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08/10/2021 11:39 Só 1% das empresas de transportes superaram prejuízos da pandemia, diz CNT | Poder360

Só 1% das empresas de transportes


superaram prejuízos da pandemia, diz CNT
Setor pede vacinação em massa

E redução de jornada e salários


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Reprodução/Twitter CNT

Empresas de transporte avaliam que os prejuízos devem continuar por um longo período por causa da pandemia
de covid-19

PODER360 

07.abr.2021 (quarta-feira) - 13h24


Pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) mostra que 97% das


empresas do setor enfrentam prejuízos causados pela pandemia. Além disso, 53,4%
afirmam não ser possível prever quando os prejuízos vão terminar. E apenas 1,2%
afirmaram que em 2021 suas empresas deixaram de ser prejudicadas economicamente
pela covid-19.

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O estudo (íntegra – 1,5 MB), realizado de 24 a 30 de março com 580 empresas de


cargas e de passageiros, mostra que o impacto da covid-19 pode se manter por um
longo período. Entre os participantes, 58,4% continuam com faturamento abaixo do
registrado em períodos anteriores ao de emergência sanitária.

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março, 68,3% afirmaram que tiveram redução de demanda por serviços de transporte.
Isso fez com que 69,0% registrassem queda de faturamento e 41,2% tiveram o tamanho
da empresa diminuído. O cenário resultou em uma diminuição de 44,7% no quadro de
trabalhadores do setor.

A CNT indica ainda que, para sair dessa situação, é necessária a vacinação em massa
da população. Essa medida foi apontada como a que deveria ser prioridade do governo
por 73,4% dos entrevistados.

Além disso, os empresários também afirmaram que é preciso que medidas econômicas
sejam retomadas em 2021. Uma delas é a concessão de crédito às empresas. Foram
43,4% dos empresários do setor que disseram ter pedido empréstimos a instituições
financeiras. Desses, 46,4% tiveram o pedido negado.

“As reduções bruscas na demanda e no


faturamento têm atingido as empresas do setor
em um momento crítico, com dificuldades para
obtenção de crédito e a necessidade de adotar
demissões“, disse o presidente da CNT, Vender
Costa, em nota.

Uma forma de evitar demissões, de acordo com


os empresários, é a volta da redução de jornada
e salários, que é prometida pelo governo
federal. Defendem também a permissão para suspender temporariamente contratos de
trabalho pelos próximos 60 dias.

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O governo de Jair Bolsonaro implementou o BEm (Benefício Emergencial de


Preservação do Emprego e da Renda) em abril de 2020. Empregadores e funcionários
podiam assinar acordos individuais para a suspensão de contratos. Também era
permitida a redução de 25%, 50% ou 70% no tempo de trabalho, com corte proporcional
de salário.

O trabalhador era compensado parcialmente pelo Tesouro Nacional. O programa custou


aproximadamente R$ 33,5 bilhões aos cofres públicos e terminou em dezembro do ano
passado.

O ministro da Economia Paulo Guedes já afirmou que o programa de corte de jornadas e


salários deve voltar. No início de março, a equipe econômica falou em uma nova fase,
em que a suspensão do contrato poderia durar até 4 meses. Mas até o momento a
proposta não foi apresentada.

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