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Comemoração do Dia Nacional do Idoso abre atividades da oficina de

MemorIdade ainda de forma remota

Em entrevista coletiva, a coordenadora da oficina, Rosimeire Manoel, falou sobre o


projeto MemorIdade, e contou um pouco sobre as atividades realizadas e as
dificuldades de manter o projeto em meio a pandemia.

Por Ana Carolline e Mellissa Ramos | 15/09/2021

Destinado a promover o acolhimento e a inclusão do Idoso na universidade, o


Programa Institucional Universidade Aberta À Pessoa Idosa (UnAPI/UFMS)
encerrou, no último dia 8, as inscrições para pessoas acima de 60 anos que
desejam participar dos projetos, incluindo a oficina MemorIdade, que inicia as
atividades dia primeiro de Outubro.

Em entrevista concedida de forma remota, a professora doutora Rosimeire Manoel


falou sobre o projeto MemorIdade, e contou sobre as atividades realizadas e as
dificuldades de manter o projeto de forma remota.

Formada em Psicologia pela UFMS, e doutora em Saúde Coletiva pela UNESP,


Rosemeire se apaixonou pelo trabalho com idosos ainda na graduação. Enquanto
fazia doutorado, se encantou com as oficinas de memória desenvolvidas no centro
de atendimento especializado para idosos onde trabalhava. Quando entrou para o
corpo docente da UFMS, conseguiu concluir seus planos de instituir a atividade
como um projeto de extensão da universidade, junto à professora Bruna Moretti.
“Estou no MemorIdade desde 2018, comecei em Três Lagoas e em 2019 passei a
coordená-lo em Campo Grande, esse projeto é o meu queridinho” afirma.

O MemorIdade é é uma oficina de memória para idosos oferecido pela UFMS,


criada em 2018 no campus de Três Lagoas, pelas professoras Bruna Moretti e
Rosimeire Seixas, que hoje atuam como coordenadoras em Três Lagoas e Campo
Grande, respectivamente, com intuito de trabalhar memória, esquecimento e
aprendizagem de pessoas idosas.

“Estamos vivendo um momento de pandemia, privados de várias atividades de


lazer, e a intenção é proporcionar essa inclusão social do idoso, que na pandemia
têm sido afetados ainda mais”. Além de trabalhar a memória, o projeto também visa
uma maior valorização da pessoa idosa, dando visibilidade à essas pessoas, não
como alguém "dispensável", que já viveu tudo que tinha pra viver, mas sim como
participante ativo da vida em sociedade, cada um com suas vivências e histórias
para contar. “Ano passado eu estava muito preocupada se ia dar certo ou não a
gente fazer no formato online, naquela apreensão muito grande. Depois que
passou, deu tudo certo e avaliaram positivamente, nossas expectativas estão bem
grandes para continuar fazendo um trabalho bem bacana e trazer também essa
valorização das narrativas dos idosos nos trabalhos desse ano”, completou.

Além de um acompanhamento com os participantes, o projeto, que completará três


anos em funcionamento, já apresenta resultados. “É o momento de maior satisfação
que a gente tem no projeto que é onde vê que conseguiu alcançar nossos
objetivos”, conta.

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, o dia internacional
do idoso, comemorado em 1º de outubro, além de homenagear essas pessoas, visa
a conscientização sobre as necessidades da pessoa idosa e sensibilizar a
sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de proteger e
cuidar dessa população, não como pessoas doentes pelo simples fato de serem
idosos, e sim por, naturalmente, inspiram mais cuidados nesta fase. Pensando
nessa celebração, a data foi escolhida a dedo para a abertura em 2021, e contará
com diversas atividades, trocas de experiências geracionais entre participantes e
voluntários, roda de conversa, entre outras surpresas durante a oficina.

Excepcionalmente neste ano, segundo a coordenadora, as atividades serão


voltadas para a individualidade de cada participante e suas vivências, para valorizar
essa fase de desenvolvimento humano, com perdas e ganhos como qualquer outra
fase, contrariando a ideia de que envelhecimento é sinônimo de doença, motivo de
preocupação.

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