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Resumo CPC
Resumo CPC
P.do devido processo legal: seu papel é o de atuar sobre os procedimentos do processo de modo a preparar e
proporcionar provimento jurisdicional compatível com a supremacia da CF e a garantia dos direitos fundamentais.
Processo justo: é o meio concreto de praticar o processo judicial delineado pela CF para assegurar o pleno
acesso à Justiça e a realização das garantias fundamentais traduzidas nos princípios da legalidade, liberdade,
e igualdade.
P.inquisito e p.dispositivo: caracteriza o inquisito pela liberdade da iniciativa conferida ao juiz, tanto para instaurar
quanto desenvolver a relação processual, buscando a verdade real, independente da iniciativa ou colaboração das
partes. Já o dispositivo atribui às partes toda a iniciativa para a instauração ou seu impulso. Nesse caso, as provas só
podem ser produzidas pelas partes.
Atualmente as legislações processuais são mistas (inquisito e dispositivo). A iniciativa da abertura do proces-
so é da parte (dispositivo), mas uma vez instaurado, passa a ser de natureza pública (inquisitivo) e o seu
impulso é oficial, isto é, do juiz. (art.262) que promove o andamento até o provimento final. As provas ficam
sob responsabilidade das partes (dispositivo), mas excepcionalmente, o juiz poderá produzi-las. (art.130).
Princípio da demanda: só a parte pode abrir o processo, nenhum juiz pode fazê-lo por sua iniciativa.
Princípio da congruência: o juiz tem que se limitar ao pedido da parte, não podendo conhecer questões não
levantadas pelos litigantes (art.128).
P. do contraditório: consiste na necessidade de ouvir a pessoa perante a qual será proferida a decisão, garantindo-
lhe o pleno direito de defesa. Garante a participação efetiva das partes sobre a formação do provimento jurisdicio-
nal.
Esse princípio se desdobra nos seguintes direitos assegurados às partes: direito de informação (informar à
parte todo ato praticado), direito de manifestação (assegura ao litigante poder manifestar-se), direito de ver
seus argumentos considerados.
P.do duplo grau de jurisdição: a parte tem direito que sua pretensão seja conhecida e julgada por dois juízos
distintos, mediante recurso, caso não se conforme com a primeira decisão. Juízo de primeiro grau (juízo da causa) e
juízo de segundo grau (juízo dos recursos – Tribunal superior).
P. da boa-fé e da lealdade processual: é a boa intenção de todos os envolvidos no processo, com o compromisso da
verdade. A lei não tolera a má-fé e arma o juiz de poderes para atuar de ofício contra a fraude processual (art.129).
P. da verdade real: a verdade real haverá sempre de prevalecer, se elementos evidenciadores dela existirem ao
alcance do juiz, não importando quem os tenha trazido ao processo. O livre convencimento do juiz haverá de se
assentar nos fatos comprovados nos autos, e só na falta de prova é que se tornará legítimo o julgamento por
presunções, previsto em várias hipóteses do CPC.
Aquisição da prova pelo processo: uma vez incorporada uma prova aos autos, não importa quem a produziu.
P. da oralidade: valoriza a discussão oral da causa em audiência. Elementos que caracterizam o processo oral:
a) identidade da pessoa do juiz, de modo que este dirija o processo desde o seu início até o julgamento;
b) a concentração, isto é, que em uma ou em poucas audiências próximas se realize a produção de provas e
o julgamento da causa;
P. da publicidade: todos, e não apenas os litigantes, têm o direito de conhecer e acompanhar todo o processo.
P. da economia processual: O processo civil deve propiciar às partes uma Justiça barata e rápida, capaz de obter o
maior resultado com o mínimo de emprego de atividade processual.
P. da eventualidade ou da preclusão: cada ato processual deve ser exercido dentro da fase adequada, sob pena de
se perder o prazo de praticá-lo. A preclusão é a perda da faculdade de praticar um ato processual, ou porque já foi
exercido anteriormente ou porque a parte perdeu o prazo de exercê-lo.
P. da sucumbência: quem perde a causa reembolsa o vencedor em seus gastos com o processo.
Jurisdição: poder do Estado de formular e realizar a vontade da lei diante de uma situação jurídica controvertida.
Características da jurisdição:
a) secundária: através dela o Estado realiza coativamente uma atividade que deveria ter sido primariamente
exercida de maneira pacífica e espontânea.
b) instrumental: é um instrumento do Direito para impor obediência aos cidadãos.
c) Declarativa ou executiva: quando não é respeitada a declaração do juiz, ela será executada forçadamente.
d) Desinteressada: não tem interesse pelo ganho da causa, se o autor ou o réu, é imparcial, busca a justiça.
e) Provocada: está à disposição de todos, mas tem que ser provocada.
1) P. do juiz natural: o juiz tem que ser concursado e nomeado pelo Estado. É credenciado para exercer a função.
2) É improrrogável: os limites do seu poder são os definidos pela CF e não podem ser ampliados nem reduzidos.
3) É indeclinável: o órgão de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional. Não pode se recusar a agir.
Jurisdição contenciosa: aquela em que há conflito de interesse entre as partes (litígio).
Jurisdição voluntária: o juiz apenas realiza gestão pública em torno de interesses comuns privados. Não tem réu
nem autor e sim interessados.
SUBSTITUTIVOS DA JURISDIÇÃO
São outras formas válidas para resolver os conflitos sem invocar a prestação jurisdicional. Só podem ocorrer entre
pessoas maiores e capazes e apenas no campo do Direito Patrimonial ou de direito disponível.
Transação: acordo entre as partes sem a intervenção do juiz. Pode ocorrer antes ou durante o processo.
Conciliação: acordo entre as partes com a intervenção feita em juízo, com a intervenção de um juiz, antes da
instrução da causa.
Juízo arbitral: justiça particular (privada) onde pessoas desinteressadas e não integrantes do PJ julgam a lide
e profere sentença válida.
PROCESSO: Série de atos que formam o procedimento judicial. É o método de compor a lide através de uma relação
jurídica. PROCEDIMENTO: é a forma material com que o processo se realiza em cada caso concreto.
Espécies de processo:
a) De conhecimento: processo em que a parte interessada leva ao conhecimento do Estado sua pretensão.
A sentença pode ser declaratória, constitutiva ou condenatória.
b) De execução: quando há certeza prévia do direito do credor e o devedor não paga. Utiliza-se coação
sobre seu patrimônio para a prestação do direito do credor.
c) Cautelar: usado para situações urgentes e provisórias, quando situações de fato ou de direito ameaçam
ocorrer antes da sentença. (ex: separação com agressão). 2 requisitos: perigo na demora e prova da
verdade do perigo.
AÇÃO: ato de acionar o Estado para proteger um direito material lesado (esse direito é subjetivo, particular e
facultativo).
Condições da ação: 3 requisitos obrigatórios. Na falta de algum deles ocorre o chamado carência de ação.
a) Possibilidade jurídica do pedido: o pedido inicial tem que estar previsto na lei. Ocorre a inépcia quando
o pedido for juridicamente impossível.
b) Interesse de agir: surge da necessidade de obter através do processo a proteção do seu interesse.
c) Legitimidade de parte: o autor tem que ser titular do direito lesado (art. 6º) e o réu tem que ser a
pessoa indicada a suportar os efeitos da sentença (art. 3º).
Elementos da causa: as partes (autor e réu), o pedido (objeto da ação, bem jurídico pretendido pelo autor), a causa
de pedir (fato jurídico que ampara a pretensão do autor).
Sentença condenatória: título executivo judicial. Tem obrigação de: pagar / fazer / não fazer / dar coisa certa.
Sentença cautelar: preparatória (ainda não existe o processo) e incidental (já existe o processo).
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: São os requisitos formais e materiais para a validade da relação processual. Não se
confunde com as condições da ação.
Pressupostos subjetivos:
Pressupostos objetivos:
a) Direitos processuais: presenciar todos os atos do processo, de recusar o juiz suspeito, de recorrer, etc.
b) Obrigações: prestações de valor econômico que a parte deve (taxas e despesas judiciárias, reembolso à
parte vencedora de suas custas e honorários)
c) Deveres: outras prestações, que não a de expressão econômica (ex: lealdade e boa-fé)
d) Ônus: obrigam a parte a praticar determinado ato no curso do processo, acarretando prejuízos jurídicos
quando descumpridos. Ex: apresentar defesa.
*Capacidade processual: consiste na aptidão de participar da relação processual, em nome próprio ou alheio. Exige-
se a mesma capacidade para os atos da vida civil (atos jurídicos). Art. 7º.
*Sempre que a parte for civilmente incapaz, haverá intervenção do MP no processo, sob pena de nulidade. Art 9º.
Tem capacidade para figurar como parte: as pessoas naturais, as pessoas jurídicas e as pessoas formais (massas
patrimoniais necessárias).
*Capacidade processual das pessoas casadas: o cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para
propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários (art. 10).
Para evitar situações de recusa caprichosa (sem motivos) o Código permite que a autorização do cônjuge seja
suprida judicialmente (art. 11).
Curatela especial: nomeação de representante pelo juiz em casos de incapacidade (se não tiver representante legal
ou se os interesses deste colidirem com os daquele) e de revelia (réu preso e revel citado por edital ou hora certa).
Incapacidade processual e irregularidade de representação: o juiz suspende o processo e marca prazo razoável para
saneamento do defeito. Se não for saneado o juiz: (art. 13)
- cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais
Litigância de má-fé: A parte que agir com má-fé deverá indenizar as perdas e danos causados á outra parte,
independente do resultado da causa, além de multa de até 1% do valor da causa. Art. 16
Sucumbência: o vencido deverá pagar ao vencedor todas as despesas e honorários advocatícios que gastou. Art 20.
Capacidade postulativa (jus postulandi): direito de postular é do advogado que tem capacidade postulatória. 4
situações que é permitido entrar com ação sem advogado:
Mandato: credencial ou autorização para que o advogado atue em nome da pessoa. É obrigatório para o advogado
entrar com o processo. Art 37.
Procuração geral para o foro: habilita o adv a praticar todos os atos do processo, exceto os citados no art. 38
(receber citação inicial, confessar, desistir ou renunciar da ação, receber e dar quitação e firmar compromisso).
Subestabelecimento: O adv que recebeu os poderes, pode passá-los para outro adv, ampliando ou transferindo
poderes.
Com poderes: ampliação dos poderes Sem poderes: somente transfere os poderes sem ampliá-los
Revogação do mandato: quando o cliente não quer mais o adv. (art 44)
Renúncia ao mandato: quando o advogado não quer mais o cliente. (art 45)
Deveres do advogado: informar seu endereço sob pena de ter o pedido indeferido e comunicar mudança de
endereço. (art 39)
Direitos do advogado: ter acesso irrestrito a qualquer processo, salvo os sob segredo de justiça; requerer vista dos
autos de qq processo pelo prazo de 5 dias; retirar os autos do cartório pelo prazo legal. (art 40)
Substituição de partes: por ato intervivos. A parte contrária deverá consentir. (art. 42) por causa mortis. Espólio ou
sucessores.
Conceitos importantes:
Bens da vida: coisas ou valores necessários ou úteis à sobrevivência do homem, bem como a seu aprimoramento.