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1 - Equação de Schrödinger em 3D 1
𝜕 𝜕 𝜕
𝑝̂𝑥 → −𝑖ℏ 𝑝̂𝑦 → −𝑖ℏ 𝑝̂𝑧 → −𝑖ℏ
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Logo:
𝜕 𝜕 𝜕
𝑝⃗̂ ⟹ −𝑖ℏ∇= 𝑖ℏ (𝑥̂ + 𝑦̂ + 𝑧̂ ) (4)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
E:
𝜕2 𝜕2 𝜕2
2
𝑝̂ ⟹ −ℏ ∇ = −ℏ ( 2 + 2 + 2 ) = 𝑝̂𝑥 2 + 𝑝̂𝑦 2 + 𝑝̂𝑧 2
2 2 2 (5)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜓 ≡ 𝜓(𝑟⃗, 𝑡) e 𝑉 ≡ 𝑉(𝑟⃗, 𝑡)
A probabilidade de encontrar a partícula em um volume 𝑑3𝑟 = 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧 é:
Se V não depende do tempo t, podemos definir estados estacionários, como fizemos para
o caso 1D:
−𝑖𝐸𝑛 𝑡
𝜓𝑛 (𝑟⃗, 𝑡) = 𝜑𝑛 𝑒 ℏ (7)
Onde 𝜑𝑛 satisfaz a eq. De Schrödinger independentemente do tempo em 3D:
ℏ2 2
− ∇ 𝜑 + 𝑉𝜑 = 𝐸𝜑 (8)
2𝑚
7.1 - Equação de Schrödinger em 3D 2
Partícula livre
Solução:
2 3/2 𝑛𝑥 𝜋 𝑛𝑦 𝜋 𝑛𝑧 𝜋
𝜑(𝑥, 𝑦, 𝑧) = ( ) sen ( 𝑥) sen ( 𝑦) sen ( 𝑧) (20)
3 𝐿 𝐿 𝐿
Onde:
𝑛𝑗 𝜋
𝑗 = 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑘𝑗 = 𝑛𝑗 ≡ 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑞𝑢â𝑛𝑡𝑖𝑐𝑜
𝐿
Logo, pela eq.18 então:
ℏ2 𝜋 2
𝐸𝑛𝑥 ,𝑛𝑦 ,𝑛𝑧 = (𝑛 2 + 𝑛𝑦 2 + 𝑛𝑧 2 ) (21)
2𝑚𝐿2 𝑥
Estado fundamental (nx = 1 , ny = 1 , nz = 1):
ℏ2 𝜋 2
𝐸111 = (22)
2𝑚𝐿2
1º estado excitado:
ℏ2 𝜋 2
𝐸211 = 𝐸121 = 𝐸112 = 6 ( ) (23)
2𝑚𝐿2
Estado degenerado: Estados com mesma energia.
O estado fundamental é normalmente não degenerado.
OBS
• Note que 𝜑 e 𝐸 dependem de três números quânticos (nx, ny, nz) – restantes de
três condições de contorno, uma para cada coordenada.
• nx, ny, nz são independentes – em certos casos usa-se outras coordenadas. Ex:
átomo de Hidrogênio – coordenadas esféricas
𝑚𝑝
𝑟1 = 𝑅⃗⃗𝐶𝑀
⃗⃗⃗⃗ 𝑟⃗ (26)
𝑚𝑒 + 𝑚𝑝
𝑚𝑒 (27)
𝑟2 = 𝑅⃗⃗𝐶𝑀 −
⃗⃗⃗⃗ 𝑟⃗
𝑚 𝑒 + 𝑚𝑝
O CM se move com uma velocidade relativa (𝑣⃗) constante para um sistema isolado –
equivalente à um problema de um corpo.
𝑚𝑒 𝑚𝑝
𝜇= Massa reduzida
𝑚𝑒 + 𝑚𝑝
𝑅⃗⃗ ≈ ⃗⃗⃗⃗
𝑟2 = 𝑟𝑝 Posição do próton
Logo:
1 𝑑 2 𝑑𝑅 1 𝜕 𝜕𝑌 1 𝜕 2𝑌 2𝜇𝑟 2
(𝑟 )+ (sen 𝜃 ) + ( ) − (𝑉 − 𝐸) = 0 (39)
𝑅 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑌 sen 𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜃 𝑌 sen2 𝜃 𝜕𝜙 2 ℏ2
Reorganizando, temos:
1 𝑑 2 𝑑𝑅 2𝜇𝑟 2 1 1 𝜕 𝜕𝑌 1 𝜕 2𝑌
(𝑟 ) − 2 (𝑉 − 𝐸) + [ (sen 𝜃 ) + ( )] = 0 (40)
𝑅 𝑑𝑟 𝑑𝑟 ℏ 𝑌 sen 𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜃 sen2 𝜃 𝜕𝜙 2
A primeira parte depende apenas de r, onde:
1 𝑑 2 𝑑𝑅 2𝜇𝑟 2
𝐶= (𝑟 ) − 2 (𝑉 − 𝐸) (41)
𝑅 𝑑𝑟 𝑑𝑟 ℏ
E parte depende apenas de 𝜃 e 𝜙, portanto:
1 1 𝜕 𝜕𝑌 1 𝜕 2𝑌
−𝐶 = [ (sen 𝜃 ) + ( )] (42)
𝑌 sen 𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜃 sen2 𝜃 𝜕𝜙 2
Podemos então, separar em duas com uma constante de separação C.
Irei definir está constante 𝐶 = 𝑙(𝑙 + 1) – é uma constante posso definir como quisermos
– isso ficará claro depois!
Então, teremos uma equação radial:
1 𝑑 2 𝑑𝑅 2𝜇𝑟 2
(𝑟 ) − 2 (𝑉 − 𝐸) = 𝑙(𝑙 + 1) (43)
𝑅 𝑑𝑟 𝑑𝑟 ℏ
E uma equação angular:
1 1 𝜕 𝜕𝑌 1 𝜕 2𝑌
[ (sen 𝜃 ) + ( )] = −𝑙(𝑙 + 1) (44)
𝑌 sen 𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜃 sen2 𝜃 𝜕𝜙 2
Vamos primeiro considerar a equação angular, já que esta equação não depende de V e
sua solução é dada por Y, para qualquer problema com simetria esférica.
Equação Angular
|𝑚| < 𝑙 isso diz que para cada l, existem 2𝑙 + 1 valores possíveis de 𝑚.
Em resumo:
Θ(𝜃) = 𝐴𝑃𝑙𝑚 cos 𝜃
𝑙 = 0, 1, 2, …
𝑚 = −𝑙, (−𝑙 + 1), … , 0, 1, … , 𝑙
Portanto, podemos escrever:
𝑌( 𝜃,𝜙) = Θ𝜃 Φ𝜙 (66)
𝑌( 𝜃,𝜙) = 𝐴𝑃𝑙𝑚 cos 𝜃 𝑒 𝑖𝑚𝜙 (67)
Ainda precisamos encontrar A da normalização.
O elemento de volume em coordenadas esféricas é:
𝑑3 𝑟 = 𝑟 2 sen(𝜃) 𝑑𝑟𝑑𝜃𝑑𝜙 (68)
A normalização fornece:
Note que 0 ≤ 𝜙 ≤ 2𝜋 e 0 ≤ 𝜃 ≤ 𝜋.
A função de onda angular normalizada é chamada de Harmônicos Esféricos, e é dada por:
Onde:
𝑙 = 0, 1, 2, … (−1)𝑚 𝑚≥0
𝜖=
𝑚 = −𝑙, (−𝑙 + 1), … , 0, 1, … , 𝑙 1 𝑚≤0
Estas funções são ortogonais:
2𝜋 𝜋
∫ ∫ [𝑌𝑙𝑚 (𝜃, 𝜙)]∗ 𝑌𝑙𝑚′
′ (𝜃, 𝜙) sen (𝜃) 𝑑𝜃𝑑𝜙 = 𝛿𝑙𝑙 ′ 𝛿𝑚𝑚′ (74)
0 0
• Nota
2𝜋 𝜋 𝑌 = 𝐴𝑃𝑙𝑚 (cos 𝜃)𝑒 𝑖𝑚𝜙
𝐼=∫ ∫ |𝑌|2 sen(𝜃) 𝑑𝜃𝑑𝜙 = 1
0 0 |𝑌|2 = [𝑌𝑙𝑚 (𝜃, 𝜙)]∗ 𝑌𝑙𝑚′
′
2𝜋 𝜋
′
𝐼=∫ ∫ [𝑌𝑙𝑚 ]∗ 𝑌𝑙𝑚
′ sen(𝜃) 𝑑𝜃𝑑𝜙
0 0
2𝜋 𝜋
′ ′
𝐼=∫ ∫ [𝐴𝑃𝑙𝑚 (cos 𝜃)𝑒 −𝑖𝑚𝜙 ] [𝐴𝑃𝑙𝑚
′ (cos 𝜃)𝑒
𝑖𝑚 𝜙
] sen(𝜃) 𝑑𝜃𝑑𝜙
0 0
2𝜋 𝜋
′
𝑖𝑚′ 𝜙
𝐼=𝐴 ∫ 𝑒 2 −𝑖𝑚𝜙
𝑒 𝑑𝜙 ∫ 𝑃𝑙𝑚 (cos 𝜃)𝑃𝑙𝑚
′ (cos 𝜃) sen(𝜃) 𝑑𝜃
0 0
• Se 𝑚 = 𝑚’:
2𝜋 2𝜋
∫ 𝑒 𝑖(0)𝜙 𝑑𝜙 = ∫ 𝑑𝜙 = 2𝜋
0 0
• Se 𝑚 ≠ 𝑚’ (𝑚 = 0, 𝑚’ = 1):
2𝜋 2𝜋
𝑖(1−0)𝜙 2𝜋
∫ 𝑒 𝑑𝜙 = ∫ 𝑒 𝑖𝜙 𝑑𝜙 = −𝑖𝑒 𝑖𝜙
0 0 0
2𝜋
∫ 𝑒 𝑖𝜙 𝑑𝜙 = −𝑖(𝑒 𝑖2𝜋 − 𝑒 𝑖0 ) = −𝑖[cos(2𝜋) + 𝑖 sin(2𝜋) − 1] = 0
0
• Se 𝑚 = 𝑚’:
1
′ 2(𝑙 + 𝑚)!
∫ 𝑃𝑙𝑚 (cos 𝜃)𝑃𝑙𝑚
′ (cos 𝜃) 𝑑(cos 𝜃) = 𝛿 ′
−1 (2𝑙 + 1)(𝑙 − 𝑚)! 𝑙𝑙
Relação de ortogonalidade de polinômios de Legendre!
Então:
2(𝑙 + 𝑚)!
𝐼 = 𝐴2 (2𝜋𝛿𝑚′ 𝑚 ) 𝛿 ′=1
(2𝑙 + 1)(𝑙 − 𝑚)! 𝑙𝑙
Sendo, 𝛿𝑚′ 𝑚 = 1 e 𝛿𝑙𝑙′ = 1, daí:
𝜃 = 𝛿𝑚′𝑚 𝛿𝑙𝑙′
Sendo assim:
2𝜋 𝜋
∫ ∫ [𝑌𝑙𝑚 (𝜃, 𝜙)]∗ 𝑌𝑙𝑚′
′ sen(𝜃) 𝑑𝜃𝑑𝜙 = 𝛿𝑚′𝑚 𝛿𝑙𝑙 ′
0 0
Equação Radial
A equação angular 𝑌𝑙𝑚 (𝜃, 𝜙) é a mesma para todos os potenciais com simetria esférica,
queremos agora resolver a equação radial:
1 𝑑 2 𝑑𝑅 2𝜇
(𝑟 ) − 2 𝑟 2 (𝑉(𝑟) − 𝐸) = 𝑙(𝑙 + 1) (75)
𝑅 𝑑𝑟 𝑑𝑟 ℏ
Para resolver a eq.75 precisamos saber V(r). Mas, por enquanto, vamos simplificar esta
equação fazendo a mudança de variável:
𝑢(𝑟) ≡ 𝑟𝑅(𝑟) 𝑢
𝑅=
𝑟
Assim:
𝑑 𝑢 1 𝑑𝑢 1 (76)
( )= − 𝑢
𝑑𝑟 𝑟 𝑟 𝑑𝑟 𝑟 2
𝑑 2 𝑑𝑅 𝑑 𝑑𝑢 𝑑𝑢 𝑑 2 𝑢 𝑑𝑢 (77)
(𝑟 )= (𝑟 − 𝑢) = +𝑟 2 −
𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟
7.1 - Equação de Schrödinger em 3D 12
𝑑 2 𝑑𝑅 𝑑2𝑢 (78)
(𝑟 )=𝑟 2
𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟
Multiplicando a eq. 75 por R e substituindo a eq.78 nessa equação, então:
𝑑2 𝑢 2𝜇 2
𝑟 − 𝑟 (𝑉(𝑟) − 𝐸)𝑅 = 𝑙(𝑙 + 1)𝑅 (79)
𝑑𝑟 2 ℏ2
Portanto:
𝑑2 𝑢 2𝜇 2 𝑢 𝑢
𝑟 2 − 2 𝑟 (𝑉(𝑟) − 𝐸) = 𝑙(𝑙 + 1) (80)
𝑑𝑟 ℏ 𝑟 𝑟
2
𝑑 𝑢 2𝜇 2𝜇 𝑢
− 𝑉𝑢 + 𝐸𝑢 = 𝑙(𝑙 + 1) (81)
𝑑𝑟 2 ℏ2 ℏ2 𝑟2
Multiplicando a eq.81 por (−ℏ2 /2𝜇) e reorganizando os termos, então:
ℏ2 𝑑 2 𝑢 ℏ2 𝑢
− + 𝑉𝑢 − 𝐸𝑢 = − 𝑙(𝑙 + 1) (82)
2𝜇 𝑑𝑟 2 2𝜇 𝑟2
Portanto, a equação radial é dada por:
ℏ2 𝑑 2 𝑢 ℏ2 𝑙(𝑙 + 1)
− + [𝑉 + ] 𝑢 = 𝐸𝑢 (83)
2𝜇 𝑑𝑟 2 2𝜇 𝑟 2
Sendo o potencial efetivo dada por:
ℏ2 𝑙(𝑙 + 1)
𝑉𝑒𝑓𝑓 = [𝑉 + ] (84)
2𝜇 𝑟 2
A eq. 83 se parece exatamente com a equação de Schrödinger independentemente do
tempo:
̂ 𝜓 = 𝐸𝜓
𝐻 com 𝑉 → 𝑉𝑒𝑓𝑓
A condição de normalização:
∞
∫ |𝑅|2 𝑟 2 𝑑𝑟 = 1
0
Se torna:
∞
∫ |𝑢|2 𝑑𝑟 = 1
0