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Professora: Eulália
Colaboração: Maria Paula e Natália
Aula 4 de 29/08/02
Características:
onerosidade /
informalismo – dir. moderno – intervenção do estado
boa-fé
autonomia
O direito comercial oscilou desde os primórdios do feudalismo, até a revolução francesa, numa dicotomia e um
unitarismo entre ele e o direito civil. Então vamos observar que nas fontes do Direito Comercial vamos encontrar a
lei civil. a necessidade de se formar o Direito Comercial é exatamente haver a implementação de regras jurídicas
específicas para ele, p/ que ele não se valha diuturnamente da legislação civil.
A própria CF, Art.22, I. , define que é da competência da União legislar sobre o direito civil e o direito comercial.
Temos regras jurídicas bastante claras sobre o direito comercial e todas as demais normas infra-constitucionais
acompanham esta declaração da CF/88.
Como fontes em termos acadêmicos podemos dividir em fontes materiais / formais; fontes diretas / indiretas ; e a
subdivisão das indiretas.
Usos e costumes – Foram a “origem” do Direito comercial e devem ser dotados de licitude e de possibilidade
jurídica. Os usos e costumes representam uma fatia bastante importante da concentração do Direito Comercial ,
representam uma fonte muito importante de busca do Direito Comercial.
OBS: As juntas registrárias (que registram os atos societários , faz alterações, enfim, é um órgão registrário)
também tem como atribuição compilar esses usos e costumes mais praticados no direito comercial e ao final de cada
exercício ela compila num “Catálogo normativo de usos e costumes”.
Então, temos os usos e costumes conhecidos, praticados, nítida e claramente e também esses catálogos, essas
compilações feitas pelas juntas comerciais dos estados. Infelizmente não temos isso a nível nacional (DNRC –
Departamento Nacional de Registros de Comércio - órgão federal o qual não possui esse tipo de atividade de
iniciativa regulamentar.).
Jurisprudência – Em Direito comercial é muito extensa e importante. Infelizmente não conseguimos que ela
acompanhe o ritmo das negociações comerciais, que são dotadas de uma celeridade absurda, mas fonte importante
principalmente para o contencioso comercial.
Analogia - É a fonte subsidiária na qual se busca por analogia nos outros ramos do direito tão ricos ou mais que o
direito comercial a fonte para a solução dos problemas , ou para a fixação do nosso entendimento. Então se
precisarmos utilizar qualquer outro tipo de ordenamento jurídico q não a lei civil, deve-se buscar por analogia nas
demais regulamentações. Podemos ir buscar analiticamente no Direito Penal, Direito Administrativo.
A utilização de princípios do Direito Comercial, por semelhança, não se caracteriza como analogia. Se numa
situação concreta não há norma específica para a situação, ao buscarmos outra semelhante, estaremos utilizando
princípios gerais, ou ainda complementando a norma primeira que por não ser específica precisou ser combinada.
Princípios Gerais do Direito – Art. 4° LICC – Quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os PGD´s , ou seja, quando a legislação for omissa a respeito da matéria nós utilizaremos as
fontes subsidiárias anteriores ao PGD. Isso é excludente, há uma ordem hierárquica, não se pode utilizar um PGD se
há uma norma análoga que você pode utilizar.
Por fim o compromisso arbitral, que é uma fonte moderna e altamente utilizada. Principalmente nos EUA, em
termos de Direito Internacional é raro vermos como fonte principal para dirimir qualquer problema contratual o
fórum judicial. Nós temos em grandes contratos a utilização desta fonte subsidiária que é o juízo arbitral. A
arbitragem é uma forma de acelerar a resolução de uma contenda entre as partes, ou seja, as partes contratantes
elegem no próprio contrato um juízo arbitral, e no sentido mesmo de árbitro.
O contrato vai elencar as situações de desacordo e exaurí-las (só será considerada situação de desacordo se estiver
expressa no contrato). Se existir essa situação de desacordo, as partes primeiro tentarão por mútuo acordo saná-la, se
não conseguirem, chamarão consultores que não estejam intimamente ligados a discussão para tentar resolvê-la,
caso contrário, desde o momento da assinatura do contrato, as partes elegem um árbitro , ou seja , aquele que
decidirá a respeito da divergência que está sendo criada naquele contrato. O objetivo é a celeridade na resolução da
questão comercial, fugindo da lentidão do judiciário.
Só existem 2 possibilidades de o compromisso arbitral, ser levado ao judiciário: por vício da decisão arbitral, ou se o
próprio contrato assim dispuser, mas para que o contrato se enquadre nesta segunda opção, deverão ser elencadas as
questões decorrentes daquela sentença arbitral que poderão ser levadas ao judiciário. Não haverá possibilidade de
por uma questão de mérito você desconsiderar a sentença do juízo arbitral para ir ao judiciário.
Via de regra a decisão do juízo arbitral é inapelável.
O compromisso arbitral dirime as questões de desacordo, se utilizando das fontes subsidiárias do Direito
comercial.
Só é levada à arbitragem as situações que são caracterizadas como de desacordo, não confundí-las como
descumprimento contratual. Esta última será resolvida no judiciário.