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INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA

LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1

IFUSP – INSTITUTO DE FÍSICA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

LORENZO PHILIP RAMACCIOTTI VIEIRA - NºUSP: 11224014

INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA

PROFESSOR TIAGO FIORINI DA SILVA

ESTUDO PARA PROVA 4 - P4

LISTA PRÉ PROVA 1

PROVA 1

PRÉ PROVA 1º SEMESTRE 2022

SÃO PAULO

1
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
LISTA PRÉ-PROVA 1
𝑖(𝑘𝑥−𝑤𝑡)
Questão 1. Em que condições a função 𝑒 é a solução da equação de Erwin
Schödinger? O que acontece ao se tentar normalizar essa função para todo o espaço em x? O
que isso significa? Como se obtém uma função de onda para o caso da partícula livre a partir
desses resultados?
𝑖(𝑘𝑥−𝑤𝑡)
Em que condições a função 𝑒 é a solução da equação de Erwin Schrödinger?
A função de onda acima só seria solução da equação de Schrödinger para o caso em que a energia
total do sistema fosse dada como sendo maior do que o próprio potencial sob a qual a partícula
descrita por tal função de onda estivesse submetida, além do mesmo potencial ter de ser constante
(potencial coulombiano)! O caso da constância para o potencial se aplica para o caso de uma partícula
livre.

O que acontece ao se tentar normalizar essa função para todo o espaço em x?


Para normalizar a função de onda acima para todo o espaço em x, deveríamos realizar a multiplicação
entre a função de onda e seu valor conjugado, integrar de menos a mais infinito para todo o espaço em
x. Sendo assim, teremos que:
∞ ∞ ∞ ∞ ∞
* (𝑘𝑥−𝑤𝑡) −(𝑘𝑥−𝑤𝑡) (𝑘𝑥−𝑤𝑡)−(𝑘𝑥−𝑤𝑡) 0
𝑁 = ∫ ψ(𝑥, 𝑡) · ψ (𝑥, 𝑡)𝑑𝑥 = ∫ 𝑒 ·𝑒 𝑑𝑥 = ∫ 𝑒 𝑑𝑥 = ∫ 𝑒 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥
−∞ −∞ −∞ −∞ −∞

𝑁 = 𝑥𝑓 − 𝑥𝑜 = ∞ − (− ∞) = ∞ + ∞ = ∞

𝑁=∞
Com isso, podemos notar que a normalização não foi possível de ser feita!

O que isso significa?


Isto ocorre porque é feita uma adoção arbitrária do valor para o momento, fato que vai contra o
Princípio da Incerteza de Heisenberg.

Como se obtém uma função de onda para o caso da partícula livre a partir desses
resultados?
Para o caso de se representar uma função de onda para o caso da partícula livre a partir desses
resultados, deve realizar uma soma infinita de funções de onda deste mesmo tipo, porém com
diferentes valores para a amplitude A da função de onda, bem como para diferentes valores de
comprimento de onda, número de onda e frequência angular.

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Questão 2. Uma função de onda pode ter sua componente espacial e temporal separadas na
forma ψ(𝑥, 𝑡) = φ(𝑥) · ϕ(𝑡) em sistemas em que o potencial não depende do tempo.
Equação de Schrödinger Fundamental
Antes de calcular o que será pedido, vamos deduzir qual é a expressão para a equação de Schrödinger
com as variáveis de Tempo e Espaço. Vamos começar verificando que, como a Equação é
fundamental e não tem demonstração formal, vamos partir verificando os postulados sob os quais a
mesma é tem origem:
Postulado de Albert Einstein:
𝐸 = ℎ𝑣
Postulado de Louis de Broglie
𝑃 = ℎ/λ
Postulado da Energia Total
2
𝑃
𝐸= 2𝑚
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)

Ao saber da equação para a energia total com os valores para momento linear verificado, poderemos
obter as relações entre os postulados:
Postulado de Energia Total - Albert Einstein - Louis de Broglie:
2

ℎ𝑣 = 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡)
2𝑚λ

Se lembrarmos que a constante de Planck pode ser escrita como a mesma sendo reduzida e lembrando
que temos o valor de número de onda k, poderemos ter as relações de que:
Constante de Planck Reduzida
ℎ = 2πħ
Número de Onda

𝑘= λ

Frequência Angular
𝑤 = 2π𝑣
Utilizando as relações acima com a equação com os postulados de energia total, Einstein e Louis de
Broglie, teremos que:
Postulado de Energia Total - Albert Einstein - Louis de Broglie:
2 2
4π ħ
2π𝑣ħ = 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡)
2𝑚λ
2 2
ħ 4π
𝑤ħ = 2𝑚 λ2
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)
2 2
ħ𝑘
𝑤ħ = 2𝑚
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)

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Utilizando a equação para a função de onda dada como a dada no item a), teremos o seguinte valor
dado por:
Função de Onda
ψ(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝑤𝑡)
Vamos verificar as derivadas relacionadas e ver quais tem relação ou não com a equação encontra
acima com todos os postulados reunidos:
Primeira Derivada Função de Onda em relação ao Tempo:
𝑑ψ(𝑥,𝑡)
𝑑𝑡
=− 𝑤𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝑤𝑡) =− 𝑤ψ(𝑥, 𝑡)
𝑑ψ(𝑥,𝑡) 1
𝑤= − 𝑑𝑡 ψ(𝑥,𝑡)

Primeira Derivada Função de Onda em relação ao Espaço:


𝑑ψ(𝑥,𝑡)
𝑑𝑥
= 𝑘𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝑤𝑡) = 𝑘ψ(𝑥, 𝑡) NÃO OK!

Segunda Derivada Função de Onda em relação ao Espaço:


2
𝑑 ψ(𝑥,𝑡) 2 2
2 =− 𝑘 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝑤𝑡) = − 𝑘 ψ(𝑥, 𝑡) OK!
𝑑𝑥
2
2 𝑑 ψ(𝑥,𝑡) 1
𝑘 =− 2 ψ(𝑥,𝑡)
𝑑𝑥

Retornando a equação para as relações com os postulados de Einstein, Louis de Broglie e a Energia
Total, com os valores relacionados às derivadas:
Postulado de Energia Total - Albert Einstein - Louis de Broglie - Derivados
2 2
ħ𝑘
𝑤ħ = 2𝑚
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)
2 2
𝑑ψ(𝑥,𝑡) 1 ħ 𝑑 ψ(𝑥,𝑡) 1
− 𝑑𝑡 ψ(𝑥,𝑡)
ħ =− 2𝑚 2 ψ(𝑥,𝑡)
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)
𝑑𝑥

( )
2 2

(
ψ(𝑥, 𝑡) −
𝑑ψ(𝑥,𝑡)
𝑑𝑡
1
ψ(𝑥,𝑡) )
ħ = ψ(𝑥, 𝑡) −
ħ 𝑑 ψ(𝑥,𝑡)
2𝑚 𝑑𝑥
2
1
ψ(𝑥,𝑡)
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)
2 2
𝑑ψ(𝑥,𝑡) ψ(𝑥,𝑡) ħ 𝑑 ψ(𝑥,𝑡) ψ(𝑥,𝑡)
− 𝑑𝑡 ψ(𝑥,𝑡)
ħ =− 2𝑚 2 ψ(𝑥,𝑡)
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)ψ(𝑥, 𝑡)
𝑑𝑥
2 2
𝑑ψ(𝑥,𝑡) ħ 𝑑 ψ(𝑥,𝑡)
− 𝑑𝑡
ħ =− 2𝑚 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡)ψ(𝑥, 𝑡)
𝑑𝑥
2 2
𝑑ψ(𝑥,𝑡) ħ 𝑑 ψ(𝑥,𝑡)
𝑖 𝑑𝑡
ħ =− 2𝑚 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡)ψ(𝑥, 𝑡)
𝑑𝑥

Equação de Schrödinger
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥,𝑡) 𝑑ψ(𝑥,𝑡)
− 2𝑚 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡)ψ(𝑥, 𝑡) = 𝑖ħ 𝑑𝑡
𝑑𝑥

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Item a) Mostre que é possível se obter uma solução geral para a parte ϕ(t) , que é
independente do potencial, e uma equação de Schrödinger independente do tempo, separada,
para x.
Começo
Para se obter uma solução geral para a parte da função de onda temporal que independe do potencial,
vamos substituir a função de onda na equação de Scrhödinger desenvolvida anteriormente, com a
seguinte função de onda:
Função de Onda Independente
ψ(𝑥, 𝑡) = φ(𝑥) · ϕ(𝑡)
Utilizando a Equação de Schrödinger deduzida anteriormente com a função de onda indecentemente
acima, teremos que:
Equação de Schrödinger com a Independente
2 2
ħ 𝑑 φ(𝑥)ϕ(𝑡) 𝑑φ(𝑥)·ϕ(𝑡)
− 2𝑚 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡)φ(𝑥)ϕ(𝑡) = 𝑖ħ 𝑑𝑡
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 φ(𝑥) 𝑑·ϕ(𝑡)
− 2𝑚
ϕ(𝑡) 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡)φ(𝑥)ϕ(𝑡) = 𝑖ħφ(𝑥) 𝑑𝑡
𝑑𝑥

Dividindo a Equação de Schrödinger acima, pela própria função de onda independente onde já vimos
que:
Equação de Schrödinger com a Função Independente
2 2
ħ ϕ(𝑡) 𝑑 φ(𝑥) φ(𝑥)ϕ(𝑡) φ(𝑥) 𝑑ϕ(𝑡)
− 2𝑚 φ(𝑥)ϕ(𝑡) 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡) φ(𝑥)ϕ(𝑡)
= 𝑖ħ φ(𝑥)ϕ(𝑡) 𝑑𝑡
𝑑𝑥
2 2
ħ 1 𝑑 φ(𝑥) 1 𝑑·ϕ(𝑡)
− 2𝑚 φ(𝑥) 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡) = 𝑖ħ ϕ(𝑡) 𝑑𝑡
𝑑𝑥

Aqui vamos tomar a Parte da Equação de Schrödinger Independente do Tempo, onde teremos de
igualar a uma constante C, bem como a parte Independente da Posição:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo:
2 2
ħ 1 𝑑 φ(𝑥)
− 2𝑚 φ(𝑥) 2 + 𝑉(𝑥, 𝑡) = 𝐶
𝑑𝑥

Equação de Schrödinger Independente do Espaço:


1 𝑑ϕ(𝑡)
𝑖ħ ϕ(𝑡) 𝑑𝑡
= 𝐶

Sendo assim, teremos que para obter a solução geral da parte temporal, que é independente do Tempo,
verificaremos o seguinte desenvolvimento:
Solução Geral da Equação de Schrödinger Independente do Espaço:
𝑑ϕ(𝑡) 𝐶𝑑𝑡
ϕ(𝑡)
= 𝑖ħ

𝑑ϕ(𝑡) −𝑖𝐶𝑑𝑡
ϕ(𝑡)
= ħ

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Aplicando a integração em ambas as partes, teremos o seguinte valor dado para a função independente
do tempo:
Solução Geral da Equação de Schrödinger Independente do Espaço:
−𝑖𝐶𝑡
𝑙𝑛(ϕ(𝑡)) = ħ
−𝑖𝐶𝑡 𝐶𝑡
ħ
ϕ(𝑡) = 𝑒 =𝑒ħ
Com isso, podemos notar que, com a função de onda, temos que o valor da frequência angular w
acompanha t, ou seja:
Constante C
𝐶
𝑊= ħ

𝐶 = 𝑤ħ

𝐶 = 2π𝑣 2π

𝐶 = ℎ𝑣 = 𝐸
Com isso, podemos dizer que a Equação de Schrödinger Independente do Tempo, pode ser reescrita
como sendo igual a:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo:
2 2
ħ 1 𝑑 φ(𝑥)
− 2𝑚 φ(𝑥) 2 + 𝑉𝑜 = 𝐸
𝑑𝑥

Item b) Qualquer função pode representar uma função de onda? Quais são as condições que
uma solução da equação de Schrödinger deve satisfazer para representar uma função de
onda?
Qualquer função pode representar uma função de onda?
Não.
Quais são as condições que uma solução da equação de Schrödinger deve satisfazer para
representar uma função de onda?
As condições que uma solução da Equação de Schrödinger deve satisfazer para representa uma função
de onda são as seguintes:
Função de Onda
A função de onda deve satisfazer a Equação de Schrödinger, existir, ser finita, unívoca, tender a zero
com suficiente rapidez quando o espaço estender tendendo ao infinito negativo e positivo a fim de que
a integral de normalização convirja.
Primeira Derivada da Função de Onda em Relação ao Espaço
A primeira derivada da função de onda deve ser contínua, existir, finita e unívoca.

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Questão 3. Um elétron e um próton com energias cinéticas iguais encontram uma barreira de
potencial de altura Vo e largura a.

Item a) Qual dos dois tem maior probabilidade de tunelamento? Por que?
A probabilidade de tunelamento é o mesmo que dizer “qual a chance da partícula x conseguir passar
pelo potencial barreira tendo uma energia inferior ao próprio potencial”. Sendo assim, vamos verificar
a Equação de Schrödinger Independente do Tempo:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo:
2 2
ħ 1 𝑑 φ(𝑥)
− 2𝑚 φ(𝑥) 2 + 𝑉𝑜 = 𝐸
𝑑𝑥
2 2
φ(𝑥)⎡⎢− + 𝑉𝑜⎤⎥ = 𝐸φ(𝑥)
ħ 1 𝑑 φ(𝑥)
2𝑚 φ(𝑥) 2
⎣ 𝑑𝑥 ⎦
2 2
φ(𝑥)⎡⎢− + 𝑉𝑜φ(𝑥)⎤⎥ = 𝐸φ(𝑥)
ħ φ(𝑥) 𝑑 φ(𝑥)
2𝑚 φ(𝑥) 2
⎣ 𝑑𝑥 ⎦
2 2
ħ 𝑑 φ(𝑥)
− 2𝑚 2 + 𝑉𝑜φ(𝑥) = 𝐸φ(𝑥)
𝑑𝑥

Vamos começar realizando o isolamento da da segunda derivada em relação ao espaço x, teremos o


seguinte:
Desenvolvimento Equação de Schrödinger Independente do Tempo:
2 2
ħ 𝑑 φ(𝑥)
− 2𝑚 2 = 𝐸φ(𝑥) − 𝑉𝑜φ(𝑥)
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 φ(𝑥)
− 2𝑚 2 = [𝐸 − 𝑉𝑜]φ(𝑥)
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 φ(𝑥)
2𝑚 2 = [𝑉𝑜 − 𝐸]φ(𝑥)
𝑑𝑥
2
𝑑 φ(𝑥) 2𝑚
2 = 2 [𝑉𝑜 − 𝐸]φ(𝑥)
𝑑𝑥 ħ

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INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
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Com isso, podemos dizer que o número de onda pode ser escrito da seguinte maneira dado pelo
seguinte valor:
Número de Onda
2𝑚
𝑘= 2 [𝑉𝑜 − 𝐸]
ħ

Sendo assim, a probabilidade de tunelamento pode ser calculada da seguinte maneira dada pela
seguinte forma:
Probabilidade de Tunelamento

𝑇 = 16 ( )(1 − )𝑒
𝐸
𝑉𝑜
𝐸
𝑉𝑜
−2𝑘𝑎

Observando a equação de probabilidade de tunelamento acima, podemos ver que ela depende
justamente do valor da energia (E), do potencial constante (Vo), da largura do potencial barreira (a) e
do número de onda k.
Situação
Como estamos analisando os casos de probabilidade de tunelamento para um mesmo valor de energia
(E), do potencial constante (Vo) e de largura do potencial barreira (a), devemos analisar o caso do
número de onda para cada situação:
Número de Onda Elétron:

2𝑚𝑒 2(9,10*10
−31
)
𝑘𝑒 = 2 [𝑉𝑜 − 𝐸] = 2 [𝑉𝑜 − 𝐸]
ħ ħ

Número de Onda Próton:

2𝑚𝑝 2(1,67*10
−27
)
𝑘𝑝 = 2 [𝑉𝑜 − 𝐸] = 2 [𝑉𝑜 − 𝐸]
ħ ħ

Realizando a divisão entre ambos os valores de número de onda, poderemos obter a seguinte relação
dada por:
Razão Número de Onda
−31
2(9,10*10 )
𝑘𝑒 2 [𝑉𝑜−𝐸]
ħ
𝑘𝑝
= −27
2(1,67*10 )
2 [𝑉𝑜−𝐸]
ħ

−31
2(9,10*10 )
𝑘𝑒 2 [𝑉𝑜−𝐸]
ħ
𝑘𝑝
= 2(1,67*10
−27
)
2 [𝑉𝑜−𝐸]
ħ

𝑘𝑒 (9,10*10
−31
)
𝑘𝑝
= −27
(1,67*10 )

𝑘𝑒
𝑘𝑝
= 0, 0005

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Com isso, podemos dizer que existem as seguintes relações entre os números de onda para o próton e
elétron relacionados:
Número de Onda Elétron em relação ao Próton
5
𝑘𝑒 = 0, 0005𝑘𝑝 = 10000
𝑘𝑝
𝑘𝑝
𝑘𝑒 = 2000

Número de Onda Próton em relação ao Elétron


𝑘𝑒 𝑘𝑒 10000𝑘𝑒
𝑘𝑝 = 0,0005
= 5 = 5
10000

𝑘𝑝 = 2000𝑘𝑒

Como podemos verificar, o número de onda do próton é 2000 vezes maior que o número de onda do
elétron. Se aplicarmos na equação de probabilidade de tunelamento, poderemos verificar que se
adotarmos uma largura de poço igual a 1, teremos que:
Probabilidade de Tunelamento Elétron em relação ao Próton com kp = 1
−2·0,0005𝑘𝑝
𝑇 = 16( )(1 − )𝑒
𝐸
𝑉𝑜
𝐸
𝑉𝑜

𝑇 = 16( )(1 − )(0, 999)


𝐸 𝐸
𝑉𝑜 𝑉𝑜

Probabilidade de Tunelamento Próton em relação ao Elétron com ke = 1


−2·2000𝑘𝑒
( )(1 − )𝑒
𝑇 = 16
𝐸
𝑉𝑜
𝐸
𝑉𝑜

𝑇 = 16( )(1 − )(6, 63 · 10


𝐸 𝐸 −1738
𝑉𝑜 𝑉𝑜
)

Resposta Final
Com isso, podemos dizer que a probabilidade de tunelamento para o próton é muito menor do que a
probabilidade de tunelamento para o elétron. A principal causa disso é o fato de que a massa do
próton é cerca de 2000 vezes maior do que a massa do elétron. Sendo assim, podemos dizer que a a
grandeza massa é inversamente proporcional a probabilidade de tunelamento.

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Item b) E o que é mais eficiente para reduzir a probabilidade de tunelamento de uma mesma
partícula, dobrar o potencial ou dobrar a espessura da barreira?
Podemos dizer que a probabilidade de tunelamento é dada pela seguinte equação dada pela energia,
potencial, largura de barreira e número de onda característicos:
Probabilidade de Tunelamento

𝑇 = 16 ( )(1 − )𝑒
𝐸
𝑉𝑜
𝐸
𝑉𝑜
−2𝑘𝑎

Como estamos considerando os mesmos valores para energia E, vamos verificar que o fator mais
influente na equação acima é a parte exponencial. Sendo assim, vamos analisar esta parte:
Parte Exponencial:
−2𝑘𝑎
𝑒
2𝑚
−2 2 (𝑉𝑜−𝐸)·𝑎
ħ
𝑒
A parte acima tem como principal influência a largura a porque o valor do potencial Vo está dentro de
uma raiz. Sendo assim, quanto maior o valor da espessura a do potencial barreira, maior será o valor
da exponencial e aí, menor o valor do tunelamento quântico.
Parte Final Resposta
Para reduzir a probabilidade de tunelamento de uma mesma partícula é mais eficiente dobrar a
espessura da barreira do que dobrar o valor do potencial.

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Questão 4. Usando os operadores adequados, determine os valores médios esperados para
uma partícula no primeiro estado excitado de um potencial quadrado infinito.
Começando
Para o caso de um potencial quadrado infinito, temos a seguinte função de onda com o primeiro
estado excitado n = 2.
Função de Onda

ψ𝑛(𝑥) =
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )
𝑛π𝑥
𝑎

Função de Onda para n = 2

ψ2(𝑥) =
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )
2π𝑥
𝑎

Item a) < 𝑥 >


Para calcular o valor da posição média x esperada, bastará calcular a integral desde o infinito negativo
até o positivo da posição x com a densidade de probabilidade com a multiplicação das funções onda:
Valor Médio Posição

*
< 𝑥 >= ∫ ψ2(𝑥) · 𝑥 · ψ2 (𝑥)𝑑𝑥
−∞


< 𝑥 >= ∫
−∞
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )· 𝑥 ·
2π𝑥
𝑎
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )𝑑𝑥
2π𝑥
𝑎


< 𝑥 >= ∫
−∞
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )𝑥 𝑑𝑥
2 2π𝑥
𝑎


< 𝑥 >=
2
𝑎
∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛
−∞
( ) 𝑑𝑥
2 2π𝑥
𝑎

Método da Substituição:
2π𝑥 𝑢𝑎
𝑢= 𝑎
e𝑥 = 2π

2π𝑑𝑥
𝑑𝑢 = 𝑎

𝑎𝑑𝑢
𝑑𝑥 = 2π

Valor Médio Posição



2 𝑢𝑎 2 𝑎𝑑𝑢
< 𝑥 >= 𝑎
∫ 2π
𝑠𝑒𝑛 (𝑢) 2π
−∞


2 𝑎 𝑎 2
< 𝑥 >= 𝑎 2π 2π
∫ 𝑢 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢
0


𝑎 2
< 𝑥 >= 2 ∫ 𝑢 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢
2π 0

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Utilizando a calculadora de integração, temos uma integral por partes que nos valida o seguinte valor
dado por:
Integral por Partes

2 2
∫ 𝑢 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢 = π
0

Sendo assim, temos que o valor médio para a posição será o seguinte valor dado com o seguinte
desenvolvimento:
Valor Médio Posição
𝑎 2
< 𝑥 >= 2 π

𝑎
< 𝑥 >= 2

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2
Item b) < 𝑥 >
Para calcular o valor da posição média x ao quadrado esperada, bastará calcular a integral desde o
infinito negativo até o positivo da posição x com a densidade de probabilidade com a multiplicação
das funções onda:
Valor Médio Posição ao Quadrado

2 2 *
< 𝑥 >= ∫ ψ2(𝑥) · 𝑥 · ψ2 (𝑥)𝑑𝑥
−∞


2
< 𝑥 >= ∫
−∞
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )· 𝑥
2π𝑥
𝑎
2
·
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )𝑑𝑥
2π𝑥
𝑎


2
< 𝑥 >= ∫
−∞
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝑎( )𝑥
2 2π𝑥 2
𝑑𝑥


< 𝑥 >=
2 2
𝑎
−∞
∫ 𝑥 𝑠𝑒𝑛
2
𝑎( ) 𝑑𝑥
2 2π𝑥

Método da Substituição:
2 2
2π𝑥 𝑢𝑎 2 𝑢𝑎
𝑢= 𝑎
e𝑥 = 2π
e𝑥 = 2

2π𝑑𝑥
𝑑𝑢 = 𝑎

𝑎𝑑𝑢
𝑑𝑥 = 2π

Valor Médio Posição ao Quadrado


∞ 2 2
2 2 𝑢𝑎 2 𝑎𝑑𝑢
< 𝑥 >= 𝑎
∫ 2 𝑠𝑒𝑛 (𝑢) 2π
−∞ 4π

2 2π
2 2 𝑎 𝑎 2 2
< 𝑥 >= 𝑎 4π2 2π
∫𝑢 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢
0

2 2π
2 𝑎 1 2 2
< 𝑥 >= 2 π
∫ 𝑢 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢
4π 0

2 2π
2 𝑎 2 2
< 𝑥 >= 3 ∫ 𝑢 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢
4π 0

Utilizando a calculadora de integração, temos uma integral por partes que nos valida o seguinte valor
dado por:
Integral por Partes
2π 3
2 2 32π −12π
∫ 𝑢 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢 = 24
0

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Sendo assim, temos que o valor médio para a posição será o seguinte valor dado com o seguinte
desenvolvimento:
Valor Médio Posição ao Quadrado

( )
2 3
2 𝑎 32π −12π
< 𝑥 >= 3 24

3 2 2
2 32π 𝑎 12π𝑎
< 𝑥 >= 3 − 3
96π 96π
2 2
2 32𝑎 12𝑎
< 𝑥 >= 96
− 2
96π
2 2
2 𝑎 𝑎
< 𝑥 >= 3
− 2

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Item c) < 𝑝 >
Para calcular o valor do momento linear p médio esperado, bastará calcular a integral desde o infinito
negativo até o positivo da posição x com a densidade de probabilidade com a multiplicação das
funções onda:
Valor Médio Momento Angular

*
< 𝑝 >= ∫ ψ2(𝑥) · 𝑝 · ψ2 (𝑥)𝑑𝑥
−∞


( ) · (− 𝑖ħ )𝑑𝑥
2 2π𝑥 𝑑ψ2(𝑥)
< 𝑝 >= ∫ 𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝑑𝑥
−∞

Como temos uma desviada dentro da integral, poderemos calcular a mesma primeiramente e depois
disso a integral em si:
Primeira Derivada Função de Onda em relação a Posição
𝑑ψ2(𝑥)
𝑑𝑥
=
𝑑
𝑑𝑥 ( 2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( ))
2π𝑥
𝑎

𝑑ψ2(𝑥)
𝑑𝑥
=

𝑎
2
𝑎
𝑐𝑜𝑠 ( )
2π𝑥
𝑎

Utilizando a derivada dentro da integral para o valor médio do momento angular, nos dará o
necessário para:
Valor Médio Momento Angular

( ) · (− 𝑖ħ )𝑑𝑥
2 2π𝑥 𝑑ψ2(𝑥)
< 𝑝 >= ∫ 𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝑑𝑥
−∞


< 𝑝 >= ∫
−∞
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( ) · (− 𝑖ħ
2π𝑥
𝑎

𝑎
2
𝑎
𝑐𝑜𝑠 ( ))𝑑𝑥
2π𝑥
𝑎


< 𝑝 >=− 𝑖ħ
2 2π
𝑎 𝑎
2
𝑎
−∞
∫ 𝑠𝑒𝑛 ( ) · 𝑐𝑜𝑠( )𝑑𝑥
2π𝑥
𝑎
2π𝑥
𝑎


< 𝑝 >=− 𝑖ħ
2 2π
𝑎 𝑎
∫ 𝑠𝑒𝑛
−∞
( ) · 𝑐𝑜𝑠( )𝑑𝑥
2π𝑥
𝑎
2π𝑥
𝑎


< 𝑝 >=− 𝑖ħ

2
𝑎 −∞
∫ 𝑠𝑒𝑛 ( ) · 𝑐𝑜𝑠( )𝑑𝑥
2π𝑥
𝑎
2π𝑥
𝑎

Método da Substituição:
2π𝑥
𝑢= 𝑎

2π𝑑𝑥
𝑑𝑢 = 𝑎

𝑎𝑑𝑢
𝑑𝑥 = 2π

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INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Valor Médio Momento Angular

4π 𝑎𝑑𝑢
< 𝑝 >=− 𝑖ħ 2 ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑢) · 𝑐𝑜𝑠(𝑢) 2π
𝑎 0


2
< 𝑝 >=− 𝑖ħ 𝑎
∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑢) · 𝑐𝑜𝑠(𝑢) · 𝑑𝑢
0

Utilizando a calculadora de integração, temos uma integral por partes que nos valida o seguinte valor
dado por:
Integral por Partes

∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑢) · 𝑐𝑜𝑠(𝑢) · 𝑑𝑢 = 0
0

Sendo assim, temos que o valor médio para a posição será o seguinte valor dado com o seguinte
desenvolvimento:
Valor Médio Momento Angular
< 𝑝 >= 0

16
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
2
Item d) < 𝑝 >
Para calcular o valor do momento linear p médio esperado ao quadrado, bastará calcular a integral
desde o infinito negativo até o positivo da posição x com a densidade de probabilidade com a
multiplicação das funções onda:
Valor Médio Momento Angular ao Quadrado

2 2 *
< 𝑝 >= ∫ ψ2(𝑥) · 𝑝 · ψ2 (𝑥)𝑑𝑥
−∞

( ) · (− ħ )
∞ 2
2 2 2π𝑥 2 𝑑 ψ2(𝑥)
< 𝑝 >= ∫ 𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝑎 2 𝑑𝑥
−∞ 𝑑𝑥

Como temos uma desviada dentro da integral, poderemos calcular a mesma primeiramente e depois
disso a integral em si:
Primeira Derivada Função de Onda em relação a Posição
𝑑ψ2(𝑥)
𝑑𝑥
=

𝑎
2
𝑎
𝑐𝑜𝑠 ( )
2π𝑥
𝑎

Segunda Derivada Função de Onda em relação a Posição


2
𝑑 ψ2(𝑥)

𝑑𝑥
2 =−
2π 2π
𝑎 𝑎
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( ) 2π𝑥
𝑎

2
𝑑 ψ2(𝑥) 2

𝑑𝑥
2 =−

𝑎
2
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( ) 2π𝑥
𝑎

Utilizando a derivada dentro da integral para o valor médio do momento angular, nos dará o
necessário para:
Valor Médio Momento Angular ao Quadrado

( ) · (− ħ )
∞ 2
2 2 2π𝑥 2 𝑑 ψ2(𝑥)
< 𝑝 >= ∫ 𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝑎 2 𝑑𝑥
−∞ 𝑑𝑥


( ) · (− ħ ( ))𝑑𝑥
2
2 2 2π𝑥 2 4π 2 2π𝑥
< 𝑝 >= ∫ 𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝑎
·− 2 𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝑎
−∞ 𝑎

( ( ))𝑑𝑥
2 2
2
< 𝑝 >= ∫
−∞
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛 ( )2π𝑥
𝑎
·
4π ħ
𝑎
2
2
𝑎
𝑠𝑒𝑛
2π𝑥
𝑎

2 2 ∞
2
< 𝑝 >=
4π ħ
𝑎
2
2
𝑎
∫ 𝑠𝑒𝑛
−∞
( ) · (𝑠𝑒𝑛( ))𝑑𝑥
2π𝑥
𝑎
2π𝑥
𝑎

2 2 ∞
< 𝑝 >=
2 8π ħ
𝑎
3
−∞
∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑎( )𝑑𝑥
2 2π𝑥

Método da Substituição:
2π𝑥 𝑎𝑑𝑢
𝑢= 𝑎
e 𝑑𝑥 = 2π

17
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Valor Médio Momento Angular ao Quadrado
2 2 2π
2 8π ħ 2 𝑎𝑑𝑢
< 𝑝 >= 3 ∫ 𝑠𝑒𝑛 (𝑢) 2π
𝑎 0

2 2 2π
2 8π ħ 𝑎 2
< 𝑝 >= 3 2π
∫ 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢
𝑎 0

2 2π
2 4πħ 2
< 𝑝 >= 2 ∫ 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢
𝑎 0

Utilizando a calculadora de integração, temos uma integral por partes que nos valida o seguinte valor
dado por:
Integral

2
∫ 𝑠𝑒𝑛 (𝑢)𝑑𝑢 = π
0

Sendo assim, temos que o valor médio para a posição será o seguinte valor dado com o seguinte
desenvolvimento:
Valor Médio Momento Angular ao Quadrado
2
2 4πħ
< 𝑝 >= 2 π
𝑎
2 2
2 4π ħ
< 𝑝 >= 2
𝑎

18
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
2 2 2 2 2 2
Item e) Sendo ∆𝑥 =< 𝑥 >−< 𝑥> e ∆𝑝 =< 𝑝 >−< 𝑝> como esses resultados se
relacionam com o princípio da incerteza de Heisenberg?
Como já temos os valores correspondentes a partir de cada item, poderemos obter os seguintes valores
dados por:
Variação do Espaço
2 2 2
∆𝑥 =< 𝑥 >−< 𝑥>
2 2 2
2 𝑎 𝑎 𝑎
∆𝑥 = 3
− 2 − 4

2 2 2
2 𝑎 𝑎 𝑎
∆𝑥 = 3
− 79
− 4
2 2
2 𝑎 𝑎
∆𝑥 = 3
− 4
2 2
2 4𝑎 −3𝑎
∆𝑥 = 12
2
2 𝑎
∆𝑥 = 12

Variação do Momento
2 2 2
∆𝑝 =< 𝑝 >−< 𝑝>
2 2
2 4π ħ
∆𝑝 = 2 − 0
𝑎
2 2
2 4π ħ
∆𝑝 = 2
𝑎

Como o Princípio da Incerteza de Heisenberg faz a relação entre a posição e o momento linear nos diz
sobre o produto entre a variação do espaço e do momento linear:
Princípio da Incerteza de Heisenberg
𝑎 2πħ
∆𝑥∆𝑝 = 𝑎
2 3

πħ ħ
∆𝑥∆𝑝 = > 2
3

19
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Questão 5.
Item a) Use argumentos qualitativos baseados na equação de Schrödinger para esboçar
funções de onda nos estados com energias E1 < Vd no potencial apresentado na figura
abaixo.
Item b) Use argumentos qualitativos baseados na equação de Schrödinger para esboçar
funções de onda nos estados com energias E2 > Vd no potencial apresentado na figura
abaixo.

Para o caso em de que E1 < Vd, temos de analisar região a região para verificar o comportamento da
função de onda.
Ponto x = 0 ; V(x) = Infinito Positivo
Para o ponto x = 0, podemos observar um valor de potencial igual a infinito. Sendo assim, podemos
dizer que, a partir da Equação de Schrödinger, teremos que:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2 2
−ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 + 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 𝐸ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2 2
−ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 + 𝑉𝑜ψ(𝑥) − 𝐸ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 + [𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2𝑚
2 + 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥 ħ

Com isso, podemos notar que o número de onda é verificado com a relação entre energia e energia
dada por:
Número de Onda
2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

Aplicando o número de onda na Equação de Schrödinger Independente do Tempo, teremos o seguinte


valor dado por:

20
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 + 𝑘 ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥

Sendo assim, podemos desenvolver a Equação de Schrödinger Independente do Tempo e verificar a


função de onda exibida:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 =− 𝑘 ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2 2
ψ(𝑥)
=− 𝑘 𝑑𝑥
−𝑘𝑎
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
Como podemos notar, a diferença entre a Energia Total do sistema e o valor do Potencial Vo está no
expoente da função exponencial. Sendo assim, vamos tomar a análise do número de onda com Vo
sendo infinito:
Número de Onda
2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − ∞]
ħ

2
𝑘 =− ∞
2 2
𝑘 =𝑖 ∞
𝑘 = 𝑖∞
Verificando o valor para a função de onda, teremos o seguinte valor dado pelo seguinte valor de que
nos indicará:
Função de Onda com Vo = Infinito
−𝑖∞𝑎
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
−∞
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
𝐴
ψ(𝑥) = ∞
𝑒

𝐴
ψ(𝑥) = ∞

ψ(𝑥) = 0
Com isso, podemos dizer que a função em x = 0 começa no ponto zero! Sendo assim, vamos analisar
agora o primeiro intervalo:

21
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Ponto 0<x<a ; V(x) = 0
Com isso, podemos dizer que o número de onda apresenta o seguinte valor dadas as circunstâncias em
relação ao potencial e a energia.
Número de Onda
2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

Estimando os valores para o potencial sendo nulo e a energia E1, teremos o seguinte valor de número
de onda:
Número de Onda com Vo = Nulo
2
𝑘 =
2𝑚
ħ
2 [𝐸1 − 0]
2 2𝑚
𝑘 = 2 𝐸1
ħ

2𝑚
𝑘= 2 𝐸1
ħ

Sabendo que o número de onda tem relação com o valor do comprimento de onda em relação
ao valor dado por:
Número de Onda e Comprimento de Onda

𝑘= λ

Verificando a relação entre o comprimento de onda e a energia dada no sistema, teremos que a
seguinte relação:
Número de Onda e Comprimento de Onda com Vo = Nulo
2π 2𝑚
λ
= 2 𝐸1
ħ

2π 2
2
ħ
2𝑚 ( ) λ
= 𝐸1

2π 2
2
𝐸1 =
ħ
2𝑚 ( ) λ

Com isso, podemos verificar que energia e comprimento de onda são grandezas inversamente
proporcionais. Ou seja, quanto maior a energia, menor o comprimento de onda. Sendo assim,
se formos comparar ambos, teremos que para E2>E1, teremos λ2 < λ1.

Energia E2 maior do que E1

Comprimento de Onda 2 menor do que Comprimento de Onda 1

22
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Com isso, podemos dizer que a função em 0<x<a tem diferentes comportamentos para cada valor de
energia. Sendo assim, vamos analisar agora o segundo intervalo
Ponto 0<x<a ; Para V(x)>E1 e V(x)<E2
Com isso, podemos dizer que o número de onda apresenta o seguinte valor dadas as circunstâncias em
relação ao potencial e a energia.
Número de Onda
2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

Estimando os valores para o potencial sendo nulo e a energia E1, teremos o seguinte valor de número
de onda:
Número de Onda com Vo = Vd
2
𝑘 =
2𝑚
ħ
2 [𝐸1 − 𝑉𝑑]
2
𝑘 =−
2𝑚
2
ħ
[− 𝐸1 + 𝑉𝑑]
Sabendo que o número de onda tem relação com o valor do comprimento de onda em relação
ao valor dado por:
Número de Onda e Comprimento de Onda

𝑘= λ

Verificando a relação entre o comprimento de onda e a energia dada no sistema, teremos que a
seguinte relação:
Número de Onda e Comprimento de Onda com Vo = Nulo

λ
= −
2𝑚
ħ
2 [− 𝐸1 + 𝑉𝑑]
2

λ
2 =
2𝑚
ħ
2 [𝐸1 − 𝑉𝑑]
2 2

2
λ
ħ
2𝑚
= 𝐸1 − 𝑉𝑑 [ ]
2 2
4π ħ
𝐸1 − 𝑉𝑑 = 2 2𝑚
λ

Como podemos notar, quanto maior a diferença entre a energia e o potencial, menor o comprimento
de onda, bem como quanto menor a diferença entre a energia e o potencial, maior o comprimento de
onda, como é o caso para E2.
Função de Onda

2𝑚
ħ
2 [𝐸1−𝑉𝑑]𝑎
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒

23
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Com a função de onda acima, podemos verificar que ocorre uma queda exponencial da função. Com
essas informações, temos que o gráfico dá o comportamento da função de onda:
Gráfico

24
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Questão 6. Verdadeiro ou falso? Indique se as afirmações a seguir são verdadeiras ou falsas,
e justifique a sua resposta com sentenças curtas.
Sentença 1: O princípio da incerteza de Heisenberg nos diz que o limite tecnológico nos
impede de conhecer a posição e o momento das partículas com precisão arbitrária
simultaneamente.
Resposta: A afirmação acima é falsa! O princípio da incerteza de Heisenberg afirma que quanto
mais precisa for a medição do momento linear da partícula, menos precisa será medição para a
posição da partícula. Esta precisão é dada a partir de um limite da natureza intrínseca que impede que
seja impossível de ser superado por qualquer tecnologia. O limite para o produto das incertezas do
momento linear e posição independe de qualquer recurso tecnológico.

Sentença 2: A equação de Schrödinger não possui uma demonstração formal.


Resposta: A afirmação acima é verdadeira! A Equação de Schrödinger é uma equação formulada e
intitulada fundamental justamente por partir de postulados formulados a partir de estudos gerais sobre
a natureza. A mesma, por ser uma equação fundamental, não apresenta uma demonstração matemática
formal, mas pode ser deduzida a partir de alguns postulados dados argumentos lógicos e racionais.

Sentença 3: Um observável físico é todo e qualquer valor de função de onda calculado em


uma posição do espaço e num determinado instante de tempo.
Resposta: A afirmação acima é falsa! Um observável físico é todo e qualquer valor de função de
onda que possa ser estimado e medido através de um experimento como posição, momento linear,
momento magnético, velocidade.

Sentença 4: A quantização da energia se apresenta na teoria de Schrödinger em condições de


confinamento.
Resposta: A afirmação acima é verdadeira! A quantização se apresenta ao impor restrições à
função de onda em dois pontos no espaço, gerados pela condição de confinamento.

25
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
PROVA 1

( 2
Questão 1. Um próton com massa de repouso 𝑚𝑝𝑐 = 1000𝑀𝑒𝑉 e uma partícula alfa com )
( 2
)
massa de repouso 𝑚α𝑐 = 4000𝑀𝑒𝑉 tentam atravessar uma barreira de potencial de altura
−15
(
10 MeV e largura 2fm 2 · 10 )
𝑚 . As duas partículas têm energias cinéticas de 5 MeV.
Começando
Antes de começar a resolver o exercício, verificaremos qual tipo de potencial estamos lidando com o
exercício. Temos uma barreira de potencial de altura dada acima com o enunciado bem como a
energia de ambas as partículas. Sendo assim teremos que:

Utilizando a Equação de Schrödinger, podemos avaliar qual a função de onda que dará o
comportamento da partícula:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 + 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 𝐸ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 + 𝑉𝑜ψ(𝑥) − 𝐸ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 − 𝑉𝑜ψ(𝑥) + 𝐸ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 + 𝐸ψ(𝑥) − 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥

26
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 + [𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2𝑚
2 + 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥 ħ

Número de Onda K:
2 2𝑚
𝐾 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

Com a equação de Schrödinger, podemos ainda estimar o valor da função de onda tendo a equação
diferencial dada por:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 + 𝑘 ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 = − 𝑘 ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2 2
ψ(𝑥)
= − 𝑘 𝑑𝑥
−𝑘𝑎
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
𝑖𝑘𝑎
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
Vamos agora verificar o número de onda em cada região para poder verificar o comportamento da
função de onda:
Número de Onda K1 (-infinito até 0) onde V(x) = 0
2 2𝑚 2𝑚 2𝑚𝐸
𝐾 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜] = 2 [ 𝐸 − 0] = 2
ħ ħ ħ

2𝑚𝐸
𝐾= 2
ħ
2 2
𝑖𝑘 𝑎 −𝑖𝑘 𝑎
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒 + 𝐵𝑒
Função de Onda Oscilatória
Número de Onda K2 (0 até a) onde V(x) = Vo>E
2 2𝑚 2𝑚 2𝑚
𝐾 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜] =− 2 [𝑉𝑜 − 𝐸] = 𝑖 2 [𝑉𝑜 − 𝐸] =− 𝑖𝑘
ħ ħ ħ
2 2
−𝑖 𝑘𝑎 𝑖 𝑘𝑎
ψ(𝑥) = 𝐶𝑒 + 𝐷𝑒
𝑘𝑎 −𝑘𝑎
ψ(𝑥) = 𝐶𝑒 + 𝐷𝑒
Função de Onda Assintótica

Item a) Calcule a probabilidade de sucesso para o próton.

27
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Começando
Para a probabilidade de sucesso para o próton de realizar o tunelamento, ou seja, de superar a barreira
de potencial, devemos utilizar o valor para o número de onda K, a partir da Equação de Schrödinger
Independente do Tempo:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 + 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 𝐸ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 − 𝐸ψ(𝑥) + 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 + ψ(𝑥)[𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2𝑚
2 + 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥 ħ
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 + 𝑘 ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥

Número de Onda
2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

Já com a equação do número de onda, podemos calcular o seu valor do número de onda tendo como base os
valores dados no formulário, bem como os dados para energia total E e potencial Vo, tendo como base o próton.
Número de Onda
2
2 2𝑚𝑐
𝑘 = 2 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ𝑐
2
2 2𝑚𝑐
𝑘 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
(ħ𝑐)

2 2·1000𝑀𝑒𝑉
𝑘 = 2 [5𝑀𝑒𝑉 − 10𝑀𝑒𝑉]
(200𝑀𝑒𝑉·10−15)
2 2000𝑀𝑒𝑉
𝑘 = −26 2 [− 5𝑀𝑒𝑉]
4·10 𝑀𝑒𝑉

2 2000000
𝑘 = −26 [− 5𝑀𝑒𝑉]
4·10 𝑀𝑒𝑉

2 29
𝑘 =− 2, 5 · 10
2 2 29
𝑘 = 𝑖 2, 5 · 10
14
𝑘 = 5 · 10 · 𝑖
14
𝑘 =− 5 · 10

28
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Agora que já temos o valor do número de onda, vamos calcular a probabilidade de tunelamento a
partir da aplicação na seguinte fórmula:
Probabilidade de Tunelamento

𝑇 = 16 ( )(1 − )𝑒
𝐸
𝑉𝑜
𝐸
𝑉𝑜
−2|𝑘|𝑎

14 −15

𝑇 = 16 ( 5 𝑀𝑒𝑉
10 𝑀𝑒𝑉 )(1 − )𝑒 5 𝑀𝑒𝑉
10 𝑀𝑒𝑉
−2·5·10 ·2·10

𝑇 = 0, 54 = 54%

Item b) Qual das partículas tem a maior probabilidade de atravessar a barreira?


Uma maneira de verificar isso seria refazendo o cálculo para a partícula alfa ou verificar a sua massa.
Como já vimos, quanto maior o valor da massa, menor a probabilidade de tunelamento! Como a
massa da partícula alpha é quatro vezes maior do que a massa do próton, sabemos que o próton tem
maior probabilidade de tunelamento. Calculando teremos que:
Número de Onda Alpha:
2 2𝑚
𝐾 = 2 (𝐸 − 𝑉𝑜)
ħ
2
2 2𝑚𝑐
𝐾 = 2 2 (𝐸 − 𝑉𝑜)
ħ𝑐
2
2 2𝑚𝑐
𝐾 = 2 (𝐸 − 𝑉𝑜)
(ħ𝑐)

2 2(4000 𝑀𝑒𝑉)
𝐾 = 2 (5 𝑀𝑒𝑉 − 10 𝑀𝑒𝑉)
(200 𝑀𝑒𝑉·10−15)
2 8000 𝑀𝑒𝑉
𝐾 = −26 2 (− 5 𝑀𝑒𝑉)
4·10 𝑀𝑒𝑉

2 8000 𝑀𝑒𝑉
𝐾 = −26 2 (− 5 𝑀𝑒𝑉)
4·10 𝑀𝑒𝑉

2 30
𝐾 =− 10
15
𝐾 =− 10
Tunelamento

𝑇 = 16 ( )(1 − )𝑒
𝐸
𝑉𝑜
𝐸
𝑉𝑜
−2|𝑘|𝑎

15 −15

𝑇 = 16 ( 5 𝑀𝑒𝑉
10 𝑀𝑒𝑉 )(1 − )𝑒 5 𝑀𝑒𝑉
10 𝑀𝑒𝑉
−2·10 2·10

𝑇 = 7, 32%

29
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Questão 2. Esboce as funções de onda do estado fundamental de uma partícula confinada,
respectivamente, em:
Item a) Um poço de largura a e potencial Vo.
Começando
O primeiro passo será desenhar o potencial sobre o qual a partícula é descrita pela função de onda.
Como sabemos, o estado fundamental representa o estado com n = 1. Sendo assim, teremos que:
Gráfico Potencial Finito

Item b) Em um poço infinito de largura a.


Começando
O primeiro passo será desenhar o potencial sobre o qual a partícula é descrita pela função de onda.
Como sabemos, o estado fundamental representa o estado com n = 1. Sendo assim, teremos que:
Gráfico Potencial Finito

30
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Item c) Explique as diferenças entre elas.
Começando
Como podemos notar, a principal diferença se dá nos pontos em que x = 0 e x = a para o
comportamento da função de onda. Quanto maior o potencial Vo, o comportamento da função de onda
será tenderá a ser assintótico e menos oscilatório possível. Podemos comprovar isso utilizando a
Equação de Schrödinger Independente do Tempo:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 + 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 𝐸ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 − 𝐸ψ(𝑥) + 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 + [− 𝐸 + 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
2𝑚 2 + [𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2𝑚
2 + 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥 ħ
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 + 𝑘 ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥

Número de Onda
2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

2𝑚
𝑘= 2 [𝐸 − 𝑉𝑜]
ħ

Vamos começar verificando a relação entre a diferença da energia total e o potencial Vo. Quanto maior
for esta diferença, maior será o número de onda. Sendo assim, vamos verificar cada um:
Poço Potencial Finito com Vo>E
2 2𝑚
𝑘 =− 2 [𝑉𝑜 − 𝐸]
ħ

Poço Potencial Infinito com Vo>>>E


2 2𝑚
𝑘 = 2 [𝐸 − ∞]
ħ

2 2
𝑘 =𝑖 ∞
𝑘 = 𝑖∞
Porém, devemos lembrar que o número de onda tem relação com o comprimento de onda.
Quanto maior a diferença de energia total e potencial, menor será o valor do comprimento de
onda.

31
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1

Agora vamos analisar a função de onda, onde teremos a seguinte equação verificada através
da Equação de Schrödinger Independente do Tempo:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 + 𝑘 ψ(𝑥) = 0
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2
2 =− 𝑘 ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2 2
ψ(𝑥)
=− 𝑘 𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2 2
ψ(𝑥)
+ 𝑘 𝑑𝑥 = 0

Equação Diferencial Homogênea


2
∆ = 𝑏 − 4𝑎𝑐
2
∆ = 0 − 4𝑘
2
∆ =− 4𝑘
2 2
∆ = 4𝑘 𝑖
−𝑏± ∆
𝑥= 2𝑎

2 2
−0± 4𝑘 𝑖
𝑥= 2(1)

±2𝑘𝑖
𝑥= 2(1)

𝑥 = 𝑘𝑖
Função de Onda
α𝑥
ψ(𝑥) = 𝑒 [𝐴𝑐𝑜𝑠(β𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(β𝑥)]
0𝑥
ψ(𝑥) = 𝑒 [𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)]
ψ(𝑥) = [𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)]
−𝑖𝑘𝑥
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
Poço de Potencial Infinito
𝑖𝑘𝑥
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
𝑖(𝑖 ∞)𝑥
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
2
𝑖 ∞𝑥
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒
−∞𝑥
ψ(𝑥) = 𝐴𝑒 = 0 Assintótica (Não Oscilatória)

32
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1

Questão 3. A função de onda do estado fundamental de um oscilador harmônico de massa m


2
−𝑥
2
𝑘𝑥 2
ħ
(potencial 𝑉(𝑥) = 2
) é dada por: ψ𝑜 = 𝑎𝑜𝑒 2𝐿
, onde 𝐿 = 1/4 . Calcule:
(𝑘𝑚)

Item a) A energia de ponto zero desse sistema.


Começando
A energia de ponto zero corresponde a energia do estado fundamental de um oscilador harmônico!
Sendo assim, como sabemos que a energia no estado fundamental é dada por:
Energia Oscilador Harmônico

𝐸 = ħ𝑤 𝑛 + ( 1
2 )
Energia no Estado Fundamental Oscilador Harmônico n = 0

𝐸 = ħ𝑤 0 + ( 1
2 )
ħ𝑤
𝐸= 2

ℎ 1
𝐸= 2π
(2π𝑣) 2

ℎ𝑣
𝐸= 2

Item b) O valor esperado de x nesse estado.


Começando
Como podemos verificar, o valor esperado para alguma variável é o mesmo que dizer “o valor médio
da tal variável” Sendo assim, vamos verificar o cálculo para os operadores dada a posição média ao
longo do eixo x inteiro!
Posição Média

*
<𝑥> = ∫ ψ𝑜 · 𝑥 · ψ𝑜 𝑑𝑥
−∞
2 2
∞ −𝑥 −𝑥
2 2
2𝐿 2𝐿
<𝑥> = ∫ 𝑎𝑜𝑒 · 𝑥 · 𝑎𝑜𝑒 𝑑𝑥
−∞
2
∞ −2𝑥
2 2𝐿
2

<𝑥> = ∫ 𝑎𝑜 𝑒 · 𝑥 · 𝑑𝑥
−∞
2
∞ −𝑥
2 𝐿
2

<𝑥> = 𝑎𝑜 ∫ 𝑒 · 𝑥 · 𝑑𝑥
−∞

Substituição
2 2
−𝑥 −2𝑥 −𝐿 𝑑𝑢
𝑢= 2 e 𝑑𝑢 = 2 𝑑𝑥 e 𝑥𝑑𝑥 = 2
𝐿 𝐿

33
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Posição Média com Substituição
∞ 2
2 𝑢 −𝐿 𝑑𝑢
<𝑥> = 𝑎𝑜 ∫ 𝑒 2
−∞

−𝑎𝑜 𝐿
2 2 ∞
𝑢
<𝑥> = 2
∫ 𝑒 𝑑𝑢
−∞
2 2
−𝑎𝑜 𝐿 𝑢
<𝑥> = 2
𝑒 (𝑐𝑜𝑚 𝑢 𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑒 − 𝑖𝑛𝑓 𝑎𝑡é + 𝑖𝑛𝑓)
2 2 −∞ −∞
−𝑎𝑜 𝐿 ⎡ 2 2

𝐿 𝐿
<𝑥> = ⎢𝑒 −𝑒 ⎥
2 ⎢ ⎥
⎣ ⎦
<𝑥> = 0
Item c) O valor esperado de p nesse estado.
Começando
Como podemos verificar, o valor esperado para alguma variável é o mesmo que dizer “o valor médio
da tal variável” Sendo assim, vamos verificar o cálculo para os operadores dado o momento linear ao
longo do eixo x inteiro!
Primeiro Passo
Sabemos que o operador momento linear tem uma pequena alteração. Sendo assim, vamos calcular
primeiro o seu valor:
𝑑ψ(𝑥)
𝑃 =− 𝑖ħ 𝑑𝑥

( )
2
−𝑥
𝑑 2𝐿
2

𝑃 =− 𝑖ħ 𝑑𝑥
𝑎𝑜𝑒

( )
2
−𝑥
𝑥 2𝐿
2

𝑃 = 𝑖ħ 2 𝑎𝑒
𝐿
𝑜

Segundo Passo
Calculando o valor médio do momento linear utilizando o operador momento linear acima, teremos
que:
Momento Linear Médio

*
< 𝑝 >= ∫ ψ𝑜 · 𝑃 · ψ𝑜 𝑑𝑥
−∞

( )
2 2 2
∞ −𝑥 −𝑥 −𝑥
2
𝑥 2 2

< 𝑝 >= ∫ 𝑎𝑜𝑒 2𝐿 · 𝑖ħ 2 𝑎 𝑒 2𝐿 · 𝑎𝑜𝑒 2𝐿 𝑑𝑥


−∞ 𝐿
𝑜

( )
2 2
∞ −2𝑥 −𝑥
2 2𝐿
2
𝑥 2𝐿
2

< 𝑝 >= ∫ 𝑎𝑜𝑒 · 𝑖ħ 2 𝑎𝑒 𝑑𝑥


−∞ 𝐿
𝑜

34
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Realizando ainda o procedimento para o momento linear médio, teremos o seguinte desenvolvimento
dado por:
Momento Linear Médio
2
−3𝑥
2
∞ −𝑖ħ𝑥𝑎𝑜
3 2𝐿

< 𝑝 >= ∫ 2
𝑒 𝑑𝑥
−∞
3 2

−𝑖ħ 𝑎𝑜 ∞
−3𝑥
2
2𝐿
< 𝑝 >= 2
∫ 𝑒 𝑥𝑑𝑥
−∞

Substituição
2 2
−3𝑥 −6𝑥 𝑑𝑥 −𝐿 𝑑𝑢
𝑢= 2 e 𝑑𝑢 = 2 e 𝑥𝑑𝑥 = 3
2𝐿 2𝐿

Momento Linear Médio


3
−𝑖ħ 𝑎𝑜 ∞ 𝑢 −𝐿 𝑑𝑢
2
< 𝑝 >= 2
∫ 𝑒 3
−∞
3
𝑖ħ𝐿 𝑎𝑜 ∞
2
𝑢
< 𝑝 >= 6
∫ 𝑒 𝑑𝑢
−∞
3
2
𝑖ħ𝐿 𝑎𝑜 𝑢
< 𝑝 >= 6
𝑒 (𝑐𝑜𝑚 𝑢 𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑒 − 𝑖𝑛𝑓 𝑎𝑡é + 𝑖𝑛𝑓)
3 2
2 −3∞ −3∞
𝑖ħ𝐿 𝑎𝑜 ⎡ 2 2 ⎤
< 𝑝 >= ⎢𝑒 2𝐿
−𝑒 2𝐿

6 ⎢ ⎥
⎣ ⎦
< 𝑝 >= 0
𝑑ψ𝑜(𝑥)
Item d) O estado ψ1(𝑥) = 𝐿 𝑑𝑥
também é solução da equação de Schrödinger. Qual é a

energia desse estado?


A energia para n = 1 para o oscilador harmônico será dada da mesma maneira que a obtida a):
Começando
A energia de ponto zero corresponde a energia do estado fundamental de um oscilador harmônico!
Sendo assim, como sabemos que a energia no estado fundamental é dada por:
Energia Oscilador Harmônico

𝐸 = ħ𝑤 𝑛 + ( 1
2 )
Energia no Estado Fundamental Oscilador Harmônico n = 1

𝐸 = ħ𝑤 1 + ( 1
2 )
3ħ𝑤 3ℎ𝑣
𝐸= 2
= 2

35
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Questão 4. Num certo instante, uma função de onda depende da posição conforme a figura
ao lado. Numa medida para localizar a partícula em um intervalo infinitesimal dx:

Começando
Para verificar a probabilidade, vamos calcular como se fosse a densidade de probabilidade que se dá
pelo produto entre as funções, ou seja:
Densidade de Probabilidade
𝐷 = ψ(𝑥) · ψ(𝑥)
Gráfico de Densidade por Espaço

Item a) Em que valor de x a probabilidade de encontrar a partícula seria máxima?


Podemos verificar no gráfico que a probabilidade máxima é dada pelo pico da curva acima, na
posição de x = 1.

Item b) Em que valor de x a probabilidade de encontrar a partícula seria mínima?


Podemos verificar no gráfico que a probabilidade mínima é dada pelo ponto em que a densidade de
probabilidade é nula, ou seja, na posição de x = 0.

Item c) Em que semieixo (x<0 ou x>0) a chance de encontrá-la seria maior?


Como podemos verificar, o semi-eixo em que a curva é mais abrangente, ou seja, onde a densidade de
probabilidade é maior no semi-eixo de x<0.

36
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Questão 5. A partir da expressão para a energia de uma partícula num poço quadrado 1D,
determine:
Item a) Escreva a expressão análoga para um poço quadrado 3D (de arestas a).
Começando
Como sabemos, um poço quadrado 1D apresenta a seguinte expressão para o valor dado para a
energia:
Energia Poço Quadrado 1D
2 2 2 2 2 2 2 2
ℎ𝑛 ħ 4π 𝑛 ħπ𝑛
𝐸𝑛 = 2 = 2 = 2
8𝑚𝑎 8𝑚𝑎 2𝑚𝑎

O que vai definir a energia para o poço quadrado 1D e distinguir do 3D são as variáveis que são dadas
de acordo com a quantidade de eixos (x, y, z) no caso do 3D, sendo assim teremos que?
Energia Poço Quadrado 3D

( ) ( ) (𝑛 )
2 2 2 2 2
ℎ 2 2 2 ħ 4π 2 2 2 ħπ 2 2 2
𝐸𝑛 = 2 𝑛𝑥 + 𝑛𝑦 + 𝑛𝑧 = 2 𝑛𝑥 + 𝑛𝑦 + 𝑛𝑧 = 2
𝑥
+ 𝑛𝑦 + 𝑛𝑧
8𝑚𝑎 8𝑚𝑎 2𝑚𝑎

Item b) Considerando a energia do estado fundamental (1D) como Eo, determine as energias
dos dois estados não degenerados mais baixos.
Começando
Considerando a energia do estado fundamental para o poço quadrado infinito como sendo Eo, vamos
lembrar que estados degenerados são aqueles estados que apresentam a mesma energia, porém com
número quânticos principais n diferentes.
Estados Não Degenerados
Os estados não degenerados são aqueles que apresentam mesmo número quântico n! Teremos assim
então
2 2 2 2
ħπ 2 2 2 3ħ π
𝐸1,1,1 = 2 (1 + 1 + 1 ) = 2
2𝑚𝑎 2𝑚𝑎
2 2 2 2 2 2
ħπ 2 2 2 12ħ π 6ħ π
𝐸2,2,2 = 2 (2 + 2 + 2 ) = 2 = 2
2𝑚𝑎 2𝑚𝑎 𝑚𝑎
2 2 2 2
ħπ 2 2 2 27ħ π
𝐸3,3,3 = 2 (3 + 3 + 3 ) = 2 =
2𝑚𝑎 2𝑚𝑎

Item c) Determine as energias e o grau de degenerescência dos dois primeiros estados


degenerados.
Estados Degenerados
2 2 2 2
ħπ 3ħ π
𝐸2,1,1 = 𝐸1,2,1 = 𝐸1,1,2 = 2 (6) = 2
2𝑚𝑎 𝑚𝑎
2 2 2 2
ħπ 9ħ π
𝐸2,2,1 = 𝐸1,2,2 = 𝐸2,1,2 = 2 (9) = 2
2𝑚𝑎 2𝑚𝑎

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INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Questão 6. A figura ao lado mostra um potencial em forma de V, com os 3 primeiros níveis
de energia assinalados. A forma qualitativa da função de onda ψ𝑜, correspondente ao nível de

energia Eo, é mostrada usando a linha Eo como eixo x.

Item a) Esboce, de maneira análoga e cuidando dos detalhes, as funções de onda ψ1.

Item b) Esboce, de maneira análoga e cuidando dos detalhes, as funções de onda ψ2.

38
INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Questão 7. Verdadeiro ou falso? Indique se as afirmações a seguir são verdadeiras ou falsas,
e justifique a sua resposta com sentenças curtas.
Sentença 1: Quando uma partícula incide em uma barreira de potencial com E > V, a
densidade de corrente de probabilidade, apresenta duas componentes (refletida e transmitida),
mostrando que a partícula é parcialmente refletida e parcialmente transmitida.
Resposta 1: A afirmação acima é falsa! Podemos dizer que os índices de reflexão e transmissão
nunca serão parcialmente iguais. Com isso, podemos dizer que a afirmação acima só seria verdadeira
caso falasse que a partícula apresenta uma porcentagem x para a sua reflexão e uma porcentagem y
para a sua transmissão.

Sentença 2: Uma partícula confinada a uma região finita do espaço não pode ter energia
nula.
Resposta 2: A afirmação acima é verdadeira! Uma partícula confinada a uma região finita do espaço
não pode ter energia nula. Como analisamos no caso do poço de potencial, tanto finito como infinito,
a partícula fica confinada em uma determinada região do espaço apresentando assim uma energia
quantizada como visto no exercício 5 da própria prova.

Sentença 3: O valor esperado de uma grandeza física é o valor que se espera obter quando se
faz uma medida dessa grandeza.
Resposta 3: A afirmação acima é falsa! O valor esperado de uma grandeza física é o valor
médio que se espera obter após uma série de medições realizadas acerca de uma mesma
variável como posição e velocidade. Está errado dizer que é o valor que se espera após
apenas uma determinada medida de tal grandeza.

Sentença 4: Na situação em que a energia total da partícula E > V(x) (onde V é o potencial
ao qual a partícula está submetida), a função de onda que descreve a partícula não pode ser
oscilatória, pois, nessas condições, a primeira derivada de y(x) (proporcional ao momento da
partícula) deve ser sempre positiva.
Resposta 4: A afirmação acima é falsa! Se verificamos a Equação de Schrödinger Independente do
Tempo, teremos a relação dada para a diferença entre energia e potencial:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2 2
ħ 𝑑 ψ(𝑥)
− 2𝑚 2 + 𝑉𝑜ψ(𝑥) = 𝐸ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2
𝑑 ψ(𝑥) 2𝑚
2 = 2 [𝑉𝑜 − 𝐸]ψ(𝑥)
𝑑𝑥 ħ

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INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA
LISTA PRÉ-PROVA 1 - PROVA 1
Como podemos verificar acima, se E > V(x), teremos que a diferença resultará em um sinal negativo
para o lado direito, enquanto o lado esquerdo é positivo, isto é:
Equação de Schrödinger Independente do Tempo
2
𝑑 ψ(𝑥) | 2𝑚 |
=− | 2 [𝑉𝑜 − 𝐸]|ψ(𝑥)
𝑑𝑥
2
| ħ |
Pela derivada da função de onda em relação ao espaço x ter valor contrário ao da função de onda em
si, teremos que a função de onda deverá ser oscilatória!

40

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