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INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA - AULA 6 - A

EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

IFUSP – INSTITUTO DE FÍSICA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

LORENZO PHILIP RAMACCIOTTI VIEIRA - NºUSP: 11224014

INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA

PROFESSOR TIAGO FIORINI DA SILVA

AULA 06

EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER
UMA MECÂNICA ONDULATÓRIA

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INTRODUÇÃO À MECÂNICA QUÂNTICA ONDULATÓRIA - AULA 6 - A
EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

RESUMO:

● A EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER
A FUNÇÃO DE ONDA NA ANTIGA MECÂNICA QUÂNTICA
ARGUMENTOS PARA A EQUAÇÃO DE SCHRÖNDIGER
A INTERPRETAÇÃO DE BOHR PARA A FUNÇÃO DE ONDA
● A FUNÇÃO DE ONDA NA NOVA MECÂNICA QUÂNTICA

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● SOBRE A ANTIGA TEORIA QUÂNTICA


A Física Clássica no início do século XX apresentou falhas ao tentar
explicar diversos fenômenos físicos em virtude de apresentar ideias e teorias
que não eram suficientes ou até mesmo erradas para desenvolver algumas
teorias que só viriam a ser desenvolvidas com novos métodos de pensamento,
bem como:
1. Max Planck explica o espectro de emissão da radiação de corpo negro
apenas após adotar a quantização de energia (energia está presente em
pacotes distribuidos no espaço).
2. Albert Einstein e Compton apresentaram demonstrações do caráter
corpuscular da luz (luz é energia em forma de pacotes) para o efeito
fotoelétrico e espalhamento.
3. de Broglie postula que as partículas também apresentam caráter
ondulatório.
4. Rutherford demonstrou o átomo nucleado.
5. Niels Bohr apresenta um modelo quantizado do átomo de hidrogênio
(sucesso na explicação da emissão atômica)
6. O caráter dual Onda- Partícula é interpretado por meio do princípio
da complementaridade de Bohr.

Apesar de todos os esforços e novas formas de pensamentos surgidas a


partir da mecânica quântica, foi possível notar a partir da aula passada (aula 5),
algumas críticas surgiram em virtude de se questionar alguns métodos
particulares de se analisar sistemas físicos. São eles:

1. A teoria só nos informa como tratar sistemas que sejam periódicos


usando as regras de quantização de Wilson-Sommerfeld, mas há
muitos sistemas físicos interessantes que não são periódicos.

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2. Embora a teoria nos diga como calcular a energia dos estados possíveis
e a frequência do fóton emitido nas transições, ela não nos diz como
calcular a probabilidade de determinada transição ocorrer.
3. Quando aplicados a átomos mais pesados (ou seja possuem mais
elétrons) a teoria não é bem sucedida.
● A INTERPRETAÇÃO DE COPENHAGUE: A mecânica quântica e
a probabilidade:
As previsões probabilísticas feitas pela mecânica não são um mero
reflexo da falta de conhecimento de hipotéticas variáveis escondidas. No
lançamento de dados, usamos probabilidades para prever o resultado
porque não possuímos informação suficiente apesar de acreditarmos que o
processo é determinístico. A interpretação de Copenhague defende que em
Mecânica Quântica os resultados são determinísticos.
A Física é a ciência dos resultados de processos de medida. Não faz
sentido especular para além daquilo que pode ser medido. A interpretação
de Copenhague considera sem sentido perguntas como “onde estava a
partícula antes de a sua posição ter sido medida.”
O ato de observar provoca o colapso das possibilidades. O que
significa que, embora antes da medição o estado do sistema permitisse muitas
possibilidades, apenas uma delas foi escolhida aleatoriamente pelo processo de
medição.
● ONDAS DE MATÉRIA: Mas afinal, o que está oscilando?
Padrões de difração não dependem do fluxo de partículas, ou seja, a
difração não é um resultado de interferências mútuas.

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Na interpretação moderna da mecânica quântica, o que realmente


oscila é a função de onda Ψ, a qual está relacionada com a probabilidade de
medida (interpretação de Bohr para a função de onda), dada por:

Como dito anteriormente, o que realmente oscila é a função de onda


que pode ser expressa de diversas maneiras como:

Desta maneira, todas estas maneiras de função de onda se relacionam


com a probabilidade de medida da partícula.
● Erwin Schrödinger:
Erwin Schrödinger pode ser definido como o grande pilar/pai da
mecânica quântica moderna, sendo que ele é também o criador da famosa
Equação de Schröndiger, onde é possível se definir toda a mecânica baseada
na propagação das funções de onda. A partir desta equação criada por
Schrödinger é possível realizar um estudo mais abrangente e ao mesmo tempo
detalhado do mundo subatômico.

VAMOS COM CALMA! NÃO É TÃO HORRÍVEL ASSIM!


VAMOS VERIFICAR PASSO A PASSO QUAIS AS VARIÁVEIS VISTAS!
1ª Variável: Podemos verificar a constante Planck (h/2π)
cortada/reduzida e massa da particula m. Ou seja, esta primeira variável é uma
constante em relação às demais variáveis da Equação de Schrödinger.

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2ª Variável: Podemos verificar que Ѱ(x,t) é a própria função de onda


que pode ser expressa de várias maneiras vistas acima. Desta maneira,
podemos verificar que esta variável é a própria função de onda em uma
derivada de segunda ordem em relação a posição.

3ª Variável: Podemos verificar que Ѱ(x,t) é a própria função de onda


que pode ser expressa de várias maneiras vistas acima. Também podemos
verificar a introdução de uma nova variável V(x,t) que representa a energia
potencial do elétron/fóton.

4ª Variável: Podemos verificar que Ѱ(x,t) é a própria função de onda


que pode ser expressa de várias maneiras vistas acima. Desta maneira,
podemos verificar que esta variável é a própria função de onda em uma
derivada de primeira ordem em relação ao tempo, junto com o número
imaginário i dado por raiz quadrada de -1.

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● A Equação de Erwin Schrödinger:


A Equação de Schrödinger é uma equação fundamental que não
apresenta demonstração matemática, lembrando que estes tipos de equações
(fundamentais) são baseadas em observações experimentais e
argumentações lógicas (até mesmo filosóficas). O modelo por trás de uma
equação fundamental permanece atuante/vigente até que o mesmo seja
refutado através de experimentos ou observações (o mesmo vale para a
mecânica quântica de Schrödinger).
Utilizando a equação de Schrödinger será possível estudar diversas
propriedades das funções de onda. Desta forma, passaremos as próximas
aulas estudando soluções da equação de Schrödinger e suas implicações em
diversos fenômenos e na constituição da matéria.
● A Equação de Erwin Schrödinger: Argumentos Plausíveis
Hipótese 1: Consistência com os postulados de De Broglie-Einstein,
dados por:

Hipótese 2: Consistência com a equação de Energia Total:

Hipótese 3: Linearidade em Ѱ(x,t), ou seja, Ѱ1(x,t) e Ѱ2(x,t) são


soluções, então C1*Ѱ1(x,t) + C2*Ѱ2(x,t) também é.
Hipótese 4: Para V(x,t)=Vo (constante) a solução deve ser uma função
oscilatória com frequência e comprimento de onda bem definidos.
A partir deste momento, vamos realizar a verificação das quatro
hipóteses acima com o objetivo de deduzir a equação de Schrödinger indo passo
a passo para facilitar a compreensão sobre o que é mais importante considerar.
Lembrando que verificaremos métodos corretos e errados para especificar tudo.

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FEITO A MÃO

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FEITO A MÃO

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● A Equação de Erwin Schrödinger: Sobre as propriedades das funções


de onda.
A primeira propriedade da função de onda é dada pela seguinte equação:

A função de onda DEVE ser representada por uma função complexa, ou


seja, que envolva números complexos! Veremos mais propriedades da função de
onda na próxima aula!
● A Equação de Erwin Schrödinger: Um detalhe fantástico!
Se paramos para observar a equação de Schrödinger, podemos visualizar:

Vamos analisar o seguinte: o potencial V(x,t) apresenta a variável


temporal no caso da equação fundamental vista, certo? e se refletirmos o caso
em que o potencial não dependa do tempo? Podemos então assumir a função
de onda:

Desta maneira, poderemos refletir sobre a seguinte equação e dedução de:

FEITO A MÃO

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FEITO A MÃO

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● Resumo:
Devemos concordar que a Equação de Schrödinger é algo que assusta
por apresentar formato diferenciado, porém ao ir deduzindo-a, foi possível
notar que a equação era fundamental, linear e define o comportamento da
função de onda dado um potencial de interação. Com o decorrer das
deduções, foi possível separar a equação em duas componentes: temporal
(independente do sistema físico) e espacial (independente do tempo).

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