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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO SALINÓPOLIS

FACULDADE DE LICENCIATURA EM FISICA

DOUGLAS LEITE DA SILVA


GLEIDSON HENRIQUE BRITO DE SOUZA
JOSÉ VINICIUS GOMES CARVALHO
LINCOLN DE SOUZA COSTA

O MODELO ATÔMICO DE BOHR

Salinópolis – PA
2022

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DOUGLAS LEITE DA SILVA
JOSÉ VINICIUS GOMES CARVALHO
GLEIDSON HENRIQUE BRITO DE SOUZA
LINCOLN DE SOUZA COSTA

O MODELO ATÔMICO DE BOHR

Trabalho apresentado a professora Dra


Carolina Benone, do Período 2022.4 do
curso de Graduação em Licenciatura em
Física da Universidade Federal do Pará com
requisito parcial para avaliação da
disciplina de Física 4

Salinópolis – PA

2022

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RESUMO

Niels Henrik David Bohr nasceu em 7 de outubro de 1885 em Copenhague.


Como um pioneiro da física atômica, ele cofundou o campo com sua Teoria dos
Átomos de Hidrogênio de 1912. Naquele ano, ele propôs um modelo para o
átomo de hidrogênio baseado em teorias da física quântica.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................6
3. CONCLUSÃO....................................................................................................10
REFERÊNCIAS.......................................................................................................11

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1 INTRODUÇÃO

O modelo atômico desenvolvido em 1913 pelo físico dinamarquês Niels


Bohr, foi o primeiro que foi pensado que o átomo era uma partícula quântica.
Bohr provavelmente entendia que seu modelo não era perfeito e mesmo assim,
já foi um grande avanço, o trabalho dele foi o primeiro que não era
completamente física clássica, pelo contrário, era um modelo misto, porque ele
supõe que um elétron se move em uma órbita circular, obedecendo a mecânica
clássica, mas ao mesmo tempo ele usa a ideia não clássica de quantização da
energia.

Figura 1 – Niels Bohr

Fonte: thefamouspeople

O físico alemão Werner Heisenberg e o matemático austríaco Erwin


Schrödinger criaram teorias modernas sobre a matéria graças ao seu trabalho
em mecânica quântica. Isso levou a uma substituição do modelo de Bohr, que
introduziu conceitos importantes como órbitas eletrônicas e estados
estacionários. No entanto, isso não muda o fato de que o modelo atômico de
Bohr ainda é um dos lançamentos científicos mais significativos da história
como mostra na figura 2 abaixo.

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Figura 2 – modelo atômico de Bohr

Fonte: saci.org.br

Bohr descobriu que o elétron no átomo de hidrogênio tem 1 camada de


valência depois que Ernest Rutherford criou um modelo para átomos com base
em suas descobertas. Para manter o modelo de Rutherford consistente, foi
realizado um segundo experimento que concluiu que as regiões ionizadas nos
átomos contêm pequenas partículas neutras chamadas prótons e elétrons.

No campo da física atômica, um pesquisador percebeu que a


eletricidade poderia iluminar gases devido à sua interação com os elétrons de
seus átomos. Isso levou ao entendimento de que os elétrons podem consumir
energia elétrica e, como resultado, liberar luz.

2 DESENVOLVIMENTO

Em 1912, Niels Bohr começou a formular suas primeiras ideias sobre a


constituição de moléculas e átomos. Ele escreveu um esboço para este
trabalho que pretendia apresentar ao físico nuclear Robert H. Rutherford.
Nesse esboço, Bohr ainda não incluiu nenhuma menção à constante de Planck
ou uma explicação para as linhas espectrais do hidrogênio.
A solução da instabilidade do modelo de Rutherford foi explicada por Bohr,
onde ele criou 4 postulados, onde o primeiro fala que um elétron e um átomo
se movem em uma órbita circular em torno do núcleo sobre influência da
atração colombiana entre o elétron e o núcleo, isso obedece às leis da
mecânica clássica. O segundo postulados diz, invés de uma infinidade de
Óbidos possível segundo a mecânica clássica, um elétron só pode se move em
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uma órbita na qual seu momento angular orbital é um múltiplo inteiro da
constante de Planck, e aqui podemos ver a mudança do modelo de Rutherford,
a constante de Planck é uma nova grandeza física, da nova física( física
quântica) e o que Bohr e o diz que o elétron não pode orbitar qualquer, porque
existe algumas restrições que limitam quais órbitas uma energia pode ter.
Terceiro postulado, apesar de esta constantemente acelerado um elétron que
se move em uma dessas órbitas possíveis não emite radiação eletromagnética.
Quarto e último postulado, fala que a emissão de radiação eletromagnética
quando um elétron que se move inicialmente sobre uma órbita de energia total,
(Ei) muda uma órbita (Ef) e a frequência da radiação emitida é igual a V = (Ei) -
(Ef) / h( constante de Planck) ou seja, um elétron pode estar em órbita de alta
energia e quando ele se move para uma mais baixa energia, ele emite luz na
forma de fóton.

(1)
E - E1 = h

Niels Bohr em 1913 publicou três manuscritos na Philosophical Magazine


intitulados "Sobre a composição de átomos e moléculas", que pretendiam
fornece uma descrição quantitativa de átomos e moléculas. Esses trabalhos
inovadores de Bohr afetariam a química de várias maneiras fundamentais,
como a estrutura eletrônica dos elementos e sua relação com o conceito de
valência, a relação entre periodicidade e configuração eletrônica e os
fundamentos da espectroscopia. Portanto, nada mais apropriado do que iniciar
a Química Nova para comemorar o centenário desse marco na história da
ciência e homenagear e refletir sobre o legado da obra de Niels Bohr.
Outro ponto importante do modelo de Bohr é que os elétrons não podem
mais orbitar a qualquer distância do núcleo, eles precisam estar em órbitas em
órbitas específicas, em energias específicas. Exemplo, um elétron estiver
afastado, digamos na quarta órbita, ele deve voltar para órbita de mais baixa
energia, quando ele fizer isso, ele vai emitir um excesso de energia entre a
órbita que ele estar e a órbita que ele vai, na forma de luz, que são os fótons.

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Em 1911, Rutherford criou um modelo do Sistema Solar que os cientistas
poderiam usar para entender a estrutura elétrica dos átomos. Uma das
pessoas que se aproveitou disso foi Niels Bohr, que apresentou um modelo
teórico para a composição eletrônica dos átomos em 1911. Seu trabalho
provou ser muito útil para explicar muitas das linhas espectrais que estavam
sendo descobertas na época. As teorias de Niels Bohr surgiram de um exame
das condições necessárias para que os elétrons permanecessem
mecanicamente estáveis. Ele concluiu que a mecânica clássica não poderia
explicar os sistemas que atingem a estabilidade mecânica, levando-o a propor
duas importantes leis quânticas. O primeiro foi o princípio do número quântico,
ou a determinação de que os elétrons possuem um número específico de
momento angular. A segunda era um mecanismo discreto para emissão e
absorção de radiação eletromagnética associado a transições entre dois
estados estacionários (quânticos).
A pesquisa inicial de Niels Bohr envolveu o exame de configurações de
órbita de elétrons em átomos poli eletrônicos. Inicialmente, ele considerou o
assunto apenas relacionado ao húngaro George de Hevesy, que ganhou o
Prêmio Nobel de Química em 1943. No entanto, sua amizade química mútua
levou Bohr a investigar também os átomos “hidrogênicos”. Sua abordagem
envolvia examinar quantos elétrons poderiam ser arranjados dentro de cada
órbita. O modelo de Bohr é fundamental para entender a configuração
eletrônica dos átomos, bem como a tabela periódica dos elementos químicos.
Seu trabalho também descreve como átomos de hidrogênio interagem com
átomos polieletrônicos, bem como elétrons em órbitas sucessivas em uma
órbita ao redor de um núcleo. O modelo também teve que ser ajustado para
corresponder à valência e distribuição de elementos químicos com base em
critérios arbitrários também fez progressos significativos graças ao seu retrato
preciso da análise espectral atômica. Ele explorou de forma abrangente a lei de
Moseley e a carga radioativa corrigida pela camada K, bem como a variação do
comprimento de onda dos raios-X. Suas descobertas ajudaram na
compreensão de outros fenômenos importantes, como as funções de elétron
único de Slater para a química quântica. Além disso, provou ser altamente útil
na marcação de espectros atômicos de metais alcalinos. Com o tempo, esse

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conceito seria incorporado por Slater em sua teoria. Além disso, o modelo de
Bohr ajudou a explicar os mecanismos de proteção utilizados pelos elétrons
internos de um átomo através da camada K. Os químicos inicialmente
rejeitaram o modelo de Bohr devido à sua capacidade bem-sucedida de
representar com precisão o espectro eletrônico de átomos como o hidrogênio
atômico.
Adotando uma abordagem dinâmica para modelos moleculares, a pesquisa
de Pauling nesta área destacou o modelo estático de Lewis. Em vez disso,
Pauling e Bohr escolheram usar o compartilhamento físico de elétrons como
base para suas ligações químicas. Isso leva a resultados muito mais precisos
do que o modelo de Lewis. Os primeiros estudos de Langmuir em 1915
indicaram que o átomo de hidrogênio tinha uma energia de 84 quilocalorias por
mol. Isso estava próximo do valor sugerido por Bohr, que acreditava que o
átomo de hidrogênio tinha apenas 63 quilocalorias por mol de energia de
ligação. No entanto, as pessoas consideraram este estudo malsucedido ao
aplicar o modelo de Bohr a moléculas poliatômicas. E Herzberg não considerou
o H3 uma molécula poliatômica válida em 1979 ao observar suas propriedades
espectrais. Em vez disso, ele a declarou uma mistura de Rydberg — uma
combinação de um elétron e um próton — que ocupa uma órbita ao redor do
núcleo de um átomo.
Niels Bohr recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1922 por seu trabalho
sobre a teoria quântica. No entanto, ele foi considerado para dois prêmios
separados do mesmo título em 1920 e 1929 por químicos alemães. Esses
prêmios foram por seu trabalho em Química. Niels Bohr gradualmente se
afastou dos estudos de química após a queda da velha teoria quântica na
década de 1920. Ele tornou-se cada vez mais interessado em física teórica e
seu modelo físico inconsistente. Sua escolha de se envolver com a física foi
submetida a um exame minucioso, pois muitas das condições artificiais em seu
modelo eram difíceis de justificar.
O trabalho e as ideias de Bohr tiveram outras contribuições marcantes na
química, como a derivação do momento magnético do elétron e a formulação
de uma quantidade conhecida como magneton de Bohr, que é a base do
fenômeno da ressonância magnética e da suscetibilidade magnética. Da

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mesma forma, o princípio da correspondência ou a convergência do
comportamento quântico para o comportamento clássico no limite de altos
números quânticos.
Niels Bohr esteve ativo durante a Segunda Guerra Mundial, apresentando-se
na Dinamarca, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Sua preocupação humana e
profundidade de pensamento são descritas em duas excelentes coleções de
ensaios, publicadas em 1934 e 1957, intituladas Atomic Theory and Description
of Nature e Atomic Physics and Human Knowledge. Nas palavras dos cientistas
que participaram dessa era de ouro da ciência, Niels Bohr foi um verdadeiro
cavaleiro da ciência.

3 CONCLUSÃO

Apesar de desatualizado, o modelo planetário do átomo de Bohr ainda


aparece regularmente em livros didáticos como uma introdução ao assunto.
Isso se deve ao significado histórico de seu modelo planetário, que continua a
afetar a maneira como os químicos veem os átomos. Além disso, essa
representação de átomos continua sendo parte do legado de Bohr na química.

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REFERÊCIAS

BOHR, N. Sobre a Constituição de Átomos e Moléculas. Lisboa: Fundação


Calouste Gulbenkian, 2001.

Gavroglu, K.; Simões, A.; Neither Physics nor Chemistry - A History of Quantum
Chemistry, MIT Press: Cambridge, 2012.

Kragh, H.; Physics Today;


http://www.physicstoday.org/resource/1/phtoad/v66/i5/p36_s1?bypassSSO=1,
acessada em dezembro 2022

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