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Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Centro de Ciências Sociais - CCSO


Curso de Licenciatura em Pedagogia
Departamento de Educação I
Fundamentos e Metodologias do Ensino de História
Docente: Prof.ª Adriana Maria de Oliveira Ramos Duailibe Lima

Eduarda Silva Moraes

ANÁLISE DOS TEXTOS: O ENSINO DE HISTÓRIA: MÉTODOS, FUNDAMENTOS


E DIDÁTICA E ENSINAR HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL: DESAFIOS CONCEITUAIS E METODOLÓGICOS

São Luís - MA
2019
Eduarda Silva Moraes

ANÁLISE DOS TEXTOS: O ENSINO DE HISTÓRIA: MÉTODOS, FUNDAMENTOS


E DIDÁTICA E ENSINAR HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL: DESAFIOS CONCEITUAIS E METODOLÓGICOS

Trabalho apresentado à disciplina de


Fundamentos e Metodologias do Ensino de
História, do curso de Pedagogia da Universidade
Federal do Maranhão, para obtenção parcial de
nota.
Prof.ª Adriana Maria de Oliveira Ramos Duailibe
Lima

São Luís - MA
2019
O ENSINO DE HISTÓRIA: MÉTODOS, FUNDAMENTOS E DIDÁTICA

Este primeiro texto tem como foco a história como disciplina escolar, no qual
traz reflexões acerca do que se ensina na disciplina. O texto inicia descrevendo sobre
como a história faz parte do dia a dia de milhares de pessoas e como disciplina
escolar, no cotidiano dos alunos e professores.
Voltando um pouco no tempo, o texto narra um pouco da história ao longo dos
séculos, a partir de 1500 com o que o autor chama de “um encontro de culturas em
que uma se sobressaía sobre a outra”, e neste período era ensinado uma história
erudita, no qual os educadores não estavam preocupados com a realidade social e
nem muito menos com a qualificação do trabalho e mesmo com a expulsão dos
jesuítas do Brasil e com o Estado assumindo as rédeas, o ensino de história ainda
não se preocupava com a realidade social. No final do Império cerca de 82% das
pessoas que moravam no Brasil eram analfabetas.
Durante muitas décadas à disciplina não passava de uma repetida reprodução
das desigualdades. Somente a partir de 1930 que os governantes voltaram os olhares
para o ensino básico, porém com o ensino da disciplina ainda voltado para o que já
houvera: herois, governadores e presidentes sendo reverenciados por suas obras e
vitórias e nada mais.
A partir da constituição de 1934, já se houve um avanço no quesito
interpretativo dos conteúdos fornecidos ou coletados, porém no período do Estado
Novo (1937-1945) com um novo formato de governo, o ensino de história volta a ser
baseado novamente no discurso dos valores dominantes e alienatórios, e não era
ensinado nas escolas técnicas. Houve também uma acoplagem entre a história e a
geografia, conhecido como Estudos Sociais, e só depois dos anos 80 que surgiram
discursões sobre o que se ensinar em história.
Atualmente houve uma renovação dos métodos de ensino, a partir da
formulação dos currículos, os quais passam por dois pressupostos: articulação entre
método e ensino; e articulação com a tecnologia. Ambos tornam o processo de
ensino/aprendizado mais dinâmico, e inserirem novas linguagens no ensino da
história, além de proporcionar o que chamamos de interdisciplinaridade. Neste
contexto o autor traz os objetivos que os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)
em história orientam para cada nível do Ensino Fundamental.
Mais à frente, o autor destaca também a importância dos métodos que são
utilizados pelos educadores ao ensinar história, onde destaca que está “ nas mãos do
professor o norte do processo, ele quem decide se a aprendizagem será apenas um
instrumento de memorização dos conteúdos isolados, sem contextualização e
fragmentados ou se haverá compreensão do que é real, se haverá questionamentos,
criticidade, reflexões, argumentos e um entendimento satisfatório ao ponto de
estimular a atividade criadora dos agentes receptores da disciplina” (pg. 66). Outro
fator que o autor considera tão importante quanto o método, é o planejamento, para
que o educador não se “perca” na disciplina.
Por fim, o autor destaca a importância da mudança do ensino da história ao
longos dos séculos, na qual atualmente consegue ser uma disciplina que contribui
para a formação da identidade cidadã do aluno, com isso possibilita-se uma reflexão
da participação destes atores da educação, que terão consciência dos seus direitos e
deveres como homem agente transformador da sociedade.

ENSINAR HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL:


DESAFIOS CONCEITUAIS E METODOLÓGICOS

Neste segundo texto a autora levanta algumas questões sobre o ensino de


História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, onde busca elementos que
evidenciem as características do saber histórico no contexto dessa fase escolar, ao
mesmo tempo que analisa a forma que o currículo é posto em prática na sala de aula.
A autora aplicou questionários para os docentes dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental de escolas de Belo Horizonte, para dar base aos seus estudos.
A autora destaca que os resultados desta pesquisa comprovam o que recentes
estudos sobre o ensino da história nos Anos Iniciais já retratavam nos quais se
destacam algumas mudanças e permanências que endossam os desafios colocados
ao ensino de História nessa fase de escolarização: avanços metodológicos e
historiográficos no saber de referência; professor pedagogo, sem formação específica
na área da História; reprodução de concepções; manutenção de metodologias,
conteúdos e conceitos tradicionalmente empregados no ensino de História; público
infantil, com as especificidades do ser criança.
Assim como no primeiro texto, a autora também faz considerações acerca dos
caminhos teóricos e metodológicos percorridos pela História nas últimas décadas, e
também a interdisciplinaridade desta disciplina. Mais à frente a autora percorre um
pouco sobre as propostas curriculares, e destaca que a partir da década de 90 houve
uma ruptura que se deu nos modos de pensar e ensinar a disciplina, além da
renovação das metodologias, de temas e problemas, resultantes dos embates
acontecidos na década de 80.
Após a ditadura militar, a história e a geografia receberam de volta o status de
áreas específicas do conhecimento, e surge então uma emergência de propostas
curriculares que procuram, de maneira geral, uma fundamentação pedagógica
baseada no construtivismo, com abordagens variadas, mas coerentes com o princípio
de considerar o aluno um sujeito ativo no processo de aprendizagem.
Adiante, a autora destaca também o fato de até hoje a disciplina de história se
limitar nos feitos dos grandes nomes, apresentados em datas cívicas, tal como se
dava nos Estudos Sociais, o que tendia ao esvaziamento dos conceitos básicos da
disciplina. Neste contexto os PCN’s indicam a organização dos conteúdos em eixos
temáticos que procuram introduzir noções e conceitos básicos para a história a partir
do processo de alfabetização, sendo progressivamente trabalhados ao longo de todo
o Ensino Fundamental e Médio.
Em relação a como ensinar história nos anos iniciais, a autora destaca três
categorias: conteúdos, concepções e metodologias. Ao identificar nos professores o
sentimento de que história é uma disciplina decorativa, e que envolve o patriotismo, a
autora destaca a necessidade de uma formação inicial e continuada dos profissionais
que atuam nos Anos Iniciais, pois estes ainda estão muito “presos” a história somente
como formação de cidadania ou como a história do eu, não conseguindo equilibrar os
dois contextos. Destaca-se também o fato das aulas de história não receberem o
devido tempo no calendário letivo das escolas, sendo reduzida a uma ou duas aulas
por semana, com uma hora de duração.

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