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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Faculdade de Ciência Humanas – FACH


Curso de Ciência Sociais – Ciso
Período: 2.º semestre de 2021
Disciplina: Economia Política II
Prof.: Dr. Manoel Rebêlo Junior
Acadêmico: Thalyne Barros Soares, RGA: 2020.3005.003-0
3.ª Avaliação

No final do século XIX, várias nações continuam em expansão, o que é analisado por uma
das escolas da economia política. Mesmo assim, a escola predominante, continua a falar em
economia de mercado, apesar do aparecimento da primeira crise mundial. Com a segunda
crise mundial, as reações de dissidentes, da escola predominante nas esferas de poder, veem
que algo deve ser feito para salvar o capitalismo, na sua visão liberal. Mesmo assim, alguns
anos à frente, aquela escola, que fala de mercado, retorna, causando estragos significativos e
retrocessos em países que acreditaram na ideia do chamado desenvolvimento, apesar do
processo de expansão que não é analisado por estas escolas, continuar o seu processo. O que
aconteceu, a partir de ideias e explicações tão contraditórias? Explique.

A mensagem neoliberal sobre o Consenso de Washington tem sido veiculada de forma


poderosa, desde os primeiros dias da administração Reagan nos Estados Unidos, com grande
capacidade e recursos abundantes, mão de obra e recursos. Governo, por meio de agências
internacionais e dos Estados Unidos. Na qual foi totalmente absolvido por parte significativa
das elites políticas, empresariais e intelectuais, como sinônimo de moderno, sua
regulamentação passa a fazer parte do discurso. E da ação dessas classes, como se fosse por
iniciativa própria e interesse.
O aumento das privatizações, abertura comercial e financeira e diminuição das políticas
sociais, foram a tendência que seguiu a região durante o período ao qual sucederam diversas
crises e uma estagnação quase generalizada. A busca pela industrialização fica no campo da
história econômica, enquanto se transforma inclusive o regime de acumulação de capital, em
que cada vez mais a esfera financeira passa a cumprir um papel central através das medidas
do Consenso de Washington.
Apesar da palavra “consenso” ser relativamente distante da realidade do que ocorreu em
Washington, é fato que diversas correntes do pensamento econômico e monetário, passaram a
ter relativo acordo acerca das saídas possíveis para as nações golpeadas pela crise, pelo
endividamento e pela hiperinflação. Dentre eles a escola austríaca, os monetaristas,
neoclássicos e a escola da escolha pública.
Além das correntes de pensamento, a formação do Consenso de Washington tem por trás
também um lado pragmático, sendo composto por vários economistas e técnicos de
instituições internacionais, agências multilaterais, e da burocracia estatal, principalmente
norte-americana, dentre elas o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, o FED (Federal
Reserve System, ou Sistema de Reserva Federal), os maiores bancos internacionais e os
ministérios de finanças dos países que englobam o G7.
O Consenso de Washington foi pensado como um “tratamento de choque” para as nações que
apresentavam um excessivo endividamento. Quando se fala em “disciplina fiscal”, por
exemplo, passou-se a entender que é necessário acumular superávit fiscais, mesmo quando o
país passa por uma crise social aguda; o reordenamento das prioridades do Estado ou redução
de gastos foi entendido como corte de políticas essenciais para a população, como
investimento em saúde, educação e eliminação de subsídios para alimentos básicos, energia e
transporte.
No brasil por exemplo Fernando Henrique Cardoso teve sucesso em promover a queda dos
índices de inflação, não obstante, para além da “concepção conservadora de estabilidade”
ocorreu a paralisia do mercado interno, dos investimentos e o aumento da vulnerabilidade
estrutural externa, dentre os motivos, por conta da excessiva entrada do capital estrangeiro,
mas também pelo aumento radical do endividamento público, que fez, de acordo com Emir
Sader (2007) o Brasil trocar a inflação pelo endividamento externo. Em 1973, o
neoliberalismo passou a ser associado às reformas econômicas implementadas no Chile,
durante a ditadura de Augusto Pinochet. Nos anos 1980, as ideias de Friedrich Hayek, da
Escola Austríaca, e Milton Friedman, da Escola de Chicago, expandiu-se rapidamente ao
longo dos anos 1990 e seu objetivo era quebrar o Estado do Bem Estar, na Europa e nos
EUA.
A teoria Keynesiana aparece num momento em que o sistema capitalista e liberal passava por
crises de produção e desemprego. Assim, Keynes propôs algo que os governos não haviam
tentado até o momento: a regulação da economia pelo Estado. A definição de Keynes dos
clássicos e o modo inadequado como explicitou os pontos de ruptura em relação à antiga
tradição teórica geraram dificuldades não apenas semânticas, mas pontos de vistas distintos
para classificar autores e escolas. A visão de mercado (oferta e procura), vira a
micro-economia, continuando assim a fazer da apologia do mercado para as grandes massas,
já os Estados, a nível governamental, fazem Macroeconomia, continuando assim com a visão
de produção de excedente, mas “prontos” para enfrentarem crises econômicas.
A relação entre as correntes macroeconômicas e as abordagens originais dos clássicos,
neoclássicos e de Keynes é feita de modo pouco satisfatório. A distinção entre as disciplinas
Microeconomia e Macroeconomia das perspectivas micro e macro de classificação é a
princípio meramente formal, já que ambos os pares de conceitos coincidem. A
Microeconomia enquanto disciplina científica foi fundada pela Escola Neoclássica, tendo
como ponto de partida o foco no modo como as unidades individuais que compõem a
economia interagem umas com as outras. As funções de agregação dos economistas clássicos
não se baseiam em premissas microeconômicas putativas, mas em conjecturas plausíveis ou
hipóteses sobre o comportamento do sistema como um todo, já as ideias de Keynes
consolidaram a separação macro e micro porque o foco do autor teria recaído inteiramente na
determinação do rendimento em termos agregados.

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