para


mar a este Senado seis pesoas

o lançamt.0 dos Reais qtos.


ellas se fazer
com poder

mes de Abril de mil e sete


Aos vinti e hum dias do

estando o_s of-


nas cazas da camara juntos
sentos annos (sic.)
fr.' Vivas os Venado-
delia o hordinario Ventura
firiais Juis
o Capitam Franc" Maciel
Mel Gomes da Silva
res o Cappm.
Ant.° Martins Leça.
o Procurador do concelho
da Costa, e
de seis de boa e
Acordaram §e fizece yleiçam pesoas

desta V.a e todo seu termo


conciencia de cada freguezia
sam
as listas das dezobrig_s e se po
com ellas se comferirem
para
com o aserto nescesario.
der fazer o lançamt." dos Reais qtos.

mandacem xamar os almotaces para


Acordaram se

as e tai-
o mandarem dar comprimt.0 posturas
lhes emcaRegar
das calçadas e lim-
do o comserto
xas comcelho; principalmte.
este Senado se
da Vila na forma dos yditais que por
peza

publicaram. >
e definr as de
Acordaram despaxar partes
piticomis
de veriaçam todos asina-
mandaram fazer este termo que
que
da camara o escnvy.
ram E eu Bento Cabral Deça escrivão

— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

Termo de veriaçam em se deu prencipio


que

ao lançamento dcs Reais qtos.

Aos e oito dias do mes de Abril de mil e sete


vinte

annos nesta V.a Rica em as cazas da camara


sentos e catorze

officiais delia o hordinario Ventura


estando Juntos os Juis

o Cappm. Mel. Gomes da Silva o


Frr.a Vivas os Veriadores

Maciel da Costa Domingos Franc." de Òli-


Cappm. Franc.0

o Procurador do Comcelho o Cappm. Ant.° Martins'


veira e

Leça.

Acordaram vniformemte. se comfericem as listas das

dezobrigas e com as foram xamadas se verificace


pessoas que

se dar ao lançamt.0 dos Reais


horsamt.0 pára poder prencipio

qtos.
323

se em aRecadaçaõ as Rendas do-


Acordaram puzecem

vencidos e as meyas do como


comcelho os quartéis patacas gado

seus antecessores se tem estabalecido.


pellos
e despaxar de
Acordaram difirir as partes piticomis

fazer este termo de veriacam todos asina-


mandaram que
que
E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o' escrevy.
ram
— — — — Leça.
Vivaz Silua Costa 01iur.a

Termo de veriaçam em se Rezolveu se


que

escrevece ao Procurador do concelho do anno prochi-

mo vir tomar e ser-


pasado pera pose, juramt.0 pera

vir de almotace.

Aos dous dias do mes de Mayo de mil e sete sentos

annos nesta V.a Rioa eni as cazas da camara estando


e catorze

delia o hordinario Ventura Fr.a Vivas


os officiais Juis
Juntos
os o cappm. Mel. Gomes da Silva o cappm. Franco
veriadores

da Procurador do comcelho o Cappm. Ant.°


Maciel Costa e o

martins' Leça.

Acordaram vniformemte. se eácrevece ao Procura-

dor do do anno o sargento mor es-


comcelho proximo pasado

de Almeida viece llogo tomar da vara de Almotace


tevaõ pose

dous mezes de Mayo e na forma da hor-


servir os Junho
para

denasaõ o eu escrivão logo fis.


que

Rezolveram visto se axar abzente o veriador


que

se fizece elleiçaõ de e be-


Franc.0 Alves CoReya pesoa ygdonia

em comcoRecem os Requezitos nesceçarios


nemerita quem
adejunto com o d." Procurador os dous
servir de almotace
para
referidos os foi elleito Almotace as mais vo-
mezes para quais
da Costa freitas, e hordenaram a mim es-
zes o cappm. Jozeph
lhe viece tomar e na forma
crivaÕ logo escrevece pose, juramt.0

do est.°

e defirir as de
Acordaram despaxar piticomis partes

termo todos asinaram E eu Ben-


mandaram fazer este que
que

to Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.

— — — — Leça.
Vivaz Silua Costa 01iur.a _ _
324

se deu aos Al-


Termo de e juramt.° que
pose
dous mezes de mayo e
an de servir os
motaces que

Junho.

ainda os
d.° dia mes e anno estando Juntos
E logo no
Almotaces foram
apareceram os q'
dos. officiais da Câmara
de Mayo e o sargento
servir os dous mezes junho
elleitos pera
da Costa Freitas
de Almeida, e o cappm. Jozeph
mor Estevão
dos santos evange
e o d.° o
aos deram pose Juis juramt.0
quais
emcaRegou o ser-
debaixo do lhe
lhos em hum livro delles qual

direito as segredo a Jus-


de Ds. de Sua Magestade partes
viço
bem e verdadeira-
e os ouveram por emposados para que
tiça
faltacem as obriga-
das. ocupascmis e naõ
mte servicem as
fazer este termo que
cargos de mandaram
comis de seus que
Deça escrivão da camara
E eu Bento Cabral
todos asinaram

o escrevy. , c..
— Mel. Gomes aa büua
Ventura Ferreira vivaz
— Ant.°
— Dos. Franc." de Oliur.'
Maçiel da Costa
Franc."
— da Costa Freitas.
Martins Leça Jozeph

se acordou ccm-
Termo de veriacam em que

dos Reais e do governo


tinuar ce no lançamt.0 qtos.

da Republica.
pollitico

de de mil e sete sentos


Nove dias do mes Mayo
Aos

as cazas da camara estando jun-


nesta V." Rica em
e catorze
Ventura Ferreira Vivas
delia o hordinario
tos os officiais Juis
Mel. Gomes da Silva, e o Cappm.
os veriadores o cappm.
o Cappm. Ant.
o do comcelho
Maciel da Costa procurador

Leça Rezolveram o seguinte. #


Martins'
no lançamt.0 dos Reais qtos.
Acordaram se comtinuase
da hordem do
em aRecadacaÕ na forma
se poderem por
para

Senhor Gel.
os Almottaces toma-
Acordaram vniformemte. que
o Rendeiro do ver fes
conhecimt.0 de huma queixa que
cem
de Domingos rr.
adejunto ccm o afillador estar
neste Senado
com falços, e que
morador nesta V.a vendendo pezos
de Souza
sumariamte. com-
achando o compreendido o sentenciacem

o Merecimt.0 da culpa.
forme
328'

Rezolveram com a mesma vniformedade se despacha-

huma de Gonsallo Roz' fazer hum moynho que


ce piticaõ para

sima das lavras do ouro fazer fa-


queria irigir por preto para

comtemplar desta fabrica Vtillidade ao bem


rinha por se

naõ as fabricas de minarar nem aos fais-


comum prejudicando

de ouro aforando ser terra da pocecam


cadores primeiro por

do comselho de mandaram fazer este termo de veriacam


que

asinaram E eu Bento Cabral Deça escrivão da ca-


que todos

mara o escrivy.
— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

Termo de Veriacam em se Rezolveu


que

comtinuar no llançamt.0 dos Reais despachar


qtos.

e defirir as
piticomis, partes.

Aos vinte dias do mes de Mayo de mil sete sentos e

catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara estando

os officiais delia em veriacam o hordinario Ven-


Juntos Juis

tura Fr.a Vivas os veriadores, o Cappm. Mel. Gomes da Silva,

o Cappm. Franc.0 Maciel da Costa, Domingos Franc.0 de Oli-

veira, e o do comcelho o Cappm. Ant.° Martins'


procurador
Leça Rezolveram o seguinte.

Acordaram se ficece o lancamt.0 dos Reais com


qtos.

toda a brividade se Remeter á villa do Carmo na


para poderem

forma da carta do Sr. Gel.

Rezolveram vniformemte. se mandace Registar a

carta do Sr. Gel. em que hordena se Remetam as seis aRobas

de ouro dos Reais coube a esta V.a the do mes


qtos. que quinze

de vem emtrarem na maÕ do tezou-


Junho proximo que para

reiro geral tem Ecegido.


que
Rezolveram com a mesma Vniformedade se despa-

xacem e se defirice as de mandaram fa-


piticomis partes que

zer este termo que todos asinaram E eu Bento Cabral Deça

escrivão da camara o escrevy.


— — —
Vivaz Silua Costa Leça.
326

Termo de veriacam em se Rezolveu ex-


que

a cobrança dos Reais de Sua


pidir hordens' para qtos.

Magde. Ds. gde.


que

Aos vinte e sete dias do mes de Mayo de mil e sete

catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara


sentos e

os officiais delia o hordinario Ventura Fr.B


estando juntos Juis

veriadores o Cappm. Mel. Gomes da Silva o Cappm.


Vivas os

Franc." Maciel da Costa, Dos. Franc.0 de Oliveira o procura-

dor do ccmcelho o Cappm. Ant.° Martins' Leça Rezolveram o

seguinte.

Acordaram visto estar feito o Lançamt.0 dos


que

Reais expedicem as hordens' nesceçarias cobrarem


qtos. para

de cada huns' dos moradores desta V.a e todo seu termo o que

lhe foi llancado comforme seus cabedais e as das. hordens'


que

se se cobrar executivamte. cometendo as aos


paçacem para

capitamis de Regimt.0 focem para cada hum em


qualquer que

seu destrito cobrar em termo de oito dias a emportancia da

lista se lhe emtergar com as comvinientes forem


que penas que

e os nesceçarios, e com efeito asim se executou de que


poderes

mandaram fazer este termo todos asinaram E eu Bento


que

Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.

— — —
Vivaz Silua Cesta Leça.

Termo de veriacaõ em se Rezolveu es-


que

crever aos cobradores dos Reais os trazerem


qtos. p.a

com toda a segurança a este senado.

Aos seis dias do mes de de mil e sete sentos


Junho

annos nesta V.a Rica nas cazas da camara estando


e catorze

os officiais delia o hordinario Ventura Fr.a Vivas


Juntos Juis

os veriadores o Cappm. Mel. Gomes da Silva o Cappm. Franc.0

Maciel da Costa o do comcelho o Cappm. Ant.°


procurador

Martins' Leça Rezolveram o seguinte.

Acordaram vniformemte. se escrevece a todos os co-

bradores dos Reais os comduzicem a este senado com


qtos.

toda a segurança com ella se Remeter a Villa


para poderem

do Carmo emtrarem na mam do tizoureiro na forma


p.a geral

da hordem do Sr. Gel.


327

Vníformidade se Regista-
Acordaram com a mesma

do Gel. e se Respondece a ella.


ce húma carta Sr.

Rezolveram vmformemte. se despaxacem prticomis

mandaram fazer este ter-


e se defericem as de (que)
partes
acabada todos asi-
mo de veriacam em ouveram por que
que
Deça escrivão da camara o escrivy.
naram E eu Bento Cabral
— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

de em se rezolveu ex-
Termo veriaçam que
aRecadacaõ dos
as hordens' nesceçarias para
pedir
despaxar e defirir as partes.
Reais qtos. pitisomis,

do mes de de mil e sete sen-


Aos dezaseis dias Junho

da camara estando os
tos e catorze annos em as cazas juntos

hordinario Ventura Fr.a Vivas o veriador


officiais delia o Juis
da do comselho o
o Cappm. Mel. Gomes Silva o procurador

Ant.° Martins' Leça Rezolveram o seguinte.


Cappm.

Acordaram sexpedissem as hordens' nesseçarias para

as faltavam o ajuste
se em aRecadaçam quantias que para
por
das listas se tinha emtregue aos cobrado-
da emportancia que
de com os
res cometendo as aos officiais Justiça para juntos

darem a execuçam as este senado se


dós. cobradores que por

despensado, os focem Remicos, e omiços


llestinam e que
(sic)
e bens' se lhe aRematarem em pra-
os trouchecem prezos para
foram lançados e da dei-
emportancia do em que que
ça pella

xavam de cobrar sua omisaõ.


por
Rezolveram vniformemte. fazer vir a este senado aos

almotaces de serviam lies emcaRegar o fa-


que prezente para

zerem coReisomis nesta V.a e em todo o seu termo; que por

tendo os vendilhois do termo delia


(sic) queixas que principal-

mte. da estrada de vendiam aos viandantes medi-


povoado por

das naõ heram afiliadas afillador deste Senado pe-


que pello

zando de mayor, e afiliar sem almotacarias nem


por pezos por

licença deste Senado sendo se evitaria o prejuízo que


ponidos

de semelhante deshordem se ceguia ao bem comum.

Acordaram com a mesma vniformedade despaxar pi-

ticomis e defirir as e nesta forma ouveram a veriacam


partes;
328

termo todos as;-


mandaram fazer este que
acabada de que
por
da camara o escrivy.
E eu Bento Cabral Deça escrivão
naram
— — — Leça.
Vivaz Silua Oliur.a

Rezolveram se
Termo de veriacam em que

dos Reais se axava em poder


o ouro qtos. que
pezace
de Almeida de Brito se tinha
de Franc.° que
jiomeado
delle emqt.0 se naõ Remet-
tizoureiro ou guarda
para
emtrar na ma5 do tizoureiro
tia ao Senhor Gel. pera

tinha nomiado.
geral que

do mes de de mil e sete


Aos vinte e tres dias Junho

V.a Rica em as cazas da camara


sentos e catorze annos nesta

hordinario Ventura fr.^


os officiais delia o Juis
estando Juntos
Mel. Gomes da Silva Dos. Franc.
Vivas os veriadores o Capprn.

do comcelho o Cappm. Antomo


de olliveira, e o procurador

Martins' Leça Rezolveram o seguinte.

eme se fizece vir a este se-


Acordaram as mais vozes

de Brito com o ouro dos Reais qtos.


nado a Franc.0 de Almeida

seu se achava se pezar


se tinha cobrado, e em poder para
que
do emtrar na maõ do tizoureiro gel.
e Remeter a V.a Carmo p.a

na forma da hordem do Excel-


Trocato Teixeira de Carvalho

efeito o d." Franc.° de Al-


lenticimo Sr. Gel. e sendo vindo com

dos Reais atos., sendo Na prezetrça


meida com o ouro pezado

da nello afilador desta V.a Alexan-


dos dos. officiais camara

delia se acharam coatro


dre Pinto de miranda pello padram

de as o d.° Tuis herdina-


aRobas e meya ouro; quais perpondo

se deviam Remeter á V.a do Carmo


rio Veçtura Fr.a Vivas

do d.° na forma da hordem de


emtrar na mam tizoureiro
para
outro dia ser dia de Sam e mostrar
sua excellencia ao por Jcaõ

taõ verdadeiro emprego de Remeter os


as suas obídiencias

em dia do seu nome, e mostrar a


dei Rey noso Senhor o
qtos.
na Recadaçam delles; suposto faltava
sua prontidam porque

aRoba meya o ajuste das seis q' horçamt.0 couberam


e p.a pelo

se logo em aRecadaçam delia se fazer


a esta V.a poria para

brividade, e ouve tal variadade de pa-


Remeça com mayor q'

os empatados os dezempatou o d.®


receres que ficando votos

se remetecem as das. coatro aRo-


hordinario Rezolvendo
Tuis
de ouro as se emboRacharam e sellaram e
bas e meya quais
Cappm. Paul-
com efeito se remeteram pello
apenando Rente
da Costa de oulh-
Cappm. Franc.»
lo martins' da e pello
gama
d.° mandou fazer
de o Juis
veira com a suficiente, que
guarda
escrivão a
Bento Cabral Deça
asinou E eu
este termo que

camara o escrivy.
— — Oliur* Leça.
Vivaz Sílua

para ser-
fizece de Almotaçes
Acordaram se yleicam
e oniformes Rezolve-
dous mezes de e agosto
virem os Julho
ellegeram os dos. almota-
a d.a Remeça se naõ
ram digo e com
comferencia rte
elleicam delles pera a primeira
ces deixando a
e mandaram fazer este
a veriacam acabada
que ouveram por
escrivão da camara o escrivy.
E eu Bento Cabral Deça
termo

se elegeram al-
Termo de veriaçam em que
de e agosto.
servirem os mezes Julho
motaces para

de mil e sete sentos e


dias do mes de
Aos sete Julho
os officiais delia
nesta V.* Rica estando juntos
catorze annos
Mel. Antunes de Azevedo
hordinario o tenente coronel
o. Juis
da Silva o Cappm Franc.
Veriadores o Cappm. Mel. Gomes
os
e o do com-
da Dos Franc.0 de oliveira procurador
maciel Costa
Leça, Rezolveram se elegece
celho o Cappm. Ant.° martins'
de e agosto, e
servirem os dous mezes Julho
Almotaçes para
servirem os dos.
vozes foram elleitos almotaçes para
as mais
e Franc.0 da Costa ta-
mezes Rafael Vas da Silva tilado
dous
e na forjTia
sendo xamados lhe deram pose juramt.0
veira que
delle o em tudo
do estillo emcaRegando lhe debaixo guardarem

direito as segredo a
serviço de Ds, e de Sua Magde., partes,
o
este termo todos asinarao
de mandaram fazer que
justiça que
Deça escrivão da camara o escrivy.^
E eu Bento Cabral
— —
Azeuedo Mel. Gomes da Silua
Mel. Antunes de
— — Franc.0 da
Costa Dos. Franc.0 Oliur*
Franc.0 Maciel da

Costa Tavera.
330

Termo de veriacam.

dias do mes de de mil e sete sentos


Aos honze Julho

annos nesta V.a Rica em as cazas da camara estando


e catorze

hordinario tenente coronel Mel.


os officiais delia o Juis
Juntos
Azevedo os veriadcres o Cappm. Franc.0 Maciel
Antunes de

do comcelho o Cappm. Ant.° Martins'


da Costa o procurador

Leça Rezolveram o seguinte.

Acordaram se abrice huma carta de Stia Excellencia

e na ocaziam se respondece a ella.


primeira

Rezolveram se escrevece aos cobradores dos Reais

e troucecem o Resto do ouro faltace o ajuste


qtos. que pera

das listas se lhe tinham emtregues de ouveram a ve-


que que

de mandaram fazer este termo to-


riacam por acabada que q'

dos asinaram E eu Bento Cabral Deça escrivaõ da camara o

escrivy.

Azeuedo Silua.

Termo de veriacam em se mandaram


que

a Revista.
puBilcar yditais pera

Aos catorze dias do mes de de mil e sete sen-


Julho

tos e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara es-

os officiais delia o hordinario o tenente co-


tando juntos Juis

ronel Mel. Antunes de Azevedo, os veriadores o Cappm. Mel.

Gomes da Silva o do comcelho digo o Cappm.


procurador

Franc." maciel da Costa Dos. Franc.° de oliveira o procurador

do o Cappm. Ant.° Martins' Leça Rezolveram o se-


comcelho

guinte.
Acordaram Vniformemte. se publicacem yditais para

a Revista de e marcos, e balanças, varas, e covados, e


pezos

medidas de ttodos os em termo de hum mes


genoros para que

os venham Rever afilador desta V.a asim os moradores


pello

iella como os de todo o seu termo na forma athe o prezen-


que

te se asim ser estillo cservado como pellas quei-


pratica por

xas Repetidas vezes tinham vindo a este Senado de venderem


q'

no termo da V.a sem licença nem afillaçam alguma com pena

da do comcelho os o naõ fizerem em termo de


postura que

a da caâêa ficando do com-


dias pagarem por postura
quinze
331

e ter sido
rezomis referidas pella
celho esta Rezulçaõ, pellas
como se ve do termo
da criacam deste senado
sempre depois

3 fS"
• defirir as de
despaxar e partes
Rezolveram piticoínis
mandaram fazer
acabada de que
ouveram a veriacam por
que
Bento Cabral Deça es-
todos asinaram E eu
este termo que

crivaõ da camara o escrivy.


"

Azeuedo Siluá.

Termo de veriaçam.

de de mil e sete
Aos vinte e oito. dias do mes Julho

em as cazas da camara
catorze annos nestta V.a Rica
sentos e
o tenente co-
os officiais delia o hordinario
estando Juis
juntos
o Cappm Mel.
Mel. Antunes de azevedo os veriadores
ronel
o do
Domingos Franç.0 de olliveira procurador
Gomes da Silva
Leça Rezolveram o seguinte.
o Cappm. Ant.° Martins'
comcelho
mandados e as
Acordaram oniformemte. se pasacem
foros do comcelho e
se cobrarem os
hordens nesceçarias p.a
e vemcidos.
todas as mais Rendas, meyas patacas, quartéis

mesma Vniformidade se pasacem


Rezolveram com a

das caRegaçomis o
se cobrarem dos fiadores
hordens' para
Sua Magde. Ds.
foi lançado dos Reais de que
lhe qtos.
que
acabada de mandaram
de ouveram a veriacam por que
gde. que
E eu Bento Cabral Deça
fazer este termo todos asinaram
que

escrivão da camara o escrivy.

— —
Azeuedo Silua Oliur.*

de em se elegeram al-
Termo veriacam que

os dous mezes de setembro


motaces para servirem

e outubro.

do mes de Agosto de mil e sete sentos


Aos tres dias
estando -
nesta V-a Rica em as cazas da camara
e catorze annos

hordinario Ventura fr.a Vivas o


os officiais delia 0 Juis
juntos
da Dos. Franc." de Oli-
Mel. Gomes Silva
veriador o Cappm.
Ant.° Martins Leça
do comcelho o Cappm.
veíra o procurador

Rezolveram o seguinte.
se ellegecem Almotaces
Acordaram Vniformemte.

e outubro os
os dous mezes de setembro, para
servirem
pera
Franc.0 da Costa Rios, Mel.
foraõ elleitos aos mais votos
quais
a mim escrivão lhe escrevece
Alves de Oliveira e hordenaram

o de setembro prochi-
se acharem neste Senado primeiro
para
e na forma do es-
vem se lhe dar pose juramt.°
mo que para
exercício das suas ocu-
desta sorte se naõ Reteria o
tillo, que
termo no fim da ve-
de mandaram fazer este que
pasomis que

riacam todos asinaram.


as hordejns nescesarias
Rezolveram se expedicem

Resto faltava o ajuste


executivamte. se cobrar o que para
para
dos Reais se Restava e que para
da aRoba e meya que qutos.

officiais de e com efeito


todas as se mandasem justiça,
partes

asim se executou. ^
#
despachar e defirir as partes
Rezolveram piticomis,

acabada de mandaram
de ouveram a veriasaõ por que
que
E eu Bt.° Cabra- Deça cs-
fazer este termo todos asinaraÕ
que

crivaõ da camara o escrivy.


— — — Leça.
Vivaz Silua 01iur.a

de veriaçam em se Rezolveu por


Termo que

e se tratou da aReca-
a Renda Dafiriçaõ em praça

daçaõ das Rendas do comcelho.

do mes de Agosto de mil e sete sentos


Aos oito dias

as cazas da camara estando


e catorze annos nesta V.a Rica em

hordinario Ventura Fr. Vivas


os officiais delia o Juis
juntos
da Silva Dos. Franc. de
os veriadores o Cappm. Mel. Gomes
^
do comselho o Cappm. Ant.° Martins
Oliveira o procurador

Leça Rezolveram o seguinte.

sei e se
Acordaram vniformemte. paçacem yditais

do comcelho fexandoce na
nesta V.a por o porteiro
publicacem
os officios dafilaçaÕ a quem
delia se aRematarem
praça para
comodo afillace aos moradores a
elles mais der e com mais
por
tendo andado na os
aRemataçam se devia fazer praça
qual
dias da lley os com efeito se publicaram.
quais yditais
333

carta de Sua Exce-


Responder a huma
Rezolveram
de man-
veriaçam acabada que:
em ouveram a por
lencia que
E eu Bento La-
termo todos asinaram
daram fazer este que

da camara o escrivy.
bral Deça escrivão
— — Leça.
Vivaz Silua

em R(>z)oberam
Termo de vereacam que

das Rendas do comce-


milhor forma daRecadaçaõ
a

lho.

de mil e sete sen-


dias do mes de Agosto
Aos dezaseis
cazas da camara es-
nesta V.' Rica em as
tos e catorze annos
Ventura Fr.
delia o hordmano
os officiais Juis
tando juntos
da Silva Dos. Fran-
o Cappm. Mel. Gomes
Vivas os veriadores
o Cappm. Ant.
do comcelho
cisco de olliveira o procurador

Leça Rezolveram o seguinte.


Martins'

fis ao^ procurador


Termo de notificacam que

do hordinario.
ccmcelho mandado Juis
do por

o Cappm. Ant.0
do comcelho
Notifiquei ao procurador
d.° hordinario Ventura
mandado do Juis
Martins' Leça por
sem demora puzece
estando em veriança para que
Fr.a Vivas
do comcelho, foros, quartéis
todas as Rendas
em aRecadaçam
se tin(h)am cortado
e as meyas do gado que
vençidos, patacas
na forma se tinha
anno e se cortacem que
no descurço deste
doze, treze, the catorze pellos
termo folhas
estabalecido pello
de mil_e sete sen-
neste Senado o anno
officiais servirão
que
servirão o de sete
taõ bem
tos e doze, observado pellos que
do se tivece
seus antesescres asim gado que
sentos e treze
deste anno
do se cortaçe no discurço prezente
cortado como q'
notificacao fis eu es-
todo o seu termo a qual
nesta V.a e em
na forma nelle se
todo o comteudo neste termo que
crivaÕ por
emcoRer na da
naõ o fazendo pena
declara com cominasaõ que
334

sobre as Rendas do comcelho trata de fis


hordenacaõ que
que
asinei com o d.° hordinario V.a Rica e ca-
este termo que Juis

Agosto dezaseis de mil e sete sentos e catorze annoç


mara de

Deça escrivão da carnara o escrivi e asiney.


E eu Bento Cabral
— Bento Cabral Deça.
Vivaz

Veriaçam a milhor forma de


Acordaram na mesma

das do e mais Rendas do


aRecadaçam meyas patacas gado

as mais vozes tocava a


comcelho e Rezolveram que pello que

fizecem vir os dos. officiais da


das. meyas se parante
patacas
de e negociantes delle com
camara a todos os cortadores gado

da Rezam do tivecem cortado mühor


os livros gado que para

vir no conhecimt.0 do cada hum hera devedor ao


se poder que

sendo este xamamento de Repente seu digo que


comcelho que
xamamento Repintinamte. sem elles terem noticia
sendo este

de cada hum seu livro o Rialmte. devecem,


se cobraria pello que

desta sorte naõ ficaria o comcelho nas suas Rendas pre-


que
naõ avendo omiçam na cobrança do ouro
mayormte.
judicado,
e do se foce vencendo the o fim do anno,
q' estava vencido, que

respeitava as mais Rendas se mandados


e pello que pacacem

aRecadacam dellas como era istillo e athe o se


pera prezente

praticava.
Rezolveram uniformemte. se fizecem vir os cobra-

dores dos Reais com as listas se o ouro que se


qtos. para çaber

Restava, e os fallidos avia em ouveram a vereacam


que que

acabada de mandaram fazer este termo todos asi-


por que que

naram E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o« escrivy.

— — — Leça.
Vivaz Silua 01iur.a

Termo de veriaçam em Rezolveram res-


que

huma carta de Sua Excellencia e defirir as


ponder a

partes.

Aos dias do mes de Agosto de mil e sete


vinte e cinco

nesta V.a Rica em as cazas da camara


sentos e catorze annos

delia o hordinario Ventura fr.a


estando os officiais Juis
juntos

veríador o Cappm. Mel. Gomes da Silva o procurador


Vivas o

Ant.^ Martins' Leça, Rezolveram o


do comselho o Cappm.

seguinte.
335

huma carta do Governador,


Responder a
Acordaram
de Sua Magde.
destas minas sobre os Reais qtos.
e Cappm. Gel.

ouc Ds p*d0
e defirir as partes
Rezolveram despachar piticomis,
acabada de que mandaram
em ouveram a veriacam por
que
Bento Cabial Deça
todos asmaram E eu
fazer este termo que

escrivão da câmara o escrivy.

— — Leça.
Vivaz Silua

em veriaçaÕ se
Termo em se Rezolveu
que
o Cappm. tro-
o Recibo do tizoureiro gel.
Registace
de Recebido as coatro
de carvalho aver
cato teixeira
dos Reais de S. .Magae.
e meya de ouro qtos.
aRobas

Ds. gde.
q'

Agosto de mil e sete


nove dias do mes de
Aos vinte e
as cazas da camara
nesta V.a Rica em
sentos e catorze annos
veriacam o hordma-
os officíais delta em Juis
estando juntos
Mel. Gomes da
o veriador o Cappm.
rio Ventura Fr." Vivas
Ant.° Martins Leça
do comcelho o Cappm.
Silva o procurador

Rezolveram o seguinte. o
no 1. do Ke
vniformemte. se Registace
Acordaram
do tizoureiro dos Reais qtos.
deste senado o Recibo gel
gisto
de Carvalho em
Trocato Teixeira
de Sua Magde. o Cappm.
e meya de °uro
Recebido as coatro aRobas
consta aver
que
a Villa de
este senado se Remeteram
dos Reais qtos. por
que
do Governador e
na forma da hordem
Nossa Sr." do Carmo
Rezolveram também
destas minas a hordem
Cappm. Gel. qual

no mesmo 1.° se Registace.


a humas apel-
vniformemte. se defince
Rezolveram
este sena-
dos se tinh& anteposto para
laçomis almotaces
que
com o despacho
a veriacam acabada
do em ouveram por
que
fazer este termo que
de mandaram
de algumas piticomis que
Deça escrivão da camara
E eu Bento_ Cabral
todos asinaram

o escrivy.
— Silua.
Vivaz
33&

de em se rezolveu dar
Termo veriaçam que

estavam elleitos termo


aos Almotaces q' pello
pose
os mezes de setembro e ou-
f. 110 vs.° servirem
para

tubro.

de mil e sete
Ao dia do mes de setembro
primeiro
Rica em as cazas da camara estando
sentos e catorze nestc^ V.a

hordinario Ventura Fr.a Vivas


os officiais delia o Juis
juntos
Gomes da Silva o do com-
o veriador o Cappm. Mel. procurador

Leça Rezolveram dar e


selho o Cappm. Ant.° Martins' pose

estavam elleitos servirem o


aos almotaces que para
Juramt.0
7br.° e oitubro, e estando Francisco
corrente mes de prezentes

Mel. Alves de olliveira elleitos Almotaces


da Costa Rios, e Ja

lhe deram os ditos officiais da camara


termo f. 110 vs.°
pello
d.° hordinario o dos santos
deferindo lhe o Juis Juramt.0
pose,
delles emcaRegando lhe debacho dei-
avangelhos em hum livro

em tudo o serviço de Ds. e de Sua Magde.,


le o guardarem
e segredo a em que os ouveram por
direito-as partes, Justiça

as varas emcaRegando lhe o íc.zer


emposados lhe emtregaram

e as taixas e do comce-
emteiramte. comprir, guardar posturas

heram obrigados de mandaram fazer este


lho na forma que que

asinaram E eu Bento Cabral Deça escrivão


termo que todos

da camara o escrivy.
— —
vivaz Mel. Gomes da Siiua
Ventura Ferreira
— — Aluares
de 01iur.a Ant.° Martins Leça Mel.
Dos. Franc.°
— Franc.0 da Costa Rios. *
de Oliur.*

em se Rezolveu es-
Termo de veriaçam que

N. Sra. do Carmo, e a de
crever a camara da V.a de

V.a Rial do Sabara.

do de Setembro de mil e sette


Aos sette dias mes

nesta V.a Rica em as caza§ da camara


sentos e catorze annos

o hordinario Ventura Fr.


estando os officiais delia Juis
juntos

Veriador o Cappm. Mel. Gomes da Silva o procurador


Vivas o

Martins' Leça Rezolveram o se-


do comcelho o Cappm. Ant.°

guinte.
V

337

as cartas do Senado da
Acordaram se Respondece

do e aos officiais do Senado de V.a


Camara de N. Sr.a Carmo

declarace se acharia no üu-


Rial do Sabara em lhe pronta
que
necesarios a comclu-
comcinado pesoa com poderes pera
gar
ser embolvia
zam do se tinha tratado por particollar que
que
e o verdadeiro aumt.° deste novo
em ci a fillicidade publica

império.
despachar e de-
Rezolveram Vniformemte. pitisomis,

a veriacam acabada de
íirir as em ouveram por
partes que

termo asinaram E eu Bento Ca-


mandaram fazer este que
que
bral Deça escrivão da Camara o escrivy.
* —
— Leça.
Vivaz Silua

de em Rezolveram se
Termo veriaçam que
dalmotaçaria livro
tomace contas ao escrivão pello

dos Almotacés se vir no co-


das comdenacomis para

do tinham Rendido, e o tocava ao


nhecimt.0 que que

huma os mineiros fi-


comselho E despachar piticaõ q'

?eraõ a este senado.

do mes de Setembro de mil e sette


Aos catorze dias

nesta V.a Rica em as cazas da camara


sentos e catorze annos

delia o hordinario Ventura br.


estando os officiais Juis
juntos
o Cappm. Mel. Gomes da Silva o procurador
Vivas o Veriador

Martins Leça Rezolveram o se-


do comcelho o Cappm. Ant.°

guinte.
Acordaram despachar huma os mineiros
petição que

desta V.a e seu termo fizeram a este Senado.

Acordaram vniformemte. se fizece vir a este Senado

dalmotaçaria com o livro das comdenaçomis dos Al-


o escrivão g

elle se vir em o conhecimt.0 do tinhaÕ Ren- F


motaces p.a por que

dido ao comcelho se mandar caRegar em Receita ao ti-


para

zoureiro das Rendas delle, e as comdenasomis o Rendeiro


que

naõ tivece cobrado no termo hera lei se


que pella permetido

este Senado em aRecadaçam na forma do Regi-


puzecem por

mento dos Veriadores.

Rezolveram com a mesma oniformidade se hordena-

ce aos almotacés de serviam fizecem coReicomis


que prezente

nesta V.a e seu termo como heram obrigados e se comcinace


338

este senado se
dia asistirem a correiçam geral que por
para
a veriacaÕ acabada de que
fazer em que ouveram por
pertende
asínaraÕ E eu Bento Cabral
mandaram fazer este termo que

Deça escrivão da camara o escrivy.

— — Leça.
Vivaz Silua

*
em Rezolveram se
Termo de veriaçam que
dos Reais de
Revicem as listas do lançamt.0 qtos.

se fizece a conta do que


Sua Magde. Ds. e
q' gde.,

ajuste daRoba e meya de ouro que


faltava o
pera
Restava e se cobrace execoüvamte. o que
ahinda se

das caRegacomis de avia fianças.


faltace que

dias do mes de Setembro de mil e sete


Aos dezanove

nesta V.a Rica em as cazas da camara


sentos e catorze annos

delia o hordinario Ventura Fr.


estando os officiais Juis
juntos
veríador o Cappm. Mel. Gomes da Silva o procurador
Vivas o

Ant.° martins' Leça rezolveram o se-


do comcelho o Cappm.

guinte.
se Revicem as listas do
Acordaram oniformemte.

dos Reais de Sua Magde. Ds. gde. para


llancamt.° qtos. que

no conhecimt.0 do faltava ajuste


milhor se vir que para
poder
ahinda se Restava, e o ajuste
daRoba e meya, que que para

o ouro das caRegacomis de que


delia se cobrace execotivamte.

avia fianças.
-com mesma vnifor-midade se fizece a
Rezolveram a

dos se aviam feito das seis Borraxas se


conta gastos qíle que

aviam comprado em tinham hido as aRobas e meya


que quatro

de hir aRoba e meya ahinda se


de ouro e as em que avia que

das seis orsamt.0 coube a esta


Restava p.a o ajuste que pello

V.ft sera lacere e Baeta em ouveram a veriaçam por


papel, que

de mandaram fazer este termo asinarao E


acabada que que

eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.

— — Leça.
Vivaz Silua
339

em se Rezolveu se
Termo de veriacam que

dafillaçaÕ visto terem anda-


aRematacem os officios

do os dias da liei.
na praça

do mes de Setembro de mil e


Aos vinte, e dois dias

Rica em as cazas da camara


e catorze nesta V.a
sete sentos
delia o hordinario Ventura
estando os officiais Juis
juntos
Mel. Gomes da Silva o
Vivas os veriadores o Cappm.
Fr.a
Franc.0 de Oliveira o
Maciel da Cesta Dos.
Cappm. Franc.0
Ant.° Martins Leça Re-
do comcelho o Cappm.
procurador

zolveram o seguinte. .

se aRematacem os oiticios
Acordaram vniformemte.

mais dece as
desta V.a a elles para
da Afillacam quem por
o fizece aos morado-
do comcelho e ccm mais comodo
Rendas
ce as comdicomis com
res desta V.a e seu termo examinando

as úteis se aseitacem Repudiando


nelles se lançava, e que
que
aos visto ter andado
as servir de prejuízo povos,
que podiam

em os dias da lley.
praça
a mesma vniformidade despachar
Rezolveram com

em ouveram a veriaçam por


e defirir as partes que
pitiçomis,
fazer este termo todos asina-
acabada de mandaraõ que
que
escrivão da camara o escrivy.
ram E eu Bento Cabral Deça

— — — Leça.
Vivaz Silua Costa

em se Rezolveu se
Termo de veriaçam que

de huma dos
o despacho pitica<5
pozecem por posturas
seu termo, e dos iditais
mineiros desta Villa, e todo o

a eçe fim se publicaram.


que

do mes de Setembro de mil e


Aos vinte e seis dias

V.a Rica em as cazas da ca-


sete sentos e catorze annos nesta

delia o hordinario Ven-


mara estando os officiais Juis
juntos
Mel. Gomes da Silva o
tura Fr.a Vivas os veriadores o Cappm.

Domingos Franco de oliveira


Cappm. Franc.0 maciel da Costa

Ant.° Martins Leça Re-


e o do comcelho o Cappm.
procurador

zolveram o seguinte. ^
idital .este
Acordaram vniformemte. se pacace por

se tinha em huma
Senado em virtude do despacho que proferido

termo em catorze do
dos mineiros desta V.a e de todo o seu
340

de setembro em se acordou Digo em virtude


corrente mes que

em huma os mineiros
do despacho se proferio petiçam que
que
catorze do coRente mes de setem-
fizeram a este senado em

fs. em se o vender ce
bro como se ve do termo que prohíbio

comestíveis nos Domingos, e


agoa Ardente, e os mais genoros

de Ds. visto o allegavam os dos. mi-


dias friados em honra que

e se acharem as suas firmas Reconheci-


neiros nella asinados

da Silva neto, e deles mi-


das tabaliaõ Franc.° pender por
pello
destas minas, o verdadeiro aumt.J
neiros a total comservacaõ

as utilidades dos Reais de


dellas, fillicidade publica, e qtos.

Magde. Ds. se mandara pregoar peUo porteiro


Sua q' gde. que

fechar no da desta V.a com


do comcelho e pillourinho praça

de e delia os nelle em-


de trinta dias cadea, pagarem que
pena
do cenado da camara aplicando ce as
coRerem a postura para

da handa em ves;
obras nova cadea que praça pella primeira

a noso arbritrio o castigo das suas comtumazias quan-


ficando

malliciozamte. nelle comcorram atendendo as


do mais vezes

e naÕ ao comum dos e emquanto


suas utilidades çocego povos,

mais requereram se dece a nesceçaria


ao que ja providencia

de seus cargos de mandaram fazer este


pellas obrigacomis que

do comcelho esta Rezulçaõ E eu


termo ficando por postura
Deça escrivão da camara o escrivy todos no
Bt.° Cabral que

fim da veriacam asinaram.

Rezolveram com a mesma vniformidade se Respon-

huma carta do o Cappm. destas minas


dece a governador gel.

em informaçam do motivo este senado teve para


que pede que

ce agoas ardentes e comestíveis nos


prohibir o vender genoros

domingos, e dias friados e se lhe Remetece o tresllado em pu-

dos mineiros e despachos deste senado,


blica forma da pitiçam

a veriaçam acabada de mandaram fazer


e ouveram por que

este termo todos asinaram E eu Bt.® Cabral Deça escrivão


que

da camara o escrivy.
— — — Leça.
Vivaz Silua Costa
341

de veriaiçam em se Rezòlveu
Termo que

de se terem aRematado os of-


mandar fazer termo

des(ta) V." coatrosentas e se-


ficios da afillacaõ por

centa oitavas de ouro.


460/8vas.

115

575

de de mil e sete sentos


Aos tres diai do mes oitubro

V.a Rica nas cazas da camara estando


e catorze annos nesta

hordinario Ventura Fr.a Vivas


os officiais delia o Juis
juntos
da Silva Dos. Franc. de
os veriadores o Cappm. Mel. Gomes
^
o Cappm. Ant," Martins
oliveira, e o Procurador do comcelho

Leça, Rezolveram o seguintte. t

se ter aRematado os officios


Acordaram visto
que
e setenta e sinco oitavas
da afillacaõ desta V.a por quinhentas
se fizece termo de aRema-
de ouro.pera as Rendas do comcelho

asinace o aRematador e os fiado-


tacaÕ no L.°. dellas em que
officiais da camara na forma
res tinha oferecido com elles
que
dos. officios se aRematarem tempo
do est.°, e visto os por
que-
de e setenta, e sinco
de mezes por preço quinhentas,
quinze
no termo de aRemataçao a rezam
oitavas de ouro se declarace

hico ouve.
q' p.ft
oniformemte. se ordens' para
Rezolveram pacacem

hínda faltavam com o ouro


serem noteficadas as pescas que
lhe lançados com de serem
dos Reais foram pena
qtos. que
se e
naÕ logo emcontinente para poder pezar,
prezos pagando
Senhora do Carmo emtrar na maõ
Remeter a V.a de nosa para

forma da hordem de sua excellencia em


do Tizoureiro Gel. na

acabada de mandaram fazer


ouveram a veríacam por que
que
asinaram E eu Bento Cabral Deça es-
este termo que todos

cirvaõ da camara o escrivy.


— — — Leça.
Vivaz Silua Oliur.*

Termo de veríacam em Rezolveram pe-


que

dos Reais se Remeter e com


zar ce o ouro qtos. para

ajustar as seis aRobas o orsamt.0 coube-


elle que por

ram a esta- V.a

dias do mes de outubro de mil e sete sentos


Aos seis

nesta V.a Rica nas cazas da camara estando


e catorze annos

officiais delia o hordinario Ventura Fr.a Vivas


os Juis
juntos
342

da Dos. Franc. de
Mel. Gomes Silva
os veriadores o Cappm. ^

do comcelho o Cappm. Ant.° Martins


Oliveira e o Procurador

Leça Rezolveram ó seguinte.

se fizece vir a este senado


Acordaram vniformemte.

Almeida de Brito com o ouro dos Reais qtos. que


a Franc." de

Tizoureiro delles tinha em seu se em-


como poder para pezar,

trouxar, lacarar, e sellar, e com a segurança nescecaria Reme-

V.a de N. S.a do Carmo emtrar na maò do tizoureiro


ter a para

com efeito se a aRoba e meya de ouro se Res-


gel. pezou que

tava, e offerecendo ce duvida a se avia de emtregar Re-


quem

zolveo o d.° hordinario ser delia o comdutor e llevalla pe-


Juis

soalmte. a d.a V.a de N. S. do Carmo a emtregalla ao tizoureiro

o Cappm. Trocato Teixeira de Carvalho com a dita Re-


gel.
meça ficavam ajustadas as seis aRobas horsamt.0
que pello

couberam a esta V.a

Rezolveram com a mesma oniformidade despachar

defirir as em que ouveram a veriacam por


piticomis partes,

acabada de mandaram fazer este termo todos asina-


que que
ram E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.
— — —
Vivaz Silua 01iur.a Leça.

Termo de veriacam em que Rezolveram

mandar Registar o Recibo do tizoureiro de aver


gel.

Recebido a aRoba e meya de ouro ahinda dos


que

Reais se Restava, E escrever a Sua Magde. que


qtos.

Ds.
gde.

Aos treze dias do mes de outubro de mil e sete sen-

tos e catorze nesta V.a Rica em as cazas da camara estando

os officiais delia o hcrdinario o Capprri. Ventura


Juntos Juis
Fr.a Vivas o veriador o Cappm. Mel. Gomes da Silva e o Pro-

curador do comcelho o Cappm. Ant.° Martins' Leça, Rezclve-

ram o seguinte.

Acordaram oHfbrmemte. se Registacem no L.® do

Registo o Recibo o d.° hordinario aprezentou em ve-


que Juis
riacam em constava ter Recebido o Tizoureiro Gel. o Cap-
que

pm. Trocato teixeira de Carvalho a aRoba e meya de ouro que


o d.° Juis hordinario levara a V.a de N. S. do Carmo E estar na

Receita do d.° Tizoureiro as seis aRobas de ouro hor-


que pello
343

V.a como constava do d.° Recibo que


samt.° couberam a esta

dous tabaliomis desta


mandaram Registar e comsertar pellos

Registado no d.° L.° a fs. da


V.% do outro Recibo se acha
que
e meya em vinte e
Remeca das coatro aRobas que
primeiras
Martins' da Gama se ti-
coatro de Cappm. Paullo
Junho pello
efeito na mam do d.° Tizoureiro Gel.
nham Remetido, e com

tinham emtrado.

se escrevece a Sua Magde.


Rezclveram vniformemte.

se lhe a obidiencia, e pronti-


Ds. gde. em que participace
que
nesta V.a e do zello com todos
dam dos Vasallos que tinha que

a satisfasaõ dos seus Reais qtos. se-


tinham comcoRido para
na maõ do tizoureiro delles as
lhe terem emtrado gel.
gurando
horsamt.0 couberam a esta Villa
seis aRobas de ouro que pello
o lancamto.0 em os últimos de Abril
ce nella
que prencipiando
maÕ do d.° Tizoureiro no fim de se-
se acharam cobrados e na

utillizando com tal empenho, a sua


tembro prochimo pasado,
mostravaÕ naÕ desmerecerem as hon-
Real fazenda, que bem

tinham suplicado lhas no-


Ras a Sua Magde. já pedindo
que
imfençomis dos sidadomis da sida-
vamte., e a dos
perogativa

de Porto, o mais se lhe emsinoace o verdadeiro


do e que pera

e comviniencias dos dellas


aumt." destas minas sucego, povos

dos destes a sua total ccm-


mineiros pois
principalmte. pendia
dos seus Reais em que ouveram
servaçaõ, e extabalacimt.0 qtos.

a acabada de mandaram fazer este termo que


veriacaõ por que

chegarem os mais faltavaÕ de man-


todos asinaraÕ por que que

E Bento Cabral Deça escrivão da


daram fazer este termo eu

camara o escrivy.
— — Leça.
Vivaz Silua

Termo de veriacam em se Rezolveu di-


que

humas apellasomis se amtepuzeram dos al-


firir a que

motaces este Senado.


p.a

Aos vinte dias do mes de outubro de mil e sete sentos

e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara estando

os officiais delia o hordinario Ventura Fr.* vivas


Juntes Juis

e o veriador o Cappm. Mel. da Silva e o do comse-


procuraror

lho o Cappm. Ant.° Martins' Leça Rezolveram o seguinte.


344

Acordaram Vniformemte. defirir a humas apellaso-

mis do dos almotaces se amtrepuzeram para este


que Juizo

Senado.

E Rezolveram com a mesma vnifo-rmidade despa-

char e defirir as em ouveram a veriacam


piticomis partes que

acabada de mandaram fazer este termo todos asi-


por que que

naram E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.

— —
Vivaz Silua Leça.

Termo de veriacam em se Rezolveu se


que

puzece em a nova cadea e outro lanço da caza


praça
da camara e se escrevece a P. F. Franc.0 de Menezes

como Procurador deste Senado.

Acordaram vniformemte. Digo aos vinte e sete dias

do mes de outubro de mil e sete sentos e catorze annos nesta

Va Rica em as cazas da camara estando os officiais


juntos
delia o hordinario Ventura Fr.a Vivas os veriadores o
Juis

Cappm. Mel. Gemes da Silva e o do comselho o


procurador

Cappm. Ant.° martins' Leça Rezolveram o seguinte.

Acordaram Vniformemte. se em a nova


puzece praça
cadea e outro lanço ao da caza da camara nelle se
ygual para
fazerem as audiências e neste de serve de senado
q,' prezente
hum tribunal com a desencia nas mais se
que partes praticava
e a d.a cadea foce baicho de hum e outro lanço e
que por que

pera mais segurança fose de vigarias asoalhada foRada


por
sima e de a pique com as mesmas vigarias das
pau junto pa-

redes de tal sorte se fize com a segurança e comodos


que (sic)
nescecarios caza de casereiro emchovia os homens' e mo-
pera
lheres, e huma caza service de salla. livre os
que para prezos q'
tivecem omenage na forma digo, e chegace a noticia
pera que
dos oficiais de carpimteiro se iditais se aRe-
publicacem para
matar a menos a fizece e milhor a segurace na forma
quem por
da se lhe avia de dar.
planta que
Rezolveram com a mesma vniformidade se escrevece

ao procurador desté senado o P. F. Franc.0 de Menezes Re-

metendo lhe as cartas S. Magde. e Recomendando lhe o


,de
dilligenciar as se lhe tem suplicado e as lhe su-
graças que que

plicaram os nosos amtesesores na comcideracam de serem to-


345

nesceçarias em ouveram a veriacam


das muy e que
precizas
fazer este termo todos asi-
acabada de mandaram que
por que
Deça escrivão da camara o escnvy.
naram E eu Bento Cabral
— — Leça.
Vivaz Silua

em se Rezolveu fa-
Termo de veriacam que

servirem os mezes de novem-


zer ce Almotases para

bro e dezembro.

do mes de Novembro de mil e sete


Aos dias
quatro
nesta V.a Rica em as cazas de camara estando
sentos e catorze

o hordinario o tenente coronel Mel.


os officiais delia Juis
juntos
o Cappm. Mel. Gomes da
Antunes de azevedo os veriadores

Maciel da Costa Dos. Franc.0 de oli-


Silva o Cappm. Franc.°

do comcelho o Capitaõ Ant.° Martins'


veira e o procurador
etleger Almotaces servirem os dous
Leça Rezolveram para

mezes de Novembro e dezembro sendo elleitos o Cappm. Franc."

Cazado sendo lhe de-


da Silva neto e Mel. de Saa q' prezentes

e o Iop^o lho deu o d.° hordinario


ram pose Juramt.0 qual Juis

lhe debaicho delle o serviço de Ds.. de Sua Magde.


emcaRegando

direito as segredo a em ouveraõ a veriacaÕ


partes justiça que

de mandaram fazer este termo todos asi-


por acabada que que

naram E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o èscrivy.

— —
Mel. Antunes de Azd.° Mel. Gomes da Silua

— —
Franc.0 Maçiel da Costa Dos. Franc.° de Oliur.8 Ant.°

— — da Silua
Martins Leça Manoel de Saá Cazado Franc."

Netto.

Termo de veriacam em se Rezolveu


que

limenarias nascimt.0 do senhor emfante.


por pello

Aos dezasete dias do mes de Novembro de Mil e sete

sentos e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara

estando os officiais delia o hordinario o tenente


juntes Juis
346

o Cappm. Mel.
de Azevedo os veriadores
coronel Mel. Antunes
e o do
Dos. Franc.° de Oliveira procurador
Gomes da Silva
Rezolveram o segum-
Ant.» Martins' Leça
comcelho o Cappm.

te.
em a nova
oniformemte. andace praça
Acordaram
se Rematar a quem
lanço da caza da camara para
cadea e outro
veriacam acabada
em ouveram a por
menos a fizece que
por
asinarao K eu
este termo todos
de mandaram fazer que
que
da camara o escnvy. Rezolveram
Bento Cabral Deça escrivão
de três dias nasimt.
luminarias pello
se puzecem yditais para
da hordem de sua excellencia
emfante na forma
do Senhor

sobredito o escrivy.

Azeuedo Silua.

em Rezolveram o
Termo de veriacam que

seguinte.

de mil e
dois dias do mes de Novembro
Aos vinte e
em as cazas da ca-
annos nesta V-a Rica
sete sentos e catorze
o hordmario o te-
os officiais delia Juis
mara estando juntos
os veriadores o Cap-
Mel. Antunes de Azevedo
nente coronel
de Oliveira e o procu-
Mel. Gomes da Silva Dos. Franc."
pm.
Ant.° Martins' Leça Rezolveram
rador do comcelho o Cappm.

o seguinte.
na a
se fizece andar praça
Acordaram vniformemte.

se aRematar, e
o lanço da caza da camara para
nova cadeya e
de tres mil e trezentas R*-
lanços hera o ultimo
avendo vários

na comferencia.
zolveram se aRemataria primeira
vniformidade comceder
com a mesma
Rezolveram
detrás das
continoar as cazas por
Lc.* a André Ramalho para
de nosa Sra. do pillar
sitas defronte da ygreja
em morava
q'
se lhe tinha feito
sem embargo do embargo que
do ouro nreto
do hordmario o mes-
do do anno hordem Juis
des prencipio por
do empidi-
Fr* Vivas em comfirmacam
tre de campo Ventura
° da camara do anno pro-
d.a obra teve officiais
mt que a pellcs
cauzava ao aRuamt."
desformidade que
chimo pasado pella
sem a de
a d." licença se lhe comcedeu pencao
desta nova V." e
o d.° André Ramalho
fundamt.0 de serem chamos que
foro com
acabada de que
em ouveram a veriacam por
avia comprado que
347

asmaram E eu Bento
este termo todos_
mandaram fazer que

da camara o escrivy.
Cabral Deça escrivão
— — 01iur.a
Azeuedo Silua

em se Rezolveu
Termo de veriacam que

andar na a nova cadêa.


fazer praça

de novembro de mil e
vinte oito dias do mes
Aos e
em as cazas da camara
sentos e catorze nesta V.a Rica
sete
hordinario o tenente
os officiais delia o Juis
estando juntos
o Cappm. Mel.
Antunes de Azevedo os veriadores
coronel Mel.
Maciel da Costa Dos. Fnuic.
Gomes da Silva o Cappm. Franc.0

o Cappm. Ant. Mar-


e o do^ comcelho
de oliveira, procurador

tins' Leça Rezolveram o seguinte.

se fizece handar em praça


Acordaram Vniformemte.

da caza da camara se
cadea, e o segundo lanço para
a nova
fazendo vir o Porteiro
aRematar como se tinha Rezolvido
ja
lanço de duas mil oito sen-
acharaõ ser o ultimo o
do comcelho
ao d.° Porteiro afron-
tas e vinte oitavas de ouro hordenando

se aRematar a quem a quem (sic)


tace os Lançadores para

menos a fizece.
por
as hordens nes-
Rezolveram vniformemte. se pacace

todos os cortadores de
ceçarias fazer vir a este Senado
para
os Los. da Rezam do
vacum desta V.a e seu termo com
gado
se vir em melhor co-
de deste anno para
pr.° Janer.0 prezente
das meyas de cada
nhecimt.0 do cada hum dever patacas
que
Rezolvido termo fs. e
cabeca de como se tinha pello
gado Ja
mandados a co-
acordam delle, e com efeito se pasaram para

e nesta forma ouveram a veriacam por


brança do referido,

fazer este termo todos asina-


acabada de mandaraõ que
que
Deça escrivaõ da camara o estrivy
ram E eu Bento Cabral

se tirou a conta do L.° de Rezam


declaro na mesma veriacaõ
q'

de Algüs dos cortadores sobredito o escrivy.

— — — Leça.
Azeuedo Silua 01iur.a
348

Te}rmo de. veriacam em se Rezolveu


que

fazer exame nos Los. dos carniceiros delles se


para

tirar a conta do estavaõ a dever das meas pata-


que

cas as Rendas do comcelho, e aRema-


pretencentes

tar as novas obras da cadea, e segundo Lanço da caza

da camara.

Ao dia do mes de Dezembro de mil e sete


primeiro

sentos e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara

estando os officiais delia o hordinario o tenente


juntos Juis

coronel Mel. Antunes de azevedo e os veriadores o Cappm.

Mel. Gomes da Silva o Cappm. Franc.0 Maciel da Costa, e o

do comcelho o Cappm. Ant.° Martins' Leça, Re-


procurador

zolveram o seguinte.

Acordaram vniformemte. se aRematace a nova cadea

que á tanto tempo andava em e tam Re(pe)tidas vezes


praça,
vieram a esta diligencia e se carecer da obra ser taõ vtil, e
por
comviniente asim a segurança dos como taõ bem
para prezos

para a caza em se devia fazer audiência como se tinha


que ja
Rezolvido.

Rezolveram com a mesma vniformidade achando ce

taõ bem na mesma veriaçaõ o hordinario o Mestre de


Juis
Campo Ventura Fr.a Vivas fizecem vir os lançadores a este
çe
senado asinarem os seus Lanços e nomiarem fiadores
para
chamos, e abonados e sendo com efeito vindos Mel. Gonsal-

ves Beça, e Ant.° teixeira se lhe tomou o lanço termo de


por
Duas mil oito sentas, e vinte oitavas de ouro, e como os mais

Lançadores se naõ acharam na serem afrontados


praça para
como em semelhantes aRematacomis se mandaram
praticava
se notificacem na se achasem
para praça prezentes quarta
feira que se aviaõ de comtar sinco do coRente dia em se
que
aviaõ de aRematar as das. cbras, e serem todos afrontados

como era est.° em ouveram a veriacam acabada de


que por q'
mandaraõ fazer este termo todos asinaram E eu Bento
que

Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.



Vivaz Silua.
349

Termo de veriacam em se rezolveu


que

aRematarem ce as obras da camara andavam em


que

a menos as fizece e melhor as segu-


praça quem por

race.

Aos sinco dias do mes de dezembro de mil e sete sen-

tos e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara es-'

tando os officiais delia o hordinario o Mestre de


juntos Juis

Campo Ventura Fr.a Vivas os veriadores o Cappm. Mel. Go-

mes da Silva e o do comcelho o Cappm. Ant.° Mar-


procurador

tins' Leça Rezolveram o seguinte.

Acordaram vniformemte. se fizece andar em praça a

nova cadeya, e segundo lanço da caza da camara se aRe-


para

matar a mais barato a fizece e milhor a segurace e fazen-


quem
doce exame nos termos dos lançadores se achou o lanço de Dos.

de Abreu era de duas mil e seis sentas oitavas de ouro o


que

apregoou em espacio de tempo, e


porteiro praça per grande

sendo afrontados os mais Lançadores se acha-


que prezentes

vam, Mel Gonsalves Beça, e naõ avendo quem


principalmte.
mais barato aRematace as das. obras; Rezolveram naõ aRe-

ma(ta)llas ao d.° Dos. de Abreu no d.° Lanço de duas mil e

seis sentas oitavas estar ahinda mt.° cara, e naõ ser Re-
por

zaõ se lhe aRematace mais do seu preço, e que quando


por justo

se naõ aRematace neste anno estarem no fim


prezente por

delle se aRemataria o anno vem se aos offi-


para prochimo que

ciais seus suceçores lhes e com esta Rezolçaõ ouve


parecece
ram a veriacaõ acabada ordenando a mim escrivão guar-
por

dace em cartorio os termes em os lançadores se tinham


que

asinado de mandaram fazer este termo todos asina-


que que

ram E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o escrivy

declaro a planta das Referidas obras fica em poder de mim


que
escrivão hordem dos dós. officiais da camara sobredito o
por

escrivy.

Vivaz Silua.
350

Termo de veriacam em que Rezolveram

mandar o do bofete em se fazem as


pagar pano que
veriacomis, as varas novas se fizeram e
que pinta-
raõ, e douraram, ce o se Restava da caza-
pagar que
za da camara, e huma cancella se fes na
(sic) que
de Ant.° dias; e o mais se devece.
ponte que

Aos doze dias do mes de Dezembro de mil e sete

sentos e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara

estando os officiais delia o Mestre de Campo Ventura


juntos
Fr.a Vivas e os veriadores o Cappm. Mel. Gomes da Silva o

Cappm. Franc.0 Maciel da Costa Dos. Franc.0 de Oliveira e o

Procurador do Comcelho o Cappm. Ant.° Martins' Leça, Re-

zolveram o seguinte.

Acordaram vniformemte. §e pasacem mandados


para
se pagar o pano do bofete se mandou fazer, as varas
que que

st fizeram, e douraram, e se mandado o Tizourei-


pasace para
ro deste Senado o ahinda se Restava a Mel. Gon-
pagar que
salves Beça da caza da camara, Bufete, Bancos, cabide, e tam-

buretes, e a cancella se fes na de Ant.° Dias a


que ponte pedro
Vas oiteiro.

Rezolveram com a mesma vniformidade se maud?.ee

pasar mandado o tizoureiro ao Cappm. Paullo Mar-


para pagar
tins' da Gama o se lhe Restace a dever das contas do anno
que

prochimo pasado.
Acordaram se mandado o tizoureiro deste
paçace para
senado pagar ao Cappm. Luis de Almdeida sincoenta oitavas

de ouro se lhe fazer o caminho da lage


que prometeram por
do padre faria. Visto ter feito o caminho como tinha ajustado

com os dos. officiais da camara.

Rezolveram Vniformemte. se todas as des-


pagacem

pezas que se tinham feito com o lançamt.0 dos Reais e se


qtos.
comprace hum L.° nelle se fazer o lancamt.0 Roblicado
para por
hum dos hcrdinarios a satisfaçam se cobra-
Juizes para qual
cem os Restos se deviam asim a satisfaçam das das.
que para
despezas como o ouro se emprestado em ou-
p.a que pedio que
veram a veriacaõ acabada todos asinaram com o
por que Juis
o tenente coronel Mel. Antunes de Azevedo se
que prezente
achava de mandaraõ fazer este termo E eu Bento Cabral
que
Dcça escrivão da camara o escrivy.

Vivaz — —
Silua OHur.a
351

Termo de Abrimt.0 de dos officiais


pellouro

ham de servir no anno de 1715.


que

Aos vinte e oito dias do mes de dezembro de mil e sete

sentos e catorze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara

estando os officiaes delia em veriacaõ os hordi-


juntos Juizes

narios o Mestre de Campo Ventura Fr.a Vivas e o tenente Ma-

noel Antunes de azevedo, e os veriadores o Cappm. Franc.0

Maciel da Costa Domingos Franc.0 de Oliveira e o Procurador

do comcelho o Cappm. Ant.° Martins' Leça e logo sendo todos

com hum minino de hidade menor de sete annos foi


Juntos

aberto o cofre da eleicaõ dos officiais da camara, e d.°


pello

Minino metendo a maõ no saco dentro nelle estava e por


que

elle foi tirado hum o sendo aberto em prezenea


pillcuro qual
delles ditos officiaes da camara acharam nelle sahir por Juizes

os Cappm. Paullo Martins' da Gama e Pedro da Roxa Ganda-

bo e veriadores o Cappm. Franc.0 Viegas Barboza e o Sar-


por
mayor Mel. Dias de menezes o Cappm. Franc.0 da Costa
gento
de oLiveira e Procurador o Cappm. Mel. Martins' Lopes
pera

e Tizoureiro Franc.0 de Almeida de Brito todos ser-


pera pera

virem o anno de mil e sete sentos e aos quais se escre-


quinze

veo virem tomar o dia de de fis este


para pose pr.° Janeiro que

termo todos asinaraõ E eu Bento Cabral Deça escrivão'da


que

camara o escrivy.
— — — — —
Azeuedo Vivaz Costa Silua 01iur.a

Leça.

Termo de vereacam em Rezolveraõ por


que
em as Rendas do comcelho se aRemata-
praça para
rem officiais da camara do anno
pellos proximo que

vem de mil e sete sentos e quinze.

Aos vinte e nove dias do mes de Dezembro de mil e

sete sentos e catorze nesta V.a Rica em as cazas da camara

estando os officiais delia o hordinario o Mestre de


juntos Juis

Campo Ventura Fr.a Vivas e os veriadores o Cappm. Mel. Go-

mes da Silva o Cappm. Franc.0 Maciel da Costa Dos. Franc.0

de oliveira e o Procurador do comcelho o Cappm. Ant.° Mar-

tins' Leça Rezolveram o seguinte.


352

se em a Ren-
Acordaram oniformemte. pozecé praça

do se aRe-
carcerage, e as meyas patacas gado para
da do ver,
vem de sete sentos
em do anno proximo que
matarem Janeiro
ham de servir o d.
officiais neste senado
e quinze pellos que
da lley a ellas
os dias quem por
anno seus suceçores pasados
observancia do capi-
rezulcaõ tomaram com
mais der a qual
desta comarca o Dou-
Dezembargador Ouvidor gel.
tollo que o
deixou em coReiçaÕ, e nas con-
Mel. da Costa de Amorim
tor
neste senado o anno
aos officiais serviram
tas tomou que
que
aRemataram os offi-
e mesma Rezam
proximo pasado, pella
de mezes coRecem
tempo para que
cios dafillaçaõ por quinze
seu vencimt.0 de tres em trea
direitos os e tivecem
quartéis,
ultimo dia deste
o em dia de Sam Silvestre
mezes, primeiro
em outro tal dia do anno proximo que
anno, e o ultimo
prezente
como mais largamte. se axa
vem de mil e sete sentos e quinze
no 1.° dellas a fs. 26, e
exprecado no termo da aRemataçaõ

acordam de todos vniíor-


cuja aRemataçaõ foi feita por
29,
e o d.° termo de
este o ham por comfirmado,
memte., e por
de outra sorte se
com a vallidade nesçeçaria que
aRematacam
comcelho nas suas Rendas poi
ao
comtemplou grande prejuizo
os dos. officios naÕ se aRe-
naõ aver aRematar
quem quízece
em as Rendas tiveram
matando como se aRemataram, que

utilidade de serem aRe-


aumentos seguindo se lhe a
crescidos
de setenta e sinco
matados preço e quantia quín(he)ntas
por
tres mezes deste
de ouro, a saber sento e quinze pellos
oitavas
secenta todo o anno de
e as coatrosentas e por
anno prezente,
comdicoimis no termo
e como, e com as que
sete sentos quinze,

milhor se declaram. 575/8as.

nusma vniformidade aRematar


Rezolveram com a

em o aRayal do ouro Boino


Rancho de da Silva sito
hum Joaõ
devedor o d.° da Silva
meyas de hei a Joaõ
pellas pataess que
cortou naquelle lugar
Rendas do comcelho do que
as gado
anno Rezam de se ter au-
discurço deste prezente por
pello
naquella nas suas Ren-
zentado e naÕ ficar o comcelho quantia

com efeito se deu billete ao porteiro para


das e
prejudicado;
sobreditas, e se aRematou o Ran-
trazer em as Rendas
praça

xo Referido.
nas vozes se cobracem to-
Acordaram sem variedade

fizecem dar a execucao as


das as Rendas do comcelho, e se

á cobrança dos quartéis


hordens' se tinham pasado para
que
contas como he estillo aos
se dar as
vencidos, para poderem
mandados se pa-
seus suceçores; e outrosim se pacacem para

as obras das
as despezas se fizeram com publicas
garem que
353

estradas, e todos os mais aseçorios sellarios do dezembraga-

dor Ouvidor desta comarca o doutor Mel. da Costa de


gel.

amorim, e tudo o mais das Rendas licitamte. se deve


pera que

na forma do seu Regimt.0 emcorporado na ordenacaõ


pagar
do Reyno, e de como asim o Rezolveram ouveram esta
por

ultima veriacaõ acabada de mandaram fazer este ter-


por que

mo todos asinaram E eu Bento Cabral Deça escrivão da


que

camara o escrivy.
— — — — Leça.
Vivaz Silua Costa Oliur.8

a
Vt.° em Corram. V Rica 30

dc Dezbr0 de 7i4. Aivorim.


AN NO DE 1715

— da Gama, Pedro da Rocha Gandavo.


Juizes: Paulo Martins

— Barbosa, Manuel Dias de


Vereadores: Francisco Viegas

Menezes, Francisco da Costa de Oliveira.

— Martins Lopes.
Procurador do Concelho: Manuel

—Bento Miguel de Andrade Fer-


Cabral Deça,
Escrivães:

reira.

— Francisco de Almeida Brito.


Thesoureiro:

Manuel Antunes de
Ventura Ferreira Vivaz,
Almotaceis!—
da Silva, Francisco Ma-
Azevedo, Manuel Gomes

Domingues de Carvalho, Bento


ciei da Costa, João
Neves, Manuel de
Felíx da Cunha, Manuel Vicente

Manuel 4os Santos Braga, An-


Souza Cerqueira,

tonio Gomes da Silva.

Gastro Guimarães, Rodrigues


Alcaides:— Caetano de José

Leal.

— Mosqueira.
Avaliador: Sebastião

— Velloso de Carvalho.
Thesoureiro dos reaes: João
quintos
Ânno de 1715

Termo de e se deu aos


pose juramt.0 que
novos officiais da camara sayram elleitos
que para
servirem este anno de 1715.
presente

Aos dias do mes de de mil e sete sen-


quatro Janeiro
tos e quinze annos nesta V.a Rica nas cazas da camara delia

estando os officiais serviram o anno e os


Juntos que pasado
de sayraÕ no este anno os hordi-
que prezente pellouro Juizes
narios o Mestre de Campo Ventura Fr.a Vivas, e o Tenente

Coronel Mel. Antunes de Azevedo o veriador Dos. Franc.0 de ?

Oliveira e o do Comcelho o Cappm. Ant.° Martins


procurador
Leça, e ahi elles dos. foi dada a e dos
por Juizes pose Juramt.0
santos evangelhos em hu livro delles aos e mais offi-
Juizes,
ciais da camara aviaÕ saido no se abrio
que pellouro que para
servirem este anno de mil e sete
prezente sentos e quinze; o
Cappm. Paullo Martins' da Gama o Cappm. Pedro da Roxa

Gandabo os veriadores o Cappm. Franc.0 Viegas Barboza o


Sargento Mor Mel. Dias de menezes o Cappm. Franc.0 da Cos-
ta de Oliveira e o do comcelho
procurador o Cappm. Mel. Mar-
tins^ Lopes e lhes emcaRegaram bem verdadeiramte.
que e

servicem os dos; cargos em tudo o serviço de


guardando Ds.
de^ S. Magde. direito as segredo
partes a e aos ditos
Justiça
Juizes o Cappm. Paulo Martins' da Gama e Cappm. Pedro
o
da Roxa Gandabo se lhe deu
Juramt.0 pose aprezentarem
por
as^ suas cartas de uzança e de tudo fis este termo todos
que
asinaram E eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o escri-
vy.

Mel. Antunes de Azd.° — —


Ventura Ferreira Vivaz
Dos. Franc.0 de Oliur.* — —
Ant.0 Martins Leça Paulo Miz'
da Gama — —
P.° da Rocha Gandauo Franc,0 Viegas Barboza
— —
Manoel Dias Franc.0 da —
Costa de Oliur." Mel. Miz*
Lopes.
358

Termo de e se deu aos


pose Juramt.0 que

Almotaces ham de servir estes dous mezes de


que

e fevereiro.
Janeiro,

E logo no d.° dia mes e anno estando os offi-


junto

ciaes damara e os tinham acabado deram e


que que (sic) pose
de Almotaces aos tinham acabado o Mes-
juramt.0 Juizes que

tre de Campo Ventura Fr.a Vivas, e ao Tenente Coronel Mel.

Antunes de azevedo a lha deu o hordinario o Cappm.


qual Juis
Paullo Martins' da Gama em hum 1.° dos santos evangelhos e

lhes emcaRegou debaixo delle bem e verdadeiramte. ser-


que
vicem a dita ocupacam de Almotaces lhe ser-
por pertencerem
virem estes dous mezes na forma da hordenaçaÕ
guardando
em tudo o serviço de Ds. e de Sua Magde. direito as
partes
segredo a de mandaram fazer este termo tie
Justiça, que pose
e Juramt.0 com os dos. officiais da camara asinaram E eu
que
Bento Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.

Paulo Miz' da — —
Gama Franc.0 Viegas Barboza

Manoel Dias de — —
Menezes Franc.° da Costa de OHur.a Mel.

Miz' Lopes.

Termo de veriaçam em Rezolveram man-


que
dar iditais se tirar Licencas, afiliar mar-
publicar para

cos, Ballanças, e medidas, e outrosim mandar ce pu-

blicar yditais se elegerem e Escrivamis


para Juizes,
de ventena em todas as freguizias.

Aos sinco dias do mes de de mil e sete sentos


Janeiro
e quinze annos nesta V.a Rica em as cazas da camara estando

juntos os officiais delia o hordinario o Cappm. Paullo


Juis
martins' da Gama os veriadores o Cappm. Franc.0 Viegas Bar-

boza o Sargento Mayor Manoel Dias de Menezes o Cappm.

Fra,nc.° da Costa de oLiveira e o Procurador do Comcelho o

Cappm. Mel. Martins' Lcpes acordaram vniformemte. o se-

guinte.

Rezolveram mandar todas


publicar yditais para que
as pesoas moRadoras nesta V.a e seu termo, tivecem Lo-
que

gis, e vendages viecem tirar Licenças a este se-nado em termo


de hum*mes, e os officiais de todos officios,
os com pena da

postura do comcelho, e fazerem dos dos.


Juizes officios.
359

a mesma uniformidade debaixo


Acordaram com que

d.° tempo declarado afillacem afilia-


da mesma e no pello
pena
varas, covodos, e medidas de qualquer
dor marcos, ballancas,

Homens' de caRegacomis em tres dias paranto-


e os
genoro,
d.a afillacam de marcos e ballancas, e tiracem
rios fizecem a

Licenças despois dè hum mes de sua chegada.

Rezolveram com a mesma vniformidade se mandace

se e escrivamis de ven-
para ellegerem Juizes,
publicar yditais

tena, nas freguizias do termo desta V.®

Acordaram despaxar e defirir as e


piticomis partes

naõ aver mais fazer ouveram a veriaçam acabada


por que por

mandaram fazer este termo todos asinaram E eu


de que que

Bento Cabral Deça escrivão da câmara o escrivy.

— — — Lopes.
Gama Viegas 01iur.a

Termo de Abretura de huma carta de Sua

E mandarem vir os Lançadores das Re»-


Exsellencia

do sesta feira se ham de comtar de-


das Senado que

do se aRematarem nese tal dia.


zacete corrente para

*Aos
dezaseis dias do mes de de mil e sete
Janeiro

sentos e annos nesta V.B Rica em as cazas da camara


quinze

estando os officiais delia os hordinarios o Cappm.


Juntos Juizes

Paullo Martins' da Gama e o Cappm. Pedro da Rocha Gan-

dabo os veriadores o Cappm. Franc.° Viegas Barboza o Cappm.

Franc.° da Costa de Oliveira Rezolveram o seguinte; e lhe

aprezentaram huma carta do excellenticimo Sr. Gel. em que

hordenava fazer huma emportava ao ser-


lhe queria junta que

viço de Sua Magde. e nomeasem Procurador ou focem asis-


q'

tir ser mt.° comviniente ao serviço do d.° Sr.


por
Acordaram vniformemte. mandar vir os lançadores

das Rendas deste senado andaò na se aRema-


que praça para

tarem sesta feira se ham de comtar dezasete do coRente


que

e trouchecem fiadores chamos e abonados.

Rezolveram despachar e defirir as partes


piticomis

e naõ.aver mais fazer ouveram a veriaçam por aca-


por que

bada de mandaram fazer este termo todos asinaraÕ E


que que

eu Bento Cabral Deça escrivão da camara o escrivy.

— — — — Lopes.
Gama Gandauo Viegas 01iur.a
360

Termo de veriacam em se Rezolveu se


que

ellegecem dous Procuradores hirem asistir a


para

Sua Excellencia tem detreminado fazer


junta que q'

o avizou a este Senado.


p.a que

Aos dezoito dias do mes de de mil e sete sen-


Janeiro
tos e quinze annos nesta Va Rica em as cazas da camara es-

tando os officiais delia cs hordinarios o Cappm.


juntos Juizes
Paullo Martins' da Gama e o Cappm. Pedro da Rocha Ganda-

bo os veriadores o Cappm. Franc.0 Viegas Barboza e o Cappm.

Franc.0 da Costa de Olivr." e o do comcelho o Cap-


procurador
Ant.° Martins' Lopes Rezolveram uniformemte. ellege-
pm.
rem e benemeritas e em
procuradores pesoas ydonias quem
concoRecem os Requézitos nescecarios axaram todos as ditas

perogativas nas do Mestre de Campo Ventura Fr.B


pessoas
Vivas e na do tenente coronel Mel. Antunes de azevedo Juizes

que tinham cido o anno e com efeito lhes es-


proximo pasado
creveram dando lhe os tinham ellegido
parte, por procurado-
res hirem asistir a o Senhor Gel. detrimina
para junta que
fazer no ffim deste mes com os mais Procuradores das
juntos
Villas destas minas e tres dias antes de hirem viriam a
que
este Senado se lhe dar bastante e as extru-
para procuraçaõ
comis nesceçarias o serviço de Sua Magde. e bem comum
p.a
de que mandaram fazer este termo todos asinaram E eu
que
Bento Cabral Deça escriuaõ da camara o escrivy.

Aos uinte e seis dias do mes de de mil e sete


Janeyro
sentos e quinze annos nesta uilla Rica em o senado da Camera

delia estando hiay o do dito Senado o


prezente prezedente

Juis ordinário, o Capitam da nobreza Paullo Martins' da

gama, e os mais ueriadores com o do dito Senado,


procurador
e llogo dito e mais ueriadores
pello Juis prezedente e procura-
dor do dito Senado foi dado ao escriuam da Mi-
pose Camera

gel de Andrade ferreira estaua vertude


que prezente em de
huma em Sua Magestade Deus
prouizam que que lhe fa-
gde.
zia mcê. da seruentia do dito oficio, com o cumpra se nella pos-
to do Gouernador e Capitam da de
Jeral sidade Sam Paullo e
minas em uertude da cual lhe deram dita
a de de tudo
pose que
fis este termo em asinou o dito
que Juis prezedente com os
361

com o dito escriuam. E eu Franc.0


mais ueriadores e procurador
e notas o^es-
da Silua Neto tabaliam do publico Judisial que

creuy. '
— — — Miguel de André. Fr.a
Gama 01iur.a Lopes

de feita em 26 de
Termo Veriaçam Janr.0

de i715.

dias do mes de de mil e sete


Aos vinte e seis Janeiro

ViHa Rica nas Cazas da Camara


sentos e anncs nesta
quinze
o e Veriadores fizeraõ comfe-
deíla ahi sendo Juis
perzentes

rençia e nella acordaraÕ o seguinte.

andar as Rendas do Cons.° em pergam,


Mandaraõ

naõ aRemataraõ naõ hauer lanço conveniente.


se por
que
chamados o do off.° e todos
Mandaraõ q' foçem Juis

mais offes. de Carptr." fazerem e votarem em pessoa


os para

seu off.° este anno os sendo


capas p.a do perzente quais
Juis
a cada hu si; e sahir
lhe aseitaraõ seus votos por por
perztes.
fes a mais vetos André Alueres lhe manda-
na ElleiçaÕ q' se

carta de do seu off.° e de tudo mandaraõ


raõ passar sua Juis

fazer termo que asinaraõ.

forma fizeram Elleiçam de.


E outrosim na sobredita
"mais
do off.° de sapateiro e sahio a votos Roiz' a
Juis Joseph

mandaram passar carta.


quem
Outrosim fizeraõ na sobredita forma ElleiçaÕ do Juis

do off.° de ferreiro e sahio a mais votos Antonio Coresma a

mandaram carta.
quem passar

E Por esta maneira Ouueram a variaçam feita


por

mandaram se cumprice inteiramte. tudo asima acordado de


e

mandaraõ fazer este termo asinaraõ Miguel de An-


que que

drade ferreira escriuaõ da Camera que o escreuy.

— — — — Lopes.
Gama Viegas Menezes Oliur.®
362

Termo de Eleição feita em 29 de de


Janr.°
mil e sete sentos e i7i5.
quinze

Aos vinte e noue dias do mes de de mil e sete


Janeiro
sentos e quinze annos nesta V.a Rica em as cazas da camera
delia ahi sendo os e Veriadores
perzentes Juizes fizeraÕ Ve-
riaçam em asentaraõ varias couzas bem
que p.a o comü que fi-

caraõ em outra Camera e efeituarem de manda-


p.a que
Junta
ram fazer este termo asinaraÕ Miguel de
que Andrade Fer-
reira escriuaõ da Camera o escreuy.
que
— — — —
Gama Viegas Menezes 01iur.a Lopes.

Veriaçam feita em 30 de de i7i5.


Janr.°

Aos trinta Dias do mes de de mil sete


Jarteiro e sen
tos e annos nesta Villa Rica e £eu termo nas
quinze Cazas da
Camera desta dita Villa ahi os ditos e Veriadores
Juis fize-
raõ comferencia e nella determinaraõ o seguinte.

Mandaraõ chamar todos os Marchantes desta Villa


os quais sendo ajustaraÕ e se
perzentes obrigaraõ a vender
nestas Villas carne aRobada dando
por huma o-utaua de ouro
meya aRoba sendo este o mais inferior
pezo e daqui sima
para
tudo o cada hum E
que quizer; que outrosim seriao obrigados
a dar carne duas vezes na semana sabados e terças feiras e

que seriao obrigados a tirar liçenças deste Senado pode-


para
rem cortar a dita Carne, aferindo pezos e tirando seus esCritos

que RezistaraÕ como taÕ bem as ballanças; com Cominacam

que faltando os ditos Marchantes a qualquer das Condiçois


deCIaradas da cadeya
pagaraõ o que lhes a seu arbi-
pareçer
trio de tudo o dito e Veriadores
que Juis mandaraõ fazer este
termo os ditos Marchantes
que asinaraÕ Miguel de Andrade
ferreira o esCrevy. Outrosim se deCIara alguma
que querendo
'comprar
pessoa aos ditos Marchantes de inteiro
quarto Carne
sem ser aRcjbado o vender sem
poderão por isso terem
penna
dito o esCreuy dis o emendado a seu dito o escreuy.
Bento Martis Marques — —
Luis Nunes da Horta
Lucas — —
Gularte Domingos Corrêa Pr.a Mel. da Crus Frr.a
— * —
De Dcs. Mor.a de *
Jezus De Ant.° Antunes.
363

Ouueraõ elle e Veriadores


E Por esta maneira Juis

se cumprisse Inteiramente
feita e mandaraõ
a Veriaçam por
fazer este termo
determinado de mandaraõ
tudo o asima que
esCnuao da Carne-
Miguel de Andrade ferreira
asinaraõ
que
ra o esCreuy.
que
— — Lopes.
— — Menezes Oliur.
Gama Viegas

e Veriadores em 9
VeriaçaÕ feita pello Juis

de feur.° de mil i7i5.

de mil e sete sen-


Aos dias do mes de feuereiro
noue
da Camera delia
nesta Villa Rica nas cazas
tos e annos
quinze
Conselho fizerao ca-
e Procurador do
ahi o e Veriadores
Juis
e determinai aÕ o seguirue.
mera e Veriaçam e nella- comferiraõ
cazas foreiras
Mandaraõ toda a pessoa que pessue
q'
vendellas o naõ po-
a este Senado foçem obrigadas, querendo
o fazerem numa
fazer digo fazer sem por
deçem para primeiro
lhe isso liçença e
a saber a este Senado pedindo para
peticam
Ranchos devollutos se
fazendo assim ficariam os p.a
naõ o
outrosim seriam obrigados os
a E que
aforarem quem pareçer
se acharem com terras aforadas p.
ditos foreiros aquelles que
no termo de mezes com
nellas fazerem cazas a fazellas quatro

a noticia de todos se
sobredita e milhor vir
a penna que para
nas desta
iditais serem lidos partes publicas
passassem para
delia do conselho
V.a e se fichasem no Pelourinho pello porteiro

nos Livros nos livros desta


os seriam Rezistiados (sic)
quais
delles mi esCrivaõ
Camei a com sertidaõ ao pê passada por

ce satisfeito a todo o sobredito.


conste hauer
por que
OuueraÕ satisfeita a Veria-
E Por esta maneira por

tudo em ella determinado se Cumpriçe


e mandaraõ que
çaõ
de mandaraõ fazer este ter-
como hera dito Inteiramente, que
ferreira esCriuaõ da Ca-
mo asinaraõ Miguel de Andrade
que

mera o esCreuy.
— — — Lopes.
Gandauo Menezes Oliur.3,

margem: — Sobre os foros. Pasou ce Iditais


A* q'
—¦
e fichou no de me deu sua fe.
o .portr.0 publicou pellour.0 q'

André.
364

Veriaçaõ feita em treze de feur.0 de Í715.

Aos treze dias do mes de feuereiro de mil e sete sen-

tos e quinze annos nesta Villa de S digo Villa Rica em as Ca-


zas da Camera delia ahi o e Variadores delia
Juis fizeram ca-
mera e Comferençia e nella acordaraõ o seguinte.

Mandaraõ visto a Renda do ver deste


que Senado
andar em desde o deste
praça princípio anno e naÕ hauer quem
nella lançe mais de nouenta outauas de ouro como o porteiro
deu sua fe e ser tempo de se correr
que se emtregaçe aos of-
fiçiais deste senado e se lhe entCarregaçe a cobranca dellas

para o foçem chamados


que para asinarem termo ser asim
por
mais comveniente.

E Logo sendo Fortuozo Barboza


perzentes es-
CrivaÕ dalmotacaria e Mendes esCrivaÕ
Jozeph do alcaide e o
Alcaide Caethano de Crasto
guimaroes pello dito e Ve-
Juis
riadores e lhe foi
procurador emcarregado com todo o cui-
que
dado correcem a Renda do ver e que com o mesmo fizessem
emtrega do^porçedido delia neste Senado cujo trabalho
por
lhe consediaÕ a da dita Renda.
quarta parte E pellos ditos of-
fiçiais foi dito se obrigauaõ a correr dita
a Renda na forma dj
Estillo e se obrigauaõ a emtregar o porsedido delia na forma
dita de

Mendes — —
Jozeph Frutuozo Bar. Barreyros Cae-
tano de Crasto Gmres.

E Por esta maneira Ouueraõ a Veriaçaõ


por feita e
mandarão se cumprisse todo asima aCordado de mandaraõ
que
fazer este termo asinaraÕ Miguel de Andrade
que ferreira es-
Crivaõ da Camera o esCreuy.

Gandauo — — — —
Menezes 01iur.a Lopes Viegas.

A margem: se cobrem a Renda


q' do ver offes.
pellos
365

Feita e Veriadores
Veriaçaõ palies Juizes

em 23 de Feur.° de Í715.
deste Senado

do de Feur.° de mil e sete


Aos Vinte e tres dias mes

Rica em as Cazas da^Came-


e annos nesta Villa
sentos quinze
do Sennado fizeraõ com-
ra delia ahi os e Veriadores
Juizes

ferençia e nella Rezolueraõ o seguinte.

Requerimtos. lhe fo-


Deferirão a varias e q
petiçois
feita de manda-
raõ feitos e asim Ouueraõ a Veriaçaõ por que

asinaraõ Miguel de Andrade ferreira


ram fazer este termo que

esCriuaõ da Camera o esCreuy.


— — — Oliur.
— Viegas Menezes
Gama Gandauo

— Lopes.

em 25 de Feur.0 de i7i5.
Veriaçaõ feita

do mes de feuereiro de mil e


Aos Vinte e sinco dias

Villa Rica tijls cazas da ca-


sêntos e annos nesta
sete quinze
fizeraõ comferencia e nella
mera delia <thi o e Veriadores
juis

Rezolueraõ o seguinte.

dos oífos. de Alfayates


Mandaraõ chamar os Juizes
Rodrigues de Souza de
Ant.° Coresma de Sapateiros Jozeph
de ferreiros Manoel- de freitas os
Carpenteiros André Alueres

dito lhe deu o dos San-


sendo perzentes-o Juis juramento
quais
do lhe emCarregoü fizessè sua
tos Evangelhos debaxo qual

de seus offiçios e elles asim o porirtete-


obrigaçaÕ como Juizes
do d.° e asinaraõ Miguel de An-
raõ fazer debaixo Juramento

drade ferreira esCriuaõ da Camera o esCreuy.

* Ant.° Coresma de Ald.ft Lx*


De André Alueres

— * — Roz' de Souza.
Manoel de Freitas Jozeph

esCrivaõ da Camera leuaçe somente


Mandaraõ que o

de de offiçio seis Outuas


Cada carta Juizes que passasse
por
sem ter dellas mais algum sellario.

Idital toda a pessoa


Mandaraõ se poízesse para que

Caminhos desde Fellix de


se obrigar a fazer os gus-
que quizer
desta Villa e do da Lage e cor-
man athe o principio principio

findar o destrito desta Villa aonde


rego do Pe. Faria athe se
366

Camera aonde se ha de aRe-


a do Ribeirão venha a esta
partir
se lhe daraÕ e de-
com as Condiçois e apontamtos. que
matar
de athe des de mc. deste
no termo se ha fazer;
Claracaõ que

anno prezte. .
Ouuerao elle e Veriadores
E Por esta maneira Juis

e mandaraõ tudo se cumpriçe guar-


a Veriaçaõ feita que
por
determinado de fis este termo que
daçe asim como esta que

de Andrade ferreira o esCreuy.


asinaraõ Miguel
— — — Lopes.
— Menezes 01iur,a
Gandauo Viegas

— Idital o
A* margem: pasouçe q' porteiro publicou
— André.
no dia delle de me deu sua fee.
na forma do tr.° e q'

Veriaçaõ feita e Veriadores que


pello Juís

em 26 de Feur.° de i715.
seruem este prezte.

seis dias do mes de Feuerêiro de mil e


Aos vinte e

Villa Rica em as Cazas da


sete sentos e annos nesta
quinze
Veriadores e do Cons.0
Camera delia ahi os e procurador
Juizes
comsultaram varias couzas sobre o
fizeraÕ comferençia e nella

bem comü desta V.a forma seguinte.


pella

Logo no mesmo dia e hera asima sendo preztes.


E

nestas Villas e seu termo cortam


todos os Marchantes que
se lhe emCarregar a forma
carne; serem chamados para
por
Corte delia; mandaraõ o dito e Ve-
haviaõ de ter no Juis
que
Marchantes seriaÕ obrigados todo o que
riadoíes os ditos
que
libras huma Outaua de ouro
cortar carne dar ao vinte por
pouo
de tres Outuas e de vaca, duas ou-
e hum boy para por
quarto
de e só a cortaraõ tendo liçença deste Se-
tauas e meya ouro

cada dous mezes na forma da Ley com


nado, e aferindo pezos

de faltando a das Condiçois aqui expies-


penna que qualquer

e da Cadea estaraÕ trinta


sas seraõ prezos pagaraõ /em que

Libra de ouro, e-debaxo da mesma seraõ


dias/ meya penna

de ferro aferidos como fica dito, e asim


obrigados a ter pezos
dito e Variado: es Ynifoimemte. mar-
o ajustaraÕ o Juis pellos

ajustar Raçionahnte. em ordem a fi-


chifntes u% naÕ quererem

mais satisfeito, e haõ Reuogado o termo


car o pouo que por
367

L.° a folhas sento e trin-


matéria se fes neste
que sobre esta ja
valha e se lhe de inteiro cumpri-
outo e so este
ta e querem que
Iditais e o o publi-
mt0 e mandaraÕ se passasem que porteiro

fichace no dei-
desta V.a e se pelour.0
caçe nos lugares públicos
seriaõ obrigados a
sertidaõ e outrosim
la de que passaria que
somana aos sabados e tersas
a Carne duas vezes na
cortar
-feiras tudo debaxo da mesma penna.
a Veriaçaõ feita e
E Por esta maneira Ouueraõ por

nella contheudo sem duuida


se cumprisse tudo o
mandaraõ
termo asinaraõ Mi-
de mandaraõ fazer este que
alguma que

de Andrade ferreira o esCreuy.


guel
— — — Lopes.
Gandauo Viegas Oliur."

— Idital e o publicou
A* margem: passouçe porteiro

fé no dia do termo. André.


no de q' deu sua
e fixou pelour.0

e Veriadores do
Veriaçaõ feita pellos Juizes

desta V.a Rica em o de mc.°


Senado da Camera pr.°

de i7i5.

março de mil e sete sen-


Ao Primeiro dia do mes de

nas Cazas da Camera delia


annos nesta Villa Rica
tos e quinze
do Cons.° fizeraÕ comfe-
ahi o e Veriadores e procurador
Juis
varias couzas do bem
rençia em e Rezolueraõ
que praticaraõ
cartas de Sua Magesta-
comum deste e se abrirão quatro
pouo
como taÕ bem se abrio huma
de trataõ de varias matérias,
que

sr. em manda se Remeta procurador por parte


do general que
asistir do á com-
deste Senado ao Ribeirão para por parte pouo

Magestade fazer sobre os


ferençia Ordè de Sua quer
que por
da esta feita, cujas cartas
Reais sem embargo que Ja t
quintos
do Rezistro deste Senado cujas
vaÕ todas Rezistadas no L.°

com o ouueraõ a
folhas se deClarem a marge deste termo que

Miguel de Andrade ferreira es-


variaçaÕ feita e asinaraõ
por

Criuaõ da camera o esCreuy.


— — — Lopes.
Gandauo Menezes 01iur.a
368

e Veriadores
Veriaçaõ feita pellos Juizes

2 de mac.° de i7i5.
em

março de mil e sete sentes


Aos dois dias do mes de

em as cazas da camera
nesta Villa de Santarém
e annos
quinze
da Camera ahi o V e-
Villa Rica em as Cazas Juis
delia digo
comferençia e nella
do Conselho fizeraõ
riadores e procurador

Rezolueraõ o seguinte.
ser Manuel
Mandaraõ se Ordé para prezo
passasse
foi com hü negro seu
se ter emformaçaõ de que
da Crus por
deste Pouo, em
os vinham para poruimt.0
Impedir gados que
e o metessem ria
lhe a carne mais alto preço,
ordé a se por por
manoillo donde naõ seria
com o dito negro chamado
Cadea

solto sem ordè deste Senado.


Manoel Gomes aa
Logo sendo o Cappm.
E przte.
dito e Veriadores como
ser chamado Juis para
Sylua por pello
seruir de Almotaçe das Exe-
Veriador foi o anno passado
que
seruisse o dito cargo
deste Senado e lhe emearregaraõ
cussois
dado seruir de Variador,
do lhe foi para
debaixo Juramt.0 que
de Sua Magestade e as partes
em tudo o seruisso
guardando
e satisfazendo a tudo
e dando em tudo cumprimento
seu direito
de seu cargo o o dito Almotaçe
lhe tocar Rezaõ que
o que por
termo asinou Miguel
fazer de fis este que
asim pormeteu que
da Camera o escreuy.
de Andrade ferreira escriuaõ

Mel. Gomes da Silua

Variaçaõ feita e
esta maneira ouueraÕ a por
E Por
se Cumprisse como nella
tudo nella determinado
mandaraõ q'
este termo asinarao
de mandaraõ fazer que
se conthem que

de Andrade ferreira o Escreoy.


Miguel
— — Lopes.
— — Menezes Oliur.*
GandaUo Viegas

Veriadores do Sena-
Veriaçaõ Feita pellos
do Senado da Ca-
do e Veriadores
digo pellos Juizes
em 5 de m.° de i7i5.
mera desta V." Rica

de março de mil e sete sentos


Aos sinco dias do mes
da Camera ahi os
Villa Rica em as Cazas
e annos nesta
quinze
comferençia e nella averi-
e Veriadores delia fizeraõ
Juizes
-
o seguinte. -
guaraõ
369

havia not.a Manoel da Crus


Mandaraõ que porqt.0 que

impedir intrar o nesta V.a mas


naõ tinha comcorrido p.a gado

fosse este so o e o
sim o negra chamado Manoillo que prezo

da Crus foçe logo solto e asim o mandaraõ.


dito Manoel
*E
cuueraõ a Variaçaõ feita em
Por esta maneira por

de Mandaraõ fazer este termo


mandaraõ se cumprisse qne
que
de Andrade ferreira esCriuivaõ da Ca-
asinaraÕ Miguel
que

mera o esCreuy.
— — — Lopes.
— Menezes 01iur.a
Gama Viegas

Veriaçaõ feita em 8 de m.° de i7i5 pellos

e Veriadores e Procurador do Cons.°


Juizes

do mes de março de mil e sete sentos e


oito
Aos dias
"nesta
Rica nas Cazas da Camera delia ahi o
annos Villa
quinze
fizeraõ comferençia e nella determinarão o
e Veriadores
Juis

seguinte. . .
Deferirão a varias couzas e despacharaõ Petiçois que

com o ouueraõ a Variaçaõ feita


lhe foraõ que por
porpostas
termo asinaraõ Miguel de
de Mandaraõ fazer este que
que
ferreira esCriuaõ da Camera o esCreuy.
Andrade
— — — — Lopes.
Gama Viegas Menezes 01iur.a

Veriaçaõ feita em i5 de m.° de i7i5.

dias do mes de março de mil e sete sentos


Aos quinze

annos nesta Villa, Rica eni as Cazas da Camera ahi


e
quinze
e Veriadores e o Procurador do Senado fizeraõ comfe-
o Juis
rençia e nella mandaraõ o segte.

E Logo Sendo o Cappitaõ Francisco Maciel


perzte.

da Costa Veriador foi o anno o dito lhe em-


que passado Juis

carregou seruisse de Almotace os mezes de março e Abril na

forma da Ley debaxo do lhe fora dado ser-


Juramento que p.a

de Veriador em tudo o seru.0 de S. Magde. e as


uir guardando

seu dirt.0 E o dito Almotaçe asim o fazer de-


partes pormeteu
370

fazer este termo q'


t- a* Tnramt0 de aue mandaraÕ
da Camera o
ferreira esCriuaõ
M?gull df And^de
asííaraõ

es^reuy. Franc.0
Maçiel da Costa

feita_defenn-
Ouueraõ a Variaçaõ por
E nesta forma
*sinarao Miguel
de fis este termo que
do a varias petiçois que
Camera o esC^"y-
esCnuao da
de Andrade ferreira
— — Lopes.
— Menezes Oliur.
Gandauo

Veriadores Pro-
feita e
Veriaçaõ pello Juis

26 de m.° de i7i5.
deste Senado em
curador

de mil e sete
dias do mes de março
Aos vinte e seis
nas cazas da Camera
nesta Villa Rica
sentos e annos
quinze
Venaçao e
delia fizefao
Veriadores e Procurador
ahi o e
Juis
o seguinte.
nella comferiraõ
man-
e Requerimtos. que
Deferirão a varias pítiçois
fazer este termo que
de mandaraÕ
daraõ se cumpriçem que
ferreira o esCreuy.
Miguel de Andrade
asinaraõ
— — Lopes.
— Menezes OHur.a
Gandauo

3 de Abril de i7i5.
Veriaçaõ feita em

de mil e sete sentos e


dias do mes de Abril
Aos tres
da Camera ahi o
Villa Rica em as Cazas
annos nesta
quinze
fizeraõ Venaçao e
Procurador do Cons.0
e Veriadores
Juis
nella averiguaraÕ o seguinte.
comferençia e
Requerimentos man-
Deferirão a varias e que
petiçois
a Variaçaõ feita
e nesta forma Ouueraõ por
daram cumprir
asmarao Ml-
mandaraõ fazer este termo que
acabada de que
da Camera o esCreuy.
de Andrade ferreira esCriuaõ
guel
— — — Lopes.
Oliur* Menezes
Gama
371

em des de Abril de i715.


VeríaçaÕ feita

Abril de mil e sete sentos e


des dias do mes de
Aos
e Veriadores e Pro-
nesta Villa Rica ahi o Juis
quinze annos
delia fizerao Veriaçao e Com-
do Senado da Camera
curador

nella determinarão o seguinte.


teren^ia e

e Requerimentos e mandarao que


Deferirão petiçois
da Renda das meas pata-
noteficaçe os Lançadores
o portr.0
de e nesta forma Ou-
aRematar no dia camera
cas se pr.°
para
fazer este termo
feita de mandarao
ueraõ a Variaçaõ por que
ferreira EsCriuaõ da Camera
asinaraÕ Miguel de Andrade
que

o esCreuy. a
— — —
Viegas Menezes Oliur.
Gandauo

e Veriado-res e
Veriaçam feita pellos Juis

em 15 de Abril de i7i5.
Procurador do Cons.°

do mes de Abril de mil e sete sentos


Aos dias
quinze
as Cazas da Camera delia
annos nesta Villa Rica em
e quinze
Procurador do Conselho fizeraõ Varia-
ahi o e Veriadores
Juis

e nella determinarão o seguinte.


çaÕ
das meyas e
Mandarao aRematar a Renda patacas

de mandarao fazer este termo


deferirão a varias petiçois que

de Andrade ferreira esCriuaÕ da Camera


asinaraõ Miguel
que

o esCreuy.
— — — Lopes.
Gama Menezes 01iur.a

Ordinário e Ve-
Veriaçao Feita pello Juis

em 27 de Abril de i7i5.
riadores da Camera

do mes de Abril de mil e sete


Aos vinte e sete Dias

nesta Villa Rica em as Cazas da Came-


sentos e quinze annos

e Veriadores e Procurador fizeraõ Veriaçao


ra delia ahi o Juis

e nella determinaraõ o seguinte. . ...


372

Deferirão a varias e Requerimtos. que lhe


petiçois
foraõ feitos; e apellaçcis com o Ouueraõ a VariaçaÕ por
que

feita e mandaraõ se Cumprice de mandaraõ fazer este


que

termo asinaraõ Miguel de Andrade Frr.a esCriuaõ da Ca-


que

mera o escreuy.
— — —
Gama Menezes Oliur." Lopes.

Veriaçaõ feita e Veriadores em


pello Juis
dois 2 de Mayo de i7i5.

Aos dois dias do mes de Mayo de mil sete sentos e

annos nesta V.a Rica em as Cazas da Camera delia ahi


quinze

o e Veriadores Procurador do Conselho em do


Juis perzença

Ouuidor desta comarqua fizeraõ Veriaçaõ e comferencia digo

cornarqua o Doutor Dezembargador Manoel da Costa de Amo*

rim fizeraõ comferençia nella elegerem e Votarem em


p.a pes-

soa capas seruir de thezcureiro do cofre dos orphaos' e fa-


p.a

zendo eleição sahio a mais Votos Vellozo morador no


Joaõ

Ouro ao mandou o dito Ouuidor asinando termo


preto qual q'

se lhe emtregaria o Cofre- cujo seria feito com tres chaves das

se lhe emtregaria huma e outra ficaria ao de Or-


quais Juis

e outra na maõ do esCriuaõ mais velho delles e se faria


phaos'
hmn liuro as emtradas e sahidas do dito Cofre o em-
para qual
tra digo o andaria dentro delle asim se em mi-
qual para porè
lhor aRecadaçam os bens' dos ditos Orphaos' de de tudo
que
mandaraõ fazer este termo asinou o dito Ouuidor com o
que
e Veriadores e Procurador do Conselho E eu Miguel de
Juis
Andrade ferreira esCriuaõ da Camera o esCreuy.

Mel. da Costa de Amorim

E Nesta forma ouueraõ a Veriaçaõ feita em


por que
deferirão a vários Requerimtos. mandarap se cumprisse
que
de que fis este termo asinaraõ Miguel de Andrade ferreira
que
esCriuaõ da Camera o esCreuy.
— — —
Gama Menezes Oliur.3 Lopes.
373

e Veriadores e
Veriaçaõ feita pellos Juizes

4 de Mayo de i7i5.
do Cons.° em
procurador

de mil e sete sen-


do mes de Mayo
Aos dias
quatro
da dei
Rica nas Cazas
annos nesta Villa Çamera
tos e quinze
Veriaçaõ e com
da Camera fizerao
os e Veriadores
ahi Juizes
determinaraõ o seguinte.
ferencia e nella
S man-
e Requerantos. que
Deferirão a varias petiçois
ei a
Ouuerao a vanaçao por
cumprissem e asim
daraõ se
Miguel de A
este termo asinarao
mandaraõ fazer que
cjue
da camera o esCreuy.
drade ferreira esCriuaõ
— — Lopes.
— Menezes Oliur.*
Gama

iO de Mayo de i7i5.
Veriaçaõ feita em

de mil e sete sentos e


des dias do mes de Mayo
Aos
cazas da camera ahi o
nesta Villa Rica em as
annos
quinze
e nella determina-
Veriadores delia fizeraõ comferençia
Tuis e

raõ o seguinte. ~ «
no dito dia Manoel Coelho
E Logo sendo perzente
em camera a e Veriado-
ferreira elle foi aperzentada Juis
por
feito Cappitao da ür-
donde o hauia
res huma sua patente por
desta Villa o Exm.° br.
do destricto de Itoubira termo
denança
Requerendo com ella ao
D. Bras Balthezar da Silueira;
Geral.
do dito na for-
e Variadores lhe dessem posse posto
dito Juis
determinaua. E visto seu Requeri-
ma na dita se
que patente
dada; e lhe deraõ Juramento
mento lhe ouueraõ a posse por
delle_fazer o deue e
Santos Evangelhos debaxo que
dos para
tudo na forma da
o dito cargo e de capitaÕ
bem seruir posto
dito apossado
dita Patente; e sendo aseito o Juramento pello

fazer de tudo mandaraõ


de Baxo delle asim o pormeteu que
E eu Miguel de
termo asinou o dito apossado
fazer este que
esCriuaõ da Camera o esCreuy.
Andrade Ferreira

Manoel Coelho Fri.8


374

Aos des dias do mes de Maya de mil e sete sentos e

annos nesta Villa Rica em as Cazas da Camera delia


quinze

ahi sendo o e Veriadores e do Con-


perzentes juis procurador

selho apareceu Manoel Fernandes Barboza por elle


perzente

foi dito os ditos e Veriadores elle pessuiha


perante Juis que

hum Rancho no aRayal dos Paullistas da freguezia de nossa

Senhora do Pillar as com o ajudante Manoel


quais partiaõ

as asim E maneira as fazia dellas


gomes quais que pessuhia

dexaçaõ a este Senado e nelle sedia e trespassaua todo o poder

tinha no dito Rancho o aforarem a que lhe pa-


que p.ft pessoa

reçer cuja dexaçaõ fazia Remuneraçaõ de huma coima que


por

a Camera lhe hauia feito mesmo Rancho o qual pessuhia


pello

titollo de Compra fizera delle de de tudo fis este


por que que

termo asinou com os ditos Veriadores e o despejaria


que que

tempo de hum mes E eu Miguel de Andrade ferreira o es-


por

Creuy.

Mel. Frz' Barboza

Deferirão a correiçaõ hauiaÕ feito nesta Villa os


que

dias Outo e noue deste mes asoluendo e condenando como lhes

e asim Ouueraõ a veriaçaõ feita de que


pareçeu Justissa por
mandaraõ fazer este termo asinaraõ Miguel de Andrade
que
ferreira esCriuaõ da camera o esCreuy.
— — —
Gama 01iur.a Menezes Lopes.

Veriaçaõ feita em 25 de Mayo de i715.

Aos vinte e sinco dias do mes de Mayo de mil sete

sentos e annos nesta Villa Rica e as cazas da camera


quinze

ahi o e Veriadores e Procurador delia fizeraõ Veriaçaõ e


juis

comferencia em determinarão o seguinte.


que

Deferirão a vários Requerimentos e e asim


petiçois

Ouueraõ a variaçaõ finda mandaraõ se cumprice ,e


por que

guardaçe de mandaram fazer este termo asinaram E


que que

eu Miguel de Andrade ferreira esCriuaõ da Camera o esCreuy.


— — —
Gama Oliur.* Menezes Lopes.
375

i7 de de i7i5 pello
Veriaçam Feita em Junho
do Cons.0
e Veriadores e procurador
Juis

de mil e sete sen-


dezassete dias do mes de Junho
Aos
em Camera ahi sendo per-
annos nesta Villa Rica
tos e quinze
do cons.0 fizerao com-
o e Veriadores e procurador
zentes Juis
determinaraõ o seguinte.
ferencia e nella
Responderão a Cartas
a varias e
Deferirão petiçois
do Rebeiraõ tudo Ouuerao por
cio Senhor e camera que
genal.
Mandaraõ fazer este
se cumprisse de que
feito e mandaraõ
da camera o es-
de Andrade ferreira esCriuao
termo Miguel

Creuy. T
— — Lopes.
— 01iur.a Menezes
Gama

i2 de de i7l5 pellos
Veriaçaõ feita em Julho

e do cons.0
Veriadores procurador
Juizes

de mil e sete sentos e


Aos doze dias do mes de Julho
da camera delia ahi
nesta V.a Rica çm as Cazas
annos
quinze
este^perzte. anno
e do cons.° que
o Veriadores procurador
juis
determinaraõ o seguinte.
fizeraõ ccmferençia e nella
seruem
seuissem os mezes
Fizeraõ Illeiçaõ almotaçes que
p.a
Dommgues; e
e agosto e sahiraõ a mais votos Joaõ
de Julho
mandaraõ se esCreuesse
mor Bento felix aos quais
o Sargt.0
e asim Ouuerao a eleição
virem a este Senado tomar posse
p,a
deferirão a vários
a veriaçaõ acabada em que
feita e por
por
tudoi se cumprisse
Requerimtos. e e mandaraõ que
petiçois
mandaram fazer este termo que
nella se conthem de
como que
da Camera o es-
Miguel de Andrade Frr.a esCriuao
asinaraõ

Creuy.
— — — Lopes.
Viegas 01iur.a
Gama
376

feita e Veriadores que


VeriaçaÕ pello Juis

em i3 de de i7i5.
neste anno seruem Julho
perzte.

mes de de mil e sete sentos


Aos treze dias do Julho

Villa Rica em a caza da Camera ahi o


e annos nesta
quinze
vereaçaÕ e comferençia e nella
iuis e Vereadores delia fizeram

Determinaraõ o seguinte.

Domingues se lhe dar


Mandaraô chamar JoaÕ para

bem siruir o Cargo de Almotaçe para


posse e juramento para
doze do A sendo
fora Ileito em camera de perzente. qual
que
dito lhe deu dos Santos Evangelhos
perzente o Juis Juramento
seruisse o cargo de Almo-
bem e verdadeiramente
para que
de Sua Magestade e as seu
taçe o seruisso partes
guardando

direito e dando a execussaõ com as Ordens' que


pontualidade

forem emCarregadas: e sendo elle aseito


deste Senado lhe por

o fazer em vertude do que o


o dito Juramento asim pormeteu

lhe deu aseitou; de Mandou fazer este


dito Juis posse que que

com o dito Almotaçe em dos ditos


termo que asignou perzç.a

Veriadores E eu Miguel de André. Fr.a o esCreuy.

— Domingues de Carualho.
Gama Joaõ

E logo sendo outrosim Bento felix da Cunha


perzte.

chamado dito e Veriadores se lhe dar


ser pello Juis para
por
de Almotaçe fora Ileito o
posse e juramt.0 do Cargo p.a que

dito lhe deu e debaxo delle seruir o


Juis posse juramento para

dito cargo em tudo o seru.° de Sua Magestade e


guardando

as seu direito e sendo por elle aseito asim o pormeteu


partes
fazer e dar com a execussaõ as Ordens' que se
pontualidade

lhe expedirem deste Sennado de fis este termo asinor


que que

com o dito Miguel de André, ferreira esCriuaõ da Camera


Juis
o esCreuy.

— da
Gama Bento Fellis Cunha.

E Por esta maneira Ouueraõ esta Veriaçaõ feita


por
e acabada deferindo a varias e Requerimentos
petiçoís que
mandaraõ se cumpriçe de mandaraÕ fazer este termo
que que
asinaraõ Miguel de André. Frr.a esCriuaõ da Camera o esCreuy.
— — — —
Gama Gandauo Viegas Menezes Oliur.*
— Lopes.
377

Veriadores e pro-
e
Veriaçaõ feita pello Juis
de de i7i5.
Conselho em quatorze Julho
curador do

de mil e sete sen-


dias do mes de Julho
Aos quatorze
termo em as Cazas
Villa Riea e seu
annos nesta
tos e quinze delia fizerao
Veriadores e procurador
ahi o e
da camera juis
o seguinte. ^
veriaçaõ e nella determinarão
o Capitão arcan-
o dito dia sendo perzente
E Logo em
da Re^ da
elle hera fiador
elle foi dito que
da silua por
iallo fer
hauia aRematado João
carseratre este anno perzente que
e auzeI^®
se achaua Cnminozo
e este
reira Denis porquanto
a a^ dit
que quer qu:
desta Villa se lhe seguia graue perjuizo

em tempo ^ueP"
Renda se praça pello
puzesse
este se obngauaa
de sua fiança e que por
Cumpletar o anno
visto dito
Ouuesse nella O que pello
baxa e demenuiçaõ que
asim o ouuerao p
Procurador do Conselho
Veriadores e
Juis
de man
a Renda em pergao que
e mandaraõ se puzesse
Bem
e «lies a Varia
asinou o dito f.ador
daraõ fazer este termo que
da Camera o
ferreira esCriuao
E eu Miguel de Andrade
çao

escreuy. Archangelo
da Silua v.a

Caethano de Crasto
o Alcaide
E Logo sendo perzte.
com se achaua
varias oCupaçois que
elle foi dito elle por
por que
e: faziat dexa-
oue este dezistia
exerçer o d." off.° e por
naõ podia
foçe se.u
na o Sennado
se pessoa que
delle para prouer
çao do con-
e Veriadores e procurador
Vt.° dito Juis
e sendo pello
sua dezistenç'^
bem e lhe aseitaraõ
selho asim o ouueraõ por
Andrade ferr.ua o
asinou Miguel
de fis este termo, que
que

e->Creuy. Caetano
de Crasto guimes

Rodrigues Leal por


E Logo sendo perzente Jozeph
no off.° de Alcaide
estaua provido
elle foi dito que porquanto
dar fiança na forma
o lhe hera nessessano
desta Villa para que
ao Leçençiado francisco pestanna
Ley daua seu fiador
da por
do sobredito Al-
disse ficaua fiador
sendo perzente por
o qual
como seu fiador_e pren-
da Ley e se obrigaua
caide na forma
no dito offiçio de
do fizesse e mal leuasse
çipal pagador que
de André. Ferr. es-
asinaraõ Miguel
fis este termo que
que

Criuaõ da Camera o escreuy. ,


-
T i
— Roz Liai.
Franc.0 Pestana Jozeph
378

Deferirão a varias petiçois e Requerimtos. que man-

daraõ se cumpriçe com tudo o mais nesta variaçaõ de


que

mandaraõ fazer este termo asinaraõ Miguel de Andrade


que

ferreira esCriuaõ da Camera o esCreuy.


— — —
Gama Viegas Menezes Lopes.

Variaçaõ feita Pellos Veriadores e


Juizes
Procurador do Cons.0 em 24 de de i7i5.
Julho

Aos e dias do mes de de mil e


yinte quatro Julho
sete sentos e quinze annos nesta Villa Rica em as Cazas da

Camera ahi os Veriadores e delia fizeraõ


Juizes procurador
veriaçaõ e nella averiguaraÕ o seguinte.

Deferirão a varias e requerimtos. man-


petiçois que
daraÕ se cumpriçe e asim ouueraÕ a variaçaõ feita de
por que
mandaraõ fazer este termo asinaraõ Miguel de André,
que
ferreira esCriuaõ da Camera o esCreuy.
— —
Gama Viegas Menezes Lopes.

Veriaçam feita pello Veriadores e Pro-


Juis
curador do Cons.° em 3i de de 17i5.
Julho

Aos trinta e hum dias do mes de de mil e sete


Julho
sentos e quinze annos nesta Villa Rica em as Cazas da Ca-

mera ahi o Veriadores e do conselho delia fi-


juis procurador
zeraõ Veriaçaõ e nella determinaraõ o seguinte.

Deferirão a varias e Requerimentos


petiçois que
mandaraõ se cumpriçe e asim OuueraÕ a Variaçaõ feita
por
de mandaraõ fazer este termo asinaraõ Miguel de
que que
André. Frr.a esCriuaõ da Camera o esCreuy.
— — —
Gama Menezes Oliur* Lopes.
379

e Veriadores e
Veriaçam feita pello Juis

3i de Agt.° de i7i5.
do Cons.0 em
procurador

de Agosto de mil e sete


trinta e hutn dias do mes
Aos
Rica em as cazas da Camera
e annos nesta Villa
sentos quinze
do Conselho fizerao Ve-
ahi o Veriadores e procurador
juis
nella determinarão o seguinte.
riaçaõ e ^
na desta
Mandaraõ se em pergao praça
que puzesse
*a
a delia na forma
da Agoa se trazer praça
Villa obra que quer

estaõ feitos neste Sennado.


dos apontamtos. que
Requerimtos. e man--
Deferirão a varias e
petiçois
Inteiramente de que mandaraõ
daraõ tudo se cumprisse
que
Miguel de Andrade ferreira es-
fazer este termo que asinaraõ

CruiaÕ da Camera o esCreuy.

— — — Lopes.
Gama Menezes OHur.a

e Veriadores e Pro-
Variaçaõ feita pello Juis

do em 7 de Setr.0 de i7i5.
curador Conselho

do mes de Setembro de mil e sete sen-


Aos sete dias

annos nesta Villa Rica em as Cazas da Camera


tos e quinze
delia com o fizeraõ veria-
ahi o e Veriadores proCurador
juis

e nella determinaraõ o seguinte.


çam
Almotaceis seruirem os me-r
Fizerao Eleição dos p.a

de e outubro e sahiraõ a mais votos o Cappm.


zes Setembro

Lopes digo Manoel Vissente Neues e Manoel


Manoel Vissente

se lhe desse o fo-


de Souza Serqr* e mandaraõ posse para que

e nesta forma ouueraÕ a veria-


chamados a este Sennado
çem
feita de mandaraõ fazer este termo que asinaraõ
çaÕ por que

Miguel de André. Ferr.a escriuaõ da Camera o esCreuy.

— — — Lopes.
Gama Menezes 01iur.a
380

Veriaçaõ feita Veriadores Procu-


pello Juis

rador do Cons.° em 9 de Setr.0 de i7i5.

Aos noue dias do mes de Setembro dé mil e sete sen-

tos annos nesta V.a Rica em as cazas da Camera ahi


e quinze

veriadores Procurador do Cons.° de seruem


o juis que
perzente
fizeraõ Veriaçaõ e nella-*determinaraõ o seguinte.

E Logo no dito dia mandaraõ chamar o Cappm. Ma-

noel Vissente Neues e Manoel de Souza Serqr.a hauerem


por

sahido na comferençia seruirem de Almotaçes o


passada para

mes; e o de Outubro. E sendo os sobreditos perzen-


perzente
-o
tes o dito lhe deu dos Santos Evangelhos de-
Juis juramento

baxo do lhe emcarregou seruissem o dito Cargo com boas


qual

e sans consiençias em tudo o seruisso de Sua Ma-


guardando

e as seu direito e dando a execussaÕ com pon-


gestade partes

tualide. as Ordens' se lhe expedirem deste Sennado. E


que

sendo elles aseito o dito debaxo delle asim o


por Juramento

fazer e de tudo mandaraõ fazer este termo que


pormeteraõ

asinaraõ com o dito Miguel de André. Frr.a esCriuaõ da


Juis

Camera o esCreuy.
— — Mel. de Souza
Manoel Vicente Neues Gama

Serqr.8

Requereu o Procurador do conselho se fizesse correi-

V.a asentaraõ o dito e Veriadores se fizesse


çaõ pella Juis que

em des do corrente e asim ouueraõ a VariaçaÕ feita e man-


por
daraõ se cumpriçe tudo nella determinado de mandaraõ
que

fazer este termo asinaraõ Miguel de Andrade ferreira o


que

esCreuy.
— — — — Lopes.
Gama Gaudauo Viegas 01iur.a

Variaçaõ Feita e Veriadores e


pello Juis

ProCurador do Cons.° em 11 de Setr." de i7i5.

Aos onze dias do mes de Setembro de mil e sete sen-

tos e annos nesta Villa Rica em as Cazas da Camera


quinze

delia ahi o e Veriadores e Procurador do Cons.° de


juis que

serue fizeraõ Veriaçaõ e nella determinaraõ o se-


perzente

guinte.
381

Deferirão a varias e Requerimentos que


petiçds

se cumpriçe e asim OuueraÕ a Vari&çaõ feita


mandaraõ por

fazer este termo asinaraõ Miguel de An-


de mandaraõ que
que
drade ferreira esCriuaõ da Camera o esCreuy.

—* — — — Lopes.
Gama Gandauo Viegas 01iur.a

Veriaçaõ feita e Veriadores e Pro-


pello Juis

do Conselho em 14 de Setr.0 de Í7i5.


Curador

Aos dias do mes de Setembro de mil e sete


quatorze

annos nesta Villa Rica em as Cazas da camera


sentos, e quinze
e Veriadores e do Conselho de
delia ahi o juis procurador que

fizeraõ veriaçaõ e nella determinaraõ o se-


serue
perzente

guinte.
Deferirão a varias ei Requerimentos que
peticoiá

mandaraõ se cumprisse e asim Ouueraõ a variaçaõ feita.


por

E outrosim Requereu O ProCurador do Conselho Ma-

noel Martins Lopes as Cazas digo nesta Villa ha humas


que que

se aforaraõ neste Sennado ao Padre frey Hyronimo


terras que
Pr.a foraõ aforadas com muito do bem Comum e deste
perjuizo

outrosim tem notissa o dito foreiro hauia feito


Sennado.e que

venda das ditas terras sem ter liçença do Sennado ven-


para

der como hera obrigado na forma da Ley e Outrosim o


que

de está de posse se acha fazendo subin-


pesuhidor que perzente

teutefiçaçois sem também ter liçença deste Sennado como di-

reito Senhorio he das- ditas Terras Requeria aos ditos


que que

e Veriadores mandaçem tomar das ditas terras e


Juizes posse

olarias se tinhaõ feito nas sob emfiteuticadas porquanto


que

as tinhaõ na forma da Ley falta das ditas liçen-


perdidas por

e as Ouuessem devolutas este Sennado a quem


ças por para

como direito Senhorio dellas as aforar a quem


pertencem para

lhe E Visto seu Requerimento ditos e


pareçer pellos Juizes

Variadores ouueraõ as ditas terras devolutas e mandaraõ


por

se tomase dellas este Sennado na forma que Reque-


posse por

riá o Procurador do Conselho O Requereu mais que em


qual

camera de noue de feuereiro se asentara ninguém ti-


que que

uesse a esta Camera foreira a vender sem


porpriedade podesse

tirar licença deste Senado e disto se Iditais que


que pasaraÕ

se de o do Conselho dera sua fe e que


publicaraõ que porteiro
*

382

na do dito Idi-
Rezaõ tinha Incorrido penna
também esta
por
se fizesse
os ditos e Variadores que
tal a que deferirão Juizes
do_ Conselho de que
forma Requeria o procurador
tudo na que
ouuerao a Variaçao por
fazer este termo com que
mandaraõ
como aqui se conthem
tudo se cumprisse
feita e mandaraõ que
Miguel de Andrade ter-
conthem e todos asinaraõ
Mi digo se

reira o esCreuy. T
— — Lopes.
— — Oliur.
Gandauo Viegas
Gama

Veriadores e
Veriaçaõ feita pellos Juizes

i5 de 8br. de Í7i5.
do cons.° em
procurador

de mil e sete sen-


dias do mes de Outubro
Aos quinze
de Nossa Senaora do Pil-
annos nesta Villa Rica
tos e quinze
e Veriadores e procura-
cazas da Camera ahi os Juizes
lai nas
nella determinarão o seguinte.
delia fizeraõ veriaçaõ e
dor
seruir de avalliador
Fizeraõ Eleição em pessoa para

Sebastiaõ Mosqueira a quem


do e sahio a mais votos
Cons."

mandaram passar poruimento.


Requerimtos. man-
Defçriraõ a varias e que
petiçois
Variaçao feita de que
eeán o ouuerao a por
daraÕ cumg^üT;. que
asinaraõ Miguel de Andrade
mandaram fazer este termo que

esCriuaõ da Camera o esCreuy.


ferreira
— — — Lopes.
Gandauo Menezes 01iur.a

Variadores e Pro-
Veriaçaõ feita pellos Juis

26 de 8br.° de mil e sete sen-


curador do Conselho em

tos e 1715.
quinze

dias do mes de Outubro de mil e sete


Aos vinte e seis

Rica de Nossa Senhora do


sentos e annos nesta Villa
quinze
delia ahi e Variadores e mais
nas Cazas da camera o juis
pellar
e nella deferirão a vários
offiçiais da camera fizeraõ veriaçam
383

se cumpriçem de que
despachos mandaraõ
Requerimtos. e que
de Andrade ferreira es-
asinaraõ Miguel
fiz este termo que

CriuaÕ da Camera o esCreuy.

— — Lopes.
— — Menezes
Gandauo Viegas
Gama

e Veriadores e
Veriaçam feita pellos Juizes

6 de Nouer. de i7i5.
do conselho em
procurador

nouembro de mil e sete sen-


seis dias do mes de
Aos
digo Rica em as Ca-
Villa Rica em mi
e annos nesta
tos quinze
e Procurador do Con-
ahi os e Veriadores
zas da camera Juizes
determinaraõ o seguinte.
veriaçad e nella
selho fizeraõ
dos Almotaçes dos Almotaçes (sicj
Fizeraõ Eleição
de Nouembro e dezembro
de seruir o mes
que haÕ prezente
votos Manoel dos Santos
anno e sahiraõ a mais
deste perzente
mandaraõ dar
Gomes da Silua aos quais parte
Braga e Antonio

e a este sennado.
virem tomar posse Juramento
para
a vários Requerimentos e pe-
Deferirão Outro Sim

outras mais couzas to-


lhe foraÕ aperzantadas com
tiçois que
de S. Magde. Ds. gde. -
cantes aos qtos. q'
Manoel dos bantps
E Logo no dito dia sendo perzte.
almotaçes do
Gomes da Silua Eleitos para
Braga e Antonio
deu o dos
e o dezembro a o Juis Juramento
mes quem
perzente
e Verdadeiramente seruis-
EVangelhos bem
Santos para que
mezes deClarados com boas e
cargos de Almotaçes os
sem os
o seruisso de Sua Ma-
consiençias em tudo
Sans' guardando
direito e dando em tudo Cumprimento
e as seu
gestade partes
expedirem deste Sennado e sendo por
ordens' se lhe
ns que
o fazer de fis
o dito asim pormeteraõ que
elles aseito Juramt.0
o dito Miguel de Andrade
termo asinaraõ com Juis
este que

esCriuaõ da Camera o esCreuy.


ferreira
— Gomes da
— Manoel dos Stos. Braga Ant.°
Gama

,..;J l.i TJl!£]


Silua. :

Variaçaõ feita de
esta maneira Ouueraõ a por
E por
Miguel de An-
fazer este termo asinaraõ
mandaraõ que
que
da Camera o esCreuy. .
drade Ferreira esCriuaõ
— — — Lopes.
— Viegas Oliur.®
Gama Gandauo
3S4

e Veriadores e
Veriaçaõ feita pellos Juizes

16 de nour. de i7i5.
do Cons.° em
procurador

de nouembro de mil e sete


Aos dezaseis dias do mes

em as Cazas da comera
annos nesta Villa Rica
sentos e quinze
do_ conselho ii-
os e Veriadores e procurador
delia ahi Juizes
determinaraõ o seguinte.
e comferençia e nella
zeraÕ veriaçaõ
Requerimtos. man-
Deferirão as varias e que
petiçois
veriaçam feita de que
e asim OuueraÕ a por
daraÕ se cumpriçe
Miguel de André.
este termo asinaraõ
mandaraõ fazer que

da camera o esCreuy.
Frr.a esCriuaõ
— — Lopes.
— — Viegas Menezes
Gama Gandauo

e Veriadores e
Veriaçaõ Feita pellos Juizes

desta V.a Rica em 23 de No-


Procurador do Cons.0

vembro de i7i5.

mes de novembro de mil e


Aos Vinte e tres dias do

Villa Rica em as cazas da Ca-


sentos e annos nesta
sete quinze
e Veriadores e Pro-
ahi sendo os Juizes
mera delia perzentes
si os lança-
do Conselho mandaraõ chamar parante
curador
se fazer o lançamento dos quintos
dores foraõ Ileitos para
que
Ds. os sendo todos juntos per-
de Sua Magde. que gde. quais
digo ordinário Paullo Martins
zentes o Ordinário vindo
Juis "pèrzc."
de todos lhes
elle em em (sic)
da Gama por perzença
se ao dito
e deClarado Efeito de porseder
foi dito que para
motivo de dezejaua com
lancamt.0 com Igualdade e sem quecha

milhor forma e para este


mais da Mensa se elegese a que
os
de lhes sendo comve-
sugeitando ce ao todos porpunha
pareçer
fizesse com separaçam das fre-
niente o dito lançamt.0 se
que
da de
e do a cada hum pertencia pagar quanthia
guezias que
setenta e duas outauàs de
seis aRobas e vinte e libras e
quatro
estas freguezias e seu termo na
ouro e a
que pertençe pagar
RezulçaÕ se tomou em. Junta
forma da determinação e que

devia fazer dos de Súa Má-


sobre o que se quintos
pagamento
• anno em acresseu ao do anno passado
este perzte. que
gestade
libras e setenta e duas outauas, cujo aCrêsimo
vinte e quatro
em os no anno pas-
ouue sç ajustar Junta que gados que
por
do Rio das Velhas cuja Impor-
sado se cobraraÕ na comarqua
385

tancia foi a de duas aRobas se determinou estas se Re-


que

aCressimo a todas as Villas das tres comarquas


partiçem por

e estas ficasse liure o fazer aRecadaçaõ dos


que a poderem

direitos dos nellas entraçem cuja cauza Ouue


gados que por

de aCressimo a esta Villa as vinte e libras e setenta e


quatro

duas Outauas. E sendo todos comformes o dito Lançamt.0


que

se fizesse com separaçaõ das freguezias e lotaçaõ do que a

cada huma dellas na atençaõ do lançamento


pertençia pagar

e do acressimo neste deve haver Reputando o


passado que

Rendimento dos e carregacois de fazendas secas e mo-


gados

lhada& tem dado emtrada nesta Villa e seu termo, cujo


que
Rendimento faz este lançamento que se tem Orsado pel-
para

los mezes a Respeito do Render nos fu-


passados que poderão

turos acharaõ a dita' Importancia ser a de huma


que poderá

e vinte e libras e setenta e duas outauas de ouro


aRoba quatro

abatidas do Compto de seis aRobas e vinte e qua-


que prinçipal

tro libras e setenta e duas outauas deve esta Villa


que pagar

e seu termò fica liquido se Repartir todos os mora-


para por

dores a de sinco aRobas e orsando o a


quantia que pertençe

a cada freguezia acharaõ deuer a freguezia de


pagar pagar

Nossa Senhora da Conceiçam de Antônio Dias mil sete


quatro

sentas e vinte e duas outauas a Respeito do lançamt.0 do


que

leua de abatimento sento faz a


anno passado quatorze por que

emportançia sete sentas e sesenta e outo outauas de ouro


11

A freguezia de Nossa Senhora do Pillar do Ouro coatro


preto;

mil e noue sentas e vinte e huma^utauàs a Respeito do


que

lançamt.0 leua de abatimento por sento que


passado quatorze

faz a emportançia de outo sentas e huma outaua A freguezia


f |

de Sam Bertholameu duas mil e setesentas e outenta e noue

Outauas a Respeito do lançamento leua de Aba-


que passado

timento sentas e sincoenta e outauas. A fre-


quatro quatro

de Nossa Senhora de Nazaré da Cachoeira e Itobira


guezia

sinco mil e e outenta e noue a Respt.0 do


quatrosentas que

lançamento do anno leua de abatimento a quatorze


passado

sento fas a importançia de outosentas e nouenta e


por que

outauas. A freguezia de Santo Antonio da Ititiaya e


quatro

ouro Branco mil e e outauas a Res-


quinhentas quarenta que

do lançamt.® do anno Ieuam dabatimt.0 quatorze


peito passado

sento importa duzentas e sincoenta outauas A fre-


por que |
de Nossa Senhora da Consepçaõ das Congonhas mil é
guezia
sento e e outo outauas a Respeito do lançamento
quarenta que
do anno leua de Abatimento a sento que
passado quatorze por
fas a emportançia de sento e outenta e seis outauas de ouro.
386

E nesta forma foraõ foraõ (sic) todos comformes e comcor-

des este lançamt.0 se fizesse asim ser mais comveniente,


que por

com deClaraçaõ se algum dos moradores que o focem


que
do anno em alguma das freguezias deClaradas e neste
passado

se achem moradores em outras ou de alguma das fre-


parte

se deuedisse seriaõ estes sempre lançados na mesma


guezias
freguezia AOnde hauiaõ sido moradores fazer o
para para

Couipto em a dita freguezia Vay lançada o do


que produto que
a cada hum for Repartido e asim o terem ajustado e deter-
por

minado bem comum de todos mandaraõ elles ditos


por Juizes

Ordinários fazer este termo asinaraõ com os ditos lança-


que

dores das ditas freguezias E eu Miguel de Andrade Ferreira

esCriuaõ da Camera o escreuy.

— —
Paulo Miz' da Gama P.° da Rocha Gandauo
— —
Franc.0 Viegas Barboza Maneei Dias de Menezes Franc.0

de — — da
da Costa OHur.a Mel. Miz' Lopes Mel. Gomes Sil-
— — da —
va Ant.° Martins Leça Archangelo Sylua vr.a Dos.
— —
mello de faixa Raphael Vas da Silua Telhado Syqr.a
Joam
—; —
Dos. Carualho de Barros Caetano Alz' de Araújo Do-
— — —
mingos Roiz' Neues Franc.0 Ferr.a Ant.° Gomes Lima

Ant.° da — mz' — Mel.


Costa Freitas Santos Pires de

Carualho—Joaõ Montr.0 Santiago—Franc.0 Dalmeida de Brit-


— 0
to Franc.0 da — —
Costa Rios Franc.0 Vianna Farto Franc

da Machado — —
Silua Bento Martis Marques Ant.° Dinis
— dos — da —
Costa Ant.° Reis Alz' Rocha Franc.0 da
Joaõ

Costa Tavares. vr:-

Veriagàõ feita e Veriadores


pellos Juizes

do Sennado da Camera desta V.a Rica e seu termo

em 9 de dez.0 de i7i5.

Aos noue dias do mes de dezembro de mil e sete sen-

tos e annos nesta Villa Rica em as Cazas da camera dei-


quinze

la ahi os e Veriadores e Procurador do Conselho fizeraõ


Juizes

VeriaçaÕ e comferençia e nella determinarão o segte.

Determinaraõ fazer thezoureiro Reçebeçe o ouro


que

dos esta V.a e seu termo ha de E fazendo Elei-


qtos. que pagar.

çaõ do d.° sahio a voto de todos Vellozo morador no


Joaõ

Ouro ao qual mandaraõ chamar asinar termo.


preto para
387

o dito Vellozo de Carvalho


E Logo sendo perzte. Joaõ

do conselho lhe emcar-


e Veriadores e Procurador
o dito Juiz
lhe foçe emtregue dos qtos.
reçebeçe todo o Ouro que
regaraõ
asinando termo de seu
Ordem deste Senado;
de S. Magde. por
si e seus bens' a satisfaçam
Reçebimt.0 ficando obrigado por
foi dito elle
e dito Vellozo que
de todo o dito Ouro; pello Joaõ

o Ouro dos ditos quintos que


a dar conta de todo
se obrigaua
elle no? 1.° de seu
emtregue termos asinnados por
lhe foçe por
e bens de o
obrigaua sua que
Reçebimt.0 o que pessoa
para
asinou o dito thezour.
mandou fazer este termo que
dito Juis
da Camera o esCreuy.
Miguel de André. Frr.a esCriuaõ

Vellozo de Carualho
Joaõ

se em
Logo na dita Veriaçaõ mandaraõ pozesse
E
ser Rematada antes
Renda da Afiriçam por ser percizo
praça a
logo a exerçer, cuja
de no delle compessar
Tanr.0 para principio
do Doutor Ouuidor Geral
determinaçaõ fizeraõ com parecer

desta Comarqua. .
leita e
maneira Ouueraõ a Venaçao por
E Por esta
determinado de man-
se cumprisse tudo nella que
mandaraõ
de Andrade Frr.
este termo asinaraÕ Miguel
daraÕ fazer que

escriuaõ da Camera o esCreuy.

— — — Lopes.
Gama Menezes 01iur.a

e Veriadores e
Veriaçam feita pellos Juizes

do em i7 de Dez.0 de i7i5.
Conselho
procurador

de dezembro de mil e sete


Aos dezassete dias do mes

Villa Rica e seu termo nas Cazas


sentos e annos nesta
quinze
Veriadores e do com-
da camera delia ahi os Juizes procurador

nella determinarão o seguinte.


selho fizeraõ Veriaçaõ e

e Requerimtos. man-
Deferirão a varias que
petiçois
conthem de mandaraõ
daraõ se cumprisse como nelle se que

Miguel de André. Frr.a esCriuaõ


fazer este termo que asinaraõ

da Camera o esCreuy.
— — — Lopes.
— Viegas Menezes
Gama Gandauo
388

Veriaçam feita Juizes e Veriadores


pellos
em 28 de Dez.° de \7\S.

Aos Vinte e outo dias do mes de Dezembro de mil c

sete sentos e annos nesta Villa Rica nas Cazas da Ca-


quinze

mera ahi os e Veriadores e delia fizeraõ Ve-


Juizes procurador
riaçam e nella determinaraõ o segte.

Determinaraõ abrir o os offes. ham de


pellouro p.a que
seruir o anno vem de mil e sete sentos e dezaseis e o fi-
que
zeraÕ pela forma e theor seguinte.

E Logo no dito dia sendo apergoado do


pello porteiro

Conselho ordem dos ditos Juizes ruas desta


por pellas publicas
Villa, se abria o dos offiçiais de mil e sete sentos
que pillouro

e dezaseis mandaraõ vir si o Cofre dos e


perante pillouros por

hum menino de menor hidade depois de aberto o dito cofre

foi tirado delle o ultimo nelle se achaua em-


pillouro que que
tregou na maõ do mais Velho o abrindoo achou se-
Juis qual
rem os e Veriadores do Conselho e thezou-
Juizes procurador
reiro delle os seguintes o Sargento mayor
para Juizes Jcaõ
Carualho da Silua, e o Cappitam Leonel da Gama Veria-
para
dores o Antonio Alueres de Magalhoes'; o Cappitaõ
guardamor
Domingos de Araújo dantas; Pinto da Silua. Procurador
Joaõ
do conselho o thenente Luis Sol thezoureiro de
Jozeph Joaõ
Salles de Caru.0 E asim ouueraõ aberto o dito e
por pellouro
mandaraõ se cumpriçe e se esCreuesse aos sobreditos no
para

primeiro de virem tomar e outrosim meterão as


Janeiro posse

pautas e pellouros no Cofre se fichou ficando com huma


que
chave delle o mais velho e outra o veriador mais velho e
juis
com a cutra eu esCriuaõ e de tudo mandaraõ fazer este termo

que asinaraõ Miguel de Andrade ferreira esCriuaõ da Camera

o esCreuy.
— — — —
Gama Gandauo Viegas Menezes Lopes.

Veriaçaõ feita e Veriadores e


pellos Juizes

procurador do conselho em 30 de Dez.0 de i7i5.

Aos trinta dias do mes de dezembro de mil e sete

sentos e quinze annos nesta Villa Rica em as Cazas da Came-


ra ahi os e Veriadores delia fizeraõ Veriaçaõ nella de-
Juizes e

terminarão o seguinte.
389

Doutor Ouuidor Geral desta


E Logo sendo o
perzente

no liuro dellas ao dito Sennado pro-


Comarqua fez Correiçaõ

do dito Liuro mandou cumprir por


uendo como se uerá que

estar em correiçam nesta Villa.

hauiaõ de Cobrar os
Fizeraõ Eleição das pessoas que

termo for (ma) e theor segte. ^


nesta V.a e pella
quintos
Borges e Mel. de Souza Serqr.a
o Cappm. Paullo
Que
the o asento de Donna Leo-
cobraçemlio aRayal de Ant.° Dias

doze -verço do 1.° do Lan-


nor folhas huma verço digo folhas

çamt.°
Ant.° Ramos cobraçe no morro que
Oue o Cappm.

14 v.° do d.° liuro e asento do Sar-


de fs. 12 v.° the fs.
prinçipia

mayor Archangelo da S.*


gt.°
Ant.° Martins Leça cobraçe no Ouro
Que o Cappam.

bueno.

Antonio Fernandes cobraçe no padre


Que o Cappitam

Faria e Bom Sussesso.

Frg.a do Ouro preto

da Sylua e Pires
o Cappam. Manoel gomes Joaõ
Que
Ouro Em lugar dos
Duarte cobraçe todo o aRayal do preto.

dos. o Alferes Pires Vianna.


Jozeph
Netto cobraçe da Fazenda de Vianna
Antonio
Que

trepuy. Em seu lugar Ant.° da Silua.


the o
cobraçe no Rodeyo da
Montr.0 Santhiago
Que Joaõ
lugar da Cunha mor. no mesmo Ro-
Ititiaya. Em seu Siniaõ

deyo.

d.° Montr.0 Santhiago cobraçe no capaõ


Que o Joaõ
da Rocha Barboza em lugar do d.°
do Forno. Francisco

Ant.° da Costa de Gouueya cobraçe


o Cappam.
Que
das campinho the o fim do Lançamt.0
ouro Rio pedras
podre

Freg.a de Sam Bert.tím

Manoel de Mattos cobraçe do


Que o Cappm. prinçi-

do Lançamt.0 athe Manoel da Costa.


pio
Antonio Ribr.° Franco e o Alferes Macha-
Que Joaõ

do cobraçe athe Manoel Giz' Pego.

Belthezar Frz' Sargedas cobraçe o mais deste


Que

Lançamt.0 the o fim.


390

Frg." da Cachoeira

Que o Cappam. Simois Roza cobraçe athe


Jozeph Ja-
cinto Ribr.°

Que o Cappam. Ant.° Antunes tranquilha cobraçe o

mais do lançamt.0 the o fim.

Frg* das Congonhas

Que cobrara Pedro da Silua toda esta freguezia.

Ouro Branco

Que cobraria o Alferes Domingos Moreira toda esta

freguezia.

Itatiaya

Que cobraria toda esta freguezia Bertholameu Fialho.

Itaubira

Que cobraria toda esta freguezia Vallerio Pinto.


E Por esta maneira Ouueraõ
por nomeadas as pes-
soas hão de cobrar o Lançamt." dos
que quintos intenderem
por
ser capazes e mandaraõ se
que passassem ordens' com o que
a cada hum dos nomeados toca na forma deClarada
para que
logo cobrem metade de sua importançia e a outra metade no
termo de tres mezes e asim ouueraõ a variaçaõ feita de
por
que mandaraõ fazer este termo
que asinaraÕ Miguel de André.
Frr.a esCriuaõ da camera o esCreuy.

Menezes — — —
Gama Gandauo Viegas —
01iur.a

Lopes.
ÀNNO DE 1716

— da Silva, Leonel da Gama.


Juizes: João Carvalho

— Magalhães, Domingos de
Antonio Alves de
Vereadores:

Araújo Antas, Pinto da Silva.


João

—^José Luiz Sol.


Procurador do Concelho:

— Salles de Carvalho.
Thesoureiro: João
Informação sobre alguns da Bibliotheca Nacional
periodicos

por

CASSIUS BERLINK

(Director da Secção de Publicações Periódicas)


Informação sobre alguns da Bibliotheca Nacional
periodicos

por

CASSIUS BERLINK

da Secção de Publicações Periódicas)


(Director

Foi com accentuada hesitação nos resolvemos a


que
"Annaes
contribuir o volume dos da Bibliotheca
para presente

Nacional". Neste monumento, erigido eminente e vene-


pelo

rando Ramiz Galvão, honra da cultura brasileira, deixaram

trabalhos indeleveis Capistrano de Abreu, Valle Cabral, Tei-

xeira de Mello, e tantos outros nomes illustres. Pareceu-nos

ousadia firmar o nosso no mesmo Annuario em fulguràram


que

aquelles; mas, outro lado, era também dever de officio fazer


por

alguma cousa representa as tradições e o


pelo periodico que

esforço desta Casa. Examinadas com attenção algumas publi-

cações fazem do nosso opulento acervo, e interes-


que parte que

sam ao Brasil, entendemos constituir com esse exame a ma-


"Informação".
teria da nossa Não encontrarão os lerem,
que

cousas relevantes, mas talvez lhes deparem nugas curiosas no


"hemeriotheca",
domínio da hemerotheca, ou da conforme o
"Jor-
vocábulo cunhado Dr. Ramiz Galvão, na sua carta ao
pelo
"A
nal do Commercio", em 16 de de 1935: de
Janeiro proposito
Hemerotheca". Cousas curiosas no sentido restricto da
(1)
nossa ás vezes não são assim maioria;
profissão julgadas pela
mas não temos intenção de bordar themas literários, e, assim,

permaneceremos em os nossos arraiaes.


"Gazeta
a do Rio de foi o primeiro
Que Janeiro" pe-
"Idade
riodico impresso no Brasil, e a D'Ouro"... o segundo,

tem sido dito e repetido; e ainda o lemos recentissimamente na


"Jornal
interessante synthese no do Commercio" de
publicada
domingo, 9 de Fevereiro de 1936, da lavra do bom conhecedor
"Eda-
Dr. Mario A. Freire. Apenas nesta synthese está escripto

de de Ouro", talvez um lapso de impressão, o titulo


por quando

(1) Ver também: Hemereotheca, communicado ao Jornal do Com.'


mareio, de 4 e 5 (terça-feira) de Fevereiro de 1935.
396

"Idade
exacto do bi-hebdomadario é D'Ouro do Brazil", con-

forme os exemplares existentes na Bibliotheca Nacional, e a

reproducção do 1.° numero, existente apenas


photographica
"Genese
no Instituto Historico, occorre na e Progressos
que
da Imprensa Periódica" Dr. Alfredo de Carvalho", no
pelo
"Revista
tomo especial da do Instituto Historico e Geogra-

Brasileiro". -1908.
phico Parte I
"Idade
de Ouro" o chamam os se oc-
geralmente que
cuparam do assumpto, como Veríssimo, no 1.® volume do
José
Livro do Centenário em Rocha Pombo, Historia do
(citado
"7
Brasil, vol. IX), o diz foi em de
qual que publicado Janeiro
"14
de 1812", sahiu dos em de Maio de 1811",
quando prelos
conforme se vêr na reproducção a allu-
pôde photographica que
dimos. —

Confiou o autor em informações que


provavelmente
reputou abalisadas, sem examinar o documento. Isto
proprio
é até certo natural, só nunca teve necessi-
ponto porque, quem
dade de recorrer a archivos e bibliothecas, é não sabe os
que
obstáculos se deparam, e ás vezes anullam uma serie
que que
de esforços tenazes uma verificação.
para
"Gazeta
A do Rio de sahida a 10 de Se-
Janeiro",
tembro de 1808, continua a ser o impresso no
primeiro jornal
Brasil, apesar da tentativa feita Dr. Hermeto Lima, no
pelo
"Jornal
do Brasil" de 10 de Setembro de 1935, demonstrar
para
ao contrario. ("O do Rio",).
primeiro jornal
Diz o distincto articulista:
"A
-
primeira publi-
cação com feição de nasceu no Rio de ap-
jornal que Janeiro
13 de
pareceu a Maio de 1808,
quatro meses antes de ter
saido a
"Gazeta "Relação
do Rio de e tinha titulo dos
Janeiro", por
despachos na Corte expediente da Secretaria
publicados pelo
de Estado dos Negocios Estrangeiros. Saiu da Impressão Re-
"Gazeta".
de onde também saiu a
gia

Justificando a sua opinião continua:


"A "Relação
dos des-

pachos" durou até 1815 e não tinha dia certo sair. Durante
para
toda a sua existencia foi 22 vezes. Saía sempre
publicada quasi
nas datas festivas da família imperial. Assim é foi
que publi-
cada nos anniversarios de D. VI, da rainha D. Maria I,
João
-Príncipe "Dir-se-á
do da Beira e da
Princesa Maria Benedicta.
"Relação
(prosegue) que a dos despachos" não era
própria-
mente um mas mudar-se-á de idéia, sabendo-se com
jornal, que
397

"Relação",
esse nome de appareceu em Portugal, em 1625 a

com feição de Chamava-se Relaçãi


primeira publicação jornal.

Universal do succede em roriugal e mais do


que provincias

Occidente e Oriente".
"Alem
disso, em Strasburgo, havia esse tempo
por
"Relation
um com o nome de Aller Furnemmen und ge-
jornal
denckwurdgen Historien". Em Madrid, havia também outra
"Relacion
denominada o Gazeta de alcunos casos
publicação

tanto como militares succedidos en Ia


particulares, políticos
"Isto
mayor dei mundo". tudo faz crer o ter-
parte posto que
"Relação"
mo era naquelle tempo dado ao hoje chamamos
que
"jornal"
nada mais é, afinal, senão a relação dos fatos
que
dono: —
do dia. Portanto o seu ao seu O primeiro periodico
"Gazeta
nesta cidade, não foi a do Rio de
publicado Janeiro"
"Relação
mas sim a dos despachos".

A de Strasburgo a se refere o autor


publicação que

do artigo, deve ser a descoberta Opel, na Universidade de


por

Heidelberg, em 1876, und Gedenckwurdigen


(Fuernehmmen

Historien), 52 números, do anno de 1609.


"Relação"
É' muito razoavel suppor o termo fos-
que
"jornal;
se dado ao hoje chamamos mas não é tão logico
que

comparar o feitio desta no século 17 com o de um


publicação
"Relação
do século XIX. Surgida a dos despachos"
periódico
"Correio
entre a data em se o Braziliense", de
que publicou (1

de 1808) em Londres, e a Gazeta do Rio de (10


Junho Janeiro

de Setembro de 1808!), apresenta-se dom um aspecto intei-

ramente diverso daquelles mostrando claramente não


jornaes,
"gazeta",
ser um na accepçãc synonyma de mas,
periodico,
"uma
muito, o é cousa
quando publicação periódica", que

muito diversa.

Para se não argumente com o atrazo da cultura


que

da ex-colonia, na epcca, a corte de D. VI


ponderamos que João

ia dotar o Rio de de todo o apparelhamento adminis-


Janeiro

trativo e intellectual constituia a cultura na


que portugueza

época; e o em Lisboa, embora atrazado no


que periodismo

momento, não era constituído de boletins, onde só fossem re-

decretos nobiliarchicos, ou medidas de caracter ad-


gistrados

ministrativo apenas.

á feição do em Portugal, nos diz


Quanto jornalismo

Mendes dos Remedios, referindo-se aos do século XVIII:


"Mas
avaliar o eram taes basta dizer-se que
para que jornaes

a espantosa catástrophe do terremoto de Losboa em 1755 é


398

Lisboa, 6 de novembro
linhas apenas, assim:
contada em seis
memorável a to-
do corrente ficara
de 1755 O dia primeiro
e incêndios arruinaram
terremotos que
dos os séculos, pelos
mas tem havido a felicidade
desta cidade;
uma grande parte
da fazenda real e da maior
nas ruinas os cofres
de se acharem
mês outras oito linhas
E a 13 do mesmo
dos
parte particulares.

e nada mais. ,
depois de 1820,^ e o
as idéas liberais, que jor-
Só com
.(H>stona da Litera-
se e se engrandece.
nalismo propaga
edição, 1930 345).
tura Portuguesa. .. sexta pag.

e tomando hypothese
Mesmo com essa citação, por

do século XIX em
logo no. começo
exactamente o periodismo "o
encontra-se commentario,
nas condições referidas,
Lisboa,
um elementar
opinião do redactor", julgamento
a opinião,
decreto, a ordem re-
a nota official, o
do facto, e não apenas
"ACTA
de DIURNA" transplantada para
uma especie
gia, "Relação
dos despachos
. . examinou a
o século XIX. Quem
ter outra impres-
Bibliotheca Nacional, não pode
existentes na
'
Gazeta do Kio
mesmo com a elementar
são, ao confrontal-a
em de um boletim,
não seja estar presença
de Janeiro", que
talvez, com boa vontade, Publi-
de um méro boletim official,
um Diano Oi-
não ser nem mesmo
cação periódica", (visto
da serie e outros cara-
ausência de numeração
ficial" pela
"periodico", do
no sentido jor-
de mas nunca
cteristicos jornal),
hebdomadário, ou mensario.^
nal, diário,
gazeta,
da Bibliotheca Nacional (Secçao
Em a nossa Secção

de saem
temos uma infinidade publicações que
de periodicos)
como os an-
em fixos, regularmente, periodicamente,
prasos
orçamentos, e que
mensagens, relatorios,
nuarios, boletins,
"periodismo" aqui
o ou jornalismo, geralmente
nada tem com
"Imprensa".
chamada
apenas lixar
divagações fizemos são para
Essas que

as idéias sobre o assumpto.

no Brasil, foi, ^
O segundo jornal publicado p?1",0
especialidade, a
trabalhos sobre a
o tem repetido numerosos
o rigor da informa-
"Idade Brazil". Convém, para
D'ouro do
como se le no pe-
o titulo exactamente
que seja gravado
ção,
399

"Idade "Edade
de Ouro", e de Ouro",
riodico. E' abolir
preciso
a meude, não dá a impressão verdadeira
se encontram pois
que
do cabeçalho do jornal.
duas collecções deste a
Conhecemos apenas jornal:

Bibliotheca Nacional, e a do Instituto Historico.


da
"Instituto" "único
o numero 1" conhecido
Possue o

Typographia de Manoel Antonio


deste sahiu da
jornal, que
cidade da Bahia. Publicado l.a vez em
da Silva Se^va, na pela

de 1811, foi, affirmam, até 1823. E' o primeiro


14 de Maio (1.)

da Baldia.
jornal
figura o seu numero é mais
A serie onde primeiro

numerosa do a da Bibliotheca Nacional.


importante e mais que

dos annos de 1811 1812 em


e dois volumes encaderna-
Consta
"Thereza
dos, e faz da collecção Christína" da quasi
parte

instituiç^p fundada da
secular e benemerita por Januario

vae do n.° 1 ao 67; este em 31 de


Cunha Barbosa. O 1.° volume

de 1811; ao 2.° falta o n.° 1; e vae do n.° 2 de 7 de


Dezembro

de 1812 ao 104, em 29 de Dezembro de 1812.


Janeiro
Nacional, no tempo da do
Na Bibliotheca publicação

constatavam-se apenas dois


Catalogo de Cimelios (1885),

um de 1814, e outro de 1816. Hoje, fazem parte


exemplares:

44 numèros, entre 1812 e 1818, havendo nu-


do nosso acervo

. merosas lacunas.

antigo é o 15, de 21 de Fevereiro de 1812;


O'mais

é 92; de 20 de Novembrro de 1818. Per-


o mais adiantado o
"Collecção
todos Benedicto Ottoni", e não es-
tencem quasi a

tão encardenados. Estado de conservação, bom.

"Minerva da
A Brasiliense" 5140 do Catalogo
(n.°

do da Bibliotheca Nacional) é
Exposição de Historia Brasil

appareceu de 1843 a 1845.


um interessantíssimo que
periodico
Minerva Brasiliense, de Sciencias,
Tinha titulo Jornal
por _
uma Associação de Litteratos".
Lettras e Artes, publicado por
"Catalogo",
diz o referido e
Esses literatos conforme

chamavam-se: Domingos Gon-


se vê no mesmo periodico José

Francisco de Salles Torres Homem,


de Magalhães,
çalves

— Bahia — 1811-
_ de Carvalho Annaes da Imprensa da
(1) Alfredo
1910.
400

Ribeiro, Francisco Pinheiro Gui-


Francisco Bernardino José

da Maia, Caetano da
marães, Emilio Silva Joaquim
Joaquim

Silva, Noberto de Sousa Silva.


Joaquim
"Ostensor
do Brasileiro", era uma
Apesar da critica

mantida com cs maiores sacrificios.


preciosa publicação,
conhecíamos a mais incom-
Das tres collecções que
"pleta 15
Historioo, onde o ultimo numero é de
era a do Instituto

do n-.° 1 de Novembro de 1843)


de Outubro de 1844, indo (15

ao n.° 24. a

a collecção da Bibliotheca Nacional


Suppunhamos

de 1845; e uníca completa a do


terminando em 12 de Junho

até de 1846; mas nos enganavamos.:


Itamaraty, que vae julho
o trabalho ficou ave-
Com as pesquizas para presente
"Minerva"
se achava no fichario da sala
riguado o fim da
que
o começo se encontrava no catalogo
de consulta,ao passo que
"Reservado". ficou no
do Assim se integrou a collecção que

exemplares raros e A numera-


local destinado aos preciosos.

de 1844 até 12 de de 1845 é


de 15 de Novembro Junho
ção
1, 3, 5, 7, 9, 11, dando a impressão de
singular: vemos a serie

o n.° 12. examinar os trabalhos que


falha; e segue-se Quem

O exemplar integral do
traz verá está completa. periodico
que
volumes em formato in-4.° e dois
deve constar de tres grandes,

de 8.°, mas com a marcação de 4." em


de formato apparente

todos os cadernos.
quasi
em milímetros tomadas* na
As dimensões primeira

formato in-4.° 273 x 204; os de for-


são: volumes de
pagina
estado de conservação o nosso
mato in-8.° 213 x 135. Bom
"Minerva
volumes a Brasiliense
exemplar. Nos dois últimos
"revista",
termo occorre
torna-se mais accentuadamente que

Augmenta o numero de
accidentalmente no proprio periodico.

data e a numeração da serie. Em um


desapparece a
paginas; "8
descobre-se uma data: de
trabalho sobre botanica Julho

lança clarões mais vivos.


de 1845". A luz se ia extinguir'
que
volumes são A elles se
Estes dois últimos preciosos.
"Historia
do 2.° vol. da sua da
Arthur Motta a 290
refere pag.
"Bibliotheca
o titulo Brasileira"
Literatura Brasileira" sob

Brasiliense; mas é não


sob o da Minerva preciso
patrocínio
"Minerva".
de vista é a própria
perder que
"Minerva" "Bibliotheca
a a Bra-
A começa publicar
da revista. São trabalhos
sileira", é a matéria principal
que
ao Brasil. No volume IV
de brasileiros e de traducções referentes
"Cartas 7). O vene-
as Chilenas" apenas
encontramos (ahi
401

"Minerva"
manuscripto á lhes deu
rando ancião confiou o
que
"Tenho
de nestes termos: motivos para
um attestado autoria

o Dr. Thomaz Antônio de Gonzaga he o autor


certificar que

Chilenas. Francisco das Chagas Ribeiro".


das Cartas

disso, Caio de Mello Franco, na sua obra:


Apesar
"O Obse- —
Inconfidente Cláudio Manoel da Costa O Parnazo
"Cartas —
Chilenas" que a autoria
e as (1931) provou
quioso
"Villa
de Rica". Resolveu a definitiva-
cabe ao autor questão

diz Rodolpho Garcia, em annotação á Histo-


mente, conforme

de Varnhagen, 3.a edição integral, tomo


ria Geral do Brasil,

425.
quc.rtó, pg.
"Uraguay",
tomo IV occorrem: de
Ainda no José
"Do
Basilio da Gama, em 1845; Estado Conjugai",
publicado
de Sousa Nunes Político-
de Feliciano Joaquim (Discursos

Moraes).
"Literatura
No tomo V destaca-se: Romantica da

— de Norberto de Sou-
Poesia Popular" contribuição Joaquim

collaboração de Antônio Francisco Dutra e Mello


sa Silva; e a
"Huma "A
Visão" trechos de Noite", notável.
prosa; poesia
"Inspira-
Dutra e Mello a das
promette publicação

ções poéticas".
E' nome de relevo em a nossa literatura o do
poeta

lutador, fallecido exhausto aos 23 annos de idade, e deixando

um sulco luminoso.
"Historia
Temos lido na da Litteratura Brasileira"

de Sylvio Roméro, Luiz Francisco da Veiga lhe dedicou


que

excellente estudo. O eminente sergipano destaca Dutra e Mel-

lo singularmente. Foi com ouvimos em fins do anno


praser que

o Dr. Luiz Phelippe Vieira Souto communicar, em


passado

uma das suas interessantes conferências literarias que tinha

a um trabalho completo sobre Dutra e Mello, calcado


publicar
em numerosos documentos originaes. Será uma con-
preciosa

tribuição a nossa cultura intellectual.


para

Vamos encerrar as nossas considerações sobre a Mi-

nerva transcrevendo a sua despedida do Reconhece-


publico.

mos monotono o leitor ler largas transcripções, mas, re-


para

vae escripto não é literatura, nem recreio de


petimos, o que

espirito: é contribuição bibliographica, e arida, ainda


portanto

talvez util algumas pesquizas:


que para
"Aos
nossos assignantes:

Com este volume assim cumpre ch^mal-o, por


(que

conter a matéria de tres ou mais números,) termina o terceiro


402

"Minerva
anno da Brasiliense". emprehendemos con-
Quando

tinual-a com a neva serie deste modo acaba, não


que previa-
nios as contrariedades deviam transtornar as nossas com-
que
binações e utilisar os esforços da nossa boa vontade, e desejo

de certa fôrma a maxima illustração e licito


promover por o
recreio das dadas á leitura. Promessas nos foram fei-
pessoas

tas de artigos deviam satisfazer a huma das necessidades


que

literarias da época e do novos assignantes, auxílios de


paiz,
toda especie, e fatalidade em ccusas ou cousas inútil
por que
seria assignalar, esses artigos tão esse auxilio
preconisados,
e animação de todos os ficarão ahi no mundo dos
generos, pos-
siveis, na vontade indeterminada e somente deliberativa de
"Mi-
quem tanto nos fazer. Em taes circumstancias a
quiz
nerva" deve retirar-se e deixar o campo a mais hábil ou
quem
mais feliz, a missão de
podesse preencher propagar luzes. Não

todavia fazel-o sem de algum modo indemnisar


quiz procurar
aquelles dos seus assignantes subscreveram annualmente
que
da teriam se ella cedesse desde logo. Pouco
perda que temos
que
dizer sobre o conteúdo das tres series ficão
que publicadas: a
"Minerva
Brasiliense" merece benevolencia e encomios a muitos

e muitos sábios nacionaes e estrangeiros, consignou variada e

amena literatura, erudições de mais de um e finalmen-


genero,
te deo o exemplo abrindo nova estrada atravéz dos abrolhos. ..

Oxalá que outros mais felizes o explorem...

Antes de terminar estas linhas, he nosso dever


poucas
fallar de uma mal soante, heterodoxa, digamos
proposição as-

sim, e temeraria, no conceito dos em S. M. o Imperador re-


que
conhecem, louvam e exalçam o mais egregio e munifico Pro-

tector das letras, das artes e das sciencias. No precedente nu-

mero, tratando da composição épica consagrada In-


grande ã
dependencia nosso amigo o Sr. Teixeira diz
pelo e Sousa, o

autor do artigo a alludimcs, ou dizer, esperando


que parece que
o poeta alento e auxilios menos indirectos, nada
pelo alcançou
do favor imperial, e ahi temer a sorte de
pode Camões, igual-

mente desfavorecido "opi-


reis de Portugal. Como a nossa
pelos
nião" a respeito do alto M. dispensa
patrocínio que S. ás letras,

e ás corporações scientificas está exarada nos nossos discursos

proferidos no Collegio Imperial Pedro II, e de um modo sobeja-


mente explicito; como essa opinião é diametralmente opposta

a precitada, só inadvertencia consentir na impres-


por pedíamos
são de artigo semelhante. Não he de crer
que quisessemos com-

de dar a hum
prometter-nos proposito para publicidade para-
403

doxo desta laia, afflictiva annuncia a pobreza,


pregiiecia que

hospital e morte de Camões, a hum amigo, no momento em que

as suas obras circulam e seus amigos se associam com


quando

elle em emprezas ccmmerciaes"

"Ostensor
Tratemos agora um do Brasileiro",
pouco
"Minerva
mais ou menos nos moldes da Brasiliense" e que teve

menos vida, falecendo dcs mesmos males. Publicou-se de 1845

a 1846, sahindo aos sabbados. O seu sobre o colle-


julgamento

ga desapparecido foi o seguinte:

"O "Minerva
numero da Brasi-
primeiro

liense" desagradou-nos; não de fallar dos mortos,


gostamos

assim é o numero desagradou-nos,


porem preciso; primeiro

mostrava clara e distinctamente não a falta


porque preencher

em estavamos de um seu foi mal


que jornal popular; plano pen-

sado, ou mal executado e essas trinta deviam certa-


paginas

mente aborrecer os leitores foram escriptas, era


para quem

muito alimento estomagos fracos, e era muitissimo forte


para
"
o alimento...

"Ostensor
O Brasileiro" luctou contra a mesma falta
"Minerva".
de recursos da E' um interessante, illustra-
jornal

do com algumas lithographias cujo desenho e execução lhe eus-

taram sacrifícios, dissabores e atrazos de


publicação.

A folha de rosto do successor no do


genero, jornal
"Reservado" "Ostensor
extineto, 110 exemplar do 1, 1, 11, diz:

Brasileiro." Collecção de Producções originaes em e ver-


prosa

so sobre aspectos pertencentes á historia e geographica


política
da terra de Santa Cruz Vicente Pereira de Carvalho Gui-
por
marães e Moreira. Ornado com numerosas gravuras.
João José
"Rio
de A' venda em casa de Eduardo e Hen-
Janeiro.
rique Laemmert".

Não occorre data.

O frontispicio lithographado, com figuras allegoricas,

e um oval no 2.° com uma vista da entrada da bahia do


plano

Rio de traz os dizeres mais ou menos constantes do


Janeiro
"Catalogo
n.° 5163 do nosso da Exposição de Historia..

litterario e Vicente Pe-


jornal pictorial publicado por

reira de Carvalho Guimaraens e Moreira 1845-1846.


João José

com est. B. N.)


(in-4.°

Os números não têm data.


"Reservado"
A Bibliotheca Nacional no seu 4
possue
"Ostensor,
exemplares do mas não são exactamente iguaes. O
404

exemplar 1, 1, 12 não tem folha de rosto, mas conserva a de


frontispicio, com o titulo transcrevemos,
que já e mais a indica-
"Lith.
ção: Ludwig & Briggs".

No 1, 1, 13 o n.° 1 começa na 7 e
pg. termina na 410,

quando o exemplar completo tem 416 Occorre


pg. ainda no mes-
mo uma nota a lápis "Parece
(alem de outras a tinta) dizendo:

que este exemplar se em 1846.


publicou Vid. 378, artigo
pag.
Oração, onde se encontra esta data". A data a se refere a
que
nota é: 7 de Março de 1846: e vê-se a falta faz ao volume
que
a folha de frontispicio, onde está impressa a data claramente,
1845 - 1846, como vimos.

O exemplar localisado em 1, 1, 14 não tem frontispicio
nem folha de rosto.'

O facto mais interessante occorrente nestes exempla-


res é o seguinte: dos terminam
que normalmente com o seu in-
dice alphabetico de matérias, e se encerram
pela palavra
Fim destaca-se 1, 1, 11, "Fim"
o no abaixo da
qual, palavra
"Observação,
occorre impressa uma
que constituindo interes-
santíssima variante" bibliographica, é de valor
grande para
quem pesquiza. Vamos transcrevel-a, conservando disposição
a

própria.

"Observação

"A
Redação do Ostensor Brasileiro, obrigada
por
varias circumstancias, teve suspender
que a do seu
publicação
Periodico, achando-se
portanto completa esta Obra com os 52
números contidos no volume.
presente

Typ. do Ostentor Brasileiro.

Rua de Santa Theresa, 86".

Ora, no fim do volume


(1846) podemos ler uma apre-
cíação do estado
da revista, as difficuldades
que encontrou
"Minerva"),
"o
(como a e estas decidirá
palavras: publico se o
Ostensor deve continuar ou não. As subscripções o 2.° vo-
para
lume continuam a receber-se em casa dos Srs. Agostinho de
Freitas Guimarães... e Paula Brito. Sahírá á luz sob novas
condições "
que levamos declarado...

Quem estudar um assumpto


qualquer da época,
que
dependa dos seus
jornaes, gazetas e revistas, e seguil-o
precise
em uma ordem lógica e chronologica terá necessidade de ficar
certo si determinadas
publicações que assim acabam, estão com-

pletas. Si accaso não-existirá a continuação


por em outras bi-
bliothecas e archivos. O
pesquisador que precisasse seguir um
405

exemplo a collaboração completa de Dutra


assumpto, como por

Mello naquelle esse, começando a no Instituto


e jornal, pesquiza

á Bibliotheca Nacional, e teria talvez de


Historico, passaria

completal-o na Bibliotheca do Itamaraty antigamente, antes da

integração do exemplar.
"único
do Ostensor lhe na mão, o
Si no caso pusessem
"Observação,"
exemplar" da Bibliotheca Nacional tem a
que
seu tempoprecioso em
elle não se cansaria, ou não perderiao

logares. Departamentos ou particulares que


outros públicos
são raros. Ha casos em
collecções de antigos
possuam jornaes
a consulta só é a não
existindo esses possível quem
que jornaes,

faça outra cousa.


"Luz
Outro interessante é a Brasileira".
periodico
"Catalogo
da Exposição de Historia
N.° 5122 do nosso

de a uma interessante informação fir-


do Brasil", serviu objecto

a não temos o de co-


mada pelo Sr. Sylvio Cravo, quem prazer

dedica aos assumptos nos interessam r.


nnecer, mas que que
"Controvérsias
O seu trabalho bi-
mais intelligente attenção.

do Commercio de 6 de Outubro de 1935),


bliopraphicas" (Jornal
no terreno da
trouxe-nos uma achega interessante particular

do mais. Revelou a existencia de um n.° 90


hemeriotheca, alem
"Luz de findo o
da Brasileira", 6 meses depois jornal,
publicado
numero consta da collecção
e não possuirmos; que
que parece

completa o Sr. Sylvio Cravo possue.


que

do Catalogo acima citado diz:


Cem effeito o n.° 5122
"O e ultimo &*) de
n.° 1 é de 11 de Setembro de 1829, o (n.°

15 de Setembro de 1830".

Pedimos venia ao autor da curiosa nota bibliographi-

o trecho reproduz, e o que parece


ca transcrever que
para
"Ao 89
respeitável Publico Brasileiro" (n.°
não possuirmos:
"as e
de 15 de Setembro) continuadas moléstias, precisões

necesãario, experimentei, sem remédio, quasi


falta do que

a despeza da folha, e outras misérias, que por


diariamente;

todas estas razões são motivo- mais


vergonha minha omitto;

continuar a honrosa missão de de-


sufficieníe não poder
que para
de minha Patria, o malfadado Brasil'*. O
fender os Direitos

fecho não conhecemos é o seguinte:


que
"Outra
vez toma seu clarão ainda que por pouco
"Luz tanto
tempo a Brasileira", esse temível que
papelucho

vampiros sangui-sedentos, só
odiavam os mochos, ou que

amam as trevas".
*06

Como diz o revelador desse numero desconhecido,


"Luz "os
a Brasileira" era contra Negros Absolutistas Reco-

lonizadores, Inimigos do Brasil", e o seu o pa-


proprietário

triota Silverio Marianno de Lacerda.


Quevedo

Contamos na Bibliotheca Nacional um volume in-

completo do em apreço, e outro vae até o nume-


periodico que

ro 89. Não se affirmar a inexistência do 90, em1-


pode jornal

bora desconhecessemos. Ha duas livrarias ainda não es-


que

tão incorporadas ao catalogo a Bibliotheca Fluminense e

a Colleção Guinle, esta organisada pelo grande bibliophilo

Francisco Ramos Paz, e comprada e doada á Bibliotheca Na-

cional familia Guinle. Parece ter cheg&do o momento


pela

em esta incorporação se vae fazer. Nestas livrarias ha nu-


que
merosissimos volumes de e exemplares commemorati-
jornaes,
vos preciosos. E' bem que entre esses pericdicos sur-
possivel

ja o n.° 90 da Luz Brasileira.

Alem disso a separação dos revistas, etc.,


jornaes,

realisada occasião de se crear na Bibliotheca a Secção de


por
Periodicos, em substituição da de Numismatica
que passou para

o Museu Historico n.° 15.670, de 6 de Setembro de 1922)


(Dec.

ainda se continua a fazer.

Da Secção de Impressos, onde estavam incorporadas

as antes de 1922, continuam a vir


publicações periódicas jor-
naes vão sendo remettidos a se encontram,
que proporção que

mais uma nós de o


portanto probabilidade para possuirmos

n.° 90. Os 104.314 volumes encontrados em a nossa


precioso

secção na ultima contagem summaria de 1934) se vão


(Maio
singularmente accrescendo.

Até aqui temos tratado dos anatômica-


periodicos,
mente, se nos a expressão. Com elles á vista, es-
permittem
"Compi-
calpelando-os. O mesmo não fazer com o
poderemos
lador Mineiro". Não temos esse á mão.
jornal
A elle se ou se uma controvérsia que
prende prendia
"Revista
não tem mais motivo de ser. Tendo a do Instituto

Historico" no tomo consagrado á Exposição Commemorativa

do Primeiro da —
Centenário Imprensa Periódica no Brasil
"Parte
1908 I", reproduzido o 1.° numero
photographicamente
desse é de 13 de Outubro de 1823, e sendo o 1.° nu-
jornal, que
"Abelha
mero o da do Itacolumy" de 12 de de 1824
Janeiro
estava morta a questão de Entretanto, diri-
prioridade. para
mil-a não isto. Está claramente resolvida no
precisava primei-
"Abelha
ro numero da mesma do Itacolumy", e admira
que José
407

"A — "Livro
Imprensa" do
em 190Õ, 110 seu trabalho
Veríssimo
do Brasil, dissesse, a 63
Centenário" da descoberta pg.
(4.°)
"Da 14 de
Officina Patrícia, sahiu em Ja-
da sua Memória:

mineiro negrito é nosso):


neiro de 1824, o primeiro jornal (o

Pombo, como falámos, e


cousa foi repetida em Rocha já
que

outros autores.

"Abelha completa
A de Itacolomy", cuja colleção pos-

do 2.° volume, resolve no seu


suímos, faltando apenas a l.a pg1.

logo de inicio, essa duvida, nos termos que


numero,
primeiro
"Trabalhar a mais im-
o bem hé
vamos citar: para geral

e a Religião impõe ao ho-


obrigação, a Natureza
periosa que
dever e a instigação
mem na sociedade. Este principalmente,

zelosas da ordem e prosperidade publica


de algumas pessoas
a redacção da folha substi*
nos forçarão a emprehender presente

ao Compilador Mineiro, cujo


tuindo com notável desigualdade

tanto imcommodo de saúde, como occupa=


illustre redactor, por

louvável, empenho de um Estabelecimento


do no e patriotico

no Paíz, deixou de continuar tio seuí


de necessidade
primeira
Isto só o
tão bem começado trabalho..." posto, parece que

trazer á baila tanto tem-


desconhecimento do jornal podia pôr

ássumpto tão fácil de resolver. ..


po

de chegou ás nossas mãos


Em um retalho jornal que
"A.
no se lê apenas N." no centro;
sem data, e qual (...),
"A
E S", tivemos uma interessante infor-
e a esquerda (...)
"O
de Sandoval Campos, tem titulo: pri-
mação que por

em Minas Geraes". Diz o artigo:


meiro jornal publicado
"Sob
o titulo acima
"Minas
de nas columnas do Ge-
estampei a 25 Abril passado,
commentario relativamente á
raes", de Bello Horizonte, ligeiro
"Compilador apa-
fundação do Mineiro", primeiro periodico

1823, conforme o documento de maior


recido em Villa Rica, em

segurança conservo em meu poder.


que

tive conhecimento informa-


Só agora entretanto por

um amigo, de illustre confrade


vagamente prestada por que
ção
a da-
do Rio contestára, aliás cavalhereiscamente, prioridade

citando o titulo de outra folha que, primeiro,


quelle periodico,
na antiga de Minas Geraes. Por mais
teria apparecido província
desfeito esta controvérsia amplamente de-
de uma vez tenho

imprensa de Bello Horizonte, além de uma memcria


batida pela

em 1922, em edição Commemorativa do Cente-


que publiquei,
exclusivamente dedicada ao historí-
nario da Independencia,
408

da imprensa mineira, creada em Villa Rica, ha 103 annos


co

artístico da Viegas de Me-


pelo gênio padre José Joaquim

nezes...
"Compilador
O Mineiro" surgio entre as aureas mon-

de Rica, a 13 de Outubro de 1823, conforme se vê


tanhas Villa

no cabeçalho do seu numero. Se anteriormente se pu-


primeiro

blicára ali outro ou em outra localidade


periodico, qualquer

mineira, dito meu illustre contendor, não ha desse


como teria o

facto a menor noticia no Archivo Publico Mineiro, a melhor e a

mais legitima fonte de informações, em cujo acervo de precio-

sos documentos, estudei demoradamente o interessante assum-

na mais longínqua extensão do passado para


pto, penetrando

conhecer, com segurança os factos determinaram a fun-


que

dação da imprensa em Minas Geraes, e sobre os tive


quaes

opportunidade de no volume Imprensa Mineira, curió-


publicar,

sas notas históricas, de com abundante commentario, re-


par

memorando o esforço dos nrimeiro implantaram nesta ter-


que

ra a invenção luminosa de Gutemberg..."

Neste assumpto, o trabalho no do


publicado Jornal

Commercio de 9 de Fevereiro do corrente anno, elaborado pelo

Dr. Mario Freire, é um obscuro na sua redacção, quan-


pouco
do ter feito logo uma affirmação dando clara-
podia positiva,
"Compilador
mente ao Mineiro" o logar lhe compete.
que

Um dos melhores trabalhos de conjurícto temos


que

lido sobre o brasileiro é o do Dr. Max Fleiuss, se-


periodísmo

cretario do Instituto Historico. Começa á 589 das


perpetuo pg.
"Paginas
de Historia", collectanea de trabalhos seus, publi-

cados em na Revista do Instituto Historico, e em ou-


jornaes,
"Subsídios
tros logares. Intitula-se: a historia da im-
para

no Brasil".
prensa

Trata longamente da Illustração Brasileira, reimpri-

mindo as celebres chronicas Machado de escreveu com


Assis
que
"Manassés". "Historias
o de intituladas
pseudonymo primeiro
"Historias
dos Dias" e depois dos trinta dias", que são
Quinze
"Subsidios", "uma
como diz o autor dos verdadeira resenha

d'aquelles tempos".

Anteriormente aos trabalhos ventura publicados


por

sobre o do Rio Grande do Sul, occasião do Cen-


periodismo por
tenario da Revolução Farroupilha, e ainda não chegaram
que

ás nossas mãos, veio á luz a separata do vol. XXX das


publica-
"Colono
do Archivo Nacional intitulada o Alie-
ções (1934)
409

Aurélio Porto sobre a imprensa


mão", trabalho do Dr.
(1)
E trabalho de inte-
do Rio Grande do Sul. grande
periódica
"Colono
Allemão" não se en-
resse e citamos, embora o
que

contre em nossas series.


"Notas
"Colono as a
No Allemão" occorrem para

da lavra do Dr. Aure-


Historia da Imprensa Riograndense"

daquella então pro-


lio Porto, e se estuda o primeiro periodico
"Diário e a Tipogra-
vincia: de Porto Alegre" (1827-1828);

Imperial do Exercito.
phia
de as injuncções se-
Antes de concluir e pondo parte
"marinettis-
si fossemos adeptos do
veras do methodo, como
"Relação
a dos des-
mo", digamos ainda alguma cousa sobre
"Gazeta lançou
e do Rio de Janeiro". Quem primeiro
pachos",
da Relação dos Despachos ser uma publicação pe-
a questão
sahida á luz no Brasil, foi a bella intelli-
riodica, e a primeira
Peregrino da Silva, redactor do
de Antonio Cicero Jor-
gencia
"A
foi exposto no folheto: Imprensa
nal do Commercio. Isto

na America, Europa, Asia. .sepa-


hont^m e hoje, no Brasil,

fazer Associação Brasileira da Imprensa com


rata mandada pela
do do trabalho do mesmo ti-
do Commercio,
permissão Jornal
occasíão do centenário do extraordinário
tulo, publicado por

da nossa 1 de Outubro de 1927.


orgão imprensa periódica,

Tivemos o folheto nas mãos, de relance, lemos as pas-

ao assumpto, mas até agora não conse-


sagens que interessam

mais demorada analyse. E, cousa singular,


guimos obtel-o para
"Jornal
de no do Commercio", numero
cansamos procurar 'meio
commemorativo, os trechos lidos no folheto, e não houve

de achal-os. Pressa e difficuldade de manuseio do com


jornal,

certeza.

Antonio declara entretanto as suas consi-


Cicero que
"Gazeta
do Rio de Janeiro" as honras do
deraçÕes nao tiram á

impresso no Brasil. (2)


primeiro jornal

Para encerrar o assumpto, licença ao Dr.


pedimos

Mario de Sousa Ferreira, tão conhecedor do nosso


profundo
"informação"
reproduzir aqui a preciosa que
periodismo, para
deu á Secção de Periodicos da Bibliotheca Nacional, sobre as

se á Gazeta do Rio de quan-


publicações que prendem Janeiro,

irt-fine « Ultima Informação ».


(1) Vide

(2) Exemplar do Archivo Nacional, reproduzido photographicamente,


e de summa raridade.
410

to á de actos officiaes. EUa tem um caracter pratico


publicação
"De
da maxima utilidade: 1808 á 1841 foram as se-
publicadas

folhas officiaes, isto é, com a devida auto-


guintes jornaes que,

risação, os actos officiaes do Governo:


publicavam
"Gazeta —
do Rio de 10 de Se-
Janeiro"

tembro de 1808 a 31 de Dezembro de 1822.


"Diário —
do Governo" 2 de de 1823
Janeiro

a 20 de Maio de 1824.
"Diário —
Fluminense 21 de Maio de 1824

a 23 de Abril de 1831.
"Diário —
do Governo" de 25 de Maio de

1831 a 28 de de 1833.
Junho
"Correio —
Official" de 1 de de 1833
Julho

a 14 de Agosto de 1841, e, não 31 de De-

zembro de 1839, como se lê a 97


paginas
"Memória
da Histórica da Imprensa Nacio-

nal" (o negrito é nosso).

Desde esta ultima data os actos do Governo foram publi-


"Jornal
cados no do Ccmmercio". De facto em seu numero de
"Aviso":
15 e 16 de Agosto deste anno appareceü o seguinte
"Tendo
cessado o Correio Official, serão d'ora em
publicados

diante no do Commercio todos os actos do Governo"
Jornal
E assim foi, annos a fio, mesmo depois de haver terminado o
"Ga-
respectivo contracto e, ainda, após o apparecimento da

zeta do Império — de 1 de Setembro de


Official do Brasil"

1846 a 31 de de 1848. Nova interrupção, durante a qual


Julho
"Diário
os actos officiaes eram no do Rio de
publicados Ja-

neiro" e também no do Commercio, e que cessou com


Jornal
"Diário —
-^arecimento do Official do Império do Brasil"

de Outubro de 1862, com mudança de titulo, dura até


que,

hoje.

O Dr. Mario de Sousa Ferreira, nome bem conhecido,

a a Secção de Periodicos deve tão indicação, é


quem preciosa

um dos nossos assíduos consultantes, e escolhe cs factos curió-


"Jornal
sos relatados do Commercio" de um século atráz,
pelo
"Catalo-
na columna actual, a isso consagrada. Organisou o
"Un
Plancher", acompanha a obra de Felix Pacheco
gc- que

Français Brésilien", 1924; e uma resenha da imprensa periodi-


ca na cidade do Rio de até 1840 em o numero especial
Janeiro
"Jornal
do do Commercio", do centenário do mesmo, ao qual

nos referimos.

411

i
_
"A
Vicia Fluminense" é um cuja menção nos
jornal

naquelles se consagraram a estudos de con-


tem escapado que

do Refiro-me á entre 15 de Setem-


juncto periodismo. publicada

20 de Abril de 1890, á temos entre estas duas


bro de 1889 e que

datas, nossas colleçoes; Veríssimo cita uma


em porquanto José

de 1869 1875.

E' uma illustração de um feitio artístico notável, e

era excellente. Contava nos seus arraiaes:


cuja collaboração

artísticos: Teixeira da Rocha Valle. Redactores li-


redactores

terarios: França Arthur Azevedo, Oscar Pederneiras,


Júnior,

Oscar Guanabarino, Gastão Bousquet. O director era Henrique

Stepple.

das artísticas é a chegada do


Uma suas boas paginas

Conde d'Eu da sua Excursão ao Norte, onde foi, ao passo que

também o na sua republicana.


Silva Jardim seguia, propaganda

Outra é o tiro do Barão do Ladario, resistio ao ser preso.


que
• Traz ainda o modelo da bandeira republicana do Bra-

retrato de Martins ,Em 26 de Novembro de 1889


sil, o Júnior.

estampa o retrato de Antonietta Dias, a moça que


primeira

se formou em medicina no Brasil, ao Alem do re-


que parece.

trato ha o commentario em texto.


~
/ A Bibliotheca dois exemplares desta revista,
possue

sendo este a nos referimos o mais completo.


que

"O "Cata-
Paquete do Rio", citado em o n.° 4371 do

logo da Exposição de Historia do Brasil", é raro. A sua col-

lecção completa não sabemos cnde embora alguma cou-


pára,
sa houvesse feito encontral-a. O exemplar da Bibliotheca
para
Nacional vae do n.0 96, em 2 de Maio de 1836, ao 21$; 30 de

Setembro do mesmo anno.

De formato, é bastante noticioso esse


grande perio-
dico, tem informes e da insurreição farroupi-
que proclamações

lha. Consta haver ncs números referencias interes-


primeiros
santes sobre Garibaldi, o não foi verificar
que possível pela
falta da matéria
prima.
Ao Dr. Rodolpho Garcia, nosso director, devemos
po-
"O
der aqui mencionar Defensor da Legalidade". Na capa que
"Rarissimo.
o resguarda occorre a nota: Figurou na Exposi-

de Imprensa. Não citado no Cat. da Exp. de Hist. Bras."


ção
412

O exame desta fez nosso


perspicaz que publicação o
companheiro, sub-bibliothecario Adolpho Camada da Motta,
revelou uma ia
particularidade que escapando. analysa
Quem
este vê distinctamente a collecção decorrer
jornal, entre o n.°
1 e 12; de 27 de de 1835, a 2 de
Janeiro Setembro do mesmo
anno. Pois é engano, conforme descobriu Motta.
o Sr. O algaris-
mo 1 e se anresenta com
que parece um nitidez notável, é o 4;
tendo havido, ao erro de impressão.
que parece, Occorre em
outro numero a data 20 de depois
Janeiro, da de 27 do mesmo
mez. Folheado o exemplar verifica-se a existencia de um du-

plicado do n.° 4, e não haver na collecção o n.° 1.

"Catalogo
A desta Casa, o da Ex-
grande publicação
"O
posição de Historia do Brasil", cita 4746,)
(n.° Rio Gran-
dense.. . Rio Grande Typ, de B. Berlink. .in-fol.

Está ligado ás nossas recordações este nome. Fun-


dado "Informação",
pelo avô de escreve esta
paterno, quem
nelle^ trabalhou como typographo Eudoro Berlink, ou Eudoro
Brasileiro Berlink, seu filho, e nos
que legou seu nome como
herança. De typographo Eudoro,
passou uma creança a
quasi,
redactor. A collecção completa deste
jornal estava incorpora-
da á sua biblíotheca, cedo dispersa. Esta collecção completa
cremos não existir no Rio de e talvez
Janeiro; só se encontre
com difficuldade no Rio Grande do Sul. Examinamos os dois
números da secção de Diz
periodicos. o Cabeçalho:
"O
Rio Grandense",

propriedade de B. Berlink nos dias


(1) publica-se que não fo-
rem de subscreve-se no escriptorio
guarda: da typographia
rua da Praia 174 a 18$
por anno e 6$ trimestre sem-
por pagos
pre adiantados. Os annuncios 40 rs.
pagam a linha, sendo de
assignantes, e 80 rs. não o sendo: communicados,
publicações
e correspondências se ajustar".
pelo que
"60",
Os exemplares tivemos em mão foram:
que de
16 "214"
de Março de 1853; e 29
de de Setembro de 1853.
Neste "Mercantil
ultimo, em uma transcripção do da Bahia",
lança "A
a redacção a seguinte nota: navegação a vapor foi

(1) Bernardino.
413

íutroduzida na Bahia em nenhuma parte do Bra-


primeiro que

sil, Sr. Marquéz de Barbacena em 1818 ou 19: o vazo ou


pelo

vapor era uma barca navegava a então Villa cia Ca-


que para

choeira hoje cidade".

Foi nessa modesta folha que manejou a pennâ pela pri-


"O
meira vez Eudoro Berlink, depois ao semanario
passando
"Revista
Guaiba", collaborando em seguida na do Parthenon

Litterario de Porto Alegre"; em Almanacks, e vários jornaes.

Militando no Partido
Conservador, escreveu aqui, no Rio, com
"Cassais", "Jornal
o de no do Commercio", em
pseudonymo
"Banco
1878, uma serie de artigos como: Nacional,
politicos
"Ministério "A
o Governo e a Magistratura" e Bancarroteiro",

Debandada Ministerial", artigos fizeram impressão.


que

Falaram do e escriptor, alem de outros:


jornalista (1)
"Homens
Achyles Porto Alegre, em Illustres do Rio Grande
"Revivencias"
do Sul" Damasceno Ferreira, em
(1916);

Vilhena de Moraes no da obra de Berlink:


(1928); prefacio
"Apontamentos
a Historia Militar do Duque de Ca-
parã

xias..." e muito recentemente, como documentação,


(1934,)
"Arthur
Luiz Vieira Souto no seu excellente trabalho de Oli-

veira" de 1935), o começou a sua educação no


(fins qual
"Collegio
Brasileiro", de Eudoro Berlink, em Porto Alegre,

conforme o Boletim reproduzido no cita-


photographicamente
do volume. Eudoro Berlink, o directr do Collegio, tinha então
"Colle-
19 annos. O trabalho do Dr. Vieira Souto á
pertence

cção Afranio Peixoto", bio-bibliographia.

Sabemos que neste trecho nos afastamos um tanto do


"hemeriotheca";
terreno da mas o facto humano, o factor in-

dividual,tem apparecer sempre em trabalho. A


que qualquer
"impersonalidade" "impassibilidade"
e a não foi sempre man-
"parnasianos";
tida rigorosamente, nem e
pelos proprios por

isso ahi fica um reflexo caracteristico...

Seria de desejar um estudo desenvolvido e rigorosa-

mente exacto sobre o brasileiro em conjunto; mac


periodismo
feito com elementos sob analyse directa. A maior difficuldade

(1) Como Alfredo Varella, na sua obra sobre a dos


grande guerra
Farrapos.
414

"reunir
é o esparso", e desencantar o escondido ou esquecido.

Os catalogos das differentes bibliothecas sobre as suas colle-

cções de deviam ser feitos o mais depressa possivel,


jornaes

e também tendo esse fim em vista. Mas desanda-


parecé que
"Revista
mos. Pelo numero especial da do Instituto" vemos

figuram como expositores, em 1908, a Bibliotheca Munici-


que

e a Bibliotheca da Marinha. Na ultima não existem mais


pai

antigos, conforme nos informou o seu prestimoso bi-


jornaes

bliothecario, é especialisada. Pena é que esses jornaes an-


pois

tigos não tivessem vindo para as nossas collecções.

aos da Municipal estão em organisação.. .


Quanto

A Bibliotheca do Itamaraty também especialisada,

trata de remetter a Nacional os seus antigos, e


para jornaes
duplicados de interesse, se restringir ao seu campo pro-
para
Em nossa Bibliotheca vão se concentrando na secção de
prio.

os ainda se achavam em outras collecções.


periodicos que

São estes os materiaes para escrever a historia do periodis-



mo no Brasil, ter vários aspectos. Mas indispensa-
que pode

vel é, o autor saiba onde é vae encontrar os alicerces


que que
da sua construcção, e não' se veja forçado a repetir, ás vezes,

o foi affirmado, também informação.


que já por

ULTIMA INFORMAÇÃO

Ao terminar a nossa contribuição, veio-nos ás mãos


"A
o opusculo Imprensa hontem e hoje no Brasil".. de An-

tonio Cicero, e vamos transcrever alguns dos seus trechos para

corroborar as nossas afirmativas. o leitor tenha


Que paciência

com as transcripções.. . e o mais. ..


"A
In-fine: no Brasil."
primeira publicação periódica
"Relações
As dos Despachos." Pag. 115:
"Antes "Gazeta
da do Rio de o primeiro jor-
Janeiro,"
"Correio
nal no Brasil.... e antes mesmo do Brasi-
publicado

liense"... foi editado nesta Capital um avulso, que sem apre-

sentar os verdadeiros característicos do em seu exacto


jornal

sentido de informação era um repositorio de actcs offi-


geral,

ciaes, se approximava seu feitio das folhas


que pelo primitivas

e, como essas, sahia irregularmente.


415

Em 13 de Maio de 1808, antecedendo de tempo


pouco

dous apparecia, ao inaugurar-se a Impres-


aquelles periodicos,
"Relação
Regia, a dos Despachos na Corte pelo
são publicados

expediente da Secretaria de Estado dos Negocios Estrangeiros,

dia dos annos de S. A. R. o Principe Regente


no faustissimo

de os mais, se têm expedido mesma Se-


N. S. e todos que pela

desde a felix chegada de S. A. R. aos Estados do Bra-


cretaria

liz até o dito dia."


- "A
Pgs. 116 118. Relação dos Despachos" ... era,

duvida, uma simples lista de actos assignados regente,


sem pelo

mais se assemelhava, com um intervallo de 2 milênios, ás


que
"Acta
diurna" dos Césares do aos então em curso
que jornaes

no mundo. Se verificarmos essa iniciou


porem que publicação
"relações
de de decretos das diversas secreta-
uma longa serie

rias de Estado, editadas em datas certas, as dos anniversarios

de membros da família real, e valor bibliographico da primeira


"Relação"
cresce de vulto, não sendo unicamente a primeira

no Brasil, mas o começo de um


obra impressa officialmente

durante annos divulgando in-


trabalho typographico publicado

formes sem elle, inteira-


governamentaes que, permaneceriam

mente desconhecidos.
"No "Re-
mesmo anno de 1808 foram editadas outras

lações dos Despachos das secretarias dos negocios do Brasil,

da marinha e domínios ultráínarinos, no dia 4 de anni-


Julho,

versario da infanta D. Isabel Maria e no dia 25 desse mez, na-

talicio da D. Maria Benedicta. Apezar de iniciada em


princeza
"Gazeta
Setembro de 1808 a do Rio d,e as Relações
Janeiro,"

continuaram a circular até 1815, ultimo anno da sua publicação.

Sahiam em datas festivas da família real. No dia 13 de Maio,

de D. VI, seu apparecimento era obrigatorio,


genethliaco João

havendo somente deixado de em 1812. O anniver-


publicar-se

sario da rainha D. Maria I foi commemorado com essas edições

1810 e de 1812 a 181,5. Outras datas natalicias, como a do


em

Principe da Beira em 1810 e 1812, da Princeza Maria Benedicta,


"Relações"
em 1808 e 1814, a das que
provocaram publicação

em 8 annos appareceram 22 vezes. A desse em-


periodicidade
"Diário
bryão do Official" era, como se vê, muito estranha.
"Relações"
As tão distanciadas do de noticiário
jornal
"Gazeta
e de commentario, não arrebatam á do Rio de
Janeiro"
"Cor-
a de folha regular impressa no e ao
gloria primeira paiz,

reio Brasiliense", embora editado em Londres, a no


primazia

brasileiro.
jornalismo
'416

Seu titulo recorda as folhas, que


proprio primitivas

se na Europa no século XVII. Um dos mais antigos


publicaram

allemães, impresso em 1609 em Strasburgo por Jo-


periodicos
"Relation
ham Carolus, denominava-se aller Fuernehmmen und

Gedenckwurdigen Historien." A Gazeta de Madrid, de 1661,

desaparecida recentemente, intitulava-se em seu numero ini-

"Relacion
ciai ó Gaceta de alcunos casos tanto po-
particulares

liticos como militares succedidos en la mayor dei mundo."


parte

O foi a Relação Universal do que sue-


primeiro jornal portuguez

cede em Portugal e mais do Occidente e Oriente,"


provincias

impresso em Lisboa em 1625 e redigida Manoel Severim de


por
"Relação",
Faria. Farece o nome da meámo com
portanto que

esse atrazo de dois séculos, indicar a


quasi queria que publicação

fora com a intenção de a tornar divulgando actos


periódica,

officiaes, de outro modo, não chegariam ao conhecimento


que

geral."
Gonzagueana

da

Bibliotheca Nacional

Catalogo organisado bibliothecario


pelo

Emmanuel Eduardo Gaudie Ley

DIRECTOR DA I.« SECÇÃO


INTRODUCÇÃO

organizador da edição de MARI-


Norberto,
Joaquim
1862 Livraria Garnier, di-
LIA DE DIRCEU em pela
publicada
á Bibliotheca Publica e Nacional.
rigiu energica censura então
"A Marilia de Dirceu)
maior destas edições (de
parte
no Rio de a Bi-
são hoje raras e até desconhecidas Janeiro;

desta Corte apenas um


bliotheca Publica e Nacional possue

e esse mesmo troncado, de uma


exemplar da segunda parte»

edições e nada mais! Ignoro qual a qualificação


das primeiras '
tanta falta de zelo cousas da patria!
se dar a pelas
que possa
ou, severa e teria
Seria injusta tal accusação justa,
"o
despertado zelo cousas da patria"?
pelas
em 1881, Teixeira de Mello,
Alguns annos mais tarde,

Naciotraes, tomo II, 115-117, cita-


nas suas Ephemerides pag.

então da obra de Gonzaga, das quaes


va as edições conhecidas

18 na Bibliotheca Nacional.
affirmava existirem

não teme confronto a nossa Gonzagueana;


Hoje já
referencias bio-bibliographicas ao
além de mésse de
grande
lyrás em francez, italiano e latim,
autor e das traducções das

25 edições em de
a Bibliotheca Nacional portuguez
possue

MARILIA DE DIRCEU das 30 conhecidas.

este catalogo? Como resposta a Joaquim


Virá tarde

informação bibliographica, não o acte-


Norberto, talvez; como

ditamos: Gonzaga não morreu!

bi-centenario do nascimento do poeta


Aproxima-se o

a resgatar a divida de honra contrahida


e o Brasil apresta-se

restituindo os seus despojos á terra


com esse filho adoptivo,

viveu e amou, onde cantou e soffreu.


onde

não andem como outr'ora na boca do povo,


Embora já
historiadores, e
as lyras de Gonzaga ainda seduzem poetas

Thomaz Brandão, o romance de


bibliographos. Os estudos de

de Augusto de Lima
Orestes Rosolia, as evocações poéticas

de Oswaldo Mello Braga de Oliveira,


a bibliographia
Júnior,
420

o trabalho de Simões dos Reis, são as mais recentes


provas

de Marilia ainda vive em todo o fulgor de sua belleza na


que
harmonia das lyras de Dirceu.

Não tem este catalogo a estudo bio- bi-


pretenções
bliographico. Sejam-nos, entretanto, algumas con-
permittidas
siderações preliminares sobre a bibliographia de MARILIA

DE DIRCEU. nos em nome da verdade biblio-


Que perdoem,

graphica, os admiradores do poeta, se, em vez de augmentar

a lista bem longa das edições de sua obra, tentarmos redu-



zi-la ás suas justas proporções.

A de Gonzaga não depende do numero das edi-


gloria

ções de suas lyras!


GONZAGUEANA

"MARILIA
I. — A BIBLIOGRAPHIA DE DE DIRCEU"

Embora muito estudada desde Varnhagen, que pode

ser considerado o até Simões dos Reis, o ultimo em


primeiro,

data dos bibliographos se occuparam de Gonzaga, a biblio-


que

de MARILIA DE DIRCEU ainda hoje não se en-


graphia

contra definitivamente firmada.

Antes de Varnhagen a bibliographia de Marilia li-

mita-se a algumas noticias nas annunciando o apf>a-


gazetas,
recimento das edições, aos de algumas
primeiras prologos
impressões e ás ligeiras citações feitas Balbi (Essai statis=
por

tique sur le Royaume de Portugal et d'Algarve, 1822), Adam-

son (Bibliotheca Lusitana, 1836), Ferdinand Denis (Résumé

de rhistoire Iitténaire du Portugal. . 1826) e Quérard (La

France Littéraire, 1829). Assim mesmo os dois últimos tratam

apenas da traducção franceza de Monglave.

Spix e Martius (1824), Saint-Hilaire (1830), Janua-


rio da Cunha Barboza Abreu e Lima
(1832), (1835), Joaquim
Norberto (1841), Costa e Silva Freire de Carvalho
(1844),

(1845) e Pereira da Silva (1847) fazem apenas citações ou

referencias biographicas ao autor sem a menor


preoccupação
bibliographica.

Varnhagen, em seu Florilegio da Poesia brazileira,

1850-53, apontando 16 edições de MARILIA DE DIRCEU,

apresentou, nos seguintes termos, o estudo de biblio-


primeiro

graphia gonzagueana:
422

"A
edição original de Bulhões aos cadernos
publicada
l.a 2.a — A' 2.a accrescentou l.a
continha só a e parte. se pela

vez em 1800 uma 3.a se reimprimiu na edição Nune-


parte que
1802. — regia 1812 e da
siana de As edições da imprensa de

lacerdina de 1811 e 1819 dirigidas críticos conspicuos não


por

contém a tal 3.a o seguiu Serva na


parte, que julgamos que

Bahia em 1813. Posteriormente como o entrou a ter


publico

menos completas essas edições, a um razoavel


por que presidia

escrupulo, começaram os editores a sempre a 3.a


publicar parte,

se encontra nas edições de Rolland de 1820, 1827 e 1840;


que
na de 1824; nas de 1825 e 1828 de Nunes; na de 1827 da régia;

bem como na de 1835 da Bahia, na de 1846 do Rio de Jà-



neiro. Nenhuma obra em portuguez, a não ser o Camões,

tem tido mais edições neste século. Foi traduzida em france?.

sr. Monglave e em italiano com todo o esmero pelo sr.


pelo

Ruscalla."

Varnhagen, illudido da edição de


Que pelo prologo
1800 e desconhecendo as impressões das
(3.a parte) primeiras

lyras de Gonzaga, as attribuisse a Thomaz de Aquino


Joaquim

Bulhões, justifica-se; mas o que se não justifica é a permanen-

cia até hoje na bibliographia de MARILIA DE DIRCEU dessas

edições fantasmas que ninguém viu.

As duas edições da obra de Gonzaga,


primeiras
hoje bem conhecidas, foram impressas em Lisboa Typo-
pela
Nunesiana em 1792 e 1799. A reimpressa no
graphia primeira,

anno seguinte, continha apenas 33 lyras. A segunda appareceu

dividida em duas Bulhões, em 1800, imprimiu a terceira


partes.

e nada mais.
parte
Do dessa edição de 1800, causa do equivoco
prologo

de Varnhagen, vamos transcrever aqui os trechos mais im-

portantes:
"Prologo. —
Sem nos constituirmos ingratos, não

nos podíamos substrahir á desta Terceira parte de


publicação
Marilia de Dírceo. A acceitação com o respeitável Público
que
recebeo a Primeira, e Segunda Parte, exigia huma imprete-

rivel correspondência; por cujo motivo não nos quizemos pou-

par ao excessivo trabalho de recolher com a mais exacta lega»

lidade os Versos, de se compoem este Folheto, obtidos


que

das mãos de alguns curiosos "


"A
prompta extracção de quasi dous mil exemplares

da Primeira, e Segunda Parte destas Lyras em menos de seis

mezes, he hum irrefragavel argumento, do acabamos de di-


que

zer; apenas appareceo a Primeira Parte, de tal scrte foi rece-


423

bida dos amão os encantos da Poesia, que nos vimos pre-


que

cisados a reimprimMa, satisfazermos a quem no-la bus-


para

cava; motivos estes, cooperarão a publicação desta


que para
"
Terceira Parte.. .

Esse attribuido Varnhagen a Bulhões,


prologo, por
não é de Bulhões; é do editor literário, do compilador anonymo

das lyras de Gonzaga, soube tão bem esconder a sua iden-


que

tidade até hoje continua desconhecido. Bulhões, cujo nome


que

se encontra na folha de rosto, não tinha razoes deixar


para

sem assignatura um de sua autoria.


prologo
"ab
Aliás, absurdo", se Varnhagen, em lugar da edi-

de Bulhões tivesse em mãos a de Serva da


ção (3.a parte),

Bahia, na qual se reproduz o referido o attribuiria,


prologo,

pelo mesmo raciocínio, ao impressor bahiano.


primeiro
"que
As palavras: nos vimos a reimprimi-
precisados
la" não a nossa hypothese, sabemos
prejudicam pois perfeita-
mente no século XVIII. era freqüente o uso do verbo
que,
"imprimir" "mandar
no sentido de imprimir". Loreto
(Vide:

Couto: Desaggravos do Brasil e Glorias de Pernambuco, Rio,

1904. Pag. 357, 378, 390, etc.)

Sendo o do editor literário, torna-se muito fa-


prologo
"A
cil a sua interpretação: extracção de dous
prompta quasi
mil exemplares da Primeira e Segunda Parte destas Lyras

(ed. de 1799)... apenas appareceo a Primeira Parte de


(ed.
1792,), de tal sorte foi recebida. .. nos vimos a
que precisados
reimprimi-la (reimpressão em 1793. da ed. de 1792, como

consta da Gazeta de Lisboa). . . desta Terceira Parte de


(ed.
1800). E ahi temos toda a bibliographia de MARILIA DE

DIRCEU no século XVIII.

Quanto ás edições de Bulhões da primeira e segunda

parte, de data ignorada uns, como Varnhagen, ou sem


para
data, o não é a mesma coisa, outros, como Theophilo
que para
Braga, somos de opinião nunca existiram.
que
Nenhum bibliographo conseguiu ver um exemplar se-

quer dessas edições. As citações variam e não indicam o forma-

to nem o numero de Consultando centenas de cata-


paginas.

logos de bibliothecas e livrarias, não encontramos vestígios de

sua existencia. Finalmente a Gazeta de Lisboa annuncia


que
escrupulosamente as edições de 1792 (e sua reimpressão), de

1799 e 1800, não se refere ás de Bulhões.

Confirmando essas nrovas negativas, temos as de-


"Primeira
clarações da edição nunesiana 1802):
(Lisboa, par-
"Segunda
te: Terceira edição"; Parte: Segunda edição", como
4 24

bases seguras rejeitar


para da lista das edições de Marilia no
século XVIII, as edições de Bulhões e 2."
(l.a partes).
Continuamos a annotar Varnhagen:
~
edição de 1800 Bulhões)
(Lisboa, contém ape-

^ue nao *01 reimpi"essa na edição nunesiana


de 1802
(2 partes).
" A edição da Impressão Regia
(Lisboa) de 1812
limita-se a uma 3.a
parte inteiramente diversa da publicada
por Bulhões em 1800.

A lacerdina de 1811 não tem, é facto, a 3.a


parte
que se encontra entretanto na de 1819-1820, assim como na de
Serva, na Bahia
(1812-1813).
¦—
A rollandiana de 1820 só traz a 3.ft
parte.
A edição de 1824
(Lisboa, J. F. M. de Campos)
tem apenas duas
partes.

Não existe edição do Rio de de 1846. Deve
Janeiro
provavelmente referir-se á de 1845, organizada Pereira
por
da Silva.

concIusão a lista biblicgraphica de MARILIA DE


r»TD>T7TTEm
DiRCEU, apresentada
por Varnhagen no .-eu Florilegio da
poezia brazileir-a, está muito deficiente, não só nas citações,
como também no numero das edições eram
que já vinte e duas.
Joaquim Norberto segue chronologicamente Varnha-
g-en na bibliographia de MARILIA DE DIRCEU e reproduz,
quasi nos mesmos termos, as informações de seu
predecessor.
Corrige, é verdade, a data da edição do Rio de
Janeiro (1845
em lugar de 1846). Em compensação contribúe
para a confu-
sao futura, alterando
para SERRA o nome de Manoel Anto-
mo da^ Silva SERVA, attribuindo erradamente á Typographia
Nunesiana a edição de Lisboa, 1824, cujo impressor
J. F. M.
de Campos não havia sido apontado Varnhagen
por e substi-
tumdo a edição de 1828
(Nunesiana) por outra de 1823. Erros
de copia ou typographicos constituíram falsas edições,
que con-
signadas na introducção á edição de 1862,
persistem até hoje,
aceitas, entre outros, por Sacramento Blake, Theophilo Braga
Oswaldo M. B. de Oliveira e Simões dos Reis.
No Diccionano Bibliographico Portuguez, Innocencio,
cuio estudo está baseado em Varnhagen e Toaquim Norberto,'
substitue a edição nunesiana de 1823 de Norberto
(1828 de
Varnhagen) outra
por de 1833!

Ricardo Pinto de Mattos


(Manual Bibliographico Por-
tuguez, Porto, 1878), Alfredo do Valle Cabral (Cartas biblio
graphicas, I. 1879 e Annaes da Imprensa Nacional, 1881) e
425

1881) con-
Nacumaes, pouco
Teixeira-de Mello (Ephemerides
de MARILIA Uü.
bibliographia fantastica
tribuiram a
para
Norber-
repetiu o dissera Joaquim
DIRCEU. O que
primeiro
das edições nacionaes,
cuidou especialmente
to, o segundo, que
mão, a edição or.l£mf1l0^5boa;
descreveu, em primeira .'

de o
Impressão Régia do Rio Janeiro (1§}0),
e a da
^rcf1.1*0
da VIUVA SERVA (Bahia,
é responsável uma edição
por

da não temos noticia.


1813), qual
de^ inicio, foram ire-
verificar logo
podemos que,

as interpolações, que,
na bibliographia gonzagueana
quentes
foram a alon-
mantidas e accrescentadas, pouco pouco
aceitas,
de MARILIA DE DIRCEU.
a lista das impressões ^
gando
Ely&io e os dissi-
Theophilo Braga, em 1901 (Filinto
Sacramento Bla-
da Arcadia. ..) citava 36 edições;
dentes já
1902), 30; Ve-
Bibliographíco Brazileiro, Jose
ke (Diccionario
Tancredo de Barros Paiva
. de Marilia, 1910), 33;
rissimo (ed
Rio, 19^9;.
a um Dkxkwtasria de pseudonymos...,
(Achêgas
da Literatura Brasileira,
apenas 22; Arthur Motta (Historia
edições de Manha
1930), 35; Oswaldo M. B. de Oliveira (As

Motta Bibliographíco
de Dirceu, 1930), 47; Arthur (Boletim

Simões dos Reis (ar-


Brasileiro, n.° 4, 1934), 47; e finalmente

Out.° 1934), 69! mais


no Jornal do Commercio, do Rio,
tigos

do dobro das edições conhecidas.

outras existir, que,


Dizemos conhecidas, pois podem

ser encontradas e descriptas.


hoje ignoradas, ainda venham a

DE MARILIA DE DIRCEU
II-EDIÇÕES

(Em portuguez)

1792

— MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./


1.

Lisboa:/ Na Typografia Nunesiana/ Anno M.DCC.XCII./

Licença da Real Meza da Commissão/ Geral sobre o


Com

Exame, e Censura dos Livros.


"Mari-
— Na f. f. de r.:
In-8.° 118 n. Reclamos.
p.

lia/ de/ Dirceo."


"02".
A 20 vem numerada:
p.
426

Contem 33 lyras numeradas:

não sou algum vaqueiro,


I. — Eu, Marilia,

pintão, Marilia, os Poetas


II. —

minha Marilia, a formosura


III. — De amar,

IV. — Marilia, teus olhos

V. — Acaso são estes

em nós a varia Estrella!


VI. — Oh! quanto pôde

Vou retratar a Marilia,


VII. —

Marilia, de te queixas?
VIII. — que
Marilia, eu sou captivo,
IX. — Eu sou, gentil

X. — Se existe hum peito,


Musa, não, não toques
XI. — Não toques, minha

XII. — Topei hum dia

XIII. — Oh! riscos


quantos

Minha bella Marilia, tudo passa;


XIV. —

XV. — A minha bella Marilia

Eu. Glauceste, não duvido


XVI. —

XVII. — Minha Marilia

Não ves aquelle velho respeitável


XVIII. —

alegre o manso gado


XIX. — Em quanto pasta

XX. — Em huma frondosa

Não sei, Marilia, tenho,


XXI. — que

Marilia, muito embora


XXII. — Muito embora,

XXIII. — N'um sitio ameno

Encheo, minha Marilia, o grande Jove


XXIV. —

O cego Cunido hum dia


XXV. —

O destro Cupido hum dia


XXVI. —

Marilia, o rio
XXVII. — Alexandre, qual

XXVIII. — Cupido tirando

O tyranno amor risonho


XXIX. —

a huma clara fonte


XXX. — Tunto

XXXI. — Minha Marilia,

XXXII. — N'uma noite socegado

XXXIII. — Pega na lyra sonora,

de Thomaz Antonio Gon-


Edição original das lyras

ficou inteiramente desconhecida


zaga, eme muito tempo
por
tivesse sido noti-
embora seu aparecimento
dos bibliographos.
Novembro de 1792, segun-
de Lisboa, de 10 de
ciado na Gazeta

do supplemento:
"Sahio
á luz: .
das Poesias lyn-
Marilia de Dirceo, primeira parte

— por 240 reis na loja da Gazeta,


cas de T. A. G. Vende-se

e na do Livreiro da Academia".
427

"primeira
a indicação: Parte"j
Note-se
das ly
na publicação
do editor de proseguir
a intenção

Gonzaga
ha muito se
ignorada, que
^ ^ dg procedencia
rosto, esta res-
a falsa folha de
B. N„ não tem
encontra na já
a e.xcl^ma^P-de/ailar,i:„
e deve ser o que provocou
taurado
edição da Manha
"Até deparei com a primeira
afinal
bral: que

de Dirceu..
na numeração
^ ^ ^ ^ typographico
^

da 20: 02.
pag.

Per T. AG/
- - MARILIA/ DE/DIRCEO./
1 A
M. DCX. ALii.
*/ Typografia Nunesiana/ anno
T ísboa Na
sobre o
da Commissão/ Geral
da Real Meza
Com Licença

"Marilia/ Dirceo".
r.: de/
de
fnTl'18 Rec,admSosLNa0fS:í.
pC"

Vem mencionada
da edição original.
Reimpressão
de 1793, supplemento
Lisboa, de 29 de Junho
na Gazeta de

extraordinário :
"Sahirão
á luz . _
Gonzaga, cuja
Doutor Thomaz Antomo
As Lyras do
a 240 reis em
applauso. Vendem-se
obra tem merecido geral
Porto na d An-
da Academia; e no
loja da Gazeta, e na
Lisboa na

tonio Alvares Ribeiro." ,


autor nao era segreao.
Note-se o nome do ^ja ^
que
reimpressão e,
existente nesta
A única differença
do , erro da nume-
encorpado, a correcção
além do mais
papel
20. «r^n "R
ração da p.
: um na Coll.
a B. N. dois exemplares
Possue
na Coll. Unnle
C. Rodrigues), outro
Ottoni" (Bibl. J.

Ramos Paz,). . »
CBibl.
Ministério das Relações
na Bibliotheca do
Existe

Varnhagen) .
Exteriores (Coll.
um exemplar aa
de Oliveira oossue também
Alberto
a impressão
Não o tendo visto, não podemos precisar
Ia ed.

a que pertence. .
anno,
na Revista Brazileira, primeiro
Valle Cabral,
I.) foi o a
I, 1879, Bibliographicas, primeiro
Tomo (Cartas
de Dirceu a e
edição de Marilia
assignalar como primeira
citára anteriormente (Supple-
Varnhagen a vira e
1792. já
Vienna, 1X7Z) mas
Florilegio da Poesia Brazileira,
mento II ao

a considerava segunda.
428

1799

2. —
MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./
Piimeíra Lisboa:/
parte./ Na Officína Nunesiana./ Anno
M. DCC. XCIX./ Com licença da Meza do Desembargo
do Paço.

MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./ Se-

gunda parte./ Lisboa:/ Na Officina Nunesiana./ Anno


M. DCC. XCIX./ Com licença da Meza do Desembargo
do Paço. «

2 vcls. 8o de 118 n., 1


p. b. e 108 n.—1 b. Re-
p.
ciamos.

"Marilia/
Na f. f de r. : de/ Dirceo." In fine:
'Vende-se
na Loja da Gazetta."

Segunda edição das lyras de Gonzaga; con-


primeira
tendo duas
partes.

A Ia é semelhante á
parte ed. de 1792.
A 2a contem 32 lyras
parte numeradas :

I- não cinjo de loiro


Já a minha testa
II • —
Esprema a vil calumnia muito embora
III. — Succede, Marilia bella
IV. Já, me vai, Marilia,
já branquejando
V. Os mares, minha bella, não se movem
VI. — De te
que queixas
VII. — Meu Glauceste
prezado
VIII. : Eu vejo, ó minha bella, aquelle Numen
IX. — A estas horas

X. — Arde o velho barril, arde a cabeça


XI- —
Se acaso não estou no fundo Averno
XII. — Ah, Marilia,
que tormento

XIII. — Ves, Marilia, hum cordeiro


XIV. — Alma digna de mií Avós Augustos
XV. — Eu, Marilia, não fui nenhum vaqueiro
XVI. — Vejo, Marilia

XVII. — Dirceo te deixa, o bella


XVIII. — Não molho, Marilia

XIX. — Nesta triste masmorra


'
XX. — Se me visses com teus olhos
XXI. — diversas
Que que são, Marilia, as horas
XXII. — Por morto, Marilia
r429


XXIII. Não Marilia, não
praguejes, praguejes

XXIV ^ Eu vou, Marilia, vou brigar co'as féras

XXV. — Minha Marilia

XXVI. — Aquelle, a fez cego a Natureza


quem
XXVII. — A minha amada

XXVIII. — Detem-te, vil humano

XXIX. — Eu descubro
procurar-me
XXX. — O das Musas
pai
XXXI. — Roubou-me, o minha amada, a sorte

impia

XXXII. — Se o vasto mar se encapella

Da Gazeta de Lisboa, de 22 de Novembro de 1799,

supplemento, extrahimos a seguinte noticia referente a esta

edição .
^
"Sahio
á luz :

Marilia de Dirceo, obra Poética, tem merecido


que
huma acceitação, 2 vol. de 8o, seu 480 reis. Acha-
geral preço

se na loja da Gazeta."

Oswaldo M. B. de Oliveira, apontando esta ed.,

disse que não fora mencionada pelos bibliographos de Gonza-

inclusive C. Rodrigues. Entretanto, Th. Braga e Tan-


ga, J.

credo de Barros Paiva, embora conhecessem apenas a Ia


par-

te, a haviam citado. Alberto de Oliveira de Lingua


já (Revista

Portuguesa, 1923, n^ 26. Pag. 81-85) foi o a dar


primeiro

noticia da existencia de duas partes.

Possue a B. N. 2 exemplares, um dos


quaes perten-
"Coll.
ce á Guinle" Ramos Paz).
(Bibl.

1800

— Por T. A. G J
3. MARILIA/ DE/ DIRCEO./

Terceira Lisboa :/ Na Offic. de Thomas de


parte./ Joaquim

Aquino/ Bulhoens. Anno de 1800./ Com licença da Real Meza

do Dezembargo do Paço.

In-8.° 110 n. I-VIII). Reclamos.


p. (as primeiras,
"In-16,
Diz Oswaldo M. B. de Oliveira : de 3 fls.

com titulo e e mais 110


preliminares prologo pags."
"In-8°
Simões dos Reis repete: de 3 fls. prelimina-
— n. 4."
res com titulo e e mais 110 pp. Oswaldo
prologo

O formato é in-8°.

As fls. são romana


preliminares quatro, paginação

e estão incluídas na numeração das 110


(I-VIII) p.
430

Dezembro de 1800,
Lisboa, de 13 de
Da de
Gazeta

suppl. :
segundo
"Sahio
á luz .
Marilia de Dirceo,
da obra poética
Terceira parte
he huma boa
cuja acceitaçao
T. A. G., geral
comoosta por
240 reis na loja da
merecimento. Vende-se por
prova do seu
a e segunda parte por
também se acha primeira
Gazeta, onde

480 ""o
as lyras e foi
nesta edição, precede
prologo que,
literário. Parece,
é da autoria do editor
attribuido a Bulhões,

ser elle o mesmo pe P«bl.co«


entretanto, pouco provável
de um impôs
Acreditamos tratar-se
de 1792 e 1799.
edições

tor elle quiz passar.


que por
15 lyras e 2 sonetos:
Contém
— alegre vem nascendo
Como

II. — N'uma escura gruta

em fim a sentença
III. — Leo-se-me

— morre
IV _ vezes julga, que
Que

Fulgidas Estrellas
V. —

Vaidosa a Fortuna
VI. —
o sórdido avaro
VII. — Em quanto

Hum dia que o gado


VIII. —

Como correm brandamente


IX. —

X. — A bella Cyth'rea

XI. — Ergastulo cruento

De Cresso as riquezas
XII. —
de branca neve
XIII. — Em carro

XIV. — Contente promette

baixava Febo
XV. — Já quando
__ Dirceo fespera
Son. Marilia chega, que

— ao templo vamos
O Marilia gentil,
IV e a ca-
25 a Lyra VI numerada
Notamos ápag.
"Marieia"
Marilia.
beça da 80: por
pag.
um da Coil.
N. 5 exemplares, incluídos
Possue a B.
"Coll.
e outro da Guinle".
B. Ottoni"

1802

Por T. A G./
— MARILIA/ DE/ DIRCEO./
4.
Lisboa:/ Na °í£l"na
Terceira edição./
Primeira Parte./
da Meza do De-
Com licença
Nunesiana./ Anno M.DCCCII./

sembargo do Paço.

In-8.° 110 n.
p.
431

DIRCEO./ Por T. A. G./ Segun-


MARILIA/ DE/

accrescentada./ Lisboa:/ Na
da Segunda edição mais
parte./
M. DCCCII./ Com licença da
Officina Nunesiana./ Anno

Meza do Desembargo do Paço,.

In-8.° 108 n.
p.
"Cata-
desta edição destacamos ào
Como avaliação

Lusitana de dos Santos, Lisboa".


logo da Livraria José
484 o de 12$00
1914. N.° 9. Pag. 55, sob o numero preço

pelos2vols.
"2.° livros a venda na
Do Catalogo extraordinário de

Lisboa" 1925, 87.


Livraria de Manoel dos Santos. pag.

"522. — — Marilia de
Gonzaga Antonio)
(Thomaz

T. A. G. Terceira edição. Lisboa. Na Officina


Dirceo. Por

1802. in-8.° 2 de 110 e 108 pags.


Nunesiana, peq. partes

E. ... 50$00.

estimado. Optimo exemplar. Edição


Poema muito

muito rara."

na B. N. 9 exemplares dos 3 na
Existem quaes
"Coll. "Coll.
Guinle" e 1 na B. Ottoni".

semelhante ás edições de
á primeira parte
Quanto

1792 e 1799; a segunda contém 37 lyras:


parte

I. — não cinjo de loiro a minha testa


II. — Esprema a vil calumnia muito embora

III. — Succede, Marilia bella,

IV. — me vai, Marilia, branquejando


Já, já

mares, minha bella, não se movem


V. — Os

VI. — De te queixas
que

VII. — Meu Glauceste


presado
o minha bella, aquelle Numen
VIII. — Eu vejo,

IX. — A estas horas

X. — Arde o velho barril, arde a cabeça

Se acaso não estou no fundo Avevno


XI. —
— Ah, Marilia, tormento ¦
XÍL. que
— Marilia, hum cordeiro
Xfí.I. Ves,

XIV. — Alma digna de mil Avós Augusto*.

Eu, Marilia, não fui nenhum vaqueiro


XV. —

Vejo, Marilia > i


XVI. —

XVII. — Dirceo te deixa, o bella

XVIII. — Não molho, Marilia,

XIX. — Nesta triste masmorra

XX. — Se me visses com teus olhos

diversas são, Marilia, as horas


XXI. — Que que
432

XXII. — Por morto, Marilia,

XXIII. — Não Marilia, não praguejes


praguejes,

XXIV. — Eu vou, Marilia, vou brigar co'as feras

XXV. — Minha Marilia

XXVI. — Aquelle, a fez cego a natureza


quem

XXVII. — A minha amada

XXVIII. — Detem-te, vil humano,

XXIX. — Eu descubro procurar-me

XXX. — O das Musas


pai

XXXI. — Roubou-me, o minha amada, a sorte impia

XXXII. — Se o vasto mar se encapella

— minha bella
XXX] II. Morri, o

XXXIV. — Vou-me, o bella, deitar na dura cama

XXXV. — Se lá te chegarem

XXXVI. —¦ Não has de ter horror, minha Marilia

XXXVII. — Meu sonoro Passarinho.

Alberto de Oliveira, em estudo sobre as edi-


primoroso

MARILIA DE DIRCEU, na Revista de Lin-


ções de publicado

V. Num. 26, de Novembro de 1923),


Portuguesa (Anno
gua
uma edição não existe na collecção da Biblio-
descreve que

theca Nacional:
"A
edição de Galhardo não a vejo mencionada por

bibliographo nem a a Bibliotheca Nacional.


nenhum possue

O meu exemplar supponho único, adquiri-o ha alguns


que

annos vil, mandando-o vir de Coimbra, da- antiga


por preço

livraria á rua do Anjo, n.° 86, de Lopes da Cunha,


José Joaquim

o annunciou em um dos seus catalogos. Transcrevo-lhe os


que

dizeres do frontispicio:

MARILIA

DE

DIRCEU

: Por T. A. G. .

Primeira Parte

Lisboa:

Na Off. de Antonio Rodrigues Galhardo,

Impressos dos Conselhos de Guerra

e do Almirantado

Anno MDCCCIII

Com licença da Mesa do Desembargo do Paço

Contém as mesmas 118 naginas e 33 lyras das edições

anteriores."
433

Infelizmente não declara o formato.

Tem toda razão o illustre bibliophilo; a edição não

foi mencionada anteriormente nenhum bibliographo nem a


por

a Bibliotheca Nacional; foi, entretanto, annunciada no


possue
"Catalogo
da Livraria Lusitana de dos Santos & Irmão.
José

Lisboa, 1911, N.° 4" á 58, sob o numero 740, onde se lhe
pag.

declara o formato: in-8.° peq.

Será esse o exemplar veiu ter ás mãos do Sr. Al-


que

berto de Oliveira?

1804

5. — MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T! A. G./

Segunda Lisboa:/ Na Typografia Lacerdina./ 1804./


parte./

Com licença da Meza do Desembargo do Paço.


"Vende-se
in-8.° 108 n. Reclamos. In fine: na
p.

Loja da Gazeta".

Contém as 32 lyras da edição de 1799 observando a

mesma ordem.
"Coll.
Pertence á Guinle".

Se foi impressa a l.a continúa desconhecida até


parte,

hoje.

1810

6. — MARILIA/ DE/ Por T. A. G./


©IRCEO./

Primeira Nova edição./ Rio de Na Impres-


parte./ Janeiro./

são Regia./ Com Licença de S. A. R./ 1810.

In-8.° 118 n. Reclamos.


p.

MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./ Segun-

da Nova edição./ Rio de Na Impressão Re-


parte./ Janeiro./

Com Licença de S. A. R./ 1810.


gia./
In-8.° 108 n. Reclamos.
p.

MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./ Ter-

ceira Nova edição./ Rio de Na Impressão Re-


parte./ Janeiro./

Com Licença de S. A. R./ 1810.


gia./
In-8.° 110 n. Reclamos.
p.
"Vende-se
In fine: na Loja de Paulo Martin
por

2400"..

Sobre esta edição encontramos na Gazeta do Rio de

Janeiro, n.° 49, de 20 de de 1810:


Junho
"Sahirão
á luz: Marilia de Dirceo T. A. Gonzaga,
por

3 vols. elegantemente impressos 2.400 reis. . . vendem-se


por

nas lojas de Manoel Pereira de Mesquita e na da Gázeta".


434

1." de Dezembro de
mesma Gazeta, n.° 96 de
Na

1810:
"Avisos

"Na achão as obras seguintes....


loja da Gazeta se

encadernado 3$200
Dirceo Gonzaga, 3 vol. por
Marilia de por

brochura, 2$400 reis. .."


reis; em
e a em que se
E' a ed. brasileira primeira
primeira

encontram as tres partes.


33 lyras da ed. de 1792.
A l.a contém as

32 lyras da ed. de 1799.


A 2.a as
da ed. de loüü,
as 15 lyras e dois sonetos
A 3.a ps

do mesmo prologo.
precedidos
Catalogo da Exposição Permanente
E' o n.° 196 do

Bibliotheca Nacional, 1885.


dos Cimelios da

A. do Valle Cabral. Annaes


Sobre esta edição, veja:

. 1881, 4 ,
Nacional do Rio de Janeiro.. pag.
da Imprensa
°
n 144 '

B. de Oliveira estudou detalhadamente


Oswaldo M.

III, N.° 1, de Maio de


em O Bibliographo, Anno
esta edição
"A de Manha de
edição brasileira
1932, sob o titulo: primeira

Dirceo".

Desse trabalho destacamos:


"...E'
uma bela edição..."
"Innocencio e a nossa Bibliotheca
não a conhecia

Catalogo da Exposição Per=


Nacional, como se vêr cio seu
pôde
196, menos ate
de Cimelios, 349, n. possuia-a, pelo
manente p.

do supracitado catalogo, infelizmente


o ano de 1885, data _ex-
a sua descrição, do belissi-
traviou-se e tive me valer, para
que
e sr. Alberto de Oli-
mo exemplar do ilustre bibliografo poeta

veira".
"Vale Prologo desta terceira
a transcrever o
pena
duas edições desta edi-
nos dá noticia de primeira
parte que

ção brasileira. _

a edição é bella; não ha duvi-


Num exame superficial

os caracteres elegantes e de boas


da. O é de qualidade,
papel
nitida e a divisão do texto harmonio-
dimensões, a impressão

mais detalhado, encontramos paginas


sa. Num exame porém,

a 25 da II.* traz
e lyras com a numeração errada: pag. parte

lyra XVII está numerada XXIII;


o numero 52; na I.a a
parte
XXVIII e XXXI têm res-
na II.a as lyras VIII,XXVI,
parte
XVI, XVI, XVIII e X. Da-se o mes-
os números
pectivamente
as lyras I, VI e XIII, numeradas
mo na III.a com
parte

III, IV e XI.
435

II.*. parte e 109 da III/


No alto das 85, da
pags.
"DIRBEO" erro muito maisgra-
e finalmente,
encontramos:
na 48, da l." par-
deviam ser impressos pag.
ve, os versos que
da 46, faltando
substituídos uma repetição pag.
te, foram por
da lyra XII e as duas pn-
4 estrophes: as duas ultimas
assim

meiras da lyra XIII! #

Nacional infelizmente ex-


O exemplar da Bibliotheca

encontrado: é o l.e
isto é deslocado, foi felizmente
traviado,

aqui descrevemos. ,
e, nada mais,
ao da terceira parte,
Quanto prologo
"Prologo não pode
célebre de Bulhões" que
nada menos, que o
"de edição br_a-
duas edições desta primeira
dar noticia alguma

agora attribuir á Impressão


sileira", a não ser o queiram
que

Regia do Rio de Janeiro!

1811

— Por T. A. G./
MARILIA/ DE/ DIRCEO./
7.
Lacerdina ./
Lisboa:/ Na Typografia
Parte U Nova edicção./

Meza do Desembargo/ do Paço.


1811./ Com licença da

In-12. 226 n. .
p.
122. A' 123: Mari-
A I termina á pag.
parte pag.
á 222, segum-
Dirceo./ Parte II." termina pag.
lia/ de/ qup
"index "erratas".
o das lyras" e
do-se
o editor declara:
Numa Advertencia preliminar
"Também o mesmo Publico que
devemos prevenir
hum folheto figurando a
fosse impresso em Lisboa
supposto
do mesmo Author, he inteiramente
Terceira Parte das obras

feito do nosso conhecimento..."


apocrifo e até por pessoa

Al / tem 37 lyras.
parte

Eu, Marilia não sou algum vaqueiro


1. —

2. — Pintam, Marilia, os Poetas

De amar, minha Marilia, a formosura


3. —

4. — Marilia, teus olhos

em nós a varia Estrella


5. — Oh! quanto pode

6. — Acaso são estes

7. — Vou retratar a Marilia

Eu Marilia, eu sou captivo


8. — sou, gentil

9. — Marilia, de que te queixas?


— existe um
10. Se peito
— Não toques, minha Musa, não, não toques
11 §
436

12. — Topei hum dia

Minha belia Marilia, tudo passa


13. —
— Oh! riscos
Í4, quantos

15. — A minha bella Marilia

16. — Minha Marilia

17. — Não vês aquelle velho respeitável

18. — Eu, Glauceste, não duvido

alegre o manso gadõ


19. — Em quanto pasta

20. — Em huma frondosa

21. — Não sei, Marilia, que tenho

Marilia, muito embora


22. — Muito embora,

23. — N'um sitio ameno

Encheo, minha Marilia, o grande Jove


24. —

25. — O cego Cupido hum dia

não veras, Marilia, cem captivos


26. — Tu

O destro Çupido hum dia


27. —

Alexandre, Marilia, o rio


28. — qual

Tu formosa Marilia fizestes


29. — já

30. — Cupido tirando

31. — O tyranno amor risonho

32. — a huma clara fonte


Junto

33. — Minha Marilia



34. — N'uma noite socegado

Em cima dos viventes fatigados


35. —

36. — P.ega na lyra sonora

a ver seu Templo


37. Convidou-me

A II contém 38 lyras:
parte

— não cinjo de loiro a minha testa


2. — Morri, ó minha bella

a vil calumnia muito embora


3. — Esprema

4. — Succede, Marilia bella

me vai, Marilia, branquejando


5. — Já, já
mares, minha bella, não se movem
6. — Os

o bella, deitar na dura cama


7. — Vou-me,

8. — De te queixas
que
— Meu Glauceste
9_ prezado
minha bella, aquelle Numen
10. — Eu vejo, o

11. — A estas horas

não estou no fundo Averno


12. — Se acaso

Arde o velho barril, arde a cabeça


13. —

14. — Ah, Marilia, tormento


que

15. — Vês, Marilia, hum cordeiro


437

16. — Alma digna de mil avós augustos

17. — Se lá te chegarem

Eu, Marilia, não fui nenhum vaqueiro


18. —

19. — Vejo, Marilia,

20. — Dirceo te deixa, o bella

21. — Não molho, Marilia

22. — Nesta triste masmorra

23. — Se me viras com teus olhos

diversas são, Marilia, as horas


24. — Que que

25. — Por morto, Marilia,

26. — Não Marilia, não praguejes


praguejes,

Eu. vou, Marilia, vou brigar co'as feras


27. —

28. — Minha Marilia

29. — Aquelle a fez cego a Natureza


quem

30. — A minha amada

31. — Detem-te, vil humano

32. — Eu descubro procurar-me

33. — O das Musas


pai
o minha amada, a sorte impia
34. — Roubou-me,

Não has de ter horror, minha Marilia,


35. —

36. — Meu sonoro Passarinho

37. — Se o vasto mar se encapella

38. — Eu vejo aquella Deosa

Soneto:

Obrei o discurso me guiava.


quanto
"Coll.
B. N. 2 exemplares: B. Ottoni" c
Possue a
"Coll.
Guinle".

1812

— Por/ F. A. G. /
8 MARILIA DE DIRCEO./

/ Lisboa :/ Na Impressão Regia. Anno 1812./


Terceira parte.

Com licença./ Vende-se na loja da Gazeta.

In-8°. 72 n.
p.
"Ao —
Contém : Leitor" Prologo em se declara
que

da 3a impressa Bulhões em 1800.


apocrypha a ed. parte por

8lyras:

1. ¦— Convidou-me a vêr seu Templo

2. — Em vão do amado

3. — Tu não verás, Marilia, cem captivos

4. — Amor acaso
por

5. — Eu não sou, minha Nize, pegureiro


438

6. — Amor que seus passos (traducção)


7. — Tu, formosa Marilia, fizestes S

8. — Em cima dos viventes fatigados.

XVI sonetos.

2 Odes.

As lyras 1. 3, 7 e 8 são, respectivamente, as lyras

37, 26, 29 e 35 da Parte I da edição Lacerdina de 1811.

O Soneto XIII :

"Obrei
quanto o discurso me guiava"

já acompanhára a 2a da mesma edição.


parte

Essa edição nunca mais foi reimpressa. Existem na

B. N. 3 exemplares.

Menciona Theophilo Braga, (Filinto Elysio e os dis-

sidentes da Arcadia, 625.) outra edição desse anno:


pag.
"Marilia
de Dirceo. Rio de Janeiro, 1812. Contém a

Parte terceira. Bibl. nac. de Lisboa,)."


(Na

Se existe na Bibliotheca Nacional de Lisboa, não foi

examinada T. Braga, cujo verbete é muito deficiente.


por

Qual o titulo exacto ? a officina impressora ? o for-


Qual Qual
mato? O numero de paginas?

Uma edição de Marilia de Dirceu, impressa no Rio

de Janeiro em 1812, só sahir da Impressão Regia e o


poderia
consciencioso Valíe Cabral em seus Aiuiaes não a deixaria no

esquecimento.

Só a confirmação de sua existencia em Lisboa nos

forçaria a aceitar essa edição.

1812 - 1813

9 — MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./

Primeira / edição. / Bahia :/ Na Typog. de Ma-


parte. Quarta
noêl Antonio da Silva Serva./ Anno de 1812./ Com as licenças

necessarias.

In 8o. 90 —
p. n. 3 f. m.

"Fim
In fine : da Ia Segue, na foi. seguinte,
parte."
"Livros
uma lista de se vendem na Loja da
poéticos que
Gazeta."

Contém 33 lyras. Não é 4a, é 7a edição da Ia


parte.
439

DE/ DIRCEO./ Por T. A. QJ Segun-


MARILIA/

Bahia :/ Na Typog. de Manoel


da Terceira edição./
parte./
de 1813./ Com as licenças ne-
Antonio da Silva Serva./ Atino

cessarias.

In-8.° 86 n.
p.
Não é 3a; é 6a edição da 2a
Contém 37 lyras. parte.

Por T. A. G J Ter-
MARILIA/ DE/ DIRCEO./

Bahia:/ Na Typog. de Ma-


ceira Segunda edição./
parte./
Anno de 1813./ Com as licen-
noel Antonio da Silva Serva./

necessárias.
ças
In-8°. 56 n.
p.

3a o da edição de Bulhões
Precede esta parte prologo

(Lisboa, 1800).

15 2 sonetos. Não é 2a; é 3a edição


Contém lyras e

da 3a parte.
Ia edição bahiana, 2a brasileira.
"Coll.
na B. N. 2 exemplares : um na
Encontram-se
"Coll.
B. Ottoni", outro na Guinle".

Norberto, ao citar esta edição, modificou o


Joaquim
vez de Serva, declarando ser de
nome do impressor : Serra em

1813 e ter 2
partes.
mercantil &c.
O Patriota, litterario, politico,
jornal

de Na Impressão Regia.
do Rio de Taneiro (Rio Janeiro.

1813), algumas lyras de Gonzaga :


publicou
— — 88-90:
N. 1. Pag.
Janeiro.
"Lira
inédita de T. A. Gonzaga, author da celebre

Marilia de Dirceo.

Tu, formosa Marilia, fizeste


Com teus olhos ditosas as campinas

— — 8-9 :
N. 4. Abril. Pag.

"Lyra
inédita de Gonzaga

Tu não verás, Marilia, cem cativos

Tirarem o cascalho, e a rica terra,

Inéditas? Apenas no Brasil; não foram inclui-


pois

nas de 1810 e 1812 impressas, respectivamente, no


das edições

Rio Impressão Regia e na Bahia Typ. de Serva.


pela pela
440

Tão apparecem nas edições Nunesianas de Lis-


pouco

boa de 1792, 1799 e 1802 e na de Galhardo (Lisboa) de 1803.

Vêm, entretanto, impressas na edição Lacerdina de

1811 em Lisboa; são as lyras XXIX e XXVI da Parte l.a, em-

bora com algumas variantes.

Vêm também na 3a VII e III) impres-


parte (Lyras

sa em Lisboa Impressão Regia em 1812.


pela

1817

— A.
10 MARILIA/ DE/ DIRCEO/ Por T. G./

Parte I./ Nova edição./ Lisboa :/ Na Impressão Regia./

1817./ Com licença da Meza do Desembargo/ do Paço.

In-12. 226
p.
Parte I. 1-122. — 123-222. — In-
p. Parte II.
p.
dex das lyras.

— —
Contém : Parte I 37 lyras. Parte II 38 lyras

e um soneto, segundo a ed. de 1811.

Esta edição, feita sobre a de 1811, traz a mesma


"Advertencia".

"Coll.
Pertence o exemplar á Guinle".

1819 - 1820

11. —
MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./

Parte I./ Nova edicção./ Lisboa:/ Na Typografia Lacerdi-

na./ 1819./ Com Licença da Meza do Desembargo/ do Paço.

In-12. 226
p.

Parte I lyras,) da lá 122. —


(37 p. Parte II.
(38
"Index
lyras e um soneto) da 123 á 222. das lyras".
p.
Para completar essa edição, fci impressa
posterior-
mente, segundo todas as em 1820, uma terceira
probabilidades

parte contendo 15 lyras, 2 sonetos e um indice.

Não tem f. de r. especial, nem indicação de lugar e

officina, nem data. Apenas uma f. f. de r., com os dizeres :


"MARILIA/
DE/ DIRCEO./ —
Parte III." a separa das

duas A segue normalmente de


primeiras partes. paginação
227 a 280 e as assignaturas continuam a serie iniciada na im-

pressão anterior.

Nota-se differença no e nos caracteres.


grande papel
441

Dos 4 exemplares, a B. N., apenas um


que possue
"Coll.
tem esta terceira Nos dois exemplares da Guin-
parte.

le", da Bibliotheca de F. Ramos Paz, a terceira


provenientes

é a da Typographia Rollandiana 1820).


parte (Lisboa,
"Notas
Sobre esta edição, veja: Simões dos Reis, Bi-

— artigos no Jornal do Com»


bliographicas. Gonzagueana"

mercio, do Rio de Outubro de 1934.


Janeiro,

1820

12 — MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./

Parte III./ Nova Edição./ Lisboa/ Na Typografia Rollan-

diana./ 1820./ Com licença da Meza do Desembar-/go do

Paço.

In-12. 76 n.
p.
E' nova edição da impressão de Bulhões 1800, repro-

duzindo o prologo, as 15 lyras e os dois sonetos. Dois sonetos

e não tres como indica Oswaldo M. B. de Oliveira.

Citado C. Rodrigues : Bibliotheca Brasiliense,


por J.

scb o n. 1139.

Possue a B. N. 5 exemplares. á
(Um pertence
"Coll. "Coll.
B. Qttoni", dois á Guinle".

1824

_ MARILIA/ Por T. A. G./


13 DE/ DIRCEO./

Primeira Lisboa :/ Na Typ. de F. M. de Cam-


parte./ J.
1824.
pos.
In-8°. 112 n. Reclamos.
p.
"Fim *
In fine: da 1
parte".

MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./ Segun-

da Lisboa : 1824./ Na Typ. de F. M. de Campos.


parte./ J.
In-8°. 108 n. Reclamos.
p.

Contem as 33 e 32 lyras das ed. de 1792 e 1799.


"Fim",
A ao terminar a 2.a deixa
palavra: parte, perce-
ber que não foi impressa a 3.a nesta edição, contrariando assim

as declarações de vários biblicgraphos, entre os C.


quaes J.

Rodrigues.

Possue a B. N. 2 exemplares.
44 2

1827

14. —
MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./

Parte I./ Nova edição./ Lisboa./ Na Typographia Rollandia-

na./ 1827./ Com Licença da Meza do Desembargo/ Paço.


do

In-16. 252 n.
p.
Parte I. 1-104. —
p. Parte II. 105-192. Parte III.
p.

p. 193-245.

Index das lyras.

Contem as 37 lyras da ed. de 1811, as 38 lyras e o


soneto da ed. de 1811 e as 15 lyras e os 2 sonetos da ed. de 1800.
Não transcreve o prologo.
"Coll.
Possue a B. N. 3 exemplares na Guin-
(um
"Coll.
le", outro na B. Ottoni").

Outra edição desta data, attribuida á Impressão Re-

gia (Lisboa), embora citada, é inteiramente desconhecida.

Em 1828 foram as lyras de Gonzaga reimpressas em


Lisboa na typographia de Nunes Esteves.
Joãc Essa edi-

çao não existe na Bibliotheca Nacional. Simões dos Reis, que


"Nota.;
a. possue, assim a descreve em suas Bibliographicas.
-
I. Gonzagueana" no do
publicadas Jornal Commercio, do
Rio de 1934:
Janeiro,
"38
— Marilia/ de Dirceo./ Por T. A. G./ Par-

te I./ Nova edição./ Gravura/ Lisboa: 1828./ Na Impressão

de Nunes Esteves. / Com Licença da M. Dezembargo


João do
do Paço./ Vende-se na loja dos Pobres, rua dos Ca-/pellistas,

n. 27 o exemplar compõe-se de 269


pp. Segue-se o in-
"todavia,
dice que 2pp. não numeradas, é,
possue e da l.a
par-
te, indicando a XXX lyra 80. —
a p. Faltam
paginas, portanto,
a este exemplar, "Ar-
o que julgo acontecer com o indicado no

quivo" In-16 "

"Catalogue
O de Ia Bibliothèque Eduardo Prado. São
Paulo, 1916" também dá noticia dessa edição, á 187, sob
pag.
"Gonzaga
o numero 306: A. G.,) —
(T. ... Marilia de Dir-
ceo. Nova edição. 1828".

Encontramos ainda a referida edição no catalogo:


"Bibliographia.

Alguns livros rarcs e curiosos á venda na

Livraria de Manoel dos Santos. Lisboa". 1920. —


N.° 5.
"in-8.°
(Pag. 650, sob o n.° 8027) no se declara: de
qual peq.
269 uma em branco e duas mais in. de índice...
pags. edi-

ção pouco freqüente no mercado. .. Ene. 2$50."


443

1835

— Por/ T. A. G./
15. MARILIA DE DIRCEO./

Typ. do Diário, Rua dc Ti-


Parte U Nova edição./ Bahia./
'
— 1835.
iolo,/ Casa n.° 34.
— — 2 in. In fine:
In-8.° 4 in. 196 n. (erratas).
p.
"Bahia. —Imp. F. T. d'A. 1837."
Typ. do Diário.

Differente da edição de Serva (1812-1813).

37 lyr»as, 38 lyras e um soneto,


Contem as 3 partes:

15 lyras e 2 sonetos.

segundo a edição de Lisboa,


As duas primeiras partes

a de Lisboa, 1800, menos o prologo.


1811; a terceira segundo

está errada da 177 em diante. .


A p.
paginação
fine deu lugar á crêaçao de duas
A data impressa in

de 1827 outra de 1837, consi-


falsas edições bahianas: uma (?),

derada differente da aqui transcrevemos.


que

edições de Marilia
Oswaldo M. B. de Oliveira (As

declara as iniciaes do
de Dirceu), corrigindo Valle Cabral, que
"F. "F.
—: T. A." e não T. d A. Valle Ca-
impressor são e

bral estava entretanto com a razão.

B. N. 2 exemplares, um dos quaes per-


Possúe a

tence á Coll. B. Ottoni.

esta edição teria sido á


Segundo Valle Cabral, posta
"Em
nova capa e os dizeres: casa
venda mais tarde com uma
— 1850". Não constitue, entretanto, nova
de Carlos Poggetti,

edição.

do do Rio de Taneiro, anno


Do Jornal Commercio

de 1838, 3.a, col.,


XIII, n.° 234, de 19 de Outubro pa^ quarta

transcrevemos o seguinte:

"Annuncios. — do Ouvidor n. 65:


Vende-se na rua

Preço 1$000 reis. Breve


Marilia de Dirceo. Por T. A. G.

noticia sobre o autor"...

muito defidientes ei falsas


Sdguem informações

Lyras, traduzidas da noticia


sobre Gonzaga, Marilia e as

da traducção francesa de Monglave!


preliminar

do adiantamos citaremos apenas


Como prova que
"O não forma
algumas linhas: chefe d'obra (?) de Gonzaga,

dividido em duas composta cada


mais hum volume partes,
que
A foi composta em
huma de 37 a 38 lyras (!) primeira parte

na do Rio de Na
Villa Rica, e a segunda prisão Janeiro. pri-

meira ha muita simplicidade "


graça,
444

Essa edição, os bibliographos


que citam sem descrever
"do
Jornal do Commercio" de data ignorada,
e hoje inteiramente desconhecida.

1840

16. —
MARILIA/DE/ DIRCEO./ Por T. A. G./
edição./ Lisboa. / Na Typographia Rollandia-
/CioliA^0Va
na./ 1840.

In-32. 252 n. Contem


p. as 3
partes.
1 MM' Parte
p- 11 105-192. Parte III.
P-
IO. oF/rte
p. 193-246.

Index das lyras.

Reproducção das iyras da ed. de 1811 e 2.a


(l.a par-
tes) e da de 1800
(3.a parte) menos o
prologo.
"Coll.
Pertence á Guinle".

1842

17 —
MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por T. A G /
Parte I./ Nova edição. / Rio de Na Typographia
Janeiro,/ de
J. J. Barroso e C.a/ Rua d'Alfandega n. 6./ 1842.
In-16. 252 n.
p.
Pag. 105 termina a l.ft
parte 37 (lyras); 192,
pag.
termina a 2.8 lyras *
(38 e 1 soneto) e 245,
pag. a 3 ly-
(15
ras "Index
e 2 sonetos). Segue o das lyras".

Do mesmo anno (1842) existe outra edição não


que se
encontra na B. N.; "Catalogo
está mencionada no da Li-
do Gabinete Portuguez de Leitura em Pernambuco"
yrana
(Havre, Typ. Alf. Lemale, 1863)
pag. 76 sob o n.° 653:
Gonzaga (Thcmaz Antonio): Marilia de Dirceo —
Percam-
buco 1842".
"Catalo^°
° de üvrçs antigos e modernos.. . Folhas
'd'Araujo
Livraria de
João Moraes
i Lisboa>
Ixla.. íyzO a 114, entre
pag. outras edições de Marilia de Dir-
ceu, apresenta "1140
a seguinte: — —
Outro ex. Pernambuco,
lyp. de Santos e Companhia, 1842. in-32.0 de 253 pag E
Pouco vulgar".

Valle Cabral, na Revista Braliseira, 1.° Anno T. I.


Cartas bibliographicas. _
I. Rio,'30'de
?aif' Tr-
julho de 1879 affirmava existir na B. N. um exemplar dessa
edição.
445

1845

— MARILIA/ DE DIRCEO/ Thomaz An-


18. por/

Nova edição/ mais correcta e augmentada/


tcnio Gonzaga/

histórica e biographica/ Dr.


de uma/ íntroducção pelo/

M. P. Silva./ Rio de Eduardo e Henrique


da Janeiro/
J.
Laemmert/ Rua da n. 77./ 1845.
Quitanda

In-12. XL 242 p. n. "

dos clássicos da lingua portugue-


(Bibliotheca poetas

za T,V).
"Rio —
In fine: de 1845 Typographia Um-
Janeiro.

versai de Laemmert, rua do Lavradio, N. 53".

l.a 37 lyras; 2.% 38 e um soneto; 3.%


Contem: parte:

15 lyras e 2 sonetos.

Desta edição é a orimeira trazendo extenso o


que por

a B. N. 4 exemplares, incluindo um da
nome do autor, possue
"
Coll. Guinle".
"A
A. F. Dutra e Mello, na revista Nova Minerva,

dedicado ás sciencias, artes, litteratura e costumes"


periodico
Tomo I. n.° 1, de dezembro de 1845, 7 (2.a col.) publica,
pag.
"Bibliographia.
sob titulo: Algumas reflexões a da
o proposito

nova edição de Marilia de Dirceu", um estudo critico sobre

esta edição organizada Pereira da Silva.


por

1855

19. _ MARILIA/ DE/ DIRCEO./ Por/ T. A. G:

Parte I./ Nova edição./ Rio de Typographia Com-


Janeiro./

mercial de Scares e C.a/ Rua da Alfândega N. 6./ 1855.

In-8.° 222 p. n.

I. 1-94. Parte II. 95-174. Parte III.


Parte p. p. p.

175-222.
"Marilia/
-capa: de Dirceo./ Liras/ de/ T.A.
Na

I./ Nova edição./ Rio de Typo-


Gonzaga./ Parte Janeiro,/

de Soares & Irmão/ Rua da Alfandega N. 6."


graphia
"Typographia C.a
fine: Commercial de Soares e
In

Rua da Alfandega N. 6".

Não como dizem Valle Cabral, Oswaldo de Olivei-


tem,

nova folha de rosto; apenas uma nova


ra e Simões dos Reis,

a edição continúa sendo a de


capa, sem data, vem disfarçar que
446

do apparecimento da edição de
1855, á venda depois
posta
como se concluir annuncio
Norberto (1862) pode pelo
Joaquim

que apresenta.

as 113 e 114 do nosso


Faltam infelizmente pags.

exemplar.

1862

— DE DIRCEU/ Lyras/ de/ Xho-


20. MARILIA/

de uma noticia biographi-


maz Antonio Gonzaga/ precedidas/
estrangeiros e nacionaes/ e
ca/ e do critico dos auctores
juizo
suas/ e acompanhadas/ de
das lyras escriptas em resposta as

Norberto de Souza S./ Ornada


documentos historicos/ por/ J.

Tomo segundo)/ Rio de Ja-


de uma estampa/ primeiro (Tomo

L. Rua do Ouvidor, 69/ Pariz,


neiro/ Livraria de B. Garnier/

Rua des Saint-Pères, 5/-1862/ To-


Garnier Irmãos, editores,

dos os direitos de reservados.


propriedade
348 Em no 1.°
2 vols. in-18. 348; p. prontispicio

vol. o retr. de Gonzaga.


"Brasilia
r.: Bibliotheca/ dos melhores
Na f. f. de
— T. A. Gonza-
auctores nacionaes/ antigos e modernos/
"Pariz, —
mesma f.: Typ. de S. Raçon
I." No verso da
ga/
1." Esta indicação vem repetida no
e Comp. Rua d'Erfurth,

da ultima em ambos os vols.


pé pag.
— Advertencia
0 1."° vol. contém: Introducção (I.
— sobre as diversas
a edição. II. Reflexões
sobre presente
— critico dos escriptores nacionaes
edições. II. (sic) Juizo
— Noticia sobre Thomaz Antonio Gon-
e estrangeiros. IV.
— — Dirceu
zaga e suas obras. V. Notas) Peças justificativas

de Marilia.

tres de Marilia de Dirceu,


O 2.° vol. contém as partes
38 lyras e 1 soneto) e 1800
segündo as edições de 1811 (37 e

lyras e 2 sonetx>s.)
(15
de 7 exemplares, dos
Possue a B. N. nada menos

3 não têm o retrato de Gonzaga.


quaes já

o romancista luso-
A desta edição, publicou
proposito
na Revista Po*
Augusto Emilio Zaluar um estudo
brasileiro
B L. Garnier, edi-
illustrado. Rio de Janeiro,
pular, Jornal
Anno Abril a
tor-proprietario. Tomo décimo quarto. quarto.

1862. Pags. 53-56 e 116-120.


de
Junho
447

"A dos livros mais


Marilia de Dirceu é um
Pag. 56:

Pertence a^duas nacionahda-


da lingua portugueza.
populares
consequencia a duas litteraturas."
des, e por
"As do tan-
ingênuas e sentidas poeta, que
queixas
infancia repetir na intimi-
ouvi nos serões de minha
tas vezes
na idade em melhor come-
do lar, e aprendi de cór que
dade
a duas mil léguas de
vim escutal-as
a comprehendel-as,
Çava
como se a re-
em todos os lábios brasileiros, graciosa
distancia
de fraternidade vm-
fosse mais um laço para
ligião da poesia

cular os dois. povos "


"Adeus
de Gonzaga de
Reproduz 118-120) o
(pag.
e um fragmento do poema
Bonifácio de Andrada e Silva,
José
"Gonzaga",
de Bocayuva.
Quintino
de Gonzaga tinha sido
Essa das lyras já
popularidade
Monglave e ou-
Spix e Martius, Saint-Hilaire,
affirmada por

tr0S'
Paiva , (O Bibliographo, anno
Diz Tancredo de Barros
"Marilia a
— de Dirceu (Notas
n.° 2, Agosto de 1931.
II,
"Ha de Garnier, de 1862 com
: também outra edição
margem)

o titulo: . ,
"Marilia — Lyras de Thomaz Anto-
de Dirceu

de documentos historicos por J.


nio Gonzaga acompanhadas
Livraria de BL Oar-
de Souza S. Rio de Janeiro,
Norberto
& C.,), 1862. in"8-
Typ. de S. Racon (sic)
nier, (Paris,
discordar da sua ailir-
o sr. Tancredo
Permitta-nos

uma ed. de 1862 organisada por


mativa: conhecemos apenas
no Rio de e
editada Livr. Garnier Janeiro
Norberto, pela
J.
de S. Raçon & C.
impressa em Paris na ty^-s

alguns annos mais tarde:


Esta edição foi reimpressa

de/ Thomaz Antonio


Marilia/ de Dirceu/ Lyras/

noticia biographica/ e do juízo


Gonzaga/ de uma
precedidas/
nacionaes/ e das lyras es-
auctores estrangeiros e
critico dos

e acompanhadas/ de-documentos
criptas em resposta ás suas/

S./ Ornada de uma es-


Norberto de Souza
historicos/ por J.
segundo)/ Rio de Janeiro/
tampa/ Tomo primeiro (Tomo
Ouvidor, 7V Paris, E.
B. L. Garnier/ 71, rua do
Livraria de
1 Todos os direitos de
Rua Seguier, 17/ 1884/
Mellier, Livreiro,

reservados.
propriedade
2 vols. in-18. 348 p. '
"Brazileira dos melho-
f. f. de r. Bibliotheca"/
Na

e modernos/ T. A. Gonzaga/
res auctores nacionaes/ antigos

i ai)."
448

"Havre. —
No verso da mesma f. Imprimerie du

Commerce, 3 Rue de la Bourse."

Esta indicação vem repetida no da ultima pag.


em ambos os vols.
"Gabinete
Não existe na B. N. Encontra-se no Por-

tuguez de Leitura do Rio de Janeiro".

1888

21 — BIBLIOTHECA UNIVERSAL/ antiga e mo-

— MARILIA DE DIRCEU/ Thomjaz Antonio


derna/ por/

2a serie —
Gonzaga/ Com uma noticia biographica do auctor/

numero 6/ Lisboa/ Casa Editora David Corazzi/ 40, Rua da

Atalaya, 52/ Filiaes/ Porto: 127, Praça de D. Pedro, 1.° an-

dar/. Brazil: 38, Rua da Rio de 1888.


Quitanda, Janeiro/

In-16. 124 n. 4 in.
p. (índice).

Contém:
"Noticia
biographica".
"Marilia —
de Dirceu" As duas das
primeiras partes

lyras segundo a edição de 1811.


"Addenda" —
As lyras I, III e IV e dois sonetos da

3a considerada apocrypha.
parte,
"índice".

"Marilia
Edição de de Dirceu".
popular

1910

22 — THOMAZ ANTONIO GONZAGA/ Marilia

de Dirceo/ Nova edição revista/ e/ por/ José Ve-


prefaciada/
rissimo/ H. Garnier, Livreiro-editor/ 109, Rua do Ouvidor,

— — Paris/
109 6, Rue des Saints-Peres, 6/ Rio de Janeiro
"Marilia
1910. in-18: 340 n. Na f. f. de r. : de Dirceo".
p.
"H.
In fine: Garnier, Livreiro-Editor."

Contém :
"Advertencia "J.
do editor literário" assignada: V.

Rio, 2 de Setembro de 1908."


"Gonzaga "Marilia "José
e a de Dirceo" assignado :

Veríssimo."
"Marilia —
de Dirceo. Parte I" : 37 lyras.
"Marilia —
de Dirceo. Parte II" : 38 lyras e um

soneto.
449

"Marilia — III" : 15 lyras e 2


de Dirceo. Parte

sonetos.
"índice".

N. foi doado Sr. Abdon


O exemplar da B. pelo

de Carvalho Lima.

(1916)

UNIVERSAL/ Antiga e Mo:


23 — BIBLIOTHECA

de Dirceu/ Thomaz Antonio Gonzaga/


derna/ Marilia por/
— numero 6/
noticia biographica do auctor/2.a serie
Com uma
"A Barão, 50/
2a Lisboa/ Editora"/ Largo do Conde
edição/
— 96 e 98.
Agencia no Porto Clérigos

S. d. in-16 124 e indice (4 p.).


p.

1888; modificada apenas a f. de r.


Idêntica á ed. de

1922

UNIVERSAL/ Thomaz A.
24 — ANTHOLOGIA

Marilia de Dirceu/ das lyras authenti-


Gonzaga/ (Selecção

literário/ Alberto Faria, da Academia Brasilei-


cas)/ Editor
— Rio de
ra/ Editores/ Annuario do Brasil Janeiro/ (Almanak
— Poíto/ in-16.
Laemmert)/ Renascença Portuguesa (1922)

160 n., indice, errata, retr. de Gonzaga.


p.
"Acabou do
In fine : de se. imprimir/ na typographia

Brasil,/ Laemmert)/ R. D. Manoel,


Annuario do (Almanak
— Rio aos 24.de Maio de 1922.
62 de Janeiro/

Contem :
— biographico.
Advertencia Escorço

Parte I : lyras I, II, IX, XI, XII, XIII, XVI, XVII,

XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXVII, XXIX,


XVIII, XIX,

XXXIV, XXXV, XXXVI.

Parte II: lyras III, IV V, VI, VII, IX, XII, XIII,

XIV, XV, XVI, XVII, XXII, XXIV, XXXIV, XXXVI,

XXXVIII.

Appendice e documentos).
(Notas

(1928)


25 — POETAS DO AMOR/ Cristóvão Falcão

— de Dirceu/ Al-
Crisfal/ Tomás Antônio Gonzaga Marilia

— Folhas Edição organizada


meida Garrett cahidas/ por/ José
450

Liceu de Aveiro./ Livraria Char-


Tavares/ Reitor do
Pereira
Rua das Carmelitas, 144.
de Lélo & Irmão,/ Lda., edit.
dron
— Porto. _ ,
retr. de Garrett. O Prólogo
ln-16 s. d. 288 n.
p.
"Aveiro, T."
de 1928. J.
traz a data : Janeiro
"Colecção
Na f. f. de r.: Lusitania..

"Tomás — Marilia de
— Antônio Gonzaga.
p. 61

Dirceu.

Noticia bio-bibliographica sobre Gonzaga


P. 63-66.

donde extrahimos :
"Este bem dis-
livro de amor consta de duas partes

de trinta e sete liras, mos-


tintas : na se compõe
primeira, que

de felicidade, a transboidar de alegria pela


tra-se o cheio
poeta
dos seus sonhos; na segunda parte,
esperança da realização

lup-ar á tristeza e desalento, filhos


38 liras, a alegria cede o

o conduziu. A da
da aonde o infortúnio primeira parte
prisão
1792, em Lisboa, no ano da
Marilia foi em proprio
publicada
desterro de Moçambique. A segunda par-
ida do o
poeta para
sem data, mas é
te apareceu com a numa edição que
primeira

1800, ano da duma terceira parte, que


anterior a publicação

é, com tôda a razão, apócrifa.


muitos criticos julgada
por
"Ainda indispen-
se não fez uma edição definitiva,

ácêrca da matéria
savel bem nos podermos pronunciar
para
e das circunstancias em as diferen-
do infeliz poeta que
poética
Na edição somente se
tes liras foram produzidas. presente

cuja autenticidade não há


reproduzem as duas sôbre
partes

duvidas." AO
"Além citadas ha as de 1801, IWZ,
das edições acima

1811» 1812, 1812 1812 (Baia),


1810 de Janeiro), (Rio),
(Rio
1819, 1820, 1822, 1823, 1824, 1825.
1813 Baía), 1817, 1818,

1827 1833, 1835, 1840,


1827 2 ed. diferentes), (Baia),
(Lisboa,
1842 1845 (Rio).
184? 1842 (Rio), (Pernambuco),
(Rio),
1855 outra do Rio sem data;
1845 1850 (Baía), (Rio);
(Rio),
— Existem
1862 1882 e 1912 (Rio).
1862 (Paris,), (Rio),
e italianas e 1855),
também traduções : francesa (1825) (1844

e latina (1868)."
Annotando :

A apareceu com a numa


segunda parte primeira

edição datada (1799).


1801 ?

1818 ?

1822 ?

1823
?
451

1825 ?

1827 — uma apenas.


Conhecemos
(Lisboa,).
1833 J
TV
— da Bahia, Typ. do Dia-
1835 Conhecemos uma

rio. Existe na B. N.

apenas a de Pereira da Silva


1845 Existe
(Rio).
ed.).
(Laemmert,
— Refere-se
Outra do Rio, s. d. provavelmente

á de Soares & Irmão.

— de Norberto, im-
1862 E' a edição J.
(Paris)
em Paris.
pressa
— Deve ser a de 1884. Garnier).
1882 ? (Rio,

1912 — a de 1910, de Ve-


? Deve ser José
(Rio,)
de um erro de Theo-
rissimo. Originou-se
"O
"Os 401:
Braga, Arcades", pag.
philo ^
Veríssimo, na biogra-
critico brasileiro José
acompanha a sua edi-
de Gonzaga, que
phia
de Marilia de 1912. .
ção
de Manha
Pags." 67-216 : As duas primeiras partes

lyras; 38 lyras e um
segundo a ed. de 1811. (37
de Dirceu,

soneto.

— DE MARILIA DE DIRCEU
III TRADÜCÇÕES

os bibliographos,- foram
As lyras de Gonzaga, dizem

traducções tres foram


em seis linguas. Dessas já
traduzidas
conhecidas : a franceza, per
editadas e são hoje perfeitamente
Vegezzi-Ruscalla, e_a
Monglave e P. Chalas; a italiana, por
tres outras, citadas e nao
Dr. Castro Lopes. As
latina, do
desconhecido, a alie-
são a ingleza, de traduetor
descriptas,
de Enrique Vedia,
de Iffland ou Uhland, e a castelhana,
má,
em são
teriam ficado inéditas ou, publicadas periodicos,
que

difficeis de encontrar.

a mencionar as traducções
Adrien Balbi, o primeiro
"Essai
diz, em seu statistique
de MARILIA DE DIRCEU,
"Thomas
em 1822 :
sur le Royaume de Portugal..editado

en français, en italien, en
Antonio Gonzaga... a été traduit

allemand et en anglais". .

de Paris e Turim (1844;


Ora, se as edições (1825)
declarações ás
confirmar as suas quanto
vieram plenamente
452

falta-nos autoridade ne-


traducções franceza e italiana, para

ás traducções em allemão e
as suas afíirmações quanto
gar

inglez.

Do mesmo modo, não sem argumentos po-


podemos,

da existência da traducção castelhana que


derosos, duvidar
"Florilegio
no
seu da Poesia brazileíra ,
Varnhagen annuncia
"Gonzaga,
: cuja Marilia de
T. I:, XL, da Introducção
pag.
tradúzida em todas as linguas, acabando
Dirceu vai sendo

rogo nos-so, amigo o Sr. D. En-
de sêl-o em castelhano, a pelo

rique Vedia, distingue-se..."

— f rancez :
1. Em

élégiaques/ de Gonzaga/ tra-


MARILIE/ Chants

Monglave et P. Chalas/ Pa-


duits du E. de
portugais/ par/
éditeur/ M DCCC XXV.
ris/ C. L. F. Panckoucke,
— 192
In-32. XXVI p.
"Marilie". "Paris,
r. : No verso : Impn-
Na f. f. de

Rue des Poitevins, n. 14."


merie de C. L. F, Panckoucke,/

Traducção em das düas primeiras partes (37


prosa

e 38 lyras).

da noticia como notas bi-


Transcrevemos preliminar,
"Le
chef-d'ceuvre de Gonzaga ne
bliographicas; Pag. XXII :

de deux cent vingt in-18...


forme volume pages petit
qu'un
deux livres, composés chacun de tren-
Ce volume est divisé en

lyres ou élégies toutes différentes..."


te-sept a trente-huit
"On
XXV : a imprimé il a années
Pag. y quelques

livre de Gonzaga; il suffit


á Lisbonne un troisième
prétendu
; reconnaitre la supercherie d'un
d'y un coup d'oeil pour
jeter

maladroit imitateur."

Possue a B. N. 3 exeirfplares.

'
"MONGLÁVE — —
Eugène" Garay de).
(François
¦ Ancien supérieúr, d'abord- au servfce du Brésií, ensuite
officier

membre de a.'iuémies lranç*f.ises et


du PorlKgal, pluiieuiò

étrangères, fondateur de 1'Institut H-istorique á Paris, et son

né a Bayonne Pyrenées,) le 5
secrétaire perpetuei; ('Basses

: mars 1796.
"Ouvrages Traductions
: 1) Marilie (1925)
— 2) de D. Pedro I. Emp. dü Brésil
, Correspondance (1827)
— — d'Angleterre.. 4 vols.
3() Caramurú 4) Palmeirim
(1829)
. Inédits: Les Souvenirs dú Brésil."
(1829).
^ — Í834.)
" La France Littéraire. ,T. VI.
(Quérard.

Monglave esteve no Brasil de ,1814 a 1819. Falle-

ceu em 1873.
453

— français mort vers


écrivain
OHALAS (Prosper)
II a composé, en collabo;
-d'environ trente ans.
1833 á l'âgè
Histoire des Conspirations
avec E. de Mdnglave,-Une
ration
de Bourbon en France (1SZ5).
contre la maison
des jésuites
universel du ALA
Grand — Dictionnaire
(Larousse.
— 1867.,)
siècle. T. III.

2. — Em italiano

di/ Tommaso Anto-


Dl DIRCEO/ Lire/
MARILIA
da Giove-
tradotte dal portoghese/
nío Gonzaga/ brasiliano
degli Ar-
Torino Stampene Sociale
nale Vegezzi-Ruscaila/

tisti/ 1844.
— 240
In-12. XVIII p. ,oCC
Artisti,
degli loW.
Torino Stamperia, Sociale
2a ed.

hab.) . .
in-12. (N.


- RUSCALLA, Giovenale, publicista
VEGEZ.ZI
¦
1799 e fal. em 1865.
italiano n. em Turim em
e dirigiu duran.e
varias linguas modernas
Conhecia
"a "Revista columnas
em cujas
algum tempo Contemporânea",

maior.parte de seus estudos.


a
publicou
Possue. a B. N, 3 exemplares.

3. — Em latim

Amar.yilidos Dir-
LOPES./ Musa latina./
CASTRO
trapslata/ ad
-lyrica/ lat-inum sermonem
C9gi/ alíquot selecta
accotripdata/. Editio/ corre-
usum scholarum brasiliensium/

notis oppórtune adhibitis./


ctissima mendisque purgatissima,/
— Via
Ex Typis & Fratris Quitanda
Potamopoli/ Quirini

27./ MDCCCLXVIH. 8o.

__
TV 68 p.

Contém „
"A' amada mulher...
memória de minha muito

— "Algumas verso lati-


noções sobre o
Prglogo.

no. e sua medição..." T


wirr
XIII, XXII, XXIV, XXV-,
Ia Parte : lyras I, II. V,

XXVIII, XXIX, XXXII e XXXIV.

XII, XIII, XV, XX,


2a Parte : lvras IV, V, VII,

XXIII. XXIV, XXVÍ e XXVII.

3a Parte : lyras III, IV e VII

contendo varias .
Um appendice poesias

da lyra havia sido publicada


A traducção primeira já
"Correio de 1857, 2,
Mercantil" de 29 de" Setembro pag.
no
"Publicações — —-
Amaryllis, Ecloga.
2a e 3a col. : a pedido.
Cândido Baptista de OU-
Offerecida ao Exm. Sr. Conselheiro
~
454

veira... da lyra).. . V Idus Augusti MDCCCLVII.


(trad.

Dr. A. de Castro Lopes." Segue o original
portuguez.
Antonio de CASTRO LOPES nasceu na cidade do
Rio de a 5 de de 1827. Formado
Janeiro janeiro em medicina,

professor de latina no Imperial Collegio de Pe-


grammatica
dro II, foi e um dos nossos
poeta primeiros latinistas. Falle-
ceu em 1901.

Dr. CASTRO LOPES/ — —


Musa Latina/ Algu-
mas lyras escolhidas de/ Marilia de Dircêo/ traduzidas para
verso latino/ —
Segunda edição/ corrécta, e augmentada,/
. .. Rio de Typ. de G. Leuzinger
Janeiro/ & Filhos, Ouvidor
31/ — 1887.

In-8.° XXX _
140 n.
p.
"Musa "traduzidas
As latina"
palavras e verso
para
latino" em vermelho.
"Musa
Na f. f. de r. : latina"; no verso: Dr. Cas-
tro Lopes/ Musa latina/ —
Amaryllidos Dircsei/ aliquot se-
lecta lyrica/ in latinum sermonem —
transiata Editio secun-
da/ correctissima, aucta, mendisque notis op-
purgatissima,/
pcrtune adhibitis,/ .. . Potamopoli/ Excuderunt Leuzin-
G.

gerius & Filii Typographi./ —


MDCCCLXXXVII.
(As pa-
lavras em negrito em vermelho.)

Contém :
"A'
memória de minha muito amada mulher...",

precedendo a f. de r.
"Aos
meos amigos"...

Carta-prefacio do Barão de Paranapiacaba.


"Prologo
da edição."
primeira
"Algumas
noções sobre o verso latino..."
"Carta
proemial" de Feliciano de Castilho Bar-
José
reto e Noronha.

Traducção das lyras.. confronto


(Em com o ori-

ginal.
"Appendice"
com varias outras poesias.
O "Coll.
nosso exemplar á
pertence Guinle".

4. —
Em Allemão :

"Marilia
A traducção allemã de de Dirceu", cita-

da por Balbi em 1822, foi attribuida, ora a Iffland, Perei-
por
ra da Silva, Teixeira de Mello, Blake e Motta, ora a Uhland,

por Fernandes Pinheiro, Velho da Silva e outros.


455

e Oswaldo Braga.
na alternativa Innocencio
Ficam
"Das e
: traduções hespanhola
O diz, textualmente
primeiro
de ambos os
Iffland ou Uhland (que
ingleza e da allemã por
dizer por nao
o appellido) nada posso
modos anda escripto (?,)
d eüas .
exemplares de qualquer
haver tido meio de examinar

visto a traducção allema que


O único aue declara ter

da Silva. Parece, entretanto, pou-


attribue a Tffland é Pereira

theatral e autor dra-


Iffland, actor, director
co provável que
as lyras de Gonzaga, que
matico, fallecido em 1814, traduzisse

tanto se afastam do seu genero.


de literatura, estu-
Uhland, lyrico, professor
poeta
estrangeira, teria maiores
da fosse nacional ou
dioso poesia
de Gonzaga. Per-
de ser o traductor da obra
probabilidades
e as do segundo
a bibliographía do primeiro poesias
correndo

encontrar sobre o assumpto.


nada conseguimos
lyra I da 1 de
temos como certo é a parte
O aue que

em allemão por Ferdinando


Marilia de Dirceu foi traduzida

suas sob o pseudony-


Schmid. que, em 1873, publicou poesias

mo de Dranmor.

Dichtungen./ ... Drit-


DRANMOR'S/ gesammelte

Mit dem Portrait des Verfassers.'


te vermehrte Auflaere./
~
1879. Ín-8 . XXII
Berlin, Verlag von Gebruder Paetel,/

do autor a D. Pedro II. (Coll.


270 p. Dedicatória autogr.

Th. Ch.) A 1* ed. é de 1873.

de Dirceo. Tho-
A' 75:'"XV. Marilia (Nach
pag.

mas Antonio Gonzaga) ..."

Traducção da lyra 1. da 1.* parte.

do Ferdinandn
DRANMOR, pseudonymo poeta

no Rio de Taneiro e durante


Schmid negociante
(1823-1888),
Pedro II, cônsul do
annos do reinado de D. geral
os últimos

Império Austríaco o Brasil.


para

— castelhano :
5. Em

até hoje. conseeruiu ver a tra-


Nenhum biblios:rapho,

MARILIA DE DIRCEU, annunciada


duccão castelhana de

por Varnhagen.

literato espanhol do mea-


Enrimie Vedia y Goossens,

foi attribuida. publicou, entre ou-


do do século XIX, a quem
"Historiadores
"Historia
de la Cortina" (1845) e
tras obras:

1858-62), traduziu a Historia


de índias" (Madrid,
primitivos
em inglez Ticknor e dis-
da literatura espanhola, escripta por

traductor de inglesas.
tínguiu-se como excellente poesias
456

Antonio Palau Dulcet dei Librero Hispa-


y (Manual

no-amercano) não menciona traducção alguma de Gonzaga

em castelhano.

Apenas conhecemos e mencionamos .

— Brasil intelectual.
GARCIA MEROU, Martin, El

Impresiones notas literariás. Buenos Aires, Felix Lajouane,


y

editor, 1900. rn-8.° VIII 470 p.
"1)
Pag. 240, nota: Traduzco una estrofa de Ias

Lyras citada por Araripe :

Pintan estoy bordándote un vestido


que
que un nino brillante, ciego, alado, . .

Me énhebra en Ias aguias, el flexible

Hílo de oro delgado."

Pag". 244-245, versão das estrophes


quatro primeiras
da Lyra XXVI da 1 .a parte: *

"Tu
no verás. Marilia. cien cautivos

Traer el.cascaio la opulenta tierra,


y

O' dei cauce de rios caudalosos,

O' de Ias rocas de minada siepra.



No verás separar ai hábil negro

Del pesado esmeril centellea .


que.
•La
gruesa- arena, y Ias nenitas de oro

En el fondo brillar de labatea.

No verás derribar la vireren selva

Ni arder el nuevo mattoral íozano;

Su ceniza abonar el blando suek>

en el surco sembrar el fértil p-rano.

No verás enrollar negros paquetes

Del tabaco fraeante con la hoia

Ni en Ias ruedas dentadas exorimir-se

El dulce zumo la cana arroja."


que

Em nota, o original.


. . 6„ Em inglez:

Não nos foi encontrar a traducção ingleza


possível
mencionada "Bi-
por Balbi. Adamson não a em sua
possuía
bliotheca Lusitana" e Lowndes não a cita.

Não deixarerftos entretanto de apresentar traducção


a
:ngleza de alguns versos de Gonzaga. Encontram-se em: .
457

— Brazilian literature. Isaac


GOLDBERG, Isaac,

D. M. Ford, New
Ph. D. With a foreword by J.
Goldberg,
MCMXXII. In-8.°. XIV-304 p.
York, Alfred A. Knopf,

a ultima estrophe- da
Pag. 64-65, transcreve e traduz

lyra V (l.a parte}


"Noto, cabellos;
Marilia.. os teus
gentil

E noto as faces. . ."


"I tresses; and I behold
comely Marilia,at your
gaze,
and the rose; I see beautiful
in cheeks the jessamine your
your
witisome features. He who
eyes, teeth and
your pearly your
work, my fairest Marilia,
created so and entrancing a
perfect
and more, if more there be.
likewise could make the sky

— A GONZAGA, SUA VIDA


IV REFERENCIAS

E SUA OBRA

— Historia da Litera-
ABREU, O. e Almeida,
Jorge

Rio, Officina Graphica do Mundo Medico. 1930.


tura nacional.

ln-8.°. 390 p.
'
Na capa: 1931. ,
"Sua
Pag. 134-145. Pag. 136: obra' capital é a col-

lecção denominada Liras São carmes suavíssimos que já


(?)

foram traduzidos em latim dr. Castro Lopes, como ver-


pele

tidos o inglês, francês, espanhol e italiano."


para
"Das
trinta enumeradas dr. Sacramento Blake,
pelo

contam as Liras mais quatro edições." ,

— his-
ABREU E LIMA, Ignacio de, Bosquejo*
José

torico, e literário do Brasil; ou analyse critica do pro-


politico

do Dr. A. F. França, offerecido em sessão de 16 de Màio


jecto

ultimo á Camara dos Deputados, red-usindo o sistema Monar-

constitucional, felismente nos rege, á úma Repu-


quico que

blica democratica: seguida de outra analyse do Projecto do

Deputado Rafael de Carvalho, sobre a separação da Igreja

Brasileira da Santa Séde Apostolica. Por um Brasileiro...

Cidade de Nictheroy, Na Typographia Nictheroy de Rego e

Comp. 1835. In-4.°. 180


p.
"...ainda
Pag. 71: hoje são conhecidos seus
pelos

títulos o Caramurú, o Uruguay, a Marilia de Dirceo, &c.,. .


45a

— Bibliotheca Lusitana; or Ca-


ADAMSON, John,

tracts, relating to the history, literature,


falogue of books and

Portugal; forming of the library of John


and of part
poetry
Tyne: by T. and Hodgson,
Adamson. Newcastle on printed J.

MDCCCXXXVI. in-8.° IV-116 illust.


peq. p.

Pag 85:
"Marilia de
de Dirceo T. A. G. 8 vo. Rio Janeiro
por

1810. Ali the three parts."

— Bosquejo da
ALMEIDA GARRETT. B. de,
J.

Historia da e língua Outros escriptos.
poesia portugueza.

Impressões e viagens. completas de Almeida Garrett.


(Obras

Edição revista, coordenada e dirigida dr. Theophilo Bra-


pelo

XXI) Edição illustrada. Lisboa, Empreza da Historia de


ga.

Portugal. 1904. in-*16. 244


p.

Pag. 30-31.


ALVARENGA PEIXOTO, Ignacio de, Obras
José

de Ignacio de Alvarenga Peixoto colligidas, an-


poéticas José

notadas, do critico dos escriptores nacionaes


precedidas juizo

e estrangeiros e de uma noticia sobre o autor e suas obras, com

documentos historicos Norberto de Souza S. Rio de


por J.

Livraria de B. L. Garnier, Paris, Augusto Durand, 1865


Taneiro,

In-18. 270 p.
"Introducção"
Varias referencias a Gonzaga na e
"Peças
nas justificativas".

— brasilei-
ARARIPE T. A., Litteratura
JÚNIOR,

ra. Dirceu. Rio de Typ. Universal de Laemmert & C.


Janeiro,

1890. In-8.°. 32 p. 1

Estudo critico sobre Gonzaga, Marilia e as Lyras.

— Essai sur le Royaume


BALBI, Adrien, statistique

de Portugal et d'Algarve, compare aux autres états de l'Eu-

rope... Paris, chez Rey et Gravier 1822. 2 vols. In-8.°.


Tomo II. Pag. clxvii:
"Thomas
Antonio Gonzaga, surnommé avec raison

1'Anacréon et rnort en exil á Angola en Afrique. Sa


portugais,

collection de Lyras, sous le titre de Marilia de Dirceo, est un

chef d'oeuvre le style, le (sic) de langage, l'harmo-


pour pureté

nie des vers et le choix des sujets. II a été traduit en français, en

italien, en allemand et en anglais".

Pag. ccxliv: (1802)


459

"Marilia impressas e
de Dirceo: novamente
pcesias
Liras ainda se não tinham es-
accrescentadas com algumas que

tampado".

Pag. cclxxxv: (1812)


"Marilia
de Dirceo. Reimpresão".

— —
BARBUDA, Pedro Lingua Portugueza.
Júlio,

Chrestomathia colligida em Portugal e no Brasil


Quinta parte:

Dr. Pedro Barbuda... Bahia, Officinas dos Dois


pelo Júlio

Mundos, 1909. in-8.°. 392


p.

Pag. 149-152: Lyra I parte) 3 estrophes.
(2.a
— 2
Lyra I ultimas estrophes.
(1* parte)

Lyra VI 4 estrophes.
(l.a parte) primeiras
< / *

— Anthologia
BARRETO, Fausto, e Carlos de Laet.

nacional ou collecção de excerptos dos principaes escriptores

da lingua do 19.° ao 16.° século por Fausto Barreto


portugueza

e Carlos de Laet precedida de uma introducção grammatical

e entremeiada de breves noticias bio-bibliographicas. Refundi-

completa da selecção litteraria.. . Rio de G. de


ção Janeiro, J.

Azevedo, editor. 1895. in 8.°. XVIII-386 p.

Ultima ed. Rio Liv. Francisco Alves, 1934.


(19.a)
"Thomaz
Pag. 307-309: Antdnio Gonzaga (Porto

1747-1809)..." ligeira nota biograhica seguida da lyrã XXVIII:


"Alexandre,
Marilia, o rio..."
qual


BARROS PAIVA, Tancredo de, Achêgas a um

Diccionario de iniciaes, abreviaturas e obras


pseudonymos,

anonymas de auctores brasileiros e de estrangeiros, sobre o

Brasil ou no mesmo impressas. Rio de Leite & Cia.,


Janeiro, J.

1929. in 8.°. 248


p.

Pag. 44. n.° 295.

Pag. 49. n.° 333.


"Marilia
1080. — 22 de
Pag.'140.'n.° Cita edições

de Dirceu".

— A Literatura
BELL, Aubrey F. G., portuguesa

(História e Critica) . Tradução do inglês Agostinho de


por

Campos e G. de Barros e Cunha. Coimbra, Imprensa da


J.

Universidade, 1931. in-8.°. XXIV-508


p.

Pag. 366.

Pag. 373.
460

— e Fantasia. Minas.
BILAC, Olavo, Critica (Em
Chronicas — Notas Diarias.,'—¦ Na Aca-
Fluminenses.

— — TI) Lisboa,
demia). e brasileiros.
(Prosadores poetas

A. M. Teixeira, 1904. In-8.°. 432


p.
"Em
Pag. 9-24 : Minas. :— I. Marilia".. .

— Arcadia Lusitana: Garçao


BRAGA, Théophilo, A

Quita — — Théophilo Braga. Porto,


Figueiredo Diniz. Por

Livraria casa editora, Success-ores Lello & Irmão..


Chardrcn,

1899. In-8.°. 644


p.
"Cartas
Ligeiras referencias a Gonzaga e ás Chi-

lenas".

— Littera-
BRAGA, Théophilo, Curso de Historia da

tura adaptado ás' aulas de instrucção secundaria por


portugueza,
—•
Théophilo Braga. Lisboa, Nova Livraria Internacional edi-

tora, 1885. In-8.°. 412 p.

Pag. 358-360:
"A
Arcadia ultramarina"...

BRAGA, Théophilo, — .Historia litteratura


..da pqr-
— Elysio. — A
tugueza. Filinto e os dissidentes da Arcadia.

Arcadia brasileira. Francisco de Mello. Franco, José Ba^ilio

da Gama, Frei. José da Santa Rita Durão, .Alvarenga Peixoto,

Gonzaga, Théophilo Braga.. Porto* Livraria, Chárdron,


por
Successores Lello & Irmão,-1901. In-8.° 736
p.

.Pa£ 525:628:"VII Thomaz Antonio Gonzaga"

Cita 36 edições de. Marilia de Dirceo rm


portuguez,
traducções ,e inéditos de Gonzaga .

—1
BRAGA, Théophilo, Manual da Histeria da Litte-

ratura portugueza desde as suas origens até o presente por


Théophilo Braga... Porto, Livraria Üniversal de Magalhães

e Moniz, 1875. In-8.°. VIII-474


p.
Pag. 442: referencias a Gonzaga e ás suas lyras.

BRANDÃO, —
Thomaz, Marilia de Dirceu. Bello

Horizonte, Typográphia Guimarães, 1932. jtn-16. 478 *p.

illustf.

Estudo historico documentado sobre Marilia e Gon-


"das
zaga. Refutação falsidades divulgadas com referencia a

ambos".

Muitos excerptos de Gonzaga.


461

— Analise literaria e no-


BRANT HORTA, (prof.)
R. de Oliveira & C.
de Literatura. Rio de Janeiro, J.
ções

s. d. In 16. 238 p.
"Tomás'Antonio nasceu em
169: Gonzaga:.,
Pag.
ele nasceu no
em 1807. Dizem uns que
1774 e morreu
(?)
no Brasil Fa-
mas Pereira da Silva afirma que (?)••;
Pôrto,
da traduçao do
63 anos deixando, além
leceu no exilio com

versos amorosos intitulados


Fido. de Guarini os
Pastor (?),

Marilia de. Dirceu..

Grosse" Brockhatis. Handbuch


BROCKHAUS. Der

Fünfzehnte, vôllig neubear-


des Wissens in zwanzig Banden.

Kcnversations-Lexicon. Lei-
beitete Auflage von Brockhaus'

21 vols. in-8. . illustr.


F. A. Brockhaus, 1928-1935.
pzig,
VII. Pag. 493, 1." col.
Vol.
— Attribue a Gon-
Não se refere á traducção allema.
"Cartas
zaga as Chilenas".

— The Highlands of the Bra-


BÜRTÜN, Richard F.,

Burton. London Tinsley Brothers,


zil, b-y Captain Richard F.

VIII-478 illustr. e map.


1869 . 2 vols. in-8.°. XII-444"; p.
"Ch. —
XXXV. Villa Rica,
Vol. I". Pag. 344 e seg.

jiow Ouro Preto End)".


(West

— Kritisches Repertorium der


CANSTATT, Oscar,

von Oscar Canstatt. Ber-


Literatur
Deutsch-Brasilianischen
Vohsen) 1902:. In-8.°. VIII-124 p.
lin, Dietrich Reimer (Ernst
Ferdinando Schmid, declara:
Pag. 45; referindo-se a

"In "Poetischen Leipzig, F. A. Bro-


seinen Fragmenten",

eine sehr-gelungene metnsche


ckhaus, 1860, ist unter anderem

Lyra des èrsten Teiles der Manha


Uebersetzung der ersten

der Portugiesen und Bra-


von Dirceu, einer Lieblingsdichtung

silianer, enthalten".
alguma de Iffland ou
Não menciona traducção

. Uhland.

em o Critillo
CARTAS CHILENAS (treze;) que poeta

os factos de Fanfarrão Minezio, governador


conta a Dorothéo

antigo manúscriptb de Francisco


do Chile. Copiadas de um

dadas á lúz'"com unia introducção


. Luiz Saturnino da Veiga,-e

- Rio de-Jàneiro,.Eduardo & Hen-


Luiz Francisco da Veiga.
por

rique Laemmert, 1863. In-16. 222 p.


462

"Cartas não
das Chilenas" neste catalogo
Da inclusão

se conclua as attribuimos a Gonzaga.


que
os argumentos de Caio de
mui convincentes
Julgamos
lhes dá como autor Cláudio Manoel da Costa.
Mello Franco que
"Cartas
Chilenas" veja o estudo bibliogra-
Sobre as
"Revista anno
na do Archivo Publico Mineiro"
phico publicado

1897, 403-424, as attribue a Gonzaga,


II, pag. que
v
— Bibliotheca Exotico-
CARVALHO, Alfredo de,

de Carvalho sob a dire-


brasileira Alfredo publicada...
por
de Paulo Pongetti &
cção de Eduardo Tavares. Rio Janeiro,

C. 1929-1930 . 3 vols. in-8.°.

Vol. II. Pag. 244.

Cita as edições de 1792 e 1842 (Pernambu-


(Lisboa,)

como as traducçÕes em francez e italiano.


co), assim

— historia da li-
CARVALHO, Ronald de, Pequena

Prefacio de Medeiros e Albuquerque (Pre-


teratura brasileira.

Brasileira). 5.a edição revista e augmentada.


mio Academia

Briguiet & Cia., 1935. In-16. VI-390 p.


Rio de F.
Janeiro,

illustr. retr. do autor.

A l.a ed. é de 1919.

151, 169, 171, 172, 173, 181, 182, 268.


Pag. 46,
"...Marilia
169: de Dirceu é o livro de amor
Pag.

lingua Nada menos de 34 edi-


mais estimado da portugueza.

fizeram das Liras de Gonzaga, depois da primeira


já se
çÕes

de 1792..."

Pag. 170: Lyra XXVI da l.a


parte.

Outras citações.

— Gênios.
CARVALHO RAMOS, Manuel L. de, Os

Typ. de Arthur de Souza & Irmão) 1895.


Goyaz, (Porto, José

In-8.°. 20 in.-252 n.
p.
"Thomaz
Pag. 151: Gonzaga" poemeto.

— de Lit-
CASTELLO BRANCO, Camillo, Curso

teratura Camillo Castello Branco. Continuação


portugueza por

e complemento do Curso de Litteratura portugueza por José

Andrade Ferreira. Lisboa, Livraria editora de Mat-


Maria de

tos Moreira & C-a 1876. In-8.°. 366 p.

Pag. 249-250.
"...
Pag. 250: As lyricas de Gonzaga, colligidas no

livro intitulado Marilia de Dirceu, multiplicadas em successivas

edições..
463

- ou a Revolução
A. de, Gonzaga
CASTRO ALVES,
A. de Castro Alves.
historico brazileiro por
de Minas. Drama
Exmo. Sr. Conselhiro Csic) Jo
uma carta do
Precedido de
Machado de A^.
do Illmo. Sr.
Alencar e de outra
de
In-8. . XXli yu p.
Coutinho, 1875.
A. A. da Cruz
de Janeiro,

Ramos Paz
Bibliotheca de Francisco
da
CATALOGO
1918) Rio de
31 de de
Rio de em Janeiro
no Janeiro,
(Fallecido
m.-422.
Imparcial, 1920. In-4. . 8 p.
Typ. d'0
Janeiro, "Gonzagueana .
Pags. : 121-122:

dosJ2imeh°s
da Exposição permanente
CATALOGO
direcçao do Bibliothe-
sob a
da Bibliotheca Nacional publicado
Typ. de G.
Gama. Rio de Janeiro,
de Saldanha da
cario João
In-8.°. 1070 e est.
& Filhos, 1885. p.
Leuzinger

394. N.° 196.


Pag.

de la Bi-
des livres imprimés
CATALOGUE général

Tome LXII: Goncourt:
Nationale. Auteurs.
bliothèque
et des Beaux
de llnstruction.publique
Goutzwiller. (Ministère
In-8. .
Nationale, MOCCCCXV.
arts.) Paris, Imprimerie

col. (624 pO —
do original e a
Apresenta tres edições

e Chalas -
franceza de Monglave
traducção

— Breve Diccio-
DA GAMA, X. C.,
CHICHORRO
brasileira. Edição
clássicos da literatura
nario de Autores
S. A. Li-
Portugueza. Rio de Janeiro,
Revista de Lingua
da
1921. In-8. . 88 p. ^
tho-Typographia Fluminense,
edições: 1792 (1.
43-44: cita as seguintes
Pag.
de Castro Lopes
1921; e as traducções latinas
1810, 1862, 1910,

1868, 1887).
(Rio;

— Miniaturas bio-
DA GAMA, A. C.,
CHICHORRO
classica brasileira).
de litteratura
graphicas (Apontamentos
Aillaud, Alves & Cia.,
Francisco Alves, Paris,
Rio de Janeiro,

1914. In-8.°. 192. p. , . a-


Cita as edi-
Pag 75-77: noticia bio-bibliographica.

as traducções latinas
1800, 1810, 1862, 1910 e
de 1792,
ções

(Rio, 1868 e 1887).

- These o
Manoel da, para
COSTA HONORATO,

da cadeira de rhetorica, poe-


ao logar de substituto
concurso
464

Pedrc, H po
do Imperial Collegio
e litteratura nacional
tica _
Typ. Cosmopo
Rio de Janeiro,
da Costa Honorato.
Manoel
1879. In,4.°. 98 XXXVI
de A. G. do Valle. peq.
lita
XXXV l da
estrophes da lyra
Pag. 65: as 2 primeiras

ParteL
"Thomaz filho legitimo
Antonio Gonzaga,
Pasr 75-
nasceo na ci-
Bernardo Gonzaga, que
do fluminense Dr. João
na mesma conju-
1754, e sendo complicado
do Porto, em
dade
África, onde dizem
foi desterrado para
ração do Tiradentes,
e lyrico, com
1807, foi excellente poeta pastoril
ter fallecido em
endeichas e outras
ódes, hymnos,
muSas sonetos,
pôz yras,
um volume denominado
em
foram publicadas
poesiTs que

Marilia de Dircêo".

— O Passeio. Póe-
Maria da,
COSTA E SILVA, José
edição Corre-
e Silva. Segunda
Maria da Costa
ma de Tosé
author — Lls^í
augmentada pelo
cta, e consideravelmente
1844. In 4.
da Silva Carvalho,
de Cândido Antonio
Imprensa

XXVIII-194-108 p. . „ _
peq. Pag. óó.
"Notas. — do .
Notas passeio.
2.a parte:
"O Gonzaga, Brejeiro,
Bacharel Tihomé Joaquim
Pastor Fido de
traductor do
de Dircéo, e
author da Marilia

GUarÍnl"Ent)retanto "Ensaio
no biographico-critico
em 1853,

Lisboa . TomoJ P^-


sobre os melhores poetas portuguezes,
"Livro - Conclusão da es-
XIII.
Costa e Silva:
285 escrevia
- Thomé
Cap. I. Joaquim
choía italiana.

erotico Thcma^n,ton!°K
do celebre poeta 9,°^af^
primo 1728.
20 de Abril de
Rio de em
ceu na cidade do Janeiro
'trad. a Marilia de
"Pastor nao se referindo
do Fido"...

Dirceo.

— Antologia da lingua portuguesa


CRUZ, Estevão.
de ' "
cinco séries do curso P°rt"guesg
dos alunos das
uso
para 828
doi Globo 1934 m-16. p.
Edição da Livraria
Porto Alegre,
XXVI Parte).
Pag. 504-508: Lyra (1.*

— Universal da Literatura
Estevão, História
CRUZ,
' oficiais
e de acordo com os progiramas
uso das escolas,
para Bar-
da Livraria do: Globo,
Porto Alegre, Edição
vio-entes
418; 722 lUustr.
1936. 2 vols. in-8». p.
cdlos Berta^o & Ciag,
bicgraphia, bibliogra-
vol. Pag. 468-469:
Segundo

e critica.
phía
465

— Bra-
CUNHA BARBOZA, da, Parnazo
Januario

collecção das melhores dos do Brasil


sileiro cu poezias poetas

inéditas, como impressas. Rio de Na Typo-


tanto já Janeiro,

Imperial e Nacional, 1829-1830 l.°) e na Ty-


graphia (Vol.

Nacional, 1831-1832 2.°). 8 cadernos em 2 vols.


pographia (Vol.
-
in 4.°.
peq. ;
"Breve
Vol. II. Caderno 8.° Pag. 32: noticia sobre

a vida de Thomaz Antônio Gonzaga, de Pernam-


(natural

buco

Seguem as lyras XXIV, XXVI, XXVIII da I e


parte

III, XII, XVI, XX, XXVII e XXVIII da II. E mais o


parte
"Soneto
despedindo-se a Bahia, foi despachado
para quando

Desembargador daquella Relação:

Obrei o discurso me ditava".


quanto

Muitas variantes.

— Résumé 1'histoire littéraire


DENIS, Ferdinand, de

du Portugal, suivi du résumé de l'histoire littéraire du Bré-

sil, Ferdinand Denis. Paris, Lecointe et Durey, libraires,


par
1826. In-18. XXVI-626
p.
"Chapitre —
Pag. 568-572: V. MARILIE, chants élé-

de Gonzaga da Costa (?)..."


giaques

Cita a traducção franceza de Monglave e P. Chalas,

da reproduz a lyra XXVIII


qual (2.a parte).

Denis, conhecia perfeitamente o nome de Gon-


que
zaga, foi victima de um erro typographico. Citando oito ve-

zes o elle escreve apenas Gonzaga, sem accrescentar o da


pceta
Costa, no titulo do capitulo, devia a Cláudio Ma-
que, pertencer
noel, cujo nome foi omittido. Cláudio, assumpto do capitulo, de-

veria, como diz Diniz, Caldas e Alvarenga, ser mencionado no

resumo inicial.

Infelizmente esse erro foi -repetido Saint-Hilaire,


por
Dezobry e Bachelet e outros.


DENIS, Ferdinand, P. Pinçon et De Martonne.

— Nouveau Manuel Bibliographie Messieurs


de universelle par
Ferdinand Denis, P. Pinçon et De Martonne. Paris, A la Li-

braire Encyclopédique de Roret, Roret) 1857. 3 vols.


(Manuel
in-12.
"Portugal. —
Tomo II Pag. 515 o titulo: VI
(sob

Poètes"):
"211. —
Thomas Antonio Gonzaga. Marilia de Dir-

ceo. Lisboa, 1811. in-18.


466

"Nous edit. avec vie de


signalerons une excellente

Rio de 1845.
M. P. da Sylva, Janeiro,
1'auteur donnée par
Mozambique, en 1809;
Minas; est mort fou á
Gonzaga né á (?)

la cathédrale de cette ville".


il est enterre dans
"Après le a ete le plus
le Camoens, c'est poete qui

Brésil. A de
réimp. en Portugal et au partir
frequemment
édit. une troisieme partie
1800, on a inséré dans quelques

n'appartient nullement a Gonzaga."


qui
"212. élégiaques de Gonzaga, trad.
Marilie, chants

Monglave et P. Chalas. Paris,


du MM. E. de
portugais par

1825. in-32".

— — Dictionnaire
DEZOBRY, Ch., Th. Bachelet gé-

d'Histoire, de mythologie, de géographie


néral de biographie et

des antiquités et des institutions


ancienne et moderne comparée,

et étrangères... MM. Ch.


romaines, françaises par
grecques,
— une société de littérateurs, de
Dezobry Th. Bachelet et

de savants. Deuxième édition corrigée.


et
professeurs ^
E. Magdeleine et Cie., éditeurs.
Paris, Dezobry,

1861. 2 vols. In-8.°. VIII-1466; 2922-10 p.

Varias ed. sendo a l.a de 1857.

Vol. I. Pag. 1206, 2.* col:

"Gonzaga de), Poète


Antônio Costa (?,),
(Thomas
du XVII.' siècle, m. en
brésilien, né au commencenient (?)

après avoir été impliqué dans une conspira-


1760, en exil,
(?)
TAiiacréon Son talent a de
tion. On l'a surnommé portugais,

de la chaleur, son style est sa


la de la naiveté et pur,
grâce,
MM. de Monglave et Chalas ont traduit
harmonieuse.
poésie
ses en français. Paris, 1825. In-32".
poésies

— Anthologia da lingua vernacula


DINIZ, Almachio,

literatura brazileira Dr.


organisada como curso.de pelo

Livraria Catilina de Romualdo dos


Almachio Diniz. Bahia,

Santos, 1913. In-8.°. 604 p.


"...
175-178, em nota bio-bibliographica: A sua
Pag..

de versos sob o titulo de


obra foi uma collecção
principal

Marilia de Dirceu, conta de vinte edições."


que perto

Segue a Lyra l.a da Parte II.

DE MARILIA. Lyras attribuidas á Snr.a


DIRCEU

de Villa Rica.) Rio de Typ.


D. M. D. de S. (Natural Janeiro,
J.

de E. S. Cabral, 1845. In-16. 12 in.-120 n.


J. p.
467

— Amores lyras)
duas I (15
Obra dividida em partes:
noticia e uma de-
de uma
__ lyras), precedidas
]I Saudades (26
consi-
Norberto de. S. S., geralmente
dicatoria assignadas J.

der.ado como autor.

— Thesouro
Osorio, Poe^ico
DUQUE-ESTRADA,
nacionaes 1751J-
das melhores poesias
brasileiro. Collectanea
Paris, Aillaud Al
Alves & Cia.
1900. Rio de Francisco
Janeiro.
1913. In-8.°. 452 p.
ves & Cia.

Pag. 27-32: lyra I parte).


(l-a

di lettere ed
ITALIANA scienze,
ENCICLOPÉDIA
di S. M. il Re d'Italia.
sotto 1'alto patronato
arti, pubblicata
ülustr. con-
1929-1935. 27 vols. m-4.\ (Em
Roma, Treccani,

tinuação).

XVII. Pag. 544, 2.* col.


Vol.

Four-
BRITANNICa (The).
ENCYC.LOPAEDIA
knowledge. Lon-
A new survey of universal
teenth edition.
— New
Company Ltd
Encyclopaedia Britannica
don, The
24 vols.
Britannica. Inc. (1929-1932)
York, Encyclopedia

in-4.\ illustr.

A l.a ed. é de 1768.

2.a Não se refere a traducçao


Vol. 10. 517, col.
pag.

ingleza.

E DICCIONARJO INTERNA-
ENCYCLOPEDIA
a collabòração de dis-
e redigido com
CIONAL, organizado

de lettras brasileiros e portugue-


homens de sciencia e
tinctos
com milhares de gravuras
Edição ricamente illustrada
zes.
Nova York, W. M. Jackson,
muitas em côr. Rio de Janeiro,

s. d. 20 vols. in-4.°.
Inc. editores,

VoCIX. Pag. 5211-5212.

— Literatura e folk-
FARIA, Alberto, Accendalhas.

de Leite Ribeiro & Mau-


Rio de Livraria Editora
lore. Janeiro,

rillo, 1920. in-16 . 394 p.


"(3)...Ora,
ate 1827 fizeram-se,
Pag. 80, em nota:

21 edições de Marilia de
em Portugal e Brasil, nada menos, que
anno do degredo do
a contar da 1792,
Dirceu, princepe,

referindo-se á edição de 1802 (2.*


A' 231, nota,
pag.
nunca ter visto a 1* dessa
da 2.a confessa parte.
parte),
468

— Literatura e folk-lore.
FARIA, Alberto, Aérides.

editor, 1918. in-


Ribeiro dos Santos,
Rio de Janeiro, Jacintho

16. 308 p.

Pag. 95, 217, 249- 255.

"Cartas —
— Chilenas". Seus
FARIA, Alberto, prin-

Typogr. Flli. Canton, 1913.


cryptonymos. São Paulo-,
cipaes

in-16. 40 p.


PINHEIRO,' Caetano,
FERNANDES Joaquim

nacional Conego Doutor


Curso elementar de Litteratura pelo
Rio de Li-
Caetano Fernandes Pinheiro... Janeiro,
Joaquim
— Paris, Garnier Irmãos, 1862.
vraria de B. L. Garnier.

in-8.\ VIII-568 p.

Pag. 329-336:

Lyrica, conhecida debaixo da de-


Pag. 330: . .Sua

de Dirceo, e dividida em duas partes,


nominação de Marilia

numerosas edições; e nem-uma obra em portuguez,


tem tido

dos Lusíadas, mais se tem


diz o Sr. Varnhagen, á excepção

reproduzido neste século".

— Em nota:
"1 — es-
Propendemos a opinião dos que julgam
para

a terceira com excepção d'algumas poesias, que


puria parte;

visivelmente primeiras".ás duas


pertencem
"Summamente e
em Portugal
Pag. 331: populares

Lyra§ de Gonzaga a subida honra de


no Brasil mereceram as

francez Sr. Monglave, em italiano pelo


serem vertidas em pelo
Uhland, e não sabemos si mais
Sr. Ruscala, em allemão por

em algum idioma moderno".

"1. — lyras de
Sabemos algumas das melhores
que

em latim nosso douto amigo


Gonzaga estão sendo vertidas pelo

Lopes. Da superioridade d'este tra-


o Sr. Dr. A. de Castro

specimens no
balho avaliar os leitores pelos publicados
podem

Correio Mercantil".

da lyra XXVI; 3 da lyra


Transcreve: 4 estrophes

XXVIII; 4 da lyrá VIII ; e 4 da


XXIV; 4 da lyra (l.ft parte)

lyra V da 2.aparte.


FERNANDES PINHEIRO, Caetano,
Joaquim

Litteraria Conego Caetano


Resumo de Historia pelo Joaquim

de B. L. Garnier, s. d.
Fernandes Pinheiro... Rio Janeiro,

2 vols. in-8.°. 497-VIÍ; 480 retr. do autor.


p.
469

"GONZAGA An-
Vcl. II. Pag. 327-336: (Thomaz

agosto de 1774. ..
.. nasceu na cidade do Porto em
tonio).
apenas contava deze-
em jurisprudência quando
graduando-se
o d'ou-
a.nnos.. . até em 1782 recebeu predicamento
nove que

vidor de Villa Rica..." a

estrophes da Lyrra XXXVill (l.


Transcreve quatro

Parte) ohp iulea allusivas a Tiradentes.


"Nenhum fse ex-
outro livro em lingua portugueza

tem tido tantas e tão re-


ceptuarmos os Lusíadas de Camões)

da sua popularidade .
edições: nrova indefectivel
petidas
"Seguindo Sr.
3. as indicações do
Pae\ 332. Nota

calculamos em quinze ns
Innocencio da Silva (Dicc. Bibliogr.)

d'esta cbra sendo a ultima a de 1862, edictorada pelo


edições

Sr. B. L. Garnier em dois vol. in-12".


Martinho Augusto da, Subsídios para
FONSECA,

e obras anonymas de
Díccionario de iníciaes
um pseudonymos,
o estudo da litte-
escriptores Contribuição para
portuguezes.
Augusto da Fonseca. Com
ratura por Martinho
portugueza
acadêmico Dr. Theo-
servindo de prologo pelo
poucas palavras
e na TvDOgranhia da Acade-
Braea. Lisboa, ordem
philo por

das Sciencias. 1896. In-4.° XII-298 p.


mia Real peq.

Pae. 21, N,° 215:


"Dirceu — natural do
Thomaz Antônio Gonzaga,

Porte e n. em agosto de 1744".

Pag. 155: N.° 381:


"T. — natural do.
A. G. Thomaz Antonio Gonzaga,

de 1744. Marilia. Lisboa. 1802. 8.


Perto e n. em agosto

— Historia da Li-
FORJAZ DE SAMPAJO, Albino,

sob a direcção de Al-


teratura ilustrada publicada
portugueza
Academia das Ciências de Lisboa,
bino Foriaz de Sampaio da

A. Botelho da Costa Veiga. , .


com a colaboração dos Senhores

1929-1932. 3 vols. in-4.


Paris, Lisboa, Aillaud & Bertrand,

388. 386, 378 p. illustr.

Vol. III. Pae:. 327-330:

Antônio Gonzaea e os de Minas...''


Tomás poetas
"Marilia
Cita 35 edições de de Dirceu".

Pag. 352, retrato de Gonzaga.

— da
FRANCIONI DE SOUZA, Cacilda, Resumo

Historia literaria. Rio de Laemmert & C. Editores,
Janeiro,

1902. in-8.°. VIII-440 p.


470

"Thomaz
237: Antonio Gonzaga... As celebres
Pag.

— de Dirceu, de estylo suave e natural, foram


Lyras a Marilia

vertidas o francez, italiano e allemão".


para
Algumas citações : lyra XIX da l.a 3.a estrophe;
parte,

2.a 5.a e 9.a estrophes; lyra III da 3.a


lyra XVIII da parte, parte,

l.a estrophe.

— Noções de li-
FRANCIONI DE SOUZA, Cacilda,

Cacilda Francioni de Souza 2.a edição,


teratura nacional por
& — Edi-
revista e melhorada. Rio de Laemmert C.
Janeiro,

tores, 1902. in- 8.°. XXVI-384 p.

A l.a ed. é de 1895.


"Thomaz
Pag. 61: Antônio Gonzaga. Nascido em

Portugal no anno de 1744, Thomaz Antonio Gonzaga


passou

sua infancia na Bahia e sua mocidade em Minas, donde par-

tio bacharelar-se em Coimbra".


para
"..
.morreu louco em 1807".
"As
lyras, divididas em duas foram vertidas
partes,

o francez, italiano e inglez".


para
"Maria
Dorothéa morreu solteira em 1854".
Joaquina

Pag. 152-156: as lyras XVIII da 2.a e III da 3.a.


parte

— brasileiros. Século
FREIRE, Laudelino, Sonetos

XV1T-XX. Collectanea organisada Laudelino Freire. Rio


por

de F. Briguiet & Cie. s. d. in-4.°. VIII-514 com


Janeiro, p.

retr.
"Thomaz —
Pag. 9: Antonio Gonzaga. Filho de paes

brasileiros, nasceu no Porto em 1747. Na Bahia passou sua

infancia, e do resto de sua vida em Minas, onde


grande parte

occupou o cargo de ouvidor de Villa Rica, cargo exer-


que

cia envolvido na inconfidendia mineira, foi e


quando, preso
— Bacha-
degredado a África, ahi fallecendo em 1807.
para

rei em direito".
"Bibliog. — Marilia de Dirceu, dirigida
publicação

Norberto de Souza S. Rio, 1862".


por
"Obrei
Segue o soneto: o discurso me guiava.
quanto

Illustrando a noticia: o retrato de Gonzaga.


FREIRE DE CARVALHO, Francisco, Primeiro

ensaio sobre historia litteraria de Portugal, desde a sua mais

remota origem até o tempo, seguido de differentes


presente

opusculos, servem sua maior illustração, e offerecido


que para
471

em todas as nações, por


da litteratura portugueza
aos amadores
Typographia Rol-
.. Lisboa, na
Freire de Carvalho,.
Francisco

landiana.^l845^in^8.
indicados me-
^ ^ Ej^re QS acima

os dous Alvarengas (
recem especial commemoração
Ba
Manoel da Costa, .Tose
Ignacio Tosé), Cláudio
Ie-nacio e
Thome JoT™°T/a
o célebre e desditos»
silio da Gama,
lyricas, intituladas
collecção de poesias
autor da bem conhecida

de Dircêo, e.. ." (?)


Marilia

— Estudos críticos sobre


Antonio de,
FREITAS José -
Freitas;^ I.
Antonio de
do Brasil Dor Tosé
a Litteratura
das Horas Ro-
Lisboa, Typographia
O Lyrismo brazileiro.

1877. in- 18. 142 p.


manticas.
de algumas lyru.
referencias e Iranscripção
Varias

— Literatura Nacional.
Leopoldo de,
FREITAS,
accordo com o oro-
Sciencias e Letras de
do Instituto de
Curso
Magalhães, 1910.
Paulo, Est. Graph.
official. São
gramma

e 3 es-
Liareiro resumo bio-bibliographico
Pai? 33-34:

da lyra III da 3.a parte.


trophes

— Biographias de Br^si-
Raphael Maria,
GALANTI,
Padre R|-P^ael
resumidamente expostas pelo
leiros illustres
& C. 1911. in-8. . 368 p.
Galanti. São Paulo, Duprat
Maria

Pag. 46-47. N.° 76.

— El Brasil intelectual.
MEROU, Martin,
GAROA
Buenos Aires, Felix Laiouane,
Impresíones notas literarias.
y

editor, 1900. in 8.°. VIII-470 p.

literário e algumas traducçoes.


Pag. 239-245: estudo

— Literature. Isaac
Isaac, Brazilian
GOLDBERG,
D. M. Ford. New
Ph. D. With a foreword by J.
Goldberg,
MCMXXII. in 8.°. XIV-304 p.
York, Alfred A. Knopf,

o lyrismo do- minemos.


Pag 61-68: estuda poeta?
love has so
63:"... No other book of poems
Pag.

reader; the number of editions


appealed to the Portuguese

has is second onl\


which the Marilia de.Dirceu gone
through
has, since the original issue
of Os Lusíadas, and
to the printings
"
1792, reached to thirty-four. ..
in
a ultima estrophe da
Pag 64-65. Transcreve e traduz

lyra V 1.').
(Parte
472


DE MAGALHÃES, D. Suspi-
GONÇALVES J.,

D. G. de Magalhaens. Segun-
ros e Saudades por J.
poéticos
Pariz, Morizot. Rio de
da edição correcta e augmentada. Ja-

neiro, mesma Casa, 1859. in-18. 360


p.

A 1.* ed. é de 1836.

Pag. 209 e nota á 354.


pag.

-—GONZAGA, Com uma intr.oduçção


poema por...
- L. 1865.
M. Pereira da Silva. Rio de B. Garnier,
por J. Janeiro,

In-12. 242
p.
Poema attribuido a Pereira da Silva.

— Inventaire raisonné
GRANDE ENCYCLOPÉDIE.

des lettres et des arts une" Société de savants


des sciences, par

de lettres... Paris, H. Lamirault et Cie. s d 31


et cíu gens
- 8.° illustr.
vols. in
"Gonzaga
Vol. XIX. Pag. 2, 2.a col.: (Thomaz-An~

tonic,), célebre brésilien... Le nombre des éditions qui


poete

en ont été ne le cède a celui des oeuvres de Ca-


publiées qu

moens. La de Dirceu), donnée avánt 1800, ne


première (Marilia

contient deux une troisième dont 1'authen-


que parties; partie,

Hcité n'est admise intégralement, a été ajoutée a la Secon-


pas

de édition, celle de 1800. Les meilleures sont celles de Pereira

- - N.
da Silva de 1845, in 12), et celle de de
(Rio Janeiro, J.
- 12). Les de Gon-
Scuza Silva 1862, 2 vol. in poésies
(Paris,

zaga ont été traduites dans la des langues européennes,


plupart

et en français E. de Monglave et P. Chalais Paris*


par (Marilie,

1825, in-32)".

— Thomaz Gonzaga vida e


GUERRA, Álvaro, (sua
— Literatura bra-
suas obras) de Grandes Homens.
(Galeria

l.a série, organizada sob a direcção do Prof. Álvaro


sileira.

Guerra). S. Paulo, Companhia Melhoramentos de S. Paulo,

1923. in - 16. retr. de Gonzaga. 56 p.

Resumo biographico extrahido cio trabalho de Joa-

Norberto.
quim
Lyras VI, XXVI, XXXIV e XXVIII da 1.*
parte.
— XXXV,
I, II, IV, V, XXII, XXIII, XXIX , XXXI,

XXXVI e XXXVII da 2.a


parte.
Lyra III da 3.*
parte.
"Obrei
Soneto: o discurso me guiava"
quanto

— estudo da Lite-
GUERRA, Álvaro, Introducção ao

ratura, contendo a biographia e estudo critico dos mais nota-


473

de sua época. S. Pau-


literatos brasileiros, representativos
veis
Paulo, s. d. in-16. 180 p.
Melhoramentos de S.
lo, Comp.
- e as lyras
93 101: Resume bio-bibhographico
Pag;.

VI e XXVI da l.tt
parte.

— Dictionnaire Universel
LAROUSSE, Pierre, Grand

Larousse. Paris, Librairie Cias-


XIX Siècle.. . M. Pierre
du par
- 4.
1866- 1878. 17 vols. in
sique Larousse et Boyer.

Vol. 8.° 1368, l.a col.


pag.

XXe SIÈCLE en six volumes, pu-


LAROUSSE DU

Paris, Librairie Larousse,


la direction de Paul Auge.
blíé sous

s. d. 6 vols. illust. . . .
"GONZAGA - Antomo),
T. III. 823: (Thomas
pag.
né á Porto em
brésilien, surnommé Dirceo, (Portugal)
poète
1793. II se rendit au Brésil, ou
1747, mort á Mozambique en

entra dans la magistrature.


il suivit la carrière du barreau, puis

Minas il fut exilé au


Impliqué dans la conjuration de (1789),

la raison. Ses amoureuses,


Mozambique, et y perdit pcésies

Marie de Seixas, sont tres


écrites en 1'honneur de sa fiancée,

Elles se distin-
dans les de langue portugaise.^
populaires pays
a la fois mélancolique
une inspiration passionnée,
guent para

et gracieuse".

2 volumes. Novo Dicciona-


LELLO UNIVERSAL em

e Li-
rio encyclopédico luso-brasileiro organizado publicado pela

de Grave e Coelho Netto.^Volu-


vraria Lello sob a direcção Jcão
Lello Limitada, s. d. Ín-8. VIII
me Pôrto, Livraria
primeiro.
- 1458 illustr.
p.

— Noites de Sabbado. Rio de


LIMA, Augusto de, Ja-
,
- 16.
do Brasil) 1923. in
neiro, Álvaro Pinto, editor (Annuario

414 p.
"LX.
236-239; A Casa de Marilia
Pag.

Lyra XXXV. Essas, estrophes


2 estrophes da (?)

á lyra XXXVI da 2.a


pertencem parte.
"Tiradentes", 4
opera lyrica em
Do mesmo autor:
"Revista Mineiro
na do Archivo Publico ,
actos publicada
-
anno II, 1897, 187 232.
pag.

— de auetores mineiros
LIMA, Mario de, Collectanea
— Poetas. Volume I. Escola
organizada Mario de Lima.
por
— do Centenário em
Mineira Pre-romanticos. (Publicações

Imprensa Official, 1922. In-


Minas Geraes,) Bello Horizonte,

- IV
8.° 400 p.
474

"...Suas 34 edições e foram


Pag. 69: lyras contam

italiano e latim. .. Alguns


em hespanhcl, francez,
traduzidas
da terceira das
em duvida a authenticidade parte
críticos põem
de 1800, em Lisboa.^ Escreveu
lyras na 2.a edição
publicadas
o satyrico Cartas
sob o Critillo, poema
também, pseudonymo

XII, XIII, XVII, XIX,


Transcripçao das lyras I, II,

XXXVI da l.a III, V,


XXI, XXVI, XXVII, XXXIV e parte.
"Car-
XXIV e XXVI da 2.* e a 10.' das
VII, XIV, XVII, XXII,

tas Chilenas".

— O Amor infeliz de
LIMA Augusto de,
JÚNIOR,
de Seth. Rio de Edi-
Marilia e Dirceu. IllustraçÕes Janeiro,
"A 188
Noite," 1936. In-16. p.
tora: Sociedade Anonyma

com est.

— Thomaz Antonio
LIMA Augusto de,
JÚNIOR,
"Jornal
de Marilia). No do Commercio",
Gonzaga (O poeta

do Rio de 1936.
Janeiro,

Coll. de retalhos.

— Histoire de la Littérature
LOISEAU, A., portu-

nos A. Loiseau.
depuis ses origines jusqu'a jours par
gaise
1886. In-18. VIII-404 d^dic. autog.
Paris, Ernest Thorin, p.

a D. Pedro II. Th. Ch.)


do autor (Coll.

Pag. 346-347:
"...Gonzaga, encadre les
dans ses Lyres, plus
qui,

les riants .."


nobles dans plus paysages;.
pensées
Pag. 348:
". ses Sousa Cal-
. ,le Brésil revendique avec orgueil
"
das. .. Gonzaga. ..

— de
DE MENDONÇA, A. P., Memórias
LOPES

A. P. Lopes de Mendonça.
Litteratura ccntemporanea por

de A. F. Lopes, 1853. In-8.° X-388 p.


Lisboa, Em casa J.
"Morte
Pag. 372: de Marilia de Dirceo"..'.

— Desaggravos do
LORETO COUTO, Domingos do,

D. Domingos do Loreto
Brasil e Glorias de Pernambuco por

Officina Typographica da Bibliotheca


Couto. Rio de
Janeiro,

Nacional, 1904. in-4.°. 566 p.

n.° 172: uma noticia sobre o Doutor João


Pag. 230.

Gonzaga, de Thomaz Antonio Gonzaga.


Bernardo pae
475

— Anno Bíographico
MACEDO, Manoel de,
Joaquim
Manoel de Macedo. Rio de Janeiro,
brazileiro per Joaquim
Lithographia do Imperial Instituto Artístico.
Typographia e

3 vols. in-4.° 538-IV; 538-VI; 622-VI p.


1876. peq.

Tomo III- Pag. 5-8.


"... o
8: A edição dessas lyras sob
Pag. primeira

titulo Marilia de Dirceu contem l.a e 2.a


partes".
"A com o
segunda edição feita em l800 se apresenta

da 3.a a maior dos criticos não con-


augmento parte que parte

sidera authentica".

Repetição do disse Varnhagen.


que

— Historia da literatura
MARQUES DA CRUZ.

oriental, latina, franceza, etc. e, especialmente, portu-


grega,

brasileira. Com um appendice sobre composição Hte-


gueza e

raria versificação... edição. 12.° milheiro. S. Paulo,


e Quarta

Rio, Comp. Melhoramentos de S. Paulo, s. d.


Cáyeiras, (1932)

in-16. 584
p.
6.a ed. s. d. (1935).

Pag. 277-278. ed.). Attribue Gonzaga


a a tra-
(4.a
"Marilia
ducção do Pastor Fido de Guarini e 34 edições á
(?,)

de Dirceo".
— estrophes.
Pag. 534: ed.) Lyra I 3
(4.a

— As
MELLO BRAGA DE OLIVEIRA, Oswaldo,

edições de Marilia de Dircêo. Bibliographia completa organi-

zada Oswaldo Mello Braga de Oliveira. Rio de


por Janeiro,

(Edição Benedicto de Souza) 1930. In-16. 58 p.


"Marilia
Optimo estudo bibliographico sobre de Dir-

ceu". Muito auxiliou a organização deste Catalogo.

— Inconfidente Clau-
MELLO FRANCO, Caio de, O
"Cartn^
— Obsequioso e as
dio Manoel da Costa. O Parnazo

Chilenas". Rio, Schmidt, editor, 1931. in-16. 252 com est.


p.

Pag. 28, 144-146, 152-155...

Pag. 154: Baseado em Teixeira de Mello ("Ephe-


"só
merides Nacionaes"), conclue Gonzaga em 1783 ou
que

mais em 1784, ter chegado a Villa Rica".


plausivelmente poderia

Sabemos entretanto Xavier da Veiga Mi-


por (Ephemerides
"tomou
neiras. Vol. III. 311) que elle em Villa
pag. posse

Rica a 12 de Dezembro de 1782, conforme consta do Livro 6.3

das ordens régias 115 v. a 117) da da Real Fazenda


(fs. Junta

de Minas Geraes..."
476

— Historia do Brasil-
MORAES, A. J. de,
. MELLO
a historia circum-
Reino e Brasil-Imperio. Comprehendendo

Pinheiro & C. 1871-


Rio de Typ. de
stanciada... Janeiro,
50-11 retr. e map.
2 vols. em um in-4.° 442-VIII; p.
1873 .

Tomo I Pag. 6-7:


"...O Antonio Gonzaga es-
desembargador Thomaz

Marilia as lyras 3, 26 e
na cadêa de Villa-Rica, á sua
creveu,

35, da 2.a parte das suas poesiás.


Botelho lhe tirar as
em viagem, a para
Quando, pediu

17, do caminho e intermedie


algemas, escreveu a lyra que por

Dorothéa, assim se ex-


Botelho, mandou á D. Maria que
de

primia:
"Se
lá te chegarem

Aos ternos ouvidos

— de litteratura
MELLO MORAES FILHO. Curso

trechos em e verso de
brazileira ou escolha de vários prosa

modernos Mello Moraes


autores nacicnaes antieos e por

melhorada. Rio de Ja-


Filho. 3.a edição consideravelmente

Paris. s. d. in-8.°. 556 p.


neiro, H. Garnier,

1876. 2." de 1881. 4.' de 1902.


A 1.* ed. de

Pag. 325: Lvra IV da 2.a


parte.
"Adeus Bonifácio.
Pag. 352: de Gonzaga", por José

— Parnaso brazilei-
MELLO MORAES FILHO.

— B. L. Garnier^ edi-
ro. __ Século XVI XIX. Rio de Taneiro,

& Filhos). 1885. 2 vols. in-8.°


tor de G. Leuziriger
(Typ.

XII-508-18-10: 624-22-10 p. n.

I. 134-146: 8 lyras de Gonzaga.


Vol. pag.

Vol. II. 4 neta biographica.


pag. (fin.)

da Literãtu-
MENDES DOS REMÉDIOS.—História

a actualidade. Sexta edição.


ra desde as origens até
portuguesa
"Atlântida", 1930. in-8.°. XX-710 p.
Coimbra. livraria editora.
"151. — se-
Tomás Antônio Gonzaga...
Pag. 413:

á Baía no cargo de
a carreira da magistratura, passando
guiu
estava casar com aquella que
desembargador. Ai, quando para

Marilia salteou-o uma ordem


cantou sob o nome de
depois
de fazer capital da
de motivada o acusarem parte
prisão por
suposta rebelião repu-
chamada coniuração dos Confidentes,

blicana de Minas (?) "


K

477

"(3) São Apreciável é


numerosas as ed.
Em nota:
ed. de 1888, de Lisboa.
1862, 2 vols. ... Ha uma
a de Paris,
e Veris-
todas sobreleva a revista prefaciada por- José
Mas a
E' 33.a edição! Gonzaga tradu-
Rio de 1910. a
simo, Janeiro,

ziu o Pastor Fido de Guarini." (?)

a Lyra XXVIII 1.*


Pag. 454-455: (da parte).

-
— Poesias selectas leitu-
MIDOSI, Henrique, para

dos em conformi-
ra, recitação e analyse pcetas portuguezes

adoptados o curso de portu-


dade com os programmas para

Décima edição. Lisboa, Im*


Henrique Midosi...
guez por
Nacional, 1875, in 8.°. 328
prensa p.
de da 1.*
Pag. 184-186: uma lyra Gonzaga (XXVIII

parte). ,

— Historia da Litteratura brasi-


MOTTA, Arthur,

Editora Nacional, 1930. 2 vols.


leira... São Paulo, Companhia

in-8.° 496; 492 Exempl. n.° 95.


p.
"Mari-
286-298: cita 35 edições de
Vol. II. Pag.

lia de Dirceu".

"Boletim Patílo,
No Bibliographico Brasileiro", S.
"Consulta-s
I, n.° 4, de fevereiro de 1934, sob o titulo:
anno

cita Arthur Motta 47 edições em portuguez.


bibliographicas",

— de ouro da
OLIVEIRA, Alberto de, Paginas poesia

Paris, H. Garnier, 1911. in-18.


brasileira. Rio de Janeiro,

VI-420 p.
XXVI e XXXII da l.a e V da
Pag. 25-32: Lyras parte

2.\

— Poetas
OLIVEIRA, Alberto de, e Jorge Jobim.

Alberto de Oliveira e Jorge Jobim. (Collecção


brasileiros por
'Áurea. . Rio
— escolhidas dos melhores escriptores)
Paginas

1921-1922. 2 vols. in-8.°


de Paris, Livraria Garnier,
Janeiro,

VIII-396; 374 p.
"Thomaz
I. 55: Antonio Gonzaga... pas-
Vol. pag.
em Coimbra, na facul-
sou a infancía na Bahia. Bacharelou-se

da collecção de
dade de direito em 1763. .. A primeira parte

de Dirceu, foi em
Lyras, sob o titulo MariHa publicada
suas

1792".

XXVI, XXVIII e XXX da


Seguem as lyras II,

VII e XVIII da II. . ,


I, e as lyras V, parte
parte
478

— litteratura colo-
OLIVEIRA LIMA. Aspectos da

nial brazileira. Leipzig, F. A. Brockhaus, 1896. in-8.°.

XVI-302
p.
Pag. 256-268 e outras.

Estudo literário e varias citações.

—Littérature brésilienne. Préface


ORBAN, Victor,

de M. de Oliveira Lima. Frontispice d'Antonio Parreiras.

Paris, Garnier Frères, Rio de Porto, s. d. in-8.° 370


Janeiro,

com retratos.
p.
Existe 2.a ed.: 1914. in-12 de XI-529
p.

Pag. 26-28: Nota biographica retrato de Gonzaga.

Cita a traducção de Monglave da trascreve a lyra XXVIII,


qual

da 2.a com algumas variantes.


parte,

PARNASO LUSITANO ou selectas dos au-


poesias

ctores antigos e modernos, illustradas com notas.


portuguezes
Precedido de uma historia abreviada da lingua
portugueza.

Paris, Em casa de P. Aillaud, 1826-1834. 6 vols. in-32.


J.

CXXXIV-284;... 380
p.
— a Var-
Pag. XLVI-XLVII. Estudo attribuido

nhagen.

III — 194-207. — lyras de


Vol. pag. Cinco Gonzaga.

— da Lite-
PEIXOTO, Afranio, Noções de Historia

ratura brasileira. Rio de Livraria Francisco Alves,


Janeiro,

1931. n-16. 352 illustr.


p.
Pag. 20, 118, 119, 134, 129, 167.
".. "Marilia
Pag. 167: .Seu livro de Dirceu",
grande
Lisboa, 1792, teve numerosas reedições, até agora, 35
(Motta),

talvez mais, 47 Oliveira), como apenas até agora só lo-


(O.

Casemiro de Abreu, e certamente, Castro Alves, nas


grasse
nossas letras. ...Attribuem-lhe a autoria das Cartas Chilenas,

Rio 1845, cartas), 2.* ed., 1863 cartas)


(sete (treze pamphleto

ou satyra política, em versos, guardadas as distancias, no ge-

nero das Cartas Persas, de Montesquieu, satyra social".


PERDIGÃO, Henrique, Dicionário Universal de

Literatura e cronológico). Barcelos, Portu-


(Bio-bibliográfico
calense Editora, Lda. 1934. in-8.° XXIV-792
p.
"..
Pag. 257, 2.a col.: .Numerosas são as edições que

tem tido; a l.a é de 1792, sendo conhecidas actualmente


para
479

ha em francês, ín-
sem contar as traduções que
cima de trinta,
desta ultima língua
espanhol e latim (a
alemão, italiano,
glês,
é do Dr. Ramiz Galvão) (?)..." ,
"Gonzaga, vários versos inéditos,
de há, ainda,
quem
Alberto Faria,
segundo apresentadas por
é também, provas

das Cartas Chilenas. .."


o autor

— Brazileiro
DA SILVA, M., Parnaso
PEREIRA J.
brazileiros desde o
de dos melhores poetas
ou selecção poesias
uma introducçao histo-
do Brasil, de
descobrimento precedida
M. F.
sobre a4itteratura brazileira por J.
rica e biographica
clássicos da lingua portu-
da Silva. dos poetas
(Bibliotheca
Eduardo e Henrique Laem-
T. IV e VII) Rio de Janeiro,
gueza
2 vols. in-12. 298; X-324 p.
mert, 1843-1848 .

— 263-293: 14 lyras de
Vol. I. Introducçao e pags.

Gonzaga. -

— Plutarco Brasileirp
DA SILVA, M.,
PEREIRA J.
Eduardo e Henn-
M. Pereira da Silva. Rio de Janeiro,
T.
por
2 in-4.° peq. VIII-342; 268 p.
Laemmert, 1847. vols.
que
"VI — Thomaz Antomo Gon-
Vol. I. Pag. 167-206:

zaga".

— Os illus-
DA SILVA, M., Varões
PEREIRA J.

coloniaes M. Pereira
do Brazil durante os tempos por J.
tres
— Livraria Guil-
Livraria de A. Franck. .d,e.
da Silva. Pariz,

2 em um in-8. . 394; 372


laumin et Cie., 1858. vols. p.
"VII. — Thomaz Antonio
Vol. II. Pag. 43-80.

Gonzaga..."
"(7)
— Temos visto diversas tra-
Pag. 79. Notas:

em línguas extrangeiras; entre


ducções das Lyras de Gonzaga

em francez, do senhor Ruscala


ellas a de M. de Monglave,

infelizmente estas
em italiano, e de Iffland em allemão; para

maviosidade original dos seus can-


traducções não a
passou

ticos."

— Varões illus-
DA SILVA, M., Os
PEREIRA J.

tempos coloniaes M. Pereira


tres do Brazil durante os por J.

muito mais augmentada e correcta.


da Silva. Terceira edição,

B. L. Garnier. Pariz, A. Durand


Rio de Livraria de
Janeiro,
1868. 2 vols. in-18. 342; 368 p.
e Pedone-Lauriel,

Pag. 69-104.. Estudo biographico e


Tomo segundo.

acompanhado de varias citações e transcripções.


critico
480

— A litteratura brazileira nos tem-


PERIÉ, Eduardo,

começo do XIX. Esboço-


Do século XVI ao
coloniaes.
pos
e trechos dos e
historico seguido de uma bíbliographia poetas

fundaram no Brazil a cultu-


d'aquelle período que
prosadores
Eduardo Perié. Buenos Ayres,
ra da língua portugueza por

Perié, editor. 1885. in-8.° 442 p.


Eduardo

Pag. 220-227 e 425-429.

— Brazileiros illustres. Se-


PINHEIRO CHAGAS.

Porto, Livraria inter-


edição, revista e accrescentada.
gunda
casa editora. Lugan & Gene-
nacional de Ernesto Chardron,

1891. in-8.°. VIII-168 p.


lioux, successores.

a l.a ed. sahiu em 1879 (.)


Segundo Innocencio

Pag. 67-68.

— Manual bibliogra-
PINTO DE MATTOS, Ricardo,

raros, clássicos e curiosos coordena-


de livros
phico portuguez
revisto e Snr.
do Ricardo Pinto de Mattos, prefaciado pelo
por
Branco. Porto, Livraria Portuense-Editora,
Camillo Castello

1878. in 8.°. XII-582 p.


"GONZAGA
Antomo)...
Pag. 312-313: (Thomaz

de Gonzaga se tem feito


De todas as edições das poesias
que
o titulo seguinte: a
até hoje a mais bella e nítida tem (cita
"Desta
1862)... edição de 1862
edição de Norberto de pas-
J.
notícia das mais edições d estas poe-
samos a extractar a

sias:..

"Apesar reimpressa não_é


de ser obra tantas vezes

apontadas, e as sao
vulgar das impressões primeiras
qualquer
Publica do Porto uma
até muito raras. A Bibliotheca possue

é de Lisboa, impr. Regia 1817,


edição não mencionada ainda;

Da de 1862 vendeu-se um exemplar


e as de 1840 e 1862. edição

vem annunciada 1$500,


1$000, Sousa Guimarães; mas por
por
e outro exemplar com data de
no Cat. de Viuva Bertrand,

1804 in-12 220 reis."


por

— Ensaio sobre o Homem de Ale-


POPE, Alexandre,

verso Francisco Bento


xandre Pope, traduzido verso por por

de São Lourenço... Londres, C.


Maria Targini, Barão

3 in-4.°. XXIV-380; 232; 332 p.


Whittingham, 1819. vols.

com est.
"O
156-157: infeliz Thomaz Antomo
Vol. I. Pag.

Lyras tem huma do seguinte theor, que he


Gonzaga nas suas
3

481

"do
bella, e optima imitação Grego". Se-
poeta (Anacreonte)

gue a lyra:
"Encheo,
minha Marilia, o
grande Jove
"
De immensos animaes...

Parte I.-Lyra XXIV


La France littéraire ou Dic-
QUÉRARD, J.-M.,

tionnaire bibliographique des savants, historiens et de


gens

lettres... M. M. Paris, chez Firmin Didot,
par J. Quérard.

père et fils, libraires, 1827-1839. 10 vols. in-8.° XXX-582; .. .

576
p.
Vol. III. Pag. 408, 2.a col. :
"GONZAGA.
Marilie, chants élégiaques, trad. du

portugais E. de Monglave e P. Chalas. Paris, Panckou-


par
cke, 1825. in-32. 3 fr."
"Faisant "Traduction
partie de la de tous les chefs-

d'ceuvre classiques."

Vol. IV. Pag. 207; col. 2.a:


"Monglave
(Françoi.s-Eugêne Garay de)... Tra-

ductions..."


RIBEIRO, O Fabordão. Crônica de vario
João,
assunto. Rio de Paris, H. Garnier, livreiro-editor,
Janeiro,
1910. in-18. 366
p.
"Gonzaga
Pag. 315-324: e Anacreonte"...

RIO —
BRANCO, (Barão do) Ephemerides brazilei-

ras Barão do Rio Branco. l.° volume. Rio de


pelo Janeiro,
"Jornal
Typographia do do Brazil", de H. de Villeneuve & C.

1892. in 4.° 378


peq. p.
"2
Pag. 301. de Setembro... 1744.. ."

RODRIGUES, — —
J. C., Bibliotheca Brasiliense.

Catalogo annotado dos livros sobre o Brasil e de alguns auto-

graphos e manuscriptos a C. Rodrigues. Par-


pertencentes J.

te I. Descobrimento da America: Brasil colonial 1492-1822.
"Jornal
Rio de Typ. do do Commercio" de Rodri-
Janeiro,-
& C. 1907. in-4.°. VI-680
gues p.
Pag. 269-273. 1130-1147).
(n.°

RODRIGUES DA FONSECA
JORDÃO, JoãoFio-
rilegio brasileiro da infancia destinado exercício de leitura
para
de verso e de manuscriptos nas escholas publicas primarias por
Rodrigues da Fonseca no Muni-
João Jordão, professor publico
482

.. Rio de vende-se na Livraria Classica


cipio da Corte. Janeiro,

do editor Nicoláo-Alves, 1874. 2 vols. in-8.°.

Possue a B. N. apenas o segundo vol. (282 p.)

Pag. 39-41: duas lyras de Gonzaga.

— Introducção á historia da lit-


ROMÉRO, Sylvio,

Sylvio Roméro. Primeiro volume. Rio


teratura brazileira por
Nacional, 1882. in-8.° VI in.-252 n.
de Typographia p.
Janeiro,
Pag. 221-231.

— Historia da litteratura brazi-


ROMÉRO, Sylvio,

Roméro. Rio de B. L. Garnier, 1888.


leira Sylvio Janeiro,
por
2 vols. in-8.°. XXVII1-1490 p.

— Noiva da Incon-
ROSOLIAj Orestes, Marilia, a

fidência. Romance historico. A Inconfidência mineira envol-

veu em tramas o mais comovente amor da nossa história.


suas

São Paulo, Unitas-Limitada, 1933. in-16. 318


p.

— —
RUELA POMBO, Manuel, O Brasil colonial.

— Os conspiradores vieram
Inconfidência mineira (1789). que

deportados os de Angola, em 1792, Padre


para presidies pelo

Manuel Ruela Pombo, missionário secular anti- e


português
"Diogo-Cão".
amador. Edição ilustrada da revista
quário

Angola-Luanda, Composto e impresso na Tipografia Mondego,

1932-1933. 8 fase. 64 illüstr.


p.

SACRAMENTO BLAKE, Augusto Victorino Alves,

— brazileiro. Rio de Ty-


Diccionario bibliographico Janero,

Nacional, 1883-1902. 7 vols. in-8.°.


pographia
Vol. VII. Pag. 276-281.

— les
SAINT-HILAIRE, Auguste de, Voyage dans

de Rio de et de Minas Geraes.- Paris, Grim-


provinces Janeiro

bert et Dorez, 1830. 2 vols. in-8.°.

Vol. I. Pag. 204:


"...
Une victime célèbre de cette prétendue conspi*

ration fut le Thomaz Antonio Gonzaga da Costa, ouvidor


poète
de S. dei Rey. En vain ses talens en sa
João (1) plaidaient
faveur, il fut exilé sur la côte d'Afrique; mais ses chants sont

devenus et bien longtemps encore ils charmeront


populaires,
le voyageur sous 1'humble rancho et dans les lieux les
jusque

plus solitaires."

."1,) c'est du moins le titre lui donnent Spix et


que

Martius."
483


SANTOS, dos, Catálogo da importante e pre-
José

ciosissima livraria aos notáveis escritores e bi-


que pertenceu

bliófilos Condes de Azevedo e de Samodães. Enriquecido de

notas bibliográficas e noticias de varias edições de muitas das


"fac-similes"
obras descritas. E também de numerosos de

frontispicios, registos de lugar e


portadas, paginas, gravuras,

de data de impressão das mesmas obras, etc. Redigido


por José

dos Santos, com uma introdução erudito escritor e biblió-


pelo

filo Sr. Anselmo Braamcamp Freire. Porto, Tip. da Empre-


- XXII.
sa Literária e Tipográfica. M CM XXI M CM 2 vols.

in 8,° XII in.-692; VIII in.-872 illustr. dedicatória autogr.


gr. p.

do autor a Solidonio Leite.

"1443. —
Vcl. I. Pag. 412: GONZAGA (Tomás

Antonio). Marilia de Dirceo. Por T. A. G. Parte I. Nova

edição. d'armas reais Lisboa: Na Imp.


(Escudo portuguesas).

Regia. 1817. Com licença da Meza do Desembargo do Paço.

In-12.° de 226 Pags. E."

"Poema
lirico muito interessante e estimado, em que

Tomás Antonio Gonzaga bem o seu ta-


patenteou peregrino
lento poético. As mimosas e com-
graciosíssimas poesias que

põe o poema estão hoje traduzidas e em to-


publicadas quasi
das as línguas cultas da Europa; e foram inspiradas ao infeliz

poeta, que alguém apelidou de Luso Anacreonte, dama


já pela
muito D. Maria Dorothea —
que amou de Seixas Brandão a

sua querida Marilia."


' "A
edição primitiva do original
português (Primeira
e segunda muito tempo ignorada dos bibliógrafos
parte), por

e biógrafos do e cujos exemplares são hoje rarissimos,


poeta,
foi impressa em Lisboa: Na Typographia Nunesiana. Anno

M. DCC. XCII, constituindo um 8.° de 118


peq. pags."
"Na
segunda edição impressa também em Lisboa,

nos da mesma Typ. Nunesiana, 1800, aparece uma ter-


prelos

ceira parte das a é muitos considerada apó-


poesias, qual por
crifa, e por isso não tem sido incluida em muitas das numere-

sas ed;ções que teem aparecido deste harmo-


posteriormente
nioso e sentido poema".

SANTOS, Lúcio —
José dos, A Inconfidência minei-

ra. Papel de Tiradentes na Inconfidência mineira Lúcio


por

José dos Santos. São Paulo, Escolas Profissionaes do Lyceu

Coração de 1927. irt 8.°. XX-630p. com est. e fac-sim.


Jesus,

Pag. 279-296 e outias.


484

SCHMID, Ferdinand, o de DRAN-


(sob pseudonymo
MOR. — Dranmor's Dichtungen.. . Dritte ver-
gesammelte
mehrte Auflage. Mit dèm Portrait des Verfassers. Berlin.

Veríag von Gebrüder Paetel, 1879. in-8.°. XXIV-270 Com


p.
dedic. do autor a D. Pedro II.
"XV. —
Pag. 75-77: MARILIA DE DIRCEO
(Nach
Thomas Antonio Gonzaga)". Segue a traducção da lyra I, da

l.a
parte.

SÉGUIER, —
Jayme de, Diccionário illus-
prático
trado. Novo diccionário encyclopédico luso-brasileiro,
publi-
cado sob a direcção de de Séguier. Rio de
Jayme Janeiro,
Administração do do Commercio, s. d. in-16. VIII-
Jornal
1756
p.
"Gonzaga..."
Pag. 1473, 2.a col.
"Marilia
Pag. 1.561, l.a col.: de Dirceu..."

SILVA, Innocencio Francisco da, —


Diccionário

Bibliographico Estudos de Innocenicio Francisco


portuguez.

da Silva applicaveis a Portugal e ao Brasil. Lisboa, Na Im-

Nacional, 1858-1923. 22 vols. in 8.° LVIII-404;. ..


prensa
LXIV-548
p.

Vol. VII, Pag. 320-325. Cita 16 edições das lyras

de Gonzaga.

Theodoro —
SILVA, José da, Miscellanea historico-

biographica extrahida de uip^a infinidade de obras antigas e

modernas contendo mais de 1.200 biographias


pelo profes--.
sor e agrimensor Theodoro da Silva. Lisboa, Editor-pro-
José

prietario Francisco Arthur da Silva, 1877. In-8.°. XVI-346


p,
"Thomaz
Pag 180: Antonio Gonzaga..."

SIMÕES DA FONSECA —
Novo Diccionário ency-

clopedico illustrado da lingua .. Organizado


portugueza. pri-
mitivamente Simões da Fonseca. Inteiramente refundido,
por
accrescentado e melhorado Ribeiro. Rio de
por João Janeiro,
Paris, Livraria Garnier, 1926. in-8.°. illustr.

Pag. 652, l.a col. :


"Gonzaga
(Thomaz Antonio). Insigne
poeta portu-
guez que deixou a o nome as deliciosas lyras de
perpetuar-lhe
Marilia de Dirceu. Dos
poemas publicados com este titulo fi-
zerão-se numerosas edições, se bem
que por isso não sejam
menos raras. As mais vulgares são as se imprimiram em
que
Paris em 1862 e no Rio de 1865,
Janeiro em constando-nos
que
485

ultimamente feita em Portugal. Nasceu Gonzaga


ha uma outra

Perto, em agosto de 1744, e depois de concluir a


na cidade do

formatura na Universidade de Coimbra, exerceu diversos


sua

na magistratura em Portugal e no Brasil. Implicado


cargos

na conjuração mineira, foi e desterrado Moçambi-


preso para

onde falleceu em 1807".


que,

— Notas Biblioçra-
SIMÕES DOS REIS, Antonio,

I. Gonzagueana Escragnolle Doria). do


phicas. (A Jornal

Commercio do Rio de laneirc de 21 e 28 de Outubro de 1934.

Coll. de retalhos.

Conta 69 edições de Marilia de Dirceu. Trabalho pa-

ciente em o autor colligiu todas as edições citadas pelos


que

bibliographos, fossem falsas ou verdadeiras.

— ce-
SOUZA SILVA, T- Norberto de, Brasileiras

lebres Norberto de S. S.. . .Rio de Livraria de


por J. Janeiro,

B. L. Garnier. Paris, Garnier Irmãos, 1862. in-18. VIII-

232 p.
"V. —
Pag. 176: Poesia e amor. A conjuração mi-

— — Dona Maria Dorothéa ou


neira os poetas de Villa Rica
— Heliodora".
a Marilia de Dirceu Dona Barbara

— Historia da con-
SOUZA SILVA, J. Norberto de,

— as tentativas
juração mineira. Estudos sobre primeiras

a independencia nacional baseados em numerosos do-


para

cumentos impressos ou originaes existentes em varias repar-

tiçoes Norberto de Souza Silva. Rio de B. L.


por J. Janeiro,

Garnier, s. d. in-8.°. 436 p.


SOUZA SILVA, Norberto de, Modula-
Joaquim

Precedidas de um bosquejo da historia da poe-


çoens poéticas.
sia brasileira, Norberto de Souza Silva. Rio
per (sic) Joaquim
de Typographia Franceza, 1841. in-4.° 166 p.
Janeiro, peq.

Pag. (IV.ft 31
Epocha) :
"Gonzaga,
o apaixonado Gonzaga, cuja gloria de lhe

haver dado o berço é ao presente disputada por Minas Geraes,

Baia, Rio de e Lisboa, nasceu em Pernambuco, como


Janeiro
tios asseveram íntimos seus. (1) Eternisou sua
parentes paixão
ardente, mas candida, em bellas sendo de todos
poesias, porem

os nosses d'essa epocha o mais elegante, feiticeiro e


poetas
harmonioso, foi o menos Brasileiro se mostrara em suas
que

composiçoens."
486

"(1.) — o Exmo. Sr.


Entre outras muitas pessoas,

segundo do illustre poeta".


Lopes Gama, primo
"XIV. — re-
O Poeta desgraçado'
Pag. 114-117:

ferencia a Gonzaga:

"O Marilia
116: fido amante da gentil
Pag.

Ai mesto vaga nos adustos campos!"

C. F. Phil. von Mar-


SPIX, Bapt. von, and
Joh.
— the 1817-182(X Underta-
Traveis in Brazil, in years
tius.
King of Bavaria. Trans-
command of His Majesty the
ken by
Hurst... 1824.
H. E. Lloyd. London, Longman,
lated by

2 vols. in-8.°. illust.

Vol. II. Pag. 136:


"The of Minas ís Gonzaga,
most celebrated poet
but having, at the be-
ouvidor of S. João d'El Rey;
formely
taken in a seditious
of the French Revolution, part
ginning
to Angola, where he died. Besides
tumult, he was banished

been under the


the songs of this which have published
poet,
"Marilia others are current in
de Dirceo," numbers of
title of
equal of the^ de-
the mouths of the which afford proof
people,
Such in the little
licacy of the muse of the unfortunate poet.
"No we here caught as it was sung
song regaço, &c." which

day a literature of its own,


to us. When Brazil shall have one

having attempted the first


will have the of
Gonzaga glory
of the Rio
tones of the lyre on the banks pastoral
anacreontic

Grande, and of the romantic Jequitinhonha."


— Pag. 295 e seg.:
Id.
"Specimen songs. N, 1.
of braziíian popular

From São Paulo." (?)


1.

"A
caso são estes

Os sítios formosos.

by Gonzaga

lyra V. da l.a 1792).


E' a parte (ed.


DE MELLO, A.,' Ephemerides
TEIXEIRA J.

Dr. A. Teixeira de Mello e pu-


nacionaes colligidas pelo J.

Noticias. Rio de Typographia


blicadas na Gazeta de Janeiro,

1881. 2 vols. in-8.°. IV-436; 332-110


da Gazeta de Noticias,

VI p.
487

— —- —
115-117. Setembro 2. 1744.
Tomo II. pag.
"Baptisa-se Pedro de Miragaia, no
na igreja de S.
parochial
Thomaz Antonio Gonzaga,
Porto, o afamado e desditoso poeta

tempo considerado natural do Brazil."


muito
per
"As
: Lyras de Dirceu foram im-
Pag. 116, 2.a col.

do em 1792
vez em vida, portanto, poeta,
pressas pela primeira

Nunesiana, Lisboa) e em 1800, e foram depois successi-


(Typ.
das suas ora duas, ora as
vãmente reimpressas, ora uma partes,

Typ. Nunesiana) em 1802, no Rio de


tres, em Lisboa (na
1810, em Lisboa Lacer-
Taneiro Reeia) em (Typ.
(Imprensa
1820, na mesma cidade de T. F. M.
dina) em 1811, 1819 e (Typ.

1824. id Lacerdina) em 1804, id. (Im-


de Campos,) em (Typ.

1812, id. Rollandiana) em 1827, id.


prensa Reoria) em (Typ.

Nunes Esteves) em 1828, na Bahia (Typ. do


(Tvo. de João

1835. Lisboa Rollandiana) em 1840, em


Diário) em em (Typ.

de Santos & C.) em 1842, no Rio de Ta-


Pernambuco (Tvp.
neiro de Barroso & C.) no mesmo anno de 1842,
(Typ. J. T.

id. (Tvp. de E. & H. Laemmert) em 1845, na Bahia (Typ.

He Carlos Posretti) no anno de 1850 no Rio de Janeiro (Typ.

Commercial de Soares & C.) em 1855. ibi, na mesma casa

(sem data), ibi, B. L. Garnier S. Raçon & C.) em


(Paris,

1862."

"Cumpre
advertir a presente relação é da Biblio-
que

tbeca Nacional do Rio de todas essas


Janeiro, que possue

edições das Lyras de Gonzaga, exceptuando-se a primeira e

a da Viuva Serva (Bahia 1813V Ainda foram ellas reimpressas

Toão Nunec Esteves em 1824, 1825 e 1833 (Segundo In-


por

nocencio da Silva) e na Tmprensa Rep:ia em 1827."


(Lisboa.)
"Fcram
traduzidas para o francez Eugênio de
por

Monglave e P. Chalas; para o italiano por Giovenale Vegezzi

Ruscalla e o hespanhol por D. Enrique Vedia. Diz o Sr.


para

Conselheiro Pereira da Silva que ha ainda uma traducçao para

n língua allemã Iffland. O Sr. Dr. Antonio de Castro


por

Lopes traduziu-as (todas cu em para o latim".


parte)

"As
afamadas Cartas Chilenas. . . são pelo primeiro

bibliothecario da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro (Dom

frei Antonio de Arrabida, bispo de Anemuria) lançadas em

conta de Gonzaga, como se vê do pequeno Catalogo alfabético

dos Manuscriptos da mencionada Bibliotheca, no se lê:


qual
"Cartas
Chilianas (sic), Traduzidas em verso
porTho-
maz Antonio Gonzaga."
488

THESOURO DA —
JUVENTUDE. Encyclcpedia

em que se reúnem os conhecimentos todas as cul-


que pessoas
tas necessitam offerecendo-os em forma adequada
possuir,

para o proveito e entretimento dos meninos. Com introducção

por Clovis Bevilaqua. Rio de Nova York, W. M.


Janeiro, Jack-
son, Inc. editores, s. d. 18 vols. 5904 illustr.
p.
Varias referencias, citações e retrato .

VALLE CABRAL, Alfredo —


do, Annaes da Impren-

sa Nacional do Rio de de 1808 a 1822 Alfredo


Janeiro por do
Valle Cabral. Rio de na Tyípographia Nacional,
Janeiro,
MDCCCLXXXI. in 4.\

Pag. 41-43.

VARNHAGEN, F. A., —
Carta ao Sr. Dr. L. F.
"Cartas
dn Veiga acerca do autor das Chilenas" escripta
por
F. A. Varnhagen. S. 1. s. of. s. d. in-8.° XVI
peq. p.
Declara Varnhagen ser Cláudio Manoel da Costa o
"Cartas
autor das Chilenas."

VARNHAGEN, Francisco Adclpho de, —


Florilegio

da Poesia brazileira, ou collecçao das mais notáveis composí-

ções dos^pcetas brazileiros falecidos, contendo as biographias


de muitos delles, tudo de um ensaio historico
precedido sobre
as lettras no Brazil. Lisboa, na Imprensa Nacional —
Madrid.
Imprensa da V. de D. R. Dominguez, 1850-1853.
J. 3 vols.
in-12. LVI-720; IV-288p.

Vol. I. Pag. XL-XLI.

Vol. II. Pag. 407-439.

VEIGA, Bernardo Saturnino da, —


Encyclopedia
po-
pular (Leituras úteis) Noções, excerptos e notas referentes
aos mais interessantes conhecimentos humanos; noticias re-
lativas ás cousas e instituições do Brazil; apontamentos his-
toricos,^ estatísticos, biographicos,
geographicos, industriaes»
iitterarios, etc., etc. Editor Bernardo Saturnino da Veiga.
"Monitor
Campanha, Typcgraphia do Sul-Mineiro" de Ber-
nardo Saturnino da Veiga, 1879. in-4.° em 2 col.
"Notas
A 622, s.ob o titulo:
pag. biographicas".

V ELHO DA SILVA. Maria, —


José Homens e fa-
ctos da Historia Estudos biographiccs
patria. segundo a or-
dem estabelecida no das
programma escolas
primarias pelo
Dr. Maria Velho da
José Silva. Segunda edição.
(Bibliotheca
48$

-—
da Livraria do Povo). Rio de Livraria do Povo.
Janeiro,

Quaresma & C. s. d. In-8.°. 204


p.
"...Esta
Pag. 157-161, resumo bio-brbliographico:

collecçãosinha lyrica é um dos livros em maior


portuguez que
numero de edições conta; o complexo das lyras é dividido em

tres partes; ?.s duas são com certeza o


primeiras producto ge-
nuino da inspiração e do sentimento do nosso mavioso e infeliz

Dirceu; á terceira, sua legitimidade tem andado


quanto porém
em letigio entre investigadores mais ou menos autorisados".

."A Marilia de Dirceu tem merecido ser traduzida para


diversas línguas, como a franceza E. Manglave e
por (sic)
P. Chalas, para a italiana G. Vegezzi Ruscalla, a
por para
allemã Uhland e dizem também a hespanhola e
por que, para
a ingleza."
"Finalmente
o Sr. Dr. Castro Lopes, estudioso phi-
lologo e latinista, dando á estampa em 1887, o seu
profundo

precioso livro, que tem titulo: Musa Latina, fez criteriosa


por
selecção entre as lyras do malfadado e trasladou essas
poeta
lyras escolhidas, á versos latinos, têm toda a
que pureza çlas-
sica de Horacio e toda a musica harmoniosa de Ovidio".

VERÍSSIMO, —
José, Estudos brazileiros (1877-
1885) Pará, Editores Tavares Cardoso & C.a, Livraria Uni-

versai, 1889. in-8.°. XXIV-224


p.
Pag. 25 ...:"III. —
O Lyrismo brazileiro. . ."
"...A
Pag. 27: Marilia de Dirceu, a mais notável

producção do nosso lyrismo, é eminentemente subjectiva, com-

pletamente individual, como são as composições de Cláudio

Manoel da Costa, Alvarenga, e de todos os vates da Arcadia

brazileira."

VERÍSSIMO, —
José, Estudos de Literatura bra-

zileira. (Segunda serie).. . Rio de H. Garnier, 1901.


Janeiro,
in-18. 298
p.
"VIII.
Pag. 211-223: —
Gonzaga... A sua vida,

onde ha talvez um interesse romântico, apezar dos meritorios

trabalhos do Conego da Cunha Barbosa, de Varnha-


Januario

gen, de Pereira da Silva e, sobre todos, de Norberto,


Joaquim
tem ainda escuros e hiatos. A sua obra corre impressa
pontos
em edições não satisfazem fôrma alguma
que por as éxigen-
cias da critica. A melhor é ainda a de Garnier, dirigida por
Norberto Silva; essa mesma não
pôde contentar o leitor

cuidadoso de ler uma versão, escoimada de vicios, do


grande
'490

poeta do amor foi Gonzaga. Não só a disposição das lyras


que

que constituem o livro de Marilia de Dircêo é discutível, e o


editor lisamente.o confessa, mas toda uma
parte delle, a ter-
ceira é certo seja apocrypha..."
quasi que
"Marilia "A
Referindo-se ás edições de de Dirceo" —:

primeira^ não a conhecia Norberto; não lhe indica data


a e
dil-a do impressor Bulhões, de facto
quando é da Typographia
Nunesiana, de Lisboa. O mesmo Innocencio não a conheceu;
Varnhagen a veria, sem tel-a talvez estudado attentamente
e chama-lhe, sem dizer
porque, e sem fundamento talvez, se-

gunda."
"Pertence
ao mallogradc e ainda não substituído
Valle Cabral Revista Brazileira,
(veja direcção Midpsi, tomo I,

pags. 410 e seg.) a indicação exacta dessa edição,


primeira
de 1792, isto é, conforme nota Cabral, do mesmo anno da con-
-demnação
do ao degredo. Como elle só
poeta partiu daqui
para
a África a 22 de Maio e só chegaria ali meiados do anno,
por
deve-se crer desde o cárcere
que enviou a Lisboa o seu manus-
cripto. Dez annos depois saía da mesma imprensa a segunda
edição, com a segunda No
parte. mesmo anno 1802, saiu ainda
da Typographia Nunesiana uma terceira edição da primeira
parte. Naquella edição, segundo
primeira Valle Cabral, eram
as lyras 33; são na ultima edição do Sr. Norberto Silva, 37;
na segunda edição da
(primeira segunda tinha esta
parte)
parte 37 lyras; tem na de Norberto. 38. Só este confronto está
indicando interpolaçÕes
posteriores ás edições feitas ainda em
vida do autor. .. Com a primeira edição brazileira, da Impres-
são Regia, e de sinão com
J810, alguma anterior
portugueza,
appareceu a terceira parte, que, nada obstante a sua duvidosa
authenticidade, compõe desde então a encantadora Marilia de
Dircêo."

Este livro foi um dos mais


populares da nossa língua.
(( _
Excepção feita de Camões, assegura o sciente autor do Diccio=
nario bibliographico
portuguez, Innocencio da Silva, nenhum
outro alcançou no .presente
portuguez século as honras de ta-
manha Teve
popularidade." no Brazil, neste século, dez ou
doze edições..."

Contnúa o estudo critico literário e faz algumas ci-


taçõ^s.

VERÍSSIMO, Tosé. —
Historia da Literatura brazi-
leira. —
De Bento Teixeira
(1601,) a Machado de Assis (1908).
Rio de Livraria
Janeiro, Francisco Alves & Cia. Paris, Lisboa,
Aillaud & Bertrand, 1916. in-8.°. VIII-436
p
491

Pag. 136-138.
"A
Pag. 137: edição de suas liras, sob o ti-
primeira
tulo que se devia tornar famoso de Marilia dê Dirceo, apare-

ceu em Lisboa, em 1792, no mesmo ano da sua condenação

e desterro. E desde então se tem feito delas, aumentadas de

duas partes, cuja autenticidade é trinta e


questionável, qua-
tro edições. Nenhum cutro da nossa língua, com a
(1) poema
só excepção dos Lusíadas, teve tão numero de edi-
grande

ções."
"(1)

Na dirigi e de
que publicou (Rio Janeiro,
1910) a casa Garnier, contei até 33. Vi depois nosso
com o dis-

tinto e cultor das boas letras


poeta grande portuguezas, o Sr.
Alberto de Oliveira, uma outra edição que tem escapado a to-

dos os bibliografos e traz este titulo: Marilia de Dirceo, por


T.^A. G. Primeira Lisboa. Na
parte, oficina de Antônio Ro-
drigues Galhardo, impressor dos Conselhos da Guerra e do Al-
mirantado. Ano MDCCCIII. Com licença da Meza do Desem-
"
bargo do Paço, 118
pag.

VIEIRA, Damasceno, —
Memórias históricas, brazi-
leiras Vieira. Bahia,
(1500-1837) poi^Damasceno Officinas dos
Dois Mundos, 1903. 2 vols. in-4.°. LVI-526; 412
p.
Vol. I. Pag. 386-390, notas.
"Muitas
Lyras mereceram traducçao em varias lin-

guas: em francez, de Monglave; em italiano, de Ruscala, e em


allemão, de Iffland."

WERNECK, Éugenio, —
Anthologia brasileira. Coi-
Iectanea de excerptos em e verso de
prosa escriptores brasi-
Ieiros, de noticias bio-bibliographicas
precedidos dos autores.. .
Segunda edição. Petropolis, Emygdio Silva, s. d. in-8.°.
564
p.

Pag. 384-387: Nota biographica e as lyras XXVIII


da l.a e XXXVI da 2.V
parte,

WOLF, Ferdínànd, —
Le Brésíl Littéraire. Histoire
de la littérature brésilienne suivie d'un choix de moceaux ti-
rés des meilleurs auteurs brésiliens
par Ferdinand Wolf.. .
Berlin, A. Asher & Co. 1863. 2
partes. in-8.\ XVI-242-334
p.
1.a parte, 66-70
pag
2.ft parte, 62-77 —
pag 9 lyras de Gonzaga.

XAVIER DA VEIGA, Pedro, — Ephemerides


José
Mineiras colügidas, coordenadas
(1664-1897,) ,e redigidas
por
492

José Pedro Xavier da Veiga. Ouro Preto, Imprensa Official

do Estado de Minas, 1897. 4 vols. in-8.°. LXXXVI-418... 454


p.
Vol III. 310-319.
pag.
"Cartas
Do mesmo: Chilenas, estudo bitjllographico"
"Revista
publicado na do Archivo Publico Mineirp", fase. 2.°

do anno II, 1897.

f
ÍNDICE
ÍNDICE

de la Fvndacion dei collegio de la capitania de


Historia

5
Pernanbuco

Antonio Rodrigues, soldado, viajante e jesuíta portu-

do Sul, no século XVI. ... 55


na America
guez

DenunciaçÕes se fizerão na Visitação do


Livro das que

Officio á Cidade do Salvador da Bahia de


Santo

Santos do Estado do Brasil, no anno de


Todos os

75
1618

Villa Rica. . . . 199


Actas da Camara de (1711-1715)

alguns da Bibliotheca Na-


Informação sobre periodicos

cional 393

Gonzagueana da Bibliotheca Nacional 417

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