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Avaliação Na Educação: Apêndice Unidade 3
Avaliação Na Educação: Apêndice Unidade 3
Avaliação Na Educação: Apêndice Unidade 3
UNIDADE 3
Avaliação
na educação
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
1. Alternativa B.
Resposta comentada: As iniciativas para enfrentar o fracasso escolar
e os altos índices de reprovação (em Santa Catarina, avanços
progressivos; São Paulo, organização em níveis; e Rio de Janeiro,
Bloco Único) foram tomadas no final da década de 1960 e nos
anos 1970. Algumas delas se centraram na adoção da aprovação
automática, porém não surtiram o efeito esperado. Apesar de sofrer
muitas críticas por diversos pesquisadores do tema da organização
do ensino, a progressão continuada adotada nas redes públicas dos
estados de Minas Gerais e São Paulo no final da década de 1990
não se restringia a eliminação da reprovação, se bem que medidas
importantes para modificar a concepção de educação, organização
de ensino e avaliação não foram efetivamente implantadas. O
Ciclo Básico de Alfabetização se caracterizou como uma medida
que buscava promover mudanças nos primeiros anos do ensino
fundamental, indo além da simples aprovação automática. A
organização de todo o ensino fundamental, até então 1º grau,
em ciclos nas redes municipais de Belo Horizonte e São Paulo
caracterizaram as políticas de ciclo com maior radicalidade no
sentido de transformação da escola antes seriada.
2. Alternativa A.
Resposta comentada: Das medidas anunciadas pela Secretaria de
Educação para a implementação dos ciclos, não condiz com essa
forma de organização a eliminação dos instrumentos de avaliação
formal, pois tais instrumentos (provas, testes, trabalhos, exercícios
etc.) fornecem informações importantes sobre a aprendizagem
dos alunos, a questão é que seus resultados devem ser utilizados
3. Alternativa C.
Resposta comentada: Freitas defende a ideia de que os ciclos se
relacionam a um projeto transformador da escola e visa a educação
como um direito e obrigação do Estado, enquanto a progressão
continuada é herdeira de uma concepção conservadora-liberal.
O autor defende que a implantação dos ciclos deve ser gradativa,
induzidos por exemplos de experiências bem-sucedidas, e não
por definição legal por parte dos gestores dos sistemas. Esse
processo gradual e indutivo minimizaria as resistências e lançaria
as bases para uma implementação que realmente promovesse
a transformação da escola. As críticas de Freitas em relação à
progressão continuada recaem sobre a fragmentação curricular e
metodológica que se mantém nessa medida e, além disso, o autor
indica que a eliminação da reprovação na progressão continuada
resolve o problema dos altos índices de reprovação, porém
transfere o problema do fracasso escolar para o interior das
escolas, quando permite que os alunos avancem na escolarização
sem garantir as aprendizagens necessárias.
1. Alternativa C.
Resposta comentada: A relação entre o currículo e a avaliação
externa está mediada pela matriz de avaliação, pois ela representa
parte do currículo que a escola deve desenvolver. Entretanto,
as escolas não devem priorizar os conteúdos cobrados nas
avaliações em detrimento de outros, como tem sido demonstrado
pelas pesquisas.
3. Alternativa D.
Resposta comentada: A avaliação do desempenho dos professores
tem sido enfatizada nas políticas educativas fundamentalmente
devido à importância dos professores para a melhoria da qualidade
da educação. Seus resultados servem para diagnosticar dificuldades e
promover ações de formação continuada dos docentes, promovendo
autorreflexão sobre suas práticas e sobre os aspectos que precisam
ser melhorados. Também podem servir como parâmetro para a
evolução na carreira. Em alguns países, a avaliação do desempenho
docente tem sido utilizada como forma de classificar e excluir os
professores, porém esse é um aspecto que ainda tem gerado muita
polêmica. A maioria dos defensores da avaliação do desempenho
dos professores objetiva seu uso formativo.
1. Alternativa E.
Resposta comentada: A avaliação e o currículo devem se articular,
devem estar relacionados ao ensino, à escolha dos métodos e
materiais mais adequados às necessidades dos estudantes, portanto
são indissociáveis e devem partilhar da mesma concepção de
educação, ensino, aprendizagem, para serem coerentes. O professor
deve assumir uma postura reflexiva e investigativa com relação à sua
prática e aos erros dos seus estudantes. Os erros devem ser objetivos
de análise, para que forneçam importantes pistas sobre o processo
2. Alternativa A.
Resposta comentada: As questões de gênero, do feminino e do
masculino, marcam os processos de avaliação que os professores
fazem dos seus estudantes, mesmo quando se utilizam de
instrumentos mais formais de avaliação. O fracasso dos meninos,
das crianças e jovens de origem étnico-racial não branca,
pertencentes a classes sociais menos favorecidas, é maior porque
a escola não foi pensada para acolher a todos, mas uma minoria,
além de não acolher as diferenças, mas trabalhar na perspectiva
das desigualdades.
3. Alternativa B.
Resposta comentada: O erro é um importante instrumento que
deve ser utilizado tanto por professores quanto por alunos.
Porém, mas importante que identificar o erro, é refletir sobre
ele (O que levou àquele raciocínio? O que faltou? Onde foi
que me equivoquei? O que é preciso fazer para avançar na
aprendizagem?). Essa é uma tarefa que deve ser desenvolvida
pelo professor, que deve refletir sobre os erros dos seus alunos,
suas causas, que podem evidenciar diversos problemas, inclusive
da prática docente. Além disso, o professor deve ajudar o aluno
a refletir sobre seus próprios erros, a entendê-los, a vê-los com
naturalidade e a encontrar os caminhos para solucioná-los.