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Xenofobia é um tipo de preconceito caracterizado pela aversão, hostilidade,


repúdio ou ódio aos estrangeiros, que pode estar fundamentado em diversos
fatores históricos, culturais, religiosos, dentre outros.
Trata-se de um problema social baseado na intolerância e/ou discriminação
social, frente a determinadas nacionalidades ou culturas.
Esse problema gera violência entre as nações do mundo, desde humilhação,
constrangimento e agressão física, moral e psicológica. Tudo isto, promovido,
principalmente, pela não aceitação das diferentes identidades culturais.

Para entender essa questão, é preciso, primeiramente, compreender a lógica


da dinâmica migratória em direção à Europa. Os principais fatores que
propiciam a presença de estrangeiros no território europeu são:
a) Dificuldades econômicas enfrentadas pelos países subdesenvolvidos e
emergentes. Esses países sofrem com problemas graves de distribuição de
renda, o que faz com que a população menos favorecida busque por novas
oportunidades em países centrais. Dessa forma, a Europa torna-se um atrativo
por oferecer uma maior mobilidade entre as diferentes nações, local onde
esses imigrantes realizam os serviços mais básicos e destinam suas economias
para seus locais de origem.
b) Necessidade de imigrantes por parte da Europa, uma vez que há carência
de trabalhadores para as funções mais básicas da sociedade, vagas que
costumam ser preenchidas por estrangeiros.
c) Investimentos econômicos em alguns setores na economia são também
requisitados pelos europeus aos estrangeiros, uma vez que boa parte dos
empresários do velho continente opta por investir em outras economias.
Assim, na Europa, registra-se a presença de uma elite, principalmente,
islâmica, que passa a ganhar cada vez mais representatividade no âmbito do
poder.
d) Os avanços do meio técnico-científico-informacional no cerne da
Globalização propiciaram também novas configurações territoriais,
possibilitando e facilitando o rápido transporte de pessoas em todo o mundo,
tornando-se o fator derradeiro para consolidar e intensificar os fluxos
migratórios então existentes.
Graças a esses fatores, a presença de povos estrangeiros e de culturas e
práticas sociais não europeias é cada vez maior, muito embora os fluxos
migratórios venham diminuindo nos últimos anos. Com isso, o sentimento de
alteridade para com outros povos por parte da população de alguns países na
Europa é cada vez menor, aumentando casos de racismos, intolerância
religiosa (principalmente com os muçulmanos) e rejeição aos estrangeiros.
Os principais fatores que motivam a ocorrência e os aumentos periódicos de
ondas xenofóbicas são:
a) Crise de identidade que aumenta à medida em que a Europa vai
gradativamente se transformando em um local multimiscigenado, haja vista
que a maioria dos imigrantes não costuma retornar para os seus locais de
origem, estabelecendo-se em espaço europeu e transmitindo suas heranças
genéticas aos seus descendentes, provocando uma transformação étnica. Para
agravar essa questão, observa-se que o crescimento migratório em vários
países europeus é muito superior ao crescimento vegetativo, graças às quedas
acentuadas das taxas de natalidade.

b) A ideia de que os imigrantes “roubam” os empregos dos europeus, pois


muitos consideram que aqueles realizam os mesmos serviços da população
local, porém com salários mais baixos e condições de trabalho mais
degradantes. Apesar de isso ser verdade, a presença de imigrantes não diminui
o índice de emprego para a população local, haja vista que os estrangeiros
costumam atuar em áreas carentes de emprego, geralmente destinadas à
população de renda mais baixa, além de atuarem também na informalidade.
c) A crise econômica que atinge a Europa, de forma mais intensa desde 2011,
vem contribuindo para o crescimento de casos de xenofobia. Isso ocorre
porque, com a crise econômica, parte da população passou a responsabilizar
os povos estrangeiros por meio de ideias preconceituosas pela retração
econômica. Além disso, com o aumento de problemas sociais ocasionados pela
crise, como o desemprego, partidos de extrema direita angariaram mais
espaço nos parlamentos, ganhando força para difundir seus ideais fascistas,
racistas e anti-imigrantistas.
d) Os migrantes vêm procurando manter as suas tradições, ao contrário do
que acontece, por exemplo, nos EUA, onde a população estrangeira modifica
os seus hábitos e padrões de comportamento e comunicação para adequar-se
aos valores nacionais. Na Europa, os grupos estrangeiros, cada vez maiores,
mais influentes e mais organizados, articulam-se no sentido de conservar suas
tradições, incluindo os seus idiomas. Isso gera uma crise social muito grande,
pois os nativos europeus simplesmente não concebem essa ideia, gerando
conflitos cotidianos e sociais, o que pode, em um futuro próximo, reverberar
em uma crise sem precedentes no continente europeu.
Considerando essas razões, é possível perceber um crescimento de atos e
posições xenofóbicas no contexto das sociedades europeias. Essas práticas,
apesar de muitas vezes serem combatidas por leis e ações públicas, são
referendadas pelos Estados nacionais, que lançam ações e posturas de
diminuição dos direitos dos povos estrangeiros. Um exemplo disso é a Suíça,
que aprovou leis de expulsão a imigrantes condenados por crimes graves após
o cumprimento de suas penas, crimes esses que envolvem estupros,
homicídios e tráfico de drogas, além de alguns outros considerados menores.

Considerando essas razões, é possível perceber um crescimento de atos e


posições xenofóbicas no contexto das sociedades europeias. Essas práticas,
apesar de muitas vezes serem combatidas por leis e ações públicas, são
referendadas pelos Estados nacionais, que lançam ações e posturas de
diminuição dos direitos dos povos estrangeiros. Um exemplo disso é a Suíça,
que aprovou leis de expulsão a imigrantes condenados por crimes graves após
o cumprimento de suas penas, crimes esses que envolvem estupros,
homicídios e tráfico de drogas, além de alguns outros considerados menores.

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