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5902/2179-460X 16745
Ciência e Natura, Santa Maria v.37 n.3, 2015, Set.- Dez. p. 920 – 933
Revista do Centro de Ciências Naturais e Exatas - UFSM
ISSN impressa: 0100-8307 ISSN on-line: 2179-460X
2
Docente, Departamento de matemática - Instituto Federal do Maranhão, MA - Brasil
domingos.boaes@ifma.edu.br
Modelos de processos difusivos e solução aproximada usando
volumes Resumo finitos
Models of diffusive processes and approximate solution using finite volume
Resumo
Discutimos, neste trabalho, o papel das equações diferenciais, ordinárias e parciais, na representação matemática de processos
reais que envolvam leis de conservação usadas na física, dando enfoque nas equações de difusão que resultam do princípio de
conservação de energia. Apresentamos o método dos volumes finitos, uma técnica atual e bastante útil usada na discretização de
equações diferenciais parciais parabólicas e hiperbólicas. Aplicamos tal método para encontrar aproximações para a solução da
equação do calor transiente bidimensional.
Palavras-chave: Modelos matemáticos, Equações de calor, Método de volumes finitos.
Abstract
We have discussed in this work the role of differential ordinary and partial equations in mathematical representation of real
processes involving conservation laws used in physics, focusing on diffusion equations that result from energy conservation
principle. Here we present the finite volume method, a modern technique and widely used in the discretization of partial parabolic
and hyperbolic differential equations. We applied this method to find approximations for the transient equation of heat.
Keywords: Mathematical models, heat equations, finite volume method.
é a Equação do Calor, protótipo das equações parabóli- de sua massa m pela taxa de variação da temperatura,
cas, que são amplamente usadas no estudo de processos aqui representada pela função T ( x,y,t):
difusivos.
∂T
De acordo Kreider (1972), para obter a versão bidi- ∆Q = cm , (1)
mensional desta equação, considera-se uma placa homo- ∂t
gênea fina para uma constante positiva c, conhecida como calor
específico do material que compõe o corpo representado
R = {( x,y); 0 < x < L e 0 < y < M }, matematicamente por R. Dessa forma, se ρ designa
isolada de modo que nenhum calor flua através de suas a densidade do material (massa por unidade de área),
faces, conforme Figura 1, isto é, que o fluxo de calor na então, em razão da equação (1) a quantidade de calor
placa se realiza apenas na direção dos eixos x e y. Além que se acumula em R p por unidade de tempo, é :
disso, suponha que a temperatura na placa seja uniforme ∂Q ∂T
em cada seção perpendicular aos eixos coordenados. = cρ x y , (2)
∂t ∂t
∂T
sendo calculada em algum ponto de R p .
∂t
Passa-se ao cálculo do fluxo que atravessa a fronteira
de R p . A lei de Fourier nos diz que o fluxo de calor
que passa através de uma superfície é proporcional à
derivada normal da temperatura. No caso da placa
R p , Figura 2, o fluxo de calor se dá nas seções retas
localizadas na direção dos eixos coordenados e, portanto,
Figura 1: Placa retangular homogênea. a taxa de variação do fluxo de calor num ponto ( x, y),
por unidade de área e unidade de tempo pode ser escrito
O Princípio da Conservação do calor nos diz que: em termos do gradiente da temperatura neste ponto:
A quantidade de calor acumulado numa região R, por unidade
∂T ∂T
de tempo, é igual à resultante do fluxo de calor que passa pela − kx − ky . (3)
∂x ∂y
fronteira de R somado à quantidade de calor gerado no interior
de R, por unidade de tempo. Esta é a Equação Constitutiva que informa como se
Os símbolos matemáticos podem ser usados para difunde o calor no material que compõe a placa, e as
reescrever cada uma das três parcelas que estão presen- constantes de proporcionalidades k x e k y são chamadas
tes no balanço acima: termo de acumulação, termo do coeficientes de condutividade térmica, uma caracterís-
fluxo e termo de geração. Esta é a forma de obter uma tica do material. Sendo k x e k y positivos, e como o fluxo
equação matemática que represente um princípio físico. ocorre na direção da diminuição da temperatura, o sinal
Detalha-se cada uma das parcelas separadamente negativo na equação (3) é necessário. Adotando a con-
considerando uma porção arbitrária da placa R, definida venção de sinais dos eixos x e y, o calor que entra em
por R p , na direção x é:
R p = {( x,y)/ x̄ ≤ x ≤ x̄ + ∆x e ȳ ≤ y ≤ ȳ + ∆y}, ∂T
k x y ( x̄,y, t)
∂x
conforme Figura 2.
e o que sai :
∂T
−k x y ( x̄ + x,y, t),
∂x
com ȳ ≤ y ≤ ȳ + ∆y.
Analogamente, na direção y o calor que entra e que
sai é, respectivamente:
∂T ∂T
ky x ( x,ȳ, t) e − ky x ( x,ȳ + x,t) ,
∂y ∂y
com x̄ ≤ x ≤ x̄ + ∆x. Assim, o fluxo de calor resul-
Figura 2: Porção da placa R. tante (o calor que entra menos o calor que sai) é:
A quantidade de calor, ∆Q, que se acumula em qual- ∂T ∂T
quer porção de uma placa, é proporcional ao produto k x ∆y ( x + ∆x,y,t) − ( x,y,t) +
∂x ∂x
Ciência e Natura v.37 n.3, 2015, p. 920 – 933 923
Ciência e Natura 4
• Fluxos convectivos, que estão associados à veloci- O método dos volumes finitos consiste em integrar a
dade do fluido. Por exemplo, se U for a tempe- equação diferencial em cada volume de controle, isto é,
ratura, o fluxo convectivo seria o fluxo de calor transformar (7) na equação diferencial
devido ao escoamento de água quente de uma
∂U
região mais quente para a região onde a água esti- dΩ = ∇.FdΩ + QdΩ.
Ωj ∂t Ωj Ωj
vesse mais fria.
A integral da divergência de um vetor de funções
• Fluxos difusivos, que são causados pela
∇. F no volume de controle Ω j é, pelo teorema de Gauss,
não-uniformidade da distribuição espacial de U.
igual à integral de superfície de n.F:
Novamente considerando U como temperatura,
surge um fluxo de calor na direção x, por exemplo, ∇.FdΩ = n.Fds,
quando há um gradiente de temperatura presente Ωj ∂Ω j
nessa direção. A componente do fluxo de calor na onde ∂Ω j é o contorno fechado de Ω j e n o vetor unitário
∂U
direção x, dada por k , onde k é o coeficiente de normal a ∂Ω j . Assim, tem-se:
∂x
condutividade térmica do meio, aparece no sen-
∂U
tido da temperatura mais alta para a mais baixa. dΩ = n.Fds + QdΩ. (8)
Ωj ∂t ∂Ω j Ωj
Como vê-se, a natureza do fluxo difusivo é dife-
rente do convectivo, pois mesmo sem movimento Esta é a equação básica do Método dos Volumes
pode ocorrer fluxo difusivo. Finitos, que tem como uma de suas principais vanta-
gens trabalhar com as componentes dos fluxos sobre o
O resultado do balanço da grandeza que cruza a contorno do domínio.
fronteira de V somado à produção de U em V, é propor- Aproxima-se as integrais da equação (8) para se che-
cional à variação temporal de U dentro do volume de gar na forma discretizada da lei de conservação.
controle. Em resumo, o método consiste em 4 etapas:
Dessa forma, considerando apenas fluxo difusivo,
• Divisão do domínio de análise em volumes de
pode-se escrever a lei de conservação de uma grandeza
controle finitos;
U em um volume de controle V:
• Integração da equação diferencial nos volumes de
Taxa de variação temporal elevado de U em V = Entrada controle;
de U em V + Produção de U em V.
• Discretização de cada integral de modo a obter um
conjunto de equações algébricas;
Na expressão acima consideramos produção positiva
(geração) ou negativa (sumidouro). • Solução do sistema de equações resultantes, em-
A seguir vamos usar o método dos volumes finitos pregando métodos numéricos.
para obter equações discretizadas associadas a esta ex-
pressão, e que serão usadas na obtenção de soluções
aproximadas para uma equação diferencial difusiva.
5 Malhas e Volumes de Controle
Uma malha é um conjunto de linhas que se intersectam
em pontos que são os nós. Cada nó da malha pode ser
4 Discretização Conservativa da Lei conceptualizado como o ponto representativo do volume
de Conservação de controle que o rodeia. A malha deve abranger todo
o domínio físico da solução e os seus nós são os pontos
Suponha que o fluxo de uma grandeza U seja represen- onde a variável dependente, temperatura para o caso da
tado pela função vetorial F. O modelo matemático que condução de calor, assumirá valores que são a solução
representa uma lei de conservação de U, num domínio da equação discretizada.
Ω, é a equação diferencial Dentre os possíveis tipos de malhas, há malhas es-
truturadas, que apresentam uma estrutura ou regulari-
Ut = ∇.F + Q, (7) dade entre os pontos na distribuição espacial e malhas
não-estruturadas, devido à ausência de regularidade na
onde Q é o termo fonte, que representa a produção de distribuição dos pontos.
U em Ω. Em malhas estruturadas, as fronteiras dos volumes
Como veremos, discretiza-se o domínio, isto é, gera- de controle são definidas pelas mediatrizes dos segmen-
se uma malha que será usada na divisão de Ω em volu- tos que unem dois nós consecutivos, conforme Figura 3.
mes de controle Ω j .
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Ciência e Natura 6
t
n +1
f dVdt. (12) integrando no ponto médio de cada interface por seu
tn V comprimento. Por exemplo:
Considerando c e ρ constantes e supondo suavidade
∂T ∂T
∂T kx dS ∼
= ∆y k x ,
de , pode-se inverter a ordem de integração do lado Se ∂x ∂x
∂t e
esquerdo da equação (12):
t t ∂T
n+1 ∂T n +1 → onde k x é o valor do fluxo no ponto médio da
cρ dtdV = ∇. F dVdt + ∂x
V tn ∂t tn V e
interface e. Assim,
t
n +1
f dVdt. (13)
→ ∂T ∂T
tn V n F dS ∼
= kx − kx ∆y +
S ∂x ∂x
e w
7 Desenvolvimento do termo transi- ky
∂T
− ky
∂T
∆x.
∂y ∂y
ente n s
A precisão da aproximação obtida na equação (24) que substituídas em (26), fatorando os termos comuns,
pode ser melhorada com o refinamento da malha, isto é, fornecem
pela diminuição dos valores de ∆x, ∆y e ∆t,
uma vez que Φn+1 = Φn [1 + 2α (cos ( Q∆x ) − 1) + 2λ (cos ( R∆y) − 1)]
o erro é de ordem O ∆t + (∆x )2 + (∆y)2 . Neste caso, o
= GΦn .
número de pontos nodais aumenta com o decréscimo de
∆x e ∆y, e o número de intervalos de tempo necessários O termo G,
para calcular a aproximação até o tempo final também
aumenta com a diminuição de ∆t. Logo, o tempo de G = 1 + 2α (cos ( Q∆x ) − 1) + 2λ (cos ( R∆y) − 1)
computação aumenta com o refinamento da malha. é conhecido como fator de amplificação, pois ele controla
Uma vez escolhidos ∆x e ∆y, o valor de ∆t nem a amplificação ou atenuação de Φn .
sempre pode ser escolhido arbitrariamente. De fato, ele Para que a amplitude Φn não aumente a cada passo
é determinado pelas exigências da estabilidade. no tempo, a condição
Segundo de Oliveira Fortuna (2000), uma maneira de n +1
analisar a estabilidade é escrevendo os valores Φ
n = T ( x ,y ,t ) na forma
Ti,j Φn = | G | ≤ 1
i j n
Colocando T n+1 em função dos demais termos, tem- realizada para os volumes internos, respeitando as con-
se: dições de contorno impostas. Assim, as condições de
contorno ficam embutidas nas equações para os volumes
n +1 n +1 n +1 n +1
λTi,j −1 + αTi −1,j + 2 [1 − ( α + λ )] Ti,j + αTi +1,j + de fronteira.
n +1 n n n A seguir detalha-se o procedimento no caso do Mé-
λTi,j +1 = αTi −1,j + λTi,j−1 + 2 [1 − ( α + λ )] Ti,j +
todo Explícito. De forma análoga obtém-se as equações
∆t n+ 12 discretizadas, referentes aos volumes na fronteira, nos
αTin+1,j + λTi,j
n
+1 + f , (32)
cρ i,j Métodos Implícitos e Crank-Nicolson.
Dessa forma, integrando a equação (9) no volume
∆t k x ∆t k y
com α = e λ= . de referência, na fronteira, conforme Figura 8,
cρ ∆x 2 cρ ∆y2
Na equação do Método de Crank-Nicolson (32), apa-
recem valores das aproximações em dez pontos da ma-
lha, como ilustrado na Figura 7, onde “×” representa
os pontos nos quais T é conhecida e usada para as apro-
ximações nos pontos assinalados por “◦”. Cinco destes
pontos são conhecidos, pois correspondem às aproxima-
ções no nível de tempo tn . Os outros cinco valores são
calculados ao se resolver um sistema pentadiagonal. Por
isso, o Método de Crank-Nicolson também é implícito.
De acordo com Thomas (1995), é possível mostrar que o
método de Crank-Nicolson é incondicionalmente estável.
onde
11 Inclusão das Condições de Con-
∂T
∂T
F̄ ( T (t)) = kx − kx ∆y +
torno na Discretização ∂x ∂x
e cw
A equação (22) representa a equação discretizada para ∂T ∂T
ky − ky ∆x,
um volume de controle interno. Para se obter o sistema ∂y ∂y
n s
de equações algébricas completo, é também necessário
obter as equações para os volumes que estão na fronteira. ∂T
sendo kx o fluxo no contorno w.
Para isso, existem várias alternativas de implemen- ∂x
cw
tação das condições de contorno do problema; os mais As derivadas que não estão na fronteira são avaliadas
comuns são discretização com meio volume, volumes como na equação (16), e as que estão na fronteira são
fictícios e balanços para volume de fronteira, conforme modificadas, ficando
Maliska (2004).
Neste texto, apresenta-se apenas a técnica de balanço ∂T TP − Tcw
kx = kx .
para volumes de fronteira. Este é o procedimento consi- ∂x ∆x/2
cw
derado adequado por vários autores, conforme Maliska
(2004). Substituindo na equação (33) os pontos nodais pelos
Segundo Sperandio et al. (2003), esta técnica consiste seus índices, obtém-se:
em integrar, no espaço e no tempo a equação diferen-
n +1 n n n
cial também nos volumes de fronteira, da mesma forma T1,j = (1 − 3α − 2λ) T1,j + α T2,j + 2T0,j +
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Ciência e Natura 12
∆t
n n
λ T1,j +1 + T1,j−1 + fn , (34)
cρ 1,j
∆t k x ∆t k y
com j = 2 : (m2 − 2), α = e λ= .
cρ ∆x2 cρ ∆y2
Esta é a discretização da equação (9), utilizando
volumes de fronteira, com uma face na fronteira, no
caso, face w.
Para volumes de fronteira com uma face em e, ou
uma face em n, ou uma face em s, considerando α e λ
como definidos na equação (34), as discretizações são
respectivamente:
Tmn+−1 1,j = (1 − 3α − 2λ) Tmn 1 −1,j + Figura 9: Volume com duas faces na fronteira
1
α 2Tmn − 1 ,j + Tmn 1 −2,j +
1 2
• Volume de fronteira nas faces w e s
λ Tmn 1 −1,j+1 + Tmn 1 −1,j−1 +
∆t n
f , n +1
T1,1 n
= [1 − 3 (α + λ)] T1,1 n
+ α T2,1 + 2T n1 ,1 +
cρ m1 −1,j 2
∆t
n
com j = 2 : (m2 − 2). λ T1,2 + 2T1,n 1 + fn .
2 cρ 1,1
• Fronteira ao Norte: face n
• Volume de fronteira nas faces e e s
n +1 n
Ti,m
2 −1
= (1 − 2α − 3λ) Ti,m 2 −1
+
α Tin+1,m2 −1 + Tin−1,m2 −1 + Tmn+−1 1,1 = [1 − 3 (α + λ)] Tmn 1 −1,1 +
1
n n
λ 2Ti,m − 1 + Ti,m 2 − 2 + α 2Tmn − 1 ,1 + Tmn 1 −2,1 +
2 2 1 2
∆t n λ Tm1 −1,2 + 2Tmn −1, 1 +
n
f ,
cρ i,m2 −1 1 2
∆t n
f .
com i = 2 : (m1 − 2). cρ m1 −1,1
No caso do volume de controle ter duas faces na • Volume de fronteira nas faces e e n
fronteira, por exemplo, como o da Figura 9, as condições
Tmn+ 1
= [1 − 3 (α + λ)] Tmn 1 −1,m2 −1 +
∂T 1 −1,m2 −1
de contorno são inseridas pelos termos k x e
∂x α 2Tmn − 1 ,m −1 + Tmn 1 −2,m2 −1 +
cw
1 2 2
∂T
kx , de maneira análoga à dos casos anteriores. λ 2Tm −1,m − 1 + Tmn 1 −1,m2 −2 +
n
∂x 1 2 2
cs
Assim, as formas discretizadas para a equação (9) ∆t n
f .
são as seguintes: cρ m1 −1,m2 −1
932 Santos e Garcia: Modelos de processos difusivos e solução aproximada ....
13 Autores: Modelos de processos difusivos e solução aproximada...
12 Experimento Computacional
0.01
-0.005
∂T ∂2 T ∂2 T
− 2
+ 2 = 0, (35) -0.01
1
∂t ∂x ∂y
1
0.8
0.5 0.6
0.4
com 0 ≤ y ≤ 1, 0 ≤ x ≤ 1 e t ≥ 0, à qual adicionou-se 0 0
0.2
mente que 0
-0.005
2
Te ( x, y, t) = e−5π t sen(πx )sen(2πy)
-0.01
1
1
usamos ∆x = ∆y = e ∆t = 0, 8 · 10−4 para N = 51. 0.005
N
Esta Tabela também indica os erros correspondentes aos 0
0.005
Adotou-se como medida de erros na Tabelas 1,
0
1 -0.005
2 2
Erro ( T ) = ∑(Tij − Te ) . -0.01
1
ij 0.8 1
0.6 0.8
0.4 0.6
0.4
As Figuras 10, 11 e 12 mostram os resultados das 0.2
0 0
0.2
13 Conclusões
No presente estudo, encontra-se resultados significativos
para aproximações da solução da equação do calor tran-
siente e bidimensional. Tais resultados foram obtidos
utilizando o método de volumes finitos, usando uma
malha estruturada; a fronteira do domínio coincide com
as linhas coordenadas, facilitando o trabalho de discreti-
zação e de aplicação das condições de contorno. Todavia,
o método é aplicável em malhas não-estruturadas e em
domínios com contornos arbitrários, de acordo com Ma-
liska (2004).
Segundo Ertekin et al. (2001), outros problemas que
envolvem equações diferenciais parciais podem ser es-
tudados utilizando esta ferramenta. Em particular, esta
técnica pode ser usada para encontrar a aproximação da
solução para problemas complexos em várias áreas da
ciência e da engenharia. Como por exemplo, pode-se
avaliar a eficiência da recuperação do petróleo disponí-
vel num reservatório.
Referências
Cunha, M. C. C. (2003). Métodos Numéricos, 2o edn. Edi-
tora da Unicamp.