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- Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Versão preliminar dez.2012


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 3

2. FUNDAÇÕES ....................................................................................................................................... 3

2.1. Fundação Superficial (rasa ou direta) ........................................................................................... 3

2.2. Fundação Profunda ....................................................................................................................... 4

3. DESENHO DE FUNDAÇÕES .............................................................................................................. 4

3.1. Sapatas .......................................................................................................................................... 4

3.2. Blocos de Coroamento .................................................................................................................. 6

3.3. Estacas .......................................................................................................................................... 9

3.4. Cinta de Amarração ..................................................................................................................... 11

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 11

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1. INTRODUÇÃO

Essas notas de aula servem de base para o conhecimento das representações convencionais
utilizadas nos projetos de fundações. Elas não contêm informações para o dimensionamento das
estruturas, que serão vistas em outra disciplina. As plantas de fundações, tal como as plantas de
estruturas, são compostas por plantas de formas e de armação. Há, ainda, a planta de locação e
carga dos pilares, bem como a de locação de fundações.

2. FUNDAÇÕES

Pode-se definir fundação como sendo o elemento estrutural que transmite, ao solo, as cargas
aplicadas à estrutura e as decorrentes de seu próprio peso, cujos recalques possam ser
satisfatoriamente absorvidos pelo conjunto estrutural. Segundo a NBR 6122/2010, uma classificação
para as fundações é a seguinte:

2.1. Fundação Superficial (rasa ou direta)

Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob
a base da fundação e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação
é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. As fundações superficiais mais comuns são:
bloco, sapata, radier, grelha e viga de fundação.

Figura 1 – Exemplos de Fundações Superficiais


Fonte:www.multisolos.com.br/fundacoes/fundacoes_inicial.php?id_fun=fundacoes_new&cd_titulo=3&cd_texto=
4&mcd_sub_texto=1

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2.2. Fundação Profunda

Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base (resistência de ponta)
ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, devendo sua
ponta ou base estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta,
e, no mínimo, a 3,0 m de profundidade. As fundações profundas mais comuns são: estaca e tubulão.

Figura 2 – Exemplos de Fundações Profundas


Fonte:http://www.multisolos.com.br/fundacoes/fundacoes_inicial.php?id_fun=fundacoes_new&cd_titulo=3&cd_t
exto=4&mcd_sub_texto=3

3. DESENHO DE FUNDAÇÕES

Neste tópico, serão apresentadas as representações dos desenhos de uma fundação


superficial (sapata), de um elemento de ligação (bloco de coroamento) e de uma fundação profunda
(estaca).

3.1. Sapatas

As sapatas podem ser divididas em sapatas centradas ou excêntricas. As definições serão


apresentadas a seguir.

Sapatas Centradas

São aquelas em que os eixos dos pilares coincidem com o seu centro. A armação dessas
será colocada logo acima de um concreto denominado “magro” ou “simples”, pois se usa pouco
cimento em sua constituição.

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Para a armação de sapatas são necessárias as plantas baixa e de corte, conforme mostrado
na Figura 3. O desenho e cálculo dos ferros longitudinais e estribos se faz como um pilar normal.

Figura 3 – Exemplo de uma sapata centrada armada


Fonte: Adão, 1980

Sapatas Excêntricas

As sapatas excêntricas são aquelas em que o eixo do pilar está situado fora do seu centro,
conforme Figura 4. Este tipo de sapata é usado junto às divisas dos terrenos ou quando algum
obstáculo impede a colocação de sapatas cêntricas. Dependendo da carga que atua sobre a sapata
excêntrica, esta deverá estar ligada a outro elemento estrutural chamado viga de equilíbrio.

Figura 4 – Exemplo de uma sapata excêntrica


Fonte: Adão, 1980

A armação dessas sapatas não difere muito da armação de sapatas cêntricas, apenas as
sapatas com viga de equilíbrio que devem ser mais bem armadas na direção da seta indicativa,
como mostrado na Figura 5. Normalmente, as bitolas dos ferros dessa armação são maiores.

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Figura 5 – Sapata com viga de Equilíbrio
Fonte: Adão, 1980

3.2. Blocos de Coroamento

Blocos de coroamento são elementos intermediários para transmissão de cargas. No caso de


fundações profundas com estacas, os pilares não são posicionados diretamente sobre as estacas: é
utilizado um elemento estrutural intermediário denominado bloco. O tamanho e a forma do bloco são
determinados em função do número de estacas necessárias para suportar a carga do pilar.

Figura 6 – Bloco de coroamento simples


Fonte: Adão, 1980

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O bloco mais simples é o que faz a ligação entre o pilar e uma única estaca, conforme Figura
6. Para este tipo de bloco, a armação mais simples que se pode imaginar é a de estribos nas três
direções, formando uma “gaiola”, como mostrado na Figura 7.

Figura 7 – Armações de um bloco de coroamento


Fonte: Adão, 1980

Para blocos de duas estacas, além da “gaiola”, surgem outros ferros longitudinais para
resistirem ao momento gerado pela diferença de posição das estacas. Para mostrar esses ferros
longitudinais desenha-se o bloco em vista como mostra a Figura 8.

Figura 8 – Armações de bloco de duas estacas


Fonte: Adão, 1980

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O bloco de três estacas tem a forma de um prisma de base triangular com os vértices
cortados, como mostra a Figura 9. O pilar está localizado no centro de gravidade do triângulo e as
estacas ficam localizadas próximas dos vértices cortados. Neste caso, surgem os momentos devido
à distância do centro do pilar ao centro das estacas e a armação longitudinal se fará conforme a
Figura 10.

Figura 9 – Bloco de três estacas


Fonte: Adão, 1980

Figura 10 – Direções das armações do bloco de três estacas


Fonte: Adão, 1980

Blocos de quatro estacas têm a forma de um paralelepípedo, como mostrado na Figura 11.
Nesses blocos, geralmente a ferragem principal estará em diagonal, pegando duas estacas em cruz,
que serão iguais devido à simetria.

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Figura 11 – Armações de bloco de quatro estacas
Fonte: Adão, 1980
3.3. Estacas

Estacas são importantes elementos de fundação utilizados para transmitir as cargas atuantes
na superfície a uma determinada profundidade do solo. São utilizadas em obras tanto de pequeno
porte, como as de grande porte.
Diversos tipos de estacas estão presentes no sistema e dependem, basicamente, da
metodologia de execução, intensidade da carga, tipo de terreno onde se localiza, etc. A transição da
carga do pilar às estacas é feita por blocos de coroamento, os quais foram mostrados anteriormente.
Na Figura 12, são mostrados os posicionamentos das estacas nos blocos de coroamento.

Figura 12 – Posicionamento das estacas no blocos de coroamento


Fonte: Modificado de: www.benapar.com.br/novo/index.php?pagina=estacas_premoldadas

As Figura 13,Figura 14 e Figura 15 representam as vistas laterais de blocos de coroamento


com uma, duas e seis estacas, respectivamente.

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Figura 13 – Vista Lateral de um bloco com uma estaca
Fonte: Santos, 1980.

Figura 14 – Vista Lateral de um bloco com duas estacas


Fonte: Santos, 1980.

Figura 15 – Vista Lateral de um bloco com seis estacas


Fonte: Santos, 1980.

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3.4. Cinta de Amarração

As cintas de amarração servem para distribuir as cargas e "amarrar" as paredes (internas


com as externas), os arranques dos pilares ou os blocos de coroamento.

Figura 16 – Vista lateral de uma cinta de amarração


Fonte: Santos, 1980.

Figura 17 – Exemplo de Cintas de Amarração em fundação tipo Tubulão


Fonte: Santos, 1980.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Adão, Francisco Xavier – Desenho de Concreto Armado. Editora Tecnoprint. 1980.
Santos, Edevaldo G. – Desenho de Concreto Armado – Vol. 1. 5ª Ed. Editora Santos. 1980.

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