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São Luís - MA
2019
Eduarda Silva Moraes
São Luís - MA
2019
O ENSINO DE HISTÓRIA: MÉTODOS, FUNDAMENTOS E DIDÁTICA
Este primeiro texto tem como foco a história como disciplina escolar, no qual
traz reflexões acerca do que se ensina na disciplina. O texto inicia descrevendo sobre
como a história faz parte do dia a dia de milhares de pessoas e como disciplina
escolar, no cotidiano dos alunos e professores.
Voltando um pouco no tempo, o texto narra um pouco da história ao longo dos
séculos, a partir de 1500 com o que o autor chama de “um encontro de culturas em
que uma se sobressaía sobre a outra”, e neste período era ensinado uma história
erudita, no qual os educadores não estavam preocupados com a realidade social e
nem muito menos com a qualificação do trabalho e mesmo com a expulsão dos
jesuítas do Brasil e com o Estado assumindo as rédeas, o ensino de história ainda
não se preocupava com a realidade social. No final do Império cerca de 82% das
pessoas que moravam no Brasil eram analfabetas.
Durante muitas décadas à disciplina não passava de uma repetida reprodução
das desigualdades. Somente a partir de 1930 que os governantes voltaram os olhares
para o ensino básico, porém com o ensino da disciplina ainda voltado para o que já
houvera: herois, governadores e presidentes sendo reverenciados por suas obras e
vitórias e nada mais.
A partir da constituição de 1934, já se houve um avanço no quesito
interpretativo dos conteúdos fornecidos ou coletados, porém no período do Estado
Novo (1937-1945) com um novo formato de governo, o ensino de história volta a ser
baseado novamente no discurso dos valores dominantes e alienatórios, e não era
ensinado nas escolas técnicas. Houve também uma acoplagem entre a história e a
geografia, conhecido como Estudos Sociais, e só depois dos anos 80 que surgiram
discursões sobre o que se ensinar em história.
Atualmente houve uma renovação dos métodos de ensino, a partir da
formulação dos currículos, os quais passam por dois pressupostos: articulação entre
método e ensino; e articulação com a tecnologia. Ambos tornam o processo de
ensino/aprendizado mais dinâmico, e inserirem novas linguagens no ensino da
história, além de proporcionar o que chamamos de interdisciplinaridade. Neste
contexto o autor traz os objetivos que os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)
em história orientam para cada nível do Ensino Fundamental.
Mais à frente, o autor destaca também a importância dos métodos que são
utilizados pelos educadores ao ensinar história, onde destaca que está “ nas mãos do
professor o norte do processo, ele quem decide se a aprendizagem será apenas um
instrumento de memorização dos conteúdos isolados, sem contextualização e
fragmentados ou se haverá compreensão do que é real, se haverá questionamentos,
criticidade, reflexões, argumentos e um entendimento satisfatório ao ponto de
estimular a atividade criadora dos agentes receptores da disciplina” (pg. 66). Outro
fator que o autor considera tão importante quanto o método, é o planejamento, para
que o educador não se “perca” na disciplina.
Por fim, o autor destaca a importância da mudança do ensino da história ao
longos dos séculos, na qual atualmente consegue ser uma disciplina que contribui
para a formação da identidade cidadã do aluno, com isso possibilita-se uma reflexão
da participação destes atores da educação, que terão consciência dos seus direitos e
deveres como homem agente transformador da sociedade.