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Revisão de Conceitos
Importantes
1 Campos Escalares e Vetoriais
Considere uma propriedade como a temperatura. A temperatura é uma grande
escalar. Entretanto, se temos um corpo extenso, em princípio, a temperatura
não será igual em cada ponto do corpo. Assim, devemos representar a temper-
atura como uma função do ponto, ou seja,
T ! T (x; y; z) :
Neste sentido, dizemos que a temperatura é um campo. Por ser uma grandeza
escalar, o campo é chamado de campo escalar.
Vejam que, na imagema anterior, não falamos nada sobre módulo, direção ou
sentido. Ocorre que algumas grandezas da Física têm caráter vetorial, como a
velocidade por exemplo. Assim, se temos uma situação em que a velocidade
muda com relação ao ponto, devemo expressar esta situação com um objeto
matemático chamado campo vetorial, representado por algo como
~v ! ~v (x; y; z) = ~v (~r) ;
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Físicos querem, obviamente, fazer coisas como os campos. Saber, por ex-
emplo, como eles variam, à medida que "andamos" pelo espaço. Assim, deve-
mos construir objetos matemáticos que me permitam perscrutar a variação dos
campos (escalares ou vetoriais) ao longo do espaço. Veja-se que buscamos uma
caracterização local dos campos. Ora, um operador que faz isso é a derivada.
Ocorre que temos agora um objeto que vive em um espaço N dimensional1 . Os
operadores que cumprirão esta função são chamados de operadores diferen-
ciais.
Entretanto, para compreender tais operadores, devemos primeiramente com-
preender a noção de derivada parcial.
2 Derivadas Parciais
Quando temos uma derivada total de uma função f (x), escrevemos
df (x) f (x + x) f (x)
= f 0 (x) = lim ;
dx x!0 x
que fornece a taxa de variação da função f no ponto x. Mas e no caso do campo
escalar? Como podemos generalizar esta noção? Vejam que, agora, temos uma
função de várias variáveis T (x; y; z; :::). Basta generalizar aplicando o mesmo
conceito para cada uma das dimensões. Assim, podemos de…nir (veja ?? )
@T T (x+ x;y;z:::) T (x;y;z:::)
@x = lim x!0 x
@T T (x;y+ y;z:::) T (x;y;z:::)
@y = lim y!0 y
:
@T T (x;y;z+ z:::) T (x;y;z:::)
@z = lim z!0 z
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Como generalizamos isso para campos vetoriais? Veja que podemos escrever
~v (~r) = vx (~r) ^{ + vy (~r) |^ + vz (~r) k^
em que cada uma das compomentes é uma função (campo) escalar do ponto ~r.
Deste modo, temos que
@~
v (~
r) [vx (x+ x;y;z)^
{+vy (x+ x;y;z)^ ^]
|+vz (x+ x;y;z)k [vx (~r)^{+vy (~r)^|+vz (~r)k^]
@x = lim x!0 x
@v z ^
= @v
@x ^
x
{ + @xy |^ + @v
@x k
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Note que, na imagem, deixamos a cargo dos valores de dx e dy a determinação
da direção de variação da grandeza escalar T (x; y). Vamos agora, introduzir
um operador diferencial que irá fornecer uma importante informação.
3 O operador gradiente
Suponha que estamos em 3 dimensões (sem perda de generalidade) e que temos
uma função (campo escalar) T (x; y; z). Agora, vamos assumir que temos as
superfícies em que T (x; y; z) assume um valor constante.
Example 2 Seja T (x; y) = x2 =9 + y 2 =25. Assim, se escrevemos
T (x; y) = 3
teremos superfícies que são elipses dadas por
x2 y2
+ =1
27 75
ou então, para T (x; y) = 4,
x2 y2
+ =1
36 100
cujo grá…co é dado por
y 10
-6 -4 -2 2 4 6
x
-5
-10
4
Então, agora, tomemos a situação
T (x; y; z) = c;
@T @T @T
dT = ^{ + |^ + k^ ^
^{dx + |^dy + kdz :
@x @y @z
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Assim, considere, inicialmente o campo escalar chamado potencial gravitacional,
dado pela expressão
M
(x; y; z) = G 1=2
[x2 + y2 + z2]
o que signi…ca = c? Signi…ca que teremos
2
GM
x2 + y 2 + z 2 = ;
c
que é a equação de uma esfera. Assim, temos algo como o grá…co a seguir
F~ = r ;
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Considere, agora, que você quer saber o quanto de campo ‡ui para fora de
uma dada região S (Cf. a imagem a seguir), ou seja, o ‡uxo do campo E~ para
fora de S,
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A carga elétrica está representada pelo ponto preto no centro. No primeiro caso,
vemos que a quantidade de linhas de campo que atravessam a superfície estará
vinculada à quantidade de carga no seu interior. Na segunda imagem, vemos
que a carga se encontra totalmente fora da superfície. Assim, seu ‡uxo é zero,
pois tudo que entra, acaba saindo. No caso da última imagem, que representa
um campo magnético, como as linhas de campo são fechadas, temos sempre que
Z
B~ dS ~ = 0;
S
que diz que não há monopolos magnéticos. As duas últimas equações participam
das equações de Maxwell do eletromagnetismo.
Note que a integral não precisa representar um trabalho realmente. Assim, por
exemplo, no eletromagnetismo
Z
V = E~ d~r;
C
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mostrando que a integral pode representar diferentes quantidades a depender o
que o campo integrado signi…que.
Existe uma relação entre esta integral e o operador diferencial gradiente
que pode ser escrita como: se o campo F~ for um campo vetorial derivável de
um gradiente de uma campo escalar, então a integral de linha não depende do
caminho escolhido para calculá-la, pois
Z Z Z
~
F d~r = r d~r = d = (B) (A) :
C C C
É por isso que o trabalho, na Mecânica, quando realizado por forças conserva-
tivas, implica na independência do caminho percorrido. Note que, se houver a
presença de forças dissipativas, como o atrito, então o trabalho passa a depender
do caminho escolhido para se fazer a integração.
de modo que o resultado para este caminho será 1=2. Considere agora um se-
gundo caminho: A (0; 0) ! D (0; 1) ! B (1; 1). No primeiro trecho, temos que
Z 1
1
A ! D : d~r = |^dy; F~ = 0y^{ + y^
|) ydy =
0 2
enquanto que no segundo trecho, temos que
Z 1
1
D ! B : d~r = ^{dx; F~ = x^{ + |^ ) xdx = ;
0 2
desse modo, temos que o valor todal da integral é igual a 1, que é diferente do
valor obtido para o outro caminho. Logo, veri…camos que o campo F~ , neste
exemplo, não é conservativo. Ou seja, não existe um campo escalar tal que
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F~ = r . Considere, agora, o caminho direto A (0; 0) ! B (1; 1). Neste caso,
temos que
Z Z Z
A ! B : d~r = ^{dx + |^dy; F~ = xy^{ + y^
| ) (xydx + ydy) = xydx + ydy
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Outra integral que se pode considerar é aquela que mede a quantidade de um
campo escalar no interior de um volume. Assim, por exemplo, podemos calcular
a quantidade de massa (carga) em um volume V calculando simplesmente a
integral Z Z Z
(~r) dV = M;
V
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