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O oscilador harmônico

APLICAÇÃO DO FORMALISMO QUÂNTICO AO CASO DE UM POTENCIAL DE UM


OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES, V (X) = KX2/2.
OSCILADOR HARMÔNICO: UMA REVISÃO CLÁSSICA
Um sistema “massa-mola” é definido por uma partícula quântica de massa m sob ação de um
potencial da forma V (x ) =kx2/2,tal como o ilustrado na Figura 15.1.

Assim como na Física Clássica, o oscilador harmônico também tem uma importância fundamental na
Mecânica Quântica. O motivo para isso é que sempre podemos aproximar o ponto de equilíbrio de um
potencial qualquer, V(x), pelo potencial parabólico do oscilador harmônico, como ilustrado na Figura 15.2.

Figura 15.2: O potencial V(x) (linha cheia) aproximado na região do entorno de


seu mínimo, em x = a, por um potencial parabólico, típico de um oscilador
harmônico (linha tracejada).
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• No caso do oscilador harmônico, a equação de Schrödinger tem a forma:

• que tem soluções para valores positivos da energia E. Costuma-se reescrever a Equação (15.2) utilizando as
definições da frequência angular do oscilador clássico e das variáveis adimensionais:

• Fazendo essas substituições, a equação de Schrödinger fica na forma:


SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• Vamos começar nosso estudo pela análise do comportamento da função de onda ψ(ξ). Fazemos mais
uma substituição, definindo a função h(ξ) de modo que:

• Substituindo a Equação (15.4) na Equação (15.3), obtemos a equação diferencial para h(ξ):

• Essa equação é conhecida como equação de Hermite.

• Para resolver a equação de Hermite, lembramos que, como o potencial do oscilador harmônico é uma função par, V(-x)
=V(x).
• a função de onda ψ(x) e, portanto, a função h(ξ) terão paridade bem definida; ou seja, serão funções pares ou ímpares.
• Vamos, assim, considerar a expansão de h(ξ) em séries de potências nos dois casos:
• quando essa função for par e quando ela for ímpar.
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• a. h(ξ) par:
• Neste caso, h(ξ) terá uma expansão exclusivamente em potências pares:

• que, quando substituída na Equação (15.5), leva à relação

• a que pode ser reescrita como:


SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• Essa série de potências será exatamente nula somente se todos os coeficientes forem nulos, o que leva
imediatamente à relação de recorrência:

• Obtenha a Equação (15.7). Substituindo a Equação (15.6) na Equação (15.5), obtemos:


SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• Observamos que, para valores grandes de


n, o quociente

• que é justamente a relação entre os coeficientes


da expansão

• já que

Vemos assim que, para valores grandes de ξ, em que é necessário incluir muitos termos na expansão em série de
Taylor, que o comportamento assintótico de h(ξ) é aproximadamente:

e, portanto,
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• Para cada um desses valores de N, a função h(ξ) será um polinômio de ordem 2N de ξ, e teremos uma função de
onda ψ(ξ) par e que vai tender a zero para valores grandes de |ξ|, o que é fisicamente aceitável.
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• b. h(ξ) ímpar
• Neste caso ψ(-ξ) = -ψ(ξ), e, portanto, h(-ξ) = -h(ξ), que terá uma expansão em série de Taylor com todos os expoentes
ímpares:

que, quando substituída na Equação (15.7), leva, após um tratamento similar ao feito no caso de h(ξ) par, à seguinte
relação entre os coeficientes:

• Assim, cada valor N = 0, 1, 2, ... terá associado um polinômio h(ξ) de grau 2N+1 e uma função de onda
ímpar, ψ(ξ).
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• NÍVEIS DE ENERGIA
• Juntando os casos a e b, temos que os autovalores λ da Equação (15.3) são da forma:

e, como λ = 2E /( hω ) , os valores possíveis para a energia são dados por:

• Perceba as diferenças com relação ao oscilador harmônico clássico. No caso clássico, a energia pode ter qualquer valor,
sendo determinada pelas condições iniciais do problema (velocidade e posição iniciais da massa).
• Já no caso quântico, o espectro de energias consiste em um número infinito de níveis discretos, como mostrado na Figura
15.3.
• Vemos que, para todos os valores da energia, a partícula está ligada, e que os níveis de energia estão igualmente espaçados,
com separação hω entre eles; exatamente da mesma forma que Planck havia proposto quando formulou a teoria que
explicava a radiação emitida por um corpo negro
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• NÍVEIS DE
ENERGIA

• Outra diferença com relação ao oscilador clássico é que o nível de menor energia corresponde a n = 0 e é
E0 =hω /2.
• Este valor finito da energia do estado fundamental, como vimos na discussão do poço infinito, é chamado
de energia de ponto zero.
• Um fenômeno essencialmente quântico e que está relacionado ao Princípio da Incerteza.
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• FUNÇÕES DE ONDA

Voltando às funções de onda ψ(ξ), vimos que elas podem ser colocadas na forma onde as funções Hn(ξ), que vínhamos
chamando de h(ξ), são polinômios de grau n chamados de polinômios de Hermite.

A partir do que discutimos anteriormente, as funções Hn(ξ) satisfazem à equação de Hermite (15.5) para λ = 2n+1, ou seja:

As soluções desta equação são obtidas a partir das equações (15.6) e (15.16):
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• FUNÇÕES DE ONDA
• Como a Equação (15.22) é homogênea, os polinômios de Hermite estão definidos a menos de uma constante
multiplicativa.
• Por convenção, costuma-se escolher esta constante de modo que o coeficiente de ξn em Hn(ξ) seja 2n . Isto define
completamente os demais coeficientes a partir das relações de recorrência (15.9) e (15.17), que, usando os valores
permitidos para λ, tornam-se:

• Os cinco primeiros polinômios de Hermite são:


SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• FUNÇÕES DE ONDA

• Finalmente, concluímos que para cada autovalor da energia, corresponde uma única autofunção ψ n(x), que pode ser escrita
na forma:

• Onde vem da definição da variável ξ , e Cn é uma constante que vem da exigência da função de onda estar
normalizada, ou seja, que:

A partir de uma propriedade geral dos polinômios de Hermite, de que as funções são ortogonais:

Onde δnm é a delta de Kronecker, δnm = 0 para n ≠ m, δnm =


1, para n = m, encontramos que:
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

• FUNÇÕES DE ONDA

• Finalmente, concluímos que temos a expressão geral para ψn(x):

A partir do conhecimento das funções de onda ψn(x), podemos calcular todas as propriedades do oscilador harmônico quântico.
Por exemplo, podemos mostrar muito facilmente que o valor esperado da posição x, para qualquer ψ n(x), é nulo. De fato, na
expressão temos que, como ψn(x) tem paridade definida, par ou ímpar, |ψn(x)|2 vai ser sempre uma função par, e quando
multiplicada por x vai resultar em um integrando ímpar na Equação (15.35), que vai levar sempre a uma integral nula.

De forma semelhante, utilizando as propriedades de ψn (x), ou


mais precisamente, dos polinômios de Hermite, podemos
mostrar que:
SOLUÇÃO ANALÍTICA DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER
• FUNÇÕES DE ONDA
• Nas figuras mostramos algumas funções de onda do oscilador harmônico para n = 0, 1, 2, 3, 4 e 5.
• Em particular, notamos que, à medida que aumenta a energia, a paridade das funções de onda vai alternando entre
par e ímpar.
• Note ainda que a energia da partícula aumenta com o número de nodos de sua função de onda, da mesma maneira
que observamos nos poços de potencial finito e infinito.
Exercícios:
Exercício:
Energia do estado fundamental:
• Para encontrar a energia do estado
fundamental, substituímos a função ψ0 ( x )
na equação de Schrödinger independente do
tempo:

Exercício:
Quanto maior a energia, mais próximo (na média) da probabilidade clássica
Limite clássico

• Assim, o limite clássico é atingido se a partícula está num estado ψn com n muito grande. A energia En dessa
partícula é

• Logo, no limite clássico (n → ∞) teremos

• Lembrando que E0 = hω/2 é a energia do estado fundamental (n = 0)


Exercícios:
Transições entre estados quânticos e a equação de Schrödinger
dependente do tempo – Regras de Seleção

• Transições entre estados quânticos: Regra fundamental

• Já no modelo de Bohr vimos que, quando um elétron passa de um estado quântico


inicial de energia Ei para um outro estado final de energia menor Ef , é emitido um
fóton com energia hν igual à diferença das energias, que é o quantum de energia de
Planck:

• Na verdade, assumimos que essa regra é válida para todas as formas de movimento
periódico (ou quase-periódico) na escala atômica:
• Para fenômenos eletromagnéticos, o quantum de energia é chamado fóton, e para
sistemas mecânicos esse quantum é chamado de fônon

• No entanto, essa regra apenas não é suficiente para explicar o


comportamento dinâmicos dos sistemas quânticos.
Transições entre estados quânticos e a equação de Schrödinger
dependente do tempo – Regras de Seleção
• Transições entre estados quânticos: transições óticas

• São aquelas transições induzida pela radiação eletromagnética, quando um elétron no


átomo passa de um estado quântico inicial de energia Ei para um outro estado final de
energia Ef, e um fóton com energia hν igual à diferença das energias, é emitido ou
absorvido

• Consideremos o átomo de hidrogênio para observar a transições óticas.

• Para o hidrogênios as transições óticas foram explicadas pelo modelo de Bohr que obteve a
mesma fórmula de Balmer (e outros) para o espectro. O modelo de Bohr foi importante para
estabelecer o modelo quântico do átomo.

• No entanto, o modelo de Bohr não explicava como ocorria a transição quântica nem porque apenas algumas
transições podiam ser observada. Esse era um limite do modelo.
Transições óticas no átomo de hidrogênio

• Vamos abordar transições que envolvem emissão ou absorção de fótons.

• No átomo de Bohr, os níveis de energia do H livre Espectro do Hidrogênio Livre


são degenerados e só são determinados pelo
número quântico principal.

• As transições deveriam seguir a regra das séries


de Balmer, ...

• O número de transições aumentam e dependem do


número quântico principal e mas não numero
quântico de momento angular total).

• Porém, temos que levar em conta o momento


angular de spin do elétron e sua interação com o
momento angular orbital para as transições que
ocorrem...
Transições óticas no átomo de hidrogênio
• Transições observadas entre estados com n = 3 e n = 2
• Mas quando se considera o spin do elétron esses nível passam a não ser mais degenerados e o espectro do H passa a ter uma
estrutura fina.
• O número de transições aumentam e dependem agora do número quântico principal e do numero quântico de momento angular
total (L + S =J).
• Porém, ainda assim, nem todas as transições ocorrem...
Nem todas as transições ocorrem...

• Nem todas as transições ocorrem: quer dizer que nem todas as transições são observadas experimentalmente.

• Apenas são observados fótons cujas frequências correspondem às transições que obedecem as seguintes condições para os
números quânticos principal , de momento angular orbital e total:

• Essas condições definem as diferenças, entre os estados quânticos que podem ser alcançados nas transições quânticas.
• Ou seja, além dos níveis de energia serem quantizados, há restrições que impedem alguns deste níveis de serem
alcançados mesmo quando há energia disponível na forma de fótons que atendam a condição de Planck-Bohr.
• Essas condições caracterizam as Regras de Seleção, e são válidas para todos os átomos com um elétron mais elétrons e
dependem do tipo de interação entre a radiação e os átomos.
Premissa básica: o que diz o eletromagnetismo?

• O eletromagnetismo clássico nos ensina que toda carga acelerada emite radiação eletromagnética.

• A ideia é considerar o eletromagnetismo clássico como ponto de partida para calcular a taxa de uma dada transição
(número de transições por segundo), que é relacionada com a probabilidade de aquela transição ocorrer. E depois aplicar a
conversão para a mecânica quântica.

• Dessa forma, podemos encontrar os análogos entre os processos clássicos e aqueles quânticos, isso é importante porque foi
assim que Planck e Bohr procederam e conseguiram explicar os sistema quânticos. A equação de Schrödinger também
segue o mesmo raciocínio.

• Devemos então considerar a interação entre o campo eletromagnético e o átomo, admitindo que incialmente o átomo está
em seu estado mais baixo de energia e o campo eletromagnético tem apenas uma frequência de oscilação (apenas um tipo
de fóton), ou seja, monocromático.
O que acontece quando uma onda eletromagnética interage com um átomo?
(qualitativamente)

• O eletromagnetismo clássico nos ensina que toda carga acelerada emite radiação eletromagnética. O
campo eletromagnético é polarizado linearmente. A interação produz um estado intermediário no átomo
(que não é um auto-estoda do átomo) e altera o número de fótons.
O que acontece depois que uma onda eletromagnética
interage com um átomo? (qualitativamente)
• Após a interação do átomo com o campo eletromagnético , ele sofre um processo de decaimento e emite
radiação eletromagnética. O campo eletromagnético alterado com o acréscimo de um fóton. Esse processo
é chamado emissão espontânea.
• A interação produziu um estado excitado no átomo (que não é estável e perde energia com o tempo e volta
ao estado fundamental) e altera o número de fótons do campo eletromagnético.
Conversão para a teoria quântica do eletromagnetismo.

• A Eletrodinâmica Quântica (EDQ) é a teoria quântica para o campo eletromagnético. Ela que nos dá o
tratamento das propriedades de quantização válidas para o campo eletromagnético.

• A EDQ dá uma descrição completa do processo radiativo da emissão de um fóton por um átomo que está num estado
excitado. Além disso, permite estender a teoria para todas as faixas do espectro eletromagnético e também aos vários tipos
de interação .

• Em particular, a EDQ explica como ocorre a transferência de energia entre o átomo e o campo eletromagnético e como o
átomo decai espontaneamente de um estado excitado (mistura de estados).

• O processo de transferência de energia ocorre através do mecanismo de ressonância entre as oscilações eletrônicas do
átomo e do vetor elétrico do campo eletromagnético.
Conversão para a teoria quântica do eletromagnetismo.

• O problema de uma transição é dependente do tempo, já que o estado inicial do átomo difere de seu
estado final e o potencial elétrico é dependente do tempo

• Teríamos que voltar à equação de Schrödinger dependente do tempo:


• Em que V( r , t ) representa a energia potencial coulombiana de interação do elétron com o núcleo + a energia potencial
de interação do elétron com uma radiação incidente (ou melhor, com o campo elétrico dessa radiação incidente sobre o
átomo).

• Nós já sabemos resolver essa equação no caso em que não há campo eletromagnético
Resultado da equação de Schrödinger do H.

• Os estados k que escrevemos no caso anterior são todos estacionários (enquanto permanece em um
deles, o elétron não emite nem absorve um fóton! Lembre do postulado do Bohr!)
E se o elétron faz uma transição entre os estados?

• Quando o elétron faz uma transição entre dois estados, poderemos descrevê-lo p. ex. com uma
autofunção que é uma combinação linear das duas autofunções que descrevem o estado inicial e final.
• Digamos que

• Neste caso, teremos uma dependência com o tempo:


Qual o significado da função de onda do estado excitado?

• Nesse caso,...

• A densidade de probabilidade oscila no tempo, e ainda mais, oscila com a


frequência igual àquelas das transições que Bohr previu!
• Lembre-se: se multiplicarmos a densidade de probabilidade pela carga do elétron,
teremos uma densidade de carga elétrica.

• Se uma densidade de carga oscilar, justificaria a emissão de uma onda eletromagnética


com a frequência igual à da oscilação.

• No caso da MQ, não falamos em emissão de onda (como no eletromagnetismo


clássico) mas sim, na emissão de fótons com energia igual a:
Mais geral: Numa transição entre estados excitados?

• Nesse caso,...
• Quando o átomo está sob ação de um campo de radiação oscilante (uma onda eletromagnética => luz!!),
podemos escrever a solução geral da equação de Schrödinger como uma combinação linear dos
auto-estados, incluindo a dependência temporal nos coeficientes:
Qual é a física por trás?

• Devido ao efeito do campo oscilante da radiação sobre o átomo, os coeficientes ck irão variar com o tempo e
assumirão valores diferentes de zero.

• Interpretando: o campo da radiação fará a densidade de probabilidade oscilar no tempo (através da


variação dos ck(t)).
Recorrendo mais uma vez à Física Clássica...

• O eletromagnetismo de Maxwell nos ensina que o melhor emissor de radiação eletromagnética é um dipolo
elétrico oscilante, que emite energia à taxa média de
Recorrendo mais uma vez à Física Clássica...

• Que cargas elétricas temos?

• Lembrando a definição do momento de dipolo elétrico:


Como descrever a interação da onda eletromagnética com o elétron ?
Modelo do dipolo atômico.

• Interação do Campo de Radiação com o dipolo elétrico

Temos então que resolver a equação de Schrödinger com essa interação!


Recorrendo mais uma vez à Física Clássica...

• O eletromagnetismo de Maxwell nos ensina que o melhor emissor de radiação eletromagnética


é um dipolo elétrico oscilante, que emite energia à taxa média de
Recorrendo mais uma vez à Física Clássica...
• Número de fótons emitidos

• O número de fótons emitidos por segundo é igual ao número de transições que ocorreram
por segundo, e é chamada de Razão de Transição.
O momento de dipolo oscilante..

o valor esperado do momento de dipolo elétrico é dado pela expressão:


Regras de seleção

• O átomo só pode irradiar como um dipolo se o seu momento de dipolo elétrico


de sua distribuição de carga estiver oscilando.
Regras de seleção: Propriedade de paridade do operador

• O operador momento de dipolo depende de r, que troca de sinal numa inversão de


paridade. O operador é dito ter paridade ÍMPAR.
• Este operador não altera o estado de spin do sistema.
Regras de seleção: Propriedade de paridade
Emissão estimulada e espontânea

• Essa regra também está nos dando uma informação a respeito do momento
angular do fóton: o spin do fóton emitido numa transição dipolar é tal que o
número quântico associado é 1. Dizemos que o spin do fóton é 1.

• Como tem que valer a conservação do momento angular total na emissão e


na absorção de um fóton, e o fóton traz ou leva um momento angular
correspondente a um spin 1, justificamos a segunda regra de seleção.
Emissão estimulada e espontânea

• O que nos diz a EDQ ?


• Se a radiação incidente sobre o átomo tem a frequência “certa”, ela induzirá oscilações de
carga no átomo nessa frequência, o que é uma característica de um estado misto, e então o
átomo emitirá radiação com essa mesma frequência.
• A emissão de fótons por átomos sob a influência de fótons de um campo de radiação externo
aplicado ao átomo é chamada de emissão estimulada.
• Também pode ocorrer emissão de fótons sem que haja um campo eletromagnético externo
aplicado: emissão espontânea;
• A EDQ nos ensina que sempre há fótons com uma frequência mínima presentes: o estado de
menor energia (energia de ponto zero) do campo tem fótons! Esse fótons compõem o estado
de vácuo do campo.

• É a interação destes fótons do vácuo que causam a emissão espontânea.


Emissão estimulada e espontânea

• O processo do campo de radiação fazer a distribuição de carga oscilar é o


mesmo (ressonância) na emissão estimulada e na espontânea: são
qualitativamente similares.
Emissão estimulada e espontânea
• A teoria da emissão estimulada foi desenvolvida por Einstein em 1917.
Antes da introdução da equação de Schroedinger. Mas a equação confirmou todos os
resultados da teoria. Dela resultaram os lasers.
• Os resultados teóricos aqui mencionados confirmam todos os resultados experimentais
reunidos ao longo de um século (senão não estaríamos aqui falando em regras de seleção e
razões de transição!).
• Os elementos de matrizes representam os principais valores que podem ser calculados a
partir das funções de ondas para determinar as propriedades.
• Mas, de fato, são as regras de seleção o principal argumento para embasar a existência da
função de onda na descrição do comportamento quântico. Porque somente com a existência
da paridade da função de onda podemos explicar as transições observadas em todos os
sistemas quânticos.
• Através da teoria de grupos de simetria e da estrutura molecular podemos determinar as
regras de seleção para os principais operadores da mecânica quântica sem ter que calcular os
elementos de matrizes.

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