Você está na página 1de 1

A GUERRA DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA O IRAQUE

No ano de 1990, após a queda do muro de Berlim (1989), os Estados Unidos da


América declararam guerra ao Iraque. A Guerra Fria havia terminado, mas os norte-
americanos já estavam envolvidos em outro conflito.

O principal motivo do conflito entre Iraque e Estados Unidos (Guerra do Golfo) foi a
invasão iraquiana do Kuwait (região do Golfo Pérsico). O líder e ditador iraquiano
Saddam Hussein justificava a invasão solicitando direitos pelos portos de Bubián e
Uarba, que abririam novos acessos ao Golfo Pérsico. Outra reivindicação iraquiana foi o
perdão da dívida de 2 bilhões de dólares contraída pelo Iraque no período da guerra do
Irã (1980-1988).

O estopim para a invasão do Kuwait pelo Iraque foi a acusação realizada por Hussein de
que o Kuwait estava prejudicando o mercado petrolífero iraquiano, vendendo mais
barris do que a cota permitida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep). Após as divergências em relação ao mercado petrolífero, o Iraque anexou o
Kuwait ao seu território.

No mês de dezembro de 1990, a Organização das Nações Unidas solicitou, aos países
integrantes dessa instituição, a luta pela libertação do Kuwait. Em dezembro de 1990, o
Iraque havia recebido o último pedido de retirada das suas tropas do Golfo Pérsico. No
mês de janeiro de 1991, a coalizão liderada pelos Estados Unidos da América iniciou
uma campanha militar contra o Iraque.

Essa guerra perdurou cerca de 40 dias, constituindo-se de um conflito rápido, mas


intenso. Até meados do dia 24 de fevereiro, os combates foram basicamente aéreos.
Posteriormente, ações terrestres tiveram início e duraram cerca de três dias, tempo no
qual Saddam retirou suas tropas do Kuwait.

Os Estados Unidos demonstraram seu potencial militar utilizando as mais sofisticadas


armas e munições produzidas pela indústria bélica. O conflito se tornou uma das
primeiras guerras da história que foram transmitidas pela televisão concomitantemente
ao conflito. Milhões de pessoas presenciaram a aclamação do horror e as audiências
televisivas aumentaram surpreendentemente. Vale ressaltar que os meios de
comunicação ocultavam e não revelavam nenhuma imagem relacionada às mortes,
transmitiam somente o “show pirotécnico” propiciado pelos armamentos (luzes que
cortavam os céus).

Com a duração de 40 dias, estima-se que esse conflito vitimou mais de 100 mil soldados
e 6 mil civis. Um dos principais motivos das transmissões televisivas da Guerra do
Golfo era demonstrar a eficiência militar dos Estados Unidos: eles atingiram somente
alvos militares (a chamada “guerra cirúrgica”), porém o que se percebeu, na realidade,
foi uma carnificina humana, que matou vários jovens, adultos e crianças entre a
população civil.

Você também pode gostar