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Aula: 27

Temática: Probabilidade – Parte I

Empregamos mais comumente o termo probabilidade quando estamos


diante de certa observação contínua do comportamento de um fenômeno
qualquer e este leva-nos à formulação de sua teoria sobre as variações deste
comportamento, ou mesmo quando estamos com certo grau de incerteza
naquilo que pode ocorrer ou que ocorreu no presente, passado e futuro.

Historicamente, esta teoria surgiu por volta do século XVII, baseada


principalmente nos jogos de azar, muito em voga na época, como a roleta e as
cartas.

Em termos matemáticos, classificamos como um modelo não determinístico, ou


simplesmente probabilístico, porque estes modelos, quando existem, não nos
permitem estabelecer a priori os resultados de uma experiência, mas fornecem-
nos condições de prever, com certo grau de segurança, seus possíveis
resultados.

Basicamente, a avaliação de um evento qualquer está calcada em duas


escolas de pensamento. Uma considerada clássica ou Objetiva, e a outra
Personalista ou Subjetiva. A primeira parte do princípio básico é de que suas
regras e cálculos devem ser aplicadas a eventos cujos comportamentos de
certos fenômenos possam ocorrer infinitas vezes, mas sempre sob as mesmas
condições. Já a segunda acha que a ocorrência de certas probabilidades está
vinculada pelo grau de credibilidade que cada analista atribui à ocorrência
deste evento. A diferença básica entre as duas escolas é que, na última,
podemos ter diferentes “probabilidades” para um mesmo evento. Nos
limitaremos, em nossos estudos, aos conceitos da Escola Clássica.

Portanto, a “probabilidade” pertence ao campo da matemática. Na estatística,


seu estudo se justifica porque da maioria dos fenômenos são de natureza

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aleatória ou probabilística, essencial para o cálculo e estudo da “Estatística
Inferencial”.

Experimento aleatório
Vejamos a seguinte afirmação: “É provável que meu time ganhe a partida hoje”.
O que pode ocorrer?
1. meu time ganhar
2. meu time perder
3. meu time empatar

O resultado final depende do acaso. Fenômenos como este são chamados


“fenômenos aleatórios” ou “experimentos aleatórios”.

Espaço Amostral
A cada experimento correspondem, em geral, vários resultados possíveis. Por
exemplo:
1. ao lançarmos uma moeda: “cara ou coroa” (2 resultados)
2. ao lançarmos um dado: “1, 2, 3, 4, 5 e 6” (6 resultados)

Como o objeto de nosso estudo vem a ser os experimentos, e eles admitem


mais do que um resultado, faz sentido definir o conjunto de todos os possíveis
resultados do experimento. Ao conjunto desses resultados possíveis damos o
nome de Espaço Amostral, representado pela letra S.
S da moeda: {cara ou coroa}
S do dado: {1, 2, 3, 4, 5 e 6}
Cada elemento de S recebe o nome de ponto amostral.

Eventos
Chamamos de “Evento” qualquer subconjunto do espaço amostral S de um
experimento aleatório.

Exemplo

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Lançamento de um dado: S = {1, 2, 3, 4, 5 e 6}, A = {2, 4, 6} ⊂ S; logo, A é
um evento de S.
Um evento é sempre definido por uma sentença. Assim, no exemplo acima:
“obter um número par na face superior”.
Normalmente, um evento é representado por uma letra maiúscula, exceto S.
(No próximo capítulo, veremos com mais detalhes).

Probabilidade
A probabilidade de ocorrer um evento A, representada neste momento por P(A)
é o quociente entre o número de elementos de A, e o número de elementos de
S. Onde A (um evento) é um subconjunto qualquer do Espaço Amostral; e S
diferente de vazio, o número de elementos deste mesmo espaço amostral.
Logo,
n( A )
P( A ) =
n(S)
Onde,
n(A) = número de casos favoráveis ao evento A;
n(S) = número de casos possíveis.

Exemplos

1) Lançamento de uma moeda:


Evento A: “obter cara”
S: {Ca, Co} ⇒ n(S) = 2
S: {Ca} ⇒ n(A) = 1
Logo: P(A) = 1/2 = 0,5 ou 50%

2) Lançamento de um dado:
Evento A: “obter um número par na face superior”
S: {1, 2, 3, 4, 5, 6} ⇒ n(S) = 6
S: {2, 4, 6} ⇒ n(A) = 3
Logo: P(A) = 3/6 = 0,5 ou 50%

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Exercícios Resolvidos

1) Qual a probabilidade de se retirar a carta “3” em um baralho de 52


cartas?
Como existem quatro cartas “3”, o três ouros, copas, espadas e de paus a
probabilidade é:
4 1
P( A ) = =
52 13

2) Suponha que a final de um campeonato mundial de futebol seja entre o


Brasil e a Servia. Qual a probabilidade do Brasil sair vencedor?
1
P( A ) =
3

3) Joga-se dois dados um amarelo e um vermelho. Qual a probabilidade


da soma das faces voltadas para cima ser 10?
A soma será 10 se saírem as peças (4, 6); (6, 4) e (5, 5) portanto temos 3
chances em 36 possibilidades, ou seja:
3 1
P( A ) = =
36 12

Exercícios Propostos

1) Lançado um dado, qual a probabilidade de se obter o 4 na face


superior?
a) 16,67%
b) 18%
c) 12,80%
d) 16,50%
e) 40,70%

2) Qual a probabilidade de sair o ás de ouros, quando retiramos uma carta


de um baralho de 52 cartas?

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a) 1,50%
b) 1,92%
c) 1,99%
d) 2,90%
e) 4,80%

3) Qual a probabilidade de sair um rei, quando retiramos uma carta de um


baralho de 52 cartas?
a) 3,50%
b) 4,59%
c) 7,69%
d) 8,80%
e) 9%

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